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• POP: ➢ Ele precisa manter um tônus de repouso

para manter o hiato vaginal fechado;


Nada mais é a queda de orgãos (bexiga
➢ O iliococcígeo também é muito importante,
caída, útero caído...), é uma saída de pois tem muita concentração de tecido
uma devida estrutura/orgão que se conjuntivo e promove elasticidade e
projete no canal vaginal. Nos homens maleabilidade, ele é como se fosse um
são mais comuns prolapsos retais. suporte lateral para trazer sustentação e
suporte das estruturas pélvicas sobre o AP;
➢ Nossos orgãos não estão soltos na
cavidade pélvica; ➢ O AP está em sobrecarga grande parte do
tempo (nós tossimos, espirramos, pegamos
➢ Manter a posição anatomica peso, fazemos esforço... e as vezes até
desses orgãos é de suma atividades do dia-a-dia que não demandam
importância para que eles muito esforço mas que geram aumento de
desempenhem suas funções; pressão intra-abdominal e faz com que essa
pressão abdominal exerça uma pressão
➢ O assoalho pélvico não é composto sobre o AP). Então pensamos
somente por músculos, também principalmente no ilioccígeo e vemos ele
tem estruturas de tecidos passivos como um trapolim, ele recebe a força a
que são as fáscias e ligamentos discipa para as laterais;
que vão fazer com que os orgãos ➢ 70% do AP é composto de fibras de
mantenham suas posições contração lenta (sustentação), e assim é
anatomicas; mantido um tônus de repouso para que
exercer as funções de continência urinária,
➢ A posição anatomica dos orgãos é fecal e suporte dos orgãos pélvicos;
mantida principalmente pelos
• O que é o POP?
ligamentos que estão sustentando
os orgãos que vão ser ➢ A queda de algum orgão;
ligados/âncorados na cavidade ➢ Termo mais técnico: deslocamento das
pélvica para que mantenham as vísceras no sentido caudal (pra baixo);
suas funções.
➢ Por alguma razão esses orgãos não estão
• 3 níveis de DeLancey: se mantendo em suas posições anatomicas
e estão se projetando no hiato vaginal;
➢ 3 níveis de sustentação que • Fisiopatologia:
favorecem os posicionamentos
anatomicos;

➢ Dividios de superior para inferior.

• MAP’s:

➢ São importantes para trazer um


suporte para os orgãos;

➢ O levantador do ânus é um dos


➢ Todos os nossos orgãos que estão ali tem o
mais importantes pois temos os mecanismo de suspensão que é feito pelos
orgãos pélvicos repousando ligamentos e pelas fáscias e ao mesmo
exatamente em cima dele; tempo temos o mecanismo de sustentação;
➢ O mecanismo de sustentação é conferido
principalmente pelos MAP’s;
➢ Para uma mulher desenvolver um Consideramos como grau aquele orgão que
POP, muitas vezes estes dois se desloca até mais ou menos, um pouquinho
mecanismos (suspensão e abaixo do terço médio da vagina;
sustentação) estão comprometidos; ➢ Estágio 2: vai descer mais ou menos ali
➢ Dificilmente vamos ver somente um próximo do introito vaginal mas ainda não
dos mecanismos comprometido, tem exteriorização;
geralmente são os dois; ➢ Estágio 3: Durante o teste de esforço já é
➢ Muitas vezes as mulheres começam possível ver o orgão projetado para fora do
com IU, decorrente da disfunção de introito;
sustentação dos MAP’s e conforme ➢ Estágio 4: Versão completa, ou seja,
vai havendo a manutenção dos orgão todo projetado para fora do canal
fatores de risco, à longo prazo ela vaginal;
pode desenvolver POP.
Além dos 4 graus, verificamos em qual
• Fatores de risco: parede vaginal o orgão está caindo!
➢ Íntrinsecos: hereditários, tecido ➢ Parede anterior ou cistocele: bexiga está
conjuntivo, alteração neurológica, na frente dela;
alteração musculoesquelética; ➢ Parede posterior ou retocele: reto está
➢ Extrínsecos: gravidez, parto, efeitos atrás dela;
hormonais, aumento de pressão ➢ Uterino: não vai aparecer nenhuma
abdominal, tabagismo, atividade parede vaginal porque está em cima, mas
física, ocupação, trauma cirúrgico. o colo do útero pode se progetar ali;
• Classificação: ➢ Ao fazer o teste de esforço é preciso isolar
essas paredes para entender o que está
acontecendo;
➢ Hoje em dia os termos mais usados são:
parede anterior, parede posterior e
uternino;
➢ Cistocele e retocele eram usados mais
antigamente, “cisto” se referindo a bexiga e
“retocele” ao reto;
➢ Classificamos o POP em 4 graus; ➢ Pode acontecer de outras estruturas serem
projetadas para fora também, ex: intestino
➢ Fazemos um teste durante a delgado (parede posterior), uretra (parede
avaliação; anterior);

➢ Para saber qual o grau do prolapso, ➢ Pode ancontecer também das duas
paredes juntas.
usamos como referencia o introito
vaginal e a linha do hímen; • Quadro clínico:
➢ Quanto maior o grau, mais grave o
prolapso; Não tem regra! Tem paciente que vai ter
algum sintoma, mas também tem paciente que
➢ Estágio 1: vemos durante um teste
não vai ter nenhum sintoma. Obviamente que
de esforço, quando estiver palpando
quanto maior o grau do prolapso, maior a
a paciente vamos pedir para ela sintomatologia. Mas depende do grau do
tossir ou para fazer uma valsalva prolapso, qual estrutura está tendo
prolongada e vamos ver o que deslocamento e qual a parede. O sintoma é
acontece quando ela aumenta a muito variável de paciente para paciente!
pressão intra-abdominal e então
➢ Geralmente pacientes que tem
prolapso de parede anterior, eles
podem apresentar: urgência e urge- ➢ TMAP, o AP é primordial para fazer a
incontinência, tempo de micção sustentação dos orgãos;
prolongado, esvaziamento
incompleto e mudança de posição ➢ O TMAP serve como prevenção e
para iniciar a micção e IUE; tratamento;
➢ LEMBRANDO QUE NÃO É REGRA! ➢ Pela literatura vemos muitos benefícios em
Pode ser que a paciente apresente quem está no grau 1 e 2;
uma dessas queixas ou até mesmo
nenhuma; ➢ Com o TMAP, consguimos fechar mais
aquele hiato vaginal, manter uma
• Sintomas locais (na região da
plataforma estável para os orgãos pélvicos
vagina): durante a pressão intra-abdominal
➢ Sexuais: desconforto na relação ou (deslocamento vertical);
dispareunia (dor durante a
penetração); ➢ O TMAP trás uma “rigidez” como estrutura
de apoio densa para conseguir sustentar
➢ Intestinais: constipação, dificuldade
esses orgãos no seu lugar durante o
para evacuar, auxilio de manobras
aumento de pressão intra-abdominal;
para evacuar e incontinência anal;
➢ Lembrar que é váriavel! ➢ Quem tem uma função do AP ruim,
geralmente são pacientes que tem um
• Tratamento cirúrgico: maior grau de prolapso;
➢ Telas (justamente para reposicionar ➢ O TMAP limita a progressão do prolapso e
os orgãos dentro da cavidade alivia os sintomas do prolapso e retarda a
pélvica); necessidade de cirurgia;
➢ Não é todo mundo que vai pra ➢ Geralmente conseguimos regredir um grau
cirurgia, geralmente são graus mais (quem está no grau 1 volta para o estágio
graves, como 3 e 4; normal, quem está no 2 conseguimos
regredir pra 1 e quem está no 3
➢ Vai ser baseado no exame físico e
conseguimos regredir pra 2 ou 1),
quais as características da paciente;
lembranodo que varia de paciente para
➢ É uma cirurgia bem pesada, durante paciente;
o processo e no pós operatório
também; • Como treinar a musculatura do AP?

➢ Temos outras estratégias caso a A prescrição vai ser baseada na


paciente não possa ir para uma AVALIAÇÃO!
cirurgia devido a comorbidades; ➢ Escala PERFECT;
➢ Não tem medicamento,somente ➢ Contrações de sustentação e contrações
técnicas cirurgicas. rápidas, porque o AP tem fibras rápidas e
lentas;
• Tratamento fisioterapêutico:
➢ Baseia-se na avaliação para saber o
➢ Uma execlente opção de
número de repetições para cada tipo de
tratamento, com excelentes
treinamento;
resultados;
➢ Evolução com progressão e sobrecarga;

➢ Trabalhar funcionalidade;
➢ Manobra the kneck (contrai o AP e
tosse, pega peso, corre), as
pacientes precisam aprender a
fazer a contração prévia dos MAP’s
ao aumento de pressão intra-
abdominal;

➢ Utilização de recursos, como


cones, biofedbeeck, eletro e evoluir
pro treino funcional;

➢ Ativação de TA;

➢ Importante considerar mudanças


de hábitos;

➢ 6 meses para melhora dos


pacientes e após os 6 meses
paciente continuar fazendo
manutenção;

➢ Ensinar a mulher a controlar o


aumento da pressão intra-
abdominal durante as AVD’s.

• Pessários:
➢ Tratamento passivo;
➢ Para pessoas que não podem fazer
a cirurgia;
➢ Introduzido no canal vaginal;
➢ Hoje o fisio pode colocar pessário,
tem cursos para isso;
➢ Não há certeza se os pessários
melhoram os sintomas de POP,
comparado com nenhum tratamento
ou TMAP;
➢ Mas os pessários, além de TMAP,
provavelmente melhoram os
sintomas e qualidade de vida de
mulheres com POP;
➢ No entanto, pode haver um risco
aumentado de eventos adversos
com pessários em comparação com
TMAP.

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