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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1 VARA CIVEL DA COMARCA DE

BARRETOS/SP
Processo digital n. 0000000-00.0000.0.00.0000
Nome, brasileiro, divorciado, aposentado, portador do RG nº 00000-00e do CPF nº
000.000.000-00, residente e domiciliado nesta cidade e comarca de Barretos-SP, na
Endereço, Centro, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência por seu advogado
apresentar sua contestaçã o e reconvençã o aos termos da inicial como segue:
DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
O requerido é hipossuficiente, pobre na acepçã o jurídica do termo, na medida em que nã o
pode arcar com os custos do processo sem prejuízo do sustento pró prio e de sua família,
possuindo 85 anos de idade, possuindo renda de aposentadoria de aproximadamente
5.000,00 (cinco mil reais) e possuindo alguns alugueis como renda complementar de
aproximados R$ 00.000,00, razã o pela qual, ante os custos de vida, pagamento de pensã o a
ex-mulher (ora autora), plano de saú de e custeio da pró pria saú de e família, faz jus aos
benefícios da Justiça Gratuita.
A INICIAL
Inicialmente relata a autora Nomeseu estado de enfermidade de forma a justificar a
necessidade da extinçã o de condomínio e a destinaçã o do eventual produto deste feito bem
como pedido de justiça gratuita.
O requerido deseja destacar de inicio seu desejo de melhoras e o restabelecimento da
saú de da autora ante as enfermidades suportadas.
Destacaram todos os autores hipossuficiência e requereram os benefícios da Justiça
Gratuita mesmo nã o sendo pobres EXCELÊ NCIA. O pedido foi deferido as fls 111/112, a
Nomee Nome, contudo Nomeao ser instadas a comprovar a hipossuficiencia acabou por
recolher as custas processuais pois é titular de muitos bens.
No mérito alegou Nomeque foi casada com o requerido Nomee conforme o processo 203-
92 da 03a Vara Cível, desta Comarca de Barretos SP separou-se do mesmo ocorrendo a
partilha dos bens, recebendo dentre outros bens a metade ideal do imó vel denominado
FAZENDA CONGONHAS constituído por 25,41 hectares.
Que de sua parte (metade ideal) doou 30% a Nomecasada com NomeATHAIDE FAGIANE e
a Nomecasada com Nomeos demais autores, mantendo o usufruto vitalício.
Requereram juntos a extinçã o do condomínio e o arbitramento de aluguel na proporçã o de
20% para Nomee 15% para Nomecasada com NomeATHAIDE FAGIANE e 15%
Nomecasada com Nome.
Informaram o uso gozo e fruiçã o unilateralmente pelo requerido bem como a posse
unilateral do imó vel até os dias de hoje.
Disseram que há indícios de perecimento de edificaçõ es que fazem parte do imó vel, como
casa, chiqueiro que deprecia e desvaloriza o bem.
Alegaram que o requerido nã o se preocupou em fazê-la produzir ainda mais, mas,
ressaltaram que lá o requerido cria produz e cria cavalos, ovelhas, bú falos, porcos dentre
outros.
Requereram arbitramento de aluguel dos três ú ltimos anos , juntando laudo de
arbitramento de preço de mercado da gleba, chegando ao resultado de R$ 00.000,00pelos
50% usufruído ao mês e R$ 00.000,00pelos 36 ú ltimos meses.
Juntaram ainda laudos de avaliaçã o da á rea com valor médio apurado de R$
00.000,00(quinhentos e vinte mil oitocentos e dezoito reais e oitenta e oito centavos),
informando direito de preferência ao requerido ao levarem a á rea para alienaçã o.
Requereram a tutela de urgência para que fosse arbitrado R$ 00.000,00de aluguel o que as
fls 122/123 foi arbitrado em R$ 00.000,00(um mil duzentos e cinquenta reais) em favor
das autoras através de deposito judicial.
Deram a causa o valor de R$ 00.000,00.
PRELIMINARMENTE
IMPUGNAÇÃ O AO DEFERIMENTO DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA A Nomee Nome
Com efeito as autoras nã o podem ser consideradas pobres Excelência, conforme extrai-se
dos nú meros de varias matriculas de imó veis busca do Oficial de Registro de
Imó veis de Barretos/SP, em seus nomes como segue devendo serem impelidas ao
recolhimento das custas processuais.
Nome- Imó veis pertencentes -
Matricula 10.624 sito a Endereçoe 1666;
Matricula 25.073 parte do lote 12 da quadra D;
Matricula 36.410 sito a Endereço;
Matricula 10.319 Lote 14 Quadra F Jardim Caiçara;
Matricula 26.094 Endereçox16;
Matricula 64.941 Endereçoe 1745 Vila Baroni;
Os comprovantes de gasto juntados pela autora Nome, esposa de Nomeas fls 32/46 sã o de
2020, ou seja nã o atuais e nã o demonstram os fieis gastos da família como se vê pelos
descritivos. Os extratos de fls 43/46 nã o demonstram com clareza a renda famíliar da
autora Rosimeire, pois além de nã o serem atuais estã o ilegíveis, incompletos e demonstram
outras fontes de renda como Nomeas fls 47 e 48 de R$ 00.000,00, bem como recebimentos
da pró pria autora Nome.
Pede sejam instadas a apresentar có pia das declaraçõ es de IR dos ú ltimos 03 anos, ou ainda
seja deferido oficio a Receita Federal para que seja fornecido as declaraçõ es das partes
autoras e maridos caso nã o declarem os bens e renda que possuem a RECEITA FEDERAL
pede-se seja deferido pesquisa de imó veis pelo sistema ARISP para a juntada das
matriculas com Inteiro teor demonstrando os bens em nome das autoras.
Pede-se ainda apresentem certidã o de bens mó veis provando-se a existência de veículos
em seu nome.
Desta forma fica impugnados benefícios da justiça gratuita deferidos as autoras as fls
111/112.
A CONTESTAÇÃ O
Em que pesem as alegaçõ es empreendidas pelos requerentes, razã o nã o lhes assiste em
nenhum dos pedidos.
Sã o dois os pedidos, a extinçã o de condomínio e o arbitramento de alugueis .
DA EXTINÇÃ O DE CONDOMÍNIO
PRELIMINAR DE CARENCIA DA AÇÃ O.
A base do primeiro pedido é o artigo 1322 do Có digo Civil que preceitua que "quando a
coisa for indivisível".
O presente pedido é flagrantemente impró prio Excelência sendo o caso de divisã o cô moda
e nã o de pedido de extinçã o de condomínio com alienaçã o.
As pró prias autoras declaram que o imó vel é divisível. (fls 14).
Poderiam ter pleiteado a divisã o cô moda desde a separaçã o judicial mas nã o fizeram.
Com efeito, o imó vel rural é perfeitamente divisível conforme as disposiçõ es
regulamentares atuais e do INCRA que determina que os mó dulos rurais nã o sejam
inferiores a 20.000 m2.
Considerando que conforme a matricula a á rea é de 25,41ha (hectares), possui 254.100
metros quadrados e poderia ser dividido em 12 mó dulos rurais, sem alteraçã o em sua
substâ ncia, diminuiçã o considerá vel de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam nos
termos do artigo 87 do Có digo Civil.
A divisã o poderia ter sido pleiteada desde a separaçã o do casal de forma a nã o afetar
diretamente a proporçã o da reserva legal, dividindo-se as benfeitorias da época, as
benfeitorias necessá rias, o acesso à á gua, bem distribuindo-se as terras mais produtivas e
plainas de forma igualitá ria.
De qualquer â ngulo que se observe nunca houve qualquer impedimento ou indivisibilidade
sendo flagrantemente impró pria a pretensã o das autoras em mover açã o de extinçã o do
condomínio com alienaçã o.
Deveriam as autoras de forma simples terem buscado administrativamente a divisã o
cô moda do imó vel junto ao INCRA através de Engenheiro e no Cartó rio de Registro de
Imó veis.
O engenheiro faria a identificaçã o da á rea através de memorial descritivo emitindo a
Anotaçã o de Responsabilidade
Técnica - ART , contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imó veis
rurais, geo-referenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisã o posicional a ser
fixada pelo INCRA, garantida a isençã o de custos financeiros aos proprietá rios de imó veis
rurais cuja somató ria da á rea nã o exceda a quatro mó dulos fiscais."
A á rea tem pouco mais 01 mó dulos fiscal que é fixado para Barretos/SP em 22ha do que
sequer haveria custos. (Fonte https://www.embrapa.br/có digo-florestal/area-de-reserva-
legal-
arl/modulo-fiscal).
Apenas com a discordâ ncia em relaçã o a divisã o, a açã o judicial deveria ser ajuizada.
Pelo exposto fica claro a carência da açã o nos termos do artigo 17 do CPC visto que sequer
há notificaçã o para o requerido das intençõ es da autoras requerendo a extinçã o do feito
sem analise de mérito com fulcro no artigo 485 VI do CPC.
NO MÉ RITO
Apó s a separaçã o judicial do casal a autora abandonou os seus 50% do imó vel , sequer
cuidando de cercá -lo ainda que de forma precá ria ou administrá -lo e o requerido no intuito
de ser o dono integral do local novamente de toda á rea tomou posse do imó vel todo , e
como seu, passou a cuidar, gerir e administrar da totalidade da á rea, fazendo as cercas,
aceiros, criando animais e fazendo pequenas plantaçõ es.
Desde sua tomada de posse já decorreu o prazo da prescriçã o aquisitiva de mais de 28 anos
Excelência fazendo jus ao USUCAPIÃ O de toda AREA.
Poderiam as autoras terem requerido a divisã o cô moda do imó vel a todo tempo contudo
deixaram decorrer mais de 28 anos e nã o podem mais exigir o bem ante a ocorrência da
prescriçã o aquisitiva, a USUCAPIÃ O.
Excelência nã o há que se falar em exercício algum de condomínio de fato a nã o ser a
mençã o de coisa comum na matricula do imó vel, vez que a autora nunca administrou
conjuntamente o imó vel, nunca geriu nada no local sejam investimentos ativos ou passivos.
É fato incontroverso desde a inicial que apó s a separaçã o judicial em 1992 e conforme
Sentença judicial do feito 203/1992 que transitou em julgado em 23.03.1992 o requerido
vendo abandonada a á rea passou a exercer exclusivamente a posse qualificada, como dono
de tudo novamente, seja pelo uso, seja pelo gozo seja pela fruiçã o unilateral integral do
imó vel até os dias de hoje .
Há mais de 28 anos o requerido sozinho, cuida como dono de todo o imó vel rural, cria
animais, cuida e repara as cercas, defende a á rea de invasores, responde a todas as
obrigaçõ es ambientais locais, faz reparo na casa, currais, paga os impostos bem como
informa O BEM COMO SEU integralmente (25,4ha) no CCIR (certificado de cadastro de
imó vel rural) e no ITR (Imposto sobre propriedade territorial rural), sendo responsá vel
pelo recolhimento dos tributos.
Para a doutrina vemos IHERING definir que a posse é composta por um elemento material
e um elemento moral ou intelectual, que sã o chamados Corpus e Animus o que é evidente e
insofismá vel no caso.
As autoras ao contrá rio do requerido nunca estiveram no local de forma que se dizem na
inicial que de fato nã o sabiam dos semoventes ali, confirmando que o requerido exerce a
posse qualificada de forma integral, mansa e sem oposiçã o alguma da á rea com o devido
animus domini há 28 anos.
Operou-se a prescriçã o aquisitiva pelos longos 28 anos de posse mansa e pacifica de todo o
imó vel sendo de rigor o reconhecimento da ocorrência do usucapiã o do imó vel
integralmente.
Desde já pede-se seja deferida a SUSPENSÃ O da açã o de extinçã o de condomínio até que
seja julgada o
pedido de reconvençã o de usucapiã o, que sendo julgado
procedente o pedido de usucapiã o, pede-se consequentemente seja julgado improcedente o
pedido de extinçã o de condomínio ante a USUCAPIÃ O da á rea pela prescriçã o aquisitiva.
O PEDIDO DE ARBITRAMENTO DE ALUGUEL
O segundo pedido é o de arbitramento de aluguel que também pede-se seja julgado
improcedente bem como seu pedido de extensã o retroativa de 03 anos se apenas agora
manifestam a intençã o de receber supostos frutos da á rea.
Excelência sendo procedente o pedido de usucapiã o, o pedido de arbitramento de aluguel
se esvazia como acessó rio do pedido autoral principal.
Outrossim, forte é que os laudos juntados referentes a suposto valor de locaçã o sã o
unilaterais e nã o se prestam a indicar o valor de locaçã o real de á rea rural médio de
mercado na regiã o de Barretos, ficando já impugnados requerendo-se prova pericial séria a
ser deferida pelo R. Juízo.
Quanto ao arbitramento liminar pede-se a reconsideraçã o do arbitramento de aluguel
liminar vez que deferida sem contraditó rio e ausente prova pericial para avaliaçã o do valor
de mercado, sendo deferida com base em laudos unilaterais juntados, aqui já impugnados ,
havendo risco de dano grave e de difícil reparaçã o, Excelência.
A situaçã o levantada pelas autoras nã o é real sob nenhum aspecto.
Vejamos que o periculum in mora Excelência nã o existe, pois a autora sequer relata o
motivo da urgência, nã o podendo ser presumido, contudo nos esforçamos a presumir ser a
situaçã o de saú de da autora Nome.
Vejamos que nos autos existem indícios fortes de que o valor do arbitramento é irrisó rio e
inexpressível para as autoras que possuem ampla condiçã o financeira para suportar
qualquer tratamento médico a mã e.
As fls 51 observa-se que a requerente é cuidada no hospital ASSOCIAÇÃ O PORTUGUESA DE
BENEFICIENCIA um dos melhores hospitais privados do mundo o que demonstra que além
de estar sendo bem cuidada, esclarece sua excelente condiçã o financeira, nã o fazendo
qualquer diferença as autoras R$ 00.000,00.
É de se ponderar Excelência que além de nã o expor o motivo da urgência de forma clara e
direta, estamos presumindo os motivos.
Vejamos do outro lado da R. Decisã o que o requerido tem 85 anos de idade e para ele o
valor a pagar é expressivo, sendo mais de 10% de sua renda total que já esta quase toda
comprometida.
Importante demonstrar que desde a separaçã o judicial o requerido já paga a requerente
Nome, um salá rio mínimo e meio mês de pensã o, ou seja R$ 00.000,00. (um mil seiscentos e
cinquenta reais) bem como convênio saú de da fundaçã o CESPE com gastos com a mesma
de mais de R$ 00.000,00mês. (descrito na Carta de Sentença e documentos da FUNCESPE
anexo).
É importante também destacar que o requerido com 85 anos, é casado, tem mais 03 filhos
que ainda cuida,
(Gabriel, Ana Laura e Ana Beatriz) possui inú meros gastos com tratamentos e
medicamentos o que se infere da sua pró pria idade nã o possuindo condiçõ es de pagar o
aluguel arbitrado avaliaçã o pericial.
Ante as ponderaçõ es, esclarecimentos e documentos que seguem carreados, é justa a
reconsideraçã o da decisã o liminar Excelência , até que se tenha ao mínimo avaliaçã o
pericial concreta, obtida mediante o essencial crivo do contraditó rio.
Nobre Magistrado vejamos que sã o mais de 28 anos passados nã o havendo urgência no
pedido liminar!
Neste termos pede-se nova analise do conjunto probató rio agora encartado com a defesa a
reconsideraçã o da decisã o liminar de arbitramento de aluguel até que seja realizada prova
pericial no imó vel.
Quanto ao pedido retroativo observa-se que está totalmente
desprovido de razã o jurídica e fá tica.
Nã o há nenhuma notificaçã o de 36 meses atrá s para que o requerido pagasse aluguel da
á rea aos autores, nã o havendo mora que justifique o pedido retroativo.
Quanto nã o seja, nos termos do Artigo 240 do CPC a fixaçã o de alugueis sempre se dará a
partir da citaçã o e jamais de forma retroativa.
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a
coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 ( Código Civil).

Os julgados sã o uníssonos neste sentido sendo improcedente também o pedido de


arbitramento de aluguel retroativo.
A IMPUGNAÇÃ O DO VALOR DA AREA E PEDIDO DE ALIENAÇÃ O
Outrossim, forte é que os laudos juntados referentes a suposto valor da á rea sã o unilaterais
e nã o se prestam a indicar o valor da á rea rural médio de mercado na regiã o de Barretos,
ficando já impugnados requerendo-se prova pericial a ser deferida pelo R. Juízo mormente
quando o valor declarado no ITR exercício 2020 pelo requerido tem valor inferior de R$
00.000,00.
Mister a realizaçã o de perícia para avaliaçã o do valor do imó vel!
Ante a prescriçã o aquisitiva de 28 anos contra as autoras em favor do requerido pede-se
seja julgado também improcedente o pedido de alienaçã o de parte do imó vel.
Pede-se seja deferida A SUSPENSÃ O DE QUALQUER ATO DE ALIENAÇÃ O até que seja
julgada o
pedido de reconvençã o de usucapiã o, que sendo
julgado procedente o pedido de usucapiã o, pede-se consequentemente seja julgado
improcedente o pedido de alienaçã o ante a USUCAPIÃ O da á rea total pela prescriçã o
aquisitiva.
De todo o exposto observa-se a improcedência total dos pedidos de extinçã o de condomínio
seja pela carência da açã o, seja pela prescriçã o aquisitiva ocorrida, bem como a
improcedência do pedido de arbitramento de aluguel presente sem pericia, retrogrado sem
mora e ao fim a consequente improcedência do pedido de alienaçã o judicial.
PEDIDOS
Pede-se inicialmente seja deferido os benefícios da justiça gratuita ao requerido.
Pede-se ante a clara carência da açã o nos termos do artigo 17 do CPC a extinçã o do feito
sem aná lise de mérito com fulcro no artigo 485 VI do CPC.
Pede-se ante a impugnaçã o aos benefícios da justiça gratuita deferidos as fls 111/112 a
autora Nomee Nomesejam instadas a comprovar documentalmente a hipossuficiência de
forma ampla com as certidõ es de imó veis e moveis, movimentaçõ es bancá rias e cartõ es de
credito sendo lhe revogados os benefícios da justiça gratuita.
Pede-se seja deferida a suspensã o da açã o de extinçã o de condomínio e pedidos até que
seja julgada o
pedido de reconvençã o de usucapiã o, que sendo julgado
procedente o pedido de usucapiã o, pede-se consequentemente seja julgado improcedente o
pedido de extinçã o de condomínio ante a USUCAPIÃ O da á rea pela prescriçã o aquisitiva.
Ficam impugnados os laudos juntados referentes a suposto valor de locaçã o por serem
unilaterais requerendo-se prova pericial séria a ser deferida pelo R. Juízo para mensuraçã o
de suposto valor locatício.
Pede-se a reconsideraçã o da decisã o liminar de arbitramento de aluguel, mediante nova
aná lise do conjunto probató rio agora encartado com a defesa, suspendendo a determinaçã o
até que se tenha decisã o com fundamento em prova pericial a ser realizada no imó vel.
Pede-se seja julgado improcedente o pedido de arbitramento de aluguel retroativo, visto
que caso devidos, o sejam desde a citaçã o.
Ficam impugnados os laudos juntados referentes a suposto valor da á rea por serem
unilaterais requerendo-se prova pericial séria a ser deferida pelo R. Juízo para mensuraçã o
de suposto valor da á rea.
Pede-se seja deferida A SUSPENSÃ O DE QUALQUER ATO DE ALIENAÇÃ O até que seja
julgada o
pedido de reconvençã o de usucapiã o, que sendo julgado
procedente o pedido de usucapiã o, pede-se consequentemente seja julgado improcedente o
pedido de alienaçã o ante a USUCAPIÃ O da á rea total pela prescriçã o aquisitiva.
Pela defesa protesta o requerido pela produçã o de todos os meios de prova permitidos no
direito.
A RECONVENÇÃ O
A USUCAPIÃ O EM FAVOR DO REQUERIDO CONTRA AS
AUTORAS.
O IMÓ VEL
Excelência tratamos do imó vel que segue descrito conforme Matricula 7081 do OFICIAL DE
REGISTRO DE
IMÓ VEIS, TÍTULOS E DOCUMENTOS E CIVIL DE PESSOA JURÍDICA DA COMARCA DE
BARRETOS, anexa:
Uma gleba de terras, rural, na Faz." Congonhas "neste município e comarca com á rea de
10.50 alqueires, ou 25,41 00 há ., contendo casa de sede, paió u, chiqueiro, toda cercada
dentro das seguintes divisas e confrontaçõ es: iniciando no có rrego dos campos num marco
cravado à margem esquerda no ponto comum desta gleba com Nomee Paulo Girardi,
sucessor de Jacinto Girardi, do outro lado do có rrego, desce pelo dito, có rrego dos campos,
em diversos rumos e distâ ncias de 80,00 metros até encontrar as terras de Paulo Girardi,
confrontando com este sobe na distâ ncia de 1.110 metros e no rumo de 82º 40’ NW, até
encontrar o corredor boiadeiro, por este caminha 240,00 metros no rumo de 148ºSE
virando novamente a esquerda e confrontando com Luiz Girardi, caminha na distancia de
1082 metros nos rumos de 87º 50NE, até o ponto de partida. CÓ DIGO NO INCRA :
6040110057460, Á REA TOTAL de 25,4000 ha., Á REA REGISTRADA 25,4000 há MODULO
RURAL DO IMOVEL :40,1587 há . N. MODULO RURAIS, 0,63. MÓ DULO FISCAL 22,0000 ha. N.
MODULOS FISCAIS 1,1500 FRAÇÃ O MÍNIMA DE PARCELAMENTO 2,00.000 OAB/UF. N. DO
IMOVEL NA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL - NIRF 00000-00 .
O imó vel tem valor de R$ 00.000,00conforme ITR exercício de 2020. (doc anexo).
A ORIGEM DA PROPRIEDADE
Conforme R1 da matricula Sebastiã o Girardi e sua mulher Nomevenderam o imó vel ao
reconvinte e sua mulher na Nome, ora reconvinda em 19.12.1977.
Conforme descrito na AV2 da mesma matricula, em 23.03.1992 transitou em julgado a
Sentença Homologató ria da separaçã o judicial do casal que permanecendo em comum,
partilhou o imó vel em partes iguais.
Apó s a dita separaçã o judicial, houve clara mudança na causa da posse e a aqui requerida
Nomeabandonou os seus 50% do imó vel , sequer cuidando de cercá -lo ainda que de forma
precá ria ou administrá -lo e o aqui AUTOR Nomeno intuito de ser o dono integral do imó vel
novamente tomou posse do imó vel todo sem nenhuma resistência ou turbaçã o.
Como seu, passou a cuidar, gerir e administrar da totalidade da á rea, fazendo as cercas,
aceiros, criando animais e fazendo pequenas plantaçõ es.
Desde sua tomada de posse já decorreu o prazo da prescriçã o aquisitiva de mais de 28 anos
Excelência fazendo jus a USUCAPIÃ O EXTRAORDINÁ RIA de toda AREA.
Poderiam as requeridas terem suscitado a divisã o cô moda do imó vel a todo tempo contudo
deixaram decorrer mais de 28 anos e nã o podem mais exigir o bem ante a ocorrência da
prescriçã o aquisitiva, a USUCAPIÃ O EXTRAORDINÁ RIA.
Excelência nã o há que se falar em exercício algum de condomínio de fato a nã o ser a
mençã o de coisa comum na matricula do imó vel, vez que a requerida Nomenunca
administrou conjuntamente o imó vel, nunca geriu nada no local sejam investimentos ativos
ou passivos.
É fato incontroverso desde a inicial que apó s a separaçã o judicial em 1992 e conforme
Sentença judicial do feito 203/1992 que transitou em julgado em 23.03.1992 o AUTOR
Nomevendo abandonada a á rea passou a exercer exclusivamente a posse qualificada com o
intuito de ser dono de tudo novamente, seja pelo uso, seja pelo gozo seja pela fruiçã o
unilateral integral do imó vel até os dias de hoje .
Há mais de 28 anos o AUTOR Nome sozinho, tem o animus domini sobre todo o imó vel
rural, os 25,41ha, la criando animais, cuidando e reparando as cercas, defendendo a á rea de
invasores, respondendo a todas as obrigaçõ es ambientais locais, fazendo reparos na casa,
currais, pagando os impostos bem como INSOFISMAVELMENTE INFORMANDO O BEM DE
FORMA INTEGRAL COMO SEU (25,4ha) no CCIR (CERTIFICADO DE CADASTRO DE IMÓ VEL
RURAL) e no ITR (Imposto sobre propriedade territorial rural).
CLÓ VIS BEVILAQUA destaca que a usucapiã o" é a aquisiçã o do domínio pela posse
prolongada "(BEVILAQUA, Cló vis. Direito das Coisas. 1º vol. 2a Ed. Rio de Janeiro: Livraria
Freitas Bastos, 1946, p. 168.).
Nas palavras do doutrinador Orlando Gomes: 'A usucapiã o favorece o possuidor contra o
proprietá rio, sacrificando este com a perda de um direito a que nã o está obrigado a
exercer.' (GOMES, Orlando. Direitos reais, 21a ed. Rio de Janeiro. Editora Forense, 2012.
P. 181)
Nos termos do artigo arts. 1.238 do Có digo Civil de 2002, todos os requisitos da usucapiã o
extraordiná ria, qual seja o animus domini, a posse e o tempo estã o presentes requerendo-
se o reconhecimento deste R. Juízo.
Excelência, notadamente o animus domini está exposto de forma objetiva pelas declaraçõ es
e açõ es do requerido bem como pode se ver pelos itens confessos das requeridas na inicial,
sendo exteriorizado desde o inicio pelo autor Nomesua posse qualificada, completa, apó s a
separaçã o judicial, ante o abandono da requerida Nomeque nunca compareceu a nenhum
ato ou responsabilidade, agindo o autor Nomesempre em nome pró prio e ú nico por todo o
imó vel, como dono ante todos os compromissos e encargos e nã o se achando em relaçã o de
dependência alguma nem para com as requeridas nem para quem quer que seja.
Sua posse com animus domini também se exterioriza claramente e de forma flagrante no
enriquecimento pelo trabalho e investimentos no local ao longo de 28 anos, dali extraindo o
autor frutos com a criaçã o de animais, pasto, fazendo sempre investimentos como mais
cercas, melhorando todas as já existentes, fazendo melhorias no curral, na casa, na rede
elétrica, na captaçã o de á gua no local para ele, para suas plantaçõ es e animais, dentre
outras incontá veis melhorias com trabalhos diá rios no local.
Quanto a posse e o tempo , sã o incontroversos Excelência vez que já declarado pelas
pró prias autoras que o autor Nomefez uso, gozo e fruiçã o unilateral bem como teve a posse
unilateral do imó vel desde a separaçã o judicial até os dias de hoje.
Afirmaram que o autor Nomelá produz e cria cavalos, ovelhas, bú falos, porcos dentre
outros em todo período.
Pela situaçã o fá tica descrita, qual seja posse do referido imó vel desde 1992, ela se amolda à
hipó tese de usucapiã o prevista no art. 1.238, pará grafo ú nico, do Có digo Civil, o qual
preconiza:
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe
a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença,
a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único . O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no
imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo .
Comprovado objetivamente o animus domini, a posse ininterrupta e o lapso temporal
previsto no art. 1.238, § ú nico do CC/02, o requerido/reconvinte Nomeatende os requisitos
legalmente previstos.
Desta feita, atendidos os mencionados requisitos Nomepede seja declarado por Sentença o
direito jurídico originado, pois já possuidor do direito material, retroagindo seus efeitos ao
momento do fato configurador do direito.
Sendo ainda a decisã o da USUCAPIÃ O EXTRAORDINÁ RIA declarató ria pede-se que a R.
Sentença, sendo procedente, julgue improcedentes os pedidos iniciais das autoras e aqui
requeridas, a extinçã o de condomínio com alienaçã o, arbitramento de alugueis vincendos e
retroativos, declarando a propriedade hialina do requerido/reconvinte Nomesobre a
totalidade dos 25,41ha do imó vel determinando a sua transcriçã o no Registro de Imó veis.
Portanto, satisfeito o requisito legal para aquisiçã o da propriedade com base na usucapiã o,
de rigor a improcedência dos pedidos iniciais das autoras/reconvindas aqui requeridas e o
reconhecimento e declaraçã o da propriedade pela ocorrência da usucapiã o.
OS PEDIDOS
A citaçã o por edital de eventuais
a)
interessados, cô njuges e/ou sucessores, bem como confrontantes.
O julgamento de improcedência dos
b)
pedidos das autoras/reconvindas aqui requeridas de extinçã o de condomínio com
alienaçã o, arbitramento de alugueis vincendos e retroativos, nos termos desta reconveçã o e
o reconhecimento da usucapiã o , servindo a R. Sentença como título para registro no CRI de
Barretos (artigo 13 da Lei 10.257/2001);
A realizaçã o de prova pericial, de
c)
modo a aferir os valores de todas benfeitorias e acessõ es realizadas no imó vel objeto da
demanda pelo requerido/reconvinte Nome, bem como para verificaçã o da á rea construída;
A condenaçã o das
d)
autoras/reconvindas, ora requeridas ao pagamento dos honorá rios advocatícios, custas e
demais despesas processuais.
Protesta por provar o alegado por
e)
todos os meios de prova admitidos em direito, em especial as documentais e periciais, sem
prejuízo das demais que se mostrarem imprescindíveis ao deslinde do feito.
Pugna pela produçã o de todas as provas admitidas em direito bem como o depoimento
pessoal das partes, da genitora do autora bem como das testemunhas que poderã o ser
oportunamente arroladas.
Nestes termos pede deferimento.
Barretos, 13 de março de 2021
Adv. Nome
O.A.B./S.P. 224.991

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