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Patrus Ananias & Advogados Associados

Av. Afonso Pena, nº 2770, 14º andar, Funcionários. Belo Horizonte/MG


Telefone: (31) 3225-5204

SENHOR(A) COORDENADOR(A) DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR DO PROCON


MUNICIPAL DE SANTA RITA DO SAPUCAÍ – MG

RECLAMAÇÃO Nº: 034/19

ARTHUR LUNDGREN TECIDOS S/A (CASAS PERNAMBUCANAS), pessoa jurídica de


direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 61.099.834/0001-90, com sede à Av. Juscelino
Kubitschek, nº 50, 6º, Vila Nova Conceição, São Paulo - SP, CEP 04543-000, por seus
procuradores subscritores, instrumento de mandato incluso, estes com endereço à Avenida
Afonso Pena, nº 2.770, 14º andar, Funcionários, Belo Horizonte/MG, CEP 30.130-012, local onde
recebem intimações, vêm, respeitosamente, perante a presença de Vossa Excelência, apresentar
RESPOSTA A RECLAMAÇÃO ADMINISTRATIVA, que lhe move GLÓRIA LUZIA DOS SANTOS pelas
razões de fato e de direito que serão expostas a seguir:

1. RESUMO FÁTICO.
Versam os autos acerca de reclamação administrativa aforado por GLÓRIA LUZIA
DOS SANTOS em detrimento de ARTHUR LUNDGREN TECIDOS S/A (CASAS PERNAMBUCANAS),
pretendendo, em síntese, que a Instituição, ora Reclamada, preste esclarecimentos sobre o
débito que ensejou a negativação de seu nome, pois afirma não ter o referido débito.

2. DA SOLUÇÃO PARA O CASO.

Tendo em vista o recebimento da reclamação em referência, formulada pela cliente


Sra. GLORIA LUZIA DOS SANTOS, vimos à presença desse ilustre órgão informar o que segue:

Em resposta a reclamação prestada pela cliente, a empresa esclarece que


analisamos o cadastro e identificamos que a cliente não efetuou os pagamentos integrais de
suas obrigações, conforme demonstra as faturas em anexo.

Un id ad es: B elo Ho ri zo n t e | S ão Pa ulo | T im óteo | João M onle vade


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Conforme se verifica pela ilação probatória produzida, o último pagamento


realizado pela parte autora foi um pagamento parcial ao dia 10/05/2016, no valor de R$140,00
(cento e quarenta reais), em que pese a existência de demais obrigações pretéritas e futuras a
serem adimplidas.

Calha ressaltar que a própria parte autora afirma ter efetuado compras junto a
empresa requerida, de forma que não há que se falar em inexistência de relação jurídica ou
qualquer irregularidade contratual.

Noutro giro, a requerente não traz aos autos qualquer documento que comprove
que realizou o adimplemento total de suas obrigações, ônus que a incumbia nos termos do
inciso I do artigo 373 do Código de Processo Civil e do qual não se satisfez.

Sequer faz menção a tal fato ao longo de sua reclamação, o que mais uma vez
demonstra ser devida a cobrança externa pela empresa detentora do crédito.

Em novembro/2018, a empresa ré realizou a venda da carteira de clientes que


possuíam débitos em aberto para a empresa responsável pela inclusão do nome da parte autora
junto aos órgãos de proteção ao crédito, desta forma não é mais detentora do saldo devedor.

Sendo assim, deverá a autora entrar em contato com a empresa Itapeva


Recuperação de Crédito através do telefone 0800 770 5989 e verificar condições para negociar
o saldo devedor.

Dessa maneira, entendemos que a solicitação foi atendida, razão pela qual
requer-se a baixa e consequente arquivamento da presente demanda.

3. RECLAMAÇÃO ATENDIDA. INAPLICABILIDADE DE MULTA

Por certo, observando a intenção das Reclamadas em solucionar o problema da


Reclamante, não há motivos para eventual aplicação de penalidades a esta subscritora.

Por outro lado, invocando princípio da eventualidade, no caso de aplicação de


multa, o que se admite apenas para efeito de argumentação, mas não se espera de fato, se
aplicada, não poderá ser imposta em caráter confiscatório.

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Cumpre afirmar que o Confisco é expressamente vedado em nossa Constituição


Federal, conforme dispõe o artigo 150, inciso IV.

No caso em tela, cabe ao administrador público se atentar aos princípios da


razoabilidade e proporcionalidade para definir um montante que não dê caráter confiscatório a
penalidade impedindo, com isso, a possível anulação dos atos pelo Poder Judiciário.

4. DO PEDIDO.

Diante do exposto, conforme fundamentação supra requer seja este processo


administrativo julgado insubsistente e arquivado.

Alternativamente, caso julgado subsistente, requer seja a infração, penalizada tão


somente com advertência, conforme os termos da fundamentação supra.

Ainda de forma alternativa, caso seja lavrada multa, requer seja observado e que
se atenda aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, bem como, seu valor não
caracterize confisco, consoante os termos da fundamentação supra.

Requer ainda a juntada dos atos constitutivos da sociedade e instrumento de


mandato.

Nesses termos, pede deferimento.

Belo Horizonte/MG, 2 de setembro de 2019.

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