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ESTRUTURA OBJETIVO
• COMPOSIÇÃO DO MATERIAL
GERAL
• ATUALIZAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO
DIDÁTICO MATERIAL DIDÁTICO: ENSINO
• TODA A COLEÇÃO É COMPOSTA DE: FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS E ANOS
• 1º, 2º E 3º ANOS – 08 EIXOS FINAIS), DE ACORDO COM AS
TEMÁTICOS (TEORIA E ATIVIDADES – DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO E EXPRESSAS NOS PARÂMETROS
PROPOSTOS) CURRICULARES NACIONAIS (PCN).
• 4º AO 9º ANOS – 12 EIXOS
TEMÁTICOS (TEORIA E ATIVIDADES –
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO E
PROPOSTOS)
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SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO:
Caro educador,
Desde o início da concepção desta coleção de livros didáticos do Sistema COC de Ensino,
estabelecemos como ponto de partida os diálogos compartilhados com educadores, para que
pudéssemos colher experiências e sugestões, no intuito de uma construção colaborativa de
aprendizagem que fosse ao encontro das expectativas e anseios em relação a uma educação de
qualidade, pautada na formação integral e sistêmica, de interesses e desejos dos principais atores
sociais, os professores e os alunos, tendo em vista suas múltiplas relações, cognitivas, afetivas, sociais
e outras.
Ao começarmos nossas indagações acerca dessa proposta, tomamos como base de apoio o
contexto e as condições de produção em se encontravam a criança e o jovem, na maneira como eram
educadas e, a partir da realidade, prospectamos alguns possíveis resultados de nosso projeto.
A escola do mundo global vive uma crise de rumo e de identidade e, nesse contexto, as
pesquisas em educação apontam para o estudo da interdisciplinaridade que adquiriu, nos últimos
anos, grande vulto, tomando dimensões relevantes para compreender como o conhecimento circula
em um mundo globalizado e altamente tecnológico. Sabe-se que o novo papel social da educação é de
construir, pela práxis, o conhecimento.
Há algumas décadas vimos surgir a necessidade de intervenções pedagógicas de cunho
interdisciplinar na área da educação. Torna-se, dessa forma, necessário que os educadores
ressignifiquem suas práticas à realidade social e cultural contemporânea. Atualmente, quando se fala
em organização dos saberes, além de levarmos em conta resultados de progressos epistemológicos,
devemos lembrar o que assinala Gusdorf (1990) “uma compensação ou meio de defesa desesperado
para preservar, no todo ou em parte, a integração do pensamento”. Assim, falar em
interdisciplinaridade é buscar a cooperação entre as disciplinas, provocando intercâmbios reais,
diálogos e enriquecimentos mútuos, um trabalho de interações e em espiral, como afirma o mesmo
autor “a interdisciplinaridade supõe abertura de pensamento, curiosidade que se busca além de si
mesmo”1 .
Cada vez mais focados nessa proposta nos envolvemos nas pesquisas e, após alguns anos de
trabalho, propomos uma reformulação com a finalidade de oferecer a vocês, professores e alunos das
Escolas Parceiras COC, uma edição atualizada em consonância com as novas tendências educacionais,
consistente e ao mesmo tempo versátil, pautada no rigor conceitual. Assim, surge a 2ª edição, que
dialoga com a proposta anterior e amplia as bases fundamentais conceituais das diversas disciplinas e
áreas do conhecimento, considerando os conhecimentos prévios, as vivências dos alunos e a formação
continuada como pressupostos essenciais para a construção e a gestão do conhecimento, garantindo
que a aprendizagem seja potencialmente significativa.
Esperamos que este Suplemento Didático/Pedagógico seja um referencial para novas
alternativas didáticas; um ponto de apoio ao professor e seus planejamentos; um facilitador, um meio
organizado para o aluno na busca do conhecimento; um aporte (crítico/reflexivo) para as possíveis
intervenções no cotidiano. Nossa expectativa é que este material, que não se esgota por si só,
portanto, pressupostamente inacabado, possa aflorar novos espaços para intervenções, mediações
e, dessa forma, juntos, sermos protagonistas da construção de um conhecimento colaborativo,
compartilhado e generoso.
1
Gusdorf, Georges, (1990). Réflexions sur l'interdisciplinarité Bulletin de Psychologie, XLIII, 397, pp. 847-868. In:
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/mathesis/vocabulario-interd.pdf
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4
6. POR QUE, QUANDO, O QUE E COMO ENSINAR COM ESTA COLEÇÃO .................................. 92
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Sistema COC – Ensino Fundamental
INTRODUÇÃO
Na história se faz o que se pode e não o que se gostaria de fazer.
Uma das grandes tarefas políticas que se deve observar é a
perseguição constante de tornar possível amanhã o impossível de hoje.
(Paulo Freire, 1992)
A presente proposta visa ser inovadora não nos aspectos dos conteúdos, mas na visão que o
professor e aluno possam ter desses conteúdos. Nota-se que, muitas vezes, em alguns materiais
didáticos do mercado editorial, a forma como se apresenta o currículo2, tem-se a ideia de que são
assuntos estanques, isolados e sem nenhuma conexão ou utilidade prática. A sociedade do século XXI
é cada vez mais caracterizada pela gestão do conhecimento, as exigências são cada vez maiores no
desenvolvimento das competências, seja para trabalhar, para exercer a cidadania, para conviver, seja
para cuidar do ambiente em que se vive.
Nesse sentido, apresentaremos nas próximas páginas o percurso teórico em que se ancora
nossa proposta pedagógica, que procura, numa abordagem sistêmica, interligar disciplinas/áreas do
conhecimento evidenciando como são, na realidade, integradas em consonância com os Pilares da
Educação e com os desafios do século XXI, respaldada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) –
um documento norteador que aponta princípios para se atingir metas de qualidade em Educação, e na
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN – no 9394/96). Dessa forma, segue o mapeamento das
áreas, com a inclusão das disciplinas de Ciências Sociais e Educação Física, contempladas pelo Sistema
COC, e a abertura da área de Ciências Naturais para o 9º ano: Física, Química e Biologia. (fig.1).
Áreas e disciplinas
Ciências Linguagens
Humanas e
suas Códigos e suas
tecnologias tecnologias
Matemática e Ciências da
Natureza, e
suas suas
tecnologias tecnologias.
2
Currículo, entendido como a expressão do que existe na cultura científica, artística e humanista transposto para uma situação de
aprendizagem e ensino.
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O ponto mais importante desse conjunto de documentos que elaboramos, contidos neste
Suplemento Didático/Pedagógico, é o de fornecer subsídios na organização do trabalho docente que
possam garantir, nas condições singulares que cada Instituição Parceira de Ensino apresenta, recursos
efetivos e dinâmicos que permitam assegurar aos discentes uma aprendizagem eficaz. Espera-se, dessa
forma, um fortalecimento da relação escola-professores-alunos-comunidade.
Se vivemos em um mundo no qual o conhecimento é usado de forma intensiva, é certo que o
diferencial estará na qualidade da educação recebida. Podemos então concluir que, serão
determinantes as competências constituídas/construídas a partir do convívio, da capacidade de agir,
pensar e atuar no mundo, de aprender a – na diversidade – situar-se e pertencer a, de significar e
ressignificar estabelecendo relações e atribuindo sentidos. Um dos objetivos da nossa proposta é o de
estar a serviço desse desenvolvimento, que possibilitará a autonomia, a construção da identidade
(valores de pertencimento) e da liberdade.
Segundo Santomé (1998, p.128), uma das funções principais é o de fomentar e desenvolver
cidadãos ativos e críticos, solidários e democráticos de e para uma sociedade similar. Quando se fala
em cidadãos ativos pressupõe-se uma educação dinâmica, interativa e orgânica. Nesse enfoque a visão
de instituição que ensina, transmuda-se para instituição educativa/aprendente (fig.3).
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C
A – área de interseção na relação
– área de interseção na escola/aluno
relação professor/aluno – domínio afetivo/cognitivo
– domínio da efetivação da Aluno – conteúdos e metodologias para
aprendizagem mediadora. A seu ensino e aprendizagem.
Professor Escola
C
B
B
– área de interseção na relação
professor/escola/comunidade
– domínio social/profissional
– diálogos interativos
– “aprendentes”.
Figura 3- Esquema Instituição Educativa (aprendente)
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PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
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Construtivismo e Sociointeracionismo
Idealizada pelo epistemólogo suiço Jean Piaget (1896-1980) o construtivismo ou
psicologia genética, procura explicar os processos de desenvolvimento cognitivo. Em linhas
gerais, como afirma Castorina (1995, p.12) a teoria piagetiana é apresentada como uma versão
do desenvolvimento cognitivo nos termos de um processo de estruturas lógicas, explicada por
mecanismos endógenos, e para a qual a intervenção social externa só pode ser "facilitadora" ou
"obstaculizadora".
Já, o psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) desenvolveu uma teoria que
segundo Castorina (1995, p.12) aparece como uma teoria histórico-social do desenvolvimento
que, pela primeira vez, propõe uma visão da formação das funções psíquicas superiores como
"internalização" mediada da cultura e, portanto, postula um sujeito social que não é apenas
ativo mas sobretudo interativo. A teoria formulada por esse pesquisador consistia em atribuir
um papel essencial às relações sociais aos processos, tanto que deu origem à corrente
pedagógica chamada sociointeracionismo, também chamada de socioconstrutivismo.
(CASTORINA, J.A. Piaget-Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo, SP. Editora
Ática, 1995, p.12).
Aprendizagem significativa
O pesquisador e psicólogo norte-americano David Paul Ausubel (1918-2008) propôs o
conceito de aprendizagem significativa. Segundo o autor, a concepção de aprendizagem deve fazer
sentido para ampliar e ressignificar ideias já existentes na estrutura mental, relacionar e acessar
novos conteúdos. Dessa forma quanto maior o número de links estabelecidos, maior será a
efetivação do conhecimento. O autor considerava o conhecimento prévio como ponto de partida
para a introdução de um novo conhecimento, nesse processo, a nova informação ancora-se em
conceitos internalizados na estrutura cognitiva, fazendo sentido, significando.
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Figura 6 – Espaçograma (diagrama radial-espacial) do Grupo 3 – Eixo Ação e Transformação (4º ano).
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A lei federal nº 9394 de 1996 – a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)
conhecida como Lei Darcy Ribeiro – determina como competência da União estabelecer, junto aos
Estados e Municípios, diretrizes que orientem os currículos e seus devidos saberes, de forma a garantir
uma formação básica comum a todos. Assim, por parte do governo, foi elaborado um documento na
tentativa da superação dos problemas e dificuldades em termos educacionais, os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) para o ensino fundamental (Brasil, 1998), que têm como principal
finalidade apresentar as linhas norteadoras para a (re) orientação curricular.
Desse modo, a concepção de currículo, por meio dos PCN, aponta para uma organização
curricular que dê conta do desenvolvimento do conhecimento a partir de áreas interligadas
considerando o princípio da transversalidade.
Para essa coleção, apoiamo-nos na LDB e nos PCN e desenvolvemos, a partir do núcleo de
conteúdos em cada área e disciplina, os temas que compõem os grandes EIXOS TEMÁTICOS,
permitindo assim um amplo desenvolvimento dos conceitos, dos procedimentos e atitudes.
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PROGRAMAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL (ANOS INICIAIS E FINAIS POR ÁREAS) E ESPECÍFICA (1º.
ANO).
3
Forma espiralada, cuja base de suporte de conteúdos se encontra nos anos impares (1º; 3º; 5º; 7º e 9º) e nos anos pares (2º; 4º; 6º e 8º) base de
alavancagem dos conteúdos. Desenvolvemos esse modelo para dar maior consistência na aprendizagem, consideramos também uma espiral aberta
gradualmente.
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i) Áreas do conhecimento integradas e apresentadas por meio dos espaçogramas, para que os
professores/pais/alunos, visualizem distintamente.
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1.1.a – Contextos de circulação de textos: Para introduzir a criança no mundo da escrita e ampliar suas
possibilidades de comunicação oral, optamos por assegurar uma vivência da diversidade das práticas
de linguagem presentes nas esferas de circulação de textos:
Modalidade escrita
Modalidade Leitura Sistema de escrita
– Circulação de textos
– Contexto do cotidiano – Verbal e não verbal – Alfabética
– Contexto escolar – Desenvolvimento da leitura – Padrões da linguagem escrita
– Contexto literário – Desenvolvimento da escuta
– Contexto jornalístico – Ampliação da fala (sons/fonemas)
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1.1.b – Quanto aos gêneros textuais (sequências didáticas ou projetos) para o 1º ano:
Modalidades escrita/oral
Cotidiana Escolar Jornalística Literária (prosa) Literária (verso)
Parlenda/regras de
Legenda/comentário Conto de repetição e
Bilhete/recado. Diagrama/explicação. jogos e
de notícia etc. outros.
brincadeiras etc.
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1.1.f – Desenvolvimento das competências propostas para língua e linguagem (análise e reflexão)
1º ano
– Identificar, com auxilio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna de
um gênero.
– Localizar palavras ou expressões que marcam a progressão do tempo e as que estabelecem as
relações de causalidade entre os acontecimentos relatados para compreender alguns de seus usos.
– Examinar o uso de numerais e de outras palavras que indicam quantidades e medidas.
– Examinar o uso de recursos gráficos em determinado gênero
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1a Remessa
Eixos:
I – Descobrir é
divertido
II – Ciranda do
tempo Conteúdos
Apresentação de vários portadores de textos; análise e reflexão
sobre o sistema de escrita; leitura e escrita contextualizada; escrita
de nomes próprios; formação de frases; produção de texto coletivo;
Língua Portuguesa
leitura e interpretação de texto oral, ciranda de histórias; leitura e
escrita de palavras; leitura de textos de memória; reconhecimento e
diferenciação: letras, números e palavras.
Reconhecendo os numerais até 30; correspondência um a um;
percebendo a importância dos numerais; explorando imagens,
Matemática tabelas e gráficos; comparação de tamanhos; noções de: grandeza;
de posições; de direção e sentido; símbolos e códigos; classificação e
seriação; ordem dos numerais.
Identidade: história pessoal; nome e sobrenome; naturalidade e
nacionalidade; se apropriar da “leitura do mundo”: a cidade e o
ambiente onde vivem, suas condições de vida e das famílias às quais
História
pertencem historicamente, os bens materiais e culturais presentes
em seu cotidiano. A família: constituição; graus de parentesco. Datas
comemorativas: fatos históricos importantes, o aniversário.
Espaço: saber localizar espaços ao redor e reconhecer no mapa
lugares conhecidos; identificar percursos.
Geografia Educação para o trânsito: reconhecer ruas, praças, avenidas,
calçadas e as regras de trânsito; moradias: identificar tipos diversos
de moradias; evolução das moradias.
Relações de convivência: capacidade de se adaptar; Cultura e
Costumes: identidade e identificação; promover procedimentos,
Ciências Sociais atitudes e valores humanos para a vida em sociedade, como
integridade, respeito, responsabilidade, cooperação e repúdio a
preconceitos e discriminações.
Estimular a criança a questionar, identificar, relacionar e formular
explicações para elementos, fenômenos e acontecimentos presentes
no ambiente de seu convívio; Ter conhecimento sobre o corpo e a
Ciências Naturais
saúde: características físicas; cuidados com o corpo; construção de
identidades sociais e culturais e comparações e transformações do
ser humano do ponto de vista biológico.
Leitura e releitura: gênero de pintura – retrato pictórico e
Arte autorretrato. Características expressivas das artes visuais (ponto,
linha, forma, cor, textura, luz, movimento etc.).
Linguagem gestual e facial: mímicas, rodas e brincadeiras.
Educação Física Desenvolver a motricidade: saltar, abaixar, lançar, correr.
Atividades físicas para postura corporal. Ginástica rítmica.
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2a Remessa
Eixos:
III – Janelas
abertas
IV – Roda mundo
Conteúdos
Significação do espaço na escrita: descobrir os principais espaços do
texto em prosa; relacionar a ocupação espacial ao gênero textual.
Leitura e interpretação de texto oral. Identificando outros
Língua Portuguesa
portadores de texto: embalagens diversas; linguagem do texto
publicitário. Produção de texto coletivo. Leitura de texto de
memória; poema e rima.
Noções de geometria: sólidos geométricos – identificação pela
forma, pelo tamanho e pela cor. Esfera, paralelepípedo, cone,
cilindro e pirâmide. Cubo. Figuras planas. Sequência e seriação.
Matemática Conhecendo nosso sistema monetário: as notas; as moedas; cartões;
cheques. Estratégias de adição e subtração; noções de multiplicação
e divisão (juntar e repartir igualmente). Reconhecendo numerais até
50.
Compreendendo as noções de tempo e mudança. Passagem do
tempo; calendários; dias da semana. Noções de documentos
História pessoais; fotografias (estudos sobre os lugares e os modos como
memória se condensa e se materializa). Linha do tempo. Brinquedos
e brincadeiras. Datas comemorativas.
Identificar lateralidade, referências e orientação espacial. Estudo do
espaço. Noções de visão oblíqua e visão vertical. Explorar o
Geografia planisfério: relações humanas e espaciais. Conhecer diferentes
espaços. Pluralidade cultural. Compreender os diferentes grupos
étnicos.
Compreender a diversidade. Desenvolver a socialização. Reconhecer
Ciências Sociais a importância do diálogo em comunicação. Desenvolver a noção
dimensional de si mesmo e das coisas que o rodeiam.
Ciências da Vida: compreendendo e percebendo o crescimento
Ciências Naturais físico. Alimentação saudável e os cuidados da alimentação. O corpo
em movimento: esporte e saúde. Profissionais da saúde.
Noções sobre o Cubismo: Uma maneira diferente de ver, de olhar e
Arte de perceber o mundo (em todas as dimensões: frente/perfil; vivência
e projeção; aqui e lá).
Atividade física: conhecimento sobre o corpo: possibilidades e
Educação Física
limitações. Jogos cantados. Brincadeiras populares.
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3a Remessa
Eixos:
V – Onde se vive
VI – Diferentes
ambientes
Conteúdos
Leitura e interpretação de texto oral. Leitura de textos de memória.
Leitura de cartaz, outdoor, panfletos. Lembretes e bilhetes. Identificar
Língua Portuguesa o título do texto e o autor. Desenvolver a capacidade de dedução de
significado das palavras. Noções elementares para produção de texto.
Ordem alfabética. Pontuação. Sílabas complexas.
Identificar o uso de tabelas e construir gráficos. Cálculo por
estimativa, agrupar e contar. Reconhecendo numerais até 80.
Matemática Explorando os numerais através dos jogos. Somar e observar as
regularidades. Formular situações problemas. Escrita dos numerais
por extenso. Utilizar a adição e subtração em diferentes situações.
O tempo histórico das moradias e de seus moradores.
Compreendendo a noção do conceito de família e identificando a sua
História
história. Organização familiar e atividades diárias. Comparando: O
ontem (como era sua escola?) e o hoje (como ela é?)
Perceber a rotina de trabalho das pessoas com as quais convive.
Compreender onde se vive e aprender a planejar. Identificar
Geografia
profissões e funções por meio de entrevistas. Reconhecer meios de
transportes: terrestres; aquáticos; aéreos.
Relacionar espaços com atividades. Identificar o uso de transportes
Ciências Sociais públicos. Otimização dos transportes públicos como facilitador do
tráfego urbano. Comportamento no trânsito.
Ciência e tecnologia: equipamentos de segurança, trânsito,
construções, cuidados a serem observados dentro das residências.
Ciências Naturais Ciência da vida: compreender e diferenciar o ambiente urbano do
ambiente do campo. Plantas: a vida das plantas, plantio e germinação,
necessidades das plantas, profissionais que cuidam das plantas.
Artes visuais: símbolos utilizados em comunicação visual, para
Arte
orientar o trânsito. Decoração de ambientes: conceito de reutilização.
Jogos de atenção. Atividades com exercícios físicos que envolvam
Educação Física atenção e reflexo. Rodas e brincadeiras cantadas. Circuito treino
infantil.
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4º. Bimestre:
Eixos:
VII – Usos e
costumes
VIII – Outras
leituras
Conteúdos
Leitura e interpretação de texto oral. Produção de texto coletivo e
individual. Leitura de texto enigmático. Sistematização do uso da
Língua Portuguesa pontuação e do parágrafo. Discurso direto. Leitura compartilhada de
textos dramáticos. Gêneros textuais: história em quadrinhos; conto;
peça de teatro; sinopse de filme. Entrevistas, notícias, anúncios.
Explorando os numerais até 100. Identificar as dezenas e centenas.
Reconhecer dúzia. Identificando sinais de igual e diferente.
Matemática Reconhecer a escrita dos numerais ordinais. Situações problemas
envolvendo a adição e a subtração. Medidas de massa. Ideia de dobro
e metade.
Identificar diferentes formas de comunicação e formas de registro.
Diferenciação entre informação e conhecimento. Reconhecer os
História meios que viabilizam informações. Identificar fontes históricas.
Reconhecer pontos históricos da sua cidade. Conhecer a história da
sua rua, bairro e da sua cidade.
A cidade e o campo: espaço urbano e rural. Reconhecer a importância
das atividades do campo para subsistência nas cidades. Reconhecer os
Geografia elementos que fazem parte da vida no campo. Identificar as
características do ambiente urbano e reconhecer elementos que
fazem parte da paisagem urbana.
Identificar os costumes do homem do campo e desmistificar o
Ciências Sociais conceito atribuído ao termo “caipira”. Trabalho e transformação,
trabalho e remuneração. O trabalho infantil e o Estatuto da Criança.
Ciência e tecnologia: Evolução dos objetos, ferramentas de trabalho.
Ciências da Vida: animais – habitat, som dos animais, cobertura do
Ciências Naturais corpo, hábitos alimentares. Aves, peixes, anfíbios, metamorfose de
insetos e anfíbios, répteis, mamíferos. Profissionais que cuidam dos
animais.
Gênero de pintura: natureza morta. Arte Naif: cenas bucólicas,
Arte
campestres.
Exercícios de flexibilidade, ginástica rítmica com arcos, brincadeiras
Educação Física
populares.
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SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
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No material do professor você encontrará quadros de conteúdos com distribuição por Eixos
Temáticos. Segue uma mostra do quadro de conteúdos em Língua Portuguesa desenvolvido para o 3º
ano – Grupo 3 – 2a remessa e, de uma breve apresentação da área para anos iniciais e dos anos finais.
Trabalhando o texto;
Frases / Tipos;
Conversando sobre Sinais de pontuação
Capítulo 10:
o texto: os textos
Registrando! jornalísticos; Ortografia: QUE, QUI
e GUE, GUI; Fatos e
fotos.
Trabalhando o texto;
Substantivos
coletivos; Diálogo-
Capítulo 11: emprego de balões
Conversando com o
Conversando texto: anúncio
com o texto
Ortografia – R / RR
3º ANO – GRUPO 3 – ESPAÇO
HISTÓRICO E MEIO AMBIENTE Trabalhando o
texto: substantivos
(2a Remessa) simples e
Capítulo 12: Uma Conversando sobre compostos
imagem vale mil o texto: imagens e
palavras
palavras!
Além do texto...
Trabalhando o
texto: Substantivos
masculinos e
femininos
É hora de escrever
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“Fui à escrita
poemar
um flirt com a poesia
uma paixão gerada em sílabas
prenhes de ternura [...]”
Tony Tcheka4
Atentos ao que propõem os PCN, elaboramos a proposta para a área de Língua Portuguesa para
os anos iniciais numa perspectiva em que se consideram os seguintes princípios, (fig. 8):
Outras Linguagens
objeto do ensino da
Linguagem escrita
A ideia central, nos anos iniciais, é o desenvolvimento da oralidade como forma de garantir as
atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão sobre a língua materna. O objetivo específico é o
desenvolvimento de um trabalho de linguagem que permita ao aluno a observar, descobrir, perceber,
refletir sobre o mundo e interagir com o outro por meio do uso funcional da linguagem (fig. 9).
4
Tony Tcheka, poeta Guineense citado por CAMPATO,J.A. A poesia da Guiné-Bissau: história e crítica.São Paulo: Arte &Ciência,
2012.
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Compreendemos que por meio das diversas situações propostas nessa coleção, o aluno pode
perceber elementos estruturais, linguísticos e discursivos que possam servir de subsídios para outros
“gestos” de leitura e escrita. É na interação com o texto que se forma um leitor diferenciado, mais
atento, capaz de perceber a trama da textualidade, de se tornar um leitor mais crítico que, justamente
por compreender o jogo da textualidade, pode escolher participar ou não dele.
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SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
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Para tanto, nos anos iniciais, trabalharemos com a estrutura narrativa “histórias de ficção”
(lendas, contos, narrativas curtas) e outras estruturas textuais (poesia, receitas, notícias, cantigas de
roda, textos científicos, informativos etc.) num percurso interativo, levando o aluno a perceber as
funções sociais nos diferentes textos e suportes e, ao mesmo tempo, instigá-lo às descobertas nos
níveis semântico, sintático, morfológico e discursivo.
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Por meio das dicas, diálogos e textos complementares instituímos os “espaços de convivência e
socialização” no sentido de possibilitar ao aluno a ampliação de sua visão de mundo, repensando
questões de gênero, etnia, origem e possibilidades sociais e a rediscussão de valores que,
reinterpretados, constituirão sua nova identidade. Para tanto foi necessário considerar as práticas de
leituras – práticas de letramento – em diferentes esferas de circulação da escrita e da linguagem.
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Um dos objetivos principais nessa coleção de Língua Portuguesa é fazer com que o aluno
compreenda os conceitos de língua e linguagem, descobrir as variedades linguísticas, compreender
que o uso que fazemos da linguagem revela sobre quem somos e sobre como vemos o mundo.
Sabemos que desde, muito cedo, levamos em conta o contexto em que os enunciados são
produzidos, no momento de interpretá-los, revelando que o sentido sempre pode vir a ser outro no
processo de significação. Dessa forma, amplia-se a capacidade de reconhecer as intenções do
enunciador, sendo capaz de aderir ou refutar as posições ideológicas sustentadas no discurso.
Utilizamos como referência para a seleção de textos que compõem essa coleção, o
agrupamento proposto por Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly que orientam a trabalhar com todos os
gêneros e tipologias (fig. 10).
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Buscamos, também, evidenciar por meio das atividades o desenvolvimento do sujeito leitor
propondo uma relação ativa com o texto, num processo de interlocução – autor/leitor – para observar
que efeitos de sentido são aí produzidos.
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Conforme propõem os PCN de LP citados por Rojo (2008, p.29) em Dois eixos de práticas de
linguagens: as práticas de uso da linguagem e as práticas de reflexão sobre a língua e a linguagem, a
autora acrescenta:
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Ressaltamos que, nos anos iniciais, é fundamental trabalhar com situações concretas para, só
após a compreensão e assimilação, passar às operações.
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São fatores importantes: estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos
e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares.
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O significado da atividade Matemática para o aluno também resulta das conexões que
ele estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu cotidiano e das
conexões que ele percebe entre os diferentes temas matemáticos. Ao relacionar ideias
Matemáticas entre si, podem reconhecer princípios gerais, como proporcionalidade,
igualdade, composição e inclusão e perceber que processos como o estabelecimento
de analogias, indução e dedução estão presentes tanto no trabalho com números e
operações como em espaço, forma e medidas. O estabelecimento de relações é tão
importante quanto a exploração dos conteúdos matemáticos, pois, abordados de
forma isolada, os conteúdos podem acabar representando muito pouco para a
formação do aluno, particularmente para a formação da cidadania. (PCN-
MATEMÁTICA-MEC/SEF, 1997, p.29)
Inserimos em algumas atividades croquis que indicam determinada posição, atividades para
que o aluno identifique semelhanças e diferenças, representações de formas e objetos do cotidiano,
superfícies planas e arredondadas, atividades para montar e desmontar embalagens e identificar
peças, assim como os sólidos geométricos. Em grandezas e medidas, exploramos noções de distância,
área, volume, capacidade, tempo e massa.
43
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Nossa proposta para a educação matemática tem como objetivo geral, para os anos finais, o
trabalho com atividades que permitam ao aluno progredir na construção de conceitos e
procedimentos matemáticos a partir da base constituída nos anos iniciais, o que significa um trabalho
sequencial de forma espiralada de conhecimentos matemáticos com números naturais e racionais,
operações, medidas, espaço e forma e o tratamento da informação, auxiliando o aluno a compreender
e a alcançar “novos saberes”.
Nessa coleção, pretendemos levar os alunos a compreender enunciados, e, nesse sentido a
interdisciplinaridade é uma excelente alternativa de relacionar a Matemática com outras disciplinas,
quando se propõem atividades que trabalhem a aplicabilidade dos cálculos, de educação para gestão
de finanças, consumo sustentável e outras, dentro de uma visão contextualizada, mudando a forma de
o aluno interpretar os diversos acontecimentos, formando cidadãos críticos e construtores do
conhecimento, aplicando terminologias e técnicas convencionais, valorizando hipóteses e estratégias
pessoais. E para que isso aconteça, D’Ambrosio (1993) comenta:
44
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
45
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Ainda segundo os PCN para a História, não há somente um recontar dos fatos, mas a análise
dos sujeitos como integrantes do processo histórico, o que implica na realização de um estudo
reflexivo e crítico, proporcionando, dessa forma, uma formação histórica significativa.
5
DE CERTEAU, Michel. A Escrita da História. Trad. Maria de Lourdes Menezes. Rio de Janeiro: Forense- Universitária, 1982,
p.81
47
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Contemplamos para os anos iniciais as noções de temporalidade, pois, sabe-se que a História é
que nos situa no processo humano ao longo do tempo, fornecendo ferramentas metodológicas para a
compreensão da historicidade da vida social. Tomamos as fontes históricas como instrumentos
mediadores no processo de ensino e aprendizagem da História, a fim de promover transformações na
estrutura cognitiva da criança, possibilitando o desenvolvimento da noção de temporalidade histórica.
Favorecemos por meio das atividades a construção do sentido do passado e a aquisição dos conceitos
ligados ao tempo cronológico e ao tempo histórico, em graus de crescente complexidade.
48
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Segundo os PCN de História (MEC/SEF-BRASIL, 1997: 41) são objetivos gerais para os anos
iniciais numa perspectiva de ensino que favoreça a formação histórica:
• Realizar uma alfabetização histórica ensinando-os a utilizar métodos de
pesquisa e de produção de textos de conteúdo histórico, para que aprendam a
ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros;
• Proporcionar uma compreensão temporal e uma compreensão da existência
do outro e da herança adquirida oferecendo aos educandos a possibilidade de
localizarem acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a
formular explicações para algumas questões do presente e do passado;
reconhecer mudanças e permanências nas vivências humanas, presentes em
sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distantes no tempo e no
espaço; valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade,
reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento
de fortalecimento da democracia.
• Contribuir na formação da identidade pessoal e coletiva: identificar o próprio
grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros tempos e espaços;
conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos
tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e
sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles.
Cabe aqui destacar que nos apropriamos, na construção das concepções teóricas na disciplina
de História, da vertente da historiografia francesa, destacando a Nova História Cultural, que segundo
49
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Chartier6, tem por principal objetivo identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma
determinada realidade social é constituída, pensada, dada a ler.
Os PCN7 apresentaram inovações para o ensino de História na educação básica, com o objetivo
de aproximar o ensino da pesquisa em História, de modo a superar o ensino tradicional, vigente, que
tratava da valorização política e econômica, linear, factual, personificada em heróis, excluindo a
participação de outros agentes sujeitos, uma História tida como única e verdadeira, que se limitava às
relações de causa e consequência, que não problematizava a construção do processo histórico.
Sabe-se que o objeto de estudo da História são os processos históricos relativos às ações
humanas construídas no tempo, assim como as respectivas significações atribuídas pelos sujeitos,
considerando, que as relações humanas aí produzidas constituem-se como estruturas sócio-históricas:
formas de agir, raciocinar ou pensar, de representar, imaginar, instituir, enfim, de relacionar cultural,
social e politicamente. Nessa perspectiva, nossa proposta, visa um incentivo constante à pesquisa e à
diversificação de metodologias de ensino, a fim de apresentar os conceitos sobre temporalidades, e
diversificar os objetos de estudos tais como: memória, fontes históricas, patrimônio Histórico etc.
7
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: história. Brasília: MEC/SEF, 1998
51
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Procuramos, em nossa proposta para a disciplina História uma composição híbrida, mesclando
ora partes da História factual e cronológica (tradicional) ora, parte da História Cultural (entendida
como campo de investigação resultante das tendências que nasceram dos trabalhos do historiador
italiano Carlo Ginzburg (1939- ), do francês Roger Chartier (1945- ), pertencentes à Nova História
Cultural9) e, consideramos também o viés antropológico ancorados nas contribuições de Mikhail
Bakhtin (1895-1975), Michel Foucault (1926-1984) e Pierre Bourdieu (1930-2002). Cabe aqui ressaltar
que os conceitos de representação, de circularidade cultural e polifonia, de prática cultural e
apropriação, permitem aos professores e alunos desenvolverem uma consciência histórica que os
levem a compreender as diversas práticas culturais sem prescindir do rigor do conhecimento histórico.
Nossa expectativa em relação a essa proposta para a área de História é que os alunos sejam capazes de
identificar processos históricos e de reconhecer como se movimentam as relações de poder neles
existentes, assim como apropriarem-se de recursos para operar intervenções nos espaços onde vivem,
constituindo-se em sujeitos do “fazer” História.
Percebe-se que nas últimas décadas o ensino de Geografia tem sofrido algumas
transformações, resultando em constantes críticas ao ensino da Geografia tradicional
predominantemente conteudista, que contemplava a memorização dos fatos e conhecimentos
descritivos, enciclopedistas desvinculados muitas vezes, da realidade contemporânea, para uma
abordagem por competências valorizando os conteúdos estruturadores. Ressaltamos que
compactuamos com essa nova proposta e procuramos nos adequar não menosprezando os conteúdos
mas atualizando-os, adaptando-os às novas concepções emergentes de uma visão de Geografia como
ciência social engajada e atuante frente à globalização dos mercados, frente às mudanças nas relações
de trabalho, atenta às questões ambientais e etnoculturais, enfim, ao cotidiano.
8
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 2001.
9
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil , 1987.
10
COUTO, Mia. Pensatempos. Lisboa: Editorial Caminho, 2004.
52
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Outra abordagem nos anos iniciais foi o da alfabetização cartográfica, pois consideramos como
um dos instrumentos indispensáveis para a formação da cidadania e, nesse sentido, ancoramo-nos na
SEE (2008, p.46) quando cita Yves Lacoste, “cartas, para quem não aprendeu a lê-las e utilizá-las, sem
dúvida, não têm qualquer sentido, como não teria uma página escrita para quem não aprendeu a ler”.
Portanto, uma educação que objetive a formação do cidadão consciente e autônomo deve incorporar
no currículo os fundamentos da alfabetização cartográfica. Nessa direção, exploramos situações que
contemplam a espacialidade e deslocamentos, ler e interpretar mapas e cartas, noções de escalas e
outros.
Nesse momento da escolaridade passa a ser interessante também discutir com os alunos a
linguagem cartográfica como uma produção humana, marcada pelos alcances e limites dos
recursos técnicos e das intenções dos sujeitos e das épocas que dela se valem para representar
o espaço geográfico. Estudar a história da cartografia é uma forma adequada de aproximar a
História e a Geografia num estudo sobre como diferentes sociedades em tempos e espaços
distintos percebiam e representavam seu entorno e o mundo: as técnicas e os conhecimentos, o
imaginário, as intenções políticas e econômicas, os medos e desejos. (BRASIL11, 1997, p. 95)
Nossa proposta estimula o aluno a aprender Geografia nas séries iniciais do ensino
fundamental a partir da leitura do mundo, da vida e do espaço vivido de modo a proporcionar aos
mesmos a possibilidade de compreenderem sua própria posição no conjunto de interações entre
sociedade e natureza.
11
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia. v.5. Brasília: MEC/SEF, 1998.
53
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Em nossa proposta para os anos finais, procuramos destacar e relacionar os fenômenos sociais
à natureza física, compreendendo as relações que se estabelecem entre eventos políticos, sociais e
culturais em suas diversidades.
Sabe-se que o advento das novas tecnologias vem revolucionando o modo de pensar e agir no
mundo, portanto requer um “olhar” mais acentuado para a construção de um cidadão do mundo
numa visão planetária, uma nova reconfiguração dos espaços, como propõe Morin (2001) em sua obra
Os sete saberes necessários à Educação do Futuro, em que comenta como o todo e as partes se
interagem num fluxo constante de comunicação, um ir e vir, influenciar e ser influenciado, um
encurtamento dos espaços, das distâncias, interações capazes de romper barreiras culturais com a
aproximação de lugares e mundos diferentes.
54
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Apenas para ilustrar, tomamos por empréstimo uma citação de Giddens12 (2000) “quando a
imagem de Nelson Mandela pode ser mais familiar para nós que o rosto de nosso vizinho de porta,
alguma coisa mudou na natureza da experiência cotidiana”.
Priorizamos, a partir dessas concepções, a compreensão do espaço geográfico como
manifestação territorial da atividade social, em todas as suas dimensões e contradições, sejam elas de
ordem econômica, política e cultural. O estudo do território, da paisagem e do lugar em suas
diferentes escalas, levando em conta a diversidade e complexidade de relações sociais, de convivências
e diferenças culturais que integram um mesmo espaço, o conteúdo político em suas diversas
manifestações e distintas formas de poder.
12
GIDDENS, Anthony. Mundo em descontrole. Rio de Janeiro: Record, 2000.
55
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Nos anos iniciais procuramos focar na dimensão ética da legitimação dos valores contidos em
sociedades e culturas diversas, bem como a absorção dessas para a realização de diversos projetos de
vida e também, por extensão, a valorização de si próprio. Nesse sentido, tenta-se, nesta proposta,
ampliar os horizontes culturais dos alunos por meio dos desafios, problemas, certezas e inquietações
da sociedade atual, dando a eles a oportunidade de pensar a realidade e os paradigmas sociais
vigentes, para, assim, torná-los sujeitos construtores de seus próprios conhecimentos e moderadores
de suas condutas. Além disso, a proposta busca a ampliação de suas vivências e perspectivas filosóficas
e antropológicas, para que avancem no desenvolvimento de sua formação crítica e cidadã.
13
GIDDENS, A. A Constituição da Sociedade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 416.
56
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
57
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
A partir desses elementos, busca mediar no aluno sua percepção do contexto histórico e a
presença dos atores sociais nele atuantes; valorizar e reafirmar a emancipação ou contribuição desses
no atual momento histórico; sua participação como ponto matricial da formação da sociedade
brasileira e, por extensão, seu reconhecimento como indivíduos dotados de direitos e deveres.
Ademais, compreender que os processos sócio-histórico-políticos presentes e atuantes em uma dada
sociedade influenciam-se reciprocamente, reverberando nos distintos fenômenos sociais, no cotidiano
dos seres humanos que os concebem e nas instituições que os sustentam e modificam (família,
trabalho, escola), múltiplas e variadas formas. Trata-se de um conhecimento mais amplo acerca da
realidade social. Dessa forma, o aluno, aos poucos, irá construir o seu pensamento reflexivo / crítico,
de modo a atuar de forma responsável perante a sociedade em que está inserido.
58
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Sabemos que nessa fase dos anos iniciais os jovens encontram dificuldades em conceber a
sociedade como produto da construção humana e suas devidas bases histórico-materiais. Para
despertá-los para essa realidade, necessitamos levá-los a perceber que os diferentes grupos sociais se
transformam e se reformulam constantemente; estimular a adaptação de seus acervos morais às
novas tendências e realidades de seu tempo, para que transcendam seus olhares críticos a prismas que
detenham a cultura como uma esfera dinâmica e flexível, e não como algo fixo e cristalizado. No limite,
que possibilitem à cultura seu eterno movimento, e seu viés de elemento principal que auxilia o sujeito
a compor sua identidade. Nesse sentido, observamos que segundo consta nos PCN - Pluralidade
Cultural (1997):
[...] Ao valorizar as diversas culturas que estão presentes no Brasil, propicia ao aluno a
compreensão de seu próprio valor, promovendo sua autoestima como ser humano
pleno de dignidade, cooperando na formação de autodefesas a expectativas indevidas
que lhe poderiam ser prejudiciais. Por meio do convívio escolar possibilita
conhecimentos e vivências que cooperam para que se apure sua percepção de
injustiças e manifestações de preconceito e discriminação que recaiam sobre si
mesmo, ou que venha a testemunhar – e para que desenvolva atitudes de repúdio a
essas práticas. (BRASIL. S.E.F./PCN: Pluralidade cultural, Orientação sexual, Secretaria
de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF,1997, p.39)
Portanto, um dos desafios desta disciplina para os anos iniciais é o de proporcionar situações
que permitam aos alunos se aproximarem da realidade social em suas diferentes dimensões,
vivenciarem as relações culturais humanas em sua diversidade e multiplicidade. Priorizamos também
compartilhar o cotidiano em que o simples “olhar-se” permita a constatação de que são todos
59
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
diferentes; dessa forma, compreender que cada indivíduo é único e singular, cada qual com diferentes
histórias de vida. Em suma, todas essas variáveis possibilitam ao professor (des)envolver-se numa
experiência de interação interessante, em que cada um aprende e ensina continuativamente.
Para os anos finais esta proposta se situa no aprofundamento das noções trabalhadas nos anos
iniciais e nas aproximações da noção de igualdade aos direitos humanos, quanto à dignidade e a
valorização da diversidade cultural, privilegiando a transversalização com os conteúdos que circulam
em Língua Portuguesa, História, Geografia, Arte, Educação Física, Ciências Naturais e Matemática. As
relações estabelecidas pelo processo de transversalização auxiliam o aluno a ressignificar seus
conhecimentos, consequentemente suas práticas, numa dimensão trans/interdisciplinar.
Consideramos a disciplina Ciências Sociais para os anos finais como um agrupamento de temas
transversais cujo objeto de estudo está ligado às atividades e comportamentos dos seres humanos, no
tocante a analise e reflexões dos movimentos e manifestações sociais, tanto materiais como
simbólicas.
14
DE CERTEAU, M. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982, p. 79
60
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
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SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Nesse sentido, estabelece-se uma interlocução com a proposta, pois, ao considerar a inclusão
da disciplina de Ciências Sociais na matriz curricular do Sistema COC de ensino, além de apresentar
uma perspectiva de transversalidade, também apresentamos por meio das atividades, situações que
possam promover transformações na maneira (reflexiva e crítica) de conceber os conteúdos,
ampliando assim a responsabilidade dos docentes na formação de alunos mais autônomos.
Autonomia, aqui, entendida no sentido de uma dimensão social que pressupõe relações de alteridade,
que só é possível e passível de realização num processo coletivo que implica relações de poder não
autoritárias.
62
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
No contexto da sociedade atual, as Ciências Naturais compõem uma área indispensável para a
compreensão do mundo que nos rodeia e suas transformações, bem como contribui para o
desenvolvimento de atitudes responsáveis em relação à vida, à saúde e ao meio ambiente. Sabe-se
que o desenvolvimento dos conhecimentos científicos tem sido um dos motores de que a humanidade
se valeu nos últimos séculos, já que as atividades científicas tem sido uma das chaves essenciais para
compreender o mundo contemporâneo.
63
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
A ideia central, nos Anos Iniciais, em Ciências Naturais, é levar os alunos a compreender a
natureza como um todo dinâmico, e também compreender o ser humano em sociedade visto como
agente de transformações do mundo em que vive, respeitando os demais seres vivos e outros
componentes do ambiente. Quando o aluno se apropria dos conteúdos e métodos das Ciências
Naturais, torna-se mais ativo, crítico em relação ao meio, compreendendo a natureza como algo
pertencente às relações sociais.
64
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Experimentos, jogos, atividades de fixação, questionários são meios usados neste material para
a efetivação dos objetivos. Contudo, as conversas mediadas pelo(a) professor(a) são os principais
instrumentos didáticos utilizados no material, uma vez que, se há significação ética e valorativa sobre o
conteúdo, então pode haver divergência sobre o mesmo, inclusive no que se refere a sua aplicação
social. Podem-se encontrar algumas divergências em casos de alimentação e doenças-distúrbios,
transgênicos, alimentos orgânicos, consumismo, reciclagem, células-tronco, transposição do Rio São
15
SANTOS, W. L. P. DOS. Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios.
Revista Brasileira de Educação, v. 12 n. 36 set./dez. 2007
65
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Francisco, tipos de energia, considerando a diversidade de pontos de vista, quando se abrem para o
debate as propostas temáticas polêmicas.
Assim, o conhecimento prévio dos alunos, sobretudo nas rodas de conversa, sempre deve ser
levado em consideração. Contudo, o objetivo é que o aluno constitua, por meio da apropriação do
conhecimento científico, um saber mais elaborado sobre o objeto em questão, fazendo-o alcançar um
patamar de opinião mais balizada e fundamentada e permitindo-o compreender melhor os fenômenos
em questão. Não há separação de aspectos afetivos e emocionais do conhecimento científico
ministrado. O professor, nesse sentido, é o elo fundamental, uma vez que é ele o responsável pela
identificação dos conhecimentos prévios e a indução, nas conversas, a um conhecimento elaborado,
ou melhor, é ele quem reconhece a zona de desenvolvimento real dos alunos e estabelece a zona de
desenvolvimento proximal.
66
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Na continuidade das propostas de conteúdos de Ciências Naturais para os anos finais não só
aprofundamos os conceitos expandindo-os e relacionando-os às outras disciplinas, como propõe a
proposta interdisciplinar, mas, também, procuramos ampliar e, de forma específica, enfatizar a
Biologia, a Física e a Química no 9º ano, a fim de preparar melhor os alunos, nessas disciplinas, para o
Ensino Médio. Três grandes temas são contemplados: Ambiente, Ser Humano e Saúde e os Recursos
Tecnológicos.
67
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Nesta nossa proposta para os Anos Finais, procuramos levantar questionamentos, por meio das
atividades, sobre os discursos que circulam em relação à sustentabilidade (tanto pela comunidade
científica quanto pelos meios de comunicação de massa), no que toca a respeito da forma de como as
sociedades modernas têm-se organizado, pois, sabe-se que aí está um dos grandes problemas em
relação à sustentabilidade. Que condições de vida queremos/devemos deixar para as gerações
futuras?
Nesse sentido, dentre os objetivos apontados pelos PCN (Meio ambiente, p.178) um deles, vai
ao encontro do que pontuamos acima, é o de “questionar a realidade formulando-se problemas e
tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a
capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação”.
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SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Evidentemente que todas as noções e princípios, contidos nesta proposta para Ciências
Naturais estão fortemente alicerçados na compreensão da teoria do desenvolvimento humano,
considerando que o aluno dos anos finais compreende melhor as explicações e as descrições nos
textos informativos que lê, são capazes de trabalhar com uma variedade de informações e
generalizações mais abrangentes se aproximando dos modelos oferecidos pelas Ciências, tais como:
descrever, comparar, narrar, desenhar, observar, perguntar etc. Nesta elaboração, o aluno põe em
movimento uma rede de ideias que afloram e que conferem significado ao tema em questão. Esse é o
momento em que o professor deverá incentivar as colocações, fazer inferências e auxiliá-los numa
possível conclusão. Ressaltamos que nesta fase o aluno consegue estabelecer, com a intervenção do
professor, regularidades nas relações de causa e efeito, dependência e sincronia ou sequência, forma e
função por meio da comparação de eventos, fenômenos e objetos, confrontar as suposições
individuais e coletivas, procurando sempre respeitar as diversas opiniões, tentando reelaborar suas
ideias perante as evidências apresentadas etc.
Focamos nos aspectos do corpo humano como um todo integrado, constitutivo de diversos
aparelhos e sistemas que realizam funções específicas, integradas à manutenção do corpo, assim
como, focamos na interação do corpo interage com o meio ambiente na manutenção do equilíbrio
interno.
69
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Uma de nossas preocupações foi, ao escrever os conteúdos, buscar uma diversidade de textos,
informativos, inclusive, com informações diferentes e, muitas vezes, divergentes, sobre um mesmo
assunto, a fim de que os alunos possam requerer domínio de diferentes habilidades e conceitos para
sua leitura.
Salientamos a importância da alimentação, do repouso e do lazer e também do asseio corporal
e ambiental adequados para a preservação da saúde, esses e outros assuntos são veiculados por meio
das atividades no decorrer de toda a investigação sobre o corpo humano. Em relação à alimentação,
tratamos dos aspectos culturais e educacionais dos hábitos alimentares, as principais substâncias
alimentares, suas funções e a importância da higiene na alimentação. Apresentamos as diferentes
formas de poluição que podem ser percebidas: o lixo, os esgotos, as queimadas e outras. Incluímos os
agrotóxicos, tais como: pesticidas, herbicidas e fungicidas, substâncias que eliminam pragas agrícolas,
mas, misturadas ao solo e à água, são incorporadas aos vegetais e, consequentemente, aos animais e
ao homem por meio das cadeias alimentares.
Na observação do próprio corpo em relação aos estudos sobre os sistemas genitais, masculino
e feminino, no tocante à proposta para orientação sexual, considerando as várias dimensões da
sexualidade: psíquica, biológica, sociocultural ancoramo-nos nos PCN (Orientação Sexual, p. 295)
quando dizem:
A sexualidade tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica das
pessoas, pois, além da sua potencialidade reprodutiva, relaciona-se com a busca do
prazer, necessidade fundamental das pessoas. Manifesta-se desde o momento do
nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do desenvolvimento
humano, sendo construída ao longo da vida. Além disso, encontra-se necessariamente
marcada pela história, cultura, ciência, assim como pelos afetos e sentimentos,
expressando-se então com singularidade em cada sujeito. Indissociavelmente ligado a
valores, o estudo da sexualidade reúne contribuições de diversas áreas, como
Educação, Psicologia, Antropologia, História, Sociologia, Biologia, Medicina e outras.
Se, por um lado, sexo é expressão biológica que define um conjunto de características
anatômicas e funcionais (genitais e extragenitais), a sexualidade, entendida de forma
bem mais ampla, é expressão cultural. Cada sociedade desenvolve regras que se
constituem em parâmetros fundamentais para o comportamento sexual das pessoas.
Isso se dá num processo social que passa pelos interesses dos agrupamentos
socialmente organizados e das classes sociais, que é mediado pela ciência, pela religião
e pela mídia, e sua resultante é expressa tanto pelo imaginário coletivo quanto pelas
políticas públicas [...].
surgir. Sugerimos que, caso venham a ocorrer situações de dúvidas, em que você professor não se
sinta habilitado para responder, recorra a especialistas que possam contribuir, por meio de palestras
ou mesmo a título de esclarecimento pessoal, e corroborar para sanar as dúvidas existentes. A
sexualidade envolve pessoas, sentimentos, crenças e valores que precisam ser percebidos e
respeitados.
71
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
o
CIÊNCIAS FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS NO 9 ANO
A nova organização do 9º ano mantém o compromisso de uma educação com qualidade social,
que tenha como objetivo a promoção de uma aprendizagem significativa, tanto do ponto de vista social
como individual. Alinhada à postura transdisciplinar do sistema COC, apoiada pelo trabalho
fundamentado na compreensão dos conteúdos dos Eixos Temáticos, a nova organização procura ampliar
o acesso às aprendizagens básicas, consolidando a apropriação dos saberes essenciais às áreas e aos
componentes curriculares obrigatórios.
Acreditamos que o processo de construção do conhecimento passa, necessariamente, pelo saber
fazer (competência para observar e realizar) antes de ser possível compreender e explicar (competência
para compreender), até que este processo contínuo termine numa fase posterior do desenvolvimento,
com a tomada de consciência sobre os instrumentos utilizados e sobre as relações estabelecidas. A
educação, nesse sentido, procura trazer ao aluno a compreensão do ambiente natural e social, da
tecnologia e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
Considerando que o processo de conhecer comporta um ciclo, pois a compreensão e a consciência
em relação aos instrumentos e às relações estabelecidas em um nível influenciam a aprendizagem no
nível seguinte, as disciplinas derivadas das ciências naturais – ciências químicas, físicas e biológicas –
procuram dar subsídios sólidos para que os alunos se sintam seguros e bem preparados para continuar
seus estudos no Ensino Médio.
A divisão por área do conhecimento reúne uma quantidade considerável de saberes de diferentes
disciplinas, que contribuem para a construção de instrumentos de compreensão e intervenção na
realidade em que vivem os indivíduos.
Além das áreas, foram acrescidos temas transversais, como meio ambiente. Optamos por um
tratamento específico das áreas, em função da importância instrumental de cada uma, mas
contemplamos também a integração entre elas.
A concepção das áreas separadas traz à tona a natureza dos conteúdos tratados, lançando luz
sobre o corpo de conhecimentos e o objeto de aprendizagem. Isso favorece os indivíduos a construirem
representações sobre o que estudam. Além disso, os professores podem se situar dentro de um conjunto
definido de conhecimentos que pretendem que seus alunos saibam, o que aumenta o sucesso da
aprendizagem.
O currículo de ciências biológicas trabalha com conteúdos que estabelecem uma ligação entre o
que foi aprendido nos Anos Finais do Ensino Fundamental com o Ensino Médio, trazendo ao aluno uma
formação que sirva de pré-requisito para conteúdos mais específicos do Ensino Médio, como Ecologia,
Evolução e Biotecnologia.
Sabemos que o conhecimento científico e também as novas tecnologias são cada vez mais
importantes para o indivíduo se situar e se posicionar em relação às frequentes inovações no campo das
ciências naturais que o afetam. Assim, os conteúdos das ciências químicas e físicas aplicam os
conhecimentos adquiridos ao cotidiano do aluno, por meio de linguagem discursiva e experimentos.
Portanto, procuramos ultrapassar a ideia simplista de transmissão de informação, priorizando, sobretudo,
a apropriação de conhecimentos, construídos a partir de métodos legítimos das ciências, considerados
socialmente importantes. Com esse direcionamento, objetivamos que o aluno chegue ao Ensino Médio
plenamente capaz de prosseguir com os estudos.
72
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
A nova organização foi estabelecida por acreditarmos que os alunos devam ser capazes de aplicar
o conhecimento científico, em situações variadas e com diferentes ações, nas quais diferentes conteúdos
são necessários, não deixando de compreender como se dá a produção do conhecimento científico.
Assim, eles passam a reconhecer fenômenos e processos científicos que ocorrem em situações vividas por
eles até situações em que tomadas de decisões são essenciais, considerando suas consequências,
principalmente no que se refere a interesses contraditórios, em diferentes grupos sociais ou não. Nesse
sentido, o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem e a aquisição de conhecimentos e
habilidades favorecem a formação de atitudes e valores, fortalecendo os laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social, da forma que é tratada pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional.
A proposta de Arte do Sistema COC de ensino para os Anos Iniciais, objetiva-se a uma prática
educativa centrada na capacidade do “experienciar” do vivenciar de cada criança, considerando a sua
singularidade. Dessa forma, ela se sentirá estimulada a representar, dançar, pintar, desenhar, cantar,
escrever etc.
Compreende-se que uma criança, ao desenhar, dá mostras do conhecimento e da compreensão
que tem do meio em que vive, e de si própria. Por meio do desenho, percebe-se segundo Lowenfeld e
Brittain17 (1977) que:
16
BARROS,M.de. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record, 1996, p.75
17
LOWENFELD,V.; BRITTAIN, W.L. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo, Mestre Jou, 1977.
73
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Ressaltamos a importância, nessa faixa etária dos Anos Iniciais, dos traçados e desenhos que a
criança desenvolve que são, na maioria das vezes, tentativas de representar seu universo interno,
personagens são inventados (imaginados e desenhados) regras são descritas, mantendo relação de
pertencimento com seus desenhos. Nesse sentido o autor Derdyk18 (1989) comenta:
Seus rabiscos provêm de uma intensa atividade do imaginário. O corpo inteiro está
presente na ação, concentrado na pontinha do lápis. Esta funciona como ponte de
comunicação entre o corpo e o papel. (DERDYK, 1989, p. 63).
Evidentemente que o professor ao trabalhar com os alunos nos anos iniciais, deverá incentivar
a liberdade de criação, e, assim, poderá perceber uma intensa atividade do inconsciente, que
reverbera por meio de uma vontade de representação, da necessidade (que a criança apresenta) de
trazer à tona desejos internos, impulsos, emoções e sentimentos.
18
DERDYK, Edith. Formas de pensar o desenho: o desenvolvimento do grafismo infantil. São Paulo: Scipioni, 1989.
74
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Na área de Arte, focamos assuntos que permitem ao aluno um melhor envolvimento visual,
sentimental e intelectual com o mundo que o rodeia. Aprender a ver o diferente ou o novo possibilita
tanto o conhecimento como o autoconhecimento, o que o leva a se desenvolver, a se ressignificar e
obter o senso crítico necessário diante os acontecimentos a sua volta, como nos apontam os PCN
(1998):
“[...], a forma artística é uma combinação de imagens que são objetos, fatos, questões,
ideias e sentimentos, ordenados pela objetividade da matéria articulada à lógica do
imaginário. [...] A arte não representa ou apenas reflete a realidade, mas é também
realidade percebida, imaginada, idealizada, abstraída. O artista desafia as coisas como
são para revelar como poderiam ser, segundo um certo modo de significar o mundo.”
PCN - Arte, 1998, v.7, p. 32.
75
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
19
FERRAZ, Maria Heloisa C. de T. e FUSARI, Maria F. de Rezende e. Metodologia do Ensino de Arte. Cortez Editora,1999.
76
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Sabe-se que, cada obra de arte é, ao mesmo tempo, um produto cultural de uma determinada
época e uma criação singular da imaginação humana, cujo valor é universal, como nos aponta os PCN -
Arte (1998):
“As manifestações artísticas são exemplos vivos da diversidade cultural dos
povos e expressam a riqueza criadora dos artistas de todos os tempos e lugares. Em
contato com essas produções, o estudante pode exercitar suas capacidades cognitivas,
sensitivas, afetivas e imaginativas, organizadas em torno da aprendizagem artística e
estética.” PCN - Arte, 1998, v. 7, p. 37.
A concepção de Arte para os Anos Finais consiste em tomá-la como a linguagem que ousa a se
aventurar, a reverberar os acordes de acontecimentos e percepções da vida por meio dos fazedores da
arte.
Considerando a Arte parte integrante da cultura, sua utilização apresenta-se de forma
relevante e com amplas possibilidades de integração, divulgação e desenvolvimento em relação aos
diversos conteúdos das outras áreas do conhecimento. Nesse sentido, a nossa proposta contempla um
“olhar” para a arte integrada às realidades socioculturais como bem aponta Osinski21 (2002):
20
Malevitch, K. Nous voulons, Écrits. Apresentados por Andrei Nakov, Éditions Gérard Lebovici, 1986, p.264.
21
OSINSKI, Dulce Regina Baggio. Arte, história e ensino: uma trajetória. 2ª ed. São Paulo:Cortez, 2002
77
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Sabe-se que cada arte tem sua própria linguagem e seus modos e meios próprios de se fazer
como linguagem, especificamente do que nomeamos de artes visuais, audiovisuais, teatro, música e
dança. Do ponto de vista de Farias22 (2002):
“Cada obra de arte é um arquipélago porque cada boa obra engendra uma ilha, com
topografia, atmosfera e vegetação particulares, eventualmente semelhante a outra
ilha, mas sem confundir-se com ela. Percorrê-la com cuidado equivale a vivenciá-la,
perceber o que só ela oferece”. (FARIAS, 2002. p. 20).
Para perceber a força poética que uma obra de arte oferece, mantendo uma relação íntima
entre a obra e nós, há que se inserir a arte na teia de nossos interesses culturais. Nossa concepção
parte de que há diferente saberes, estéticos e culturais, que dão extensão às nossas ideias e conceitos
sobre arte. Partindo do que se propõe na matriz de conteúdos, o professor pode se mover em
diferentes territórios da arte e cultura, nomeados como: linguagens artísticas, materialidade,
patrimônio cultural, processo de criação, forma e conteúdo, mediação cultural, saberes estéticos e
culturais.
22
FARIAS, A. Arte brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2002
78
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
79
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
As atividades propostas levam o aluno dos Anos Finais a ter melhor compreensão do plano de
forma e conteúdo de uma obra que revela identidades singulares de signos e sentidos estéticos,
expressão e produção. No que se refere à forma e ao conteúdo, Kandinsky23 (1991, p.118) explicita: “a
forma é a expressão exterior do conteúdo interior”.
Ao desenvolver essa proposta, levamos em conta a ação educativa para ativar culturalmente a
produção artística, viabilizando, dessa forma, que os alunos tenham acesso a ela, e, nesse sentido,
sugere-se ao professor uma mediação de forma sensível e significativa, a fim de levá-los à experiência
estética.
Salientamos que uma experiência estética pode-se traduzir em sensações, percepções,
reflexões, que podem ser de âmbito individual e de modo solitário, em seu próprio ritmo, e, outras
vezes, pode ser de âmbito coletivo, compartilhada numa conversa. As estratégias utilizadas no sentido
de provocar uma experiência estética são o ápice da mediação cultural.
23
KANDINSKY,V. Sobre a questão da forma. In: Olhar sobre o passado. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
80
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
A proposta de arte assenta-se metodologicamente integrada aos PCN de Arte (1998), em que o
conteúdo é visto como área de conhecimento e linguagem articulados em:
Criação/produção em arte – o fazer artístico.
Fruição estética – apreciação significativa da arte e do universo a ela relacionado, leitura,
crítica.
Reflexão: a arte como produto da história e da multiplicidade de culturas.
A Educação Física é vista, para os anos iniciais, nesta proposta para o sistema COC de ensino,
numa perspectiva da Psicomotricidade, pois, compreende-se que o brincar é essencial, já que sempre
norteou o universo psíquico e físico. Busca-se valorizar o processo de aprendizagem. Em Freire24
(1992), vamos encontrar o seguinte esclarecimento:
[...] Educação Física deve ser uma área de promoção humana. Ser humano é
mais que movimentar-se, repito; é estabelecer relações com o mundo de tal
maneira que se passe do instintivo ao cultural, da necessidade à liberdade,
do fazer ao compreender, do sensível à consciência. (FREIRE, J.B. 1992,
p.147)
24
FREIRE, J.B. Educação de corpo inteiro. São Paulo: Editora Scipione, 1992, p.147.
81
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Historicamente, foi a partir da sociedade ocidental moderna que começamos a encontrar uma
valorização de um conhecimento do corpo sob o ponto de vista da anatomia, fisiologia e mecânica do
movimento, embora sempre tenha existido desde a origem do homem, uma constante busca de
relação entre o físico e o mental, socialização etc.
Atualmente, no âmbito da Educação Física, percebe-se que para tratar das atividades físicas, é
necessário saber sobre o corpo, as linguagens corporais em que a subjetividade e razão cognoscitiva se
instalam e se constituem integradas. O caráter lúdico pode prevalecer sempre numa aula de Educação
Física, ou seja, conforme nos aponta Soares25 et al, (1992), “um espaço intencionalmente organizado
25
SOARES, C.L; C.N.Z. Taffarel; E. Varjal; L. Castellani Filho; M.O. Escobar; V. Bracht, Metodologia do ensino de educação física,
São Paulo, Cortez, 1992. p.87
82
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
para possibilitar a direção da apreensão, pelo aluno, do conhecimento específico da Educação Física e
dos diversos aspectos das suas práticas na realidade social”.
26
FONSECA,V. Psicomotricidade, perspectivas multidisciplinares. Porto Alegre:ARTmed, 2004, p.117
83
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
As danças, esportes, lutas, jogos e ginásticas compõem um vasto patrimônio cultural que é
valorizado nesta nossa proposta para os anos iniciais, de forma lúdica e interativa, particularmente no
que diz respeito ao desenvolvimento das capacidades afetivas, de integração e inserção social.
27
Conceito de cultura é aqui entendido, simultaneamente, como produto da sociedade e como processo dinâmico que vai
constituindo e transformando a coletividade à qual os indivíduos pertencem, antecedendo-os e transcendendo-os.
84
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Para que esses alunos possam frequentar as aulas de Educação Física é necessário que
haja orientação médica e, em alguns casos, a supervisão de um especialista em
fisioterapia, um neurologista, psicomotricista ou psicólogo, pois as restrições de
movimentos, posturas e esforço podem implicar riscos graves. [...] aula de Educação
Física pode favorecer a construção de uma atitude digna e de respeito próprio por
parte do deficiente e a convivência com ele pode possibilitar a construção de atitudes
de solidariedade, de respeito, de aceitação, sem preconceitos. (BRASIL- MEC/SEF,
1997, p. 31)
A proposta de Educação Física para os anos finais é entendida (no campo do conhecimento)
como uma área denominada cultura corporal de movimento, e comporta, aqui, uma proposta temática
abordando os jogos, a ginástica, o esporte, a dança, a capoeira, entre outras que se relacionem com a
cultura corporal de movimento e com o contexto interdisciplinar das outras áreas do conhecimento,
além de considerar, ao mesmo tempo, o contexto sócio-histórico.
Procuramos focar como referencial teórico as abordagens psicomotora, construtivista,
desenvolvimentista para a Educação Física, o que nos proporcionou uma ampliação da visão da área,
tanto no que diz respeito à natureza de seus conteúdos quanto no que refere aos seus pressupostos
pedagógicos de ensino e aprendizagem nas dimensões psicológicas, sociais, cognitivas, afetivas e
políticas, concebendo o aluno como ser humano integral.
85
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Jogos Cooperativos é um dos temas desta proposta e dialoga com conteúdos da área de
Ciências Sociais, pois, o conceito de Jogos Cooperativos tem como elementos primordiais a
cooperação, a aceitação, o envolvimento e a diversão, agir em equipe para superar um desafio ou
alcançar uma meta, diferentemente do que ocorre nos jogos competitivos, em que cada jogador tenta
atingir um objetivo melhor do que o outro. Nos jogos cooperativos, há princípios éticos que são
colocados em prática tais como: o respeito mútuo, a justiça, a dignidade e a solidariedade,
estabelecidos, em muitos casos, de maneira autônoma pelos próprios participantes, reverberando na
conduta e no relacionamento social.
86
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Para os anos finais em Educação Física procuramos, por meio das atividades, favorecer aos
alunos o desenvolvimento de suas potencialidades visando o aprimoramento não só de sua capacidade
física como também social e intelectual. Várias atividades propostas em Educação Física estão
integradas com Ciências Naturais visando à construção de comportamento favorável à proteção e
promoção da saúde do aluno, assim como indicando bons hábitos alimentares. Os PCN - Educação
Física (1998) estimulam as atividades no meio natural, uma aproximação dos alunos com o meio
ambiente:
Sempre que possível é interessante trazer para o cotidiano uma visão sobre o
equilíbrio dos sistemas e de sociedade sustentável que seja a mais próxima da
realidade local. Com a realização de atividades no meio natural, pode-se desenvolver
uma atitude de observador atento às mudanças, traçando possíveis relações que o
meio estabelece com o organismo durante uma prática, e de uma atitude no cotidiano
que busque minimizar as marcas deixadas pelo homem no meio ambiente. Pode-se,
ainda, desenvolver o hábito de silenciar quando em meio à natureza, ampliando a
capacidade de percebê-la, de sentir-se parte, de responsabilizar-se pela sua
manutenção. Esse enfoque pode representar um grande diferencial, pois desperta
para a percepção de que os seres humanos são parte integrante do meio ambiente, e
que poder observá-lo, estudá-lo, deve contribuir para a compreensão de seus próprios
desequilíbrios, projetados no meio por intermédio das suas ações e interferências.
(BRASIL- MEC/SEF-Educação Física, 1998, p.40)
87
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Nossa proposta mostra uma variedade de práticas esportivas no sentido de apresentar aos
alunos como elas se desenvolvem. Algumas são propostas em atividades, no entanto cabe à escola e
ao professor de Educação Física adaptá-las caso seja necessário, considerando o espaço físico e a faixa
etária dos alunos. Há práticas que são individuais e as que são coletivas; em ambas, o mais importante
é permitir ao aluno executar cada movimento ou conjunto de movimentos o maior número de vezes,
empregando a técnica adequada, criando estratégias adequadas para que essa realização ocorra da
forma mais atenta possível. Vejamos o que sugerem os PCN - Educação Física (1998):
Tome-se como exemplo um jogo de futebol. Quando uma criança se depara pela
primeira vez com esse jogo, em princípio já dispõe de alguns esquemas motores
solicitados, ou seja, deslocar-se pelo espaço em várias direções e velocidades e realizar
os movimentos de chutar e cabecear uma bola. São conhecimentos prévios e sua
execução já ocorre de forma mais ou menos automática. No entanto, a coordenação
desses movimentos nas circunstâncias espaciais propostas pelo futebol constitui um
problema a ser resolvido e esse problema solicita toda a atenção da criança durante as
execuções iniciais. Com a prática atenta, e à medida que as execuções ocorrerem de
forma cada vez mais satisfatória e eficiente, a criança será capaz de realizá-las de
forma cada vez mais automática. Nesse momento, a introdução de uma regra
limitando o máximo de dois toques na bola por jogada constitui um problema a ser
resolvido que chama a atenção do aluno para a reorganização de gestos que já
estavam sendo realizados de forma automática.(BRASIL-MEC/SEF - Educação Física-
1998, p. 53)
88
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
CHAMADAS INTERESSANTES
CHAMADAS ESPECÍFICAS
Há algumas chamadas que são específicas e voltadas para os Anos Iniciais com a finalidade de
legitimar algumas ações importantes para esse segmento. Não seguem uma ordem de obrigatoriedade
em todas as atividades, os autores as colocam conforme a situação de enunciação prevista para o
desenvolvimento de algumas atividades específicas.
89
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Roda de conversa
Entre conversas
Por meio de algumas atividades propostas, orientar os alunos como deverão proceder para
resolver alguma situação. Essas atividades apresentam pegadas, pistas, indícios. Dilemas. Pesquisas.
Experiências. Desenvolvimento de novos conceitos. Um dos objetivos dessa chamada é o de despertar
o espírito investigativo/científico.
90
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Diversão à vista!
Aqui, o lúdico entra em cena, as atividades propostas permitem à criança realizar brincadeiras
ou jogos que provoquem o estímulo cognitivo. Nessa seção, devem perceber que conhecimento e
diversão podem estar juntos. As atividades aguçam a curiosidade dos alunos.
91
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Ative a memória
Olho vivo!
92
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
INOVAÇÃO METODOLÓGICA
• Porque essa coleção propicia aos alunos a capacidade de Aprender a CONHECER, Aprender a
FAZER, Aprender a CONVIVER e Aprender a SER.
• Porque está em consonância com os objetivos (gerais e específicos) contidos nos PCN.
Houve, por parte dos autores, uma preocupação nas escolhas dos temas, dos textos, enunciados que
permitam levar o aluno ao desenvolvimento das capacidades cognitivas, sinestésicas, artísticas,
emocionais, afetivas etc., temas que abarcam a realidade para contextualizar os conteúdos
curriculares por meio do processo de transversalidade. Temas de relevância social que propiciam a
formação de cidadãos críticos, leitores assíduos, que conseguem se posicionar com opinião própria,
que se sentem motivados e ansiosos por aprender cada vez mais.
93
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
O Sistema COC de Ensino não mediu esforços em adquirir textos, imagens, telas, infográficos,
de autores famosos no cenário nacional e internacional, em todas as áreas a fim de que os alunos
tivessem o melhor em qualidade textual.
• Porque ela apresenta uma multiplicidade de gêneros textuais em diversos suportes textuais
em todas as áreas.
94
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Verifica-se nesta coleção de livros várias possibilidade de se trabalhar com uma diversidade de
gêneros em diferentes suportes textuais (o veículo em que os gêneros textuais circulam) que se
constituem em um forte aliado no processo de formação de leitores, de modo a capacitá-los para a
construção da cidadania, para a cultura letrada e, de prepará-los para compreender e interferir na
realidade. Um dos aspectos importantes é que, para cada ano, foram selecionados gêneros das várias
esferas de circulação, assim como diversos suportes textuais, para permitir aos alunos vivenciarem os
diferentes procedimentos de leitura que caracterizam as práticas sociais e os distintos modos de ler,
para que possam desenvolver as próprias estratégias de leitura.
Há atividades em que são propostos enunciados instigantes que levam o aluno à reflexão, à
análise e à síntese, ao levantamento de dados, à elaboração de hipótese etc., ao mesmo tempo em
que provoca efeitos de sentidos motivacionais para a aprendizagem. Pesquisas, jogos, labirintos, HQs,
“cases”, mapas mentais e conceituais, dentre outros, possibilitando ao aluno vivenciar uma
experiência plurissignificativa.
95
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
A sociedade contemporânea vive, mais do que nunca, sob domínio da ciência e da tecnologia e
isso ocorre de modo intenso. Constantemente os noticiários que circulam pelas várias mídias
confirmam avanços ou novas descobertas na área da ciência e da tecnologia. Sabemos que, na gestão
do conhecimento, os produtos são vendidos calcados nas suas qualidades embasadas em depoimentos
“científicos”. É uma relação que se estabelece entre a sociedade, a ciência e o desenvolvimento das
novas tecnologias. Assim, preocupamo-nos em apresentar aos alunos, por meio de alguns temas,
como as novas tecnologias surgem em função das novas demandas de mercado.
96
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
97
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Adequações e
Antes Agora (2013)
Implementações
Diversidade de autores renomados e atuais
Preferência pelos
em grande quantidade. Textos, imagens,
autores dos quais os
telas, infográficos, de autores consagrados
Autores renomados textos já se
no cenário nacional e internacional, em
encontravam em
todas as áreas, a fim de que os alunos
domínio público.
tenham o melhor em qualidade textual.
Exploramos, por meio da transversalidade
Noções sobre Ciência e na apresentação de alguns temas, como as
Pouco explorada
tecnologia novas tecnologias surgem em função das
novas demandas de mercado.
Inclusão de citações de artigos e bibliografia
Informações
nas várias áreas inclusive, dos PCN,
complementares e
Pouco explorada ampliando e aprofundando as informações
orientações aos
como subsídios aos professores num
professores.
processo de formação continuada.
No 1o, 2o e 3o anos, 8 eixos temáticos.
Do 1o ao 9o ano: Eixos
Do 4o ao 9o ano, 12 eixos temáticos.
Composição do material Temáticos em Teoria e
Divisão da área de Ciências Naturais no 9o
em Atividades.
ano em Física, Química e Biologia.
Aprimoramento conceitual em todas as
áreas, introdução do conceito de Letramento
para todas as áreas, introduzimos conceitos
contemporâneos na disciplina de História
Novas abordagens
Pouco explorada (cultural – práticas e representações),
conceituais
Geografia (o entrelaçamento dos conteúdos
e a experiência do cotidiano), e as noções de
sustentabilidade, empreendedorismo,
Matemática financeira e outros.
Capacidade de Conteúdos
Ser e Estar no
Mundo Atualizados
Desenvolvimento
Desenvolvimento
das Múltiplas
do Pensamento
Habilidades e
Sistêmico
Competências
98
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
• Buscando a diversidade dos vários gêneros textuais, que estão contidos na coleção e
acrescentar os que circulam no cotidiano, estabelecendo processos de intertextualidade.
• Relacionando a prática discursiva pedagógica à demanda de conhecimentos prévios,
favorecendo novos aprendizados.
• Incentivando o aluno a fazer um mergulho nas atividades buscando não só respondê-las, mas,
por meio delas, estabelecer associações e/ou relações a outras situações diversas. Dessa forma,
o aluno exercitará habilidades que permitam ampliar o nível de competências para solucionar
situações análogas.
• Procurando a partir das informações complementares, orientações e dicas, expandir
conhecimentos e, até mesmo dialogar com outros autores, pesquisadores contemplados nesta
coleção.
99
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
INTERDISCIPLINARIDADE
Pactuando com esses princípios, nossos autores se envolveram por meio de uma gestão
participativa (cooperação, colaboração, parceria) para a escolha dos EIXOS TEMÁTICOS e da planilha de
conteúdos, compreendida no sentido horizontal e vertical (fig. 11). O objetivo primordial, por volta da
elaboração do material didático (1ª edição) foi o de estabelecer entre as disciplinas as possíveis
conexões, os diálogos, a partir de um tema central, como já pontuamos na introdução. Dessa forma,
propunha-se uma mudança de pensamento, de procedimento e postura por parte dos sujeitos-autores
implicados em dar conta de superar o modelo, até então vigente, fragmentado, estanque de produção
do saber. Salientamos que nesta proposta de reformulação (2ª Edição), procuramos manter a mesma
28
FAZENDA, A.I.C. Integração e Interdisciplinaridade no Ensino Brasileiro: efetividade ou ideologia. S.P.: Edições
Loyola - 5. Ed., 2002
29
CANIATO, Rodolfo. Com ciência na educação. S.P.: Papirus, 1989.
100
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
filiação aos aportes teóricos que sustentaram a proposta inicial, atualizamos conceitos e introduzimos
algumas inovações.
Exemplo: Quadro dos Eixos Temáticos referentes ao 4º ano e de uma planilha vertical/horizontal
(Grupo 1 – Eixo Temático: Espaço e Movimento)
Eixos Temáticos
4º Ano
1o Remessa
GRUPO 1 ESPAÇO E MOVIMENTO
GRUPO 2 NAVEGANDO NO TEMPO
GRUPO 3 AÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
2a Remessa
GRUPO 4 VIDA E PROGRESSO
GRUPO 5 NOVAS FRONTEIRAS
GRUPO 6 RESISTÊNCIAS
3a Remessa
GRUPO 7 IDENTIDADE SOCIAL
GRUPO 8 CONSCIÊNCIA E CIDADANIA
GRUPO 9 ESTRUTRUTURAS SOCIAIS
GRUPO 10 NOVOS HORIZONTES
a
4 Remessa
GRUPO 11 O TEMPO E O VENTO
GRUPO 12 PASSADO E PRESENTE
PORTUGUÊS MATEMÁTICA CIÊNCIAS NATURAIS CIÊNCIAS SOCIAIS HISTÓRIA GEOGRAFIA ARTE EDUCAÇÃO
FÍSICA
101
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
TRANSVERSALIDADE
Assim, visa resgatar o sentido do humano, o mais profundo e significativo, já que as propostas
dos temas, nesta coleção, aproximam da vida real e estimulam a iniciativa, a criatividade, a
cooperação, a colaboração e a corresponsabilidade. É, seguramente, a melhor maneira de garantir a
integração de conteúdos interdisciplinares, no entanto, é preciso refletir conforme nos apontam os
PCN sobre os Temas Transversais:
A inclusão dos Temas Transversais exige, portanto, uma tomada de posição diante de
problemas fundamentais e urgentes da vida social, o que requer uma reflexão sobre o
ensino e a aprendizagem de seus conteúdos: valores, procedimentos e concepções a
eles relacionados. (PCN: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais
/ Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF - 1998, p. 35).
Considerando que a educação para a cidadania necessita de reflexões acerca das questões
sociais, é que nos pautamos para acrescentar nessa coleção vários textos que suscitam a aprendizagem
transversal de modo a envolver os alunos em diálogos e debates, legitimando o direito a se
posicionarem como cidadãos. Dessa forma nos apoiamos num tratamento didático que contemple sua
complexidade e sua dinâmica nos temas que envolvem: Meio Ambiente, Ética, Pluralidade Cultural,
Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo. Com isso, esta coleção ganha em flexibilidade e
abertura, uma vez que os temas podem ser ampliados (fig. 12)30 e contextualizados de acordo com as
diferentes realidades locais e regionais e que novos temas sempre podem ser incluídos.
30
Parte do conteúdo para a montagem (fig. 12) foi retirado do quadro 8.1, p.134 do livro: Valores e Temas TRANSVERSAIS no
currículo coleção inovação Pedagógica, Editora ARTMED, 2002 – vol. 5.
102
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
Tipos de
estabelecimentos:
venda direta
venda ambulante
Tema: Alimentação
EX: ampliação no Origem vegetal/animal
sentido transversal Alimentos naturais e modificados
(ALIMENTOS) PRODUÇÃO
processos de produção: agricultura
industrial
Manipulação de
alimentos: em casa e no
local de venda
HIGIENE
Conservação: industrial,
caseira
Figura 12
Dessa forma, mostramos como pode ser ampliado um tema, no sentido transversal, no sentido
de atender as demandas de necessidade de cada área do conhecimento, disciplina e, até mesmo, de
cada escola em relação ao desenvolvimento de seus projetos específicos.
HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
Para dar conta das exigências do mundo contemporâneo, é necessária uma educação que
possibilite o desenvolvimento das habilidades e das competências, aqui entendida como aponta
Perrenoud (2000, p. 15): “capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo
de situação”. E enfatiza colocando as dez famílias de competências:
103
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
O gráfico a seguir explicita melhor os elementos que são necessários ao desenvolvimento das
competências.
CONHECIMENTO
(INFORMAÇÃO
DECODIFICADA)
COMPETÊNCIA
HABILIDADE ATITUDE
(técnica) (interesse)
104
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
MAPAS CONCEITUAIS
O mapa conceitual é um recurso, uma ferramenta metacognitiva que vem sendo utilizada na
educação em várias áreas do conhecimento por professores e alunos. Pode ser utilizado como
instrumento, "O mapeamento conceitual é uma técnica muito flexível e em razão disso pode ser usado
em diversas situações, para diferentes finalidades: instrumento de análise do currículo, técnica
didática, recurso de aprendizagem, meio de avaliação." (MOREIRA E BUCHWEITZ31, 1993, p. 48). Um
mapa conceitual possibilita a externalização do conhecimento tácito para o conhecimento tácito.
31
MOREIRA, M. Antonio; BUCHWEITZ, Bernardo. Mapas Conceituais: instrumentos didáticos, de avaliação e de análise de
currículo. São Paulo: Editora Moraes, 1987.
105
SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
Sistema COC – Ensino Fundamental
“Mapas conceituais também não devem ser confundidos com mapas mentais que são livres, associacionistas,
não se ocupam de relações entre conceitos, incluem coisas que não são conceitos e não estão organizados
hierarquicamente. Não devem, igualmente, ser confundidos com quadros sinópticos que são diagramas
classificatórios. Mapas conceituais não buscam classificar conceitos, mas sim relacioná-los e hierarquizá-los”.
Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf>. Acesso em 30 nov. 2013.
Externalização do:
para o:
32
Adaptado e atualizado, em 1997, de um trabalho com o mesmo título publicado em O ENSINO, Revista Galáico Portuguesa
o
de Sócio Pedagogia e Sociolinguística, Pontevedra/Galícia/Espanha e Braga/Portugal, n 23 a 28: 87-95, 1988. Publicado
também em Cadernos de Aplicação, 11(2): 143-156, 1998. Revisado e publicado em espanhol, em 2005, na Revista Chilena de
Educação Científica, 4(2): 38-44. Revisado novamente em 2012.
Disponível em: <(http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf>. Acesso em 30 nov. 2013.
33
NONAKA, Ikujiro; TATAKEUCHI, Hirotaka. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a
dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
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SUPLEMENTO DIDÁTICO / PEDAGÓGICO
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conhecimento
tem
tipos
Podem ser
EXPLÍCITO TÁCITO
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Todo o material didático está repleto de atividades propostas nas mais variadas formas já
citadas como facilitadoras do como avaliar: roda de conversa, entre conversas, debates, pesquisas,
exposição oral, produções, construções etc. Essas atividades poderão servir para a composição do
processo de avaliação.
Deve-se considerar, na Educação Básica, o respeito à singularidade e ritmo com que cada ser
humano apreende. Desse modo, as diferentes formas de se expressar, seja oral, pictórica, escrita e
outras, contribuem para que todos se sintam privilegiados. Nesse sentido, propomos um “olhar” para a
avaliação pela lente da mudança, do acolhimento, da percepção sobre as diferentes formas do homem
se comunicar, isso nos leva a conceber a avaliação como o ato de promover significativamente o
processo de aprendizagem e, finalmente, porque verifica de forma justa o desempenho do aluno
respeitando seus ritmos, seus tempos e sua maneira de se apropriar dos saberes e práticas.
Sugerimos montar um “banco de perguntas” que podem ser elaboradas, a partir dos próprios
alunos em cada finalização de Eixo Temático, em cada área. Elas servirão para parametrizar o que eles
realmente conseguiram absorver e internalizar, pois a elaboração de uma boa pergunta exige
conhecimentos prévios, prospecção, imaginação criativa, raciocínio lógico, capacidade de análise e
síntese, dedução hipotética etc. O professor poderá se autoavaliar a partir do nível de complexidade e
entendimento dessas perguntas, pois, dependendo do nível da enunciação da maioria das perguntas,
poder-se-á concluir que conceitos se efetivaram e como os alunos apreenderam, assim, verificar se a
comunicação entre professor e aluno foi eficaz.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Não podemos ignorar que o modelo tradicional de educação, frente às exigências de uma
sociedade em constante transformação, deverá flexibilizar e ceder lugar à educação permanente,
valorizando o sujeito da ação, a reflexão, a aprendizagem e a sua aplicabilidade à vida social. Assim,
compreende-se um sujeito-professor ativo, em busca por melhoria de sua prática pedagógica, e, nesse
sentido, as informações complementares tentam dar sustentação e/ou incitam o professor a outros
saberes.
Ao professor cabe o papel da tomada de decisões próprias, relativas à didática em sala de aula,
frente às orientações e sugestões didático / metodológicas contidas e sugeridas no material do
professor. Porém, ressaltamos que o desenvolvimento do trabalho deve considerar, conforme diz
Giroux35 (1997, p. 153), “conhecimento das experiências dos alunos, suas linguagens, sonhos, valores e
encontros, muitas vezes (in)conscientemente licenciados”.
34
ROSA, Maria Inês de F. P. dos Santos; Schnetzler, Roseli P.. A Investigação-ação na Formação Continuada de
Professores de Ciências. Revista Ciência e Educação, v. 9, n. 1. 2003.
35
GIROUX, H. A. Os Professores como Intelectuais: Rumo a uma Pedagogia Crítica da Aprendizagem. Porto Alegre:
ArtMed Editora, 1997.
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Esse texto encontra-se em ALVES, R. A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. Campinas:
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