CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CONCEITO DE CONTROLE

“CONJUNTO DE INSTRUMENTOS PELOS QUAIS A PRÓPRIA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, OS PODERES JUDICIAL E
LEGISLATIVO, E AINDA O POVO, DIRETAMENTE OU POR MEIO DE
SEUS ÓRGÃOS ESPECIALIZADOS, POSSAM EXERCER O PODER DE
FISCALIZAÇÃO, ORIENTAÇÃO E REVISÃO DA ATUAÇÃO
ADMINISTRATIVA DE TODOS OS ÓRGÕAS, ENTIDADES E AGENTES
PÚBLICOS, EM TODAS AS ESFERAS DE PODER.

“O CONTROLE NO ÂMBITO DA ADM. DIRETA OU CENTRALIZADA

DECORRE DA SUBORDINAÇÃO HIERÁRQUICA, E, NO CAMPO DA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA OU DESCENTRALIZADA, RESULTA
DA CONTROLE FINALÍSTICO/VINCULAÇÃO ADMINISTRATIVA,
NOS TERMOS DA LEI INSTITUIDORA DAS ENTIDADES QUE A
COMPÔEM”.

Quanto ao ÓRGÃO CONTROLADOR

 Administrativo
 Legislativo
 Judiciário

CLASSIFICAÇÃO DE CONTROLE

CONTROLE INTERNO

 É EXERCIDO INTERNAMENTE DENTRO DE UM MESMO

PODER EM QUE HÁ HIERARQUIA E SUBORDINAÇÃO.
  É CABÍVEL APENAS EM RELAÇÃO A ATIVIDADES
DE NATUREZA ADMINISTRATIVA.

CONTROLE EXTERNO:
 É EXERCIDO POR UM PODER SOBRE OUTRO PODER.

 TAMBÉM É EXTERNO O CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

DIRETA SOBRE A INDIRETA.

EXEMPLO: O PODER JUDICIÁRIO ANULA UM ATO PRATICADO PELO

PODER EXECUTIVO, OU O CHEFE DO EXECUTIVO EDITA UM
DECRETO QUE EXORBITA DO PODER REGULAMENTAR; O
CONTROLE EXERCIDO PELO TCU SOBRE O EXECUTIVO OU
JUDICIÁRIO; A SUSTAÇÃO, PELO CONGRESSO NACIONAL, DE ATOS
NORMATIVOS DO PODER EXECUTIVO QUE EXORBITEM DO PODER
REGULAMENTAR (CF, ART. 49, V) ETC.

OBS:

CONTROLE INTERNO: DENTRO DO MESMO PODER

CONTROLE EXTERNO: UM PODER SOBRE OUTRO PODER.

CONTROLE POPULAR

 O CIDADÃO PODE PROPOR UMA AÇÃO POPULAR COM O

OBJETIVO DE PRESERVAR A MORALIDADE ADMINISTRATIVA.
ART. 5, LXXXIII, CF: QUALQUER CIDADÃO É PARTE
LEGÍTIMA PARA PROPOR AÇÃO POPULAR QUE VISE A
ANULAR ATO LESIVO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO OU DE
ENTIDADE DE QUE O ESTADO PARTICIPE, À MORALIDADE
 ADMINISTRATIVA, AO MEIO AMBIENTE E AO PATRIMÔNIO
HISTÓRICO E CULTURAL, FICANDO O AUTOR, SALVO
COMPROVADA MÁ-FÉ, ISENTO DE CUSTAS JUDICIAIS E DO
ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA.
A LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO TAMBÉM REPRESENTA UMA
FORMA DE CONTROLE POPULAR (PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE).
ART. 74, § 2º, CF: QUALQUER CIDADÃO, PARTIDO POLÍTICO,
ASSOCIAÇÃO OU SINDICATO É PARTE LEGÍTIMA PARA, NA FORMA
DA LEI, DENUNCIAR IRREGULARIDADES OU ILEGALIDADES PERANTE
O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.
ART. 31, § 3º, CF: AS CONTAS DOS MUNICÍPIOS FICARÃO,
DURANTE SESSENTA DIAS, ANUALMENTE, À DISPOSIÇÃO DE
QUALQUER CONTRIBUINTE, PARA EXAME E APRECIAÇÃO, O QUAL
PODERÁ QUESTIONAR-LHES A LEGITIMIDADE, NOS TERMOS DA LEI.

CONTROLE ADMINISTRATIVO
“Controle INTERNO Exercido pelo Executivo, legislativo e
judiciário”.

“Faz controle de legalidade e mérito administrativo (anulação e

revogação)”, OU SEJA AUTOTUTELA

SÚMULA N. 473
A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS,
QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE
DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR
MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS
OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS,
A APRECIAÇÃO JUDICIAL.
 CONTROLE JUDICIAL
“O estado Brasileiro o sistema administrativo de jurisdição única, de
origem inglesa, fundamentado no princípio da inafastabilidade de
jurisdição”.

“O poder judiciário não faz o controle de mérito (conveniência e

oportunidade) dos atos administrativos”

“CONTROLE JUDICIAL NÃO REVOGA E NEM CONVALIDA, APENAS

ANULA ATOS ILEGAIS, QUANDO PROVOCADO”.

 FEITO MEDIANTE PROVOCAÇÃO E NÃO DE OFÍCIO

 EXTERNO;
 SE SUBMETE AO CONTROLE LEGISLATIVO E EXECUTIVO;
 EM REGRA, É A POSTERIORI -> PODERÁ SER EXERCIDO
PRÉVIO(ANTES) OU DEPOIS(APÓS) A EDIÇÃO DO ATO
ADMINISTRATIVO MACULADO DE VÍCIO. 

 O CONTROLE JUDICIAL NÃO SE SOBREPÕE AO CONTROLE

ADMINISTRATIVO;

 MEIOS: HC, HD, M INJUNÇÃO, MS, ACÃO POPULAR;

 TODOS OS ATOS ADMINISTRATIVOS ESTÃO SUJEITOS A

CONTROLE JUDICIAL, SEJAM VINCULADOS OU

DISCRICIONÁRIOS, NO DISCRICIONÁRIO O JUDICIÁRIO

NÃO PODE CONTROLAR O MÉRITO.

 PODE ANALISAR O MÉRITO DE SEUS PRÓPRIOS ATOS;
 PODE REVOGAR SEUS PRÓPRIOS ATOS JÁ PRODUZIDOS;
 CONTROLE LEGISLATIVO OU PARLAMENTAR
 Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas

Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração
indireta (...)

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será

exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União (...)

“EXERCIDO SOBRE ASPECTO POLÍTICO E FINANCEIRO

(CPI/SUSTAÇÃO)

“O CONTROLE LEGISLATIVO É EXERCIDO DIRETAMENTE PELO

ÓRGÃO LEGISLATIVO OU PELOS TRIBUNAIS DE CONTAS”.

 CONTROLE INTERNO E EXTERNO;

 LEGALIDADE E MÉRITO;

 FISCALIZA OS TRÊS PODERES;

 SUSTAÇÃO DE ATOS;

 COMPETÊNCIAS PARA JULGAR AS CONTAS DO CHEFE DO

EXECUTIVO É O PODER LEGISLATIVO, QUE DEVE SER

PRECEDIDO DE PARECER PRÉVIO E APENAS OPINATIVO

EMITIDO PELO TRIBUNAL DE CONTAS.

OBS:

TCU: PARECER PRÉVIO (NÃO JULGA CONTA DO PRESIDENTE).

LEG: JULGA as contas do presidente

ART. 70, CF/88. A FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA,
ORÇAMENTÁRIA, OPERACIONAL E PATRIMONIAL DA UNIÃO E DAS
ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA, QUANTO
À LEGALIDADE, LEGITIMIDADE, ECONOMICIDADE, APLICAÇÃO
DAS SUBVENÇÕES E RENÚNCIA DE RECEITAS, SERÁ EXERCIDA
PELO CONGRESSO NACIONAL, MEDIANTE CONTROLE EXTERNO,
E PELO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DE CADA PODER.

CONFORME O ASPECTO DA ATIVIDADE

ADMINITRATIVA, O CONTROLE PODE SER:

1) LEGITIMIDADE OU LEGALIDADE: avalia se o ato está de

acordo com a lei.

2) MÉRITO: avalia CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE da

prática do ato

Obs.:
Controle de legalidade: pode ser realizado pelos 3 poderes.

Controle de mérito: somente a própria administração.

QUANTO AO MOMENTO DO CONTROLE

A. CONTROLE PRÉVIO (A PRIORI): É EXERCIDO ANTES DA

CONCLUSÃO DO ATO ADMINISTRATIVO, “É UM
CONTROLE PREVENTIVO, PORQUE VISA IMPEDIR QUE SEJA
PRATICADO ATO ILEGAL OU CONTRÁRIO AO INTERESSE
PÚBLICO” (DI PIETRO).
 EXEMPLO: EXISTE A NECESSIDADE DE APROVAÇÃO PRÉVIA DO
SENADO FEDERAL, DA INDICAÇÃO EFETUADA PELO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA PARA OCUPAR O CARGO DE PRESIDENTE DO BANCO
CENTRAL (ART. 52, III, D, DA CF); A EXIGÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO
DO SENADO FEDERAL PARA QUE UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO
FEDERAL E MUNICÍPIOS POSSAM REALIZAR OPERAÇÕES EXTERNAS
DE NATUREZA FINANCEIRA COMO, POR EXEMPLO, A REALIZAÇÃO
DE UM EMPRÉSTIMO (INCISO V DO ART. 52, DA CF).

OUTRO EXEMPLO É O MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO.

B. CONTROLE CONCOMITANTE: É EXERCIDO DURANTE A

PRÁTICA DO ATO, OU SEJA, É REALIZADO NO MOMENTO
EM QUE A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA ESTÁ SENDO
PRATICADA.
C.
EXEMPLO: A FISCALIZAÇÃO DO ÓRGÃO CONTRATANTE EM
CONCURSO PÚBLICO; A FISCALIZAÇÃO DE UM CONTRATO
ADMINISTRATIVO DURANTE A SUA EXECUÇÃO; A FISCALIZAÇÃO
NA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA PELO SISTEMA DE AUDITORIAS; A
FISCALIZAÇÃO EM HOSPITAIS PÚBLICOS PARA VERIFICAR O
ATENDIMENTO ETC.

C. CONTROLE POSTERIOR OU CORRETIVO: É SUBSEQUENTE,

OU SEJA, É REALIZADO APÓS A CONCLUSÃO DO ATO.
EXEMPLO: SERVIDOR QUE FOI DEMITIDO E RECORRE DA DECISÃO,
HOMOLOGAÇÃO, ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO, CONVALIDAÇÃO,
MANDADO DE SEGURANÇA, AÇÃO POPULAR ETC.

QUANTO A AMPLITUDE

CONTROLE HIERÁRQUICO
“É PLENO E ILIMITADO, JÁ O DAS ALTARQUIAS E DAS
ENTIDADES PARAESTATAIS EM GERAL, É UM CONTROLE
FINALÍSTICO, É SEMPRE RESTRITO E LIMITADO AOS TERMOS DA
LEI”.

OBS: CONTROLE HIERÁRQUICO É SEMPRE INTERNO.

RECURSO HIERÁRQUICO PRÓPRIO:

DENTRO DA MESMA PESSOA JURÍDICA, TENDO UMA RELAÇÃO

DE SUBORDINAÇÃO E HIERÁRQUIA. PARA MARIA SYLVIA
ZANELLA DI PIETRO E JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO (2008,
P. 892), OS RECURSOS HIERÁRQUICOS PRÓPRIOS SÃO AQUELES
QUE TRAMITAM INTERNAMENTE DENTRO DOS ÓRGÃOS OU
ENTIDADES.

RECURSO HIERÁRQUICO IMPRÓPRIO:

É PRECISO PREVISÃO LEGAL. PARA DI PIETRO (2012, P. 801), OS

RECURSOS HIERÁRQUICOS IMPRÓPRIOS SÃO AQUELES DIRIGIDOS
A AUTORIDADES OU ÓRGÃOS NÃO INTEGRADOS NA MESMA
HIERARQUIA DAQUELE QUE PROFERIU O ATO. SEM RELAÇÃO DE
SUBORDINAÇÃO.

CONTROLE FINALÍSTICO
É exercido pela administração DIRETA sobre as entidades da
administração INDIRETA, chamado também de tutela
administrativa ou supervisão ministerial.