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de Moda e Inovação
Fashion
Business
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Informações
da disciplina
Curso
Fashion Business
Disciplina
Modelos de negócios de moda e inovação
Carga-horária
30 Horas
Professor(a)
MS. Marília Piccinini da Carvalhinha
Mini currículo
Consultora estratégica e financeira, mentora de empreendedores,
coordenadora da pós graduação em negócios e varejo de moda da
FAAP.
Conselheira de administração certificada pelo IBGC, graduada
e mestre em engenheira de produção pela Escola Politécnica
da USP com vasta experiência na direção de empresas, tendo
atuado no planejamento estratégico, modelagem de negócios,
desenvolvimento de produtos, marketing, gestão de resultados,
administração de negócios e governança corporativa. Já liderou
estruturações organizacionais e financeiras, acompanhando dezenas
de empreendedores no direcionamento estratégico de seus negócios.
No âmbito acadêmico, desenvolveu programas de pós graduação em
negócios de moda, coordenando turmas nacionais e internacionais
na FAAP. Adicionalmente, atua como professora de graduação e de
pós graduação em disciplinas relacionadas a modelos de negócios,
marketing e finanças, principalmente voltadas para o setor de moda.
Conheça um
pouco mais sobre
a professora
acessando
o QR CODE.
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Apresentação
da disciplina
A indústria de moda apresenta algumas características
que a tornam diferente de outros setores, trazendo
maior complexidade para a gestão dos negócios. Entre
essas características, podemos destacar a variedade
de modelos, cores e tamanhos, gerando complexidade
na gestão do estoque; a alta frequência de lançamento
de novos produtos; a obsolescência de parte dos
produtos por saírem de moda; a fragmentação e
descentralização da cadeia produtiva; a dificuldade
de reposição de produtos de imediato dentro de
uma mesma coleção; e as liquidações sazonais
como maneira de solucionar desfalques no estoque,
adicionando complexidade no planejamento de
margens
Temas da disciplina
Confecção de roupas,
A cadeia de Fast fashion versus processos de produção
valor de moda slow fashion e cadeia de suprimentos
3
05 A cadeia de valor
de moda | Tema 01
08 Leituras obrigatórias
08 Referências
09 Os ciclos da moda
e o calendário do
varejo | Tema 02
14 Leituras obrigatórias
Referências
14
15 Fast fashion
versus slow
fashion | Tema 03
17 Leituras obrigatórias
17 Referências
18 Canais de vendas
de moda: formatos
de varejo, atacado
e omnicanalidade
| Tema 04
23 Leituras obrigatórias
23 Referências
24 Confecção de roupas,
processos de produção
e cadeia de suprimentos
| Tema 05
28 Leituras obrigatórias
28 Referências
4
A cadeia de
valor de moda
Tema 01
5
5
A cadeia de valor de moda
01. Confecções.
03. Varejo.
Têxtil Vestuário
Confecções Administradores
Fibras e Varejo
Têxtil e indústrias de marca
filamentos de moda
de acessórios de modas
Têxtil Da produção de matérias-primas que compõem os tios até a produção de fios ou tecidos.
Vestuário Da transformação de fios ou tecidos em peças de roupas prontas para utilização pelo consumidor.
¹ GEREFFI, G.; MEMEDOVIC, O.: The Global Apparel Value Chain: What Prospects for Upgrading by Developing Countries. Sectoral Studies Series – United
Nations Industrial Development Organization, Vienna, 2003.
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Ao longo do texto, nos referiremos aos “Administradores de Marca” apenas como “Marcas” ou “Grifes”.
Governança da Cadeia - As cadeias produtivas, de forma geral, possuem uma estrutura de governança na qual uma empresa ou um grupo delas assume um
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3
papel central na coordenação das atividades da cadeia como um todo. (GEREFFI e MEMEDOVIC, 2003)
A cadeia de valor de moda
Escopo do ADMINISTRADOR
de MARCAS DE MODA
Os Administradores
Esses canais podem ser B2B ou B2C. Dizemos que um canal é B2B
de Marcas definem (Business to Business), quando ele conecta duas empresas, e que um
os seus canais de canal é B2C (Business to Consumer), quando ele conecta uma empresa a
um consumidor final.
distribuição, que irão
permitir o acesso dos Muitas vezes nos referimos também a esses canais como atacado,
quando é um canal que vende para outra empresa, ou varejo, quando é
clientes finais aos um canal que vende para o consumidor final.
produtos.
Figura 3 - Canais de venda
de moda – B2B e B2C
Lojas físicas
E-commerce
proprio
Lojas próprias Sistemas de
delivery
Administradores
de marcas Marketplaces
Lojas físicas
Venda a atacado Revendedores
(pedido ou Varejistas digitais
multimarcas
pronta-entrega)
Revendedores
autônomos
Com relação à decisão das marcas sobre seus canais de distribuição, podemos
observar que muitas marcas optam por concentrar canal de distribuição ao
consumidor em sua estrutura, através de redes lojas próprias.
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A cadeia de valor de moda
Em troca por esse serviço de promoção, vendas e gestão de recebimentos, a marca paga
para o operador de marketplace um percentual das vendas.
Outra maneira de distribuir seus produtos aos consumidores finais é através da venda a
atacado para as multimarcas. Nesse caso, a empresa vende lotes de produtos para lojas
multimarcas e estas revendem aos consumidores finais.
A venda através de Na venda por atacado, a marca pode trabalhar por pedido, que é um
sistema de encomenda, ou em um formato de pronta-entrega.
multimarcas tende
a predominar em Alguns exemplos de polos de marcas de atacado a pronta-entrega são
os bairros do Brás e do Bom Retiro, em São Paulo, além das regiões de
centros urbanos Maringá e Cianorte, Paraná.
menores ou bairros
Entre tantas possibilidades, o Administrador de Marca, por ter controle
periféricos. sobre as estratégias de produção e de distribuição, tende a se apropriar
da maior parte do valor agregado da cadeia de moda. Isso não quer dizer
necessariamente que ele terá mais lucro – pois isso depende de diversas
condições de mercado e do sucesso de suas estratégias – mas ele terá mais
controle sobre as variáveis que podem influenciar no resultado.
Leituras obrigatórias:
Referências
GEREFFI, G.; MEMEDOVIC, O.: The Global Apparel Value Chain: What Prospects for
Upgrading by Developing Countries. Sectoral Studies Series – United Nations Industrial
Development Organization, Vienna, 2003.
CARVALHINHA, M.P..: O setor do vestuário: uma análise sobre as possibilidades estratégicas
das empresas de vestuário no Brasil. Dissertação de Mestrado, Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo – Departamento de Engenharia de Produção. São Paulo,
2007. (https://teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-28032008-173655/publico/
CARVALHINHA_MARILIA_PICCININI_O_Setor_do_Vestuario_rev01.pdf)
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Os ciclos da moda e o calendário do varejo
Para conseguir entender o possível sentido nestes ciclos, precisamos considerar algumas
características do mercado de moda:
Atualmente, as pessoas continuam desejando representar suas identidades através das roupas e o que elas
significam em determinados contextos. É como se fosse um vocabulário em constante ampliação e transformação.
A indústria da moda se apropria deste desejo de renovação e propõe novidades ciclicamente.
Isso porque o consumidor tende a entender melhor esse “novo vocabulário” quando colocado em contexto,
formando uma linguagem coerente.
Essa linguagem é apresentada em todos os canais de vendas e comunicação da marca. É uma questão simples de
ilustrar porque a maioria das pessoas já se sentiu muito mais atraída para entrar em uma loja com aparência bonita e
organizada do que em lojas com milhares de produtos misturados, que não combinam entre si.
O mesmo acontece quando entramos no site da marca ou em sua página nas redes sociais. A estética geral e a
harmonia de cores e formas tendem a atrair o consumidor e agregar valor à marca e aos produtos oferecidos.
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Os ciclos da moda e o calendário do varejo
S S
M M
Loja 01 L Loja 01 L
S S
M 4 Meses M
Loja 02 L Loja 02 L
S S
M M
Loja 03 L Loja 03 L
Distribuição Inicial Estoque após período de
(Lançamento) vendas a preço cheio
Fonte: Autoria própria
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Em alguns casos é possível repor modelos, mas isso depende da estrutura de suprimentos que a empresa desenvolveu e do ciclo de vida do produto na loja.
Por exemplo, para modelos mais atemporais e comerciais, pode ser viável a reposição e a redução do “desperdício” de margem por conta dos descontos.
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Os ciclos da moda e o calendário do varejo
À combinação de todos esses fatores, uma maneira de fazer os produtos girarem na loja é a
organização dos lançamentos em coleções, com períodos intermediários de liquidação.
Assim, as peças a serem lançadas ficam organizadas em uma linguagem coerente que é mantida
durante um período, até que comecem a ter seu estoque desfalcado. Então são iniciados os
períodos de liquidação, nos quais é o preço que passa a atrair o consumidor ao invés do apelo
estético.
Nesse período, espera-se vender boa parte das peças restantes para gerar capital de giro e liberar
o espaço para o início de um novo ciclo (Figura 5).
Giro de
Lançamento vendas Promoção
Dessa forma, a “fronteira” entre o fim da promoção da coleção anterior e a virada para a
uma nova coleção foi estabelecida de maneira comum em todo o mercado, alinhando as
expectativas dos clientes e os sistemas de trabalho das marcas.
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Os ciclos da moda e o calendário do varejo
Compras
de Materias
Lançamentos
Vendas a
Desenvolvimento e vendas a Promoções Outlets
atacado preço cheio
de produtos
Produção/
Compra de
peças
importadas
• OUTONO/INVERNO - Meados
de julho a agosto
• PRIMAVERA/VERÃO/ALTO VERÃO -
Janeiro a início de março
Com toda essa cadeia de eventos e a sua necessidade de antecipação, na prática, uma empresa de
moda costuma estar sempre atuando com uma sobreposição de coleções. Enquanto uma coleção
está à venda nas lojas, uma próxima já está em produção e há ainda mais uma anterior em fase de
desenvolvimento (Figura 7).
Desenvolvimento Desenvolvimento de
de produtos importados produtos nacionais
Produção nacional
Desenvolvimento Desenvolvimento de
de produtos importados produtos nacionais
Produção nacional
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M
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Fonte: Autoria própria
Os ciclos da moda e o calendário do varejo
Leituras obrigatórias:
Referências
FRINGS, Gini Stephens. Moda: do conceito ao consumidor. 9 ed. Porto Alegre:
Bookman, 2012. – CAPÍTULOS 3 e 4
SHAW,D.; KOUMBIS,D.: A compra profissional de moda: previsão das tendências a
venda na loja. 1 ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2014.
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Fast fashion versus
slow fashion
Tema 03
15
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Fast fashion versus slow fashion
Essa maneira de atuação estava muito de acordo com a demanda cada vez
mais acelerada dos consumidores por novidades. A aceleração da troca de
informações pela internet e a nova forma de comunicação que veio com as
redes sociais intensificou ainda mais essa tendência.
Magazines que antes vendiam peças com muito menos informação de moda,
rapidamente adaptaram seus departamentos de produto e seus sistemas
logístico para aderir ao modelo de fast fashion.
Com as redes sociais, as marcas precisam criar cada vez mais conteúdo para
atrair o público, e esse movimento também cria a necessidade de lançar
produtos com mais frequência. Isso não quer dizer, necessariamente, que
são lançados mais produtos, já que a mesma quantidade de peças pode ser
organizada em grupos menores que são lançados um por vez, espalhando-se
ao longo de alguns meses.
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Fast fashion versus slow fashion
03. Dar mais atenção às pessoas que aplicaram seu trabalho na confecção dos
produtos, valorizando relações justas do ponto de vista social;
O que se observa é que existem uma série de abordagens mistas. Muitas marcas que
atuam no calendário regular da moda têm linhas de produtos atemporais, que não
participam das liquidações e que recebem reposição.
Por outro lado, mesmo marcas com a abordagem de slow fashion eventualmente
precisam fazer promoções, pois acabam acumulando estoque de alguns modelos,
cores e tamanhos (como observado na figura 4).
Leituras obrigatórias:
Referências
FRINGS, Gini Stephens. Moda: do conceito ao consumidor. 9 ed. Porto Alegre:
Bookman, 2012. – CAPÍTULO 4
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Canais de vendas
de moda: formatos
de varejo, atacado e
omnicanalidade
Tema 04
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Canais de vendas de moda: formatos
de varejo, atacado e omnicanalidade
Varejo físico
Megastores Varejo
especializado
Hipermercados Lojas de
(Não são relevantes departamento Grandes redes Lojas próprias Franquias Lojas
no varejo de moda (Não são comuns varejistas monomarcas multimarcas
do Brasil) no Brasil)
Varejo
Megastores especializado
Varejo digital
Fonte: Autoria própria
Varejo físico
Principais caracteristicas:
• Lojas próprias;
Megastores
• Muitas as categorlas de produtos
(roupas, acessórios, calçados, roupa
Hipermercados Lojas de de praia, underwear, etc.);
(Não são relevantes departamento Grandes redes
varejistas
no varejo de moda
do Brasil)
(Não são comuns
no Brasil) • A principal estratégia de expansão
é abrir novas lojas ou novas categorias
de produtos;
E-commerces das
megastores monomarcas • Grandes metragens (> 200m2);
• Preços acessívels;
Megastores • Alto volume de vendas;
Fonte:
Autoria própria • Autoatendimento.
Varejo digital Nem sempre têm todas essas características,
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mas geralmente têm a maioria delas.
Canais de vendas de moda: formatos
de varejo, atacado e omnicanalidade
Principais caracteristicas:
Grandes • Grande quantidade de marcas;
Marketplaces multimarcas
online • Muitas as categorias de produtos (roupas,
acessórios, calçados, roupa de praia,
underwear, etc.);
Megastores • Alto investImento em conteúdo e mídia de
Fonte: performance;
Autoria própria
• Estruturas robustas de tecnologia e
Varejo digital atendimento do cliente;
• No modelo multimarca, grandes centros de
distribuição e importância estratégica da
gestão de estoques e logística de entrega.
Varejo físico
Principais caracteristicas:
Varejo
• Múltiplos canais de vendas; especializado
• Algumas categorlas de produtos;
• A principal estratégia de expansão é
Lojas próprias Franquias Lojas
abrir novos canais; monomarcas multimarcas
Varejo digital
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Franqueadora – Empresa proprietária da marca (empresa “mãe”) – responsável por definir as regras de funcionamento das suas franquias, bem como
fornecer produtos e conhecimentos necessários para que a franquiada opere adequadamente.
Franqueada – Empresa que adquire o direito de usar a marca para operar o varejo em si.
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Canais de vendas de moda: formatos
de varejo, atacado e omnicanalidade
Principais caracteristicas:
Varejo físico
• Lojas direcionadas a um público específico;
• Algumas categorias de produtos;
Varejo
• Lojas com metragens menores (<200m2);
especializado
• Compõem seu mix de produtos com itens de
diversas marca;
• Compram produtos através de pedido ou Lojas próprias Franquias Lojas
monomarcas multimarcas
pronta-entrega;
• Em geral são lojas únicas ou redes de
poucas lojas; E-commerces
E-commerces de Delivery/ especializados
marcas próprias Whatsapp
• Muitas vezes estão em pontos que não são multimarcas
acessados pelas grandes redes de moda;
• Curadoria e atendimento personalizado são
Varejo Fonte:
pontos fundamentais para captação e
especializado Autoria
fidelização de clientes; própria
• Têm dificuldade em atuar com e-commerce
próprio pela competição com e-commerce das Varejo digital
marcas.
Outra situação que ilustra este conceito seria uma no qual o cliente entra
em contato com a marca por uma rede social para discutir uma troca de um
produto. Em um “Omnichannel ” bem implantado, o cliente terá a mesma
qualidade de resposta do que no site ou na loja.
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Canais de vendas de moda: formatos
de varejo, atacado e omnicanalidade
• Físicos ou digitais;
Canais Canais
físicos digitais
Quando migramos para os desafios relacionados aos modelos de negócios, além de unificação de políticas
de preços em todos os canais, a empresa também precisa desenvolver sistemas logísticos com excelente
integração dos estoques.
Para atender a esse conceito, os processos e os sistemas tecnológicos precisam ser reprojetados e ainda
existem desafios importantes no campo fiscal.
Essa tendência se tornou ainda mais evidente com a pandemia de covid-19. Por tudo isso, apesar de todos os
desafios, buscar uma atuação omnichannel é uma questão de sobrevivência.
A Amaro é um caso de empresa que se aproximou do modelo, pois realizava parte das etapas produtivas
internamente e toda a venda a varejo era digital. Até mesmo as lojas físicas atuam no modelo de guide shop, já
que as vendas são fechadas em ambiente digital e o estoque é centralizado.
Atualmente estão surgindo novas marcas com essa proposta, o que tende a permitir avanços no aumento de
eficiência do estoque e no uso da tecnologia para ser assertivo na abordagem ao cliente em meios digitais.
Outra tendência do varejo de moda são as ações de colaboração entre marcas. Nas chamadas “collabs”,
marcas se aliam a outras marcas ou a personalidades para gerar coleções cápsula ou conteúdos que agradem
ao público de ambas e, com isso, potencializar as ações de marketing e as vendas.
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Canais de vendas de moda: formatos
de varejo, atacado e omnicanalidade
Acesse o podcast
A partir da leitura deste tema, ouça o podcast “Collabs e seus modelos de negócios”, para
melhorar seu entendimento sobre o assunto.
Leituras obrigatórias:
Referências
FRINGS, Gini Stephens. Moda: do conceito ao consumidor. 9 ed. Porto Alegre:
Bookman, 2012. – CAPÍTULOS 12 E 13
BORGES, Fabio Roberto. Transformação digital: um guia prático para liderar em-
presas que se reinventam. 1 ed. Barueri: Atlas, 2021.
LONGO, Walter. Trilema Digital - As três grandes tendências que vão afetar sua
vida e seus negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2021.
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Confecção de roupas,
processos de produção
e cadeia de suprimentos
Tema 05
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24
Confecção de roupas, processos de
produção e cadeia de suprimentos
Encaixe Enfesto
Ampliação Separação Costura Acabamento Passadoria
e risco e corte
Lote Indivisual/Células
Fonte: Autoria
própria
Etapa 01 - Ampliação
A ampliação é o processo no qual o molde de um produto aprovado passa pela gradação de seus aumentos ou reduções
de medidas para formar os moldes dos vários tamanhos que serão produzidos.
Se um produto é provado e ajustado em cima de uma modelo de prova de tamanho 38, seu molde precisa passar pela
ampliação para que seja traduzido para as medidas dos outros tamanhos, como 36, 40, 42 e etc. Essa ampliação segue
algumas regras, tal como o aumento de 4 cm na circunferência da cintura, busto e quadril. Cada parte do molde do
produto segue regras específicas – tamanhos de gola, comprimento de manga, e assim por diante.
O encaixe também considera a quantidade de peças que será produzida em cada tamanho
(grade de produção). Por exemplo, em uma produção de camisetas composta por 100
peças tamanho P, 100 peças tamanho M e 50 peças tamanho G, a proporção seria 2P /
2M / 1G. Nesse caso, o encaixe já deverá contemplar as partes dessa base de proporção,
de forma que, ao cortar 50 camadas de tecido será obtid a a totalidade da produção na
quantidade desejada de cada tamanho.
A partir do encaixe é realizado um risco sobre o papel destas partes do molde que servirá
de referência para o corte do tecido.
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Normalmente as partes são projetadas pelos modelistas para serem cortadas em determinada posição em relação ao eixo longitudinal do tecido. Por
exemplo, peças de alfaiataria costumam ser cortadas “no fio”, ou seja, de maneira paralela ao comprimento do tecido, enquanto alguns tipos de vestidos de
festa são cortados “em viés”, o que significa que são cortados a 45o em relação ao eixo longitudinal. A posição de corte influencia no caimento e, portanto, no
resultado final estético do produto. 25
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Confecção de roupas, processos de
produção e cadeia de suprimentos
ou com
equipamentos O número de camadas de tecido depende da quantidade
que se deseja produzir e dos limites impostos pela
que são tecnologia a ser aplicada no corte. Algumas empresas
acoplados à detêm equipamentos de corte totalmente automatizados,
mas ainda é relativamente comum que esta seja uma etapa
mesa de corte. realizada por um operador com sua máquina de corte.
Etapa 04 - Separação
Após o corte, é necessário que o conjunto de partes que corresponde a determinado modelo,
cor e tamanho seja colocado junto a itens utilizados na costura, como linhas e zíperes – em
uma etapa que chamamos de separação.
Nessa etapa, pode também ser necessário que algumas partes cortadas recebam marcações
de orientação para a costura, em geral para orientar a realização de pregas, pences, franzidos
e encaixes entre diferentes partes do produto. Além disso, também são aplicadas etiquetas
que ajudem às costureiras na diferenciação do lado direito e do avesso..
Etapa 07 - Passadoria
E, finalmente, é realizada a passadoria das peças prontas, em
um processo industrial – que difere da passadoria caseira pelo
equipamento e pela precisão. A peça é alisada, são feitos os
vincos, e a dobragem quando necessário, preparando a peça
para a embalagem e expedição.
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Confecção de roupas, processos de
produção e cadeia de suprimentos
Acesse a
videoaula
“Processos de
produção de
roupas” via Clique no QR CODE para acessar o vídeo “Processos de produção de
QR CODE:
roupas” e aprofundar este assunto.
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Confecção de roupas, processos de
produção e cadeia de suprimentos
Leituras obrigatórias:
02 LONGO, Walter. Trilema Digital -As três grandes tendências que vão
afetar sua vida e seus negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2021.
Referências
FRINGS, Gini Stephens. Moda: do conceito ao consumidor. 9 ed. Porto Alegre:
Bookman, 2012. – CAPÍTULOS 5 E 10.
7
Dizemos que uma empresa é integrada verticalmente quando ela abarca em suas operações diversas etapas da cadeia produtiva.
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