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Modelo Reclamatoria Trabalhista Atualizada
Modelo Reclamatoria Trabalhista Atualizada
DE XXXXXXX/XX
XXXXXXXXX XXXXX, brasileiro (a), ESTADO CIVIL, PROFISSÃ O, inscrito ao CPF sob nº.
XXX.XXX.XXX-XX, e no RG nº. XXXXXXXXXX, domiciliado e residente à Rua
XXXXXXXXXXXXXXX, nº. XXX, Bairro XXXXXXX, na cidade de XXXXXXXXXXXX–XX, vem
perante Vossa Excelência, por seus procuradores, ut instrumento de mandato anexo,
propor a presente
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
em face de XXXXXXXXXXXXXXX Ltda., pessoa jurídica de direito privado, com sede à
XXXXXXXX, nº XXX, bairro XXXXX, CEP XX.XXX-XX, na cidade de XXXXXXXX–XX, pelas razõ es
de fato e de direito a seguir expostas:
II – DO DIREITO
1. Das horas extras
O Reclamante, como já dito outrora, tinha como jornada contratual das 8:00 à s 18:00, com
2 hora de intervalo, das 12:00 à s 14:00 horas de segunda à sexta, e nos sá bados das 8h à s
12h.
Contudo, por necessidade do trabalho o Reclamante saía da sede da reclamada em torno
das 19h30min em pelo menos dois dias da semana.
Destarte, como restará provado em sede de instruçã o processual, faz jus o Reclamante à
percepçã o do pagamento horas extras, equivalente a 3h semanais, referente a toda a
relaçã o laboral havida entre as partes, acrescido de 50% sobre a hora normal, conforme
dispõ e o pará grafo 1º do artigo 59 da CLT.
NOTA: A redação anterior do artigo 59 da CLT, dispunha que, não havendo norma
mais favorável, as horas extras deveriam ser pagas com acréscimo de 20% sobre a
hora normal. Com a redação atual, foi atualizado o percentual para 50%, conforme já
previa a Constituição Federal em seu artigo 7º, inciso XVI.
Procedente a demanda no aspecto, requer ainda os reflexos em adicional de insalubridade,
saldo de salá rio, DRS, férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salá rios, FGTS e multa de
40%.
3. Do adicional de insalubridade
O Reclamante no desempenho das suas atividades laborais passou a ter contato habitual
com lixo urbano em local de grande circulaçã o, qual seja, um shopping.
O reclamante realizava ainda a limpeza dos banheiros, em nú mero de 8 banheiros, 2 em
cada andar, diariamente, estando em contato com produtos químicos extremamente fortes,
que eram diluídos em á gua para posterior uso.
Gize-se, que para tanto o reclamante nã o fazia uso de Equipamentos de proteçã o individual,
posto que nã o era disponibilizados pela Reclamada, tendo muitas vezes que colocar um
“pano” para tapar as vias respirató rias e nã o inalar o produto que tem um cheiro
demasiadamente forte.
Durante a relaçã o laboral o Reclamante recebeu adicional de insalubridade em grau médio,
sendo evidentemente devido em grau má ximo ante a exposiçã o a agentes insalubres em
grau má ximo, conforme de acordo com o art. 192 da CLT, e conforme legislaçã o vigente da
Portaria do Ministério do Trabalho nº 3.214 de 8 de junho de 1978, em sua NR nº 13.
Destarte, REQUER a realizaçã o de perícia técnica para a verificaçã o do grau de exposiçã o
das atividades da Reclamante à agendes insalubres, a ser pago para a Reclamante.
NOTA: Os pedidos de adicional de insalubridade devem ser feitos com mais cuidado
e atenção redobrada, haja vista que agora os reclamantes, podem ser sucumbentes
nos pedidos que perderem, e inclusive ser condenados ao pagamento de honorários
periciais conforme dispõe a nova redação do artigo 790-B da CLT, “A
responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente
na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita”.
Por conseguinte, REQUER seja condenada a Reclamada ao pagamento do adicional de
insalubridade em grau má ximo, com reflexos em horas extras, saldo de salá rio, DRS, férias
acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salá rios, FGTS e multa de 40%.
5. Da Gratuidade da Justiça
Nos termos do artigo 5º, LXXIV da Carta Magna, à queles que comprovarem a insuficiência
de recursos terá assistência jurídica integral e gratuita.
Neste sentido dispõ e o artigo 98 e seguintes do Novo Có digo de Processo Civil, bem como
dispõ e o artigo 99 § 4º do mesmo Diploma Legal que “a assistência do requerente por
advogado particular nã o impede a concessã o de gratuidade da justiça”.
Pode-se observar, também pelo todo já dito no decorrer da presente peça, que o
Reclamante nã o possui emprego atualmente, o que deixa indubitá vel a impossibilidade de
arcar com as despesas processuais aqui demandadas.
Requer o Autor, ante o aqui esposado, seja julgado procedente o pedido de Gratuidade da
Justiça, abstendo-o de toda e qualquer despesa advinda desta lide, nos termos dos artigos
supracitados.
NOTA: O parágrafo 3º do artigo 790-B dispõe um teto de presunção de
miserabilidade, qual seja, 40% do teto da previdência social, o que chega a some de
aproximadamente R$ 2.258,32 (atualmente). Assim, para a percepção da justiça
gratuita, além de não perceber valor maior que o teto estabelecido, deve comprovar
a miserabilidade econômica, não bastando a declaração.
Quanto a pessoa desempregada, por não ter renda, entende-se que não há
necessidade de comprovação, pois não aufere valor algum.