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Direito Tributário I

Tributo
Prof. Rodrigo Correa do Couto
01
Sumário
Sumário

▪ O Tributo:
▪ Art. 3ª do CTN;
▪ Como prestação pecuniária;
▪ Como obrigação;
▪ Imposição por Lei;
▪ Em moeda ou cujo o valor nela se possa exprimir;
▪ Não constitua sanção por ato ilícito – atos ilícitos
podem ser tributados?;
▪ Cobrado mediante atividade administrativa
plenamente vinculada;

▪ Classificação dos tributos:


▪ Tributos pessoais e reais;
▪ Tributos diretos e indiretos;
▪ Tributos vinculados e não vinculados (hipóteses de
incidência);
Sumário

▪ Classificação dos tributos:


▪ Tributos vinculados e não vinculados (destino da
arrecadação);
▪ Tributos progressivos, regressivos e proporcionais;

▪ Função dos tributos:


▪ Fiscais;
▪ Extrafiscais;
▪ Parafiscais.
02
O Tributo
Art. 3º do Código Tributário
Nacional
▪ Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Tributo como prestação
pecuniária
▪ Tributo é a conduta de fornecer dinheiro ao Estado;

▪ Em regra não é admissível a prestação tributária


mediante entrega de bens ou em troca de trabalho;

▪ Há a possibilidade, em regime de exceção, de dar em


pagamento imóveis em determinados casos;

▪ Há, além da obrigação de fornecer dinheiro, obrigações


acessórias tributárias como preenchimento de
formulários, escrituração em livros, etc;

▪ Também, deve suportar o poder de polícia fiscalizatório


do Estado.
Tributo como obrigação

▪ Tributo é compulsório, ou seja, nenhuma pessoa natural


ou jurídica pode se esquivar ao pagamento;

▪ É diferente do Direito Civil, pois, enquanto no Direito


Tributário há uma compulsoriedade na obrigação de
pagar, naquele temos a autonomia da vontade, onde os
indivíduos contratam se quiserem;

▪ Há uma obrigação imposta de forma vertical, o Estado


impõe e os cidadãos devem pagar;

▪ Lembrando sempre que a imposição deve ser prevista


por Lei stricto sensu.
Imposição por Lei

▪ A instituição por lei está ligada à natureza compulsória


do tributo – Art. 59 da CF;

▪ Dois princípios regem:


▪ Legalidade, Art. 150, inciso I da CF;
▪ Autoimposição Tributária;
Em moeda ou cujo o valor
nela se possa exprimir
▪ O valor do tributo deve ser sempre expresso em Reais;

▪ Art. 143 do CTN – Salvo disposição de lei em contrário,


quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão
nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador
da obrigação.
Não constitua sanção de ato
ilícito
▪ Em que pese possam ocorrer atos ilícitos tributários, o
tributo em si não é ato sancionatório;

▪ Mas temos exceções:


▪ IPTU progressivo no tempo em caso de não
edificação de imóvel urbano;
▪ Art. 7º, da Lei n. 10.257/2001 - Em caso de
descumprimento das condições e dos prazos
previstos na forma do caput do art. 5o desta Lei, ou
não sendo cumpridas as etapas previstas no §
5o do art. 5o desta Lei, o Município procederá à
aplicação do imposto sobre a propriedade predial
e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo,
mediante a majoração da alíquota pelo prazo de
cinco anos consecutivos.
Atos Ilícitos podem ser
tributados?
▪ Princípio pecúnia non olet – O dinheiro não tem cheiro;

▪ Atos ilícitos podem sim ser tributados:


▪ Contrabando;
▪ Descaminho;
▪ Tráfico de drogas;
▪ Estelionato;
▪ Etc.
Cobrado mediante atividade
administrativa plenamente vinculada
▪ A atividade de fixação e cobrança do tributo é vinculada
à lei, não podendo a administração tributária realizar
juízo de valor no que tange ao desempenho de suas
funções.
02
Classificação dos
Tributos
Tributos reais e pessoais

▪ Reais – Incidem sobre manifestação de riqueza que


podem ser pensadas sem qualquer relação com a
determinada pessoa:
▪ IPTU;
▪ IPVA.

▪ Pessoais – levam em consideração condutas, estados


ou negócios jurídicos relativos à pessoas:
▪ IRPF;
▪ IRPJ.
Tributos diretos e indiretos

▪ Direitos – Aqueles que incidem de forma única,


imediata e de modo a esgotar a carga tributária devida.
▪ IRPF;
▪ IRPJ;
▪ PTU;
▪ IPVA.

▪ Indiretos – Aqueles que possuem incidência múltipla,


medita e fracionada, o que significa que oneram a
circulação econômica de mercadorias, serviços e
produtos industrializados.
▪ IPI;
▪ ICMS.
Tributos vinculados e não
vinculados (hipótese de incidência)
▪ Vinculados – dependem de uma atitude do Estado
para ocorra o fato gerador.
▪ Taxas;
▪ Contribuições de melhoria.

▪ Não vinculados – não há qualquer contraprestação


estatal, mas sim condutas do contribuinte que são
tributadas.
▪ IPI;
▪ IPTU;
▪ IPVA;
▪ IRPF;
▪ IRPJ
▪ ICMS.
Tributos vinculados e não
vinculados (destino da arrecadação)
▪ Vinculados – os valores são destinados para os fins que
justificam a exigência.
▪ Taxas;
▪ Contribuições de melhoria.

▪ Não vinculados – os valores não tem uma destinação


especifica. O arrecadado vai para o tesouro e o
Administrador Público realiza a destinação conforme a
lei orçamentária.
▪ Impostos no geral.
Tributos progressivos, regressivos,
seletivos e proporcionais
▪ Progressivos – as alíquotas se tornam maiores na
medida que se percebam relações econômicas de
maior vulto.
▪ IRPF;
▪ ITR;
▪ IPTU.

▪ Seletivos – O legislador poderá selecionar quais fatos


geradores poderão ser tributados.
▪ ICMS;
▪ IPI.
Funções dos tributos

▪ Tributos fiscais – função simples de arrecadar valores


para a Administração Pública:
▪ IPVA;
▪ ISS.

▪ Tributos extrafiscais – Além da função arrecadatória,


também, tem outros objetivos: a) corrigir distorções de
natureza econômico-financeira; b) incentivar ou
desestimular determinadas condutas:
▪ IPI;
▪ II;

▪ Tributos parafiscais – Tem a função de manter


determinadas entidades que exercem atividades de
interesse social, porém não fazem parte da
Administração Pública Direta ou Indireta:
Bibliografia

▪ CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário.


30 ed. São Paulo: Saraiva, 2019.

▪ CAPARROZ, Roberto. Direto Tributário Esquematizado. 5


ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
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Rodrigo Correa do Couto

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