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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Licenciatura em Ensino de Biologia

PEDAGOGIA DO E-LEARNING, B-LEARNING E INOVAÇÃO


EDUCATIVA

Cristina Duarte Gonçalves

Quelimane, Agosto de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Licenciatura em Ensino de Biologia

PEDAGOGIA DO E-LEARNING, B-LEARNING E INOVAÇÃO


EDUCATIVA
Trabalho de Campo, a ser
submetido na Coordenação do
Curso de Ensino de Biologia, na
disciplina de Pedagogia de
Biologia II, como requisito para
a avalição. 2º Ano.

Tutor: MSc. Gumissai Raúl Gumissai

Cristina Duarte Gonçalves

Quelimane, Agosto de 2023


Índice

1. Introdução............................................................................................................................4

1.1 Objectivos..........................................................................................................................5

1.1.1 Objectivo Geral:.............................................................................................................5

1.1.2 Objectivos Específicos:..................................................................................................5

1.2 Metodologia do trabalho...................................................................................................5

2. Pedagogia do e-Learning, b-Learning e Inovação Educativa.................................................6

2.1 A pedagogia de e-learning.................................................................................................6

2.2 A pedagogia de b-learning................................................................................................7

2.3 Inovação educativa............................................................................................................9

3. Considerações finais..........................................................................................................10

Referências Bibliográficas........................................................................................................11
1. Introdução
No contexto educacional contemporâneo, as tecnologias digitais têm desempenhado um papel
transformador, revolucionando a forma como o conhecimento é transmitido, assimilado e
aplicado. A emergência do e-learning, b-learning e a busca incessante por inovação educativa
têm moldado uma nova paisagem pedagógica, redefinindo os paradigmas tradicionais de
ensino e aprendizagem. Este trabalho se debruça sobre a interseção desses três pilares
fundamentais - Pedagogia do E-Learning, B-Learning e Inovação Educativa - explorando suas
implicações, desafios e oportunidades no contexto educacional atual.

O e-learning, ou aprendizado eletrónico, representa a migração do ensino para plataformas


digitais, proporcionando flexibilidade temporal e espacial aos alunos. O acesso a conteúdos
educativos, interações em fóruns virtuais e a possibilidade de aprendizado personalizado têm
caracterizado essa modalidade, inaugurando novos horizontes para estudantes de todas as
idades e contextos.

O b-learning, ou aprendizado misto, combina elementos do ensino presencial com o e-


learning, promovendo uma abordagem híbrida que aproveita o melhor de ambos os mundos.
Essa modalidade permite a realização de atividades práticas em sala de aula, enquanto utiliza
plataformas online para enriquecer o processo de aprendizagem, estimulando a colaboração e
o engajamento ativo dos alunos.

No entanto, a mera adoção de tecnologias digitais não garante uma experiência educativa
transformadora. É aqui que a inovação educativa entra em jogo. A busca por práticas
pedagógicas inovadoras, que valorizem a criactividade, a resolução de problemas, a
comunicação eficaz e a colaboração, é crucial para maximizar o potencial do e-learning e b-
learning. A incorporação de realidade virtual, gamificação, inteligência artificial e outras
ferramentas emergentes abre novas perspectivas para a criação de ambientes de aprendizagem
envolventes e eficazes.

Neste trabalho, explora-se como esses três pilares - Pedagogia do E-Learning, B-Learning e
Inovação Educativa - convergem para criar oportunidades únicas de transformar a educação.
Analisa-se os benefícios dessas abordagens, como elas estão sendo implementadas em
diferentes contextos educacionais e as barreiras que ainda precisam ser superadas.

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1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo Geral:

 Analisar a Pedagogia do e-Learning, b-Learning e Inovação Educativa.

1.1.2 Objectivos Específicos:

 Identificar e – learning e b - learning;

 Descrever o papel da pedagogia do e – learning e b - learning;

 Indicar as vantagens e desvantagens de e – learning e b - learning.

1.2 Metodologia do trabalho

O presente trabalho utilizou a pesquisa bibliográfica como suporte de realização da pesquisa.


Para Gil (1991) a pesquisa bibliográfica tem como objetivo conhecer e analisar as principais
contribuições teóricas existentes a partir de um determinado tema ou problema, procurando
expor a realidade estudada, suas características e princípios vinculados.

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2. Pedagogia do e-Learning, b-Learning e Inovação Educativa

2.1 A pedagogia de e-learning


Ferreira & Santiago, (1999) afirmam que o conceito de Educação ou Ensino a Distância
(EAD) não é um conceito recente. Normalmente, falando de EAD quando estamos perante um
processo de ensino/aprendizagem em que o professor e o aluno estão geograficamente
distantes e a interacção entre ambos é estabelecida preferencialmente via meios electrónicos.

Lima e Capitão (2003) afirma que a última geração do EAD caracteriza-se por sistemas de e-
Learning e comunidades virtuais mais fáceis de usar, mais interactivos, mais acessíveis e que
permitem maior flexibilidade temporal e espacial do que os sistemas das gerações anteriores
(1.ª geração: ensino por correspondência; 2.ª geração: tele-educação através da rádio,
televisão e cassetes de áudio e vídeo; 3.ª geração: serviços telemáticos baseados em
comunicações assíncronas, tais como e-mail e fóruns de discussão, para complementar
páginas Web, CD-ROM e outros suportes digitais.

O e-Learning é portanto um tipo ou modalidade de EAD baseado nas tecnologias da Internet,


onde a aprendizagem ocorre remotamente. A rádio, a televisão e outras tecnologias, incluindo
os sistemas tutoriais inteligentes e outros sistemas da Inteligência Artificial, prometeram
revolucionar a forma de ensinar e aprender.

A Internet, nomeadamente através do e-Learning, trouxe essa mesma promessa. Será


finalmente possível uma verdadeira ruptura relativamente ao paradigma tradicional da
educação centrada na sala de aulas e no professor, privilegiando a construção do saber?
Estamos perante uma revolução ou é apenas mais uma etapa na evolução da educação? O e-
Learning, sendo uma modalidade de EAD, proporciona uma aprendizagem personalizada, em
conformidade com a necessidade, a disponibilidade e o ritmo do indivíduo,
independentemente da plataforma usada para aceder à Internet. Poder aprender sem limitações
de horário e espaço físico é, sem dúvida, a situação ideal para todos os que têm uma
actividade profissional exigente ou que estão geograficamente distantes dos centros de ensino
e formação. Em suma, o e-Learning estimula a autoaprendizagem, pelo que se insere no
conceito de educação ao longo da vida.

Ou seja, o e-Learning é uma evolução necessária no contexto educativo face aos requisitos da
sociedade actual – uma sociedade da informação, da aprendizagem e do conhecimento. Mas,

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afinal onde reside a vantagem desta modalidade de EAD quando comparada com os restantes
modelos de EAD? Genericamente, a mais valia está nas características de comunicação,
interacção e interactividade disponibilizadas pelas tecnologias da Internet. Quer o acesso aos
conteúdos, quer aos intervenientes do processo educativo, bem como o processo de
publicação, distribuição e actualização dos recursos educativos, são mais fáceis, rápidos e
frequentes.

Em suma, excluem-se as abordagens que defendem que qualquer utilização das TICs para
apoiar a aprendizagem pode ser considerada e-Learning. Aposta-se numa definição
integradora de todos estes cenários e centrada na aprendizagem mediada através de
tecnologias que se complementam formando um ambiente de e-Learning como um todo.

O e-Learning é uma forma de EAD, mas EAD não é necessariamente e-Learning, uma vez
que o e-Learning tem uma abrangência um pouco mais restrita que o EAD porque não inclui
os cursos por correspondência, de televisão, em cassetes de áudio ou vídeo, entre outros
cenários de EAD mais convencionais.

2.2 A pedagogia de b-learning


Como forma de responder a diversas preocupações do fomento educacional e promoção do
saber, a modalidade b-learning ganha destaque nos diferentes ambientes de aprendizagem.
São muitos os pontos de vista sobre o conceito de b-learning e, quando se tem em
consideração diferentes investigadores, estes apresentam várias definições e estudos. O
blended learning, como já sugere a nomenclatura, é considerada uma prática de
ensinoaprendizagem híbrida justamente por mesclar elementos presenciais com métodos a
distância/digitais.

Reis (2013) defende a ideia de que o b-learning surgiu antes do e-learning, partindo do
pressuposto que o professor já existia no espaço educativo, tendo apenas que adquirir novas
competências tecnológicas para desenvolver um trabalho de ensino através de recursos
virtuais e evoluindo ao longo do tempo.

Alammary et al., (2014). Afirma que uma combinação de diversos meios de comunicação que
são organizados para completar e promover a aprendizagem acaba por traduzir, de certo
modo, o que é esperado do formato b-learning.

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Partindo do princípio de que a aprendizagem é um processo dinâmico, Duhaney (2004)
defende a ideia de que o método misto pode possibilitar ao formando esse dinamismo
esperado, quando possibilita a junção de duas modalidades, presencial e a distância, utilizando
recursos eletrónicos. Deste modo, o formando acaba por conseguir diferentes formas de
aprender.

Para Imaginário e Castro (2011), independentemente da modalidade de formação, quando


estamos a falar de aprendentes adultos, a andragogia sugere que temos de considerar os
fatores de obtenção de emprego, melhoria salarial e progressão profissional como integrantes
motivacionais externos presentes neste processo.

Além dos factores e motivações internos e externos, é preciso considerar que estamos numa
sociedade em que as tecnologias da informação e comunicação web estão cada vez mais
presentes e são parte das atividades diárias.

As pessoas, de um modo geral, estão cada vez mais informatizadas e os padrões de motivação
acabam por passar por essa linha de interação. Não se pode esperar de um adulto que está em
constante contacto com computadores, internet e equipamentos eletrónicos diversos, se
integre num processo de aprendizagem totalmente convencional/presencial, que não utilize as
componentes da educação digital.

Ao mesclar as modalidades, o indivíduo que se dispõe a aprender considera-se parte mais


integral do processo porque se vê com opções de escolha, o que automaticamente o
impulsiona a tomar decisões de auto-organização, resolução de problemas e desenvolvimento
de autonomia, uma vez que se considera codecisor no processo formativo.

Bonk e Graham (2006) destacam seis principais razões que colocam o b-learning em
evidência, sendo: diversidade no enriquecimento pedagógico, facilidade de acesso aos
conhecimentos, interação social, valorização dos interesses pessoais, a relação custobenefício
e a facilidade de associada aos processos avaliativos (revisão).

Para Herrington et al. (2010) o b-learning, enquanto um dos formatos existentes na tecnologia
online, colabora significativamente no aumento das oportunidades de acesso a processos
formativos e agrega valor na componente da qualidade e nos resultados de aprendizagem.

Fonseca e Eliasquevici (2007) destacam o c do b-learning proporcionar flexibilidade aos seus


estudantes. As autoras reforçam que o formato de aprendizagem híbrido permite ao aluno
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estudar em qualquer local, hora e de acordo com o seu próprio ritmo e disponibilidade.
Reforça também que o b-learning empodera os estudantes, considerando que estes são os
decisores do momento em que querem, ou não, interagir.

Essa abordagem traz mais confiança aos estudantes, considerando que, num processo de
ensino presencial, alguns alunos podem sentir-se constrangidos em colocar uma dúvida
durante a sessão/aula presencial. Para as autoras, no processo b-learning os alunos podem
utilizar de dinâmicas inovadoras, como o esclarecimento de dúvidas, através de e-mails,
fóruns de discussão ou até mesmo consultar a informação em sites de busca/enciclopédias
online.

2.3 Inovação educativa


Inovação educacional é quando um processo, prática ou produto é melhorado, adicionando
elementos a mais do que tinha anteriormente com o objetivo de melhorar a vida das pessoas,
neste caso, dos estudantes.

Por isso, inovações educacionais têm o objetivo de potencializar o ensino ou de facilitar a


vida dos docentes e dos alunos utilizando ferramentas novas, em especial, a tecnologia.
Entretanto, inovação educativa não é apenas inserir tablets ou computadores na escola, por
exemplo, mas desenvolver uma metodologia em que esses recursos sejam de fato utilizados,
capacitando, primeiramente, os professores para isso.

Alguns exemplos de inovações na educação são:

 Formação continuada para professores, em especial sobre o uso de tecnologias


educacionais;

 Uso de metodologias ativas que colocam o aluno no centro do processo de


aprendizagem;

 Materiais didácticos renovados e contextualizados para a nova geração;

 Tutoria digital para os estudantes.

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3. Considerações finais
À medida que a sociedade evolui e as tecnologias digitais transformam nossa maneira de
viver e interagir, o campo da educação também passa por uma revolução significativa. Este
trabalho explorou a intersecção entre a Pedagogia do E-Learning, B-Learning e Inovação
Educativa, examinando as características distintas de cada abordagem e seu impacto no ensino
e aprendizagem.

Historicamente, o Ensino a Distância (EAD) tem evoluído ao longo de gerações, culminando


no cenário contemporâneo do e-Learning, onde a internet desempenha um papel central na
disseminação do conhecimento. A tecnologia trouxe promessas de ruptura com os métodos de
ensino tradicionais, permitindo a aprendizagem personalizada, independente de limitações
geográficas e temporais. O e-Learning, como modalidade de EAD, se encaixa na narrativa da
educação ao longo da vida, proporcionando uma abordagem flexível e adaptável para os
aprendentes em uma sociedade caracterizada pelo acesso fácil à informação.

A pedagogia do b-learning emergiu como uma resposta ao desafio de combinar elementos


presenciais e digitais no processo educacional. Essa abordagem híbrida, ao permitir a
flexibilidade de escolha e a autonomia do aprendiz, empodera os estudantes e fomenta a
interação social, enriquecendo assim a experiência educacional. O b-learning se destaca por
oferecer um equilíbrio entre o tradicional e o digital, capacitando os educadores a adotar
novas práticas pedagógicas que promovam a aprendizagem ativa e participativa.

No cerne de toda essa transformação, encontra-se a inovação educativa. Essa inovação vai
além da mera introdução de tecnologias em sala de aula, abrangendo a criação de ambientes
de aprendizagem que priorizam a interatividade, a personalização e o desenvolvimento de
habilidades relevantes para o século XXI. Ao adotar metodologias ativas, proporcionar
formação contínua para professores e utilizar ferramentas tecnológicas de maneira eficaz, as
instituições educacionais podem criar um ambiente que estimula a criatividade, a resolução de
problemas e a colaboração.

Em última análise, o e-Learning, o b-learning e a inovação educativa representam pilares


cruciais na construção de um sistema educacional mais dinâmico, inclusivo e alinhado com as
necessidades da sociedade actual.

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Referências Bibliográficas
Alammary, A. et all (2014). Blended learning in higher education: Three different design
approaches. Australasian Journal of Educational Technology.

Bonk, C., & Graham C. (Eds.). (2006). The handbook of blended learning: Global
perspectives, local designs. 1a ed. S.l: Pfeiffer.

Ferreira, J. M. M., & Santiago, M. A. S. (1999). Ensino e Aprendizagem na Era da Internet.


S.l.

Fonseca, N., & Eliasquevici, M. (2007). Forças e fraquezas da educação online: Um estudo
de caso do curso de especialização planear II. São Paulo: EDUFPA.

Fontaine, A. M. (2005). Motivação em contexto escolar. Universidade Aberta.

Lima, J. R., & Capitão, Z. C. (2003). E-Learning e E-Conteúdos, Sociedade da Informação.


[S.l.]: Edições Centro Atlântico.

Reis, A. (2013). Implicaciones tecnológicas y pedagógicas de las aulas virtuales síncronas en


la enseñanza no presencial [Tese de doutoramento, Universidade de Extremadura].

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