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CAUSA DE PEDIR:
O Autor teve a aposentadoria por invalidez concedida em [indicar a data] e, em função da
aposentadoria, após a extinção do estabelecimento em que laborava, houve a rescisão do seu
contrato de trabalho.
A dispensa efetivada durante a suspensão do contrato de trabalho decorrente da aposentadoria
por invalidez é nula, pois, ainda que tenha sido extinto um dos estabelecimentos comerciais da
Reclamada, a continuidade das atividades do seu grupo econômico obsta a utilização do
encerramento das atividades na unidade de [indicar a unidade] como justificativa para a rescisão,
principalmente se considerando que tal fato ocorreu em [indicar a data] e o Autor foi dispensado em
[indicar a data].
As Reclamadas compõem o mesmo grupo econômico, sendo que o encerramento das
atividades no estabelecimento da Reclamada “X” não implicou, de fato, a extinção da empresa,
visto que este se deu em [indicar a data] e o Autor somente foi dispensado em [indicar a data].
Nos termos do art. 475 da CLT, a aposentadoria por invalidez suspende o contrato de
trabalho, sendo assegurado ao trabalhador o retorno à atividade quando recuperada a capacidade
laboral, momento em que é facultado ao empregador optar por rescindir o contrato, indenizando o
obreiro:
“Art. 475 – O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de
trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do
benefício.
§ 1º – Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada,
ser-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém,
ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts.
477 e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser
paga na forma do art. 497. (Redação dada pela Lei 4.824, de 5-11-1965)”.
Nesse sentido, o teor da Súmula 160 do TST:
“Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá
direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da
lei.”
PEDIDO:
Nulidade da rescisão contratual, com direito do Reclamante à percepção dos salários desde o
momento da sua dispensa até a efetiva data da reintegração, com observância dos reajustes legais e
normativos, além da incidência desse período para fins de férias, abono de férias, décimo terceiro
salário e recolhimentos fundiários. A fim de compelir a Reclamada a proceder a reintegração,
requer-se a fixação de multa diária – R$ 500,00 – (arts. 536 e 537, CPC).