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TIPOLOGIA FACIAL

Prof. Dr. Fabrício Carvalho


• As miscigenações étnico-raciais ocorrem em larga escala, e proporciona diferentes
matizes biotipológicas entre os seres humanos. Entretanto, acadêmica e
didaticamente, três tipos faciais distintos são rotineiramente definidos na leitura com
a finalidade de expressar o equilíbrio (mesofacial), bem como as variações extremas
(braquifacial e dolicofacial).
Mesofacial
• Os indivíduos mesofaciais possuem
dimensões verticais e horizontais
proporcionais.
• Neste grupo intermediário da
classificação normalmente as más
oclusões são mais discretas,
geralmente dentárias, com raro
comprometimento das bases
ósseas, não requerendo mecânicas
complexas.
Mesofacial
• O padrão mesofacial corresponde a face predominante na população e isto
está longe de significar que esse padrão é normal enquanto que os outros
devem ser considerados “desvio do padrão normativo”.

• Podemos encontrar oclusão normal e face harmoniosa independentemente


do biotipo facial.
Braquifacial

• O braquifacial é reconhecido pela altura facial


anterior reduzida e uma face mais larga
Braquifacial
• As más oclusões freqüentemente encontradas nos pacientes braquifaciais
apresentam as seguintes características:
• Mordida profunda;
• Mordida cruzada unilateral;
• Interposição do lábio inferior por entre os incisivos (overjet);
• Apinhamento de canino a canino inferior;
• Vestibuloversão e diastema entre os incisivos superiores
Dólicofacial

• O Dólicofacial é reconhecido pela altura facial


anterior aumentada e uma face mais alongada.
Dólicofacial
• As más oclusões freqüentemente encontradas nos pacientes dolicofaciais
apresentam as seguintes características:
• Mordida topo a topo ou aberta;
• Mordida cruzada uni, bilateral ou total;
• Deglutição atípica com interposição de língua entre os incisivos;
• Ausência de apinhamento inferior;
• Geralmente caninos superiores em supraversão;
• Deglutição atípica
• Respiração bucal decorrente da hipertrofia das adenóides, rinite alérgica, entre outros.
PADRÃO FACIAL DE
CAPELOZZA
Prof. Dr. Fabrício Carvalho
O Conceito de Padrão
• A maioria dos pacientes que procuram tratamento ortodôntico, o fazem com
preocupações relacionadas à morfologia facial (PROFFIT; WHITE Jr., 1990)

• O Ortodontista é capaz de classificar a má-oclusão apenas pela análise facial


(ANGLE, 1907)
O Conceito de Padrão

• Impossível atingir as características de apenas


um “modelo ideal” com todos os pacientes.

• O “ideal” não pode ser um ponto ou uma


forma definida, mas sim uma direção. Um
conjunto de características que cria o
equilíbrio.
PADRÃO FACIAL
Análise Facial
• Deve ser subjetiva. Isto é, não está presa à números, mas à um conjunto de
características presentes ou ausentes ao analisarmos a face em norma frontal
e lateral.
Padrão I
Padrão I
• A melhor definição para o Padrão I é a de um indivíduo normal com má-
oclusão.
Padrão I

• As pessoas que são classificadas como Padrão I têm um crescimento craniofacial


equilibrado verticalmente (nas posições frontal e lateral) e sagitalmente, ou seja, no
perfil. Nesse caso, existe uma harmonia entre a posição da maxila e da mandíbula.
• Perfil levemente convexo e selamento labial passivo (paciente não faz força para
fechar a boca).
• O indivíduo Padrão I pode apresentar-se como Braqui, Meso ou Dólicofacial,
segundo a Tipologia facial, desde que mantenha certo equilíbrio.
Padrão I
• AVALIAR:
• Projeção Zigomática
• Depressão Infraorbitária
• Sulco Nasogeniano
• Sulco Labiomentoniano
• Linha de implantação do Nariz
Padrão I
• Possui face equilibrada
Padrão II
Padrão II
• Indivíduos que possuem um perfil excessivamente convexo, com o lábio
superior projetado e o inferior evertido (virado para baixo). Esses pacientes
geralmente tem queixa de “dentes muito pra frente” e/ou “pouco queixo”.
Padrão II
• Duas variáveis podem determinar o Padrão:
• Prognatismo Maxilar
• Deficiência Mandibular (+ frequente)
• Podemos ainda, encontrar as duas variáveis em conjunto num mesmo indivíduo.
Padrão II por Prognatismo Maxilar
Padrão II por
Deficiência Mandibular
Padrão III
Padrão III
• Perfil Reto ou Côncavo
• Frequentemente apresentam-
se com mordida cruzada
anterior ou em topo.
Padrão III
• Duas variáveis podem determinar o Padrão:
• Prognatismo Mandibular
• Deficiência Maxilar (+ frequente)
• Podemos ainda, encontrar as duas variáveis em conjunto num mesmo indivíduo.
Padrão III
Padrão Face Longa
Padrão Face Longa
• Deformidade Esquelética com
prognóstico desfavorável
• Excesso Crescimento Vertical
• Mandíbula rotacionada sentido horário
• Nariz Longo e Terço inferior longos
• Zigomático plano
• Ausência selamento labial passivo

• “Dolicofacial desequilibrado”
Padrão Face Longa
• Queixa mais frequente: Excesso de exposição dos dentes superiores em
repouso, e o de gengiva quando sorrindo.
Padrão Face Longa
• Diferentemente dos Padrões II e
III, o padrão Face Longa tem
distúrbio de crescimento
esquelético no sentido vertical e
não antero-posterior.
Padrão Face Curta
Padrão Face Curta
• Deficiência Vertical do Terço Inferior
da Face
• Compressão Labial
• Mordida Profunda
• Ausência de exposição de dentes
Anteriores em repouso
• Pouca exposição no sorriso

• “Braquifacial desequilibrado”
Padrão Face Curta
• A deficiência vertical que torna o
selamento labial compressivo,
pode ser mascarada pela DVO
Padrão Face Curta
• Esses indivíduos possuem o problema
oposto dos pacientes Face Longa, e
portanto, apresentam-se com o terço
inferior da face diminuído e lábios
comprimidos.
Nós, os humanos, somos em termos de face o que temos que ser. O ambiente assim como nós, ortodontistas, pode ser
um fator positivo ou negativo. No entanto, a sua ação, assim como a nossa, é limitada por que é condicionada pelo padrão
genético de cada indivíduo. Identificar este padrão e respeitar as limitações que ele nos impõe é o passo primeiro, condição
“sine qua non”, para a prática da Ortodontia com base em evidências científicas.
Prof. Dr. Leopoldino Capelozza Filho

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