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RESPOSTA À ACUSAÇÃO - ERRO DE PROIBIÇÃO - DRIVE IN -

CASA DE PROSTITUIÇÃO

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA __ª VARA


CRIMINAL DA COMARCA DE _____ (UF).
processo-crime n.º _____
defesa preliminar redarguitiva à denúncia.

_____, brasileiro, solteiro, estudante, residente e domiciliado


nesta cidade de _____, pelo seu advogado e bastante
procurador infrafirmado, vem, com todo acatamento e
respeito, a presença de Vossa Excelência, nos autos do
processo crime em epígrafe, oferecer, no prazo legal, as
presentes alegações preliminares, rebelando-se quanto ao
delito reitor que lhe é estigmatizado pela peça ovo, porquanto
a premissa condutora da equação criminosa é falsa, em seu
núcleo sintagmático.

De conseguinte, a incriminação vergastada deverá ser rechaçada, em juízo de


revista, ex vi, do artigo 397, inciso I, do CPP - erro de proibição - cumprindo
resguardar-se ao réu o principado da inocência.
Normatizado no direito penal brasileiro pelo Art. 21 do CP, o erro de proibição é
erro do agente que acredita ser sua conduta admissível no direito, quando, na
verdade ela é proibida. Vejamos:
[...]O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena;[...]
Em que pese o brilho das razões elencadas pelo Doutor Promotor de Justiça
que subscreve a peça portal acusatória, tem-se, que a mesma não deverá
vingar em seu desiderato mor, qual seja, o de obter a condenação do
denunciado nas iras do artigo 229 do CP (Manter Casa de prostituição).
O acusado é legítimo proprietário de um “Drive-in”, local onde jovens podem
consumir lanches e sucos na privacidade de seus automóveis, o acusado não
sabia que o local estava sendo utilizado para encontros para fins de
prostituição, entrementes no dia __/__/__, fiscalização do estabelecimento pela
Polícia detectou a atividade ilícita e o envolvimento de menores.
O acusado trabalho no ramo desde __/__/__, possuindo licença de
funcionamento fornecida pela Prefeitura local e placa proibindo a entrada de
menores na porta do estabelecimento.
Desde já junta-se julgado pertinente ao caso em tela:
"PENAL - CASA DE PROSTITUIÇÃO - PROVA - ELEMENTO
SUBJETIVO - ADEQUAÇÃO SOCIAL - ABSOLVIÇÃO -
MANUTENÇÃO. Para a caracterização do crime previsto no artigo 229
do Código Penal, é indispensável que o (s) agente (s) possua (m)
estabelecimento destinado exclusivamente à prática de prostituição com
o propósito ainda de obtenção de lucro derivado da exploração da
prostituição de outrem. A evolução dos costumes, em especial os
relativos à liberdade sexual exige interpretação atual acerca do
elemento subjetivo do tipo penal em testilha, não sendo mais razoável a
punição da conduta de simplesmente manter locais que se prestem a
encontros desta natureza, em face da própria adequação social de
estabelecimentos destinados a tal finalidade, devidamente tolerados
pelo poder público. A prova precária quanto à natureza do
estabelecimento à luz da atual análise que possa conduzir à
incriminação da conduta, implica a adoção do princípio do " in dubio pro
reo", oportunamente considerado na sentença recorrida. Recurso a que
se nega provimento."
(TJMG - Número do processo: 1.0000.00.280718-8/000(1). Numeração
Única: 2807188-43.2000.8.13.0000 Relator: TIBAGY SALLES Data do
Julgamento: 17/09/2002 Data da Publicação: 20/09/2002)
Sem embargo, à luz do permissivo ordinário, ex vi, do artigo 396-A do CPP,
arrola testemunha para ser inquirida, bem como deduz diligências, sob a clave
da imprescindibilidade.
TESTEMUNHAS: MEDIANTE PRÉVIA INTIMAÇÃO PELO MEIRINHO:
1.) _____, brasileiro, solteiro, montador, residente e domiciliado na Rua _____
n. ___, Bairro ___, nesta cidade de _____.
PEDIDO DE DILIGÊNCIAS:
I.- Sejam requisitados antecedentes das vítimas, junto ao banco de dados da
Vara da Infância e Juventude da Comarca de _____.
a-) ___, brasileira, solteira, estudante, filha de ___ e de ___, nascida em
__/__/__.
b) ____, brasileiro, solteiro, estudante, filho de __ e de ___, nascido em
__/__/__.
c) _____, brasileiro, solteiro, estudante, filho de ___, nascido em __/__/__.
II.- Seja requisitada a certidão de nascimento do réu: ____, nascido em
__/__/__, filho de ___ e de ___, aos Ofícios de Pessoas Naturais desta
Comarca de _____.
O conjunto fático probatório hospedado pela demanda, outorgará um único
veredicto possível a absolvição do denunciado.
III.-A improcedência da peça portal, com a subsequente absolvição do réu, por
critério de Justiça.
Nesses Termos
Pede Deferimento
_________, ____ de _________ de _____.
OAB/UF

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