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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ

5ª CÂMARA CÍVEL - PROJUDI


RUA MAUÁ, 920 - ALTO DA GLORIA - Curitiba/PR - CEP:
80.030-901 - E-mail: 5CC@tjpr.jus.br

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0075303-33.2022.8.16.0000, DA 3ª


VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE CURITIBA

HOSPITAL PARANAENSE DE
Agravante: :
OTORRINOLARINGOLOGIA LTDA

Agravado : ESTADO DO PARANÁ

Relator : Des. LEONEL CUNHA

EMENTA

1) DIREITO ADMINISTRATIVO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO C/C PEDIDO DE REVISÃO DE
CLÁUSULA PENAL. CELEBRAÇÃO DE TERMO DE AJUSTAMENTO DE
CONDUTA ENTRE O HOSPITAL IPO E O CORPO DE BOMBEIROS
PARA ADEQUAÇÃO ÀS NORMAS. DESCUMPRIMENTOS DOS TACs.
ALEGAÇÃO DE PREJUÍZOS ADVINDOS DA PANDEMIA. SUSPENSÃO
CONDICIONAL DA MULTA.

a) Trata-se Agravo de Instrumento interposto pela Autora, visando à


suspensão da exigibilidade da multa, diante de descumprimento do TAC.
b) O Hospital informou que pretende cumprir o disposto no Termo de
Ajustamento de Conduta, requerendo apenas dilação de prazo, em face
das dificuldades advindas da pandemia e diminuição de cirurgias e
recursos.

c) É caso de se reconhecer que os prejuízos advindos da pandemia


continuaram a representar relevantes impactos no ano de 2021 e não é
irreversível o deferimento do pedido de urgência, porque não haverá
prejuízo em revogação da suspensão do dever de pagamento e a
posterior exigibilidade dos encargos devidos.

d) Além disso, intimado para demonstrar o início do cumprimento


das medidas, o Agravante juntou aos autos Contrato de Construção por
Administração e Empreitada com empresa de engenharia para realização
do Projeto de Prevenção de Incêndio no prazo de doze meses.

e) A ação judicial não impede que o Hospital e o Corpo de Bombeiros


realizem novo TAC, que leve em conta, justamente, a parte das
adequações já feitas, com novos prazos para conclusão, juntando-se o
acordo, nestes autos, com mera suspensão da ação principal.

2) AGRAVO DE INSTRUMENTO A QUE SE DÁ PROVIMENTO.

Vistos, RELATÓRIO

1) Em 05/10/2022, o HOSPITAL PARANAENSE DE


OTORRINOLARINGOLOGIA LTDA ajuizou AÇÃO DECLARATÓRIA DE
NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO C/C PEDIDO DE REVISÃO DE
CLÁUSULA PENAL em face do ESTADO DO PARANÁ (autos originários nº
0005791-48.2022.8.16.0004), afirmando que: a) em 04/01/2019, as
partes firmaram Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta –
TAC nº 27/18, comprometendo-se o Hospital a efetivar, no prazo de um
ano, obras para adequar as suas instalações às exigências do Corpo de
Bombeiros; b) por meio do Auto de Fiscalização nº 33674 lavrado em 18
/02/2021, verificou-se que algumas obras não foram executadas, o que
resultou em novo TAC nº 17.510.892-0 firmado em 19/08/2021, para
realização de obras especificadas no valor de R$ 1.234.790,86, no prazo
de um ano, sob pena de cláusula penal de 10% e restante da multa; c)
após fiscalização em 02/08/2022, “constatou-se que o Hospital não
efetivou os ajustes previstos no último TAC aprovado, razão pela qual o
Hospital foi notificado para efetuar o pagamento de multa, no montante
de R$ 123.479,09”; d) por isso, “iniciou o Hospital novas tratativas para
firmar novo TAC e ilidir o recolhimento de tal multa, visto que tão
somente não efetivou as reformas constantes no TAC, em razão das
severas dificuldades trazidas pela pandemia do COVID-19 e cujas
consequências perduram até a presente data”; e) “o objetivo primordial
da presente ação é que seja declarada inexigível a multa em questão e o
pedido sucessivo é o de redução da multa, para o patamar de 10% do seu
valor, permitindo ao Hospital que seja celebrado novo TAC, conforme
regramento do próprio Corpo de Bombeiros”, pontuando que o HOSPITAL
IPO é referência em atendimento, estrutura, ensino e pesquisa em
otorrinolaringologia, exercendo função social essencial quanto à saúde da
população; f) a sanção não pode levar o infrator a dificultar suas
atividades, havendo discricionariedade para aplicar multa em valor
inferior aos 10% estipulados, em respeito à razoabilidade e
proporcionalidade, sob pena de confisco; g) durante a pandemia, “o Autor
realizou por muito tempo somente as cirurgias que eram efetivamente
necessárias e que não podiam, em hipótese alguma, aguardar o fim da
disseminação da doença, sob pena de agravamento da condição de saúde
do paciente”, tendo realizado 3651 cirurgias no ano 2019 e apenas 1507
cirurgias em 2020, por isso não conseguiu adimplir o TAC; h) “a multa
aplicada não leva em conta a função social do Autor, que, desde a
decretação de calamidade pública e adoção de medidas de combate à
Covid-19, ficou em funcionamento, sem limitação de horário ou vedação
ao funcionamento todos os dias da semana e finais de semana, com todas
as cautelas necessárias para garantir a prestação de serviços de saúde
para todos os habitantes de nossa cidade. Frise-se, ainda, que tal ocorreu
visto que o Hospital foi importante agente no combate ao COVID-19,
prestando integralmente a sua verdadeira função social”; i) “a não
execução da obra não trouxe qualquer prejuízo para a sociedade ou para
os pacientes/médicos que frequentam o Hospital, tratando-se de
exigências regulamentares do Corpo de Bombeiros que serão
oportunamente atendidas”; j) sob pena de ser inscrito em dívida ativa e
executado judicialmente, o HOSPITAL necessita de tutela de urgência para
suspender a cobrança da multa. Ao fim, pede que seja declarada nula a
multa ou, ao menos, reduzida para 10% do seu valor atual.

2) O pedido liminar foi indeferido (mov. 14).

3) O HOSPITAL PARANAENSE DE OTORRINOLARINGOLOGIA


LTDA interpôs o presente Agravo de Instrumento, ressaltando os termos
apresentados e o pedido de urgência.

4) O recurso foi recebido com deferimento do pedido liminar,


para suspender a exigibilidade da multa, porém condicionada à
demonstração de início de cumprimento das medidas (mov. 9 destes
autos recursais).

5) O ESTADO DO PARANÁ apresentou contrarrazões,


demonstrando as irregularidades do local e a indispensabilidade das
medidas, que vêm sendo “proteladas de forma deliberada e intencional
pela parte agravante, que não envidou os esforços necessários para
adequações que são de grande relevância”. Acrescentou que: a) o
primeiro TAC foi firmado antes da pandemia e não foi cumprido, sendo
repactuado durante a pandemia, com ciência daquele contexto; b) “desde
04 de janeiro de 2019 até dia 02 de agosto de 2022 a parte autora
dispendeu apenas R$ 325.881,64 (trezentos e vinte e cinco mil oitocentos
e oitenta e um reais e sessenta e quatro centavos) para a conclusão dos
ajustes. Uma porcentagem de aproximadamente 21% do total em mais de
dois anos e meio. Valor irrisório comparado às adequações que se fazem
necessárias”; c) “as irregularidades a serem sanadas se protraíram no
tempo sem que o hospital – que é de todos conhecido como referência
médica e dotado de grande capacidade econômica – se esforçasse para
corrigir os problemas”; d) as normas são imperativas e o Hospital tem a
obrigação de estar em dia perante as normas preventivas de incêndio e
pânico do Corpo de Bombeiros, sob pena de risco aos pacientes; e) por
isso, a multa é indispensável, tendo inclusive sido imposta com a
concordância da empresa, que se comprometeu a cumprir as normas; f) a
Agravante assinou o documento no ápice da pandemia e tinha
consciência do ônus e bônus, além de que foi expedido alvará provisório
para funcionamento da empresa, que não dispendeu esforços para o
cumprimento.

6) O HOSPITAL PARANAENSE DE OTORRINOLARINGOLOGIA


LTDA se manifestou (mov. 16), esclarecendo que: a) possui contrato
vigente com a empresa Medieval Engenharia e Empreendimentos Ltda.
com o objetivo de efetivar as obras requeridas pelo Corpo de Bombeiros;
b) já foi cumprido: “instalação de portas corta fogo (5°/6°/7° andar e
edifício garagem); sistema de exaustão e ventilação dos subsolos:
Instalação da estrutura física (falta interligação); instalação com
guindastes e conclusão das passarelas que interligam os prédios I e II no
5° e 8° andar; desobstrução do andar -2 do prédio II, de modo a realocar a
central de germicidas e as 3 salas de reuniões que haviam no espaço;
instalação e conclusão de escada metálica externa, com dry wall
resistente a fogo, na lateral do prédio II; adequações no anfiteatro, devido
às rotas de fuga; instalação e conclusão de rampa no andar térreo,
entrada do prédio II”; c) já dispendeu aproximadamente R$ 2.000.000,00
(dois milhões de reais) em reformas visando as adequações exigidas pelo
Corpo de Bombeiros; d) além, entrou em contato com o Corpo de
Bombeiros para a celebração de novo TAC, e foi informado que a questão
deve ser resolvida judicialmente, razão pela qual o órgão deve ser
intimado.
É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

O recurso é cabível, nos termos do art. 1.015, I, do CPC.

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo Autor


HOSPITAL IPO em face da decisão que indeferiu o pedido de urgência.

No caso, reputo como relevantes as alegações do HOSPITAL.

Em primeiro lugar, verifica-se que o Autor não visa discutir


eventual descumprimento das obrigações, o que significa que a demanda
não pretende prologar a discussão quanto ao dever – ou não – em atender
a demanda do ESTADO DO PARANÁ.

Por isso, o Agravante assume que pretende cumprir o disposto


no Termo de Ajustamento de Conduta, requerendo apenas maior prazo,
em face das dificuldades advindas da pandemia.

É bem verdade que o TAC já foi reajustado em razão de um


primeiro descumprimento. Entretanto, é caso de se reconhecer, também,
que os prejuízos advindos da pandemia continuaram a representar
relevantes impactos mesmo no ano de 2021.

Por isso, não se verifica ser irreversível o deferimento do pedido


de urgência. Isso porque, caso se entenda como razoável o valor da
multa, não haverá prejuízo em revogação da suspensão do dever de
pagamento e a posterior exigibilidade dos encargos devidos.
Por outro lado, se indeferida, a medida pode prejudicar ainda
mais o funcionamento do HOSPITAL, que comprovadamente já foi afetado
pela diminuição de cirurgias durante a pandemia do COVID e poderá ser
inscrito em Dívida Ativa.

Sobre o tema:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. MULTA


APLICADA PELO DESCUMPRIMENTO DO TERMO DE AJUSTAMENTO DE
CONDUTA - TAC - FIRMADO ENTRE MUNICÍPIO E MINISTÉRIO PÚBLICO (R$
1.000,00 DIÁRIOS - MONTANTE EXECUTADO R$ 2.748.429,96).
DESTINAÇÃO DE LIXO DOMÉSTICO. CRIAÇÃO DE USINA DE RECICLAGEM E
COMPOSTAGEM. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA, PORÉM, INÍCIO DA
APLICAÇÃO DA MULTA QUE DEVE OCORRER DA PROPOSITURA DA
EXECUÇÃO, QUASE SETE ANOS DO DESCUMPRIMENTO DO PAC
PARA O AJUIZAMENTO. VALOR ELEVADO DA EXECUÇÃO QUE
DECORREU, EM PARTE, DO AJUIZAMENTO TARDIO. REDUÇÃO
NECESSÁRIA. PEDIDO IMPLÍCITO (INFORMATIVO Nº 634/STJ). REDUÇÃO
DA MULTA. POSSIBILIDADE. EVIDENTE EXCESSO. CUMPRIMENTO
PARCIAL DO TAC (APROXIMADAMENTE 75% DAS OBRIGAÇÕES).
PROPORCIONALIDADE DECORRENTE DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.
PRECEDENTES DO STJ.1. O TAC foi celebrado em 20 de abril de 2011, com
prazo final para a execução das obrigações fixado para 30/09/2011,
enquanto que a Execução somente foi aforada em 03/02/2018, ou seja,
quase sete anos após o termo final para seu cumprimento. Portanto, o
valor elevado da penalidade decorreu, em parte, do ajuizamento tardio da
execução. 2. Como a multa executada possui nítido caráter financeiro,
diante da perda do intuito protetivo, faz-se justa (e necessária) sua
redução, bem como sua incidência a contar do ajuizamento da execução,
nos termos do art. 413, do Código Civil, e art. 537, §1º, inc. I e II, do
Código de Processo Civil.3. Mesmo não constando pedido expresso para
redução da multa imposta, trata-se de evidente pedido implícito,
conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça: “(...) A doutrina e
a jurisprudência deste Tribunal admitem a existência de pedido implícito.
Destarte, na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que
formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão da
obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial
de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso (art.
491 do CPC/2015). Em suma, o pedido implícito compõe o mérito da
questão controvertida, razão pela qual cabe à decisão defini-lo,
independentemente de constar expressamente da postulação (...).” (STJ –
Informativo nº 634 - ExeMS 18.782-DF, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, por unanimidade, julgado em 12/09/2018, DJe 03/10/2018)4. Da
vistoria do Instituto Ambiental do Paraná – AIP, pode-se extrair que
aproximadamente 75% das obrigações assumidas no TAC foram
cumpridas pelo Município, logo, faz-se justa a redução da multa
diária para 25% do valor previsto. Isto em observância à
proporcionalidade e razoabilidade, como já decidiu este E.
Tribunal de Justiça: “(...) Conforme a interpretação dada pelo STJ
ao art. 645 do CPC/73 (mantida com a vigência do CPC/2015), no
qual se enquadra como título extrajudicial o Termo de
Ajustamento de Conduta - TAC, o juiz não pode aumentar a multa
estipulada expressamente no título extrajudicial (TAC), mas pode
reduzi-la caso a considere excessiva. b) Este é o caso dos autos, em
que a multa prevista no TAC alcançou patamar não razoável, dissonante
da proporcionalidade exigida dos atos constritivos de patrimônio, tal qual
contida na dimensão subjetiva do devido processo legal (...).”(TJPR - 5ª C.
Cível - 0002031-19.2015.8.16.0172 - Ubiratã - Rel.: Desembargador
Leonel Cunha - J. 30.07.2019) RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO” (TJPR -
5ª Câmara Cível - 0035986-33.2019.8.16.0000 - Umuarama - Rel.:
DESEMBARGADOR NILSON MIZUTA - J. 15.10.2019).

“1) DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


AÇÃO ANULATÓRIA DE MULTA ADMINISTRATIVA. PRELIMINAR DE
INCOMPETÊNCIA REJEITADA. TAC CUMPRIDO NA SUA MAIOR PARTE.
APARENTE AUSÊNCIA DE PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE
NA MULTA IMPOSTA. ATENUANTES DESCONSIDERADAS. SUSPENSÃO
DA EXIGIBILIDADE DA MULTA ATÉ O JULGAMENTO DA DEMANDA. a) Após
vistoria realizada pela Vigilância Sanitária do Município, as partes
celebraram Termo de Ajustamento de Conduta, em que a empresa
reconheceu as irregularidades apontadas e se comprometeu a saná-las
em 120 dias. b) Em nova vistoria, a Vigilância Sanitária constatou o
descumprimento de 05 das 33 irregularidades apontadas e aplicou multa
no importe máximo. c) Apesar de considerar na dosimetria da pena a
circunstância agravante de “ter a infração consequências danosas a
saúde pública”, prevista no art. 50, IV, da Lei Estadual nº 13.331/2001, o
Órgão deixou de apontar qual teria sido o dano concreto à saúde pública
ocorrido pela infração praticada. d) Além disso, o Órgão deixou de
considerar na dosimetria da pena a circunstância atenuante de “procurar
o infrator, espontaneamente, reparar ou minorar as consequências do ato
lesivo à saúde pública, que lhe foi imputado”, sendo que a Empresa
deixou de regularizar apenas 05 dos 33 pontos irregulares inicialmente
indicados. e) Portanto, não se mostra adequada e proporcional, a
princípio, a multa aplicada no importe máximo, desconsiderando
atenuantes, razão pela qual deve ser suspensa. 2) AGRAVO DE
INSTRUMENTO A QUE SE DÁ PROVIMENTO”(TJPR - 5ª Câmara Cível -
0031469-14.2021.8.16.0000 - Ibiporã - Rel.: DESEMBARGADOR LEONEL
CUNHA - J. 21.02.2022).

De acordo com os precedentes, admite-se, também, a redução


do valor da multa em nome da razoabilidade e desproporcionalidade.

Intimado para demonstrar o início do cumprimento das


medidas, o Agravante juntou aos autos Contrato de Construção por
Administração e Empreitada com empresa de engenharia em 08/01/2019,
para realização do Projeto de Prevenção de Incêndio, no valor de R$
2.340.158,75, no prazo de execução de 12 meses.

Verifica-se, portanto, que restou demonstrada a movimentação


da empresa para realizar as adequações pretendidas.
Tratando-se de situação modificável e ajustável, nada impede
que o Corpo de Bombeiros e o Hospital realizem novo Termo de
Ajustamento de Conduta, com novas orientações, recomendações e
prazos. É assim até recomendável que as partes procedam, na medida
em que o Corpo de Bombeiros deverá, sim, fiscalizar o estágio, acerto e
adequação do que já lá foi feito pela empresa contratada, devendo,
oportunamente, fixar prazos razoáveis para a conclusão das obras, tudo
na forma da lei e da melhor técnica.

Fica certo, entretanto, que se confirmada a final má vontade do


Hospital, será devidamente penalizado.

ANTE O EXPOSTO, voto por que seja dado provimento ao


recurso, para suspender a exigibilidade da multa em debate até o
julgamento da Ação Originária.

DECISÃO

ACORDAM os Integrantes da Quinta Câmara Cível deste


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ, por unanimidade de
votos, em dar provimento ao recurso.

O julgamento foi presidido pelo Desembargador CARLOS


MANSUR ARIDA, sem voto, e dele participaram Desembargador LEONEL
CUNHA (Relator), Desembargador Substituto MARCELO WALLBACH SILVA
e Desembargador RENATO BRAGA BETTEGA.

CURITIBA, 28 de abril de 2023.


Desembargador LEONEL CUNHA

Relator

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