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V. 20, N.

1 / 2022

Submitted in: 14/10/2021


Published in: 07/08/2022

Educational Innovations

Sala de aula invertida como ferramenta complementar para o processo de


ensino-aprendizagem do ciclo de Krebs e cadeia respiratória

Flipped classroom as a complementary tool for the teaching-learning process of the Krebs cycle and
respiratory chain

Jéssica Oliveira de Souza Nascimento1, Carolina Souza Santana1, Felipe de Oliveira Andrade1, Jéssica Santos de
Oliveira1, Rebeca Gabrielle Almeida Maciel1, Fernanda Khouri Barreto1,*
1
Instituto Multidisciplinar em Saúde, Universidade Federal da Bahia, Vitória da Conquista, Brasil
*e-mail: fernanda.khouri@hotmail.com

Resumo
Historicamente os métodos tradicionais de ensino se consolidaram tendo o professor como a figura central do
conhecimento. No entanto, pesquisas mostram que para que o aprendizado seja bem-sucedido é necessário mais
do que apenas ouvir. Nesse sentido, a sala de aula invertida é um tipo de metodologia ativa que torna o aluno
protagonista do seu aprendizado. Diante disso, esse trabalho visa demonstrar a aplicação da sala de aula invertida
como uma metodologia adequada para o melhor entendimento da bioquímica, demonstrando os benefícios de sua
utilização dentro do campo das áreas biomédicas. Essa metodologia foi aplicada em uma turma do curso de
medicina da Universidade Federal da Bahia, para abordagem do tema “Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória”. A
turma foi dividida em grupos para apresentação de instrumentos lúdicos sobre a temática, com preenchimento de
questionário individual ao final do encontro. Foi possível observar que essa estratégia de abordagem proporcionou
um maior aprendizado, já que 59,5% dos alunos classificou a metodologia como excelente e 56,8% declarou nota
máxima na autoavaliação sobre a participação no desenvolvimento do trabalho. Além disso, foi constatado que
essa metodologia consegue estimular no estudante o senso crítico, solução de conflitos, interação com os colegas
e participação ativa do indivíduo na busca por conhecimento; características importantes para o estudante durante
a formação médica.

Palavras-chave: Ciclo de Krebs; sala de aula invertida; metodologia ativa.

Abstract
Over time, traditional teaching methods were consolidated with the professor as the central figure of knowledge.
However, research shows that successful learning requires more than just listening. In this sense, the flipped
classroom is a type of active methodology that makes the student the protagonist of his learning. Therefore, this
work aims to demonstrate the application of the inverted classroom as an adequate methodology for a better
understanding of biochemistry, demonstrating the benefits of its use within the field of biomedical areas. This
methodology was applied in a medical course class at the Federal University of Bahia, to approach the theme
“Krebs Cycle and Respiratory Chain”. The class was divided into groups for the presentation of the ludic
instruments and then a questionnaire was applied individually at the end of the meeting. It could be observed that
this approach strategy provided greater learning, as 59.5% of the students classified the active methodology as
excellent and 56.8% declared the maximum grade in their own participation in the work. In addition, it was found
that this methodology can stimulate critical thinking, conflict resolution, interaction with colleagues and active
participation of the individual in the search for knowledge, which are important characteristics for the student during
medical training.

Keywords: Krebs Cycle; Flipped classroom; active methodology.


Inovações educacionais: Sala de aula invertida como ferramenta complementar para o processo de ensino-
aprendizagem do Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória

Ficha da atividade desenvolvida

Título Sala de aula invertida como ferramenta complementar para o processo de


ensino-aprendizagem do Ciclo de Krebs.
Público-alvo Professores da educação básica e superior, bem como alunos de cursos de
licenciatura, especialmente da área de ciências (biológicas, químicas).
Disciplinas No ensino superior: Bioquímica, Biologia celular. No ensino médio:
relacionadas Biologia e Química.
Objetivos Mostrar o potencial da “sala-de-aula-invertida” enquanto metodologia ativa de
educacionais aprendizagem.
Justificativa O assunto “Ciclo de Krebs” é considerado muito complexo e de difícil
do uso compreensão tanto por alunos do ensino superior quanto por alunos do ensino
médio. Portanto, sua abordagem por meio de metodologias com maior
envolvimento do estudante, como a sala de aula invertida, torna mais fácil a
compreensão do conteúdo.
Conteúdos Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória, com discussão de seu conteúdo de forma
trabalhados aplicada através dos temas: beribéri, neuropatia óptica hereditária de Leber
(LHON), antimicina A e cianeto.
Duração Duas semanas, sendo: 1) aula dialogada sobre o Ciclo de Krebs e a Cadeira
estimada Respiratória, aprendizagem ativa individual e elaboração de material lúdico; 2)
apresentação das equipes e discussão acerca do material elaborado.
Materiais Textos, vídeos, slides.
utilizados

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1 Introdução

Durante vários séculos o método tradicional de ensino consolidou-se baseado na


percepção do professor como a figura central do conhecimento, onde o aluno participava
apenas como ouvinte durante as aulas expositivas. Contudo, pesquisas apontam que
para a aprendizagem ser bem-sucedida é necessário muito mais do que apenas ouvir.
Com o passar dos anos e inseridos num contexto histórico de reconhecimento social, os
estudantes passaram a ser vistos como indivíduos ativos para aquisição e produção do
conhecimento e nesse contexto, a partir de 1980, a metodologia ativa (M.A.), passou a ser
utilizada como estratégia didática. Entende-se por metodologia ativa “o processo de
aprendizagem em que os alunos estão engajados em atividades que os façam refletir
(p. 60)
sobre as ideias propostas e sobre como elas estão sendo utilizadas” .
De fato, observa-se que a aprendizagem significativa se dá por diferentes formas.
Nesse sentido, a teoria de William Glasser, também conhecida como pirâmide de
aprendizagem, grada o ensino-aprendizagem em ler, escutar, ver, ver e ouvir, discutir,
fazer e ensinar . Essa teoria propõe que a maior retenção do conhecimento por parte do
aluno se dá quando há ensino envolvido, mas o fazer e discutir, através das metodologias
ativas, auxilia esse processo, promovendo uma alta assimilação pelos indivíduos .
As metodologias ativas têm o potencial de fortalecer a autonomia, despertar a
curiosidade e desenvolver o processo de aprendizado, aliando as experiências reais ou
simuladas ao processo de teorização. A implementação dessas metodologias fortalece a
percepção do aluno ser o protagonista no seu processo de aprendizagem e atribui aos
professores o papel de mediadores/facilitadores desse processo . Por outro lado, algumas
dificuldades na sua aplicação, como o desconhecimento e/ou falta de qualificação dos
profissionais sobre essas metodologias, além da resistência dos discentes na sua
aplicação acabam por tornar mais difícil a sua adesão nos centros de ensino .
Existem diversas possibilidades de metodologias ativas, como o estudo de caso,
onde o aluno é levado à análise de problemas e tomada de decisões, a aprendizagem por
meio de jogos (game-based learning – GBL), a aprendizagem em equipe (team-based
learning – TBL), a aprendizagem baseada em projetos (project-based learning – PBL), a
sala de aula invertida (flipped classroom), entre outros. Essas abordagens são escolhidas
de acordo com a adequação dos conteúdos previstos para o nível de conhecimento e de
interesse apresentados pelos estudantes.
Dentre as metodologias ativas existentes, a sala de aula invertida é um modelo
pedagógico interessante, que foi viabilizado pelo avanço nas tecnologias educacionais e

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possibilitam descentralizar o papel do professor em sala de aula, promovendo uma


comunicação bilateral. Na sua abordagem, o aluno estuda antes da aula e ela se torna um
lugar de aprendizagem ativa, onde há perguntas, discussões e atividades práticas. Dessa
forma, o professor consegue trabalhar as dificuldades específicas dos estudantes, em vez
de somente fazer apresentações sobre o conteúdo. Uma característica importante é que
cada indivíduo é responsável por vir para a aula com um conhecimento básico do
material, para que ele ou ela possam participar plenamente e se envolver nas discussões
em classe. A aquisição de conteúdo é então individualizada e autoguiada, permitindo que
eles controlem quando e quanto de conteúdo visualizam. Essa abordagem parece
contribuir substancialmente para a promoção da autonomia, além de facilitar a
aprendizagem significativa, uma vez que o professor desempenha o papel de orientador
do processo.
De acordo com um estudo realizado na Carolina do Norte, 93,1% dos alunos
participantes concordaram ou concordaram fortemente que os métodos de ensino e
aprendizagem na sala de aula invertida promovem a compreensão e aplicação de
conceitos-chave. Nesse estudo, 91% dos alunos concordaram ou concordaram
veementemente que o formato geral da sala de aula invertida melhorou muito o seu
aprendizado. Portanto, a sala de aula invertida garante aos estudantes a oportunidade de
obter diversos contatos com o conteúdo, promovendo sua assimilação e possibilitando a
argumentação e relação dos assuntos com experiências prévias. Assim sendo, as
metodologias ativas são consideradas um método útil no ensino de disciplinas de difícil
compreensão.
Na área da saúde, a bioquímica se destaca como uma das matérias de maior
complexidade e dificuldade. Isso porque essa disciplina aborda a compreensão do
funcionamento do corpo humano a partir de estudos de macro e micromoléculas, e das
reações químicas que ocorrem nele. A bioquímica é ministrada cotidianamente em
diversos cursos da área da saúde e serve como base para o aprendizado de outras
matérias mais específicas, como farmacologia e microbiologia. Nos últimos anos,
observou-se uma dificuldade dos alunos ingressantes no ensino superior em saúde no
entendimento da bioquímica, sendo essa complexidade associada a diversas causas .
Dentre elas, é possível destacar a deficiência da bagagem teórica trazida do ensino
fundamental e médio, no que diz respeito principalmente às disciplinas de matemática e
química.
Pelo método tradicional de ensino, as aulas são centradas no professor através de
aulas expositivas, fazendo do aluno um elemento passivo . Todavia, ainda que a disciplina

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de bioquímica seja organizada de forma coerente, diversos estudantes apresentam


dificuldades em visualizar e assimilar os conhecimentos adquiridos. Por mais que com o
decorrer dos anos a tecnologia avançou progressivamente e permitiu que os discentes
observassem as reações com mais clareza, através de filmes e animações por exemplo,
há um desinteresse em relação às aulas, advindo do reconhecimento tardio da
importância das matérias básicas para a formação profissional.
Um estudo realizado em uma Instituição Federal do Nordeste demonstrou que a
sala de aula invertida pode melhorar o aprendizado em bioquímica. Da mesma forma,
outro estudo realizado em Juiz de Fora – Minas Gerais, apontou os benefícios no
aprendizado ao utilizar a sala de aula invertida no ensino da bioquímica uma vez que “por
meio da observação do envolvimento do aluno com a proposta da aula, foi verificado que
os mesmos apresentaram ganhos significativos na compreensão de conceitos teóricos,
técnicos e práticos” (p. 183).
Portanto, a associação de metodologias ativas no ensino da bioquímica torna-se
uma alternativa para garantir a maior compreensão e facilitar o aprendizado por parte dos
discentes. O uso de métodos de participação ativa encoraja o indivíduo a verificar suas
limitações e garante que a pesquisa seja centrada nos assuntos de maior dificuldade. Isso
faz com que a aprendizagem da bioquímica esteja conectada com os conhecimentos
prévios, utilizando de situações reais e autênticas para melhorar a absorção dos
assuntos. Além disso, o uso de metodologias ativas auxilia o desenvolvimento de
competências cognitivas, interpessoais e intrapessoais.
Diante do exposto, é importante avaliar a inserção de metodologias ativas no
ensino da bioquímica para entender o seu funcionamento e perceber o real impacto de
sua utilização na aprendizagem dos discentes. Portanto, este artigo visa demonstrar a
aplicação da sala de aula invertida em um componente curricular do curso de medicina da
Universidade Federal da Bahia, demonstrando os benefícios de sua utilização dentro do
campo das áreas biomédicas.

2 Metodologia

A proposta de sala de aula invertida foi realizada por estudantes matriculados no


componente “IMSD65 GEAC – Agravos prevalentes na clínica da criança e do
adolescente”, como parte avaliativa da disciplina. Esse componente foi ofertado no
primeiro semestre de 2021, de forma remota, para 40 estudantes do curso de medicina,
pelo Colegiado de Medicina da Universidade Federal da Bahia – Instituto Multidisciplinar

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em Saúde (UFBA – IMS). Os estudantes matriculados neste componente foram divididos


em dois grupos (grupo A e grupo B), com 20 alunos em cada. Esses grupos funcionaram
como réplicas e foram formados no intuito de garantir que a metodologia fosse aplicada
em equipes compostas por poucos alunos.
A estratégia didática realizada teve duração de 3 semanas e ocorreu em duas
etapas: (i) aula expositiva dialogada, seguida de aprendizagem ativa individual e
elaboração de instrumento lúdico, em equipes; (ii) apresentação dos instrumentos
elaborados na primeira etapa e discussão dos temas. Em seguida, os alunos
responderam um questionário contendo questões referentes à percepção dos estudantes
sobre a técnica metodológica utilizada. Esse questionário foi respondido individualmente e
de forma anônima e as respostas foram utilizadas neste estudo para avaliação da
metodologia realizada.
A abordagem do tema “Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa” iniciou-se através
de aula expositiva dialogada, com duração de 2 horas. Em seguida, os grupos A e B
foram organizados em 4 equipes, com 5 estudantes cada. As equipes sortearam os temas
e os alunos realizaram o estudo prévio individual acerca da sua temática: Beribéri,
Neuropatia Óptica Hereditária de Leber (LHON), Intoxicação por Cianeto e o uso da
Antimicina A. Posteriormente, as equipes se reuniram para trabalhar e confeccionar os
instrumentos lúdicos (Figura 1).

Figura 1. Divisão da turma.

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Para a preparação dos instrumentos, os discentes se organizaram de forma


assíncrona e conforme disponibilidade dos grupos. Cada equipe ficou responsável por
elaborar um instrumento didático lúdico sobre seu tema. É importante salientar que a
divisão dos grupos foi realizada apenas para aplicação da metodologia, não tendo
nenhum objetivo de comparações entre eles.
Na terceira semana ocorreu a apresentação das equipes. Cada equipe teve 15
minutos para apresentar seu tema e 5 minutos para discussão entre os discentes. A
ordem de apresentação dos grupos foi definida por sorteio. Após a apresentação e
discussão dos grupos, houve o preenchimento individual e anônimo do questionário
online, elaborado no “google.docs”, no intuito de detectar a percepção dos discentes
sobre a metodologia utilizada. A avaliação da metodologia foi composta por 8 perguntas,
das quais 6 eram objetivas e 2 subjetivas (Apêndice A). Por fim, os resultados obtidos
foram tabulados em planilhas com o programa Microsoft Excel®️ e foi feita a análise dos
dados obtidos.

3 Resultados e discussões

O uso de metodologias ativas como ferramentas de ensino-aprendizagem busca


instigar o estudante a participar ativamente da construção do seu próprio conhecimento.
No contexto de formação em saúde, a metodologia ativa se configura como uma proposta
problematizadora, que colabora para o desenvolvimento da capacidade de analisar
criticamente uma situação, lidar com os desafios propostos e tentar ajudar a buscar
recursos para solucionar os problemas, ou ao menos minimizá-los.
Estas competências, quando estimuladas durante a graduação, possibilitam a
formação de um profissional ainda mais capacitado para exercer sua profissão e para
lidar com o mercado de trabalho. Além disso, a metodologia ativa como estratégia de
ensino permite uma aproximação do estudante à diferentes conhecimentos e culturas,
aliando teoria e prática. Sendo assim, essa estratégia fortalece a autonomia do discente
frente a construção do conhecimento, além de aprimorar a capacidade de trabalhar em
equipe.
Nesse contexto, a sala de aula invertida é um modelo pedagógico que fomenta no
aluno a busca ativa pela promoção do seu conhecimento, ao mesmo tempo em que
compartilha esses saberes adquiridos com os outros colegas.

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3.1 Aplicação da metodologia


A partir da proposta de sala de aula invertida para abordagem do tema “Ciclo de
Krebs e a Cadeia Respiratória”, foi possível abordar e consolidar os conteúdos e
direcionamentos propostos pelo professor. É importante destacar alguns pontos positivos
dessa estratégia: (a) otimização do tempo, (b) maior engajamento discente, (c)
personalização da aprendizagem, e (d) o aluno com o papel de protagonista.

(a) No modelo tradicional o professor gastava uma grande parcela de tempo


para explicar o conteúdo na sala de aula, por ser o detentor principal
daquele conhecimento. Com a sala de aula invertida, isso se torna mais
otimizado.
(b) Os alunos interagem entre si, e a partir de uma comunicação mais efetiva,
compartilham saberes. Logo, a participação discente é maior nesse sentido.
(c) É importante destacar que dentro dessa proposta de sala de aula invertida, o
aluno pode escolher quaisquer ferramentas de aprendizado para fomento e
consolidação do conhecimento.
(d) O aluno se torna um agente ativo na busca de seu aprendizado,
aprimorando seu engajamento nos conteúdos propostos.

3.2 Avaliação da metodologia


A avaliação da metodologia da sala de aula invertida foi aplicada através de um
questionário online em que todos os alunos presentes ao final da discussão responderam,
totalizando 37 respostas. Na primeira pergunta “Você estudou o tema sugerido para essa
atividade?”, foi possível perceber que todos os estudantes tiveram pelo menos um estudo
prévio acerca do tema, já que não houve respostas negativas à pergunta.
Das 37 respostas, 10,8% correspondem a alunos que estudaram parcialmente o
tema e 89,2% afirmaram o estudo prévio completo, o que demonstra um interesse
individual de aprendizado e a efetividade do estudo individual, requerido por essa
metodologia (Figura 2).

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Figura 2. Dados sobre a primeira pergunta do questionário.

A sala de aula invertida é um método que possibilita ao professor utilizar diversos


estilos de aprendizagem e desenvolver diferentes estratégias de ensino que possam
incentivar a resolução de problemas durante o tempo dedicado às aulas. Nesse contexto,
na segunda pergunta “A apresentação dos instrumentos elaborados foi importante para
consolidar o seu conhecimento acerca do ciclo de Krebs?”, 33 alunos afirmaram a
importância dos diversos instrumentos preparados e expostos pelos colegas em sala de
aula, e 4 alunos responderam que a importância deles foi parcial (Figura 3A). No que diz
respeito a tais métodos, a terceira pergunta “Qual dos instrumentos propostos foi
diferencial para o aprendizado do tema?”, 81,1% dos discentes responderam que todos
os instrumentos contribuíram para o seu aprendizado (Figura 3B). Entretanto, o slide
construído com cores dinâmicas em conjunto com um caso clínico utilizado pelo grupo
Beribéri e o questionário lúdico e contextualizado do grupo do Cianeto foram os
instrumentos de destaque na votação, empatados com 5,4% dos votos cada. Já os
grupos que abordaram Antimicina A e LHON ficaram com 2,7% dos votos cada, e houve 1
voto afirmando que nenhum dos instrumentos ajudou na consolidação do conhecimento.

Figura 3. (A) Dados sobre a segunda pergunta do questionário; (B) Dados sobre a terceira pergunta do
questionário.

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É importante destacar que a sala de aula invertida é um método que abrange a


necessidade de aprendizagem ativa em um ambiente de grupo, ao mesmo tempo em que
permite manter a estratégia do método tradicional de sala de aula para a introdução da
informação. O aprendizado ativo aumenta o envolvimento do aluno e pode levar a uma
melhor retenção do material. Ao analisar os dados, pode-se perceber a importância do
uso de instrumentos metodológicos dinâmicos para o processo de ensino-aprendizado, e
por isso, instrumentos virtuais, como os utilizados pelo grupo Beribéri e Cianeto tiveram
destaque quanto ao estímulo à aprendizagem.
Ao avaliar a estratégia metodológica de forma geral, na quarta pergunta “Em uma
escala de 1 (péssimo) a 5 (excelente), que nota você daria para a metodologia?”, 59,5%
dos alunos classificaram como excelente e 40,5% atribuíram o valor 4 (Figura 4). A partir
dessa pergunta foi possível perceber um feedback positivo acerca da atividade proposta,
refletindo-a como mecanismo de aprendizado bem-aceito pelos discentes envolvidos no
estudo. Seguindo o mesmo parâmetro de contabilização, ao serem questionados “que
nota você daria para a sua participação na atividade?”, 56,8% alunos declararam nota
máxima, 40,5% nota 4 e apenas 2,7% declararam nota 3 (Figura 4). Portanto, é possível
notar o envolvimento dos alunos no desenvolvimento do trabalho. Esse mesmo fato foi
observado em um trabalho realizado no Instituto Federal do Acre, no qual ao aplicar a sala
de aula invertida, 56% dos alunos participaram ativamente. Da mesma forma, em outro
trabalho realizado no curso de Pedagogia, a maioria dos alunos também participou
ativamente do processo.
Já em relação à participação dos colegas de equipe, 67,6% dos alunos definiram
como uma participação excelente, enquanto 21,6% atribuíram a nota 4 e 10,8% atribuíram
nota 3 (Figura 4). Logo, se percebe uma importante cooperação para o desenvolvimento
do trabalho, evidenciando que o trabalho em grupo pode ser um potencializador no
processo de educação.
Diante disso, é notório o compromisso dos alunos durante a realização do trabalho,
uma vez que o engajamento relatado pela turma demonstra o comprometimento deles ao
entender a sala de aula invertida como um propósito para seu aprendizado. Portanto,
esse método estimula a participação e o envolvimento dos alunos desde o início do
processo, facilitando a absorção do conhecimento.

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Figura 4. Avaliação dos alunos quanto a metodologia e participação.

Ao inverter a sala de aula, o estudante é incentivado a se preparar para a aula e


com isso o aluno consegue entender melhor o que precisa ser assimilado, captar as
dúvidas que podem ser esclarecidas em sala de aula e planejar como aproveitar o
momento síncrono, com os colegas e com o professor.
Com o objetivo de coletar impressões subjetivas acerca da metodologia, nas duas
últimas perguntas, o aluno possuía um espaço livre para escrita. No primeiro comando
“Sintetize em poucas palavras os diferenciais do método em relação ao método tradicional
de ensino”, houve 34 respostas. A maioria delas relatou como o estudo individual foi
importante para o aprendizado; o incentivo à autonomia; complementação de ideias entre
colegas e professor no momento síncrono da atividade; saída da zona de conforto;
assimilação do tema via produção de conteúdo e explicação dele; e a busca ativa pelo
conteúdo.
Como exemplo, há 3 respostas em destaque: (i) “Nessa atividade essas
metodologias se complementam e por isso o aprendizado ocorreu muito bem, inclusive
superou as expectativas”; (ii) “Essas metodologias auxiliam muito na consolidação do
conhecimento acerca do assunto, eu particularmente tenho bastante dificuldade em
bioquímica e essas metodologias facilitam muito.”; (iii) “É uma atividade que faz com que
a gente saia da zona de conforto, nos desafia a procurar outros meios de compreensão e
formas de como passar a informação de forma coesa e criativa para os nossos colegas.
Foi em geral muito enriquecedor”.

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Em consonância com resultados positivos advindos da aplicação de metodologias


ativas, percebe-se que seu uso contribuiu de maneira significativa para o desenvolvimento
de competências centrais na formação do aluno de medicina. Um estudo de meta-análise
demonstrou a ineficiência da forma passiva de transferência de conteúdo, por causar
piora no desenvolvimento e retenção de conhecimento do estudante. Ademais, outro
estudo feito nos campos e cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática, nos
Estados Unidos, apontou que lacunas de desempenho foram diminuídas nas classes
onde a aprendizagem ativa foi implementada. Isso é corroborado pelas respostas de
alguns alunos envolvidos nesse estudo, que declararam: (i) “eu acredito que o processo
de construção do próprio material (estudo ativo) é o principal diferencial da metodologia,
pois nos estimula a organizar nossos pensamentos e construir nossas próprias linhas de
raciocínio”; (ii) “o aluno ganha mais de autonomia ao estudar o tema por conta própria e
refina esse conhecimento com a ajuda do professor no dia”.
O segundo comando “Espaço para críticas e sugestões” foi incluído para avaliar os
aspectos positivos e negativos observados pelos discentes durante a aplicação da
metodologia. Houve 17 respostas que demonstraram, em sua maioria, a satisfação com a
atividade prática. Isso pode ser destacado por meio das respostas: (i) “foi excelente”; (ii)
“Poderia se repetir mais vezes”; (iii) “gostei bastante da metodologia”; (iv) “Se todos os
professores fossem assim… o curso de medicina seria mais prazeroso. Parabéns!”.
Entretanto, tiveram algumas críticas, principalmente em relação ao sorteio para a
apresentação do grupo “Acredito que o método me ajudou muito na compreensão do
tema. Porém a questão do sorteio dos alunos acaba gerando uma maior ansiedade e
tensão entre os alunos” e sobre o tempo disponível para apresentação “Talvez dedicar um
tempo maior para as apresentações”. Assim, pode-se perceber que a metodologia foi
bem-aceita pela maior parte dos discentes e apesar das limitações apontadas por eles, o
método conseguiu alcançar o objetivo esperado.
Um desafio no ensino da Bioquímica é o entendimento da aplicação dos seus
conceitos na prática médica e como essa disciplina pode ser utilizada na clínica. Logo, a
utilização do ensino tradicional associado à metodologia ativa é uma forma de favorecer a
assimilação dos conteúdos e desenvolver nos indivíduos a visão crítica. Como observado
nesse trabalho, os alunos deram um retorno positivo afirmando o benefício desse tipo de
atividade no curso de medicina, uma vez que estimula o pensamento crítico e realça a
importância do ciclo básico para a compreensão de doenças.

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3.3 Vantagens e limitações


As estratégias de aprendizagem ativa possibilitam aos alunos um maior
envolvimento no aprendizado, permitindo a parceria e autorreflexão com os colegas,
desenvolvendo a capacidade de resolução de problemas, facilitando o enfrentamento de
incertezas e ensinando a defrontar de forma eficiente as dúvidas. Essas habilidades são
consideradas essenciais no exercício da medicina. Isso pode ver visto nos comentários
dos alunos: (I) “os pontos positivos, a serem destacados: busca ativa e aprofundada sobre
o tema proposto, possibilidade de tirar dúvidas com o grupo durante a elaboração do
trabalho, aplicação do conteúdo ao contexto clínico”; (II) “a experiência foi bastante
positiva na minha formação, tanto sobre os temas que são problemas metabólicos não tão
divulgados e na metodologia de estudo”.
Por outro lado, existem também desvantagens na aplicação desse método.
Estudos apontam que o tempo disponibilizado para preparação do material pelos alunos,
a necessidade de cursos de capacitação para os professores, exigência de autodisciplina
discente, dependência da tecnologia e resistência à mudanças são apontados como
impedimentos para que a metodologia seja aplicada de maneira eficiente e didática. .
Nesse sentido, um dos discentes comentou que “não conseguiu aproveitar o
método de forma eficiente, pois essa metodologia demanda mais tempo de preparo e a
semana estava corrida”. Além disso, a pressão exercida sobre os alunos para que
participem das atividades pode ser um fator de estresse e ansiedade para os mesmos,
acarretando em menor aproveitamento das ações. Isso é apontado por uma resposta no
questionário no qual o aluno descreve que “a metodologia ativa causou ansiedade no
processo de aprendizado”.

4 Considerações finais

A estratégia de Sala de Aula Invertida é uma das formas de aplicação da


metodologia ativa, que visa promover no estudante o senso crítico, solução de conflitos,
interação com os colegas e participação ativa do indivíduo na busca por conhecimento.
Assim, novas tecnologias de ensino que proporcionem aos alunos uma busca ativa de
aprendizagem e diferentes maneiras de compreensão tornam-se fundamentais para uma
formação mais adequada para o mercado de trabalho.
Além disso, facilitam o aprendizado de disciplinas consideradas mais complexas,
como a bioquímica. Isso pode ser percebido na avaliação do método na qual as respostas
dadas pelos discentes apontaram que o engajamento dos alunos favoreceu a

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compreensão deles sobre os assuntos abordados. Portanto, oferecer aos estudantes de


medicina métodos que os incentivem e os preparem para o campo de trabalho é de
grande importância e avanço na educação.

Referências

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Apêndice A. Questionário aplicado após a atividade


1. Você estudou o tema sugerido para essa atividade?
( ) Sim
( ) Não
( ) Parcialmente
2. A apresentação dos instrumentos elaborados foi importante para consolidar o seu
conhecimento a cerca do Ciclo de Krebs?
( ) Sim
( ) Não
( ) Parcialmente
3. Qual dos instrumentos propostos foi diferencial para o aprendizado do tema?
( ) Todos
( ) LHON
( ) Antimicina A
( ) Cianeto
( ) Beribéri
( ) Nenhum
4. Em uma escala de 1 (péssimo) a 5 (excelente), que nota você daria para a
metodologia?
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
5. Em uma escala de 1 (péssimo) a 5 (excelente), que nota você daria para a sua
participação na atividade?
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
6. Em uma escala de 1 (péssimo) a 5 (excelente), que nota você daria para a
participação dos colegas de turma na atividade?
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
7. Sintetize em poucas palavras os diferenciais do método “sala de aula invertida” em
relação ao método tradicional de ensino

8. Espaço para críticas e sugestões:

DOI: https://doi.org/1016923/reb.v
ISSN: 2318-8790
128

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