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Nome: Giovanna Curado

R.A.: 22353020
Turma:
Texto: BONAVIDES, Paulo. “8 - Legalidade e legitimidade do poder político”, em Ciência
Política. 10ª edição. São Paulo: Malheiros, 2000

Em seu texto, Bonavides cita, primordialmente, os princípios da legalidade e da


legitimidade, o primeiro sendo o ato de uma autoridade seguir aquilo que está prescrito
na lei, agindo conforme a ordem jurídica vigente, ou seja, as instituições e autoridades
são livres para exercer seu poder, contudo, devem exercê-lo dentro dos parâmetros da
lei. Esse princípio está vinculado a um domínio exclusivamente formal, técnico e
jurídico. (BONAVIDES, 2000, pp. 1-2). De forma distinta, a legitimidade questiona
acerca da justificação e dos valores do poder legal, sendo a legalidade acrescida de sua
valoração. O caráter da legitimidade leva em conta as crenças e valores utilizadas
dentro do poder vigente e se eles são aceitos ou não pela sociedade governada.
Portanto, um governo legal é apenas legítimo se os governados o aceitam e aprovam.
(BONAVIDES, 2000, p. 2)

De forma contínua, o autor contextualiza a formação do princípio da legalidade, que


nasceu do anseio de estabelecer na sociedade humana regras permanentes e válidas
que protegessem os indivíduos de comportamentos imprevisíveis vindos por parte dos
governantes, visto que o objetivo era alcançar um estado geral de confiança e certeza
na ação dos titulares do poder, evitando, assim, os sentimentos de dúvida e incerteza
que advêm do poder absolutista. (BONAVIDES, 2000, pp. 2-3)

Além disso, Bonavides também fala sobre a crise da legalidade e da legitimidade do


poder, que, em ordem, se referem à imperfeição da lei, a qual é feita por pessoas que
pensam no benefício próprio e não no coletivo e ao ataque sofrido pela legitimidade
quando se trata de pensadores revolucionários que colocam a ideologia acima da lei.
(BONAVIDES, 2000, pp. 4-6)

Dentro da legitimidade, segundo o autor, há um ponto de partida filosófico, em que ela


repousa em um plano subjetivo, envolvendo crenças e aspectos individuais. Essa,
então, não responde aos fatos, que fazem parte do âmbito da legalidade, mas do lado
filosófico, há de refletir sobre a legitimidade do poder político e a sua finalidade
dentro da sociedade. (BONAVIDES, 2000, pp. 7-8) Dessa forma, além do ponto de
vista filosófico, também há o fundamento sociológico da legitimidade, o qual se
implica na teoria dominante do poder e nas três formas básicas de manifestação da
legitimidade: a carismática, a tradicional e a legal ou racional. (BONAVIDES, 2000,
pp. 7-9)

Para finalizar, o autor escreve sobre o aspecto jurídico da legitimidade e essa no


exercício do poder. Sobre o aspecto jurídico, é dito que na ordem constitucional
positiva, a legitimidade e a legalidade se confundem, visto que, ao instituir-se de
acordo com a constituição em vigor, o governo é legal e, consequentemente, legítimo.
Visto isso, existem, também, governos que não são legítimos e legais ao mesmo
tempo, isto é, pode haver um governo legal por obedecer às leis, porém ilegítimo por
não ter aprovação do povo, assim como um governo pode ser ilegal, por nascer de
situações revolucionárias ou conspiratórias, porém manter sua legitimidade, por ter
apoio dos governados. (BONAVIDES, 2000, pp. 10-14)

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