Você está na página 1de 69

01 MAR 2003 RCA

12-1
PARTE GERAL
LIVRO I
FINALIDADE, CONCEITUAÇÕES E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I
FINALIDADE

Art. 1o O presente Regulamento tem por finalidade


estabelecer normas e procedimentos para a administração das
organizações do Comando da Aeronáutica, disciplinar as
competências e definir as responsabilidades dos Agentes da
Administração ou Agentes Públicos e demais detentores de bens e
valores públicos a cargo da Administração Direta deste Comando.

§ 1o Prescrições particulares, relativas ao tratamento


pormenorizado de questões atinentes a recursos humanos, economia
e finanças, material e patrimônio, constituirão publicações
específicas, complementares a este Regulamento.

§ 2o Em caso de guerra ou de grave perturbação da


ordem, as atividades administrativas obedecerão a este
Regulamento, no que couber, e a outras publicações
especificamente elaboradas.

CAPÍTULO II
CONCEITUAÇÕES

Art. 2o Para efeito deste Regulamento, são adotadas as


seguintes conceituações:

I - ADMINISTRAÇÃO NO COMANDO DA AERONÁUTICA - é a


gerência orçamentária, financeira e patrimonial dos bens e
valores públicos a cargo de suas organizações, bem como a
gerência dos seus recursos humanos;

II - AGENTE AUXILIAR - é o Agente da Administração ou


Agente Público que participa da responsabilidade correspondente
às competências que lhe são cometidas;

III – AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO OU AGENTE PÚBLICO - é


toda pessoa que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função no Comando da Aeronáutica;

IV - AGENTE DE CONTROLE INTERNO - é o Agente da


Administração ou Agente Público incumbido da verificação da
legalidade, da legitimidade e da economicidade dos assuntos
técnico-administrativos e que assessora o Comandante, o Agente
Diretor e o Ordenador de Despesas no cumprimento da legislação e

9
01 MAR 2003 RCA
12-1
das normas que regem o serviço administrativo no âmbito da
Unidade Gestora;

V - AGENTE DIRETOR - é a autoridade que exerce a


direção das atividades administrativas da Unidade Gestora (UG);

VI - AGENTE EXECUTOR (OU GESTOR) – é o Agente da


Administração ou Agente Público que tem funções definidas em
leis, regulamentos ou outras disposições legais;

VII - AGENTE RESPONSÁVEL - é o Agente da Administração


ou Agente Público que utiliza, arrecada, guarda ou gerencia
bens, valores e recursos humanos, sob responsabilidade da
Organização, ou que, em nome desta, assuma obrigação de natureza
pecuniária;

VIII – ALIENAÇÃO - é toda a transferência de


propriedade, remunerada ou gratuita, sob a forma de venda,
permuta, doação, dação em pagamento, investidura, legitimação de
posse ou concessão de domínio;

IX - ATO ADMINISTRATIVO - é toda a manifestação


unilateral de vontade da Administração Pública, que, agindo
nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar, extinguir ou declarar direitos, impor
obrigações aos administrados ou a si própria, respeitados os
princípios legais. São requisitos do ato administrativo:
competência, finalidade, forma, motivo e objeto;

X – BEM PATRIMONIAL – é a coisa ou o conjunto de


coisas apreciáveis que constituem o patrimônio público e se
encontram sob a administração da Aeronáutica;

XI – BENFEITORIA - é tudo o que for incorporado ao


solo ou ao imóvel e que represente valor econômico;

XII – CARGO - é a posição, dentro da estrutura de uma


organização, definida por lei, regulamento ou regimento, ocupada
por Agente da Administração ou Agente Público, ao qual
correspondem competências específicas;

XIII – CESSÃO – modalidade de movimentação de bens


patrimoniais, com transferência gratuita de posse e troca de
responsabilidade, entre órgãos ou entidades da Administração
Pública Federal direta, autárquica e fundacional do Poder
Executivo, ou entre estes e outros integrantes de quaisquer dos
demais Poderes da União;

XIV - CESSÃO DE USO - é a transferência gratuita da


posse de um bem imóvel público de uma entidade ou órgão da
Administração Pública para outro, ou onerosa, em se tratando de
terceiros, a fim de que o cessionário o utilize nas condições
estabelecidas no respectivo termo ou contrato, por tempo certo
ou indeterminado;

XV – COMANDANTE – designação genérica, equivalente a


Chefe, Diretor ou outra denominação, dada a militar que,
investido de autoridade legal, for responsável pela
10
01 MAR 2003 RCA
12-1
administração, emprego, instrução e disciplina de uma
Organização Militar (OM). É a autoridade máxima da Organização,
a quem compete corresponder-se, diretamente, com autoridades
militares e civis sobre assuntos de sua alçada, observando-se o
seguinte:

a) se estiver no exercício da direção integral das


atividades administrativas da UG, a autoridade referida neste
inciso denomina-se, também, Agente Diretor; e

b) esta autoridade se intitulará, também, Ordenador de


Despesas, quando na função de direção das atividades de
administração orçamentária, financeira e patrimonial na UG.

XVI – COMISSÃO - é a atribuição temporária e


específica de serviço a Agente da Administração ou Agente
Público, não catalogada na estrutura da Organização;

XVII - CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO – é o contrato


pelo qual a Administração transfere o uso remunerado ou gratuito
de terreno público a particular, como direito real resolúvel,
para que dele se utilize em fins específicos, ressalvados os
interesses do órgão ou entidade concedente;

XVIII – CONCESSÃO DE USO - é o contrato


administrativo, remunerado ou gratuito, pelo qual o Poder
Público atribui a utilização exclusiva de um bem de seu domínio
a particular, para que o explore segundo sua destinação
específica;

XIX - CONTRATO ADMINISTRATIVO - é o ajuste que a


Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com
particular ou com outra entidade administrativa para a
consecução de objetivos de interesse público, nas condições
estabelecidas pela própria Administração, segundo o regime
jurídico de direito público;

XX - CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO – são todos os


contratos celebrados pela Administração Pública, seja sob o
regime de direito público, seja sob o regime de direito privado;

XXI – CONVÊNIO - é o acordo firmado por entidades


públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações
particulares, para realização de objetivos de interesse comum
dos partícipes;

XXII – DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA – é o ato


administrativo pelo qual uma autoridade transfere à outra
competências originárias, para assegurar maior rapidez e
objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos,
pessoas ou problemas a atender. A delegação de competência não
contempla a prática de atos normativos;

11
01 MAR 2003 RCA
12-1
XXIII - EMPENHO DE DESPESA - é o ato emanado de
autoridade competente que cria para a União a obrigação de
pagamento, pendente ou não de implemento de condição;

XXIV – ENCARGO – é a obrigação cometida a Agente da


Administração ou Agente Público que, pela sua generalidade,
peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não é catalogada na
estrutura da Organização;

XXV – ESTOQUE - é o conjunto de bens patrimoniais


móveis de toda ordem existente em depósito, destinado a suprir
as necessidades de uma organização ou a ser distribuído para
outras;

XXVI - FATO ADMINISTRATIVO - é toda a realização


material da Administração, em cumprimento a algum ato
administrativo;

XXVII – FUNÇÃO - é o exercício das atribuições,


deveres e responsabilidades inerentes à atividade exercida pelo
Agente da Administração ou Agente Público;

XXVIII - NOTA DE EMPENHO - é o documento legal através


do qual a Administração solicita ou autoriza o fornecimento de
material, a execução de serviço ou obra e assegura ao fornecedor
ou prestador de serviços o pagamento do compromisso assumido;

XXIX - ORDENADOR DE DESPESAS - é todo Agente da


Administração ou Agente Público que exerce a função de direção
das atividades de administração orçamentária, financeira e
patrimonial na UG;

XXX – ORGANIZAÇÃO - é a denominação genérica dada à


fração da estrutura do Comando da Aeronáutica, criada por ato
específico de autoridade competente;

XXXI – ORGANIZAÇÃO MILITAR (OM) – é a denominação


genérica dada à unidade de tropa, repartição, estabelecimento,
navio, base, arsenal ou qualquer outra unidade administrativa
tática ou operativa das Forças Armadas;

XXXII - PRESTAÇÃO DE CONTAS - é o processo organizado


pela Unidade Gestora Executora (UGE) ou pelo próprio agente ou
pessoa designada, responsável por bens e valores públicos,
constituído por demonstrativos acompanhados dos documentos
comprobatórios das operações de receitas e despesas realizadas;

XXXIII – PROCESSO ADMINISTRATIVO – tecnicamente e em


sentido amplo, é o conjunto de medidas praticadas com ordem e
cronologia, necessárias ao registro dos atos da Administração
Pública, a fim de produzir uma decisão de natureza
administrativa. Em termos materiais, o processo administrativo
consiste na reunião cronológica das peças processuais que o
compõem, a partir da inicial que o originou até o índice, com

12
01 MAR 2003 RCA
12-1
todas as folhas rubricadas e numeradas em ordem crescente a
partir da capa, esta com indicações relativas ao assunto, ao
interessado e à data. Esse processo, assim formado, é numerado,
e sua tramitação pelos órgãos e repartições é anotada para que,
a qualquer momento, se possa saber de seu paradeiro;

XXXIV - QUALIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA - é a atribuição


conferida a uma organização, ou fração de organização, para a
prática de atos e fatos administrativos decorrentes da gestão de
recursos humanos, bens e valores públicos, pelos quais a União
responde;

XXXV - RESTOS A PAGAR - são compromissos de despesas


assumidos por uma Unidade Gestora Executora à conta de recursos
orçamentários que, na impossibilidade de serem atendidos no
exercício financeiro correspondente, podem ser liquidados e/ou
pagos no exercício seguinte, respeitada a legislação pertinente;

XXXVI - SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA


(SIAFI) - é o sistema informatizado que contabiliza e controla
toda a execução orçamentária, financeira e patrimonial dos
órgãos e entidades da Administração Federal;

XXXVII - TERMO DE EXAME - é o documento formal pelo


qual são apuradas, conforme o caso, a qualidade, a quantidade,
as causas do dano e as responsabilidades relativas a bens
patrimoniais da União, fornecendo os dados necessários para a
tomada de decisão do Comandante, Diretor ou Chefe. Serve tanto
para o exame de material quanto para o exame de causas;

XXXVIII - TERMO DE PASSAGEM E RECEBIMENTO DE CARGO - é


o documento formal pelo qual o Agente da Administração ou Agente
Público substituído informa ao Agente Diretor a situação de
todos os bens sob a sua responsabilidade e a transfere para o
substituto;

XXXIX - TOMADA DE CONTAS ANUAL - é o processo


apresentado, ao final de cada exercício financeiro, pelo órgão
de contabilidade analítica da Administração Direta, referente
aos atos e fatos de gestão orçamentária, financeira e
patrimonial e à guarda de bens e valores públicos sob a
responsabilidade de agente responsável;

XL – TOMADA DE CONTAS ESPECIAL - é o processo


instaurado para a apuração dos fatos, identificação dos
responsáveis e quantificação do dano, diante da omissão no dever
de prestar contas, da não comprovação da aplicação dos recursos
repassados pela União, da ocorrência de desfalque ou desvio de
bens ou valores públicos ou, ainda, da prática de qualquer ato
ilegal, ilegítimo ou antieconômico que resulte em dano ao
Erário;
13
01 MAR 2003 RCA
12-1
XLI - TOMADA DE CONTAS EXTRAORDINÁRIA - é o processo
de Tomada de Contas levantado quando ocorrer a extinção, mudança
de qualificação de Unidade Gestora Executora para Unidade
Gestora Responsável ou a transferência de UGE do âmbito de um
Ministério, Comando ou Órgão para outro Ministério, Comando ou
Órgão;

XLII - UNIDADE ADMINISTRATIVA - é a organização, ou


fração de organização, encarregada, por atos legais, da gerência
de patrimônio e de recursos creditícios ou financeiros a ela
especificamente atribuídos, no todo ou em parte;

XLIII - UNIDADE GESTORA (UG) - é a denominação


genérica de Unidade Administrativa;

XLIV - UNIDADE GESTORA COORDENADORA (UGC) - é a


Unidade Administrativa com responsabilidade definida na
programação orçamentária e/ou no acompanhamento da execução
orçamentária, financeira e patrimonial, coordenando uma ou mais
ações das Unidades Gestoras vinculadas;

XLV - UNIDADE GESTORA EXECUTORA (UGE) - é a Unidade


Administrativa que gerencia e processa recursos creditícios e/ou
financeiros e realiza atos de gestão patrimonial; e

XLVI - UNIDADE GESTORA RESPONSÁVEL (UGR) - é a Unidade


Administrativa que gerencia recursos creditícios, mas não os
processa, podendo, em certos casos, processá-los até a fase de
licitação da despesa.

CAPÍTULO III
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 3o A Administração da Aeronáutica é parte


integrante da Administração Pública Federal e a ela se subordina
segundo normas legais.

Art. 4o O Comando da Aeronáutica administra os seus


negócios e tem como atribuição principal a preparação para o
cumprimento de sua destinação constitucional.

Art. 5o As atividades administrativas do Comando da


Aeronáutica obedecerão aos mesmos princípios previstos em lei
para a Administração Pública Federal e, ainda, a outros
princípios particulares necessários ao atendimento de suas
peculiaridades.

Art. 6o Sistemas específicos, integrados ou não a


sistemas administrativos federais, proporcionarão os
instrumentos necessários ao desenvolvimento das atividades do
Comando da Aeronáutica.

Parágrafo único. Legislação própria definirá ou


atualizará os sistemas necessários às atividades do Comando da

14
01 MAR 2003 RCA
12-1
Aeronáutica e suas possíveis vinculações a outros sistemas
federais.

CAPÍTULO IV
GENERALIDADES

Art. 7o O Comandante da Aeronáutica (CMTAER) é a mais


alta autoridade administrativa do Comando e é o principal
responsável pelo cumprimento deste Regulamento.

Art. 8o A Administração no Comando da Aeronáutica tem


como finalidade o planejamento, a coordenação, a execução e o
controle inerentes ao emprego de recursos de toda ordem, com o
propósito de cumprir a sua destinação constitucional e de
realizar as missões que lhe sejam atribuídas.

Art. 9o A determinação das necessidades do Comando da


Aeronáutica e o atendimento delas são resultantes de três
processos distintos: o operacional, o técnico e o econômico-
financeiro.

§ 1o O processo operacional é determinado pelo


Comando, Direção ou Chefia, em vista da missão ou do programa a
cumprir, e tem por objetivo a estimativa das necessidades, a
provisão dos recursos humanos, a identificação dos bens a
adquirir e dos serviços a executar, bem como a determinação da
oportunidade para a utilização daqueles bens e a realização
daqueles serviços.

§ 2o O processo técnico é determinado pelos órgãos e


agentes especializados e compreende desde a especificação dos
bens e serviços mais adequados até a orientação dos usuários
quanto ao seu emprego.

§ 3o O processo econômico-financeiro diz respeito ao


planejamento, à execução e ao controle dos recursos necessários
ao custeio das despesas e à verificação, em todos os níveis, de
sua adequada aplicação em condições mais favoráveis de
economicidade.

Art. 10. A Administração no Comando da Aeronáutica


deve realizar-se de maneira a assegurar:

I - o cumprimento dos dispositivos legais,


regulamentares e normativos;

II - o princípio segundo o qual quem executa não deve,


simultaneamente, verificar a legalidade, a legitimidade e a
economicidade dos atos e dos fatos gerados;

III - a eficácia e a eficiência da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial;

15
01 MAR 2003 RCA
12-1
IV - a ação centralizada de Comando, Direção ou
Chefia, e a execução descentralizada; e

V - a definição das responsabilidades em cada nível de


atribuição.

Art. 11. O controle das atividades da Administração


no Comando da Aeronáutica será exercido, em todos os níveis de
atuação, em conformidade com o disposto nas leis, regulamentos
ou normas pertinentes.

Art. 12. Compete ao Chefe do Estado-Maior da


Aeronáutica (CEMAER) determinar a realização de inspeções nas UG
jurisdicionadas ao Comando da Aeronáutica.

Art. 13. Compete ao Secretário de Economia e Finanças


da Aeronáutica determinar a realização de auditorias nas UG
jurisdicionadas ao Comando da Aeronáutica.

Art. 14. Este Regulamento, de observância


obrigatória, aplica-se a todo o Comando da Aeronáutica.

Parágrafo único. As representações e as comissões da


Aeronáutica no exterior aplicarão o disposto neste Regulamento,
observando os princípios fundamentais da Administração Pública
brasileira e as peculiaridades locais.

LIVRO II
ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIAS

TÍTULO I
UNIDADES ADMINISTRATIVAS OU GESTORAS

Art. 15. A classificação de uma organização como


Unidade Administrativa, bem como a correspondente qualificação,
será determinada por ato expresso do Comandante da Aeronáutica,
com base em proposta circunstanciada da Secretaria de Economia e
Finanças da Aeronáutica (SEFA), encaminhada por intermédio do
Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).

Parágrafo único. Em casos excepcionais, considerados


o volume e o movimento de recursos econômico-financeiros e tendo
por base parecer circunstanciado do Órgão Central do Sistema de
Controle Interno da Aeronáutica (SEFA), o Comandante da
Aeronáutica poderá classificar fração de organização como
Unidade Administrativa, qualificando-a.

Art. 16. As Unidades Administrativas podem ser


qualificadas como UGE, UGR e/ou UGC, conforme for estabelecida a
sua atuação na execução orçamentário-financeira.

Art. 17. O Comandante de organização que for


classificada como Unidade Administrativa ou de organização que
venha a conter fração classificada como Unidade Administrativa
16
01 MAR 2003 RCA
12-1
deverá apresentar, no prazo de sessenta dias, a atualização do
Regimento Interno ao Órgão competente, contemplando os aspectos
que a organização e/ou sua fração passarão a administrar, de
acordo com a sua qualificação e em conformidade com o que for
estabelecido pelo Órgão Central do Sistema de Controle Interno
da Aeronáutica.

Art. 18. A perda da classificação de Unidade


Administra-tiva, bem como a mudança de qualificação, será
determinada em ato expresso do Comandante da Aeronáutica, com a
apreciação do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da
Aeronáutica, por proposta do EMAER.

Art. 19. O ato do Comandante da Aeronáutica que


determinar a perda de classificação da Unidade Administrativa,
ou a mudança de qualificação de UGE para UGR, explicitará o
destino a ser dado aos componentes do ativo e do passivo, bem
como à documentação referente às gestões do respectivo
Patrimônio.

TÍTULO II
AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO OU AGENTES PÚBLICOS

CAPÍTULO I
GENERALIDADES

Art. 20. Os Agentes da Administração ou Agentes


Públicos são assim denominados:

I - Agente Diretor;

II - Ordenador de Despesas;

III - Agente de Controle Interno;

IV - Agente Executor (ou Gestor); e

V - Agente Auxiliar.

Art. 21. A composição básica de uma UGE, no Comando


da Aeronáutica, compreende os seguintes Agentes da Administração
ou Agentes Públicos:

I - Agente Diretor;

II - Ordenador de Despesas;

III - Agente de Controle Interno; e

IV - Gestor de Finanças.

17
01 MAR 2003 RCA
12-1
§ 1o A composição de Agentes da Administração ou
Agentes Públicos de uma UG é estabelecida em função das suas
atribuições, responsabilidades e necessidades.

§ 2o Os agentes a que se refere este artigo não podem


exercer cumulativamente as respectivas funções, mesmo que
transitoriamente, ressalvando-se o caso de o Agente Diretor
acumular a função de Ordenador de Despesas.

Art. 22. Compete ao Agente da Administração ou Agente


Público:

I - conhecer as particularidades relativas aos


serviços administrativos, de forma a poder exercer, com
eficiência e eficácia, as competências que lhe são afetas;

II - zelar pela observância das prescrições do


presente Regulamento e das disposições aplicáveis em seu campo
de ação;

III - tomar a iniciativa de resolver os casos não


previstos, quando a solução não depender de outra autoridade, em
conformidade com a legislação vigente;

IV – levar ao conhecimento da autoridade imediatamente


superior ato ou fato administrativo que venha causar ou tenha
causado prejuízo ao Erário, bem como as demais irregularidades
de que tiver ciência; e

V – observar as responsabilidades funcionais previstas


neste Regulamento.

Art. 23. A seqüência de substituições para assumir


cargos ou responder por funções deverá respeitar a precedência e
a qualificação exigidas para o cargo ou exercício da função,
conforme o previsto em lei, regulamento ou norma específica.

§ 1o Quando houver a possibilidade de um Agente da


Administração ou Agente Público ficar sob a subordinação de
outro de menor grau hierárquico ou de nível inferior, em virtude
de o primeiro não possuir as qualificações exigidas para o
exercício do cargo ou desempenho das funções, o Agente Diretor
deverá providenciar, antecipadamente, a substituição do Agente
da Administração ou Agente Público não qualificado, a fim de se
evitar tal ocorrência, ainda que em caráter eventual.

§ 2o Sempre que possível, a Administração deverá


promover o rodízio funcional dos Gestores, a fim de
proporcionar-lhes a experiência necessária nas diferentes áreas
administrativas, evitando-se a possibilidade da ocorrência de
vícios comuns ao exercício prolongado de uma mesma função.

§ 3o A Administração promoverá a atualização


profissional periódica dos Agentes da Administração ou Agentes
Públicos através de cursos ou estágios, capacitando-os ao
exercício pleno das atividades.
18
01 MAR 2003 RCA
12-1
Art. 24. Na Unidade Gestora em que se verificar a
necessidade eventual de acúmulo de cargos, deverá ser evitado
que um Gestor seja executante e controlador de seus próprios
atos, ou assuma atribuições que encerrem, simultaneamente,
aquisições, recebimentos e pagamentos.

CAPÍTULO II
COMPETÊNCIAS

Seção I
Do Agente Diretor

Art. 25. O Agente Diretor, como autoridade que exerce


a direção das atividades administrativas da UG, deve tomar todas
as providências de caráter administrativo necessárias ao
desempenho das atividades-fim e meio, de acordo com a legislação
vigente.

Art. 26. O Agente Diretor tem suas competências


definidas neste Regulamento e complementadas em legislação
pertinente.

§ 1o Quanto à Administração em geral, compete ao


Agente Diretor:

I - comunicar aos estabelecimentos bancários, nos


quais a UG mantém conta corrente, as substituições dos Agentes
da Administração ou Agentes Públicos que movimentam recursos
financeiros;

II – estabelecer normas, ordens e instruções para a


boa execução dos serviços administrativos;

III - definir as competências de seus subordinados,


quando ainda não estiverem especificadas;

IV - decidir, no âmbito de suas competências, todas as


questões administrativas que não tiverem doutrina firmada, em
conformidade com a legislação vigente;

V - providenciar para que seja elaborado e executado o


Programa de Trabalho Anual da Unidade;

VI - nomear as comissões e atribuir os encargos


necessários à execução das atividades administrativas
específicas da organização, exceto quando se tratar da
modalidade de licitação denominada pregão;

VII - nomear militares ou servidores para fiscalizar a


execução dos contratos firmados pela Unidade;

19
01 MAR 2003 RCA
12-1
VIII - autorizar as consignações ou determinar, em
função de decisão judicial, os descontos nos vencimentos do
pessoal, conforme a legislação e as normas pertinentes;

IX - providenciar o recolhimento de importância paga,


em decorrência de Sindicância, Inquérito Policial Militar,
Processo Administrativo ou Tomada de Contas Especial, para
ressarcimento ao Erário;

X - prestar as informações e os esclarecimentos que


forem da sua competência;

XI - mandar certificar o que for de direito, quando


requerido;

XII - assinar os atestados de sua competência, quando


solicitados;

XIII - mandar publicar, em boletim interno, os atos da


competência da Administração da UG que gerem, modifiquem ou
extingam direitos e obrigações;

XIV - providenciar a elaboração e remeter, anualmente,


aos órgãos superiores a proposta orçamentária relativa à UG;

XV - assinar os termos de abertura e de encerramento


das escriturações de fichas e demais registros do Agente de
Controle Interno (ACI), rubricando, chancelando ou autenticando
por meios mecânicos as folhas, fichas ou formulários destinados
à escrituração; e

XVI - elaborar e atualizar o Plano Diretor.

§ 2o Quanto ao controle do patrimônio, compete ao


Agente Diretor:

I - certificar-se, dentro dos primeiros trinta dias de


sua gestão, do estado da escrituração patrimonial, dos bens
móveis, imóveis e intangíveis da UG e do estado em que se
encontram todos os bens em estoque nos almoxarifados, devendo
participar à autoridade superior as irregularidades, caso sejam
encontradas;

II - fixar os níveis máximo e mínimo de materiais que


devam existir em depósito, sempre que esta providência não
constituir atribuição sistêmica ou for da competência de
autoridade superior;

III - declarar, em boletim interno, anualmente e


quando tiver que passar a função, o estado em que se encontra a
escrituração da UG, baseando-se nas informações escritas
solicitadas aos Gestores;

IV - autorizar requisições aos órgãos provedores;

20
01 MAR 2003 RCA
12-1
V - providenciar a publicação, em boletim interno, do
movimento dos bens patrimoniais móveis permanentes, imóveis e
intangíveis; e

VI - aprovar normas para fornecimento de material aos


diversos setores da UG.

§ 3o Quanto à responsabilidade, compete ao Agente


Diretor:

I - proceder à conferência de valores em cofre da UG


não só por ocasião da reunião da Administração em que se fizer a
Prestação de Contas, mas sempre que julgar necessário;

II - remeter às organizações competentes, nas épocas


devidas, as prestações de contas, os inventários, os mapas, os
relatórios e outros documentos necessários;

III - responsabilizar o agente que não mantiver a


respectiva escrituração em ordem e em dia e que não transmitir
corretamente os bens patrimoniais e valores;

IV - comunicar à autoridade imediatamente superior


qualquer irregularidade administrativa e apontar os
responsáveis, sempre que as providências cabíveis não sejam de
sua alçada;

V - propor ao Comandante da Organização, quando for o


caso, que seja solicitada ao Órgão Central do Sistema de
Controle Interno da Aeronáutica, através de expediente sigiloso,
a instauração de Tomada de Contas Especial;

VI - imputar à União os prejuízos causados por motivo


de força maior (ação do homem) e caso fortuito (ação da
natureza) comprovados;

VII - dar início ao processo de imputação de


responsabilidade para os prejuízos não ressarcidos por
servidores militares e civis, quando for o caso;

VIII - assessorar o Comandante na designação dos


Agentes da Administração ou Agentes Públicos da UG; e

IX - autorizar a movimentação dos bens patrimoniais


móveis permanentes e intangíveis, bem como a regularização
contábil das transferências patrimoniais efetuadas para outras
UG, de acordo com as disposições legais.

Seção II
Do Ordenador de Despesas

Art. 27. Ao Ordenador de Despesas, além de outras,


compete:

21
01 MAR 2003 RCA
12-1
I - receber todos os pedidos de aquisição e de
contratação de serviços, autorizando, após avaliação da
necessidade, a abertura do Processo Administrativo de Gestão -
PAG e o início do correspondente procedimento licitatório;

II - estabelecer o valor das garantias a serem


exigidas nas contratações de obras, serviços e compras, dentro
dos limites legais;

III - aprovar os editais de licitação;

IV - designar o pregoeiro e os componentes da equipe


de apoio;

V - decidir os recursos contra atos do pregoeiro e das


comissões de licitações;

VI - homologar o resultado da licitação quando se


tratar da modalidade denominada pregão;

VII - assinar contratos, convênios, acordos, ajustes,


termos aditivos, obrigações e quaisquer outros documentos hábeis
que os substituam, na forma da legislação pertinente;

VIII - determinar a publicação dos atos


administrativos, de acordo com a legislação vigente;

IX - examinar e aprovar os orçamentos de despesas


referentes às aquisições de materiais ou às execuções de obras
ou serviços custeados pela UG;

X - autorizar, quando requerida e devida, a devolução


das garantias contratuais;

XI - propor ao Comandante, formalmente, após ter dado


ciência do fato ao Agente Diretor, o encaminhamento de
expediente para o Órgão Central do Sistema de Controle Interno
da Aeronáutica, solicitando a instauração de Tomada de Contas
Especial na ocorrência de qualquer ato que resulte em prejuízo
econômico-financeiro à organização;

XII - estabelecer os critérios para aquisições e


alienações, observadas as exigências legais;

XIII - fixar prazos para recolhimentos, pagamentos e


prestações de contas, quando não estabelecidos;

XIV - assinar, juntamente com o Gestor de Finanças, os


documentos para movimentação das contas bancárias da UG;

XV - conceder suprimento de fundos, de conformidade


com a legislação vigente;

22
01 MAR 2003 RCA
12-1
XVI - autorizar, dentro das normas vigentes, o
adiantamento do pagamento ao pessoal dos valores correspondentes
aos direitos financeiros devidos e não processados;

XVII - aplicar as penalidades administrativas aos


licitantes e aos contratados, quando faltosos ou inadimplentes,
na forma da legislação em vigor;

XVIII - apreciar e homologar os processos licitatórios


da UG, adjudicando os seus respectivos objetos;

XIX - aprovar as prestações de contas da UG; e

XX - aprovar as prestações de contas de suprimento de


fundos.

Parágrafo único. Quando se tratar de UGR, seu


Ordenador de Despesas responderá, solidariamente, com o
Ordenador de Despesas da UGE apoiadora, assinando com este os
instrumentos contratuais e outros documentos de despesas
relativos às atividades da UGR.

Seção III
Do Agente de Controle Interno

Art. 28. A ação do Agente de Controle Interno


compreende o assessoramento ao Comandante, ao Agente Diretor e
ao Ordenador de Despesas, no sentido de comprovar, à luz da
legislação em vigor, a formalidade, a legalidade, a correção
contábil e a veracidade dos controles existentes.

Art. 29. O Agente de Controle Interno tem suas


competências definidas neste Regulamento e na legislação
pertinente.

§ 1o Quanto à Administração em geral, compete ao


Agente de Controle Interno:

I - diligenciar para que os recebimentos de bens e


serviços, as liquidações e os pagamentos se façam dentro dos
prazos legais previstos;

II - verificar, nos procedimentos licitatórios, a


conformidade com a legislação pertinente;

III - formular procedimentos administrativos que


conduzam a controles efetivos, orientando os Agentes da
Administração ou Agentes Públicos, inclusive no que concerne aos
atos praticados por delegação;

IV - assessorar o Comandante, o Agente Diretor e o


Ordenador de Despesas na tomada de decisões administrativas e

23
01 MAR 2003 RCA
12-1
orientar os Agentes da Administração ou Agentes Públicos,
objetivando maior eficiência nos serviços da UG;

V - providenciar a abertura dos Processos


Administrativos de Gestão destinados à aquisição de material e à
contratação de serviços, autorizados pelo Ordenador de Despesas,
bem como os de movimentação patrimonial, de apropriação
financeira e de boletins da UG, diligenciando para que os
diversos setores da UG efetuem a autuação e a indexação dos
documentos sob suas responsabilidades nos respectivos processos;

VI - submeter à apreciação do Agente Diretor as normas


internas que se fizerem necessárias para regular e disciplinar
os serviços dos diversos setores da UG;

VII - assinar as declarações de abertura e


encerramento das escriturações de livros, fichas e demais
registros dos Gestores, rubricando, chancelando ou autenticando
por meios mecânicos as folhas, fichas ou formulários, conforme a
legislação vigente;

VIII - verificar os procedimentos administrativos, de


forma a atender aos cronogramas estabelecidos pelos órgãos
competentes;

IX - verificar a exatidão das receitas geradas pelos


setores internos da UG, os saldos bancários provenientes dessas
e de outras receitas, todos os recebimentos que devam ser
quitados pelo Gestor de Finanças, bem como o cumprimento dos
prazos estabelecidos para o recolhimento;

X - acompanhar, junto ao Gestor de Imóveis, a execução


das obras e serviços de engenharia, de acordo com o Plano de
Obras da UG;

XI - propor ao Agente Diretor as alterações ou


atualizações que se afigurem necessárias no Regimento Interno;

XII - diligenciar para que os agentes responsáveis


remetam, ao setor de apropriação de custos, os dados
estatísticos de sua aérea de atuação, dentro dos prazos
previstos, e, ainda, fiscalizar para que os setores responsáveis
pela apropriação de custos efetuem os lançamentos em
conformidade com as instruções vigentes;

XIII - providenciar para que ocorra, com a


antecedência mínima de quarenta e oito horas, a divulgação, em
boletim interno, das reuniões da Administração;

XIV - convocar, seguindo determinação do Comandante,


todos os Gestores responsáveis por bens e valores para que
compareçam à reunião da Administração, a fim de prestarem
contas, bem como os detentores de suprimentos de fundos e os
representantes da UG designados para acompanhar e fiscalizar a
execução de contratos administrativos ou convênios; e
24
01 MAR 2003 RCA
12-1
XV - providenciar para que a ata da reunião da
Administração seja transcrita em boletim interno, até o segundo
dia útil após a sua realização, observados os prazos de remessa
aos órgãos competentes.

§ 2o Quanto ao controle do patrimônio, compete ao


Agente de Controle Interno:

I - diligenciar a fim de que seja mantido em boas


condições o patrimônio da União sob responsabilidade da
organização;

II - supervisionar a movimentação dos bens


patrimoniais no âmbito da UG;

III - supervisionar o recebimento de bens adquiridos


no comércio ou oriundos das organizações provedoras;

IV - efetuar o controle sobre a execução das obras, as


prestações de serviços, os contratos administrativos e os
convênios, certificando-se de que estão sendo cumpridas todas as
cláusulas pactuadas;

V - verificar, nas passagens de cargo e em todas as


demais conferências, balanços e inventários de bens patrimoniais
imóveis, móveis permanentes, móveis de consumo de uso duradouro,
de consumo e intangíveis, a correção dos documentos para
publicação em boletim interno, em conformidade com a respectiva
escrituração analítica existente;

VI - assessorar o Comandante, o Agente Diretor e o


Ordenador de Despesas nas inspeções e verificações que tenham de
realizar;

VII - assessorar o Agente Diretor quanto aos critérios


adequados para a nomeação das comissões; e

VIII - providenciar para que sejam publicados, na


íntegra, os termos de passagem e recebimento de cargo, quando
das substituições dos Agentes da Administração ou Agentes
Públicos, fazendo constar os bens e os valores apurados nos
inventários, inclusive nos estoques de almoxarifados,
devidamente cotejados com os registros existentes.

§ 3o Quanto à responsabilidade, compete ao Agente de


Controle Interno:

I - chefiar o Setor de Controle Interno da UGE, de


modo a atender às suas competências, observando as instruções
específicas do Sistema de Controle Interno do Comando da
Aeronáutica;

II - inspecionar os serviços administrativos da UGE,


de conformidade com a legislação e instruções pertinentes;

25
01 MAR 2003 RCA
12-1
III - orientar os Agentes da Administração ou Agentes
Públicos, objetivando maior eficiência no controle interno;

IV - verificar, periodicamente, o estado de


conservação e emprego dos bens em depósito, distribuídos para o
serviço ou em uso pelo pessoal, e comunicar ao Agente Diretor e
ao Ordenador de Despesas qualquer falta ou irregularidade
constatada, apontando o responsável direto;

V - promover, mensalmente e de maneira formal, o


confronto do pessoal constante das folhas de pagamento com o
real efetivo da UG, objetivando a concordância numérica e a
identificação por nível hierárquico ou categoria funcional, bem
como verificar a adequação de cada remuneração à média do
respectivo nível;

VI - comunicar ao Agente Diretor e ao Ordenador de


Despesas as irregularidades verificadas na esfera da sua
competência administrativa, propondo, quando for o caso, a
abertura de Tomada de Contas Especial;

VII - acompanhar a utilização dos recursos


orçamentários e financeiros da UGE;

VIII - verificar o cumprimento dos limites das


modalidades licitatórias, bem como os processos de dispensa e
inexigibilidade de licitação, na forma da legislação em vigor;

IX - controlar os pagamentos das despesas, atendendo à


cronologia das suas liquidações;

X - controlar as contratações de pessoal autônomo para


os serviços eventuais e o pessoal das empresas prestadoras de
serviços terceirizados, à luz da legislação;

XI - verificar, periodicamente, o estado da


escrituração, certificando-se da confiabilidade dos registros
dos Gestores;

XII - verificar, diariamente, a conformidade dos


registros, efetuados no SIAFI, com os documentos originais;

XIII - registrar, no SIAFI, a conformidade da


conferência realizada, na forma do inciso XII deste parágrafo,
e, quando verificadas incorreções, lançar os acertos efetuados;

XIV - proceder aos controles necessários à execução de


suas competências e à aferição do desempenho dos Gestores;

XV - organizar os diversos arquivos de sua


responsabilidade, mantendo-os em ordem e em dia;

XVI - submeter todos os registros e controles de sua


gestão à assinatura, rubrica ou chancela do Agente Diretor,

26
01 MAR 2003 RCA
12-1
admitido o uso de meios mecânicos e eletrônicos, conforme a
legislação vigente;

XVII - assessorar o Ordenador de Despesas na concessão


de suprimento de fundos, prazos de aplicação e de prestação de
contas;

XVIII - assessorar o Ordenador de Despesas, no sentido


de verificar, à luz da legislação em vigor, a formalidade, a
legalidade, a correção contábil e a veracidade dos controles
existentes;

XIX - controlar o fluxo de receitas e de despesas das


diversas fontes de recursos da UGE, inclusive visando a
assessorar o Agente Diretor, quando da elaboração da proposta
orçamentária;

XX - verificar a exatidão dos documentos


correspondentes à movimentação de bens patrimoniais e de valores
a cargo da UGE;

XXI - verificar a documentação relativa a recebimentos


de bens adquiridos no comércio, fornecidos pelas organizações
provedoras ou de obras e de prestação de serviços;

XXII - verificar a legitimidade e a legalidade dos


processos de movimentações patrimoniais da UGE;

XXIII - supervisionar o cumprimento dos prazos nas


passagens de cargos;

XXIV - diligenciar para que as aquisições de bens e as


contratações de serviços sejam realizadas de conformidade com a
legislação vigente;

XXV - diligenciar a fim de que estejam em ordem e em


dia os registros individualizados das alterações financeiras de
pessoal;

XXVI - verificar a conformidade das alterações


financeiras de pessoal, publicadas em boletim interno, com os
dados processados pelo Setor de Finanças;

XXVII - verificar a exatidão do resumo da


disponibilidade diária de numerário;

XXVIII - elaborar o calendário administrativo para o


acompanhamento e o controle das obrigações dos diversos setores
da UGE;

XXIX - elaborar o programa de visitas de inspeção aos


diversos setores da Unidade Gestora Executora;

27
01 MAR 2003 RCA
12-1

XXX - verificar a atualização, no SIAFI, do cadastro


dos Agentes da Administração ou Agentes Públicos responsáveis
por bens e valores a cargo da Unidade Gestora Executora;

XXXI - supervisionar a elaboração dos relatórios


periódicos de apropriação de custos;

XXXII - remeter ao Órgão Regional do Sistema de


Controle Interno da Aeronáutica as respostas aos relatórios de
verificação dos balancetes da Unidade Gestora Executora, dentro
do prazo estabelecido;

XXXIII - supervisionar a montagem dos balancetes de


prestações de contas da Unidade Gestora Executora de acordo com
as normas e as exigências legais; e

XXXIV - supervisionar as atividades desenvolvidas no


SIAFI, verificando, inclusive, todas as mensagens expedidas e
recebidas.

Seção IV
Dos Gestores

Art. 30. Compete ao Gestor de Material:

I - emitir as notas de lançamento, por ocasião da


movimentação de bens de consumo e da liquidação da despesa,
certificando-se da exatidão das informações contidas nos
documentos que lhes deram origem;

II - encaminhar para o Gestor de Registro as notas de


empenho, notas fiscais e guias de fornecimento de bens
patrimoniais móveis permanentes e de consumo de uso duradouro,
adquiridos no comércio ou recebidos dos órgãos provedores;

III - autuar e indexar nos processos administrativos


de gestão os documentos de sua competência;

IV - elaborar os balancetes, balanços e inventários


dos bens patrimoniais de sua responsabilidade, coordenando e
consolidando os demonstrativos de todos os almoxarifados,
depósitos e reservas, sob a responsabilidade de outros gestores,
objetivando o registro no SIAFI, mantendo arquivo mensal dos
documentos comprobatórios das variações patrimoniais
registradas;

V - encaminhar, mensalmente, ao Agente de Controle


Interno um demonstrativo sintético contendo os documentos que
deram origem às modificações dos bens patrimoniais de sua
responsabilidade, acompanhados dos documentos emitidos pelo
SIAFI, demonstrando o saldo anterior, os acréscimos, os
decréscimos e o saldo atualizado;

28
01 MAR 2003 RCA
12-1
VI – verificar o material a ser recebido, em relação
aos documentos existentes, avaliando o estado em que se
encontra, recebendo-o ou informando à autoridade competente os
motivos do não recebimento;

VII - receber, armazenar, distribuir e controlar toda


a movimentação das peças de fardamento, equipamentos e material
de intendência, de acordo com as normas estabelecidas;

VIII - acompanhar os processos, desde a entrada dos


respectivos empenhos no setor, até o completo recebimento do
material ou serviço solicitado;

IX - levantar as necessidades e elaborar tabelas de


dotação periódica para a distribuição do material de consumo de
uso rotineiro aos diversos setores da Unidade Gestora;

X - centralizar a confecção dos Pedidos de Aquisição


de Material e Serviços (PAM/S) relativos às necessidades de
material ou de serviços comuns, de acordo com o previsto nas
instruções específicas;

XI - submeter os elementos de sua escrituração à


autenticação e ao exame do Agente de Controle Interno;

XII - exigir quitação nos documentos de entrega dos


bens de sua responsabilidade;

XIII - zelar pelos bens sob sua responsabilidade,


inclusive observando os prazos de validade dos bens em estoque;

XIV - informar ao Setor de Licitações o desempenho dos


diversos fornecedores na entrega de bens ou serviços, para
registro nas respectivas fichas cadastrais; e

XV - manter arquivo mensal dos documentos


comprobatórios das alterações ou variações dos bens patrimoniais
de sua gestão.

Art. 31. Compete ao Gestor de Finanças:

I - processar as alterações autorizadas na remuneração


dos militares e servidores civis, após publicação no boletim
financeiro da Unidade Gestora;

II - contabilizar os recursos financeiros a cargo da


UGE, executando a sua escrituração de acordo com as normas em
vigor, providenciando as prestações de contas periódicas da
Unidade Gestora Executora;

III - manter o registro dos valores correspondentes a


fianças bancárias, apólices ou a títulos da dívida pública que
tenham de ser recebidos como garantia de contratos de serviços
ou fornecimentos;
29
01 MAR 2003 RCA
12-1
IV - manter, em ordem e em dia, as alterações
financeiras referentes à remuneração de militares e servidores
civis ativos, inativos e pensionistas vinculados à Unidade
Gestora Executora, certificando-se de que os dados conferem com
as correspondentes publicações em boletim financeiro;

V - realizar, anualmente, no mês de aniversário do


beneficiário, a atualização cadastral dos servidores civis
aposentados ou dos seus pensionistas, vinculados à Unidade
Gestora Executora, que recebam proventos ou pensão, à conta do
Tesouro Nacional, constantes do Sistema Integrado de
Administração de Recursos Humanos – SIAPE, em conformidade com a
legislação específica, observando-se o seguinte:

a) os servidores civis aposentados e os seus


pensionistas que não se apresentarem para fins de atualização
dos dados cadastrais até o término do período fixado,
ressalvados os casos previstos na legislação pertinente, terão o
pagamento dos respectivos benefícios suspensos a partir do mês
subseqüente. Neste caso, o restabelecimento do pagamento do
benefício dependerá do comparecimento do beneficiário à Unidade
Gestora Executora, para a realização da atualização cadastral,
observado o disposto na legislação pertinente; e

b) a critério do Comandante da Organização, as


competências mencionadas neste inciso poderão ficar a cargo do
Setor de Recursos Humanos da Unidade Gestora Executora, desde
que não haja incompatibilidade com o Regulamento e o Regimento
Interno aprovados.

VI - expedir documento hábil de remuneração de pessoal


que, por motivo de transferência ou outro ato legalmente
previsto, deixe de receber pela Unidade Gestora Executora;

VII - dar quitação a todos os valores, previstos na


legislação em vigor, que lhe forem entregues;

VIII - depositar em conta bancária específica da UGE,


definida em legislação pertinente, no prazo máximo de dois dias
úteis, observadas as orientações do Órgão Central do Sistema de
Controle Interno da Aeronáutica, o numerário recebido;

IX - efetuar os pagamentos no prazo estabelecido na


legislação pertinente, contado a partir da liquidação da despesa; e

X - encaminhar ao Setor de Controle Interno da Unidade


Gestora Executora, mensal e formalmente, a folha de pagamento do
pessoal para cotejamento com o registro de pessoal existente.

Art. 32. Compete ao Gestor de Licitações:

I - constituir, de forma particularizada, os processos


licitatórios realizados na Unidade Gestora;

30
01 MAR 2003 RCA
12-1
II - cumprir as disposições legais e formais previstas
para a elaboração e execução dos processos licitatórios;

III - manter o cadastro de fornecedores atualizado, de


acordo com as qualificações e em função da natureza e do vulto
dos fornecimentos, das obras e dos serviços, em consonância com
a legislação em vigor, bem como o registro de suas atuações no
cumprimento dos compromissos assumidos;

IV - propor, sempre que necessário, a designação das


comissões, em caráter permanente ou especial, para cadastramento
de fornecedores ou para o julgamento das licitações;

V - elaborar e submeter ao exame prévio do setor


jurídico da Unidade Gestora, ou de outro órgão do Comando da
Aeronáutica, as minutas dos editais, contratos, convênios,
acordos, ajustes, aditivos ou outros instrumentos congêneres;

VI - orientar as Comissões de Licitações quanto à


obrigatoriedade da ampla divulgação de todas as fases dos
processos licitatórios, fazendo publicar, na imprensa, conforme
o previsto na legislação vigente, os extratos de editais,
contratos, convênios, bem como as dispensas e inexigibilidades
de licitação;

VII - orientar as comissões designadas para


habilitação em registro cadastral de fornecedores e de
julgamento de licitações, a fim de que escriturem em livro
próprio ou arquivem, cronologicamente, na forma de livro, com
termo de abertura e encerramento, cópias das atas, elaboradas ou
não por processo informatizado, das diferentes fases dos
processos, tais como: habilitação e cadastro; recebimento e
abertura de propostas; julgamento, adjudicação e homologação do
resultado de licitações;

VIII - transcrever em livro próprio ou colecionar,


cronologicamente, arquivando-as na forma de livro, com termo de
abertura e encerramento, as cópias de todos os contratos,
cartas-contratos e respectivos termos aditivos;

IX - solicitar a transcrição das atas das licitações


em boletim interno da Unidade Gestora;

X - utilizar modelo de convite que instrua os


licitantes quanto ao seu preenchimento correto;

XI - manter protocolo de saída e quitar os protocolos


de entrada de todos os processos licitatórios;

XII - diligenciar para que as especificações de


materiais e serviços constem dos processos licitatórios e das
notas de empenho de maneira clara, completa e detalhada;

31
01 MAR 2003 RCA
12-1
XIII - remeter cópia dos contratos e convênios aos
órgãos competentes para aprovação e homologação, conforme
previsto na legislação pertinente;

XIV - elaborar os processos de transporte de bagagem,


veículo e passagens do pessoal movimentado, na forma da
legislação em vigor; e

XV - providenciar os processos licitatórios e os


contratos referentes à utilização dos bens patrimoniais imóveis
e benfeitorias da União por terceiros.

Art. 33. Compete ao Gestor de Imóveis:

I - registrar e acompanhar, no SIAFI, as alterações do


patrimônio imóvel;

II - manter atualizados os cadastros dos terrenos e


das benfeitorias;

III - manter atualizada a cartografia de sua área de


responsabilidade;

IV - manter, em arquivo compatível, todas as


especificações, plantas e desenhos atualizados, referentes a
cada benfeitoria do patrimônio imóvel;

V - identificar, nas plantas gerais, todas as


benfeitorias, com a numeração do cadastro;

VI - providenciar para que as avaliações e as


reavaliações previstas se realizem por meio de comissão, na
forma da legislação em vigor;

VII - manter arquivo mensal dos registros no SIAFI, de


modo a comprovar as variações ocorridas no patrimônio;

VIII - submeter todos os seus controles à conferência


do Agente de Controle Interno;

IX - comunicar, nos prazos previstos, aos órgãos


regional e central do Sistema de Patrimônio da Aeronáutica todas
as modificações e alterações ocorridas ou apuradas;

X - providenciar para que sejam transcritos, em


boletim, conforme legislação vigente, os Termos de Passagem e
Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis;

XI - acompanhar a legalização e regularização dos bens


imóveis de interesse da Unidade Gestora Executora;

XII - providenciar para que as demolições necessárias


só se iniciem após o cumprimento das exigências regulamentares;

32
01 MAR 2003 RCA
12-1
XIII - acompanhar, junto à fiscalização de obras e
serviços de engenharia, todo o cronograma dos contratos,
recebendo, inclusive, cópias certificadas de todas as medições;

XIV - providenciar para que sejam publicadas, em


boletim, com o fim de incorporação patrimonial, todas as obras e
serviços de engenharia realizados nos imóveis;

XV - confrontar os valores constantes de suas fichas


ou outros documentos de cadastro com os existentes no SIAFI;

XVI – elaborar, anualmente, os inventários analíticos


dos bens patrimoniais imóveis;

XVII - manter arquivo mensal dos documentos


comprobatórios das alterações ou variações do patrimônio de sua
gestão;

XVIII - acompanhar e racionalizar o consumo dos


serviços públicos, bem como certificar o recebimento das faturas
emitidas pelas concessionárias, ressalvando-se o que for
pertinente a Telecomunicações, quando a Unidade Gestora dispuser
de Gestor Específico; e

XIX - assessorar o Agente de Controle Interno quanto


aos critérios adequados para a nomeação das comissões inerentes
aos bens patrimoniais imóveis.

Art. 34. Compete ao Gestor de Imóveis Residenciais,


além do contido no art. 33, quanto ao controle da ocupação,
utilização e conservação dos imóveis residenciais:

I - verificar o estado e a utilização dos imóveis


cedidos a outros órgãos, ao pessoal da Aeronáutica ou a
terceiros, na forma da legislação pertinente;

II - inspecionar, periodicamente, os imóveis sob sua


responsabilidade, com o objetivo de verificar a existência de
quaisquer alterações patrimoniais ou irregularidades;

III - transcrever, em boletim da Unidade Gestora, os


extratos de Termos de Permissão de Uso dos Imóveis, bem como os
das rescisões;

IV - manter, em ordem e em dia, o arquivo dos Termos


de Permissão de Uso dos Imóveis; e

V - elaborar relatório anual sobre a situação dos


imóveis, conforme norma do Órgão Central do Sistema de
Patrimônio da Aeronáutica.

Art. 35. Compete ao Gestor de Registro:

I - registrar, no SIAFI, as alterações de patrimônio


móvel permanente e intangível, a partir das respectivas
publicações, em boletim interno da Unidade Gestora, de empenhos,
guias, notas fiscais, termos de recebimento ou outros documentos
legais;
33
01 MAR 2003 RCA
12-1
II - agir para que sejam designadas comissões de
recebimento, quando for o caso, para propiciar a imediata
inclusão, no patrimônio, de todos os bens móveis permanentes
adquiridos, transferidos, recebidos por doação ou recebidos dos
órgãos provedores;

III - assessorar o Agente de Controle Interno para que


as comissões de recebimento indicadas possuam, pelo menos, um
membro com conhecimento técnico-especializado do bem a ser
recebido;

IV - orientar os detentores para que as transferências


internas de bens patrimoniais móveis permanentes só se
concretizem após a publicação em boletim interno;

V - orientar para que as passagens de cargo, por


ocasião de substituições de Agentes da Administração ou Agentes
Públicos, sejam realizadas dentro dos prazos previstos no RMA
34-1 “Regulamento Interno de Serviços da Aeronáutica (RISAER)”;

VI - orientar os Agentes da Administração ou Agentes


Públicos para que as informações relativas ao patrimônio móvel
permanente, de consumo de uso duradouro e intangível, sejam
registradas adequadamente em ficha, listagem, relação ou outro
documento previsto;

VII - analisar as relações de bens a serem excluídos


quanto ao tempo de utilização de cada item, visando à emissão do
Termo de Exame de Material ou do Termo de Exame de Causas;

VIII - manter atualizado o cadastro de todos os


detentores de bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo
de uso duradouro e intangíveis;

IX - promover, semestralmente, a conferência geral dos


bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso
duradouro e intangíveis e elaborar, anualmente, o inventário
analítico;

X - escriturar os livros, fichas e outros documentos


próprios da sua gestão;

XI - utilizar-se, por ocasião das conferências e


inventários, dos dispositivos legais para cancelar e
reaproveitar a numeração das fichas-carga-geral e parcial ou
outros documentos hábeis, cujos bens se encontrem sem estoque
por cinco anos ou sem previsão de novas inclusões;

XII - providenciar para que todo o bem móvel


permanente e de consumo de uso duradouro seja identificado
corretamente e em local visível;

34
01 MAR 2003 RCA
12-1
XIII - zelar para que o material registrado tenha a
especificação correta e detalhada, a fim de que seja facilmente
identificado;

XIV - promover, em todas as conferências, balanços e


inventários de bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo
de uso duradouro e intangíveis, o confronto da escrituração
sintética centralizada com a analítica;

XV - providenciar a publicação, em boletim interno, de


todos os eventos próprios do setor, inclusive do resultado
apurado nos confrontos por ocasião das conferências, balanços e
inventários;

XVI - efetuar as reavaliações e atualizações dos


valores dos bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de
uso duradouro e intangíveis, de acordo com as normas e ordens em
vigor;

XVII - apresentar, respectivamente, ao Agente Diretor


e ao Agente de Controle Interno os livros de escrituração geral
e parcial ou a documentação informatizada correspondente para as
assinaturas ou rubricas;

XVIII - registrar no SIAFI todos os eventos próprios


do setor;

XIX - confrontar os valores constantes dos seus


registros e inventários com os existentes no SIAFI; e

XX - manter arquivo mensal dos documentos


comprobatórios das alterações ou variações do patrimônio de sua
gestão.

Art. 36. Conforme as necessidades de cada Unidade


Gestora Executora e a critério do seu Comandante, desde que não
haja incompatibilidade com o Regulamento e o Regimento Interno
aprovados, outros gestores poderão ser instituídos, por
intermédio de Norma Padrão de Ação (NPA), para exercerem
atividades específicas, tais como:

I - Gestor de Recursos Humanos;

II - Gestor de Telecomunicações;

III - Gestor de Faturamento;

IV - Gestor de Reembolsável;

V - Gestor de Seção Comercial;

VI - Gestor de Serviços Escolares;

VII - Gestor de Encargos Especiais;

35
01 MAR 2003 RCA
12-1
VIII - Gestor de Subsistência;

IX - Gestor de Transporte de Superfície;

X - Gestor de Tecnologia da Informação.

§ 1o Os serviços reembolsáveis de gêneros


alimentícios, de asseio e limpeza, de medicamentos, de peças de
fardamento e de livros e regulamentos serão ativados por ato do
Comandante da Aeronáutica.

§ 2o As seções comerciais serão ativadas conforme


legislação especifica.

Art. 37. Compete aos Gestores mencionados no art. 36,


quando ativados:

I - submeter os elementos de sua escrituração ao exame


e autenticação do Agente de Controle Interno;

II - registrar, inclusive no SIAFI, os atos e fatos


administrativos da sua área de responsabilidade;

III - comunicar ao Agente de Controle Interno toda


movimentação de bens e valores ocorrida em sua área de
responsabilidade;

IV - proceder à Prestação de Contas e apresentar


demonstrativos, mapas e outros documentos necessários à
comprovação de gestão, quando for o caso, submetendo-os ao exame
do Agente de Controle Interno;

V - certificar o recebimento dos bens e valores na


área de sua competência, dando-lhes o oportuno e conveniente
destino;

VI - efetuar os fornecimentos, na área de sua


competência, exigindo a respectiva quitação;

VII - providenciar a manutenção do nível operativo de


bens e valores necessários às atividades de sua competência;

VIII - recolher ao setor financeiro, mediante


documento legal, no prazo máximo de dois dias úteis, a contar da
data de sua geração, as receitas originadas no setor de sua
responsabilidade, observadas as orientações do Órgão Central do
Sistema de Controle Interno da Aeronáutica;

IX - manter atualizados e contabilizados no SIAFI os


valores correspondentes aos bens patrimoniais; e

X - elaborar os inventários anuais referentes aos bens


patrimoniais de sua gestão.
36
01 MAR 2003 RCA
12-1
Seção V
Dos Agentes Auxiliares

Art. 38. Os Agentes Auxiliares participam da


responsabilidade correspondente às competências que lhes forem
cometidas pelas autoridades.

Art. 39. Além das responsabilidades específicas que


lhes forem imputadas, compete-lhes:

I - conhecer as competências que este Regulamento e as


demais normas em vigor conferem ao cargo do qual estejam
investidos os seus chefes imediatos, a fim de que possam
secundá-los;

II - passar recibo, quando para isso autorizados, dos


bens, documentos ou valores que lhes forem entregues para o
conveniente destino;

III - cumprir as normas peculiares aos serviços de que


estejam encarregados;

IV - prestar contas ao Agente de Controle Interno dos


bens e valores colocados sob sua responsabilidade; e

V - submeter os elementos de sua escrituração ao exame


do Agente de Controle Interno.

CAPÍTULO III
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

Art. 40. É facultado às autoridades da Administração


delegar competência para a prática de atos administrativos,
conforme disposto neste Regulamento e de acordo com as exceções
contidas nas legislações pertinentes.

Parágrafo único. Para obtenção de maior efeito


descentralizador, o ato de delegação poderá autorizar a
subdelegação, à qual se aplicam todas as disposições relativas à
delegação.

Art. 41. O Comandante da Organização, quando oficial-


general ou oficial superior no comando de unidade isolada,
poderá delegar competência, no todo ou em parte, para o
exercício das atividades correspondentes à função de Agente
Diretor, a oficial mais antigo que os demais Agentes da
Administração ou Agentes Públicos ou a servidor civil
assemelhado, seus subordinados.

Art. 42. Ressalvados os casos previstos em


Regulamento ou Regimento Interno, o Comandante da Organização
poderá delegar competência para o exercício das atividades
correspondentes à função de Ordenador de Despesas ao oficial
mais antigo que os demais Agentes da Administração ou Agentes

37
01 MAR 2003 RCA
12-1
Públicos, exceto em relação ao Agente Diretor delegado, ou a
servidor civil assemelhado, seus subordinados.

Art. 43. As atividades de que tratam os art. 41 e 42


poderão ser delegadas a um único oficial ou servidor civil
assemelhado.

Art. 44. O Agente de Controle Interno poderá delegar


parte de suas competências a oficial ou servidor civil
assemelhado, seus subordinados, e aos chefes diretos dos Agentes
Executores.

Art. 45. Os oficiais poderão delegar a militar ou


servidor civil, seus subordinados, competência para responder
pelo controle e pela escrituração dos bens patrimoniais móveis
permanentes, de consumo de uso duradouro, reparáveis e
intangíveis sob sua responsabilidade.

Art. 46. O delegante deverá exercer fiscalização


sobre a atuação do seu delegado, de forma a certificar-se de que
as diretrizes e os dispositivos regulamentares estão sendo
cumpridos.

Art. 47. Os Agentes da Administração ou Agentes


Públicos e seus delegados respondem por seus respectivos atos de
acordo com as normas pertinentes.

Art. 48. O ato da delegação de competência é


específico, impessoal e limitado no tempo, ou seja, guarda
relação com as competências funcionais.

§ 1o O ato de delegação será publicado em boletim


interno da organização e, quando for o caso, na imprensa
oficial, constando os cargos e/ou funções do delegante e do
delegado, as competências delegadas e o prazo de vigência da
delegação.

§ 2o O ato de delegação pode ser revogado a qualquer


tempo pelo delegante.

§ 3o As decisões adotadas por delegação devem


mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão
editadas pelo delegado.

§ 4o O ato de delegação não perde a validade no caso


de substituição do delegado no cargo correspondente à delegação.

§ 5o A delegação de competência à autoridade não


subordinada ao delegante só poderá ser efetivada pelo Comandante
da Aeronáutica.

CAPÍTULO IV
38
01 MAR 2003 RCA
12-1
SUBSTITUIÇÃO DE AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO OU AGENTES PÚBLICOS

Art. 49. A substituição de Agentes da Administração


ou Agentes Públicos obedece ao disposto no Regulamento Interno
de Serviços da Aeronáutica (RISAER).

Art. 50. A gestão orçamentária, financeira,


patrimonial e de recursos humanos não sofre solução de
continuidade quando as circunstâncias determinarem a
substituição de qualquer Agente da Administração ou Agente
Público.

Art. 51. Na substituição definitiva ou interina, a


responsabilidade sobre bens, valores, encargos e documentos será
transmitida ao substituto.

Art. 52. Na substituição eventual, os valores serão


transmitidos ao substituto, se a situação o exigir.

§ 1o Os bens móveis ficarão sob a responsabilidade de


Agente Auxiliar e sob a supervisão do substituto, sem
necessidade de transmissão.

§ 2o Na substituição eventual do Gestor de Finanças,


por qualquer prazo, ocorrerá a transmissão de responsabilidade
relativa aos valores e respectiva escrituração, mediante a
lavratura do respectivo Termo de Passagem e Recebimento de
Cargo.

Art. 53. O substituto interino ou eventual responde


pelos seus atos, como se efetivo fosse.

Art. 54. Nas transmissões definitivas e interinas de


cargo, será lavrado Termo de Passagem e Recebimento de Cargo, no
qual serão registrados, sinteticamente, todos os bens e valores
transmitidos e constará a ratificação integral ou restrita do
substituto, conforme disposto neste Regulamento e na legislação
pertinente.

§ 1o O Termo de Passagem e Recebimento de Cargo se


aplicará também às substituições sem bens ou valores a
transmitir.

§ 2o O Termo de Passagem e Recebimento de Cargo será


transcrito, na íntegra, em boletim interno da Unidade Gestora.

§ 3o Será da responsabilidade do Agente da


Administração ou Agente Público substituído a elaboração do
Termo de Passagem e Recebimento de Cargo, bem como o
acompanhamento de toda a sua tramitação.
§ 4o Em se tratando de transmissão de cargo por motivo
de movimentação, o desligamento do Agente da Administração ou
Agente Público será condicionado, também, à transcrição do Termo

39
01 MAR 2003 RCA
12-1
de Passagem e Recebimento de Cargo no boletim interno da
organização.
Art. 55. O substituto definitivo ou interino será
considerado investido no cargo a partir da data de sua
assinatura no Termo de Passagem e Recebimento de Cargo, a ser
encaminhado pelo Agente de Controle Interno ao Agente Diretor
para homologação e transcrição em boletim, observados os prazos
previstos na legislação pertinente.
Art. 56. A escrituração de bens e de valores será
referida à data efetiva da substituição do Agente da
Administração ou Agente Público.
Art. 57. A substituição de Agente da Administração ou
Agente Público, com transmissão de bens patrimoniais móveis
permanentes, reparáveis, intangíveis, de consumo de uso
duradouro e/ou de consumo em estoque, obrigará a conferência do
material, seguida de confronto com a escrituração centralizada
da Unidade Gestora e anexação dos correspondentes inventários.
Parágrafo único. A critério do Agente Diretor, a
conferência do material será acompanhada por, no mínimo, um
militar ou servidor civil sem qualquer vínculo com ambas as
partes.
Art. 58. Os prazos para as transmissões definitivas
ou interinas de cargo e entrega de bens e valores são os
previstos no RISAER.
Art. 59. O prazo previsto para as transmissões
definitivas ou interinas de cargo e para a entrega de bens ou de
valores, atendendo à solicitação devidamente circunstanciada,
poderá ser prorrogado pelo Agente Diretor da UG em, até, um
período igual ao inicialmente concedido, desde que não
ultrapasse ao fixado em legislação para os casos de movimentação
de pessoal.
Art. 60. Se houver acúmulo de cargos, os prazos serão
contados separadamente para cada transmissão de
responsabilidade, observado o limite disposto no RISAER.
Art. 61. Nos casos de afastamento súbito, tais como:
extravio, deserção, doença, falecimento, suspensão das funções,
desligamento urgente, acidente, seqüestro e outras situações
semelhantes, a transmissão definitiva ou interina do cargo e a
entrega de bens, valores, encargos e documentos serão feitas por
uma comissão de, no mínimo, três membros, nomeada pelo Agente
Diretor, imediatamente após o conhecimento do ato ou fato.

§ 1o A comissão designada observará os prazos fixados


no RISAER e os resultados apurados indicarão, se for o caso, a
responsabilidade do substituído.
§ 2o Ocorrendo o afastamento súbito do Comandante ou
do Agente Diretor delegado, o substituto legal assumirá o cargo
ou a função após a realização de uma Reunião Extraordinária da
Administração.
40
01 MAR 2003 RCA
12-1
PARTE ESPECIAL

LIVRO I
PATRIMÔNIO E ADMINISTRAÇÃO

TÍTULO I
PATRIMÔNIO

CAPÍTULO I
RECURSOS MATERIAIS

Seção I
Bens Patrimoniais

Art. 62. Todos os bens patrimoniais incluídos na


dotação de qualquer organização da Aeronáutica pertencem à
União.

Art. 63. Os bens patrimoniais da União, quanto à


natureza, dividem-se em:

I - móveis;

II - imóveis; e

III - intangíveis.

Seção II
Bens Patrimoniais Móveis

Art. 64. Os bens patrimoniais móveis, entendidos como


tais os suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por
força alheia, compreendem as seguintes categorias:

I - bem móvel permanente - é todo artigo, equipamento


ou conjunto de itens que tem durabilidade prevista superior a
dois anos, quando em utilização, e que não perde a sua
identidade física nem se incorpora a outro bem, em razão do seu
uso;

II - bem móvel de consumo de uso duradouro - é todo


artigo, equipamento, conjunto de itens, ou item de durabilidade
previsível próxima àquela do bem móvel permanente, cujo valor
individual justifique um controle escritural e responsabilidade
pela sua guarda e conservação;

III - bem móvel de consumo - é todo item, peça, artigo


ou gênero que se destine à aplicação, transformação, utilização
ou emprego e, quando utilizado, tem sua vida útil estimada a, no
máximo, dois anos, perdendo as suas características individuais
e isoladas; quando em estoque, em almoxarifado, deve ser
escriturado; e

IV - bem móvel reparável - é todo material suscetível


de recuperação, mediante a substituição ou a restauração dos

41
01 MAR 2003 RCA
12-1
seus componentes, durante a sua vida útil, cujo valor justifique
o controle individualizado.

Parágrafo único. É atribuição da respectiva


organização provedora o estabelecimento dos critérios de seleção
dos itens que serão controlados individualmente.

Art. 65. Os bens móveis permanentes são escriturados


analiticamente nas organizações que diretamente os administram,
tendo os seus valores contabilizados sinteticamente no SIAFI, de
conformidade com o Plano de Contas da Administração Federal.

§ 1o A escrituração de que trata o caput deste artigo,


se efetuada por processos informatizados, será periodicamente
listada e submetida à conformidade do Agente Diretor e ao Agente
de Controle Interno.

§ 2o O cancelamento físico e contábil desses bens está


sujeito, compulsoriamente, a processo de exame de material, ou
de causas, conforme o caso, e a processo de alienação, quando
houver matéria-prima aproveitável.

Art. 66. Os bens móveis de consumo são escriturados


analiticamente nas organizações que diretamente os administram,
tendo os seus valores contabilizados sinteticamente, no SIAFI,
em conformidade com o Plano de Contas da Administração Federal.

§ 1o Na escrituração analítica, para que seja


resguardada a consistência, serão identificados todos os
documentos que deram origem às entradas e saídas.

§ 2o Se utilizados processos informatizados para a sua


escrituração e controle, as alterações deverão estar registradas
no prazo máximo de dois dias úteis, e as listagens serão
submetidas ao Agente de Controle Interno para conhecimento das
alterações.

Art. 67. Os bens móveis de consumo de uso duradouro e


os bens móveis reparáveis serão escriturados e contabilizados na
forma dos bens móveis de consumo e controlados, através de
relações expedidas pelo gestor responsável, submetidas ao Agente
de Controle Interno.

Art. 68. Os saldos contábeis de movimentação de


entrada e saída dos bens móveis de consumo serão comprovados,
mensalmente, através de demonstrativos sintéticos e, anualmente,
através de inventários analíticos, mantidos em arquivo pelo
tempo determinado na legislação vigente.

Parágrafo único. Os bens móveis de consumo de uso


duradouro, em uso, e os bens móveis reparáveis, aguardando
recuperação ou em recuperação, serão apenas inventariados,
analiticamente, no encerramento do exercício.

42
01 MAR 2003 RCA
12-1
Art. 69. São atribuições das organizações provedoras
a padronização e a classificação dos materiais e dos bens móveis
de sua competência.
Seção III
Bens Patrimoniais Imóveis

Art. 70. Os bens patrimoniais imóveis, sob a


responsabilidade da Aeronáutica, entendidos como tais aqueles
que não podem ser transportados sem alteração de sua substância,
dividem-se em:

I - de natureza exclusivamente militar; e

II - de natureza comum.

Art. 71. São de natureza exclusivamente militar:

I - os quartéis e todas as suas instalações;

II - os depósitos e paióis;

III - os hangares e garagens;

IV - os campos de exercício e de prova para


armamentos, munições e engenhos espaciais; e

V - todos aqueles destinados ao funcionamento de suas


organizações.

Art. 72. São de natureza comum:

I - as residências e os conjuntos residenciais


destinados ao pessoal e respectivas famílias;

II - os terrenos situados na parte externa dos


quartéis e outros; e

III - as instalações escolares, recreativas e


congêneres.

Art. 73. A localização das benfeitorias de uma


organização é regulada por seu Plano Diretor.

§ 1o O Plano Diretor será aprovado pelo Chefe do


Estado-Maior da Aeronáutica, por iniciativa do órgão central do
sistema correspondente.

§ 2o Cabe ao órgão central do sistema baixar


instruções normativas para a elaboração de propostas do Plano
Diretor.

Art. 74. As alterações ocorridas nos valores dos bens


patrimoniais imóveis, em razão de reforma, recuperação ou
conservação, serão objeto de publicação em boletim interno da

43
01 MAR 2003 RCA
12-1
UGE e de registro no SIAFI, para a devida incorporação destes
valores ao patrimônio do Comando da Aeronáutica.

Parágrafo único. As alterações ocorridas nas


características dos bens imóveis, também, deverão ser publicadas
em boletim interno, para o devido registro patrimonial, de
acordo com as instruções dos órgãos central e regional do
sistema de patrimônio do Comando da Aeronáutica.

Art. 75. São atribuições dos órgãos regionais do


sistema de patrimônio, além do assessoramento técnico, a
manutenção , em ordem e em dia, dos registros cadastrais dos
bens imóveis referentes às UG de sua responsabilidade.

Art. 76. São atribuições do órgão central do sistema


de patrimônio da Aeronáutica o registro cadastral atualizado de
todos os bens imóveis sob responsabilidade do Comando da
Aeronáutica, bem como a remessa ao órgão central do patrimônio
da União de todas as informações previstas na legislação
pertinente.

Art. 77. Os bens patrimoniais imóveis são


escriturados analiticamente nas organizações que diretamente os
administram, tendo os seus valores contabilizados no SIAFI,
também analiticamente, de conformidade com o Plano de Contas da
Administração Federal.

Art. 78. Os saldos contábeis de movimentação de


entrada e saída dos bens imóveis serão comprovados, mensalmente,
através de demonstrativos sintéticos e, anualmente, através de
inventários analíticos, mantidos em arquivo pelo tempo
determinado na legislação vigente.

Seção IV
Bens Patrimoniais Intangíveis

Art. 79. Bens patrimoniais intangíveis são os que não


têm existência concreta. Embora possam ser objeto de direito e
de obrigações e deles se possam sentir os efeitos, não possuem
materialidade.

Art. 80. São bens intangíveis, dentre outros:

I - royalties; e

II - patentes.

Art. 81. Os bens patrimoniais intangíveis são


escriturados analiticamente nas organizações que diretamente os
administram, tendo os seus valores contabilizados sinteticamente
no SIAFI, de conformidade com o Plano de Contas da Administração
Federal.

Art. 82. Os saldos contábeis da movimentação de


entrada e saída dos bens intangíveis serão comprovados,
44
01 MAR 2003 RCA
12-1
mensalmente, através de demonstrativos sintéticos e, anualmente,
através de inventários analíticos, mantidos em arquivo pelo
tempo determinado na legislação vigente.

45
01 MAR 2003 RCA
12-1

CAPÍTULO II
MOVIMENTAÇÃO

Seção I
Entrega, Recebimento e Remessa

Art. 83. Todo material destinado à OM ou a ela


recolhido para qualquer fim deverá ser entregue no local
previamente estabelecido, acompanhado de documento de entrega.

Art. 84. No documento de entrega constarão a


quantidade, a especificação detalhada do material, os preços
unitários e totais e, quando for o caso, o estado físico e os
motivos do recolhimento.

Art. 85. São considerados documentos para formalizar


a entrega:

I - nota fiscal (1ª e 2ª vias) ou documento


equivalente;

II - nota de empenho;

III - termo de cessão provisória ou definitiva;

IV - ordem de serviço (1ª via);

V - guia de movimentação de material (1ª e 2ª vias); e

VI - portaria de fornecimento de material (1ª e 2ª


vias).

Art. 86. A Unidade Gestora remetente e qualquer outra


unidade envolvida com remessa de material são responsáveis pela
guarda, conservação, quantidade, estado, acondicionamento e
embalagem do material remetido, até que este seja recebido pela
unidade de destino.

Art. 87. A Unidade Gestora remetente comunicará o


envio do material, indicando a quantidade de volumes remetidos,
e o destinatário acusará o seu recebimento, ambos no prazo de
cinco dias úteis, contados a partir dos respectivos atos de
expedição e recebimento.

Parágrafo único. Para fins de recebimento do


material, a data a ser considerada para contagem do prazo
especificado no caput deste artigo será aquela registrada no
protocolo de entrada da UG e lançada no documento de entrada do
material.

Art. 88. O material entregue ficará dependendo, para


a sua aceitação, dos exames qualitativo e quantitativo, a cargo
do gestor ou da comissão designada para o recebimento.

46
01 MAR 2003 RCA
12-1
Art. 89. O recebimento de material de valor igual ou
superior ao limite estabelecido para a modalidade de licitação
convite, para compras e serviços, será confiado a uma comissão
de, no mínimo, três membros.

Art. 90. Para o material que exigir exame qualitativo


(parecer técnico ou exame de laboratório), será designada
comissão composta de três membros, tendo, pelo menos, um
elemento com conhecimento técnico do material, sendo, neste
caso, o prazo para recebimento de, no máximo, dez dias úteis,
contados da data da entrega.

Art. 91. Para o material de que trata o art. 90, o


prazo estabelecido poderá ser prorrogado por até dois períodos
iguais, caso se trate de bem cujo exame seja de comprovada
complexidade.

Art. 92. O material que, por sua natureza, não


depender de exame qualitativo será recebido e aceito pelo gestor
ou comissão no prazo máximo de cinco dias úteis, contados da
data da entrega.

Art. 93. O material entregue, se considerado aceito,


será recebido para todos os fins de direito, mesmo se os
recebimentos se efetivarem fora dos prazos estabelecidos.

Parágrafo único. Quando a entrega do material ocorrer


em desacordo com o prazo previsto no instrumento contratual, o
gestor ou a comissão deverá registrar a ocorrência do fato para
as providências cabíveis.

Art. 94. Cabe ao gestor, ou à comissão designada para


o recebimento do material, a responsabilidade pelo cumprimento
dos prazos estabelecidos.

Art. 95. O material não poderá ser utilizado antes da


realização dos exames citados no art. 90, atribuindo-se aos
responsáveis pelo seu uso prematuro os prejuízos verificados em
decorrência desse fato.

Art. 96. No caso de aquisição de material no


exterior, em atendimento à solicitação de Unidade Gestora no
Brasil, é atribuição das comissões e das representações da
Aeronáutica no exterior a conferência documental no ato do
recebimento do material, e das organizações destinatárias, os
exames qualitativo e quantitativo.

Art. 97. A quitação referente ao recebimento do


material será lavrada no respectivo documento de entrega ou em
termo próprio, conforme o caso.

Art. 98. As faltas ou defeitos, constatados durante


os exames, serão registrados nos respectivos termos ou nos
documentos previstos para a quitação.

47
01 MAR 2003 RCA
12-1
Art. 99. Nos casos de falta imputável ao órgão
remetente, a Unidade recebedora registrará ou relacionará no seu
patrimônio somente o material que for efetivamente aceito,
comunicando imediatamente ao órgão remetente a falta verificada.

Art. 100. As disposições sobre a entrega, exame e


recebimento de material estabelecidas neste Regulamento são
extensivas aos serviços, no que for aplicável.

Parágrafo único. Em se tratando de obras e serviços


de engenharia, aplicar-se-á a legislação pertinente.

Art. 101. As transferências patrimoniais serão,


obrigatoriamente, registradas no SIAFI pelos órgãos provedores
ou remetentes, no prazo de até cinco dias úteis, contados da
data da remessa do bem, quando também a Unidade Gestora de
destino será informada da transferência.

Art. 102. Os recebimentos das transferências patri-


moniais serão registrados no SIAFI com prazo contado da data do
recebimento do bem, observados os art. 90 a 92 deste
Regulamento.

Seção II
Inclusão e Exclusão

Art. 103. Os bens patrimoniais móveis adquiridos,


recebidos em doação ou cessão, fabricados ou recuperados pela UG
ou encontrados em excesso nas conferências, serão incluídos no
patrimônio ou relacionados, sendo contabilizados com base no
documento correspondente, registrando-se a nomenclatura
detalhada do material, quantidade, valor unitário e valor total.

§ 1o Na falta de preço unitário, tomar-se-á por base o


preço vigente no comércio.

§ 2o Se não existir produto correspondente no


comércio, a avaliação será procedida por um agente com
conhecimento adequado ou comissão nomeada pelo Agente Diretor.

Art. 104. A movimentação dos bens móveis permanentes


e intangíveis, tais como inclusão, transferência ou exclusão,
será objeto de publicação imediata em boletim interno da UG que
os administra.

Art. 105. O bem móvel permanente ou intangível,


aceito e recebido, será incluído no patrimônio no prazo de até
cinco dias úteis, a contar da data do recebimento.

Art. 106. No caso de bem de consumo, de bem de


consumo de uso duradouro e de bem reparável, os mesmos serão

48
01 MAR 2003 RCA
12-1
contabilizados e escriturados no prazo de até cinco dias úteis,
contados a partir da data do recebimento.

Art. 107. Nos depósitos das organizações provedoras,


o bem móvel permanente ou de consumo de uso duradouro, adquirido
e destinado a fornecimento, será registrado, escriturado e
controlado, devendo ser transferido para o patrimônio da Unidade
de destino e incluído após ter sido recebido formalmente.

Art. 108. A exclusão dos bens móveis permanentes e


intangíveis se originará de processo regular, no qual constarão
a nomenclatura completa, as quantidades e as datas do
recebimento, os valores e o motivo da exclusão.

Art. 109. Quando houver responsabilidade individual


ou solidária pela prática de atos lesivos ao patrimônio público,
apurada em processo administrativo competente, que resulte em
reposição ou indenização, estas serão especificadas no mesmo ato
que determinar a exclusão do bem, observada a legislação em
vigor.

§ 1o Na impossibilidade de reposição de bem


patrimonial móvel por outro idêntico, o recebimento de bem
semelhante será precedido da realização de exame na forma do
art. 88 deste Regulamento.

§ 2o Só em última instância, a indenização será feita


preterindo a reposição e, quando realizada, deverá ser de forma
que compense integralmente o dano causado ao conjunto.

Art. 110. As peças acessórias ou partes componentes


de jogo ou coleção de bem móvel permanente, de consumo de uso
duradouro ou reparável não poderão ser excluídas isoladamente,
cabendo aos responsáveis pelo seu extravio ou inutilização repô-
las, de modo a integralizar o conjunto.

Art. 111. Na impossibilidade de reposição das peças


acessórias ou partes componentes de jogo ou coleção, a
indenização será feita pelo valor atualizado com base nos preços
de mercado.

Parágrafo único. Em se tratando de bem de procedência


estrangeira, a indenização será feita com base no valor
atualizado, considerando-se o câmbio vigente na data de sua
efetivação.

Art. 112. A exclusão dos bens patrimoniais móveis


permanentes deverá ser precedida de:

I - exame do material:

a) para o bem que tiver completado o tempo mínimo de


duração previsto nas respectivas tabelas e que não mais esteja
em condições de ser utilizado;

49
01 MAR 2003 RCA
12-1
b) para aquele bem que, por motivo de força maior ou
caso fortuito, tenha se tornado imprestável antes de completar o
seu tempo mínimo de duração, ou quando não haja tempo de duração
fixado;

c) para o bem que apresentar inservibilidade para o


fim a que se destina, não sendo suscetível de reparação ou
recuperação;

d) para o bem que se pretenda alienar, por se achar


disponível e sem probabilidade de aplicação próxima ou remota;

e) para o bem cuja recuperação ou alienação for


considerada antieconômica ou inconveniente; e

f) para o deteriorado ou inutilizado em depósito,


resultante de incúria ou imprevidência dos responsáveis.

II - exame de causas:

a) para o extraviado ou desaparecido; e

b) para o extorquido, roubado, furtado ou saqueado.

Art. 113. As exclusões dos bens móveis de consumo de


uso duradouro e dos bens móveis reparáveis, das suas respectivas
relações, serão formalmente solicitadas e devidamente
justificadas, pelos detentores, ao Agente Diretor.

§ 1o Em se tratando de bem móvel reparável, de valor


igual ou superior ao limite estabelecido para a modalidade de
licitação convite, para compras e serviços, deverá ser observado
o disposto no art. 112 deste Regulamento.

§ 2o No caso de bem móvel reparável, cujo valor seja


inferior ao previsto no § 1o deste artigo, a critério do Agente
Diretor, poderá ser aplicado o disposto no art. 112 deste
Regulamento.

Art. 114. São motivos para a inutilização do


material, dentre outros:

I - a sua contaminação por agentes patológicos, sem a


possibilidade de recuperação por assepsia;

II - a sua infestação por insetos nocivos, com o risco


para outro material;

III - a sua natureza tóxica ou venenosa;

IV - a sua contaminação por radioatividade; e

50
01 MAR 2003 RCA
12-1
V - o perigo irremovível de sua utilização fraudulenta
por terceiros.

Parágrafo único. A inutilização do material, que não


for objeto de alienação, poderá ser a destruição ou a
incineração (com o respectivo Termo de Destruição ou
Incineração), desde que sejam atendidos os dispositivos
previstos em legislação quanto à segurança das instalações e à
preservação do meio ambiente.

Art. 115. O documento básico para que seja ordenado o


exame do material ou o exame de causas, ou ambos, será a parte
circunstanciada do respectivo gestor ou responsável direto pelo
bem, acompanhada de uma relação onde constem os seguintes
elementos:

I - especificação discriminativa do bem;

II - tempo de duração previsto e data da inclusão no


patrimônio;

III - quantidade e unidade;

IV - valor unitário histórico e atualizado;

V - motivo do exame; e

VI - outros esclarecimentos julgados necessários.

Art. 116. O exame de material ou de causas será


realizado por comissão composta por, no mínimo, três membros,
dos quais um, pelo menos, tenha conhecimento especializado ou
técnico do material a examinar.

Art. 117. O resultado do exame de material ou de


causas deverá constar em termo específico que contenha todos os
dados necessários à decisão do Agente Diretor, indicando as
partes do bem suscetíveis de aproveitamento.

Art. 118. Será dispensado de qualquer exame o


material cujo valor do dano esteja apurado e identificado o
responsável por sua reposição ou ressarcimento, através de
processo administrativo competente.

Art. 119. Tratando-se de material existente nos


órgãos sediados no exterior, as providências serão executadas
pelos respectivos chefes, sempre que o efetivo não comportar a
nomeação de comissão.

Art. 120. Quando se tratar de deterioração ou


inutilização de material em depósito, a comissão para exame do
material será nomeada logo que o Agente Diretor tenha
conhecimento do fato, apurando-se a responsabilidade através de
processo administrativo competente.

51
01 MAR 2003 RCA
12-1
Art. 121. Caberá aos órgãos provedores a elaboração
das tabelas de tempo de duração dos bens que lhes são afetos,
bem como a atualização periódica dos dados existentes.

Art. 122. Para o bem que não tiver completado o tempo


mínimo de duração, ou que não tenha sido fixado, a comissão
designada, depois dos exames e diligências realizadas, lavrará
termo, do qual constarão:

I - o estado em que o bem se encontra, o dano sofrido


e o seu valor;

II - a causa do dano;

III - a ocorrência, ou não, de caso fortuito ou motivo


de força maior;

IV - o grau de responsabilidade do detentor do bem;

V - outros responsáveis pelo estrago ou pela


inutilização; e

VI - a possibilidade de recuperação e, em caso


negativo, se existe parte e/ou matéria-prima aproveitável ou
passível de alienação.

Art. 123. No caso de o material já ter completado seu


tempo mínimo de duração previsto e ter sido considerado
inservível para o uso, o resultado do exame será declarado
sucintamente pela comissão no verso da própria relação.

Art. 124. No Termo de Exame de Causas ou de Material


serão evidenciadas as ocorrências, as circunstâncias e outros
esclarecimentos julgados necessários.

Art. 125. Os exames de causas e de material não


dispensam a abertura de sindicância, inquérito policial-militar
ou tomada de contas especial, o que o fato comportar.

Art. 126. O bem será examinado no local em que se


achar depositado ou distribuído.

Parágrafo único. Havendo necessidade de remoção do


material para exames técnicos específicos, a comissão elaborará
termo circunstanciado sobre o estado do bem e os motivos que
recomendam a sua remoção, encaminhando-o à apreciação do Agente
Diretor.

Art. 127. Com base no termo de exame, o Agente


Diretor decidirá em despacho motivado no próprio documento:

52
01 MAR 2003 RCA
12-1
I - imputar o prejuízo à União ou responsabilizar o
culpado;

II - mandar excluir do patrimônio e dar baixa na


escrituração ou recuperar o bem; e

III - indicar o destino a ser dado ao bem,


determinando a abertura de processo de alienação ou de
inutilização, conforme o caso, observado o inciso VI do art. 122
deste Regulamento.

Art. 128. O prazo entre o fato gerador da realização


de exame do material ou de causas e a publicação das conclusões,
em boletim interno da organização, será, no máximo, de trinta
dias.

Art. 129. A movimentação mensal de bem móvel


permanente será comunicada à organização provedora
correspondente, a critério desta, no prazo estabelecido na
legislação pertinente.

Art. 130. O bem distribuído para uso na UG será


marcado, sempre que possível, de maneira a permitir a sua pronta
identificação, facilitando os controles.

CAPÍTULO III
ALIENAÇÃO

Art. 131. Os bens imóveis disponíveis e os bens


móveis inservíveis ou excluídos, bem como a matéria-prima
aproveitável, oriunda de exclusão, sempre que não tiverem
aplicação na Unidade Administrativa, serão alienados.

Art. 132. A alienação de bens, subordinada à


existência de interesse da Administração, devidamente
justificada, será precedida de vistoria, avaliação e licitação,
dispensada esta nos casos estabelecidos na legislação
pertinente.

Art. 133. O bem patrimonial móvel incluído na dotação


de uma organização da Aeronáutica, quando considerado
inservível, deverá ser classificado como:

I - ocioso - quando, em perfeitas condições de uso,


não estiver sendo aproveitado ou, ainda, aquele cuja demanda de
utilização não se verifique em função de sua obsolescência ou
por se tratar de material supérfluo;

II - recuperável - quando sua recuperação for possível


e indicada em razão do custo abrir especificidade do material;

III - antieconômico - quando sua manutenção for


onerosa ou seu rendimento precário, em virtude de uso prolongado
ou desgaste prematuro; e

53
01 MAR 2003 RCA
12-1
IV - irrecuperável - quando não mais puder ser
utilizado para o fim a que se destina, devido à perda de suas
características ou em razão da inviabilidade econômica de sua
recuperação.

Art. 134. A avaliação do bem a ser alienado será


realizada por comissão, especificamente designada, de, no
mínimo, três membros, cujo resultado será registrado em termo
próprio.

Art. 135. A comissão de avaliação deverá conter,


dentre seus membros, pelo menos um com conhecimento técnico-
especializado do bem, a quem caberá a assessoria pelo laudo de
avaliação.

Art. 136. A Unidade Gestora que não possuir em seu


efetivo nenhum servidor em condições de avaliar tecnicamente o
bem disponível deverá solicitar a gestão de outro órgão que
disponha de tais condições.

Art. 137. A Administração poderá, em casos especiais,


contratar, por prazo determinado, serviço de empresa ou
profissional especializado para assessorar a comissão quando se
tratar de material de grande complexidade, vulto, valor
estratégico ou cujo manuseio possa oferecer risco a pessoas,
instalações ou ao meio ambiente.

Art. 138. Para o bem a ser alienado, o termo


evidenciará:

I - o estado do material;

II - o valor de aquisição;

III - o valor constante do Termo de Avaliação, de


conformidade com preços atualizados e praticados no mercado;

IV - os motivos da disponibilidade; e

V - a oportunidade ou conveniência da alienação.

Art. 139. O resultado da avaliação conduzirá a


comissão à modalidade de licitação apropriada para a alienação.

Art. 140. A alienação de bens imóveis obedecerá ao


que prescreve a legislação pertinente e, de acordo com cada
caso, dependerá de licitação.

Art. 141. A alienação de bens móveis, em função da


modalidade de licitação correspondente ao valor avaliado,
dependerá de autorização de autoridade superior competente.

Art. 142. A alienação de aeronave, material bélico e


seus equipamentos específicos deverá ser proposta pelo
54
01 MAR 2003 RCA
12-1
respectivo órgão de Direção Setorial ao Comandante da
Aeronáutica, através do EMAER.

Art. 143. Para a alienação de bens imóveis, nos casos


previstos na legislação, e de bens móveis avaliados, isolada ou
globalmente, em quantia não superior ao limite previsto para a
licitação na modalidade de tomada de preços, poderá ser adotada
a modalidade de leilão.

Art. 144. Para a realização de leilão, será


solicitada a indicação de profissional especializado ao
correspondente órgão de classe ou a designação de Agente da
Administração ou Agente Público, devendo obedecer ao
procedimento previsto na legislação pertinente.

Art. 145. O laudo ou termo técnico de avaliação é


parte constitutiva do processo de alienação.

Art. 146. Os valores arrecadados nas alienações


destinam-se ao Fundo Aeronáutico, na forma da legislação
pertinente.

CAPÍTULO IV
ARROLAMENTO

Art. 147. O arrolamento para acerto patrimonial


constitui medida de exceção só autorizada pelo Comandante da
Aeronáutica, em atendimento a expediente circunstanciado, no
qual são identificadas as causas e definidas as
responsabilidades.

Art. 148. Proceder-se-á ao arrolamento nos seguintes


casos:

I - estado caótico da escrituração, sem possibilidade


de normalização pelos meios regulares;

II - dano à escrituração, conseqüente de caso fortuito


ou motivo de força maior; e

III - ao término de operações de combate, real ou


simulado.

CAPÍTULO V
CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO

Art. 149. É responsabilidade direta do detentor de


qualquer bem do patrimônio público adotar as providências
necessárias, no sentido de garantir a guarda, a conservação e a
manutenção, em adequadas condições de uso.

Art. 150. O material em estoque será transmitido ao


substituto pelo substituído no mesmo estado em que foi recebido,

55
01 MAR 2003 RCA
12-1
ressalvados os casos fortuitos ou motivos de força maior,
devidamente comprovados.

Art. 151. As providências para recuperação do


material são de responsabilidade da Unidade Gestora que o mantém
sob a sua guarda, dentro dos recursos de que dispõe, observado o
aspecto econômico da recuperação.

Art. 152. Quando ocorrer pintura ou reforma de bem


móvel permanente, as novas características incorporadas deverão
ser publicadas em boletim interno e registradas nos controles da
organização, para conferências posteriores.

TÍTULO II
ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

CAPÍTULO I
RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS

Art. 153. As Unidade Gestora, para atender às suas


necessidades, podem dispor de:

I - créditos orçamentários; e

II - créditos adicionais.

Art. 154. Créditos Orçamentários são os consignados


na Lei de Orçamento e atribuídos ao Comando da Aeronáutica para
o cumprimento de sua missão.

Art. 155. Créditos Adicionais são autorizações de


despesas não contempladas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Orçamento e classificam-se em suplementares, especiais e
extraordinários.

Art. 156. Na execução orçamentária, será observada a


sistemática estabelecida em legislação própria, especialmente a
Lei de Responsabilidade Fiscal, normas e instruções
complementares pertinentes.

Art. 157. A descentralização de créditos


orçamentários e adicionais à Unidade Gestora é efetuada por meio
de provisão pelo Órgão Central do Sistema de Controle Interno da
Aeronáutica e pelas organizações autorizadas.

Art. 158. A autoridade competente para conceder


provisão de crédito poderá anulá-la no todo ou em parte,
conforme o caso.

Art. 159. Feita a provisão ou a distribuição de


créditos, a movimentação dos recursos financeiros, necessários à
despesa, será efetuada conforme as normas de programação
financeira.

56
01 MAR 2003 RCA
12-1
Art. 160. Os recursos financeiros referentes a
créditos orçamentários e adicionais serão transferidos por meio
de Conta Única do Governo Federal ou, em casos especiais, serão
creditados em contas específicas, de acordo com a programação
financeira do governo.

CAPÍTULO II
RECURSOS FINANCEIROS

Art. 161. O produto das arrecadações ou recebimentos


ocorridos será depositado na Conta Única do Governo Federal, ou,
em casos especiais, serão creditados em contas específicas, no
máximo dentro de dois dias úteis, a contar da correspondente
geração ou do recebimento pelo Gestor de Finanças, observadas as
orientações do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da
Aeronáutica.

Art. 162. Os recursos financeiros, no país, sob a


responsabilidade de uma Unidade Gestora Executora, serão
mantidos na Conta Única do Governo Federal no Banco do Brasil
S/A e movimentados somente através daquele Banco.

Parágrafo único. A utilização de outra instituição


bancária, se necessária, somente poderá ocorrer após autorização
obtida através do Órgão Central do Sistema de Controle Interno
da Aeronáutica.

Art. 163. As transferências autorizadas de recursos


financeiros entre Unidades Gestoras serão efetuadas por meio da
Conta Única do Governo Federal, de acordo com instruções do
Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.

CAPÍTULO III
DESPESAS

Art. 164. A despesa compreende três fases: empenho,


liquidação e pagamento.

Art. 165. Nenhuma despesa será realizada sem a


existência de crédito específico que a comporte dentro do
respectivo exercício financeiro.

Art. 166. É vedada a realização de qualquer despesa


sem a existência de prévio empenho.

Art. 167. O empenho de despesa, identificado segundo


sua natureza ou finalidade, poderá ser:

I – ordinário - corresponde ao montante exato do


compromisso;

II – global - próprio das despesas contratuais e


outras, sujeitas à entrega parcelada dos bens ou serviços e
obras, correspondendo ao valor exato do compromisso; e

57
01 MAR 2003 RCA
12-1
III – estimativo - referente à despesa, cuja
importância exata não se possa previamente determinar.

Art. 168. A liquidação da despesa consiste na


verificação do direito adquirido pelo credor e será feita tendo
por base:

I - a nota de empenho;

II - os comprovantes de entrega do material ou


prestação efetiva do serviço; e

III - a execução total ou parcial do objeto do


contrato ou documento correspondente.

Art. 169. Quando for necessário cancelar o empenho,


será emitida nota de anulação de empenho pela mesma autoridade
que emitiu a nota de empenho ou por seu substituto legal.

Art. 170. A anulação total ou parcial do empenho


ocorrerá, desde que regularmente registrada no processo
correspondente, quando:

I - a despesa empenhada for superior à despesa


efetiva-mente realizada;

II - não ocorrer a prestação do serviço contratado;

III - o bem adquirido não for entregue total ou


parcialmente; ou

IV - a nota de empenho for extraída com impropriedade.

Art. 171. O empenho, a liquidação e o pagamento de


despesa na Aeronáutica serão regulados pela legislação e normas
aplicáveis à espécie, complementadas por instruções do Órgão
Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.

CAPÍTULO IV
LICITAÇÕES E CONTRATOS

Art. 172. As licitações e os instrumentos formais de


dispensa e de inexigibilidade legalmente previstos, bem como as
contratações decorrentes, serão realizados de conformidade com
as normas legais e com as instruções complementares vigentes no
âmbito do Comando da Aeronáutica.

Parágrafo único. Instruções específicas serão


expedidas e atualizadas sempre que necessário, por iniciativa do
Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica,
inclusive para as comissões e as representações do Comando da
Aeronáutica no exterior.

Art. 173. Todas as minutas de editais e contratos


elaboradas pelas UG deverão ser, previamente, examinadas e
aprovadas, sob o aspecto legal, por Assessoria Jurídica do
Comando da Aeronáutica, nos termos da legislação pertinente.
58
01 MAR 2003 RCA
12-1
CAPÍTULO V
PAGAMENTOS

Art. 174. Os pagamentos de despesas a terceiros,


obedecidas à legislação, normas e instruções complementares
pertinentes, serão feitos por ordem bancária.

Art. 175. Quando houver despesa não atendível pela


via bancária, o pagamento será feito por meio de suprimento de
fundos, na forma da legislação pertinente.

Art. 176. O pagamento de despesas observará a ordem


cronológica da sua liquidação e os prazos estabelecidos na
legislação pertinente, salvo quando presentes relevantes razões
de interesse público e mediante prévia justificativa do
Ordenador de Despesas, devidamente publicada.

Art. 177. Para a realização do pagamento de despesa,


deverão ser observadas as seguintes etapas:

I - empenho da despesa;

II - recebimento e aceitação do material ou serviço;

III - liquidação da despesa com indicação do documento


de entrega; e

IV - conferência dos documentos que compõem o processo


pelo setor de controle interno, na forma da legislação em vigor.

Parágrafo único. A emissão da Ordem Bancária ficará


condicionada à verificação do cumprimento das etapas, acima
elencadas, pelo gestor de finanças.

CAPÍTULO VI
REGISTROS

Seção I
Contabilidade

Art. 178. A Contabilidade, na Aeronáutica,


compreende:

I - Contabilidade Orçamentária - destinada a


acompanhar e a analisar a execução do orçamento;

II - Contabilidade Financeira - destinada a manter em


evidência a movimentação de todos os valores, saldos e os demais
elementos necessários à sua fiscalização;

III - Contabilidade Patrimonial - destinada ao


registro das alterações dos bens móveis, imóveis e intangíveis
da União, a cargo do Comando da Aeronáutica; e

59
01 MAR 2003 RCA
12-1
IV - Contabilidade de Custos - destinada a acumular,
organizar, analisar e interpretar os custos dos produtos, dos
serviços, dos componentes da organização, dos planos
operacionais e das atividades de distribuição, a fim de
determinar resultados, controlar as operações e auxiliar o
planejamento e o processo decisório.

Seção II
Escrituração

Art. 179. Os bens patrimoniais, de qualquer natureza,


adquiridos pela Unidade Gestora, serão escriturados na conta
contábil apropriada do SIAFI.

Art. 180. A escrituração contábil referente à


execução orçamentária, financeira e patrimonial será analítica e
sintética, devendo ser registrada por meio do SIAFI e outros
processos complementares.

§ 1o A escrituração analítica registrará, de modo


cronológico e sistemático, os atos e fatos administrativos e
será realizada pela UGE à qual está creditado o orçamento
aprovado.

§ 2o A escrituração sintética, com base na


escrituração analítica, evidenciando o estado da administração,
será realizada pelo Órgão Central do Sistema de Controle Interno
da Aeronáutica.

Art. 181. Uma escrituração estará em ordem quando


observar os modelos em vigor e não apresentar falhas em relação
aos princípios gerais de contabilidade e às disposições que
regulam o assunto; estará em dia, quando registrar todas as
alterações ocorridas até dois dias úteis anteriores à data de
verificação, ressalvado o disposto nos art. 105 e 106 deste
Regulamento.

Art. 182. A escrituração será feita de forma


simplificada e racional, segundo normas e modelos de cada
sistema.

Parágrafo único. Para a realização da escrituração,


poderá ser utilizado qualquer tipo de equipamento ou processo,
desde que observadas as normas estabelecidas.

Art. 183. A escrituração dos bens patrimoniais deverá


representar com exatidão o existente na organização, observando
o disposto no art. 179.

Art. 184. Os bens patrimoniais serão escriturados,


inicialmente, pelo valor histórico.

§ 1o Todos os bens patrimoniais sob responsabilidade


de UG constarão, na escrituração, com o respectivo valor em

60
01 MAR 2003 RCA
12-1
moeda nacional e serão reavaliados quando determinado em
legislação pertinente.

§ 2o Os bens patrimoniais cujos valores históricos


sejam desconhecidos serão incluídos no patrimônio com o valor de
sua avaliação.

Art. 185. Os bens móveis de consumo, quando iguais,


mas de valores diferentes serão reunidos, escriturados e
inventariados pelo preço médio ponderado, por ocasião da
reavaliação anual.

Art. 186. A especificação dos bens patrimoniais


móveis, quanto ao peso, dimensão, superfície e volume, basear-
se-á, em princípio, no sistema de pesos e medidas em vigor.

Parágrafo único. No que diz respeito à sua


nomenclatura, deverá ser completa e detalhada, observando-se a
ortografia oficial.

Art. 187. O material importado será escriturado no


SIAFI, com os seus valores em moeda nacional.

§ 1o A taxa de câmbio utilizada para conversão será


aquela registrada no SIAFI referente ao último dia do mês
anterior, em relação à data de certificação do recebimento, na
comissão ou na representação da Aeronáutica no exterior, do item
ou lote constante do documento fiscal.

§ 2o Os bens móveis que constituam partes de um mesmo


conjunto, recebidos em remessas separadas, terão os seus valores
inseridos no SIAFI, de conformidade com o disposto no caput e no
§ 1o deste artigo, em conta específica, vinculada a contrato, ou
não, conforme o caso.

§ 3o A inclusão no patrimônio de itens e peças


sobressalentes recebidos separadamente, cujo produto final,
agregado de serviços especializados de montagem e instalação,
constitua um bem móvel claramente identificado, será processada
pelo preço do somatório dos documentos fiscais registrados, de
conformidade com os §§ 1o e 2o deste artigo.

§ 4o O material importado existente no patrimônio das


representações e das comissões da Aeronáutica no exterior deve
ser escriturado na moeda de origem, e sua contabilidade se fará
pela conversão na moeda nacional, conforme regulamentação do
SIAFI.

Art. 188. Os relatórios, gerados de forma mecânica ou


informatizada, referentes a posições de natureza patrimonial ou
financeira, conterão os totais parciais e gerais, em cada folha,
e serão assinados no encerramento e rubricados nas demais
folhas.

61
01 MAR 2003 RCA
12-1
Art. 189. O registro contábil dos fatos
administrativos de natureza financeira será feito de acordo com
as especificações constantes da Lei de Orçamento e dos créditos
adicionais.

Art. 190. Abaixo da assinatura, firma ou rubrica, em


documentos e processos, deverá constar o nome completo do
signatário e a indicação do respectivo posto e cargo.

Parágrafo único. As decisões adotadas por delegação


devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão
de responsabilidade do delegado.

Art. 191. Poderá ser usada chancela mecânica,


mediante a reprodução exata da assinatura, firma ou rubrica da
autoridade administrativa competente, na autenticação de
documentos em série ou de emissão repetitiva, tais como fichas
de controle patrimonial e folhas de livros.

Art. 192. A autoridade administrativa fixará, em ato


próprio, as condições técnicas de controle e segurança do
sistema e será responsável pela legitimidade e valor dos
processos, documentos e papéis autenticados na forma do artigo
anterior.

Seção III
Erros e Retificações

Art. 193. A entrelinha, rasura, emenda, omissão,


espaço em branco e quaisquer outras irregularidades na
escrituração, conforme o caso, terão sua ressalva validada com a
assinatura da maior autoridade responsável pela elaboração do
documento ou do seu substituto legal, sendo objeto das seguintes
correções:

I - a tinta vermelha;

II - por meio de estorno;

III - com lançamento supletivo; ou

IV - com declaração "em tempo".

§ 1o Na retificação feita com tinta vermelha, a parte


a corrigir será cancelada com um ou dois traços horizontais,
escrevendo-se logo acima o que for certo, tudo disposto de
maneira que deixe ver as palavras ou algarismos pré-existentes.

§ 2o A correção mencionada no § 1o deste artigo será


acompanhada de ressalva, também com tinta vermelha, confirmada e
lançada à margem ou em lugar que não prejudique a clareza do
documento.

§ 3o A retificação por meio de estorno será


justificada mediante histórico sucinto do engano.
62
01 MAR 2003 RCA
12-1
§ 4o O lançamento supletivo, destinado a sanar
omissões ou deficiências, será feito de maneira que não deixe
qualquer dúvida sobre a sua exatidão.

§ 5o A retificação feita por meio de declaração "em


tempo" será realizada com o lançamento dessa declaração no fim
do documento e assinada por todos aqueles que o subscreveram
anteriormente.

§ 6o O espaço em branco será preenchido ou cancelado


por meio de traços, de forma a não permitir lançamentos
posteriores.

§ 7o Qualquer documento emitido pelo SIAFI não poderá


ser emendado, devendo ser estornado e emitido outro com a
correção correspondente.

§ 8o Excepcionalmente, nos documentos do SIAFI, será


permitida a retificação e a inclusão de informações
complementares que não comprometam aspectos de mérito,
aritméticos ou contábeis do documento.

Art. 194. Na retificação que se fizer necessária na


escrituração de documentos de receita e despesa, serão
observados, ainda, os princípios de contabilidade normalmente
aceitos.

Art. 195. A correção que importar em alteração em


balancete e seus documentos, quando estes já tiverem produzido
os efeitos necessários, será feita da seguinte forma:

I - retificação do balancete e documentos, com as


devidas ressalvas e assinaturas pelos agentes por ele
responsáveis;

II - lançamento da diferença resultante das correções


feitas, no débito ou crédito, na data em que ocorrer; e

III - remessa das vias do balancete corrigido para as


Organizações competentes.

Art. 196. Ocorrendo erro ou omissão nos dizeres


manuscritos dos carimbos, a correção será feita por meio de nova
aplicação, sendo o anterior cancelado, em tinta vermelha,
mediante a aposição de dois traços paralelos ou na forma de “X”,
consideradas as extremidades do carimbo.

63
01 MAR 2003 RCA
12-1
LIVRO II
RESPONSABILIDADES

TÍTULO I
COMPROVAÇÕES

CAPÍTULO I
REUNIÃO DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 197. Os Agentes da Administração ou Agentes


Públicos da UGE reunir-se-ão periodicamente, por convocação, sob
a presidência do Comandante, para tratar de assuntos pertinentes
à situação econômico-financeira e patrimonial, ao andamento dos
serviços administrativos, ao andamento dos planos da
Administração e a todos os assuntos correlatos que tenham
relação com a administração da Unidade Gestora.

Art. 198. Tomarão parte, obrigatoriamente, da reunião


da Administração o Comandante, o Agente Diretor, o Ordenador de
Despesas e o Agente de Controle Interno.

§ 1o Os demais Agentes da Administração ou Agentes


Públicos poderão estar presentes para expor a parte relativa às
suas responsabilidades, a critério do Comandante.

§ 2o Outros servidores da Unidade Gestora, não


gestores, poderão ser convidados a assistir às reuniões da
Administração.

Art. 199. Será lavrada ata concisa dos trabalhos


realizados na reunião da Administração.

Parágrafo único. Os documentos ratificados pelos


agentes responsáveis serão preparados, em número de vias
necessário para o encaminhamento às organizações competentes, na
forma e nos prazos estabelecidos na legislação e normas
pertinentes, conforme o caso.

CAPÍTULO II
PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 200. Os Agentes da Administração ou Agentes


Públicos responsáveis por bens e valores deverão prestar contas,
na forma da legislação pertinente, para:

I - comprovar a utilização desses bens e valores,


justificar o seu emprego e demonstrar as disponibilidades dos
mesmos; e

II - comprovar a realização de despesas por meio de


suprimento de fundos.

Art. 201. As contas dos responsáveis pela gestão dos


bens e valores serão apresentadas:

64
01 MAR 2003 RCA
12-1
I - ao Comandante, por ocasião da reunião da
Administração ou a qualquer momento, a seu critério, pelos
diversos agentes;

II - ao Agente Diretor, pelos respectivos gestores,


com a presença do Agente de Controle Interno, por ocasião das
substituições ou a qualquer momento, a critério daquele;

III - aos Órgãos Central e Regional do Sistema de


Controle Interno da Aeronáutica, de acordo com o calendário e as
condições fixadas na legislação e normas pertinentes;

IV - ao Tribunal de Contas da União, em relação às UGE


e ao Comando da Aeronáutica como um todo; e

V - às comissões designadas para a realização de


processo de Tomada de Contas Especial.

Art. 202. As Unidades Gestoras Executoras remeterão a


documentação que compõe a Prestação de Contas, para fins de
controle, ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno da
Aeronáutica e aos respectivos Órgãos Regionais, na forma e nos
prazos estabelecidos nas normas pertinentes.

Art. 203. Os balancetes de Prestação de Contas,


encaminhados aos Órgãos Regionais do Sistema de Controle Interno
da Aeronáutica competentes, serão analisados, certificados
quanto à conferência e restituídos aos responsáveis, através de
despacho com o correspondente Relatório de Verificação.

§ 1o Se alguma de suas peças necessitar de


esclarecimentos, retificações ou adoção de providências
corretivas, desde que não sejam constatados indícios de dolo ou
de ocorrência de prejuízo para a União, o processo
correspondente, anexado ao Relatório de Verificação, será
devolvido à Unidade Gestora Executora para a adoção das medidas
necessárias, devendo retornar ao Órgão Regional do Sistema de
Controle Interno da Aeronáutica para conclusão da análise e da
certificação quanto à conferência.

§ 2o Não sendo possível a certificação quanto à


conferência, em face da constatação de impropriedades, após
gestões entre o Órgão Regional do Sistema de Controle Interno da
Aeronáutica e a Unidade Gestora Executora, a prestação de contas
deverá ser encaminhada ao Órgão Central do Sistema de Controle
Interno da Aeronáutica.

Art. 204. Os responsáveis por bens patrimoniais


deverão manter atualizada a contabilidade respectiva.

Parágrafo único. Estes responsáveis prestam contas,


analiticamente, à respectiva Unidade Gestora, e esta às
organizações competentes, na forma das disposições pertinentes.

65
01 MAR 2003 RCA
12-1
Art. 205. As Unidades Gestoras Executoras, para fins
de elaboração do processo de Tomada de Contas Anual, remeterão
ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica,
no prazo estabelecido, a documentação prevista na legislação
pertinente.

Art. 206. Os Agentes da Administração ou Agentes


Públicos realizarão, anualmente, o inventário analítico dos bens
patrimoniais sob sua responsabilidade, submetendo-o à
conferência do Agente de Controle Interno.

CAPÍTULO III
TOMADA DE CONTAS

Art. 207. As Tomadas de Contas podem ser:

I - anuais;

II - especiais; ou

III - extraordinárias.

Art. 208. A Tomada de Contas Especial (TCE) é um


processo administrativo devidamente formalizado. É medida de
exceção que somente deverá ser instaurada depois de esgotadas as
providências administrativas internas e não tenha sido possível
a recomposição integral do Erário, levando-se em consideração os
limites de valores fixados na legislação vigente.

Parágrafo único. Na ocorrência de perda, extravio ou


outra irregularidade sem que se caracterize má-fé de quem lhe
deu causa, e se o dano for imediatamente ressarcido, a
autoridade administrativa competente deverá, em sua tomada ou
prestação de contas anual, comunicar o fato ao Órgão Central do
Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.

Art. 209. O Comandante da Organização ou autoridade


superior tomará as providências necessárias à instauração da
Tomada de Contas Especial, nas seguintes ocorrências:

I - omissão no dever de prestar contas;

II - não comprovação da aplicação dos recursos


repassados pela União;

III - prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou


antieconômico do qual resulte dano ao Erário.

Parágrafo único. Considera-se desvio de bens ou


valores públicos, englobando, entre outros, o roubo, o furto, o
peculato, a perda, o extravio ou o uso e a aplicação indevidos,
quando estiver caracterizado dolo ou culpa.

Art. 210. O Agente da Administração ou Agente


Público, ao tomar conhecimento de ato ou fato administrativo que
tenha causado prejuízo ao Erário, deverá comunicá-lo
formalmente, seguindo a cadeia de comando, ao Comandante da
66
01 MAR 2003 RCA
12-1
Organização, para as providências cabíveis. O Comandante da
Organização, se necessário, fará o encaminhamento ao Órgão
Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica, a fim de
que sejam adotadas providências para a instauração de Tomada de
Contas Especial, no intuito de apurar os fatos, identificar os
responsáveis e quantificar o dano.

§ 1o Quando houver indício de que o ato ou fato


administrativo comunicado envolva a cadeia de comando, o Agente
da Administração ou Agente Público deverá, também, comunicá-lo à
autoridade imediatamente superior àquela envolvida, após,
obrigatoriamente, ter dado ciência deste procedimento, por meio
de Parte circunstanciada, ao Comandante da Organização.

§ 2o A autoridade administrativa competente, sob pena


de responsabilidade solidária, deverá imediatamente adotar
providências com vistas à apuração dos fatos, identificação dos
responsáveis e quantificação do dano.

Art. 211. O rol de responsáveis que integrará o


processo de Tomada de Contas Anual será constituído pelos
Agentes da Administração ou Agentes Públicos estabelecidos por
legislação ou instrução pertinente.

CAPÍTULO IV
GENERALIDADES

Art. 212. Os documentos comprobatórios de receita e


despesa serão examinados sob os seguintes aspectos:

I - moral, compreendendo o emprego judicioso dos


valores públicos, observadas as prescrições legais que lhes
digam respeito;

II - aritmético, que tem em vista a exatidão das


operações expressas em algarismos; e

III - formal, abrangendo exigências legais de forma e


conteúdo nos documentos.

Art. 213. A responsabilidade dos Agentes da


Administração ou Agentes Públicos na gestão dos valores e dos
materiais sob a sua guarda será definida por meio de
acompanhamento permanente, prestação de contas ou quaisquer
outros instrumentos de controle.

Art. 214. A Unidade Administrativa deverá manter em


arquivo toda a documentação relativa à administração da
Organização, observando-se os prazos estabelecidos na legislação
vigente.

Parágrafo único. A documentação relativa aos


recolhimentos de impostos, taxas, contribuições ou outros
tributos deverá ser mantida em arquivo, observando-se os prazos
estabelecidos nas legislações específicas.
67
01 MAR 2003 RCA
12-1
TÍTULO II
RESPONSABILIDADES

CAPÍTULO I
RESPONSABILIDADE FUNCIONAL

Art. 215. A responsabilidade dos Agentes da


Administração ou Agentes Públicos no Comando da Aeronáutica
decorre do princípio da prevalência do interesse público.

Parágrafo único. As disposições deste Regulamento são


aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo Agente da
Administração ou Agente Público, induza ou concorra para a
prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer
forma direta ou indireta.

Art. 216. Os Agentes da Administração ou Agentes


Públicos são obrigados a zelar pela estrita observância dos
princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
publicidade e da eficiência no trato dos assuntos que lhe são
afetos.

Art. 217. A apuração das irregularidades


administrativas será realizada mediante Sindicância, Inquérito
Policial Militar ou Administrativo.

Parágrafo único. Quando a apuração das


irregularidades administrativas evidenciarem lesão ao patrimônio
público ou enriquecimento ilícito, caberá ao Comandante da
Organização comunicar ao Órgão Central do Sistema de Controle
Interno da Aeronáutica, para a devida instauração do Processo de
Tomada de Contas Especial.

Art. 218. Aos acusados de irregularidades são


assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes.

Art. 219. O pessoal da Aeronáutica, no desempenho de


qualquer atividade administrativa, será responsabilizado
essencialmente:

I - pela ineficiência na execução dos seus deveres


funcionais;

II - pelas conseqüências da inobservância, por inércia


de sua parte, de disposições legais ou de ordens emanadas de
autoridades competentes;

III - pelas omissões nos seus deveres funcionais;

IV - pelo emprego irregular de bens e de valores


públicos;

V - pelos compromissos que assumir em nome da


organização sem que, para isso, esteja autorizado;
68
01 MAR 2003 RCA
12-1
VI - pelo desempenho incorreto das obrigações
decorrentes do seu cargo ou encargo;

VII - pelos atos contrários às leis que praticar no


exercício do seu cargo ou encargo;

VIII - pelas despesas ordenadas sem o respectivo


crédito ou em desacordo com a especificação orçamentária;

IX - pela constituição e guarda de numerário não


contabilizado e concessão de liberalidades;

X - pelos erros de cálculo e por outros que resultem


em pagamentos ou recebimentos indevidos;

XI - pela classificação inadequada de registro de


receita, de despesa ou patrimonial, em relação às formalidades
básicas exigidas pelas disposições pertinentes;

XII - pelo cumprimento de ordem de natureza adminis-


trativa, ilegal ou prejudicial à União, sem a tomada das
providências acautelatórias de sua responsabilidade;

XIII - pelos atos ilegais praticados por agentes


subor-dinados se, previamente avisado, não tenha tomado
providências, em tempo, para evitar e corrigir esses atos;

XIV - pela omissão de descontos ou indenizações


devidas;

XV - pelo atraso que causar às conferências de


escrituração, prestação de contas, passagem e transmissão de
cargo, transmissão de valores e de bens, remessa de documento às
organizações do sistema e andamento dos processos;

XVI - pela falta de arrecadação da receita pública,


quando de sua competência, bem como pagamento, recolhimento ou
remessa de qualquer quantia fora do prazo fixado;

XVII - pela apresentação da escrituração desordenada e


desatualizada;

XVIII - pela falta de medidas adequadas na apuração da


responsabilidade dos gestores;

XIX - pela falta de iniciativa para resolver casos não


previstos, cuja solução seja de sua competência;

XX - pelas faltas e irregularidades apuradas nas


passagens de cargo, transmissão de bens e valores, tomadas de
contas, conferência de escrituração e no recebimento,
distribuição, remessa, inclusão, exclusão ou saída de material;
e
69
01 MAR 2003 RCA
12-1
XXI - pelas irregularidades na escrituração que lhe
esteja afeta, sem a observância das medidas corretivas
aplicáveis.

CAPÍTULO II
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

Art. 220. A responsabilidade dos componentes da


Administração que participarem de determinado evento será
solidária, só não abrangendo aquele que, por meio da
indispensável argumentação, seguida de comunicação escrita,
deixar definida sua discordância com relação ao caso
considerado.

Art. 221. Todos os membros das comissões serão


responsabilizados quando praticarem qualquer ato lesivo aos
interesses da União, de terceiros, ou contrários às disposições
pertinentes.

Parágrafo único. O voto vencido, obrigatoriamente


justificado, isenta de responsabilidade aquele que o emitiu.

Art. 222. As comissões ou os encarregados de


auditoria, tomada de contas especial, inspeção ou fiscalização
serão responsabilizados solidariamente com os Agentes da
Administração ou Agentes Públicos quando, apuradas as
irregularidades cometidas, ficar provado que dispuseram de
elementos para responsabilizar os faltosos e não o fizeram.

Art. 223. Participará da responsabilidade qualquer


agente que deixar de comunicar a seu superior imediato as faltas
e omissões que seu subordinado houver praticado ou nelas tiver
incorrido.

CAPÍTULO III
RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL

Art. 224. Quando o Comandante ou o Agente Diretor,


salvo conivência e o disposto nos incisos pertinentes ao
art. 219, decidir com fundamento em informações ou parecer
incompleto, incorreto ou inverídico, a responsabilidade recairá
somente no autor da informação ou parecer.

Art. 225. O Ordenador de Despesas, salvo conivência,


não será responsável por prejuízos causados à Fazenda Nacional
decorrentes de atos praticados por agente subordinado que
exorbitar das ordens recebidas.

Art. 226. Apurada qualquer divergência na conferência


de bens e valores na Tomada de Contas Especial, ou por ocasião
da substituição do respectivo gestor, ser-lhe-á imputada a
responsabilidade pelo ressarcimento dos eventuais danos ou
prejuízos verificados.

70
01 MAR 2003 RCA
12-1
Art. 227. O agente responsável por bens e valores
públicos e de terceiros responderá:

I - pelas quantias recebidas, até que justifique o seu


emprego;

II - pelos pagamentos ou distribuições que efetuar;

III - pelos erros de cálculo; e

IV - pelo emprego indevido dos bens e valores sob a


sua guarda.

Art. 228. O agente que subscrever qualquer documento


administrativo será responsável pela autenticidade das
informações nele contidas.

Art. 229. O agente incumbido de conferir documento


administrativo responderá pela exatidão dos cálculos e das
importâncias nele registradas.

CAPÍTULO IV
CASOS FORTUITOS E MOTIVOS DE FORÇA MAIOR

Art. 230. Os casos fortuitos e os motivos de força


maior podem ser considerados para fins de isenção de
responsabilidade do Agente da Administração ou Agente Público.

Art. 231. Os casos fortuitos e os motivos de força


maior verificam-se no fato necessário, cujos efeitos não eram
possíveis de serem evitados ou impedidos.

§ 1o Podem ser considerados para fins de isenção de


responsabilidade do Agente da Administração ou Agente Público,
dentre outros:

I - incêndio, sinistro aéreo, fluvial, marítimo ou


terrestre;

II - inundação, submersão, terremoto ou outras


intempéries;

III - epidemia ou moléstia contagiosa;

IV - saque ou destruição pelo inimigo ou destruição ou


abandono forçados pela aproximação deste;

V - estrago produzido em armas, ou em quaisquer outros


bens, por explosão ou acontecimento imprevisível; e

VI - inutilização involuntária do bem em serviço ou em


instrução.

71
01 MAR 2003 RCA
12-1
§ 2o Ocorrendo a situação, o responsável direto ou
indireto levará imediatamente o fato ao conhecimento da
autoridade a que estiver diretamente subordinado, em parte
escrita, prestando-lhe todas as informações e esclarecimentos
necessários à justificativa das circunstâncias em que o mesmo
tenha ocorrido.

§ 3o Os casos previstos no caput deste artigo serão


objeto de apuração de responsabilidade do agente ou usuário
quanto à ação, à omissão, ou, ainda, à falta de atenção, cuidado
ou erro na execução, devendo ser a solução publicada em boletim
da Unidade.

CAPÍTULO V
DANOS E IMPUTAÇÕES

Art. 232. Os bens e valores da União, quando sofrerem


danos ou prejuízos, ressalvados os casos considerados fortuitos
ou de motivo de força maior, serão reparados, repostos ou
ressarcidos, na forma da legislação vigente.

§ 1o Caberá à Administração definir a forma de


recomposição do patrimônio da União observado o previsto no
caput deste artigo e no art. 109 deste Regulamento.

§ 2o No caso em que a Administração decidir pela


reparação ou pela reposição do bem, o recebimento será feito na
forma prevista no art. 88 deste Regulamento.

§ 3o Havendo participação de mais de uma pessoa, o


valor correspondente ao dano será rateado entre os responsáveis.

Art. 233. O valor do material, para efeito de


indenização, será aquele que permita sua reposição por outro
idêntico ou semelhante, observados os critérios estabelecidos
pelos órgãos competentes.

Parágrafo único. Serão considerados, no momento da


reposição, todos os custos necessários ao pleno funcionamento,
operação e, ainda, o transporte do bem para o local de sua
instalação.

Art. 234. Os descontos referentes às importâncias


devidas pelas indenizações resultantes de alcance, multas,
cargas, restituições ou recebimentos indevidos serão,
preferencialmente, realizados de uma só vez e, na
impossibilidade de assim proceder, mediante descontos mensais
nos vencimentos ou nas quantias que os responsáveis pela
indenização recebam da União, nos limites da lei.

§ 1o A indenização, devida à União, que não puder ser


feita pela via administrativa, por opção voluntária do
responsável, será objeto de cobrança judicial ou executiva, na
forma da legislação pertinente.

72
01 MAR 2003 RCA
12-1
§ 2o O disposto no caput deste artigo incidirá sobre
os responsáveis pelo pagamento indevido, quando não for possível
alcançar o beneficiado.

§ 3o Os descontos serão realizados nos limites da


margem consignável, salvo quando, por opção voluntária do
responsável, ocorrer a indenização de forma mais expedita.

§ 4o Os saldos resultantes das indenizações cobradas


parceladamente serão atualizados na forma da lei.

Art. 235. Os descontos atribuídos a militar que deva


ser excluído, na forma do art. 94 da Lei no 6.880, de 9 de
dezembro de 1980, serão processados de maneira a possibilitar a
indenização antes da sua exclusão do serviço ativo, observados
os limites e as demais disposições da legislação vigente.

Art. 236. Ressalvados os casos previstos em


legislação específica, em particular o disposto no art. 116 da
Lei no 6.880, de 9 de dezembro de 1980, a falta da quitação de
débito com o Erário, por parte de militar que deva ser excluído
do serviço ativo, não impedirá a sua exclusão, sem prejuízo de
medidas administrativas acauteladoras e ações legais de cobrança
pertinentes.

Art. 237. O servidor civil em débito com o Erário que


for demitido, exonerado, ou que tiver a sua aposentadoria ou
disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para
quitar a dívida.

Parágrafo único. A falta da quitação do débito, por


parte do servidor, no prazo previsto, implicará sua inscrição em
dívida ativa.

CAPÍTULO VI
GENERALIDADES

Art. 238. Todo militar ou servidor civil investido de


função, cargo ou encargo administrativo que vier a causar
prejuízos à União, a pessoas físicas e/ou jurídicas ou ao
serviço responderá nas esferas administrativa, civil e criminal
pelas ações ou omissões que incorrer ou praticar.

Art. 239. A responsabilidade será civil quando


decorrer de ato ou omissão de Agente da Administração ou Agente
Público que cause prejuízo à União, instituição ou pessoa física
ou jurídica.

§ 1o A responsabilidade civil não exime o responsável


da sanção administrativa ou criminal cabível.

§ 2o A responsabilidade civil imputada a Agente da


Administração ou Agente Público culpado acarretará o

73
01 MAR 2003 RCA
12-1
ressarcimento dos danos ou prejuízos causados à União ou a
terceiros, com as cominações legais.

Art. 240. O Comando da Aeronáutica responderá pelos


danos que os Agentes da Administração ou Agentes Públicos
causarem a terceiros, cabendo-lhe ação regressiva contra os
responsáveis, nos casos de culpa ou dolo.

Art. 241. Apurada a falta de bens ou de valores e não


sendo apurado dolo do responsável em processo administrativo
competente, será fixado pelo Agente Diretor o prazo de trinta
dias, a partir da conclusão do referido processo, para sua
reposição, findo o qual, não havendo ressarcimento do dano, será
solicitada pelo Comandante da Organização a abertura do processo
de Tomada de Contas Especial, na forma da legislação vigente.

Parágrafo único. O valor do ressarcimento será


atualizado monetariamente, de acordo com a legislação vigente.

Art. 242. Os casos fortuitos ou motivos de força


maior, quando comprovados mediante processo administrativo
competente, isentarão de responsabilidade os agentes.

§ 1o Ocorrendo roubo, furto, extorsão, incêndio ou


dano material, a isenção da responsabilidade ficará subordinada
à ausência de culpa do Agente da Administração ou Agente
Público.

§ 2o A isenção de culpa, quando for o caso, só


beneficiará o responsável que tenha tomado as providências
adequadas e da sua alçada para evitar o prejuízo.

Art. 243. Todo responsável pelo cumprimento de ordens


que, a seu ver, impliquem prejuízo à União ou que contrariem
dispositivos legais deverá ponderar a respeito com a autoridade
que as determinou, ressaltando as conseqüências da sua execução.

§ 1o Se, apesar da ponderação, a autoridade persistir


na ordem, o subordinado a cumprirá, mediante determinação por
escrito, e, a seguir, participará, também por escrito, que a
ordem em causa foi executada de acordo com o disposto no caput
deste artigo, ficando, por conseqüência, isento de
responsabilidade.

§ 2o Procedimento análogo caberá sempre que se tornar


necessária a execução de medida ou providência legal, que não
tenha sido tomada oportunamente.

Art. 244. A sanção civil será aplicada, observada a


legislação pertinente:

I - ao agente responsável direto pelo dano ou prejuízo


apurado; e

74
01 MAR 2003 RCA
12-1
II - aos agentes que tenham agido com imprudência,
imperícia ou negligência em relação às providências de sua
competência, no sentido de responsabilizar o agente culpado.

Art. 245. A imputação da responsabilidade pela falta


de inscrição e atualização do rol dos agentes responsáveis da
administração, das remessas das prestações de contas, dos
inventários, dos mapas, dos relatórios e de outros documentos
necessários à fiscalização e à apreciação do Órgão Central do
Sistema de Controle Interno da Aeronáutica será atribuição deste
Órgão.

Art. 246. Qualquer agente, ao tomar conhecimento de


irregularidade administrativa, adotará as providências cabíveis
junto à autoridade competente, objetivando a apuração de
responsabilidade.

Art. 247. Os agentes auxiliares responderão perante


os respectivos chefes diretos.

Art. 248. A responsabilidade resultante de perda,


dano ou extravio de valores e de bens entregues a qualquer
agente será a este imputada, após apuração por meio de processo
administrativo competente.

Art. 249. Nenhum agente responsável estará isento de


prestar contas que, se necessário, serão tomadas tendo em vista
os superiores interesses da União.

Art. 250. Os órgãos responsáveis, ao apurarem


qualquer falha e identificarem a Unidade Gestora por ela
responsável, determinarão as providências cabíveis.

LIVRO III
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 251. Os Comandos-Gerais e os Departamentos estão


autorizados a propor à SEFA, dentro de um ano a contar da data
de aprovação deste Regulamento, as modificações julgadas
convenientes, visando ao seu aperfeiçoamento.

Art. 252. A revisão deste Regulamento, a cargo da


SEFA, será realizada sempre que fatos justifiquem essa medida.

Art. 253. As disposições deste Regulamento aplicam-se


no âmbito do Comando da Aeronáutica, observado o previsto na
legislação vigente, respeitando-se o princípio da hierarquia de
normas.

Art. 254. Após a entrada em vigor deste Regulamento,


serão a ele ajustadas todas as disposições que com ele tenham
pertinência.

Art. 255. Os casos não previstos neste Regulamento


serão submetidos ao Comandante da Aeronáutica, através do Órgão
Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.

75
01 MAR 2003 RCA
12-1
LUIZ CARLOS DA SILVA BUENO
Comandante da Aeronáutica

76
01 MAR 2003 RCA 12-1

Você também pode gostar