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Avaliação II -

Aluna: Izabelle Stefany Alves de Freitas Souza

1) Aponte as principais diferenças entre "método histórico" e o método comparativo.


Segundo Boas, o método histórico tem uma base mais solida depois de ter abondado o
princípio enganoso de supor conexões onde quer que se encontrem similaridades culturais.
Assim, esse método é considerado o mais seguro e apresentam resultados melhores por
conectar se a investigação geográfica e aos processos psicológicos. O objeto de estudo aqui é
histórias reais das culturas de diversas tribos que forma a base das deduções e passam por um
teste crítico demandado pela ciência antes que ela admita os fatos como evidência, ou
evidências independentes caso essa investigação histórica tenha relação com conexão entre
dois ou mais fenômenos, diferente do método comparativo que que se utiliza de hipóteses
generalizadas baseado em suas investigações nos resultados históricos de pesquisas dedicadas
a esclarecer as complexas relações de cada cultura individual. Portanto, Boas deixa claro que
o método comparativo há uma falta em relação a resultados precisos por conta de as
comparações não ter bases mais amplas e solidas, como por exemplos as probabilidades de as
hipóteses não serem precisas por dados observados e continuará enquanto não renunciar ao
vão propósito de construir uma história sistemática uniforme da evolução da cultura.

2) Comente a respeito da concepção boasina de cultura.


“A concepção boasiana de cultura tem como fundamento um relativismo de fundo
metodológico, baseado no reconhecimento de que cada ser humano vê o mundo sob a
perspectiva da cultura em que cresceu - em uma expressão que se tornou famosa, ele disse que
estamos acorrentados aos "grilhões da tradição". O antropólogo deveria procurar sempre
relativizar suas próprias noções, fruto da posição contingente da civilização ocidental e de
seus valores.” (BOAS, 2005, p. 18)
Boas criticava a ideia do evolucionismo social que alguns antropólogos defendiam e
considerava que cada sociedade como um resultado de um processo histórico único e
incompatível pelas teorias ortogenéticas. Seu pensamento foi fundamental para as culturas
serem observadas em sua diversidade dando uma outra concepção para a antropologia. Em
sua concepção, ele recusava qualquer valor científico à suposição de que existem diferenças
raciais significativas entre os homens, e que o que existia eram diferenças pelas distintas
linhagens familiares de uma mesma população e diferentes desenvolvimentos históricos,
resultantes de diferentes processos em muitos fatores e eventos, culturais e não culturais.
Assim, a concepção boasina foi fundamental para a análise relativista cultural, desvinculando
do determinismo biológico e determinismo geográfico.

3) Segundo Kroeber, não é difícil separar o que é orgânico e aquilo que não é orgânico na
vida humana. Neste sentido aponte os argumentos do autor para demonstrar que os
humanos se tornaram superorgânico.
O superorganico é um modo de entender a cultura ou o sistema sociocultural e que
está vinculada ao Kroeber. Segundo o autor, o inorgânico é o universo físico que deve ser
analisado como um todo e possui níveis que separam o grau de complexidade: o primeiro com
a menor, é os elementos com átomos sem vida; o segundo com um grau maior de
complexidade, é composto de coisas vivas; e o terceiro, é uma coisa viva transcender as suas
partes inorgânicas, e o exemplo que ele utiliza é a relação entre cultura e as pessoas. Por
conseguinte, o terceiro nível ser o seu foco, ele discorre que os seres humanos são animais,
logo é um sistema orgânico e além disso, desenvolve comunicações entre eles próprios a um
nível complexo. O nível socioeconômico, cultura ou sociedade, é deste modo transportado por
humanos e transcende os humanos. Portanto, uma cultura tem uma "vida própria" que é
simbólica em vez de genética. É deste modo uma coisa "viva" e opera a um nível mais
elevado de complexidade que o orgânico, é o superorgânico. Existe, deste modo, um
paralelismo nas relações entre o inorgânico e o orgânico, tal como entre o orgânico e
superorgânico, como expressa no conceito desenvolvido por Durkheim, um "facto social" pois
humanos têm pensamentos e comportamentos que são transferidos e comportam
simultaneamente uns com os outros, como um sistema externo porque a cultura é um processo
acumulativo mais do que a herança genética e determina o comportamento do homem e
justifica suas realizações.

4) Com base no texto de Margareth Mead – Sexo e temperamento (Quarta parte e


Conclusão) comente a respeito de como os traços de personalidade considerados
masculino ou feminino são imputados a um ou outro sexo; defina e aponte em que
circunstâncias surgem os inadaptados.
Os traços da personalidade considerados masculino ou feminino são imputados por
meio da influência da cultura, ou seja, a cultura influencia aquilo que uma sociedade pensa a
respeito do que significa ser homem e der mulher variando de uma sociedade para outra, não
sendo universais e nem inatos biologicamente como ela havia analisado e comparado com os
Arapesh, Mundugumor e Thambuli para chegar a essa conclusão. Ademais, a autor detém
sobre os “inadaptados” em cada um dos povos estudados, aos quais são incapazes de se
adequarem à personalidade social exigida por sua cultura, apresentavam atitudes
“desajustadas”. Entre os Arapesh, os inadaptados eram às pessoas agressivas, eventualmente
obrigadas a deixar a aldeia por algum tempo; para os Mundugumor, eram os indivíduos muito
gentis e cooperativos; já entre os Tchambuli, eram aqueles que não tinham afinidades com o
comportamento direcionadas para o seu sexo, assemelhando-se nos temperamentos e atitudes
do sexo oposto.

Bom descanso, professor! E melhoras! Obrigada pelas aulas desse semestres.

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