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DIÁRIO DE CAMPANHA – ESTILHAÇOS DA

GUERRA

SESSÃO 2 (31/10/2023) – Caça às Hienas!!!


Tarsakh (Primavera), A Garra da Tempestade, 1484, Ano do Despertar dos
Adormecidos, dia 22, Lua Nova, Vale Cinzento (Vale Delimbiyr – Vale Brilhante),
em algum lugar na Estrada Negra.

Após viajar 2 horas e percorrer em torno de 8 milhas o grupo de viajantes


foi atacado por gnoll’s, nas investigações pós combate encontraram alguns
espólios e descobriram sinais de combate, mais cedo, naquele mesmo dia. Os
inimigos que haviam fugido seguiram se embrenhando na mata na direção
sudoeste, enquanto os rastros do grupo que aprisionou os viajantes descrevem
uma trilha mais ao sul.

A luz fraca de uma tocha tentando ser mantida acesa na trilha se aproxima
do grupo, “deve ser ele” fala Thrain olhando para Alderan e depois solta um
gemido de dor pelos ferimentos do combate. Alderam se recorda que Thrain havia
procurado “alguém” que pudesse ajudar o grupo nas regiões pantanosas que se
espalham ao longo do Vale Cinza, até que chegou a Kotharo, um guardião das
florestas e membro do Enclave Esmeralda (Facção), ele é um homem-lagarto de
placas córneas esverdeadas, veste uma armadura de couro leve e porta um
conjunto de espadas afiadas, ele investiga as atividades de Gorthak, e as suspeitas
de seu envolvimento com Necromancia, aparentemente onde o bando do troll
passa, existe uma incidência maior de seres não-naturais (mortos-vivos).
Kotharo havia combinado de encontrar o grupo na Estrada Negra e com a
demora do combate e investigação ele acabou os alcançando. Após as devidas
apresentações o grupo tem que decidir qual trilha dos gnoll’s devem seguir, e
depois de alguma deliberação resolvem perseguir os que capturaram os viajantes
na estrada, eles partem rapidamente em perseguição.

Ato 1 – Perdidos no Charco (23h)

Ulric guia o grupo a passos largos em meio a mata fechada, a chuva


insistente molha as escarpas pedregosas e deixa o terreno escorregadio, Alderan
por vezes escorrega e se rala nas rochas, mas sem diminuir o passo, ao ponto em
que o terreno baixa subitamente para uma grama alta encharcada, a vegetação se
abre em arvores curvas e raízes retorcidas, eles adentram no charco.

Grandes poças de agua parada, lodosa e esverdeada deixam os


aventureiros preocupados, mas Ulric com sua herança élfica enxerga mais longe,
ele vê a frente ruinas de antigas casas, os inimigos podem estar ali, ele avista
também, corpos caídos na beira das poças, o mais próximo está parcialmente
submerso, só é possível ver as pernas, seriam estes os viajantes capturados, que
tiveram seu fim trágico?!

Ulric, Kotharo e Alderan se aproximam do corpo parcialmente submerso,


Ulric puxa a perna, para perceber que o corpo não estava afundado e sim, partido
ao meio, algo se move na água, “splash”, Alderan tenta se posicionar melhor, mas
escorrega no barranco, cai na água mais profunda, quase em seu peito, ele odeia
água, principalmente aquelas que possam cobri-lo, sobe o barranco e se posiciona
com a lança, Ulric se afasta também reagindo rapidamente, “tem algo na água” ,
tarde demais para Kotharo, uma fera de bocarra aberta salta em sua direção,
Alderan reage perfurando a besta onde a couraça é mais fina, na barriga, o
crocodilo sangra, mas não desiste de sua presa, Ulric lança suas chamas também
ferindo a criatura, que agora se agarra a perna de Kotharo, puxando o homem-
lagarto para dentro do charco, “giro mortal” é como chamam quando um
crocodilo se agarra a sua presa e gira em seu próprio eixo. Magnus que ficara mais
afastado se aproxima brandindo a espada enorme, o medo de acertar Kotharo em
meio a manobra do crocodilo faz ele errar o golpe, Alderam se lança na água, a
contragosto, ele sabe que se não fizer algo rápido Kotharo será desmembrado,
pega o machado maior e desfere um golpe preciso, abrindo um talho na cabeça
da criatura.
Recuperados do combate, revistam o local e não encontram nada, além dos
corpos de criaturas que provavelmente se perderam no charco e tiveram seu
destino selado nas presas desse crocodilo, Kotharo, puxa o corpo da criatura para
fora da água e sugere que cortem a carne para servir de alimento posteriormente,
isso causa um certo estremecimento por parte dos outros companheiros, seria
isso um ato de canibalismo?!

Mas não há tempo perder, Ulric admite que perdeu os rastros, isso faz com
que o grupo retorne e tome um novo rumo, o druida faz uso de uma magia que
lhe intui a direção, precisando onde fica o norte, dessa forma ele recupera os
rastros, o terreno é novamente de mata fechada e pedregulhos, as pegadas ficam
mais recentes, a movimentação é intensa ali, rápido.

Ato 2 – Armadilha (00h)

Magnus e Alderan avançam rápido, já é possível sentir o cheiro de


“cachorro molhado”, arbustos se movem, as criaturas uivam em resposta “ah ah
ih ih”, o chã cede embaixo dos pés dos heróis, um buraco de 3 metros se abre, mas
Alderam e Magnus estavam preparados para tudo, em um sobressalto se jogam
de lado e escapam da armadilha, 3 gnolls e 2 hienas (feridas) se lançam ao ataque.

Os inimigos fugitivos do ataque anterior, reforçados por mais 2 gnoll’s,


Alderam e Magnus se põem na linha de frente, recebendo e desferindo os
primeiros ataques, Sírius pula jugular de uma dos gnoll’s e junto com Alderam
derrotam o inimigo, Kotharo libera sua fúria bárbara, inflando seus músculos e
golpeando um segundo gnoll que cai, Magnus dá a volta na armadilha e
surpreende o gnoll arqueiro que ficara na retaguarda, derrubando assim o
terceiro, Ulric lança seus feitiços de fogo nas hienas, as duas veem Magnus como
um alvo fácil, sozinho a frente do grupo, mordem seus calcanhares e o derrubam
no chão, fazendo-o sangrar muito, Alderam, Síruis e Ulric vão em seu socorro,
mas as hienas parecem obstinadas a dilaceram Magnus que agora se protege no
chão encolhido atrás de sua espada.

Kotharo, mede a distância e salta heroicamente sobre a armadilha, caindo


em cima da hiena com sua espada larga, quase partindo a criatura ao meio, a
outra, mais uma vez assustada foge pela mata.

Os espólios, 3 machados de batalha, 3 escudos grandes de madeira, 3 arcos


curtos, 29 flechas, 3 couros, 70 peças de ouro, 2000 peças de cobre e um kit de
ladinagem obra-prima.

Após esses dois combates todos com exceção de Ulric, todos estão feridos,
e Magnus se encontra em estado grave, sofreu cortes de machado e mordidas o
bastante para um dia de aventura, eles precisam descansar, mas primeiro, é
necessário verificar o perímetro, podem haver mais inimigos.

Um vento constante como de uma área aberta esfria mais ainda a


madrugada fria e chuvosa, eles descem uma trilha bastante íngreme, aos
escorregões, para encontrar a encosta de um paredão de pedra com vários metros
de altura, uma fenda parte o terreno ao meio, onde o outro lado da fenda fica
metros abaixo do lado de cá.

Indícios de movimentação recente no local, pelagens, rastros, fogueiras


apagadas, restos de comida são encontrados, além de marcas tribais nas arvores
e uma corda amarrada em um tronco, e depois em duas pedras, que se lança fenda
abaixo. Ulric olha o mapa, e vê que há uma marcação no local, “Gruta da Queda
Ligeira”, com essas informações os aventureiros têm de tomar decisões
importantes, sabendo que os prisioneiros foram levados precipício abaixo. Por
fim Magnus avista uma escadaria feita na pedra, íngreme, estreita e escorregadia.

[continua]

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