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Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com
O trato ou estudo dos métodos de exame clínico. Perquire os sinais e sintomas da doença, discute seu
mecanismo e valor, coordena e sistematiza todos os elementos para construir o diagnóstico e como
consequência deduzir seu prognóstico.
Sinais: é aquilo que você pode medir, que você obtém, por exemplo vai medir o tamanho da lesão, vamos
supor que ela tenha 3 cm, logo é um sinal, é uma lesão edemaciada, parecendo um nódulo, é um sinal, é
uma lesão ulcerada, é um sinal.
Sintomas: é o que o paciente relata, é algo subjetivo, como a dor que não consegue medir, a coceira que não
consegue medir, logo são características que não consegue se medir.
Então para se fechar o diagnóstico precisa-se juntar nossos dados científicos junto com os dados que o
paciente vai nos dar.
Sinônimos:
Propedêutica clínica, semiologia, diagnóstico bucal, medicina oral.
Estomatologia é composta:
Semiotécnica – técnica de pesquisar, logo é toda e qualquer técnica que se utiliza para pesquisar e obter
resultados;
Para a semiotécnica utiliza-se todos os órgãos do sentido, com a exceção do paladar
Propedêutica clínica – análise para especificar o diagnóstico, presumir prognóstico e tratamento;
Deve-se presumir o diagnóstico e o tratamento na individualidade de cada paciente, pois a mesma
doença pode ter prognósticos e tratamentos completamente diferentes, logo cada caso é um caso.
Semiogênese: estudo da etiofisiopatogenia:
Por exemplo o paciente está com cárie, e o paciente chega e fala para o cirurgião dentista que escova
dos dentes uma vez ao dia, passa o fio dental somente algumas vezes, e come muito doce, logo assim
está tentando descobrir qual a origem da doença daquele paciente. Logo, independente da doença
deve-se procurar o que está causando aquela doença.
Além de estudar lesões próprias do sistema estomatognático, estuda as repercussões das doenças sistêmicas na
cavidade oral.
Faz-se a todo o momento a anamnese e o exame clínico, ao fazer isso terá a hipótese diagnóstica, quase
nunca fecha-se diagnóstico de cara após a anamnese e exame clínico, porém há casos que isso é possível,
como é o caso da candidíase.
Após a hipótese diagnóstica, solicita-se um exame complementar como é o caso da radiografia, e consegue-
se fechar o diagnóstico ou não.
Após fechar o diagnóstico vai-se definir a terapêutica e aí vai-se curar ou não, ou controlar a doença naquele
paciente, isso porque nem toda doença tem cura. Estabelecer o tratamento não significa dizer que está se
estabelecendo a cura daquela doença, possa ser que aquela doença esteja apenas controlada.
Exame Clínico
Prontuário:
Tem um valor clínico e jurídico;
Atualizado sempre que apresentar novo problema;
- OBS: Atualizado é uma coisa, o problema/doença evoluiu é uma outra coisa.
Uniformizações da semiografia é o cirurgião falar a “mesma língua” que o paciente, dependendo assim
do nível de instrução daquele paciente.
Informações confidenciais e privativas Isso é lei
Composição do prontuário
Anamnese – Obtenção dos sintomas;
Exame físico – Sinais que o paciente apresenta.
Anamnese:
Termo que significa recordar;
É a base da maioria dos diagnósticos;
Bom relacionamento com o paciente;
- Realiza perguntas abertas e fechadas
Estado Civil:
Casado;
Solteiro;
Divorciado;
Viúvo.
Telefone:
É de extrema importância para manter o contato com o paciente e conseguir se comunicar com o
mesmo para poder marcar ou até mesmo remarcar a consulta.
Profissão:
É importante, pois existem algumas doenças ocupacionais (de acordo com a profissão da pessoa), logo
pode-se assim induzir um suposto diagnóstico para aquela doença apresentada pelo paciente ;
Saber qual a profissão do paciente também é importante para que assim a pessoa possa saber como se
comunicar e quais palavras e como usar essas palavras com o paciente;
Estudante é profissão, dona de casa é profissão;
Se a pessoa for aposentada, saber qual a profissão que a pessoa tinha antes de se aposentar.
ASA 4: Paciente portador de doença de base descompensada e/ou descompensada que afeta as
atividades laborais:
o Ex.: Está com depressão e não consegue trabalhar
ASA 5: Pacientes internados em hospital:
o Atende-se na odontologia hospitalar como é o caso do bucomaxilofacial
ASA 6: Paciente em morte:
o Esse paciente pode ser que seja doador de órgãos.
5) História familiar:
Quer saber do paciente as características genéticas dele, se ele tem ou pode ter a possibilidade de alguma
doença que seja hereditária – relação da saúde dos parentes consanguíneos;
Infectocontagiosas – parentes próximos;
Síndromes – várias gerações – 5ª/6ª geração.
6) História psico-social:
É saber se o paciente tem depressão, se esse paciente tem crise de ansiedade, se o bairro onde ele mora tem
saneamento básico, se tem coleta de lixo, se tem esgotamento, e quer saber isso para saber se aquele
paciente tem risco de ter alguma doença infectocontagiosa.
7) História Odontológica
Perguntas:
Quando foi sua última consulta odontológica?
Quantas vezes escova os dentes ao dia?
Você usa fio dental?
Usa bochechos antissépticos? Quais?
Já fez restaurações?
Já realizou cirurgia?
Você tem queixas na articulação (ATM)?
Você tem queixas de mau hálito (halitose)?
Após realizar todas as perguntas acima (do item 1 ao 7) o paciente ou o responsável deve assinar a ficha clinica
onde acima da sua assinatura tem escrito o seguinte:
“Declaro serem verdadeiras as informações prestadas por mim neste questionário odontológico e que não
omiti nenhuma informação relevante ao tratamento”
------------------------------------------------------------------------------
Assinatura do paciente ou responsável
Exame Físico:
1) Avaliação Geral
É observar o paciente como um todo para saber se ele não apresenta nenhum indicativo de alguma doença;
Ver se o paciente está lucido, se está orientado no tempo e no espaço;
LOTE: Lúcido, orientado no tempo e no espaço;
Modo de andar do paciente: normal, ceifante (andar arrastado) e caquéxico (andar de pessoas velhas);
Análise dos terços corporais, como analisar o tamanho dos braços em relação a cabeça, onde o normal é o
braço levantado ultrapassar a cabeça, já em casos de nanismo isso não ocorre.
2) Dados Vitais
PA (pressão arterial)_________x__________(mmHg)
Utiliza-se o aparelho para aferir a pressão;
A pressão normal é de 120/80, se passar disso o paciente está com hipertensão (aumento da pressão
cardíaca);
Existe muita hipertensão silenciosa.
FR (frequência respiratória)_____________imp (inspiração por minuto)
Irá ver quantas vezes o paciente inspira por minuto;
O normal é inspirar de 18 a 22 vezes por minuto;
Se o paciente está hiperventilando ele desmaiar na cadeira;
Não deve avisar o paciente que está fazendo a contagem da inspiração dele, isso deve ser feito, por
exemplo, enquanto está se aferindo a pressão.
Temp________°C
A avaliação da temperatura é importante pois o paciente pode está com uma infecção, e está tendo a
elevação da temperatura;
A temperatura corporal média é de 36°C à 37°C, acima disso o paciente pode está em um processo
infectoinflamatório, e isso aumenta a temperatura do paciente.
3) Avaliação Locoregional
Faz-se avaliações intrabucal e extrabucal
Avaliação extrabucal
Cabeça
Observa-se a face do paciente, a cabeça, a proporcionalidade;
Se o paciente estiver com uma falta de proporção vertical de um lado em relação ao outro, pode ser
indicativo de PAROTIDITE (papeira);
Faz-se também a análise e avaliação de proporcionalidade horizontal, o paciente, por exemplo, pode ter
um aumento da mandíbula, e isso ser um indicativo de acromegalia.
Avaliar a pele do paciente se está desidratada, se ela está brilhosa ou seca ou normal.
Pescoço
Palpa-se o pescoço do paciente por completo, palpando as cadeias linfáticas, pois a primeira metástase do
câncer oral são as cadeias linfáticas;
Pode-se ter linfonodos tanto malignos quanto benignos;
Diferencia-se um linfonodo maligno de um linfonodo benigno pela suas características clinicas. O
linfonodo maligno tem o crescimento exacerbado sem controle, já o linfonodo benigno cresce, porém é
auto limitante. O maligno quando palpa o linfonodo é duro, o benigno quando palpa o linfonodo é
borrachóide, no maligno tem-se uma fixação do linfonodo, não consegue movimentar, já o benigno é
móvel.
Sintomatologia: linfonodo maligno, não dói, linfonodo benigno dói. Se palpou e doeu tem-se ali um
processo inflamatório.
Avaliação intrabucal
Lábios;
Língua;
Observar tanto o dorso quanto o ventre.
Gengiva;
Assoalho;
Palato duro;
Palato mole;
Orofaringe;
Mucosa jugal
Palpa-se a mucosa inteira
Avalia-se também as glândulas salivares do
paciente;
5) Avaliação
Periodontal – PSR
Códigos
0 - Saúde periodontal 4 – Tarja preta não visível
1 - Sangramento sem presença de * 1 – Recessão maior que 3 mm
cálculo visível, tarja totalmente * 2 – Lesão mucogengival
visível; * 3 – Lesão de furca
2 - Presença de cálculo ou fator * 4 – Mobilidade
retentivo de placa com tarja
totalmente visível;
3 – Tarja preta praticamente
visível;
6) Diagnóstico Clínico
Exames complementares
Utilizados quando há uma limitação qualitativa e quantitativa, com base nos diagnósticos diferenciais.
Auxiliam, mas não fornece o diagnóstico final.
Diagnóstico Final
Objetivo do exame clínico;
Conhecimento da doença;
É estabelecido pelo profissional.
Prognóstico:
Após o diagnóstico final
Depende:
Tipo de doença;
Dano anatômico e funcional;
Efetividade dos recursos terapêuticos;
Estado geral do paciente;
Condições psicológicas do paciente.
Tratamento:
Para estabelecer o tratamento deve-se avaliar
sempre três fatores: biológico, psicológico e
social;
Tem que saber por exemplo se aquela doença
consegue-se tratar com quimioterapia,
radioterapia, deve-se saber se o paciente é
alérgico a determinado antibiótico, e em relação
ao fator social é saber se o paciente terá por exemplo condições financeiras para manter e custear o
tratamento;
Sempre é individualizado para cada paciente;
Terapêutica estabelecida:
Risco, benefício e custos.
Só existe tratamento curativo? Não, existe tratamento curativo, tratamento que procura a cura da doença,
existe tratamento para controlar a doença, tratamento paliativo, tratamento por exclusão.
Acompanhamento:
Seguimento do tratamento com objetivo de observar seus resultados
Depende de qual doença o paciente tem
Avaliar as doenças com risco de recorrências
Periodicidade
Cada mês se tem um tipo de acompanhamento;
A periodicidade e o tempo de acompanhamento permite o diagnóstico do paciente.
RECEITUÁRIO:
Receita Branca – são prescritas por profissionais da área de saúde para a dispensação dos
medicamentos que possuem tarja vermelha, possuindo alguns itens obrigatórios:
Cabeçalho;
Superinscrição – “uso interno” ou “uso externo”;
Inscrição ;
Subinscrição;
Adscrição (observação);
Cidade;
Data;
Assinatura e número de inscrição no conselho.
Receita Azul – documento padronizado, com numeração controlada pela vigilância
sanitária, sendo emitida pelo profissional da saúde para indicação de medicamentos que
podem causar dependência, os psicotrópicos.
OBS.: O máximo de medicamentos prescritos em um receituário são 3
ATESTADO:
Documento jurídico, que tem como objetivo justificar faltas e afastamento de funcionários
ou estudantes por motivos de doença.
Tipos:
Comparecimento;
Repouso;
Afastamento;
Acompanhante.
Itens obrigatórios:
Qualificação do profissional;
Qualificação do paciente;
Fim a que se destina;
Estado mórbido;
Conclusão – Consequências;
Data e assinatura do profissional
ENCAMINHAMENTO:
Significa ato de encaminhar, devendo ser feito quando o profissional não se considera apto
ou não é permitido realizar o tratamento do paciente. Pode ser para outras especialidades
odontológicas ou para outras áreas de saúde.
RECEITA BRANCA
ATESTADO
ENCAMINHAMENTO
3) Exemplificação de um modelo de encaminhamento para outra área da saúde
Existem inúmeras lesões que podem acometer a cavidade bucal, que são neoplasias malignas como é o caso do
osteossarcoma, carcinomas... há vários tipos de câncer na cavidade oral, porém, nessa aula será focado no
câncer mais frequente da cavidade oral que é o carcinomas de células escamosas, onde ele pode ou não ser a
evolução da leucoplasia.
Câncer Bucal
5% dos tumores malignos no homem (depende do país) +/- 5% de todos os cânceres que o homem terá,
mais ou menos 5% deles serão do tratoaerodigestivo superior (vai pegar de esôfago à cavidade oral), vai
passar por rinofaringe, passar por nariz, pois é o tratoaerodigestivo.
90% = carcinomas de células escamosas (outros nomes: carcinoma epidermóide, carcinoma espinocelular)
*Antigamente achava-se que esse câncer tinha origem na camada espinhosa do epitélio. Então carcinoma é
um nome dado a lesões, tumores de epitélio, de células escamosas, que é a camada espinhosa/escamosa do
epitélio. Hoje sabe-se que não é de lá que se origina, o câncer vai se originar da camada basal das células
epiteliais, mas o nome já era (carcinoma de células escamosas) então ficou esse nome mesmo.
Etiologia:
Fumo (80%), álcool, luz solar;
Não tem nenhum estudo que mostra que o álcool sozinho ele vai ser capaz de induzir
carcinoma de células escamosas, sabe-se apenas que o álcool parecer que potencializa o
efeito do tabaco, pois o álcool vai aumentar a permeabilidade celular, e o tabaco vai
adentrar e causar as alterações genéticas que foram vistas na mitose;
Luz solar (carcinoma de lábio).
Tabaco (PRINCIPAL FATOR ETIOLÓGICO DESSE CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS);
Em todas as suas diversas formas. O tabaco pode ser utilizado de várias maneiras, seja
fumando, mascado, fumo invertido, mastigado. O cigarro ele se divide em cigarro industrial
(cigarro branco) que tem filtro, cigarro de palha, que é cinco vezes pior para a mucosa do
que o cigarro industrial, pois ele não contém filtro.
Outros fatores importantes (etiológicos) causador do câncer:
Má-nutrição;
Anemia ferropriva;
Imunossupressão generalizada.
Homem de meia idade, fumante por mais de 20 anos;
Sexo masculino Isso ocorre pelo simples fato de homem fumar mais que mulher;
No resto do mundo o câncer bucal é muito pouco frequente abaixo de 45 anos de idade;
4ª à 6ª décadas de vida;
Língua, lábio inferior e assoalho bucal;
O álcool potencializa o efeito do tabaco de 4 à 5x mais;
Para carcinoma de lábio, tem-se a luz solar.
Divisão do câncer de boca para estudo:
Lábio;
Cavidade bucal;
Orofaringe (amígdala até próximo da laringe).
Lábio (causador/agente etiológico: radiação UV);
Cavidade bucal como um todo (causador/ agente etiológico: cigarro);
Orofaringe (causador/ agente etiológico: HPV);
Lesões cancerizáveis
Leucoplasias;
Eritroplasias;
Queilite actínica;
Fibrose submucosa;
Líquen Plano
*PRINCIPAIS
Clínica:
Apresentações clínicas:
Exofítica (tumoral) A lesão vai crescer para fora;
Endofítica (ulcerada) A lesão vai crescer para dentro;
Leucoplasia (placas brancas);
Eritroplasia (placas eritematosas)
Estadiamento clínico
Sistema TNM Foi desenvolvido esse sistema para todos os tipos de câncer. Foi um sistema criado
para tentar entender melhor a doença, e tentar entender qual a chance daquele paciente sobreviver
quando ele está com esta doença.
T – Tumor primário (T1 a T4 ) – tamanho do tumor;
N – Doença linfonodal (N0 a N3) – metástase cervical, ou seja metástase daquele tumor que foi
para o pescoço;
M – Doença metastática (M0 ou M1) – metástases a distância.
Estágios: 1, 2, 3 e 4.
TNM CLASSIFICAÇÃO:
Tumor primário (T)
Tx n entra no estadio Tumor não pode ser avaliado
T0 n entra no estadio Não há evidência do tumor primário
Tis n entra no estadio Carcinoma in situ
T1 Tumor até 2 cm
T2 Tumor de 2 a 4 cm
T3 Tumor maior que 4 cm
T4a Tumor invade estruturas adjacentes (ex: cortical do osso,
m. profunda de língua, seio maxilar, pele de face)
T4b Tumor invade espaço mastigador, placas pterigoides, base
de crânio e/ou a. carótida interna
O “T” é baseado no tamanho do tumor;
O “Tx” é um tumor que não consegue se avaliar, não da para ter noção do tamanho, não da para
avaliar o tamanho, não da para avaliar nada;
O “T0” não está vendo o tumor primário, logo não vai entrar nesse detalhe;
O “Tis” é o carcinoma in situ, então aquela leucoplasia que se viu, que já era carcinoma in situ,
chama-se ele de Tis. Nem sabia que era câncer;
Logo os três primeiros não entram no estadio, pois não consegue medir, ou porque não está se
vendo ou porque achava que era leucoplasia;
A partir do quarto já começa-se a ter outros T’s;
O “T1” é um tumor que vai ter em seu maior diâmetro até 2 cm;
O “T2” é um tumor que vai ter de 2 cm à 4 cm;
O “T3” o tumor vai ser maior do que 4 cm;
Se o tumor invadir estruturas subjacentes como a cortical do osso, margem profunda da língua,
seio maxilar, pele de face, ele passa a ser T4a, logo pegou mais de uma estrutura, passa a ser T4
imediatamente;
Quando começa a invadir espaço mastigador, placas pterigoides, base de crânio e/ou a. carótida
interna, passa-se a ser T4b;
N
N0 Ausência de linfonodo
N1 Acometimento de um linfonodo menor que 3 cm
N2a Linfonodo único ipsilateral de 3 a 6 cm
N2b Múltiplos linfonodos ipsilateral inferiores a 6 cm
N2c Linfonodos contralateral ou bilateral inferior a 6 cm
N3 Linfonodo maior de 6 cm
Vai-se levar em consideração a presença de linfonodo;
Faz-se o exame de palpação no paciente, pode-se sentir um linfonodo, mas não é qualquer tipo de
linfonodo, o linfonodo de câncer ele é fixo, e ao pegar no linfonodo esse linfonodo não vai mexer.
Baseado nesse tamanho da palpação, que se está pegando e sentindo o tumor, se mede o tamanho
do linfonodo.
“N0” é quando não se tem linfonodo acometido, então, viu-se a lesão de boca, mediu o tamanho da
lesão de boca, foi para o pescoço do paciente e não conseguiu achar;
“N1” palpou e achou um linfonodo, mas ele tem 2 cm em seu maior diâmetro;
Ipsilateral: linfonodo é do mesmo lado da lesão
“N2a” palpou-se um linfonodo do mesmo lado da lesão, de 3 a 6 cm;
“N2b” palpou-se vários linfonodos menores do que 6 cm do mesmo lado da lesão;
“N2c” linfonodos contralateral ou bilateral que são inferiores a 6 cm;
“N3” linfonodos maior do que 6 cm.
M
M0 Ausência de metástase à distância
M1 Metástase à distância
Metástase a distância é por exemplo metástase no pulmão. Então, por exemplo o paciente está
com câncer de boca, tirou-se um raio-X de tórax e viu que já tem lesão no pulmão, então é
metástase a distância;
Estadio | Estágio
0 Tis N0 M0
I T1 N0 M0
II T2 N0 M0
III T3 N0 M0
T1-T3 N1 M0
IVA T4a N0-1 M0
T1-4a N2 M0
IVB Qualquer T N3 M0
T4b Qualquer N M0
IVC Qualquer T Qualquer N M1
Oropharynx p16 Positive tumors (NÃO CAI NA PROVA) A orofaringe recebeu um TNM diferente, do TNM de
boca.
Clinical and Pathological T categories
T1 Tumour 2 cm or less in greatest dimension
T2 Tumour more than 2 cm but not more than 4 cm
T3 Tumour more than 4 cm in or extension to lingual
surface of epiglottis
T4 Tumor invades any of the following: laryns, deep/
extrinsic muscle of tongue (genioglossus, hyoglossus,
palatoglossus, and styloglossus), medial pterygoid
and palate, mandible, lateral pterygoid muscle,
pterydoid plates, lateral nasophalatine, skull base; or
encass carotid artery.
Os cânceres causados pelo HPV na orofaringe eles têm um melhor prognóstico, eles respondem muito
melhor a radio e quimio, do que o resto das lesões;
Figura clássica de palpação linfonodal
Diagnóstico
Diferencial:
Lesões cancerizáveis;
Micoses profundas (paracoccidioimicose);
Tuberculose;
Doenças granulomatosas;
Outras neoplasias.
Definitivo:
Biópsia incisional
Conduta:
Referenciamento
Centros de referencia em diagnóstico;
Centros de referência em tratamento.
Tratamento:
Cirúrgico;
Cirurgia + Radioterapia;
Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia;
Quimioterapia + Radioterapia + Cirurgia;
Paliativo = Quimioterapia + Radioterapia.
Papel da Radioterapia:
Tratamento Primário: radioterapia exclusiva em lesões iniciais selecionadas;
Tratamento Adjuvante: associada à cirurgia em tumores estágio III ou IV;
Tratamento Paliativo: associada à quimioterapia em casos selecionados.
Câncer Bucal
Atraso do paciente;
Atraso no diagnóstico inicial;
Atraso no referenciamento; Tudo isso piora o prognóstico do paciente.
Atraso no diagnóstico definitivo;
Atraso no tratamento.
O papel do Cirurgião-Dentista clínico-geral:
Orientação da população;
Exame clínico de toda a cavidade bucal;
Reconhecimento de alterações da normalidade;
Referenciamento.
VIA INTRACARDÍACA:
Raramente utilizada;
Em casos de emergência para estimular
o coração na concentração de 1:10.000;
Exclusiva da medicina;
Injeção é dada diretamente dentro do
coração;
Pacientes com parada cardíaca;
É bem diluído, pega a solução, vai direto
no coração, e aplica;
No nosso coração, existe um receptor
chamado β1 (Beta 1), quando a
adrenalina se liga nesse receptor,
aumenta a força, a frequência, o débito,
aumenta a pressão arterial, que vai
atuar diretamente;
O efeito é sistêmico, pois como o
coração é o órgão responsável por
bombardear o sangue no organismo, vai
cair na corrente sanguínea aquele
fármaco administrado;
É uma via extremamente RARA de se
ver, praticamente só quem trabalha em
UTI vai ver esse tipo de situação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Distribuição de Medicamentos:
2º Parâmetro farmacêutico;
Objetivo:
Transferir o fármaco da CORRENTE SANGUINEA para os TECIDOS, pois o fármaco não tem não
sabe qual será a região exata que deverá ir, ele se distribui para todos os tecidos do corpo;
É a passagem do fármaco da corrente sanguínea para todos os tecidos, gerando o seu efeito
farmacológico;
Observação:
Quando o fármaco chega ao alvo ele começa gerar efeito farmacológico, logo é
FARMACODINÂMICO, pois ele tem o efeito;
A farmacocinética e farmacodinâmica vão atuar concomitantemente a partir da distribuição;
Os únicos locais que é muito difícil de encontrar os medicamentos são dois (barreira
hematoencefálica), pois é uma barreira muito lipofílica, então um fármaco para conseguir
atravessar essa barreira também precisa ser muito lipofílico;
A outra barreira é a barreira placentária, que também é muito difícil de atravessar, mas não é
impossível. Tirando esses dois tecidos, praticamente existe medicamento em todas as regiões
do organismo além do tecido cartilaginoso, nariz e orelha;
Exemplos:
Do intravascular para o muscular;
Do intravascular para o pulmonar;
Do intravascular para o cefalorraquidiano;
Do intravascular para o cerebral;
Medicamento (fármaco) na corrente sanguínea se encontra sobre duas formas:
Forma livre – POSSUI ATIVIDADE;
Forma ligada – NÃO POSSUI ATIVIDADE;
Proteínas plasmáticas (albumina);
Fatores de ligação:
Afinidade química (%);
[ ] do medicamento;
Competição farmacológica em nível de distribuição;
Volume de Distribuição (Vd):
Parâmetro farmacocinético que tem por objetivo informar se o fármaco encontra-se em maior
concentração na corrente sanguínea ou nos tecidos;
Vd = (Q/Cp);
Q = Dose | Cp = Concentração plasmática;
Explicação:
A farmacocinética e a farmacodinâmica ocorrem praticamente ao mesmo tempo;
O medicamento para ser absorvido deve cair na corrente sanguínea;
Lesionou um músculo, fisiologicamente o músculo é bastante vascularizado, então os traços
vermelhos representam a corrente sanguíneo, o fármaco foi administrado, entrou na corrente
sanguínea;
A lesão tecidual está na parte da “bolinha vermelha” do músculo, o fármaco, encontra-se dentro da
corrente sanguínea pois já foi absorvido. Se o fármaco tem que ficar dentro da corrente sanguínea,
ele consegue gerar os efeitos farmacológicos? Muito provavelmente não, pois o alvo é o músculo e
medicamento está dentro da corrente sanguínea. Então precisa-se entrar em contato com a região
lesionada para fazer o seu efeito, além disso, precisa deixar o compartimento (vaso) em que se
encontra, para atingir o seu alvo. No momento que o fármaco deixa o sangue e chega no alvo,
significa que o medicamento está sendo distribuído, tendo os seus efeitos farmacológicos;
A administração de um fármaco por via oral:
Vai passar pela boca, esôfago, estômago, intestino delgado. O fármaco é bem absorvido no
intestino delgado pela questão do seu pK e do seu pH;
Tem-se a circulação mesentérica, que são pequenos vasos sanguíneos que estão ligados ao TGI,
esses vasos vão dar na veia porta, que tem como uso o FÍGADO, do fígado emtra na corrente
sanguínea e é absorvido;
Em um caso que, da corrente sanguínea esse vaso vá para o tecido muscular, e no tecido
muscular ele vai ser distribuído.
Exemplo:
Tem-se um fármaco “X” com uma administração de 100 mg. Entretanto existe perda durante o
processo, por exemplo de 20%, logo 20mg não chega ao sangue, então chega-se 80 mg à
corrente sanguínea. Desses 80% nem todos os 80 mg terá efeito farmacológico. O metabolismo
de primeira passagem é um fenômeno que ocorre no fígado, o fármaco antes de ser distribuído
uma parte é metabolizada previamente. Supondo que seja um metabolismo inativador, o
fármaco não tem nenhum efeito. Dos 80 mg que chega até a corrente sanguínea 10 mg é
metabolizado, então chega-se 70 mg para gerar o efeito farmacológico. Dos 70 mg que não
foram metabolizados, todo o 70 mg não vão gerar efeitos farmacológicos por conta das
proteínas plasmáticas, que são proteínas que vão está no plasma sanguíneo. Existem várias, a
principal classe de proteínas plasmáticas é a albumina, que é uma proteína plasmática de alto
peso molecular, então se o peso molecular dela é elevado, ela tem dificuldade de atravessar o
endotélio vascular, tendo dificuldade de modo que só é praticamente encontrada no sangue.
Explicação:
Quando o fármaco X entra na corrente sanguínea, e quando encontrar a albumina, uma parte desse
fármaco liga-se à albumina e a outra parte se encontra na forma livre;
A forma ligada é quando o fármaco está ligado às proteínas plasmáticas pincipalmente a albumina;
Apenas a forma livre terá ação farmacológica, pois a forma ligada tem dificuldade de atravessar o
endotélio, já que este está ligado à albumina no caso, e a albumina tem um peso molecular baixo,
mesmo o fármaco tendo um peso pequeno, quando juntam, ambos recebem o peso um do outro, se
unem, logo o fármaco passa a ter um alto peso molecular também;
Já o fármaco livre fica com um baixo peso molecular e atravessa facilmente o endotélio sanguíneo.
Fatores que interferem na ligação do fármaco com a albumina:
Afinidade química;
Concentração do medicamento.
Tem-se um fármaco X que tem 60% de afinidade com a membrana plasmática. Se pegar a primeira
dosagem 100 mg e segunda dosagem, 200 mg:
Digamos que um paciente use o fármaco de 100 mg, então desses 100 mg, 60 mg está na forma
ligada, e 40 mg está na forma livre;
Se pegar agora os de 200 mg, 120 mg está na forma ligada e 80mg está na forma livre.
Se for para potencializar um efeito do medicamento, qual dos dois terá um efeito
potencializado?
o Dos 200 mg de X 60% está ligado, e dos 500mg de Y 30% está ligado;
o A albumina não consegue se ligar a dois fármacos ao mesmo tempo, mas precisa ligar.
Provavelmente o que pode acontecer? Não tem albumina suficiente para ligar tanto X
quanto Y, devido a isso, como tem 150 mg ligado de Y e 120 mg ligado de X, começa-se a
quebrar as ligações do fármaco X, e ao quebrar a ligação do fármaco X, aumenta-se a forma
livre do fármaco X e diminui a forma ligada, ou seja se aumenta a forma livre, aumenta-se a
potência do fármaco X. Logo, pode potencializar o efeito de um dos remédios;
o Fármacos que tenham uma maior taxa de ligação (envolve a dose e a afinidade), eles
deslocam os fármacos que tem uma menor taxa de ligação, ou seja, o que tem uma maior
taxa fica normal, e o outro aumenta a forma livre e diminui a forma ligada, potencializando
o efeito do fármaco que está sendo colocado na forma livre.
o Tem-se então uma competição farmacológica, em nível de distribuição, ou seja, fármaco de
maior afinidade desloca fármaco de menor afinidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRAIG, C. R. STITZEL, R. E. Farmacologia Moderna: com aplicações clínicas. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005. 815 p.
KATZUNG. B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 10ª ed. São Paulo: MacGraw – Hill, 2007.
SILVA, PENILDON. Farmacologia, 8. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2010. 1325 p.
Meia-Vida:
Tempo necessário para que a concentração do fármaco no organismo seja reduzida a metade;
T 1/2= Kel/Log2;
Log2 = 0,63
Kel = Constate de eliminação;
[Concentração] = n/V;
20 Mol/L
c= m/V
18 mg/L 2h |1/2 9 mg/L 2h | 1/2 4,5 mg/L;
*A meia-vida desse fármaco é 2h
Biodisponibilidade (%):
Fração de fármaco que encontra-se na Corrente Sanguínea e possui ação farmacológica;
Exemplo:
Fármaco ligado e metabólitos inativos (fármacos encontram-se na corrente sanguínea, mas eles
não possuem ação farmacológica);
Excreção:
4º parâmetro farmacocinético (último);
Objetivo:
Eliminar o fármaco do organismo.
Vias:
Renal (é a mais utilizada/estudada):
o Filtração glomerular;
o Secreção Tubular Ativa;
o Difusão Passiva;
o Reabsorção Tubular.
Pulmonar;
Biliar;
Fecal;
Sudoríparas;
Lacrimal;
1. MEIA-VIDA:
A meia vida é um conceito químico que pode ser empregado também na farmacologia;
Na farmacologia a meia vida está relacionada com a concentração de fármaco;
Comportamento da meia-vida graficamente:
1º Gráfico:
o Tem-se a concentração em função do tempo;
o Não é uma linha reta, logo não é uma função do primeiro grau;
o É uma função exponencial decrescente;
o A medida que o tempo vai passando a concentração vai diminuindo, mas não é proporcional,
tem uma maior parte de excreção na primeira metade, a queda brusca é dada na primeira
metade, já na segunda metade a queda é mais discreta;
o Nas primeiras horas, a velocidade que o fármaco é eliminado é maior do que nas últimas
horas, devido ao comportamento da função exponencial.
2º Gráfico:
o A meia vida é divida em meia vida ALFA e meia vida BETA;
o A meia vida alfa está associada com a distribuição;
o Fazendo uma analogia: fez-se o uso do fármaco por via oral, está na corrente sanguínea/no
organismo em uma concentração de 18 mg/L. No momento que o fármaco sai da corrente
sanguínea e vai para os tecidos, é chamado de distribuição, logo após isso tem-se a
metabolização e por fim a excreção, onde os dois (metabolismo + excreção) pode ser
chamado de eliminação;
o A meia vida alfa está associada com o tempo que o deixa o vaso sanguíneo e é distribuído
nos tecidos;
o Do início até o ponto, o fármaco não começou a ser eliminado, ainda está dentro do
organismo, saindo do sangue para os tecidos, a partir do ponto o valor vai começar a
decrescer, pois começa a ser eliminado;
o Então na meia vida alfa o fármaco está 100% dentro do organismo, a partir da BETA, é que o
fármaco começa a ser eliminado.
2. BIODISPONIBILIDADE:
O fármaco quando entra na corrente sanguínea, via oral, tem perda;
De 100 mg digamos que vai para 80 mg, dos 80mg que está na corrente sanguínea, os 80 mg não
possuem atividade farmacológica pois uma parte pode ter sofrido o metabolismo de primeira
passagem e inativado parte do medicamento e outra parte pode está ligada à proteínas
citoplasmáticas (principalmente albumina), e quando o fármaco encontra-se ligado à albumina ele
não tem ação farmacológica;
O fármaco ligado não tem atividade, o fármaco livre tem atividade. Então chegou ao sangue, e
mesmo estando no sangue para ter ação o fármaco não pode ser metabolizado e nem pode está
ligado à proteínas plasmáticas, tirando isso o que sobrar de fármaco diz-se que é
farmacologicamente ativo, vai está na corrente sanguínea e está apto a realizar a ação
farmacológica;
Essa parte do fármaco que se tem ação é chamada de biodisponibilidade.
3. EXCREÇÃO:
Saída/eliminação do fármaco do organismo;
Se o fármaco entra por uma via, ele também terá que sair por outra via;
Dentre as vias de excreção, a via mais utilizada, tanto que é a mais estudada é a vida renal;
Pode-se ter uma sobrecarga renal, por conta da administração de fármacos;
As outras vias o fármaco também pode ser excretado, mas a principal é a via renal.
Excreção/Eliminação Renal 4 processos ocorrem:
Filtração Glomerular;
Secreção Tubular Ativa;
Difusão Passiva;
Reabsorção Tubular.
Néfron:
É formado por um conjunto de estruturas renais;
A este conjunto, denomina-se como corpúsculo renal;
O corpúsculo renal é formado pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman;
Os túbulos renais são formados pelo túbulo contorcido proximal (TCP), alça de Henle (ramo
descendente e ramo ascendente), túbulo contorcido distal (TCD) e por fim o túbulo/ducto
coletor;
Na cápsula de Bowman:
Ocorre a FILTRAÇÃO GLOMERULAR. No nosso sangue tem partes que “prestam” e partes que
“não prestam”, tem moléculas que tem ação biológica, que servem para fazer o corpo funcionar
(glicose, aminoácidos, íons orgânicos/inorgânicos, sais, água), da mesma forma que tem
substâncias que não têm utilização, como produtos de metabolismo;
O sangue tem que tirar o que não serva da corrente sanguínea, e precisa passar por um processo, e
esse processo é a filtração que ocorre nos rins. Isso é a filtração glomerular. Tem-se a artéria renal,
quando está primeiramente na capsula de Bowman, nessa cápsula de Bowman que ocorre a
filtração glomerular. Entra o que vai servirá e o que não servirá nessa cápsula, entretanto é um
processo não seletivo. É como se fosse um filtro, que vai passar pela cápsula de Bowman as
moléculas que tenham baixo peso molecular (logo passam coisas boas e ruins), e caem na unidade
nefrótica;
Proteínas têm dificuldade de atravessar o vaso sanguíneo, pois têm alto peso molecular, não
passando para a unidade nefrótica;
No sangue tem-se fármacos ligados, fármacos livres e metabólitos. Na corrente sanguínea o
fármaco pode está na forma livre, ou na forma ligada, se ele estiver na forma ligado, por exemplo,
à proteína albumina, ele não vai conseguir ser filtrado;
Tem-se, por exemplo no começo 100% de fármaco, quando entra na capsula de Bowman acontece
a filtração glomerular, desses 100%, de 19% à 20% entra na unidade nefrótica, 80% está na
corrente sanguínea;
Uma parte sai da corrente sanguínea e a outra parte continua na corrente sanguínea;
Seguindo o percurso, o fármaco agora encontra-se no TCP, onde terá a SECREÇÃO TUBULAR ATIVA;
Se há uma secreção ativa vai-se ter gasto de energia, então se vai gastar energia é contra o
gradiente de concentração, e se é contra o gradiente de concentração irá ser necessário a
utilização transportadores, que são as proteínas carregadoras;
Esses transportadores podem ser classificados em transportadores ÁCIDOS ou transportadores
BÁSICOS, ou seja, esses transportadores leva o fármaco da corrente sanguínea e joga para unidade
nefrótica, via gasto de ATP, ou seja vai excretar o fármaco mediante gasto de energia, isso é
chamado de secreção tubular ativa;
Em porcentagem terá de 80% à 81%, então observa-se que mais da metade do fármaco é
excretado por via gasto de energia, com os transportadores;
OBSERVAÇÃO:
Quando se tem o fármaco na difusão facilitada, precisa-se de um transportador para fazer o seu
transporte, e o seu transporte é seletivo;
Se tem dois fármacos, “A” e “B”, e ambos competirem pelo mesmo transportador “X”, o transportador
não consegue transportar os dois fármacos ao mesmo tempo, vai transportar o que tiver maior afinidade
primeiramente ou depois o que tiver maior concentração;
Se “A” tem uma maior afinidade do que “B”, então “A” vai ser transportado primeiro, então X pega o
fármaco A e o transporta. Com isso, A vai reduzir a absorção de B, pois quando o A estiver sendo
transportado, a atividade de B vai ser reduzida. Então está tendo uma competição dos fármacos pelo
mesmo transportador, tendo uma inibição na absorção;
Se tiver agora dois fármacos A e B e competem pelo transportador Y, o transportador não
consegue transportar os dois fármacos ao mesmo tempo, vai transportar um depois o outro;
Exemplo ao se administrar a Penicilina com a Probenecida:
A Probenecida é administrada juntamente com a Penicilina para aumentar o seu efeito, pois
ambas competem pelo mesmo transportador, só que a Probenecida tem uma afinidade maior
com o transportador do que a Penicilina, logo quem vai ser transportado primeiro vai ser a
Probenecida, e isso vai interferir no processo;
A penicilina tem ausência de metabolismo, como ela não é metabolizada, quanto mais tempo
ela ficar no organismo, melhor vai ser, pois ela vai entrar e sair da mesma forma, então ela já
gera ação do jeito que ela entra;
Quanto maior tempo no organismo, maior vai ser a ação farmacológica, justamente o que a
Probenecida faz, ela e a penicilina vão competir pelo mesmo transportador, quem se liga
primeiro é a Probenecida, então a penicilina vai para ser excretada, vai permanecer na corrente
sanguínea, e como permanece na corrente sanguínea continua gerando o seu efeito
farmacológico, aumentando o tempo da sua meia vida, e isso é um efeito benéfico, pois a
penicilina não é metabolizada, da mesma forma que entra vai sair, então quanto mais tempo
fica no organismo, quanto maior o tempo de meia- vida maior a sua ação farmacológica;
Isso dará certo pois a penicilina não é metabolizada;
Então isso é uma INIBIÇÃO COMPETITIVA.
A interação farmacológicas podem existir nos 4 parâmetros;
Quando chegar no túbulo/ducto coletor, tem-se 1% de fármaco, que terá que ser excretado. Esse
1% ele é excretado no final do ducto coletor, via DIFUSÃO PASSIVA;
Da mesma forma que as moléculas são reabsorvidas, os fármacos eles também podem ser
reabsorvidos;
Entre um fármaco e um metabólito, o FÁRMACO tem maior probabilidade de voltar para a
corrente sanguínea (de ser reabsorvido) por conta da polaridade, o fármaco tende ser mais apolar
do que o metabólito;
O fármaco é mais apolar, logo não tem tanta intimidade com a água, já o metabólito tem mais
afinidade com a água, como o fármaco não tem tanta afinidade e é mais apolar, vai ter mais
facilidade de atravessar e voltar para a corrente sanguínea, então é o que ocorre.
Já o metabólito tenta permanecer na corrente sanguínea. Isso não vai acontecer o tempo inteiro,
quando esse fármaco que não foi metabolizado passar pelo fígado de novo e for metabolizado, ele
passa a ser metabólito, logo é excretado e permanece na urina, ou seja toda vez que o fármaco é
metabolizado ele fica mais polar, e menos apolar, ou seja, tem mais afinidade com a água que
facilita a sua excreção;
Logo no túbulo/ducto coletor ocorre difusão passiva e REABSORÇÃO TUBULAR.
Observação:
Fármaco: + APOLAR;
Metabólito: + POLAR
Revisão:
Primeira etapa/fase é a FILTRAÇÃO GLOMERULAR, tanto o fármaco quanto o metabólito vão
passar pela cápsula de Bowman, normalmente o que não é filtrado está ligado à albumina, que
tem alto peso molecular. Então dos 100% do fármaco de 19% à 20% do fármaco é filtrado, o que
não é filtrado continua na corrente sanguínea;
Na segunda etapa/fase se tem a SECREÇÃO TUBULAR ATIVA, que ocorre no TCP, ativo porque
gasta energia e se gasta energia, precisa-se de transportador, então esse transportador, é
classificado em ácidos e básicos, para se conectar em drogas ácidas e drogas básicas. Pode ocorrer
então uma competição pelo transportador. Se tem entre 80% a 81% de excreção do fármaco, logo
a maior taxa de excreção do fármaco.
Chegando ao túbulo/ducto coletor, se ainda tiver resquícios de fármaco, o restante no túbulo
coletor é excretado por DIFUSÃO PASSIVA. No ducto também pode ocorrer REABSORÇÃO
TUBULAR, tem-se fármaco e metabólito na urina, o que tem maior probabilidade de ser
reabsorvido é o FÁRMACO.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRAIG, C. R. STITZEL, R. E. Farmacologia Moderna: com aplicações clínicas. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005. 815 p.
KATZUNG. B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 10ª ed. São Paulo: MacGraw – Hill, 2007.
SILVA, PENILDON. Farmacologia, 8. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2010. 1325 p.
Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagem com alginato e obtenção de modelos em odontologia
Introdução
Moldagens:
Procedimentos clínicos em que se utilizam materiais e técnicas apropriadas com o objetivo de se obter os
moldes dos arcos dentais;
O alginato é um material plástico e bastante
versátil utilizado na clínica odontológica
sempre;
A moldagem é utilizada em diversas áreas além
da odontologia;
Faz-se a moldagem para se obter uma cópia o
mais fiel possível, e isso depende da qualidade
do material utilizado, para reproduzir os arcos dentais do paciente;
Quando se molda, molda além do dente, molda-se também os tecidos moles, como a musculatura, freio
labial, bridas...
Se for fazer moldagem para estudar apenas a dentição pode-se ter uma moldagem que aprofunde menos
no fundo de vestíbulo, mas se for fazer uma moldagem para prótese total ou para prótese removível que
o paciente perdeu muitos dentes, tem-se que ter uma moldagem que se estenda bastante para o fundo
de vestíbulo para que também se copie tecido mole, já que essas estruturas vão interferir na adaptação da
prótese.
Moldes:
São reproduções em negativo das superfícies das arcadas;
Modelos:
São reproduções em gesso ou resina, das superfícies moldadas. Sobre o molde (negativo) se obtém o
modelo (positivo);
Logo sai de uma situação intrabucal para se ter uma situação confeccionada em modelo de gesso para
assim estudar e fazer planejamento.s
Requisitos dos materiais de moldagem (silicone de adição, silicone de condensação, pasta zinco-enólica,
alginato...)
Devem copiar com exatidão todos os dentes do arco bem como os tecidos moles e acidentes anatômicos
para que se possa ter um modelo completo e fiel;
Os materiais devem apresentar um endurecimento completo na boca num tempo razoável;
Devem apresentar uma fluidez (capacidade de escoamento) ou consistência adequada à técnica empregada;
Devem ter uma estabilidade dimensional durante e após o endurecimento capacidade do material de
permanecer na mesma dimensão, sem alteração para mais nem para menos, para que se tenha uma cópia
fiel. O alginato não é um bom material em relação a estabilidade dimensional, ele tanto perde água com
facilidade quanto ganha água com facilidade;
Devem ter uma plasticidade suficiente para uma fiel reprodução na moldagem e quando necessários serem
termoplásticos a uma temperatura compatível com os tecidos bucais Está-se falando de materiais que
precisam ser aquecidos como é o caso da godiva, cera... Então termoplástico é um material que se aquece e
depois volta a endurecer;
Devem ser elásticos o suficiente para facilitar a moldagem de superfícies retentivas;
Não devem ser tóxicos, irritantes ou aderir aos tecidos bucais, logo os materiais devem ser biocompatíveis;
Devem ser insípidos ou ter sabor agradável, facilitando o processo de obtenção da moldagem
Devem ter um adequado tempo de trabalho, adequado a perfeita execução da técnica;
Materiais de moldagem:
Rígidos:
Gesso Solúvel;
Pasta Zinco-Enólica;
Termoplásticos Materiais que precisam ser aquecidos para mudar o estado deles;
Godiva;
Cera
Elásticos Copiam áreas retentivas
Silicones: condensação e adição;
Mercaptanas;
Poliéster;
Hidrocolóides: reversíveis e irreversíveis (alginato);
Alginato:
Histórico:
Final do século XIX na Escócia descobre-se um exudato mucoso produzido por certas algas marinhas
marrons denominado algina;
Durante a 2ª Guerra Mundial tem-se a escassez de Agar (produtor Japão).
Necessidade de um substituto;
Surgimento dos Alginatos para moldagem;
Misturado com água passa do estado sol para gel devido à reação química;
Alginato hydrogum 5 Pode-se ficar 5 dias sem vazar o gesso;
Indicações:
Modelos de estudo e de trabalho;
Modelos para ortodontia;
Moldagem preliminar ou anatômica para Prótese Total;
Moldagem para Prótese Parcial Removível;
Moldagem de Hemiarcada;
Duplicação de modelos;
Confecção de moldeiras para clareamento;
Moldagens de arcada antagônica (prótese), logo a arcada que vai ser executado o trabalho de
prótese fixa é moldada com silicona e a arcada oposta (antagônica) com o alginato.
Vantagens:
Fácil manipulação;
Baixo custo;
Ser hidrofílico não tem nenhum problema com água/saliva;
Fácil limpeza;
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Não mancha;
Fácil controle do tempo de trabalho pode variar com a temperatura da água;
Desvantagens:
Baixa estabilidade dimensional ele se altera com facilidade tanto ganhando água quanto
perdendo água;
Verter gesso imediatamente ato de confeccionar o modelo;
Passo a passo:
Instruções ao paciente como agir durante a moldagem;
Posicionar o paciente de forma correta o máximo com a cadeira para frente, colocar o babador com o
auxílio do “jacaré”;
Preparar o paciente para a moldagem;
Posição mais ereta
1. Prova da Moldeira
Se a altura da moldeira for muito baixa, pode acabar não
copiando o fundo do vestíbulo, assim, pega-se uma lâmina de
cera, corta-se uma tira e vai aumentando a altura da moldeira
para ficar melhor a altura e assim copiar o fundo do vestíbulo;
A primeira coisa que se faz antes de Espatular o alginato é fazer a
prova da moldeira no paciente, para assim saber se a moldeira
escolhida vai se adequar à boca do paciente;
Moldeira deve ficar com o cabo alinhado com a linha média do
paciente, e a linha média não é a linha média do dente, é a linha
média da face;
2. Manipulação:
Agitar o saco – Descompactar o pó;
Colocar primeiramente a água em uma cuba;
Encher a colher de medida, remover excesso com a espátula (1 colher
de pó para 1 medida de água), colocar em outra cuba o alginato;
Deve-se jogar o pó na água
Espatular vigorosamente, alternando os movimentos para liberar
possíveis bolhas de ar;
Tempo de manipulação: 45 segundos à 1 minuto;
Geleificação: 2 a 3 minutos após espatulação;
Colocar o alginato espatulado na moldeira previamente selecionada, e
antes de sua inserção na boca do paciente, passar alginato na superfície
oclusal e espaços interproximais dos dentes a serem moldados, com o
auxílio do dedo indicador;
Proporções Usuais:
o Maxila: 3 colheres de pó; 3 medidas de água;
o Mandíbula: 2 colheres de pó; 2 medidas de água;
3. Remover o molde de uma vez só no sentido do longo eixo do dente para evitar distorção;
4. Lavar o molde em água corrente e borrifar hipoclorito de sódio pois tem bactérias na cavidade bucal,
assim eliminando-as;
OBS.: “Língua de alginato”: na arcada inferior tem o espaço da língua, se for vazar o gesso com a
moldeira no formato que ela tem parecido com ferradura, o modelo fica fraco, então precisa fazer com
o que o modelo inferior fique mais resistente como o superior, para isso utiliza-se uma porção de pó e
uma porção de água e preenche o espaço onde fica a língua;
5. Verter o gesso imediatamente respeitando a relação água e pó. Vazar o molde com gesso tipo IV na
região dos dentes e gengivas;
6. Fazer retenções no gesso;
7. Vazar o gesso pedra tipo III para fazer a base;
8. Tempo de separação molde/modelo: 45 a 60 minutos. Pode-se tirar quando o gesso estiver frio e seco;
Gesso:
Utilização em Odontologia:
Construção de modelos de arquivo, estudo e trabalho;
Construção de troqueis – modelos unitários;
Moldagem para confeccionar próteses totais (solúvel);
Material acessório (preenchimento);
Montagem de modelos em articuladores.
Gesso tipo I: Não devem ser usados para execução de trabalhos laboratoriais;
Compostos de gesso Paris, ao qual foram adicionados modificadores para regular o tempo de presa
e a expansão de presa;
Gesso tipo II: Usado principalmente para preencher a mufla na construção de dentaduras, quando a
expansão de presa não é crítica e a resistência é adequada;
Gesso tipo III: Indicado para a construção de modelos, na confecção de próteses totais que
necessitam se ajustar aos tecidos moles. Apresentam uma resistência adequada para este propósito
e permitem uma fácil remoção da prótese após sua conclusão;
Gesso-Pedra de Alta Resistência tipo IV: indicado para troquel por sua resistência, dureza e um
mínimo de expansão de presa.
Falhas na moldagem:
TIPO CAUSA
- Geleificação incompleta causada pela remoção
1. Superfície do molde áspera e irregular prematura;
- Proporção incorreta;
- Óleo ou outro material orgânico sobre os dentes
- Geleificação excessivamente rápida impedindo o
2. Bolhas de ar nas superfícies dentária escoamento do material;
- Incorporação do ar durante a manipulação
- Espessura inadequada, pois selecionou uma
3. Rasgamento moldeira errada ou colocou pouco material;
- Contaminação pela umidade;
- Remoção prematura da boca;
- Espatulação prolongada
4. Material Granuloso - Espatulação imprópria ou prolongada;
- Relação água/pó muito baixa (errada).
- Falta de aderência do material à moldeira;
- Moldeira sem rigidez;
- Demora excessiva para vazar o molde;
5. Distorção - Movimentação da moldeira durante a geleificação;
- Remoção prematura ou incorreta da boca;
- Volume excessivo do material.
É uma posição mandibular que é dada pela posição do côndilo na fossa mais
ântero-superior, que é uma posição guiada pela mandíbula onde os côndilos estão
mais confortáveis na fossa e tem uma posição utilizada para reestabelecer
dimensão vertical, para reabilitar o paciente, para fazer casos complexos, casos que
a dimensão vertical do paciente não é satisfatória ou que o paciente perdeu essa
dimensão vertical de oclusão, seja por bruxismo ou seja por perdas dentárias, e
precisa de um ponto de partida para reabilitar aquele paciente.
Se não tiver dentes em uma arcada inteira não tem-se dimensão vertical de oclusão, tem-se de repouso,
para ter DVO precisa ter contato dentário, mas em algumas situações essa DVO ou ela não existe pois a
pessoa perdeu todos os dentes, ou é insatisfatória pois por exemplo o bruxismo destruiu todos os dentes,
então tem que ter um ponto de partida para reabilitar o paciente e esse ponto é a RELAÇÃO CÊNTRICA, pois
é a posição dos côndilos confortavelmente centrados na fossa e é uma posição confiável para se reproduzir
para que se reabilite o paciente.
Conceituação:
o Geralmente existe discrepância entre as duas posições
Conceituação:
Posicionamento e Oclusão:
Pode haver discrepância entre as duas
posições:
Guia Anterior:
o Quando desliza a mandíbula para frente os incisivos inferiores deslizam na concavidade
palatina dos dentes superiores, também chamado de guia incisivo, desocluindo todos os
dentes posteriores, isso em um movimento protrusivo (mandíbula vai para frente), incisivos
deslizam, separam os dentes de trás (desocluem todos os dentes posteriores), e isso é
chamado de guia anterior.
o Relacionamento das bordas incisais dos
dentes anteriores inferiores, com a face
lingual dos anteriores superiores, durante os
movimentos protusivos e retrusivo da
mandíbula, sem contato dental posterior;
o Forma com as ATMs um tripé de estabilidade.
Fundamental na preservação das unidades
fisiológicas: neuromuscular, ATMs, oclusão e
periodonto do AE.
o Enquanto os incisivos se contactam, os dentes posteriores são desocluídos, apresentado um
espaço entre eles conhecido como espaço ou fenômeno de Christensen.
o Isso ocorre, pois os dentes posteriores não foram feitos para receberem forças laterais, só
forças verticais.
Guia Canina:
Função em grupo:
o É quando além do canino se tem ou os primeiros pré’s, segundos pré’s ou até o primeiro molar.
Logo tem-se o toque do canino e o primeiro pré, ou canino mais primeiro pré mais segundo pré
ou canino primeiro pré mais segundo pré e molar. Só não pode se ter alternado como por
exemplo canino e segundo pré, pois aí seria uma interferência no canino. Então para que seja
função em grupo tem que se em sequência.
o A desoclusão é realizada;
Movimentos Mandibulares:
Ocorrem principalmente durante:
Mastigação;
Fala; Movimentos Funcionais
Deglutição;
Movimentos parafuncionais (não são movimentos
fisiológicos, são prejudiciais, são deletérios):
Bruxismo;
Apertamento.
Movimentos mandibulares:
A mandíbula tem quatro movimentos distintos, mas eles também podem se combinar para fazer os
movimentos:
1. Rotação – rotação pura, abertura e fechamento. Esse movimento acontece quando se inicia a
separação dos incisivos (em torno de 20 mm à 25 mm), o côndilo só rotaciona;
2. Laterotrusão (ou lateralidade) – um côndilo rotaciona enquanto o outro côndilo translada. Um dos
côndilos só gira um pouco, o outro sai do lugar, vai para baixo, para frente, para dentro, em direção à
linha média;
3. Protrusão – ambos os côndilos vão para frente-translação;
4. Transdução – movimento exclusivamente lateral, movimento de Bennett;
Rotação
Movimentos Mandibulares:
Posições e movimentos da mandíbula:
É dada pela guia anterior ou guia incisiva. Deve haver desoclusão dos dentes posteriores.
Movimento guiado pelos contatos das bordas incisais dos inferiores contra a concavidade
palatina dos incisivos superiores, desocluindo todos os dentes;
PROTRUSÃO
Lado de trabalho:
o Lado para o qual a mandíbula está se
movimentando, onde as cúspides
vestibulares dos inferiores se alinham às
cúspides vestibulares dos superiores;
o Função em Grupo:
Toque nos caninos, pré-molares e
cúspides mésio-vestibular do
primeiro molar;
o Guia Canina:
É a melhor desoclusão em lateralidade devido à proporção coroa/raiz do
canino, por este estar envolto em osso denso e compacto e tolerar melhor as
forças do que o osso medular ao redor dos dentes posteriores.
Lado de balanceio:
o É importante que não haja contatos dentários desse lado, pois são danosos ao sistema
mastigatório.
Lado de trabalho:
o Rotação mandibular lateral pura
(sem movimento de Bennett);
Lado de trabalho
o Movimento mandibular lateral
incorporando movimento de
Bennett;
o O movimento de Bennett é
quando antes do côndilo de
balanceio descer, a mandíbula
desloca-se lateralmente, para
assim, depois descer.
Mastigação:
o O ciclo mastigatório consiste em três fases:
1. Abertura, durante a qual se dá a
depressão da mandíbula;
2. Fechamento, durante a qual a mandíbula
é elevada;
3. Intercuspídea (máxima intercuspidação
habitual ou oclusão cêntrica).
o O trajeto da mandíbula durante a mastigação é denominado ciclo mastigatório;
o O trajeto de qualquer ponto no arco dentário, durante a mastigação, tem tipicamente
a forma de uma gota d’água quando visto no plano frontal ou sagital.
Os movimentos mandibulares são limitados pelos ligamentos, pelas superfícies articulares da ATM e a
morfologia e alinhamento dos dentes;
A faixa externa de movimento é reproduzível e chamado movimentos bordejantes.
Bordejantes:
o Quando a mandíbula se move através dos limites externos do
movimento, limites reprodutíveis são detectados;
o Os movimentos mais extremos são denominados de
bordejantes;
o Bordejante vem de borda, e borda está relacionada com
limite;
o O tanto que a boca abre ao máximo é chamando de
movimento bordejante;
o Limitados por estruturas anatômicas;
o Exemplo: Abertura de Boca Máxima; Protrusão Máxima;
Intra-Bordejantes:
o Quando a mandíbula se move livre e fácil dentro dos limites externos do movimento
durante a fala, mastigação;
o Está dentro do limite máximo;
Envelope de movimento:
Posições e movimentos da mandíbula:
Na abertura da boca, a partir da posição de RC, até os primeiros 25
mm de movimento, a mandíbula realiza um movimento de rotação
puro, em torno de um eixo horizontal no côndilo;
ET = Eixo terminal de rotação da mandíbula de abertura ou
fechamento +/- 25 mm;
O movimento de abertura de boca máxima é bordejante;
Arco de Translação (AT): Qualquer movimento adicional de abertura a
partir da posição AMR (Abertura Máxima de Rotação), para a posição
AM (abertura máxima) +/- 50 mm;
Logo em um indivíduo a abertura de boca máxima fica em média em
torno de 50 mm;
O Arco Habitual de Abertura ou Fechamento da mandíbula é
desenhado em linha pontilhada, da posição de abertura máxima, AM, para posição R (repouso
fisiológico), e então para a posição OC (oclusão cêntrica);
Repouso fisiológico ou posição de repouso:
Fórmula:
EFL = DVR – DVO | EFL = 3mm;
OC na ilustração é a MIH;
Posição onde ocorre o maior número de contatos dentários, não importando a posição dos
côndilos;
R = Repouso;
A distância da MIH para o R é de 3 mm = EFL;
A má-oclusão deflectiva é “o toque de deslize que ocorre entre a O.R.C e a O.C” Também
chamada de deslize em cêntrica.
Esta extensão do trajeto bordejante anterior é limitado pelos ligamentos e pelo comprimento
da musculatura, já que estão relacionados ao conjunto dos côndilos com seus respectivos
discos articulares.
Considerações Finais:
O envelope de movimentos de Posselt representa as bordas ou limites do movimento
mandibular para a média da população dentada;
É difícil, se não impossível, registrar o envelope para um paciente com disfunção
estomatognática ou síndrome da disfunção da ATM aguda;
Para desenhar as bordas do envelope de movimentos de Posselt realmente reproduzível,
devemos ter paciente assintomático e com a neuro-musculatura relaxada;
Mudanças críticas no envelope de movimentos podem ser visualizadas antes e depois do
tratamento oclusal.