Você está na página 1de 61

Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.

com
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à estomatologia

 O trato ou estudo dos métodos de exame clínico. Perquire os sinais e sintomas da doença, discute seu
mecanismo e valor, coordena e sistematiza todos os elementos para construir o diagnóstico e como
consequência deduzir seu prognóstico.

Vieira Romeiro, 1983

 Sinais: é aquilo que você pode medir, que você obtém, por exemplo vai medir o tamanho da lesão, vamos
supor que ela tenha 3 cm, logo é um sinal, é uma lesão edemaciada, parecendo um nódulo, é um sinal, é
uma lesão ulcerada, é um sinal.
 Sintomas: é o que o paciente relata, é algo subjetivo, como a dor que não consegue medir, a coceira que não
consegue medir, logo são características que não consegue se medir.
 Então para se fechar o diagnóstico precisa-se juntar nossos dados científicos junto com os dados que o
paciente vai nos dar.

 Sinônimos:
 Propedêutica clínica, semiologia, diagnóstico bucal, medicina oral.

 Estomatologia é composta:
 Semiotécnica – técnica de pesquisar, logo é toda e qualquer técnica que se utiliza para pesquisar e obter
resultados;
 Para a semiotécnica utiliza-se todos os órgãos do sentido, com a exceção do paladar
 Propedêutica clínica – análise para especificar o diagnóstico, presumir prognóstico e tratamento;
 Deve-se presumir o diagnóstico e o tratamento na individualidade de cada paciente, pois a mesma
doença pode ter prognósticos e tratamentos completamente diferentes, logo cada caso é um caso.
 Semiogênese: estudo da etiofisiopatogenia:
 Por exemplo o paciente está com cárie, e o paciente chega e fala para o cirurgião dentista que escova
dos dentes uma vez ao dia, passa o fio dental somente algumas vezes, e come muito doce, logo assim
está tentando descobrir qual a origem da doença daquele paciente. Logo, independente da doença
deve-se procurar o que está causando aquela doença.

 Além de estudar lesões próprias do sistema estomatognático, estuda as repercussões das doenças sistêmicas na
cavidade oral.

 Faz-se a todo o momento a anamnese e o exame clínico, ao fazer isso terá a hipótese diagnóstica, quase
nunca fecha-se diagnóstico de cara após a anamnese e exame clínico, porém há casos que isso é possível,
como é o caso da candidíase.

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à estomatologia - @resumodontologia


Página 1
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Após a hipótese diagnóstica, solicita-se um exame complementar como é o caso da radiografia, e consegue-
se fechar o diagnóstico ou não.
 Após fechar o diagnóstico vai-se definir a terapêutica e aí vai-se curar ou não, ou controlar a doença naquele
paciente, isso porque nem toda doença tem cura. Estabelecer o tratamento não significa dizer que está se
estabelecendo a cura daquela doença, possa ser que aquela doença esteja apenas controlada.

 Exame Clínico
 Prontuário:
 Tem um valor clínico e jurídico;
 Atualizado sempre que apresentar novo problema;
- OBS: Atualizado é uma coisa, o problema/doença evoluiu é uma outra coisa.
 Uniformizações da semiografia  é o cirurgião falar a “mesma língua” que o paciente, dependendo assim
do nível de instrução daquele paciente.
 Informações confidenciais e privativas  Isso é lei
 Composição do prontuário
 Anamnese – Obtenção dos sintomas;
 Exame físico – Sinais que o paciente apresenta.
 Anamnese:
Termo que significa recordar;
É a base da maioria dos diagnósticos;
Bom relacionamento com o paciente;
- Realiza perguntas abertas e fechadas

 Ficha Clínica para Estomatologia – Exame Anamnésico (Entregue em sala de aula)


1) Identificação
 Nome do paciente:
 Completo
 Data de nascimento:
 Muito importante
 Sexo:
 Geneticamente a pessoa é XY ou XX, homem ou mulher respectivamente, e deve-se colocar isso pois
existem doenças que tem uma maior predileção por homens e outras doenças que têm uma maior
predileção por mulheres e isso é uma informação extremamente importante.
 Em caso dos pacientes serem transgêreno isso deve ser informado, pois eles utilizam uma carga
hormonal violenta, e isso pode propiciar a outras doenças, como doenças cardiovascular.
 Cor:
 Branco  Leucoderma
 Negro/Moreno/Mulato  Melanoderma
 Descendente de asiático  Faioderma ou feoderma
 Quando não sabe a cor do paciente  Xantoderma

 Estado Civil:
 Casado;
 Solteiro;
 Divorciado;
 Viúvo.

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à estomatologia - @resumodontologia


Página 2
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Telefone:
 É de extrema importância para manter o contato com o paciente e conseguir se comunicar com o
mesmo para poder marcar ou até mesmo remarcar a consulta.

 Profissão:
 É importante, pois existem algumas doenças ocupacionais (de acordo com a profissão da pessoa), logo
pode-se assim induzir um suposto diagnóstico para aquela doença apresentada pelo paciente ;
 Saber qual a profissão do paciente também é importante para que assim a pessoa possa saber como se
comunicar e quais palavras e como usar essas palavras com o paciente;
 Estudante é profissão, dona de casa é profissão;
 Se a pessoa for aposentada, saber qual a profissão que a pessoa tinha antes de se aposentar.

 Dentro da “identificação” ainda tem-se outros dados do paciente a serem preenchidos.

2) Queixa principal (QP):


 Deve-se colocar apenas UMA queixa principal;
 Deve ser escrito exatamente como o paciente fala, devem-se abrir as aspas e escrever exatamente o que o
paciente vai falar;
 Ao final deve-se colocar a sigla  SIC (Segundo Informação Cedida), logo estará informando na ficha que foi o
paciente que falou aquilo.

3) História da Doença Atual (HDA):


 É escrita de forma científica, clara e ordem cronológica dos fatos do que o paciente sente.
4) História Médica:
 Ao todo são 34 perguntas;
 Aqui quer se passar por todos os sintomas do paciente, e passar por todos os sistemas fisiológicos do
paciente, percorrendo todo o corpo do paciente;
 A 33ª pergunta é muito importante para poder ter uma melhor hipótese diagnóstica.
 A pergunta é a seguinte: “Você tem alguma informação sobre sua saúde que não foi perguntada e que
gostaria de relatar?”;
 Resumo da História Médica
 ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE ANESTESIOLOGIA (ASA);
 Vai-se aqui classificar o ASA do paciente:
 ASA 1: Paciente sem doença de base e/ou uso de medicamento e/ou alergia
 ASA 2: Paciente relata doença de base compensada:
o A doença de base compensada é toda e qualquer doença, que eu conseguiria usar uma
substância química, para compensar a doença.
o Ex.: Diurético para compensar a pressão alta.
o O paciente que é hipertenso e usa medicamento  Paciente ASA 2, relata hipertensão
compensada e usa losartana e nega alergia, ou ele tem alergia a alguma coisa.
 ASA 3: Paciente portador de doença de base descompensada e/ou controlada:
o Ex.: O paciente é diabético não utiliza nenhum medicamento e está com a glicose de 180,
então está descompensado, mas poderia usar um medicamento e virar ASA 2, mas nesse
momento eles estão descompensados.
o Ex.: Paciente com asma, anemia

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à estomatologia - @resumodontologia


Página 3
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 ASA 4: Paciente portador de doença de base descompensada e/ou descompensada que afeta as
atividades laborais:
o Ex.: Está com depressão e não consegue trabalhar
 ASA 5: Pacientes internados em hospital:
o Atende-se na odontologia hospitalar como é o caso do bucomaxilofacial
 ASA 6: Paciente em morte:
o Esse paciente pode ser que seja doador de órgãos.
5) História familiar:
 Quer saber do paciente as características genéticas dele, se ele tem ou pode ter a possibilidade de alguma
doença que seja hereditária – relação da saúde dos parentes consanguíneos;
 Infectocontagiosas – parentes próximos;
 Síndromes – várias gerações – 5ª/6ª geração.
6) História psico-social:
 É saber se o paciente tem depressão, se esse paciente tem crise de ansiedade, se o bairro onde ele mora tem
saneamento básico, se tem coleta de lixo, se tem esgotamento, e quer saber isso para saber se aquele
paciente tem risco de ter alguma doença infectocontagiosa.
7) História Odontológica
 Perguntas:
 Quando foi sua última consulta odontológica?
 Quantas vezes escova os dentes ao dia?
 Você usa fio dental?
 Usa bochechos antissépticos? Quais?
 Já fez restaurações?
 Já realizou cirurgia?
 Você tem queixas na articulação (ATM)?
 Você tem queixas de mau hálito (halitose)?

 Após realizar todas as perguntas acima (do item 1 ao 7) o paciente ou o responsável deve assinar a ficha clinica
onde acima da sua assinatura tem escrito o seguinte:

“Declaro serem verdadeiras as informações prestadas por mim neste questionário odontológico e que não
omiti nenhuma informação relevante ao tratamento”

------------------------------------------------------------------------------
Assinatura do paciente ou responsável

 Exame Físico:
1) Avaliação Geral
 É observar o paciente como um todo para saber se ele não apresenta nenhum indicativo de alguma doença;
 Ver se o paciente está lucido, se está orientado no tempo e no espaço;
LOTE: Lúcido, orientado no tempo e no espaço;
 Modo de andar do paciente: normal, ceifante (andar arrastado) e caquéxico (andar de pessoas velhas);
 Análise dos terços corporais, como analisar o tamanho dos braços em relação a cabeça, onde o normal é o
braço levantado ultrapassar a cabeça, já em casos de nanismo isso não ocorre.

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à estomatologia - @resumodontologia


Página 4
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

2) Dados Vitais
 PA (pressão arterial)_________x__________(mmHg)
 Utiliza-se o aparelho para aferir a pressão;
 A pressão normal é de 120/80, se passar disso o paciente está com hipertensão (aumento da pressão
cardíaca);
 Existe muita hipertensão silenciosa.
 FR (frequência respiratória)_____________imp (inspiração por minuto)
 Irá ver quantas vezes o paciente inspira por minuto;
 O normal é inspirar de 18 a 22 vezes por minuto;
 Se o paciente está hiperventilando ele desmaiar na cadeira;
 Não deve avisar o paciente que está fazendo a contagem da inspiração dele, isso deve ser feito, por
exemplo, enquanto está se aferindo a pressão.

 FC (pulso radial)___________bpm (batimento por minuto)


 Frequência cardíaca;
 É no pulso que vai analisar a frequência cardíaca;
 O pulso normal é até 60 bpm em adultos, já em crianças o normal pode ser acima de 70 bpm, já em
idosos o normal é abaixo de 60 bpm, um valor que varia entre 54/55;

 Temp________°C
 A avaliação da temperatura é importante pois o paciente pode está com uma infecção, e está tendo a
elevação da temperatura;
 A temperatura corporal média é de 36°C à 37°C, acima disso o paciente pode está em um processo
infectoinflamatório, e isso aumenta a temperatura do paciente.
3) Avaliação Locoregional
 Faz-se avaliações intrabucal e extrabucal

Avaliação extrabucal

 Cabeça
 Observa-se a face do paciente, a cabeça, a proporcionalidade;
 Se o paciente estiver com uma falta de proporção vertical de um lado em relação ao outro, pode ser
indicativo de PAROTIDITE (papeira);
 Faz-se também a análise e avaliação de proporcionalidade horizontal, o paciente, por exemplo, pode ter
um aumento da mandíbula, e isso ser um indicativo de acromegalia.
 Avaliar a pele do paciente se está desidratada, se ela está brilhosa ou seca ou normal.
 Pescoço
 Palpa-se o pescoço do paciente por completo, palpando as cadeias linfáticas, pois a primeira metástase do
câncer oral são as cadeias linfáticas;
 Pode-se ter linfonodos tanto malignos quanto benignos;
Diferencia-se um linfonodo maligno de um linfonodo benigno pela suas características clinicas. O
linfonodo maligno tem o crescimento exacerbado sem controle, já o linfonodo benigno cresce, porém é
auto limitante. O maligno quando palpa o linfonodo é duro, o benigno quando palpa o linfonodo é
borrachóide, no maligno tem-se uma fixação do linfonodo, não consegue movimentar, já o benigno é
móvel.
Sintomatologia: linfonodo maligno, não dói, linfonodo benigno dói. Se palpou e doeu tem-se ali um
processo inflamatório.

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à estomatologia - @resumodontologia


Página 5
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Palpa-se as cadeias: submentonianas, submandibular, occipital, pré-auricular, cervical anterior, cervical


posterior, subclávia
 Então tem-se que palpar os linfonodos, e dar as características pois isso vai ser importante para o
diagnóstico final.

Avaliação intrabucal

 Lábios;
 Língua;
 Observar tanto o dorso quanto o ventre.
 Gengiva;
 Assoalho;
 Palato duro;
 Palato mole;
 Orofaringe;
 Mucosa jugal
 Palpa-se a mucosa inteira
 Avalia-se também as glândulas salivares do
paciente;

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à estomatologia - @resumodontologia


Página 6
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

4) Avaliação dos dentes

5) Avaliação

Periodontal – PSR
Códigos
0 - Saúde periodontal 4 – Tarja preta não visível
1 - Sangramento sem presença de * 1 – Recessão maior que 3 mm
cálculo visível, tarja totalmente * 2 – Lesão mucogengival
visível; * 3 – Lesão de furca
2 - Presença de cálculo ou fator * 4 – Mobilidade
retentivo de placa com tarja
totalmente visível;
3 – Tarja preta praticamente
visível;

6) Diagnóstico Clínico

 Diagnóstico diferencial ou Hipóteses diagnósticas


 Exercício de probabilidade;
 União dos dados obtidos, uso da propedêutica clínica.
 Hierarquização dos possíveis diagnósticos;
 Sempre colocar primeiro como hipóteses lesões mais comuns;

 Exames complementares
 Utilizados quando há uma limitação qualitativa e quantitativa, com base nos diagnósticos diferenciais.
 Auxiliam, mas não fornece o diagnóstico final.
 Diagnóstico Final
 Objetivo do exame clínico;
 Conhecimento da doença;
 É estabelecido pelo profissional.

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à estomatologia - @resumodontologia


Página 7
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Prognóstico:
 Após o diagnóstico final
 Depende:
 Tipo de doença;
 Dano anatômico e funcional;
 Efetividade dos recursos terapêuticos;
 Estado geral do paciente;
 Condições psicológicas do paciente.
 Tratamento:
 Para estabelecer o tratamento deve-se avaliar
sempre três fatores: biológico, psicológico e
social;
 Tem que saber por exemplo se aquela doença
consegue-se tratar com quimioterapia,
radioterapia, deve-se saber se o paciente é
alérgico a determinado antibiótico, e em relação
ao fator social é saber se o paciente terá por exemplo condições financeiras para manter e custear o
tratamento;
 Sempre é individualizado para cada paciente;
 Terapêutica estabelecida:
 Risco, benefício e custos.
 Só existe tratamento curativo? Não, existe tratamento curativo, tratamento que procura a cura da doença,
existe tratamento para controlar a doença, tratamento paliativo, tratamento por exclusão.

 Acompanhamento:
 Seguimento do tratamento com objetivo de observar seus resultados
 Depende de qual doença o paciente tem
 Avaliar as doenças com risco de recorrências
 Periodicidade
 Cada mês se tem um tipo de acompanhamento;
 A periodicidade e o tempo de acompanhamento permite o diagnóstico do paciente.

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à estomatologia - @resumodontologia


Página 8
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Atividade clínica: receituário, atestado e


encaminhamento.

 RECEITUÁRIO:
 Receita Branca – são prescritas por profissionais da área de saúde para a dispensação dos
medicamentos que possuem tarja vermelha, possuindo alguns itens obrigatórios:
 Cabeçalho;
 Superinscrição – “uso interno” ou “uso externo”;
 Inscrição ;
 Subinscrição;
 Adscrição (observação);
 Cidade;
 Data;
 Assinatura e número de inscrição no conselho.
 Receita Azul – documento padronizado, com numeração controlada pela vigilância
sanitária, sendo emitida pelo profissional da saúde para indicação de medicamentos que
podem causar dependência, os psicotrópicos.
 OBS.: O máximo de medicamentos prescritos em um receituário são 3

 ATESTADO:
 Documento jurídico, que tem como objetivo justificar faltas e afastamento de funcionários
ou estudantes por motivos de doença.
 Tipos:
 Comparecimento;
 Repouso;
 Afastamento;
 Acompanhante.
 Itens obrigatórios:
 Qualificação do profissional;
 Qualificação do paciente;
 Fim a que se destina;
 Estado mórbido;
 Conclusão – Consequências;
 Data e assinatura do profissional

 ENCAMINHAMENTO:
 Significa ato de encaminhar, devendo ser feito quando o profissional não se considera apto
ou não é permitido realizar o tratamento do paciente. Pode ser para outras especialidades
odontológicas ou para outras áreas de saúde.

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Atividade Clínica: receituário, atestado e


encaminhamento – @Resumodontologia Página 1
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

RECEITA BRANCA

Exemplificação da seguinte prescrição:

1) Um analgésico, um anti-inflamatório, um antibiótico, um antifúngico (com uso tópico), um


corticoide (com uso tópico e uso sistêmico):

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Atividade Clínica: receituário, atestado e


encaminhamento – @Resumodontologia Página 2
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Atividade Clínica: receituário, atestado e


encaminhamento – @Resumodontologia Página 3
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

ATESTADO

2) Exemplificação de um modelo de atestado de comparecimento

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Atividade Clínica: receituário, atestado e


encaminhamento – @Resumodontologia Página 4
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

ENCAMINHAMENTO
3) Exemplificação de um modelo de encaminhamento para outra área da saúde

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Atividade Clínica: receituário, atestado e


encaminhamento – @Resumodontologia Página 5
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

Diagnóstico Oral – 4º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Câncer Bucal

 Existem inúmeras lesões que podem acometer a cavidade bucal, que são neoplasias malignas como é o caso do
osteossarcoma, carcinomas... há vários tipos de câncer na cavidade oral, porém, nessa aula será focado no
câncer mais frequente da cavidade oral que é o carcinomas de células escamosas, onde ele pode ou não ser a
evolução da leucoplasia.

 Câncer Bucal
 5% dos tumores malignos no homem (depende do país)  +/- 5% de todos os cânceres que o homem terá,
mais ou menos 5% deles serão do tratoaerodigestivo superior (vai pegar de esôfago à cavidade oral), vai
passar por rinofaringe, passar por nariz, pois é o tratoaerodigestivo.
90% = carcinomas de células escamosas (outros nomes: carcinoma epidermóide, carcinoma espinocelular)
*Antigamente achava-se que esse câncer tinha origem na camada espinhosa do epitélio. Então carcinoma é
um nome dado a lesões, tumores de epitélio, de células escamosas, que é a camada espinhosa/escamosa do
epitélio. Hoje sabe-se que não é de lá que se origina, o câncer vai se originar da camada basal das células
epiteliais, mas o nome já era (carcinoma de células escamosas) então ficou esse nome mesmo.
 Etiologia:
 Fumo (80%), álcool, luz solar;
 Não tem nenhum estudo que mostra que o álcool sozinho ele vai ser capaz de induzir
carcinoma de células escamosas, sabe-se apenas que o álcool parecer que potencializa o
efeito do tabaco, pois o álcool vai aumentar a permeabilidade celular, e o tabaco vai
adentrar e causar as alterações genéticas que foram vistas na mitose;
 Luz solar (carcinoma de lábio).
 Tabaco (PRINCIPAL FATOR ETIOLÓGICO DESSE CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS);
 Em todas as suas diversas formas. O tabaco pode ser utilizado de várias maneiras, seja
fumando, mascado, fumo invertido, mastigado. O cigarro ele se divide em cigarro industrial
(cigarro branco) que tem filtro, cigarro de palha, que é cinco vezes pior para a mucosa do
que o cigarro industrial, pois ele não contém filtro.
 Outros fatores importantes (etiológicos) causador do câncer:
 Má-nutrição;
 Anemia ferropriva;
 Imunossupressão generalizada.
 Homem de meia idade, fumante por mais de 20 anos;
 Sexo masculino  Isso ocorre pelo simples fato de homem fumar mais que mulher;
 No resto do mundo o câncer bucal é muito pouco frequente abaixo de 45 anos de idade;
 4ª à 6ª décadas de vida;
 Língua, lábio inferior e assoalho bucal;
 O álcool potencializa o efeito do tabaco de 4 à 5x mais;
 Para carcinoma de lábio, tem-se a luz solar.
 Divisão do câncer de boca para estudo:
 Lábio;
 Cavidade bucal;
 Orofaringe (amígdala até próximo da laringe).
 Lábio (causador/agente etiológico: radiação UV);
 Cavidade bucal como um todo (causador/ agente etiológico: cigarro);
 Orofaringe (causador/ agente etiológico: HPV);

Diagnóstico Oral – 4º Semestre - 3ª Unidade – Aula 3 – Câncer Bucal – @Resumodontologia Página 1


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Contextualizando e analisando dados:


 Chegando ao final da década de 90, os cânceres de cabeça e pescoço a maioria deles começou a
diminuir, com exceção do câncer de orofaringe. Foi no final da década de 90 que começou-se a
estudar porque o câncer de orofaringe estava aumentando, e os outros todos diminuindo com a
diminuição do consumo de cigarro. Então começou-se a entender que o câncer seria um pouco
diferente, do outro câncer. Pode-se entender melhor a partir do artigo abaixo, onde foi estudado os
mecanismos da instabilidade genômica baseado no HPV. Com esse estudo descobriu-se que o E6 e
o E7 que são duas oncoproteínas, que são conduzidas pelo vírus do HPV, elas enganam a p53, então
não se tem a mutação da p53, tem-se o silenciamento da mesma. Qual a diferença? Mutação é
quando a célula já tem mutação no seu código genético. Já silenciada, ela está funcionante, mas ela
está silenciada, se conseguir fazer ela voltar, a sensação é de que o sistema imune voltaria a
funcionar de forma melhor, os controles celulares voltariam a funcionar de forma melhor.
 Mechanisms of genomic instability in human câncer: inshights from studies with human papillomarvirus
oncorproteins (ARTIGO)
 E6 vai alterar (inibindo) a P53;
 E7 vai interferir na PRB (proteína do retinoblastoma), fosforilando ele;
 Isso foi muito importante para entender que o paciente que tem câncer de orofaringe causado pelo
HPV, ele vai ter um melhor tratamento do que um paciente que tem câncer de orofaringe que não
foi causado pelo HPV, já que quando causado por HPV não mata a p53, apenas silencia, então na
hora que ela volta a funcionar, parece que o organismo responde melhor aos tratamentos do que
quando não tem esse silenciamento e sim a mutação.
 Clínica:
 Homens fumantes (etilistas algumas vezes);
 Exposição crônica à luz solar;
 Acima de 50 anos;
 Úlceras com tempo de evolução prolongado, de bordos endurecidos;
 Assintomático | dor paroxística (quando começa a atingir os tecidos subjacentes);
 É uma lesão que não dói. Ela só vai doer, quando ela tiver grande, quando ela está pequena,
começando a crescer, ela na maioria das usas vezes não dói, então por isso que isso
aumenta a problemática do câncer, pois a maioria das pessoas só vão ao dentista quando
está doendo;
 Só vai causar dor paroxística ou seja, quando começa a invadir os tecidos subjacentes, aí
começa a causar dor.
 Tempo de evolução prolongado (4 a 24 meses).
 Oral Oncology
 Analysis of 724 cases of primary head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC) with a focus on
young patients, according to age… (ARTIGO);

Diagnóstico Oral – 4º Semestre - 3ª Unidade – Aula 3 – Câncer Bucal – @Resumodontologia Página 2


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 A quantidade de cigarro não influencia, se fumar 40 ou 10 cigarros, o importante é ter ou não o


hábito tabagista.

 Lesões cancerizáveis
 Leucoplasias;
 Eritroplasias;
 Queilite actínica;
 Fibrose submucosa;
 Líquen Plano
*PRINCIPAIS

 Clínica:
 Apresentações clínicas:
 Exofítica (tumoral)  A lesão vai crescer para fora;
 Endofítica (ulcerada)  A lesão vai crescer para dentro;
 Leucoplasia (placas brancas);
 Eritroplasia (placas eritematosas)

 Estadiamento clínico
 Sistema TNM  Foi desenvolvido esse sistema para todos os tipos de câncer. Foi um sistema criado
para tentar entender melhor a doença, e tentar entender qual a chance daquele paciente sobreviver
quando ele está com esta doença.
 T – Tumor primário (T1 a T4 ) – tamanho do tumor;
 N – Doença linfonodal (N0 a N3) – metástase cervical, ou seja metástase daquele tumor que foi
para o pescoço;
 M – Doença metastática (M0 ou M1) – metástases a distância.
 Estágios: 1, 2, 3 e 4.
 TNM CLASSIFICAÇÃO:
Tumor primário (T)
Tx n entra no estadio Tumor não pode ser avaliado
T0 n entra no estadio Não há evidência do tumor primário
Tis n entra no estadio Carcinoma in situ
T1 Tumor até 2 cm
T2 Tumor de 2 a 4 cm
T3 Tumor maior que 4 cm
T4a Tumor invade estruturas adjacentes (ex: cortical do osso,
m. profunda de língua, seio maxilar, pele de face)
T4b Tumor invade espaço mastigador, placas pterigoides, base
de crânio e/ou a. carótida interna
 O “T” é baseado no tamanho do tumor;
 O “Tx” é um tumor que não consegue se avaliar, não da para ter noção do tamanho, não da para
avaliar o tamanho, não da para avaliar nada;
 O “T0” não está vendo o tumor primário, logo não vai entrar nesse detalhe;
 O “Tis” é o carcinoma in situ, então aquela leucoplasia que se viu, que já era carcinoma in situ,
chama-se ele de Tis. Nem sabia que era câncer;
 Logo os três primeiros não entram no estadio, pois não consegue medir, ou porque não está se
vendo ou porque achava que era leucoplasia;
 A partir do quarto já começa-se a ter outros T’s;

Diagnóstico Oral – 4º Semestre - 3ª Unidade – Aula 3 – Câncer Bucal – @Resumodontologia Página 3


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 O “T1” é um tumor que vai ter em seu maior diâmetro até 2 cm;
 O “T2” é um tumor que vai ter de 2 cm à 4 cm;
 O “T3” o tumor vai ser maior do que 4 cm;
 Se o tumor invadir estruturas subjacentes como a cortical do osso, margem profunda da língua,
seio maxilar, pele de face, ele passa a ser T4a, logo pegou mais de uma estrutura, passa a ser T4
imediatamente;
 Quando começa a invadir espaço mastigador, placas pterigoides, base de crânio e/ou a. carótida
interna, passa-se a ser T4b;

N
N0 Ausência de linfonodo
N1 Acometimento de um linfonodo menor que 3 cm
N2a Linfonodo único ipsilateral de 3 a 6 cm
N2b Múltiplos linfonodos ipsilateral inferiores a 6 cm
N2c Linfonodos contralateral ou bilateral inferior a 6 cm
N3 Linfonodo maior de 6 cm
 Vai-se levar em consideração a presença de linfonodo;
 Faz-se o exame de palpação no paciente, pode-se sentir um linfonodo, mas não é qualquer tipo de
linfonodo, o linfonodo de câncer ele é fixo, e ao pegar no linfonodo esse linfonodo não vai mexer.
Baseado nesse tamanho da palpação, que se está pegando e sentindo o tumor, se mede o tamanho
do linfonodo.
 “N0” é quando não se tem linfonodo acometido, então, viu-se a lesão de boca, mediu o tamanho da
lesão de boca, foi para o pescoço do paciente e não conseguiu achar;
 “N1” palpou e achou um linfonodo, mas ele tem 2 cm em seu maior diâmetro;
 Ipsilateral: linfonodo é do mesmo lado da lesão
 “N2a” palpou-se um linfonodo do mesmo lado da lesão, de 3 a 6 cm;
 “N2b” palpou-se vários linfonodos menores do que 6 cm do mesmo lado da lesão;
 “N2c” linfonodos contralateral ou bilateral que são inferiores a 6 cm;
 “N3” linfonodos maior do que 6 cm.

M
M0 Ausência de metástase à distância
M1 Metástase à distância
 Metástase a distância é por exemplo metástase no pulmão. Então, por exemplo o paciente está
com câncer de boca, tirou-se um raio-X de tórax e viu que já tem lesão no pulmão, então é
metástase a distância;

Estadio | Estágio
0 Tis N0 M0
I T1 N0 M0
II T2 N0 M0
III T3 N0 M0
T1-T3 N1 M0
IVA T4a N0-1 M0
T1-4a N2 M0
IVB Qualquer T N3 M0
T4b Qualquer N M0
IVC Qualquer T Qualquer N M1

Diagnóstico Oral – 4º Semestre - 3ª Unidade – Aula 3 – Câncer Bucal – @Resumodontologia Página 4


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 O estadio/estágio vai ser importante para o tratamento, então dependendo do estadio/estágio da


lesão, vai determinar qual o tratamento para o paciente e pode determinar também o prognóstico,
qual a chance do paciente viver, 5 anos após a doença. Calcula-se que depois de 5 anos, a pessoa
está livre da doença, antes de 5 anos a pessoa ainda não está livre da doença, a pessoa ainda está
comprometida.
 Prognóstico:
o Estadio/Estágio:
I  90% dos casos que teve câncer de boca vão sobreviver em 5 anos;
II  80%
III  70%
IVA  40%
IVB  15%
IVC  7%
 Cálculo do estadio/estágio:
o Quando o N é ZERO e o M é ZERO, quem manda é o T;
o T1 | N0 | M0  ESTÁGIO I;
o T2 | N0 | M0  ESTÁGIO II;
o T3 | N0 | M0  ESTÁGIO III;
o T4 | N0 | M0  ESTÁGIO IV;
o Se a lesão for N1 ele já é automaticamente  ESTÁGIO III;
o T1 | N1 | M0  ESTÁGIO III;
o T2 | N1 | M0  ESTÁGIO III;
o T3 | N1 | M0  ESTÁGIO III;
o T4 | N1 | M0  ESTÁGIO IV  Pois vai ser o T que está mandando
o Se for N2 ele já é  ESTÁGIO IV;
o T1 | N2 | M0  ESTÁGIO IV;
o T2 | N2 | M0  ESTÁGIO IV;
o T3 | N2 | M0  ESTÁGIO IV;
o T4 | N2 | M0  ESTÁGIO IV
o No IV, vai dividir em “a”, “b” e “c”;
o Se for N3  Ele já é IVb ou IVc
o M1 já é automaticamente  ESTÁGIO IVc
o T1 | N0 | M1  IVc
 Tratamento:
 O tratamento mais importante dos pacientes é o cirúrgico, já a radioterapia e a quimioterapia é
complementar ao tratamento cirúrgico, com exceção da orofaringe;
 Estágio I e II – Normalmente o tratamento é cirúrgico somente;
 Estágio III – Cirúrgico + Rádio
 Estágio IV – Cirúrgico + Radio + Químio
 Estágio IVb e IVc – Rádio + Químio  Normalmente não se faz cirúrgico, pois normalmente a lesão
é muito grande, e IVB e IVC vai-se fazer cuidados paliativos, vai-se dar o tratamento mas já é
desenganando o paciente, dar uma qualidade de morte para o paciente;
 A radioterapia é local, vai-se irradiar a região para poder tratar esse tumor, já a quimioterapia, é
sistêmica, vai-se tomar medicamentos que vão combater as células que tem atividades celulares
alteradas;
 T3 e T4 - já começa a doer.

Diagnóstico Oral – 4º Semestre - 3ª Unidade – Aula 3 – Câncer Bucal – @Resumodontologia Página 5


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Oropharynx p16 Positive tumors (NÃO CAI NA PROVA)  A orofaringe recebeu um TNM diferente, do TNM de
boca.
Clinical and Pathological T categories
T1 Tumour 2 cm or less in greatest dimension
T2 Tumour more than 2 cm but not more than 4 cm
T3 Tumour more than 4 cm in or extension to lingual
surface of epiglottis
T4 Tumor invades any of the following: laryns, deep/
extrinsic muscle of tongue (genioglossus, hyoglossus,
palatoglossus, and styloglossus), medial pterygoid
and palate, mandible, lateral pterygoid muscle,
pterydoid plates, lateral nasophalatine, skull base; or
encass carotid artery.
 Os cânceres causados pelo HPV na orofaringe eles têm um melhor prognóstico, eles respondem muito
melhor a radio e quimio, do que o resto das lesões;
 Figura clássica de palpação linfonodal

 Diagnóstico
 Diferencial:
 Lesões cancerizáveis;
 Micoses profundas (paracoccidioimicose);
 Tuberculose;
 Doenças granulomatosas;
 Outras neoplasias.
 Definitivo:
 Biópsia incisional
 Conduta:
 Referenciamento
 Centros de referencia em diagnóstico;
 Centros de referência em tratamento.

Diagnóstico Oral – 4º Semestre - 3ª Unidade – Aula 3 – Câncer Bucal – @Resumodontologia Página 6


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Tratamento:
 Cirúrgico;
 Cirurgia + Radioterapia;
 Cirurgia + Radioterapia + Quimioterapia;
 Quimioterapia + Radioterapia + Cirurgia;
 Paliativo = Quimioterapia + Radioterapia.

 Papel da Radioterapia:
 Tratamento Primário: radioterapia exclusiva em lesões iniciais selecionadas;
 Tratamento Adjuvante: associada à cirurgia em tumores estágio III ou IV;
 Tratamento Paliativo: associada à quimioterapia em casos selecionados.

 Radioterapia e Quimioterapia  Podem causar várias alterações como:


 Xerostomia;
 Perda do paladar;
 Osteorradionecrose;
 Dermatite crônica;
 Trismo;
 Desenvolvimento de anormalidades;
 Mucosite;
 Hemorragias.

 Câncer Bucal
 Atraso do paciente;
 Atraso no diagnóstico inicial;
 Atraso no referenciamento; Tudo isso piora o prognóstico do paciente.
 Atraso no diagnóstico definitivo;
 Atraso no tratamento.
 O papel do Cirurgião-Dentista clínico-geral:
 Orientação da população;
 Exame clínico de toda a cavidade bucal;
 Reconhecimento de alterações da normalidade;
 Referenciamento.

Diagnóstico Oral – 4º Semestre - 3ª Unidade – Aula 3 – Câncer Bucal – @Resumodontologia Página 7


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula  Tem dipirona via intramuscular e tem


1 - Vias e Sistemas de Administração das Drogas dipirona via oral seja comprimido ou
gotas. Se uma pessoa está com dor de
 Vias e Sistemas de Administração das Drogas:
cabeça, qual das duas é mais cômoda? A
 A via de administração é um local
oral é mais cômoda;
anatômico pelo qual o fármaco vai ter
 Se todo medicamento que fosse utilizar
contato com o organismo, é por onde o
na vida tivesse que injetar, não seria algo
medicamente estará sendo administrado,
tão simples;
por qual local ele irá entrar no nosso
 Mas não é só a comodidade que é
corpo;
analisada tem-se também alguns fatores.
 Independente da via de administração, o
efeito do medicamento será o mesmo, o
 Fatores para escolha de uma via de
que vai mudar será apenas o tempo para
administração:
a medicação fazer o efeito;
 EFEITO LOCAL:
 Se pegar um medicamento, por exemplo,
 Vai atuar especificamente naquele
o diazepam, que pode ser intravenoso ou
local;
oral, caso seja aplicado
 SISTÊMICO ou GERAL:
intravenosamente, logo após alguns
 É aquele que vai atuar em todo o
segundos a pessoa já sente o efeito, o
organismo.
efeito é em segundos, é muito rápido. Já
quando é administrado oralmente, leva OBSERVAÇÃO
entre 15 à 20 minutos para ter o efeito;
Quando o efeito é sistêmico ou geral,
 O intravenoso a intensidade é rápida e
obrigatoriamente o medicamento deve cair na
forte, já o intraoral o efeito leva mais
corrente sanguínea, essa é a condição universal,
tempo e a intensidade é menor. Mas
caiu no sangue é sistêmico. Se não cair no sangue
independente de qual seja a via de
o efeito dele é local.
administração o objetivo é um só;
 Tem-se mais de 50 vias de administração,  PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DA
mas todas tem um único objetivo, o DROGA:
mesmo objetivo, que é fazer com que o  Do ponto de vista químico o
medicamento entre em contato com o medicamento é ácido, básico ou
organismo, pois enquanto ele não entrar neutro;
em contato com o organismo ele não vai  O neutro aparece em menor
ter nenhum efeito; porcentagem, comparado com os
 A absorção é a passagem do fármaco da outros dois;
via, do local qualquer que seja, até chegar  Um medicamento por via oral seja ele
à corrente sanguínea. Já a via de ácido ou básico, qual o melhor dos
administração é o local; dois? Qual vai ter efeito melhor via
oral?
 Já que o objetivo é o mesmo, porque existem o Nosso trato gastrointestinal (TGI), é
tantas vias de administração? ÁCIDO, com o estômago sendo a
 Pois algumas vias de administração são parte mais ácida, apesar de ter
mais cômodas do que outras; locais menos ácidos, ele é acido,

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Vias e Sistemas de Administração das Drogas -


@resumodontologia Página 1
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

então como ele (o TGI) é ácido, um  Principais Vias de Administração:


fármaco para ter melhor efeito, é 1. VIA ENTERAL:
ideal que ele seja ÁCIDO.  São NÃO INVASIVAS:
 Oral*;
OBSERVAÇÃO
 Sublingual*;
Um fármaco ácido é melhor absorvido em meio  Retal*;
ácido e um fármaco básico é melhor absorvido * São as principais ENTERAIS.
em meio básico.
- As próximas vias ficam em aberto, pois alguns
 IDADE DO PACIENTE: autores dizem que são enterais e outros dizem
 Um recém-nascido, com um dia de que são parenterais:
nascido, por exemplo, está na UTI, e
 Tópica;
precisa fazer a utilização de
 Transmérmica;
medicamento, ele não consegue
 Intraocular;
deglutir nada, por menor que seja o
 Intrarespiratória;
comprimido;
 Intravaginal;
 Então deve-se fazer a utilização de
 Intrauterina;
uma via intramuscular, intravenosa. É
 Uretral;
impossível um fármaco oral para
 Peniana;
recém-nascido;
 CONVENIÊNCIA:
2. VIA PARENTERAL:
 Se uma pessoa, por exemplo, está com
 São vias INVASIVAS;
dor de cabeça, tem dipirona injetável e
 Precisa de uma injeção e aplicar:
oral, é mais conveniente o oral;
 Intravenosa*;
 DURAÇÃO DO TRATAMENTO:
 Intramuscular*;
 Se uma pessoa fez uma cirurgia, está
 Subcutânea*;
hospitalizada, inconsciente, por conta
* São as principais PARENTERAIS
do anestésico, e precisa fazer a
 Intra-articular;
utilização de um medicamento, nesse
 Intradérmica
caso vai ser via injetável, logo como a
 Intraóssea;
duração do tratamento é muito longa,
 Intracardíaca;
utiliza-se a via injetável;
 Intra-arterial
 Intraperitoneal;
 Existem variadas vias de administração, pois
 Peridural;
existem variados fatores associados. Se não
 Intrateca;
existisse esse tanto de fator, só existiria uma
via de administração que seria a via oral.

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Vias e Sistemas de Administração das Drogas -


@resumodontologia Página 2
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

VIAS ENTERAIS ele passar pelo TGI ser absorvido,


 VIA ORAL (Administração Oral): ir para todo o organismo e depois
 É a forma/via de administração mais voltar para atingir o intestino? É
utilizada de todas, independente de mais fácil a primeira opção, então
ser enteral ou parenteral, e isso se da o primeiro caso o efeito é local;
por conta de ser a via mais  Absorção:
CONVENIENTE; o A absorção por essa via é BAIXA,
 Pode ter efeito sistêmico ou efeito pois tem-se um trajeto longo
local; (boca, esôfago, estômago,
 Como a mesma via de administração, intestino delgado) para depois
pode ter efeito sistêmico ou efeito começar a ser absorvido. Logo, a
local? absorção pela via oral é a que tem
o Todo mundo já deve ter feito o a pior absorção comparada com
uso de albendazol, que é para as outras vias, chega ser
matar as palmitoses. As contraditório, pois é a via mais
elmintoses anatomicamente se utilizada, no entanto é a mais
localizam principalmente no conveniente;
intestino delgado e intestino  Enzimas Digestivas:
grosso, ou seja, vermes de o É uma proteína de catálise;
maneira gera; o O medicamento é exógeno,
o Ao fazer o uso do albendazol, o quando o organismo percebe o
alvo dele não é uma celular fármaco, o percebe como um
humana, é uma célula parasitária, agente invasor, entretanto é um
logo vai passar pela boca, pelo agente invasor benéfico. Só que
esôfago, estômago. Começa então algumas enzimas “percebem” o
a divisão no estômago, se vai para fármaco como algo ruim, então
o intestino delgado, o principal “quebra” o medicamento. Por isso
local anatômico de absorção (não que muitos fármacos vêm em
apenas de medicamento, mas cápsula, ou revestido, para
como também de proteínas, impedir o ataque de enzimas,
carboidratos, lipídeos), a maior então essas enzimas podem
parte da absorção ocorre no contribuir para a degradação dos
intestino delgado, não é só nesse fármacos, sendo mais um ponto
local, mas neste em específico negativo;
ocorre mais, em segunda porção  Metabolismo ou Efeito de Primeira
tem-se o estômago; Passagem:
o O albendazol no intestino delgado o Tem-se o esôfago, estômago,
é absorvido, cai na circulação intestino delgado e intestino
sanguínea, vai para todo o grosso. Tem-se a circulação
organismo, só que o verme está mesentérica, que são pequenos
no intestino grosso, então é mais vasos sanguíneos que estão
fácil ele (o medicamento) passar ligados principalmente no
por todo TGI e matar o verme ou estomago e no intestino delgado.
Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Vias e Sistemas de Administração das Drogas -
@resumodontologia Página 3
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

O medicamento vai aderir à  Fatores que interferem na absorção do


mucosa estomacal, vai começar medicamento:
ser absorvido, entra em contato o Motilidade gastrintestinal:
com esses pequenos vasos  O individuo que esteja com o
sanguíneos, e esse vasos seu peristaltismo
sanguíneos vão desencadear a extremamente elevado, muito
veia porta, que tem intimo forte, isso é DESFAVORÁVEL
contato com o fígado, do fígado o para a absorção do fármaco, e
medicamento vai para todo o um peristaltismo muito lento
organismo. também é DESFAVORÁVEL.
o Qual o problema nisso? A ordem Logo deve haver um equilíbrio,
farmacocinética é: absorção, nem demais, nem de menos;
distribuição, metabolismo e o Fluxo sanguíneo esplâncnico
excreção. O que ocorre na via (relativo às vísceras):
oral? Absorção, o fármaco antes  Quanto maior o fluxo
de ser distribuído ele está sanguíneo, maior a capacidade
passando pelo fígado, e no fígado de absorção, quanto menor o
é onde ocorre a metabolização, volume sanguíneo, menor a
então a ordem está sendo capacidade de absorção;
absorção, metabolização e o Tamanho da partícula e
distribuição, ou seja, antes dele formulação;
ser distribuído pelo organismo, ele o Fatores físico-químicos.
está sendo metabolizado, essa
ação/ este efeito é chamado de  VIA SUBLINGUAL (Administração
metabolismo ou efeito de Sublingual):
primeira passagem, ou seja,  Sub (abaixo); Lingual (Língua) –
inverte a ordem. Logo, a depender Abaixo da língua;
do fármaco, isso pode dar uma  O fármaco é colocado em baixo da
baixa na eficácia. Então o principal língua, e não pode deglutir, espera o
efeito para a má absorção dos medicamento ser absorvido;
fármacos por via oral, é chamado  Como nossa boca é mucosa, e a
de metabolismo ou efeito de mucosa é um tecido que tem a
primeira passagem; absorção muito alta, além de ser
 Formas Farmacêuticas: uma região muito vascularizada, alto
o Soluções; volume sanguíneo;
o Suspensões;  A via sublingual não possui
o Comprimidos (sublingual) - metabolismo de primeira passagem,
efervescente/não efervescente; pois não tem circulação mesentérica;
o Cápsulas;  O captopril em nenhum momento foi
 As formas farmacêuticas líquidas, desenvolvido para ser utilizado como
principalmente as soluções, têm via sublingual, ele é via oral, mas se a
velocidade mais rápida; pressão do paciente estiver muito
alta, coloca-se o medicamento em
Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Vias e Sistemas de Administração das Drogas -
@resumodontologia Página 4
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

baixo da língua, e como tem um  Evitar obstáculos da absorção.


efeito muito rápido, a pressão  Vantagens:
diminui mais rápido. Ele não deve ser  Pacientes que não cooperam para
utilizado de maneira sublingual, isso tomar a medicação;
só é feito em casos extremos;  Drogas que tem baixa absorção,
 Paladar; quando aplicadas por via parenteral
 Instabilidade; tem um melhor efeito;
 Metabolização;  Ação imediata, principalmente o
intravenoso;
 VIA RETAL  Efeitos localizados (anestésicos locais)
 Efeito local ou sistêmico; ou sistêmicos;
 Região de alta absorção;  Desobediência evitada, a depender da
 O glúteo não é o maior músculo, mas é idade do paciente e da situação;
o que tem o maior volume e tecido,  Equilíbrio eletrolítico, hemodinâmico e
logo tem um alto volume sanguíneo, alimentação.
logo alta capacidade de absorção. o Existem dois tipos de
Fator benéfico para o fármaco ser bem alimentação/nutrição quando a
absorvido; pessoa está incubada, a enteral
 Dificilmente (não é que não tenha), (Coloca-se uma sonda pela boca e
ocorre metabolismo de primeira vai até o estômago) e a parenteral
passagem; (a nutrição vai ser direto na veia).
 Alguns anti-parasitários são dados na
forma de supositórios, pois o  Desvantagens:
verme/parasita está no intestino  Exige treinamento dos profissionais;
grosso e o intestino grosso tem  Assepsia;
comunicação muito íntima com o reto,  Dor:
então pode ser utilizado por via retal o É relativo, pois há pessoas que
para matar esse parasita, logo tendo sentem muita dor, e outras sentem
efeito local; menos dor;
 Alternativa para crianças, idosos;  Efeitos difíceis de serem revertidos:
 É a via menos utilizada pela não o Se o paciente tiver alergia de
conveniência, entretanto é uma via de impedimento e não souber que não
administração muito boa; pode usar o medicamento e usar,
 Irritação gastrointestinal. pode ser fatal;
 Inconveniência devido à frequência.
VIAS PARENTERAIS
 São as vias INVASIVAS, tem que ter uma  VIA INTRAVENOSA:
INJEÇÃO;  É a única via onde tem a absorção de
 As mais comuns são: 100% do fármaco;
 Intravenosa  Pode ser em BOLUS ou em INFUSÃO
 Intramuscular CONTÍNUA;
 Subcutânea o Bolus: quando o medicamento é
 O objetivo básico da via parenteral é: aplicado de uma só vez;
Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Vias e Sistemas de Administração das Drogas -
@resumodontologia Página 5
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

o Infusão Contínua: quando a pessoa  Fatores IMPORTANTES da administração


está internada, coloca o soro, o PARENTERAL:
escalpe, e deixa o medicamento no  Local de injeção;
sistema de gotejamento.  Volume da injeção;
 Deve ter um acompanhante durante o  Tamanho e tipo de agulha;
procedimento, pois a pessoa pode ter  Efeito terapêutico desejado, se é
uma reação alérgica, deve ter alguém rápido ou lento;
observando;  Domínio da técnica da injeção;
 Normalmente os locais mais utilizados
são a veia basílica ou cefálica do OBSERVAÇÃO
antebraço.
A via parenteral tem muito mais critério a ser
seguido do que a via enteral.
 VIA INTRAMUSCULAR/SUBCUTÂNEA:
 Na via intramuscular o volume do  Efeitos ADVERSOS da administração
fármaco é maior que 1 ml; PARENTERAL:
 Na via subcutânea o volume do  Dor no local da injeção (é relativo);
fármaco varia de 0,1 ml á 1 ml;  Extravasamento, infiltração e flebite
 Na intramuscular é no musculo após a injeção intravenosa;
(músculos esqueléticos); o O extravasamento é: após aplicar a
 A subcutânea é acima do músculo, medicação e ser aplicado de
normalmente acima do tecido adiposo qualquer jeito, sem instrução, a
(abaixo da pele); pessoa sair andando logo após
 Intramuscular a seringa é maior; aplicação, com isso o musculo vai
 Na subcutânea a seringa é menor; contrair e não deu nem tempo o
 A via intramuscular é mais rápida do fármaco entrar e não sair, logo o
que a via subcutânea, por questões fármaco volta, só que não da para
fisiológicas/anatômicas, quanto mais ver, é imperceptível;
para dentro do organismo, maior o o Flebite é a: inflamação do vaso
volume de sangue, mais sanguíneo.
vascularizado, logo maior a capacidade  Sangramento ou lesão do nervo
de absorção; periférico (principalmente o nervo
 Na intravascular tem-se liberação ciático, que se atingir esse nervo, vai-
prolongada; se levar uma lesão para o resto da
 Regiões glúteas, deltoide e do vastus vida, a parte lesionada leva a uma
lateralis/ braço, antebraço, coxa, paralisia definitiva) devido à técnica
abdômen, região glútea; inadequada da injeção intramuscular.
 Absorção normalmente mais rápida do
que a oral (difusão através do tecido /
fluxo sanguíneo).

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Vias e Sistemas de Administração das Drogas -


@resumodontologia Página 6
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 VIA de administração CUTÂNEA: epiderme, e chega em contato com


 Normalmente ação local, mas pode o vaso sanguíneo, a partir desse
causar efeito sistêmico; momento deixou de ser efeito local
 Difícil absorção; e passou a ser efeito sistêmico;
 Estrato córneo; o Então o que faz um ter efeito local
 Organofosforados; e o outro ter efeito sistêmico é a
 Efeito é local. sua lipossolubilidade. O fármaco
que está contido no recipiente ele é
 VIA de administração TRANSDÉRMICA: MUITO lipofílico, então consegue
 Fármaco incorporado em um adesivo; atravessar a camada de queratina e
 Estrógenos; chegar até a corrente sanguínea, já
 Liberação estável; a via cutânea, o fármaco ele não
 Fármacos lipossolúveis; consegue atravessar essa camada,
 Efeito é SISTÊMICO. então como não consegue
atravessar, não chega ao sangue,
 VIA de administração CUTÂNEA e logo o efeito não é sistêmico, e sim
TRANSDÉRMICA: LOCAL.
 Tanto a via cutânea quanto a via  Uma pessoa que quer parar de fumar
transdérmica, ambas são aplicadas na muitas vezes usam adesivos
pele, só que a via cutânea o efeito é transdérmicos que vão liberar nicotina
LOCAL e a via transdérmica o efeito é de maneira bem gradual na corrente
SISTÊMICO; sanguínea e essa nicotina vai
 Porque para a pele tem a possibilidade atravessar a camada de queratina,
do efeito ser local ou sistêmico a para chegar a corrente sanguínea, com
depender se for cutâneo ou isso tem-se a diminuição da vontade
transdérmico? de fumar.
o Isso ocorre por conta da
OBSERVAÇÃO
lipossolubilidade;
o Como a membrana plasmática é Para ter efeito local NÃO pode cair no sangue,
fosfolipídica, e o lipídeo é consequentemente, para ter efeito sistêmico vai
praticamente 100% apolar. Pela lei ter que cair no sangue.
da química, semelhante dissolve
semelhante, (apolar dissolve apolar,  VIA RESPIRATÓRIA:
e polar dissolve polar).  Anestésicos voláteis e gasosos;
o Ao aplicar uma pomada, ela fica em  Efeito sistêmico;
cima da pele, não vai ter contato  Fármacos utilizados no tratamento da
com o sangue, então a asma;
administração dela é cutânea, já o  Vantagens:
adesivo transdérmico, vai liberar o o Administração localizada de
medicamento, consegue atravessar pequenas doses da droga para
o estrato córneo e a camada de início rápido de ação.
queratina que é muito difícil de ser
atravessado, atravessa a derme,
Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Vias e Sistemas de Administração das Drogas -
@resumodontologia Página 7
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 VIA INTRANASAL: característica do fármaco, pois


 Utilização desta via para efeito local; alguns são desenvolvidos para ter
 Efeito local; efeito local, e outros para terem
 Utilização como ação sistêmica devido efeitos sistêmicos.
ao metabolismo de primeira
passagem;  Administração na ORELHA:
 Cavidade muito vascularizada.  Dividida em: externa, média e interna;
 Praticamente para efeito local;
 Antibióticos, anti-inflamatórios e
 VIA de administração RESPIRATÓRIA e anestésicos são os
INTRANASAL: remédios/medicamentos que
 A via intranasal tem efeito local, geralmente são usados diretamente
contudo tem-se algumas exceções, já a na orelha.
via respiratória tem efeito sistêmico;  Como a orelha é cartilagem é uma
 A via respiratória pode passar pelo região pouco vascularizada então a
nariz ou pela boca, e nela tem-se absorção nessa região é baixa. Então
como alvo os pulmões. Uma vez que tem-se efeito local, logo vai ser
se chega ao pulmão, o pulmão é um utilizado fármacos nessa região para
órgão extremamente vascularizado, tratar alguma patologia dessa própria
logo a capacidade de absorção é muito região.
alta então tem efeito sistêmico;
 Já a intranasal os efeitos estão nos  VIA VAGINAL:
seios paranasais, então o efeito está  De modo geral é administrado por
local, mas isso não quer dizer que seja causa dos efeitos locais;
exclusivamente um efeito local.  Não é utilizado como efeito sistêmico;
 Formas farmacêuticas: óvulos
semissólidos, comprimidos vaginais,
OBSERVAÇÃO pomadas, géis, cremes, líquidos e
comprimidos espumantes;
Na prática, não tem nenhum fármaco que o
 Possui ação após a “amolecer” e
efeito seja apenas local, pois, por mais difícil que
fundir.
seja o fármaco chegar á corrente sanguínea,
sempre alguma parte do fármaco consegue
 VIA de administração INTRAUTERINA:
chegar à corrente sanguínea, só que a
 DIU;
concentração que chega é muito pouca, logo
 Anticoncepcional;
praticamente não gera nenhum efeito.
 Liberação de baixas doses;
 Via intranasal pode ter ação sistêmica?  Progestasert (65mg/1 ano) e o Cu-7
o Sim! Alguns corticoides, que são (9,87mg/40 meses).
utilizados por via intranasal tem
efeito sistêmico. Como a região da
cabeça é muito vascularizada, pode
cair na corrente sanguínea, o que
vai depender também vai ser a
Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Vias e Sistemas de Administração das Drogas -
@resumodontologia Página 8
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 VIA de administração VAGINAL e  É uma região muito delicada. Pega-se


INTRAUTERINA: uma seringa específica, o profissional
 São duas regiões justapostas, porem vai aplicar diretamente no SNC, deve-
são vias de administração diferentes; se ter muito cuidado pois se
 A via vaginal, do ponto de vista administrada de maneira errada, pode
farmacocinético é uma região lesionar a coluna vertebral, e o
vascularizada, pH ácido, por essas paciente pode ficar paraplégica.
condições, fármacos ácidos teriam boa  As causas mais comuns são:
absorção. Entretando, normalmente o Quando a mulher vai dar a luz
fármacos administrados por via aplica como anestésico para evitar
vaginal são de efeito local, primeiro, a dor;
por questão de conveniência, assim o Para infecções do SNC, seja
como as outras vias, por isso é pouco infecções virais ou bacterianas;
utilizado, além disso, por questões o Por exemplo, meningite, que é a
fisiológicas, pois as mulheres quando inflamação das meninges, que são
não estão grávidas, a cada 21/28 dias membranas que recobrem o SNC
menstruam, então tem-se um fluxo (PIA MÁTER|DURA MÁTER|
sanguíneo para fora do organismo, ARACNÓIDE), então quando
logo não teria tanto efeito assim, caso ocorre uma infecção nessa região
o fármaco fosse administrado nessa já está em um estágio mais
época. Logo os fármacos são utilizados avançado, vai-se direto;
para efeito local, principalmente por o Porque não utiliza via ORAL?
infecções fúngicas ou bacterianas;  Pois os locais mais difíceis
 Já na administração intrauterina, tem- para o fármaco chegar é o
se o DIU (Dispositivo Intra Uterino), SNC, pois essas membranas
que só tem uma função que é impedir são extremamente lipofílicas,
a gestação; então não é qualquer
 Tanto a via intrauterina quanto a via medicamento que consegue
vaginal, praticamente o efeito dessas atravessar, muitos
duas é local. antibióticos não conseguem
atravessar essa membrana,
 VIA INTRATECAL então administra
 Administração em ocasiões especiais; diretamente.
 Leucemias;  O outro local é para um momento
 Substituição de uma anestesia regional específico das mulheres que é o
por uma local; período de gestação, a placenta é
 Utilização de analgésicos opióides; extremamente difícil de ser
 Antibióticos; atravessada, não quer dizer que não
 É uma via de administração peculiar e seja. Então a administração intratecal
só quem pode fazer utilização é o é utilizada nesses tipos de situações.
médico;
 Vai direto ao SNC (Sistema Nervoso
Central);
Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Vias e Sistemas de Administração das Drogas -
@resumodontologia Página 9
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 VIA INTRACARDÍACA:
 Raramente utilizada;
 Em casos de emergência para estimular
o coração na concentração de 1:10.000;
 Exclusiva da medicina;
 Injeção é dada diretamente dentro do
coração;
 Pacientes com parada cardíaca;
 É bem diluído, pega a solução, vai direto
no coração, e aplica;
 No nosso coração, existe um receptor
chamado β1 (Beta 1), quando a
adrenalina se liga nesse receptor,
aumenta a força, a frequência, o débito,
aumenta a pressão arterial, que vai
atuar diretamente;
 O efeito é sistêmico, pois como o
coração é o órgão responsável por
bombardear o sangue no organismo, vai
cair na corrente sanguínea aquele
fármaco administrado;
 É uma via extremamente RARA de se
ver, praticamente só quem trabalha em
UTI vai ver esse tipo de situação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CRAIG, C. R. STITZEL, R. E. Farmacologia Moderna:


com aplicações clínicas. 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005. 815 p.

KATZUNG. B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 10ª


ed. São Paulo: MacGraw – Hill, 2007.

SILVA, PENILDON. Farmacologia, 8. ed. Rio de


Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2010. 1325 p.

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Vias e Sistemas de Administração das Drogas -


@resumodontologia Página 10
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

Farmacologia - 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 3 - Distribuição de Medicamentos (Drogas)

 Distribuição de Medicamentos:
 2º Parâmetro farmacêutico;
 Objetivo:
 Transferir o fármaco da CORRENTE SANGUINEA para os TECIDOS, pois o fármaco não tem não
sabe qual será a região exata que deverá ir, ele se distribui para todos os tecidos do corpo;
 É a passagem do fármaco da corrente sanguínea para todos os tecidos, gerando o seu efeito
farmacológico;
 Observação:
 Quando o fármaco chega ao alvo ele começa gerar efeito farmacológico, logo é
FARMACODINÂMICO, pois ele tem o efeito;
 A farmacocinética e farmacodinâmica vão atuar concomitantemente a partir da distribuição;
 Os únicos locais que é muito difícil de encontrar os medicamentos são dois (barreira
hematoencefálica), pois é uma barreira muito lipofílica, então um fármaco para conseguir
atravessar essa barreira também precisa ser muito lipofílico;
 A outra barreira é a barreira placentária, que também é muito difícil de atravessar, mas não é
impossível. Tirando esses dois tecidos, praticamente existe medicamento em todas as regiões
do organismo além do tecido cartilaginoso, nariz e orelha;
 Exemplos:
 Do intravascular para o muscular;
 Do intravascular para o pulmonar;
 Do intravascular para o cefalorraquidiano;
 Do intravascular para o cerebral;
 Medicamento (fármaco) na corrente sanguínea se encontra sobre duas formas:
 Forma livre – POSSUI ATIVIDADE;
 Forma ligada – NÃO POSSUI ATIVIDADE;
 Proteínas plasmáticas (albumina);
 Fatores de ligação:
 Afinidade química (%);
 [ ] do medicamento;
 Competição farmacológica em nível de distribuição;
 Volume de Distribuição (Vd):
 Parâmetro farmacocinético que tem por objetivo informar se o fármaco encontra-se em maior
concentração na corrente sanguínea ou nos tecidos;
 Vd = (Q/Cp);
 Q = Dose | Cp = Concentração plasmática;

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Distribuição de Medicamentos (Drogas) -


@resumodontologia Página 1
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Explicação:
 A farmacocinética e a farmacodinâmica ocorrem praticamente ao mesmo tempo;
 O medicamento para ser absorvido deve cair na corrente sanguínea;
 Lesionou um músculo, fisiologicamente o músculo é bastante vascularizado, então os traços
vermelhos representam a corrente sanguíneo, o fármaco foi administrado, entrou na corrente
sanguínea;
 A lesão tecidual está na parte da “bolinha vermelha” do músculo, o fármaco, encontra-se dentro da
corrente sanguínea pois já foi absorvido. Se o fármaco tem que ficar dentro da corrente sanguínea,
ele consegue gerar os efeitos farmacológicos? Muito provavelmente não, pois o alvo é o músculo e
medicamento está dentro da corrente sanguínea. Então precisa-se entrar em contato com a região
lesionada para fazer o seu efeito, além disso, precisa deixar o compartimento (vaso) em que se
encontra, para atingir o seu alvo. No momento que o fármaco deixa o sangue e chega no alvo,
significa que o medicamento está sendo distribuído, tendo os seus efeitos farmacológicos;
 A administração de um fármaco por via oral:
 Vai passar pela boca, esôfago, estômago, intestino delgado. O fármaco é bem absorvido no
intestino delgado pela questão do seu pK e do seu pH;
 Tem-se a circulação mesentérica, que são pequenos vasos sanguíneos que estão ligados ao TGI,
esses vasos vão dar na veia porta, que tem como uso o FÍGADO, do fígado emtra na corrente
sanguínea e é absorvido;
 Em um caso que, da corrente sanguínea esse vaso vá para o tecido muscular, e no tecido
muscular ele vai ser distribuído.
 Exemplo:
 Tem-se um fármaco “X” com uma administração de 100 mg. Entretanto existe perda durante o
processo, por exemplo de 20%, logo 20mg não chega ao sangue, então chega-se 80 mg à
corrente sanguínea. Desses 80% nem todos os 80 mg terá efeito farmacológico. O metabolismo
de primeira passagem é um fenômeno que ocorre no fígado, o fármaco antes de ser distribuído
uma parte é metabolizada previamente. Supondo que seja um metabolismo inativador, o
fármaco não tem nenhum efeito. Dos 80 mg que chega até a corrente sanguínea 10 mg é
metabolizado, então chega-se 70 mg para gerar o efeito farmacológico. Dos 70 mg que não
foram metabolizados, todo o 70 mg não vão gerar efeitos farmacológicos por conta das
proteínas plasmáticas, que são proteínas que vão está no plasma sanguíneo. Existem várias, a
principal classe de proteínas plasmáticas é a albumina, que é uma proteína plasmática de alto

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Distribuição de Medicamentos (Drogas) -


@resumodontologia Página 2
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

peso molecular, então se o peso molecular dela é elevado, ela tem dificuldade de atravessar o
endotélio vascular, tendo dificuldade de modo que só é praticamente encontrada no sangue.

 Explicação:
 Quando o fármaco X entra na corrente sanguínea, e quando encontrar a albumina, uma parte desse
fármaco liga-se à albumina e a outra parte se encontra na forma livre;
 A forma ligada é quando o fármaco está ligado às proteínas plasmáticas pincipalmente a albumina;
 Apenas a forma livre terá ação farmacológica, pois a forma ligada tem dificuldade de atravessar o
endotélio, já que este está ligado à albumina no caso, e a albumina tem um peso molecular baixo,
mesmo o fármaco tendo um peso pequeno, quando juntam, ambos recebem o peso um do outro, se
unem, logo o fármaco passa a ter um alto peso molecular também;
 Já o fármaco livre fica com um baixo peso molecular e atravessa facilmente o endotélio sanguíneo.
 Fatores que interferem na ligação do fármaco com a albumina:
 Afinidade química;
 Concentração do medicamento.
 Tem-se um fármaco X que tem 60% de afinidade com a membrana plasmática. Se pegar a primeira
dosagem 100 mg e segunda dosagem, 200 mg:
 Digamos que um paciente use o fármaco de 100 mg, então desses 100 mg, 60 mg está na forma
ligada, e 40 mg está na forma livre;
 Se pegar agora os de 200 mg, 120 mg está na forma ligada e 80mg está na forma livre.

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Distribuição de Medicamentos (Drogas) -


@resumodontologia Página 3
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Tem-se dois fármacos X (Anti-Hipertensivo) e Y (Ansiólitco). Um paciente faz o uso de X às 7 da


manhã e de Y à noite quando ele vai dormir. Um dia ele se esqueceu de fazer o uso do remédio das
7 da manhã e resolve fazer o uso durante a noite, para compensar:

X(60%) – 200 mg Y (30%) – 500 mg

120 mg – Ligada 150 mg - Ligada

80 mg - Livre 350 mg – Livre

 Se for para potencializar um efeito do medicamento, qual dos dois terá um efeito
potencializado?
o Dos 200 mg de X 60% está ligado, e dos 500mg de Y 30% está ligado;
o A albumina não consegue se ligar a dois fármacos ao mesmo tempo, mas precisa ligar.
Provavelmente o que pode acontecer? Não tem albumina suficiente para ligar tanto X
quanto Y, devido a isso, como tem 150 mg ligado de Y e 120 mg ligado de X, começa-se a
quebrar as ligações do fármaco X, e ao quebrar a ligação do fármaco X, aumenta-se a forma
livre do fármaco X e diminui a forma ligada, ou seja se aumenta a forma livre, aumenta-se a
potência do fármaco X. Logo, pode potencializar o efeito de um dos remédios;
o Fármacos que tenham uma maior taxa de ligação (envolve a dose e a afinidade), eles
deslocam os fármacos que tem uma menor taxa de ligação, ou seja, o que tem uma maior
taxa fica normal, e o outro aumenta a forma livre e diminui a forma ligada, potencializando
o efeito do fármaco que está sendo colocado na forma livre.
o Tem-se então uma competição farmacológica, em nível de distribuição, ou seja, fármaco de
maior afinidade desloca fármaco de menor afinidade.

 Volume de Distribuição (Vd):


 Parâmetro farmacocinético que tem por objetivo informar se o fármaco encontra-se em maior
concentração na corrente sanguínea ou nos tecidos;
 É um parâmetro comparativo, e não tem correlação anatômica, pois existem volumes de
distribuição de 200L e volume de distribuição de 0,1L e não existe nenhum ser humano que tenha
0,1 L de sangue ou 200L de sangue;
 É um parâmetro comparativo. Tem um fármaco X e Y, deu um tempo de, por exemplo, uma hora,
quem é que será que está mais distribuído? X ou Y? Quem está mais na corrente sanguínea X ou Y?
 Exemplo: Tem a administração desses dois fármacos, por via intravenosa, digamos que ambos
tenham mesma dosagem 100 mg
 Dos 7 fármacos “X” 6 estão saindo da
corrente sanguínea, já dos 7 fármacos “Y”
apenas 1 está saindo para a corrente
sanguínea;
 Pode-se fazer um cálculo também.

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Distribuição de Medicamentos (Drogas) -


@resumodontologia Página 4
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Analisando só pelo número:


 Tem como saber quem está mais no sangue ou no tecido, pois fármacos que tem um alto
volume de distribuição estão mais concentrados nos tecidos, e fármacos com um baixo volume
de distribuição estão mais concentrados na corrente sanguínea;
 O fármaco X é mais lipofílico do que o fármaco Y, pois ele está no tecido, logo tem facilidade de
atravessar a membrana, logo tem um alto caráter lipofílico;
 Logo faz-se comparações. Baixo Vd, mais concentrado na corrente sanguínea, dificuldade de
atravessar o vaso, menor caráter lipofílico;
 Então não existe um valor, o que se faz é a comparação de um dado com outro dado.
 Vd:
o Alto Vd = alta concentração tecidual;
o Baixo Vd = alta concentração plasmática (sanguínea).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CRAIG, C. R. STITZEL, R. E. Farmacologia Moderna: com aplicações clínicas. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005. 815 p.

KATZUNG. B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 10ª ed. São Paulo: MacGraw – Hill, 2007.

SILVA, PENILDON. Farmacologia, 8. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2010. 1325 p.

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Distribuição de Medicamentos (Drogas) -


@resumodontologia Página 5
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Meia Vida, Biodisponibilidade e Excreção

 Meia-Vida:
 Tempo necessário para que a concentração do fármaco no organismo seja reduzida a metade;
 T 1/2= Kel/Log2;
 Log2 = 0,63
 Kel = Constate de eliminação;
 [Concentração] = n/V;
 20 Mol/L
 c= m/V
 18 mg/L  2h |1/2  9 mg/L  2h | 1/2  4,5 mg/L;
*A meia-vida desse fármaco é 2h
 Biodisponibilidade (%):
 Fração de fármaco que encontra-se na Corrente Sanguínea e possui ação farmacológica;
 Exemplo:
 Fármaco ligado e metabólitos inativos (fármacos encontram-se na corrente sanguínea, mas eles
não possuem ação farmacológica);

 Excreção:
 4º parâmetro farmacocinético (último);
 Objetivo:
 Eliminar o fármaco do organismo.
 Vias:
 Renal (é a mais utilizada/estudada):
o Filtração glomerular;
o Secreção Tubular Ativa;
o Difusão Passiva;
o Reabsorção Tubular.
 Pulmonar;
 Biliar;
 Fecal;
 Sudoríparas;
 Lacrimal;

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Meia Vidas, Biodisponibilidade e Excreção -


@resumodontologia Página 1
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

1. MEIA-VIDA:

 A meia vida é um conceito químico que pode ser empregado também na farmacologia;
 Na farmacologia a meia vida está relacionada com a concentração de fármaco;
 Comportamento da meia-vida graficamente:
 1º Gráfico:
o Tem-se a concentração em função do tempo;
o Não é uma linha reta, logo não é uma função do primeiro grau;
o É uma função exponencial decrescente;
o A medida que o tempo vai passando a concentração vai diminuindo, mas não é proporcional,
tem uma maior parte de excreção na primeira metade, a queda brusca é dada na primeira
metade, já na segunda metade a queda é mais discreta;
o Nas primeiras horas, a velocidade que o fármaco é eliminado é maior do que nas últimas
horas, devido ao comportamento da função exponencial.
 2º Gráfico:
o A meia vida é divida em meia vida ALFA e meia vida BETA;
o A meia vida alfa está associada com a distribuição;
o Fazendo uma analogia: fez-se o uso do fármaco por via oral, está na corrente sanguínea/no
organismo em uma concentração de 18 mg/L. No momento que o fármaco sai da corrente
sanguínea e vai para os tecidos, é chamado de distribuição, logo após isso tem-se a
metabolização e por fim a excreção, onde os dois (metabolismo + excreção) pode ser
chamado de eliminação;
o A meia vida alfa está associada com o tempo que o deixa o vaso sanguíneo e é distribuído
nos tecidos;
o Do início até o ponto, o fármaco não começou a ser eliminado, ainda está dentro do
organismo, saindo do sangue para os tecidos, a partir do ponto o valor vai começar a
decrescer, pois começa a ser eliminado;
o Então na meia vida alfa o fármaco está 100% dentro do organismo, a partir da BETA, é que o
fármaco começa a ser eliminado.

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Meia Vidas, Biodisponibilidade e Excreção -


@resumodontologia Página 2
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

2. BIODISPONIBILIDADE:
 O fármaco quando entra na corrente sanguínea, via oral, tem perda;
 De 100 mg digamos que vai para 80 mg, dos 80mg que está na corrente sanguínea, os 80 mg não
possuem atividade farmacológica pois uma parte pode ter sofrido o metabolismo de primeira
passagem e inativado parte do medicamento e outra parte pode está ligada à proteínas
citoplasmáticas (principalmente albumina), e quando o fármaco encontra-se ligado à albumina ele
não tem ação farmacológica;
 O fármaco ligado não tem atividade, o fármaco livre tem atividade. Então chegou ao sangue, e
mesmo estando no sangue para ter ação o fármaco não pode ser metabolizado e nem pode está
ligado à proteínas plasmáticas, tirando isso o que sobrar de fármaco diz-se que é
farmacologicamente ativo, vai está na corrente sanguínea e está apto a realizar a ação
farmacológica;
 Essa parte do fármaco que se tem ação é chamada de biodisponibilidade.

3. EXCREÇÃO:
 Saída/eliminação do fármaco do organismo;
 Se o fármaco entra por uma via, ele também terá que sair por outra via;
 Dentre as vias de excreção, a via mais utilizada, tanto que é a mais estudada é a vida renal;
 Pode-se ter uma sobrecarga renal, por conta da administração de fármacos;
 As outras vias o fármaco também pode ser excretado, mas a principal é a via renal.
 Excreção/Eliminação Renal  4 processos ocorrem:
 Filtração Glomerular;
 Secreção Tubular Ativa;
 Difusão Passiva;
 Reabsorção Tubular.
 Néfron:
 É formado por um conjunto de estruturas renais;
 A este conjunto, denomina-se como corpúsculo renal;
 O corpúsculo renal é formado pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman;
 Os túbulos renais são formados pelo túbulo contorcido proximal (TCP), alça de Henle (ramo
descendente e ramo ascendente), túbulo contorcido distal (TCD) e por fim o túbulo/ducto
coletor;
 Na cápsula de Bowman:
 Ocorre a FILTRAÇÃO GLOMERULAR. No nosso sangue tem partes que “prestam” e partes que
“não prestam”, tem moléculas que tem ação biológica, que servem para fazer o corpo funcionar
(glicose, aminoácidos, íons orgânicos/inorgânicos, sais, água), da mesma forma que tem
substâncias que não têm utilização, como produtos de metabolismo;
 O sangue tem que tirar o que não serva da corrente sanguínea, e precisa passar por um processo, e
esse processo é a filtração que ocorre nos rins. Isso é a filtração glomerular. Tem-se a artéria renal,
quando está primeiramente na capsula de Bowman, nessa cápsula de Bowman que ocorre a

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Meia Vidas, Biodisponibilidade e Excreção -


@resumodontologia Página 3
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

filtração glomerular. Entra o que vai servirá e o que não servirá nessa cápsula, entretanto é um
processo não seletivo. É como se fosse um filtro, que vai passar pela cápsula de Bowman as
moléculas que tenham baixo peso molecular (logo passam coisas boas e ruins), e caem na unidade
nefrótica;
 Proteínas têm dificuldade de atravessar o vaso sanguíneo, pois têm alto peso molecular, não
passando para a unidade nefrótica;
 No sangue tem-se fármacos ligados, fármacos livres e metabólitos. Na corrente sanguínea o
fármaco pode está na forma livre, ou na forma ligada, se ele estiver na forma ligado, por exemplo,
à proteína albumina, ele não vai conseguir ser filtrado;
 Tem-se, por exemplo no começo 100% de fármaco, quando entra na capsula de Bowman acontece
a filtração glomerular, desses 100%, de 19% à 20% entra na unidade nefrótica, 80% está na
corrente sanguínea;
 Uma parte sai da corrente sanguínea e a outra parte continua na corrente sanguínea;
 Seguindo o percurso, o fármaco agora encontra-se no TCP, onde terá a SECREÇÃO TUBULAR ATIVA;
 Se há uma secreção ativa vai-se ter gasto de energia, então se vai gastar energia é contra o
gradiente de concentração, e se é contra o gradiente de concentração irá ser necessário a
utilização transportadores, que são as proteínas carregadoras;
 Esses transportadores podem ser classificados em transportadores ÁCIDOS ou transportadores
BÁSICOS, ou seja, esses transportadores leva o fármaco da corrente sanguínea e joga para unidade
nefrótica, via gasto de ATP, ou seja vai excretar o fármaco mediante gasto de energia, isso é
chamado de secreção tubular ativa;
 Em porcentagem terá de 80% à 81%, então observa-se que mais da metade do fármaco é
excretado por via gasto de energia, com os transportadores;
 OBSERVAÇÃO:
 Quando se tem o fármaco na difusão facilitada, precisa-se de um transportador para fazer o seu
transporte, e o seu transporte é seletivo;
 Se tem dois fármacos, “A” e “B”, e ambos competirem pelo mesmo transportador “X”, o transportador
não consegue transportar os dois fármacos ao mesmo tempo, vai transportar o que tiver maior afinidade
primeiramente ou depois o que tiver maior concentração;
 Se “A” tem uma maior afinidade do que “B”, então “A” vai ser transportado primeiro, então X pega o
fármaco A e o transporta. Com isso, A vai reduzir a absorção de B, pois quando o A estiver sendo
transportado, a atividade de B vai ser reduzida. Então está tendo uma competição dos fármacos pelo
mesmo transportador, tendo uma inibição na absorção;
 Se tiver agora dois fármacos A e B e competem pelo transportador Y, o transportador não
consegue transportar os dois fármacos ao mesmo tempo, vai transportar um depois o outro;
 Exemplo ao se administrar a Penicilina com a Probenecida:
 A Probenecida é administrada juntamente com a Penicilina para aumentar o seu efeito, pois
ambas competem pelo mesmo transportador, só que a Probenecida tem uma afinidade maior
com o transportador do que a Penicilina, logo quem vai ser transportado primeiro vai ser a
Probenecida, e isso vai interferir no processo;

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Meia Vidas, Biodisponibilidade e Excreção -


@resumodontologia Página 4
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 A penicilina tem ausência de metabolismo, como ela não é metabolizada, quanto mais tempo
ela ficar no organismo, melhor vai ser, pois ela vai entrar e sair da mesma forma, então ela já
gera ação do jeito que ela entra;
 Quanto maior tempo no organismo, maior vai ser a ação farmacológica, justamente o que a
Probenecida faz, ela e a penicilina vão competir pelo mesmo transportador, quem se liga
primeiro é a Probenecida, então a penicilina vai para ser excretada, vai permanecer na corrente
sanguínea, e como permanece na corrente sanguínea continua gerando o seu efeito
farmacológico, aumentando o tempo da sua meia vida, e isso é um efeito benéfico, pois a
penicilina não é metabolizada, da mesma forma que entra vai sair, então quanto mais tempo
fica no organismo, quanto maior o tempo de meia- vida maior a sua ação farmacológica;
 Isso dará certo pois a penicilina não é metabolizada;
 Então isso é uma INIBIÇÃO COMPETITIVA.
 A interação farmacológicas podem existir nos 4 parâmetros;
 Quando chegar no túbulo/ducto coletor, tem-se 1% de fármaco, que terá que ser excretado. Esse
1% ele é excretado no final do ducto coletor, via DIFUSÃO PASSIVA;
 Da mesma forma que as moléculas são reabsorvidas, os fármacos eles também podem ser
reabsorvidos;
 Entre um fármaco e um metabólito, o FÁRMACO tem maior probabilidade de voltar para a
corrente sanguínea (de ser reabsorvido) por conta da polaridade, o fármaco tende ser mais apolar
do que o metabólito;
 O fármaco é mais apolar, logo não tem tanta intimidade com a água, já o metabólito tem mais
afinidade com a água, como o fármaco não tem tanta afinidade e é mais apolar, vai ter mais
facilidade de atravessar e voltar para a corrente sanguínea, então é o que ocorre.
 Já o metabólito tenta permanecer na corrente sanguínea. Isso não vai acontecer o tempo inteiro,
quando esse fármaco que não foi metabolizado passar pelo fígado de novo e for metabolizado, ele
passa a ser metabólito, logo é excretado e permanece na urina, ou seja toda vez que o fármaco é
metabolizado ele fica mais polar, e menos apolar, ou seja, tem mais afinidade com a água que
facilita a sua excreção;
 Logo no túbulo/ducto coletor ocorre difusão passiva e REABSORÇÃO TUBULAR.
 Observação:
 Fármaco: + APOLAR;
 Metabólito: + POLAR

 Revisão:
 Primeira etapa/fase é a FILTRAÇÃO GLOMERULAR, tanto o fármaco quanto o metabólito vão
passar pela cápsula de Bowman, normalmente o que não é filtrado está ligado à albumina, que
tem alto peso molecular. Então dos 100% do fármaco de 19% à 20% do fármaco é filtrado, o que
não é filtrado continua na corrente sanguínea;
 Na segunda etapa/fase se tem a SECREÇÃO TUBULAR ATIVA, que ocorre no TCP, ativo porque
gasta energia e se gasta energia, precisa-se de transportador, então esse transportador, é
classificado em ácidos e básicos, para se conectar em drogas ácidas e drogas básicas. Pode ocorrer

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Meia Vidas, Biodisponibilidade e Excreção -


@resumodontologia Página 5
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

então uma competição pelo transportador. Se tem entre 80% a 81% de excreção do fármaco, logo
a maior taxa de excreção do fármaco.
 Chegando ao túbulo/ducto coletor, se ainda tiver resquícios de fármaco, o restante no túbulo
coletor é excretado por DIFUSÃO PASSIVA. No ducto também pode ocorrer REABSORÇÃO
TUBULAR, tem-se fármaco e metabólito na urina, o que tem maior probabilidade de ser
reabsorvido é o FÁRMACO.

 Efeito do pKa e pH na excreção dos fármacos:

 Por exemplo, uma indivíduo tomou uma cartela de AAS;


 Então a urina dela vai ter um pH ácido pois o excesso de AAS acidifica a urina;
 Digamos que o pH da urina caia para 1. Fazendo-se as contas com os valões do pKa e pH;
 A concentração da forma não ionizada é 1000 vezes maior, do que a forma ionizada. É maior, pois
o número é maior que 1;
 Nessa situação o fármaco vai ser mais reabsorvido, pois tem a predominância da forma não
ionizada, então é apolar, se é apolar tem afinidade com o tecido, tendo mais facilidade de
atravessar a membrana;
 O interstício é a separação do sangue com a urina, isso é tecido, se é tecido tem célula, se tem
célula é membrana plasmática. Então para conseguir atravessar, vai-se analisar os dois fármaco. Se
tem a reabsorção do agente toxicológico no caso o AAS, ele vai para ser excretado e é reabsorvido,
gerando um ciclo toxicológico, por conta do pH, e o pK não muda pois o pK é constante.

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Meia Vidas, Biodisponibilidade e Excreção -


@resumodontologia Página 6
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Tem como reverter essa situação;


 Por exemplo, o médico vai prescrever bicarbonato de sódio, que é um sal básico, esse bicarbonato,
como ele está na urina, vai dissociar em Na+ e no íon bicarbonato (HCO3-), o bicarbonato é base,
vai reagir com o H+ ácido, e neutraliza, diminuindo a concentração do H+ e o pH começa a subir.
Como altera o pH do meio.
 Nessa situação a concentração da forma ionizada é 100 vezes maior do que a forma não ionizada,
ou então, a forma não ionizada é 100 vezes menor do que a forma ionizada, ou seja, está
prevalecendo a forma IONIZADA, nessa situação;
 A forma ionizada é mais polar, logo tem uma maior afinidade com a água, logo com a urina que é
99% de água, assim sendo incompatível com a membrana, sendo então excretado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CRAIG, C. R. STITZEL, R. E. Farmacologia Moderna: com aplicações clínicas. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005. 815 p.

KATZUNG. B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 10ª ed. São Paulo: MacGraw – Hill, 2007.

SILVA, PENILDON. Farmacologia, 8. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2010. 1325 p.

Farmacologia – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Meia Vidas, Biodisponibilidade e Excreção -


@resumodontologia Página 7
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagem com alginato e obtenção de modelos em odontologia

 Introdução
 Moldagens:
 Procedimentos clínicos em que se utilizam materiais e técnicas apropriadas com o objetivo de se obter os
moldes dos arcos dentais;
 O alginato é um material plástico e bastante
versátil utilizado na clínica odontológica
sempre;
 A moldagem é utilizada em diversas áreas além
da odontologia;
 Faz-se a moldagem para se obter uma cópia o
mais fiel possível, e isso depende da qualidade
do material utilizado, para reproduzir os arcos dentais do paciente;
 Quando se molda, molda além do dente, molda-se também os tecidos moles, como a musculatura, freio
labial, bridas...
 Se for fazer moldagem para estudar apenas a dentição pode-se ter uma moldagem que aprofunde menos
no fundo de vestíbulo, mas se for fazer uma moldagem para prótese total ou para prótese removível que
o paciente perdeu muitos dentes, tem-se que ter uma moldagem que se estenda bastante para o fundo
de vestíbulo para que também se copie tecido mole, já que essas estruturas vão interferir na adaptação da
prótese.

 Moldes:
 São reproduções em negativo das superfícies das arcadas;

 Modelos:
 São reproduções em gesso ou resina, das superfícies moldadas. Sobre o molde (negativo) se obtém o
modelo (positivo);
 Logo sai de uma situação intrabucal para se ter uma situação confeccionada em modelo de gesso para
assim estudar e fazer planejamento.s

 Requisitos dos materiais de moldagem (silicone de adição, silicone de condensação, pasta zinco-enólica,
alginato...)
 Devem copiar com exatidão todos os dentes do arco bem como os tecidos moles e acidentes anatômicos
para que se possa ter um modelo completo e fiel;
 Os materiais devem apresentar um endurecimento completo na boca num tempo razoável;
 Devem apresentar uma fluidez (capacidade de escoamento) ou consistência adequada à técnica empregada;
 Devem ter uma estabilidade dimensional durante e após o endurecimento  capacidade do material de
permanecer na mesma dimensão, sem alteração para mais nem para menos, para que se tenha uma cópia
fiel. O alginato não é um bom material em relação a estabilidade dimensional, ele tanto perde água com
facilidade quanto ganha água com facilidade;
 Devem ter uma plasticidade suficiente para uma fiel reprodução na moldagem e quando necessários serem
termoplásticos a uma temperatura compatível com os tecidos bucais  Está-se falando de materiais que

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagens e obtenção de modelos em odontologia -


@Resumodontologia Página 1
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

precisam ser aquecidos como é o caso da godiva, cera... Então termoplástico é um material que se aquece e
depois volta a endurecer;
 Devem ser elásticos o suficiente para facilitar a moldagem de superfícies retentivas;
 Não devem ser tóxicos, irritantes ou aderir aos tecidos bucais, logo os materiais devem ser biocompatíveis;
 Devem ser insípidos ou ter sabor agradável, facilitando o processo de obtenção da moldagem
 Devem ter um adequado tempo de trabalho, adequado a perfeita execução da técnica;

 Materiais de moldagem:
 Rígidos:
 Gesso Solúvel;
 Pasta Zinco-Enólica;
 Termoplásticos  Materiais que precisam ser aquecidos para mudar o estado deles;
 Godiva;
 Cera
 Elásticos  Copiam áreas retentivas
 Silicones: condensação e adição;
 Mercaptanas;
 Poliéster;
 Hidrocolóides: reversíveis e irreversíveis (alginato);

 Alginato:
 Histórico:
 Final do século XIX na Escócia descobre-se um exudato mucoso produzido por certas algas marinhas
marrons denominado algina;
 Durante a 2ª Guerra Mundial tem-se a escassez de Agar (produtor Japão).
 Necessidade de um substituto;
 Surgimento dos Alginatos para moldagem;
 Misturado com água passa do estado sol para gel devido à reação química;
 Alginato hydrogum 5  Pode-se ficar 5 dias sem vazar o gesso;

 Indicações:
 Modelos de estudo e de trabalho;
 Modelos para ortodontia;
 Moldagem preliminar ou anatômica para Prótese Total;
 Moldagem para Prótese Parcial Removível;
 Moldagem de Hemiarcada;
 Duplicação de modelos;
 Confecção de moldeiras para clareamento;
 Moldagens de arcada antagônica (prótese), logo a arcada que vai ser executado o trabalho de
prótese fixa é moldada com silicona e a arcada oposta (antagônica) com o alginato.

 Vantagens:
 Fácil manipulação;
 Baixo custo;
 Ser hidrofílico  não tem nenhum problema com água/saliva;
 Fácil limpeza;
Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagens e obtenção de modelos em odontologia -
@Resumodontologia Página 2
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Não mancha;
 Fácil controle do tempo de trabalho  pode variar com a temperatura da água;

 Desvantagens:
 Baixa estabilidade dimensional  ele se altera com facilidade tanto ganhando água quanto
perdendo água;
 Verter gesso imediatamente  ato de confeccionar o modelo;

 Possíveis alterações dimensionais dos hidrocolóides:


 Evaporação: Perda de água (por vapor);
 Sinérese: perda de água (de forma líquida) e exsudatos salinos, é como se o material estivesse
“suando”;
 Embebição: absorção de água do meio para o interior, logo é o ganho de água;

 Passo a passo:
 Instruções ao paciente como agir durante a moldagem;
 Posicionar o paciente de forma correta  o máximo com a cadeira para frente, colocar o babador com o
auxílio do “jacaré”;
 Preparar o paciente para a moldagem;
 Posição mais ereta
1. Prova da Moldeira
 Se a altura da moldeira for muito baixa, pode acabar não
copiando o fundo do vestíbulo, assim, pega-se uma lâmina de
cera, corta-se uma tira e vai aumentando a altura da moldeira
para ficar melhor a altura e assim copiar o fundo do vestíbulo;
 A primeira coisa que se faz antes de Espatular o alginato é fazer a
prova da moldeira no paciente, para assim saber se a moldeira
escolhida vai se adequar à boca do paciente;
 Moldeira deve ficar com o cabo alinhado com a linha média do
paciente, e a linha média não é a linha média do dente, é a linha
média da face;
2. Manipulação:
 Agitar o saco – Descompactar o pó;
 Colocar primeiramente a água em uma cuba;
 Encher a colher de medida, remover excesso com a espátula (1 colher
de pó para 1 medida de água), colocar em outra cuba o alginato;
 Deve-se jogar o pó na água
 Espatular vigorosamente, alternando os movimentos para liberar
possíveis bolhas de ar;
 Tempo de manipulação: 45 segundos à 1 minuto;
 Geleificação: 2 a 3 minutos após espatulação;
 Colocar o alginato espatulado na moldeira previamente selecionada, e
antes de sua inserção na boca do paciente, passar alginato na superfície
oclusal e espaços interproximais dos dentes a serem moldados, com o
auxílio do dedo indicador;

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagens e obtenção de modelos em odontologia -


@Resumodontologia Página 3
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Proporções Usuais:
o Maxila: 3 colheres de pó; 3 medidas de água;
o Mandíbula: 2 colheres de pó; 2 medidas de água;
3. Remover o molde de uma vez só no sentido do longo eixo do dente para evitar distorção;
4. Lavar o molde em água corrente e borrifar hipoclorito de sódio  pois tem bactérias na cavidade bucal,
assim eliminando-as;
OBS.: “Língua de alginato”: na arcada inferior tem o espaço da língua, se for vazar o gesso com a
moldeira no formato que ela tem parecido com ferradura, o modelo fica fraco, então precisa fazer com
o que o modelo inferior fique mais resistente como o superior, para isso utiliza-se uma porção de pó e
uma porção de água e preenche o espaço onde fica a língua;
5. Verter o gesso imediatamente respeitando a relação água e pó. Vazar o molde com gesso tipo IV na
região dos dentes e gengivas;
6. Fazer retenções no gesso;
7. Vazar o gesso pedra tipo III para fazer a base;
8. Tempo de separação molde/modelo: 45 a 60 minutos. Pode-se tirar quando o gesso estiver frio e seco;

 Gesso:
 Utilização em Odontologia:
 Construção de modelos de arquivo, estudo e trabalho;
 Construção de troqueis – modelos unitários;
 Moldagem para confeccionar próteses totais (solúvel);
 Material acessório (preenchimento);
 Montagem de modelos em articuladores.
 Gesso tipo I: Não devem ser usados para execução de trabalhos laboratoriais;
Compostos de gesso Paris, ao qual foram adicionados modificadores para regular o tempo de presa
e a expansão de presa;
 Gesso tipo II: Usado principalmente para preencher a mufla na construção de dentaduras, quando a
expansão de presa não é crítica e a resistência é adequada;
 Gesso tipo III: Indicado para a construção de modelos, na confecção de próteses totais que
necessitam se ajustar aos tecidos moles. Apresentam uma resistência adequada para este propósito
e permitem uma fácil remoção da prótese após sua conclusão;
 Gesso-Pedra de Alta Resistência tipo IV: indicado para troquel por sua resistência, dureza e um
mínimo de expansão de presa.

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagens e obtenção de modelos em odontologia -


@Resumodontologia Página 4
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Falhas na moldagem:
TIPO CAUSA
- Geleificação incompleta causada pela remoção
1. Superfície do molde áspera e irregular prematura;
- Proporção incorreta;
- Óleo ou outro material orgânico sobre os dentes
- Geleificação excessivamente rápida impedindo o
2. Bolhas de ar nas superfícies dentária escoamento do material;
- Incorporação do ar durante a manipulação
- Espessura inadequada, pois selecionou uma
3. Rasgamento moldeira errada ou colocou pouco material;
- Contaminação pela umidade;
- Remoção prematura da boca;
- Espatulação prolongada
4. Material Granuloso - Espatulação imprópria ou prolongada;
- Relação água/pó muito baixa (errada).
- Falta de aderência do material à moldeira;
- Moldeira sem rigidez;
- Demora excessiva para vazar o molde;
5. Distorção - Movimentação da moldeira durante a geleificação;
- Remoção prematura ou incorreta da boca;
- Volume excessivo do material.

 Falhas no modelo (vazamento do gesso)


TIPO CAUSAS
- Limpeza inadequada do molde;
- Excesso de água sobre as superfícies do molde;
1. Modelo em gesso rugoso ou - Remoção prematura do modelo;
pulverulento (aspecto de pó) - Manipulação incorreta do gesso ou proporção
água/pó incorreta.
2. Bolhas negativas e/ou positivas nas - Alteração de presa;
superfícies do modelo - Escoamento incorreto do material;
- Vibração ausente/incorreta;
- Incorporação do ar durante a manipulação.
3. Ausência de união entre os tipos de - Falta de retenções;
gesso - Vazamento incorreto.

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagens e obtenção de modelos em odontologia -


@Resumodontologia Página 5
Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 - Relação Cêntrica

 É uma posição mandibular que é dada pela posição do côndilo na fossa mais
ântero-superior, que é uma posição guiada pela mandíbula onde os côndilos estão
mais confortáveis na fossa e tem uma posição utilizada para reestabelecer
dimensão vertical, para reabilitar o paciente, para fazer casos complexos, casos que
a dimensão vertical do paciente não é satisfatória ou que o paciente perdeu essa
dimensão vertical de oclusão, seja por bruxismo ou seja por perdas dentárias, e
precisa de um ponto de partida para reabilitar aquele paciente.
 Se não tiver dentes em uma arcada inteira não tem-se dimensão vertical de oclusão, tem-se de repouso,
para ter DVO precisa ter contato dentário, mas em algumas situações essa DVO ou ela não existe pois a
pessoa perdeu todos os dentes, ou é insatisfatória pois por exemplo o bruxismo destruiu todos os dentes,
então tem que ter um ponto de partida para reabilitar o paciente e esse ponto é a RELAÇÃO CÊNTRICA, pois
é a posição dos côndilos confortavelmente centrados na fossa e é uma posição confiável para se reproduzir
para que se reabilite o paciente.

 Relação Cêntrica (RC):


 É um conceito temporomandibular, pois está relacionada ao côndilo a fossa, não diz respeito aos
dentes, diz respeito ao côndilo centrado na fossa;
 Então é uma posição que é comumente utilizada para reabilitar os casos que há DVO ou seja que a
máxima intercuspidação não é satisfatória;
 Trata-se do relacionamento temporomandibular, fundamental na preservação da saúde das unidades
fisiológicas, neuromuscular e ATM, do Sistema Estomatognático;
 A relação cêntrica é a posição mais retruída da mandíbula, por isso que quando tende a tocar, tocam os
dentes mais posteriores,
 R.C ≠ MIH  90% dos casos  A diferença da R.C para a MIH deve ser pequena (1mm, 2mm, 3mm), se
for grande vai gerar problema articular ou muscular;
R.C = MIH  10% dos casos  Oclusão em Relação Cêntrica
 Relação cêntrica - Conceitos:
o É a posição inicial dos movimentos mandibulares, estável e fácil de ser reproduzida;
o É a posição fisiológica mais anterior e superior dos côndilos contra a inclinação da eminência
articular, permitida pelas estruturas limitantes da ATM, a uma DV dada. É uma posição que
comumente não coincide com a máxima intercuspidação e é uma referência aceitável para o
tratamento. (Celenza, 1978);
o É uma posição ligamentosa mais retruída da mandíbula, a partir da qual os movimentos de
abertura e lateralidade podem ser executados confortavelmente (Ramfjord 1983);
o É a posição mais anterior e superior dos côndilos nas suas fossas, com os discos
adequadamente interpostos (Okeson, 1989);
o É a posição fisiológica do côndilo, no qual ele se encontra centrado na fossa, em seu
posicionamento mais superior e corretamente relacionado com o disco articular, contra a
vertente posterior da eminência articular;
o É a relação do côndilo com a fossa mandibular do osso temporal em completa harmonia com o
disco articular. É uma posição estável e reproduzível pelo equilíbrio fisiológico dos músculos de
sustentação mandibular, e independe do relacionamento dentário;

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Relação Cêntrica - @Resumodontologia Página 1


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Conceituação:
o Geralmente existe discrepância entre as duas posições

 Máxima Intercuspidação Habitual (Oclusão Central)


o Posição com o maior número de contatos entre os dentes antagonistas. É uma posição dentária
que independe da posição dos côndilos, logo não deve ser chamada de oclusão em relação
cêntrica;
o A MIH é uma posição dentária, logo ocluiu, os dentes engrenaram;
o Na MIH a mandíbula está desviada da RC na maioria dos indivíduos;
o Leve ou nenhum contato dos dentes anteriores.

 Conceituação:

 Posicionamento e Oclusão:
 Pode haver discrepância entre as duas
posições:

o OBS: A RELAÇÃO CÊNTRICA é uma


posição capsular e ligamentosa que diz
respeito ao côndilo centrado na fossa. Já
a MIH (Máxima Intercuspidação
Habitual) ou também chamada de oclusão central, é uma posição muscular e dentária, ou seja,
contrai os músculos e os dentes engrenam elas não se coincidem em 90% da população, mas
pode-se fazer elas se coincidirem, através de um ajuste oclusal (ortodontia), ou fez-se uma
reabilitação.

 Pode haver coincidência entre as duas posições;

o OBS.: ORC = Oclusão em Relação Cêntrica ou MIC = Máxima


Intercuspidação Cêntrica
o É quando RC = MIH (Oclusão Central)

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Relação Cêntrica - @Resumodontologia Página 2


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Guia Anterior:
o Quando desliza a mandíbula para frente os incisivos inferiores deslizam na concavidade
palatina dos dentes superiores, também chamado de guia incisivo, desocluindo todos os
dentes posteriores, isso em um movimento protrusivo (mandíbula vai para frente), incisivos
deslizam, separam os dentes de trás (desocluem todos os dentes posteriores), e isso é
chamado de guia anterior.
o Relacionamento das bordas incisais dos
dentes anteriores inferiores, com a face
lingual dos anteriores superiores, durante os
movimentos protusivos e retrusivo da
mandíbula, sem contato dental posterior;
o Forma com as ATMs um tripé de estabilidade.
Fundamental na preservação das unidades
fisiológicas: neuromuscular, ATMs, oclusão e
periodonto do AE.
o Enquanto os incisivos se contactam, os dentes posteriores são desocluídos, apresentado um
espaço entre eles conhecido como espaço ou fenômeno de Christensen.
o Isso ocorre, pois os dentes posteriores não foram feitos para receberem forças laterais, só
forças verticais.

 Guia Canina:

o Desoclui os dentes posteriores nos movimentos de lateralidade no lado de trabalho;


o Os caninos são dentes mais largos, de raiz longa e a região onde o canino está inserido, é
chamado de pilar canino, é uma área de osso mais denso, o osso que dissipa melhor as forças,
então por isso que ele consegue sozinho (com o dente antagônico), desocluem todos os outros
dentes.

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Relação Cêntrica - @Resumodontologia Página 3


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Função em grupo:
o É quando além do canino se tem ou os primeiros pré’s, segundos pré’s ou até o primeiro molar.
Logo tem-se o toque do canino e o primeiro pré, ou canino mais primeiro pré mais segundo pré
ou canino primeiro pré mais segundo pré e molar. Só não pode se ter alternado como por
exemplo canino e segundo pré, pois aí seria uma interferência no canino. Então para que seja
função em grupo tem que se em sequência.
o A desoclusão é realizada;

 Estabilidade oclusal e articular:


o Dentes posteriores de pré-molares para trás são dentes com raízes duplas ou triplas, dentes
mais largos que foram feitos para receber forças oclusais, forças de mastigação, esses dentes
estão mais preparados para isso. Então esses dentes de trás, quando a ponta de cúspide toca
no fundo da fossa dão a estabilidade oclusal pois protegem a articulação e protegem os dentes
anteriores em movimentos de forças verticais, forças verticais no sentido do longo eixo do
dente, ou seja no comprimento do dente, então esses dentes (dentes posteriores) estão
preparados para receber forças verticais. Então quando se tem a MIH, os dentes da frente
tocam levemente ou quase não tocam;
o Os dentes anteriores de canino a canino foram feitos para receber forças laterais.
o Então essas forças de abertura e fechamento da estabilidade oclusal são chamadas de
cêntricas e as forças laterais são chamadas de forças excêntricas ou laterais;
o Grupo de dentes anteriores: recebem as forças laterais ou horizontais;
o Grupo de dentes posteriores: recebem as forças verticais, ou força cêntrica de abertura e
fechamento;
o O grupo de dentes posteriores protegem o grupo de dentes anteriores de forças verticais, no
sentido do longo eixo do dente, e o grupo de dentes anteriores protegem os posteriores de
forças laterais;
o É a estabilidade dada à mandíbula em relação às maxilas pela intercuspidação simultânea das
cúspides funcionais, nas respectivas fossas antagonistas em ambos os lados das arcadas;

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Relação Cêntrica - @Resumodontologia Página 4


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Oclusão Mutuamente Protegida:


o Dentes posteriores previnem o excessivo contato dos dentes anteriores numa máxima
intercuspidação, e os dentes anteriores desocluem os dentes posteriores em todos os
movimentos excursivos da mandíbula.
o Desoclusão anterior dos dentes posteriores em movimentos de lateralidade.

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 – Relação Cêntrica - @Resumodontologia Página 5


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

Oclusão – 5º Semestre – 2ª Unidade – Aula 3 – Movimentos Mandibulares

 Movimentos Mandibulares:
 Ocorrem principalmente durante:
 Mastigação;
 Fala; Movimentos Funcionais
 Deglutição;
 Movimentos parafuncionais (não são movimentos
fisiológicos, são prejudiciais, são deletérios):
 Bruxismo;
 Apertamento.

 Conhecimento dos movimentos mandibulares:


 Entender os vários aspectos da oclusão dentária  A oclusão não deve ser encarado como algo estático e
sim dinâmico, onde além do contato dos dentes, leva-se em consideração também os movimentos
mandibulares;
 Realizar procedimentos clínicos  Quando se faz uma restauração, quando coloca-se uma coroa, prótese,
implante, tem-se que entender como a mandíbula se comporta durante os movimentos mandibulares, para
ter assim sucesso com os procedimentos clínicos;
 Montagem e confecção de dentes artificiais em próteses;
 Selecionar e ajustar registros e articuladores;
 Entender distúrbios de mobilidade mandibular e patologias da ATM

 Fatores que regulam os movimentos mandibulares:


 Sistema Neuromuscular  Por meio da movimentação dos músculos:
 Direção do movimento – Os músculos movimentam a mandíbula;
 O osso é uma estrutura estática e precisa da ação da musculatura para que ele se movimente.
 As estruturas ósseas e os dentes guiam o movimento:
 Os côndilos e as guias dos dentes que se contactam conduzem o movimento;
 Os côndilos e os dentes modificam os movimentos mandibulares iniciados pelo sistema neuromuscular
que são limitados pelos ligamentos.

 Principais posições mandibulares


 Posição de repouso;
 Relação cêntrica;
 MIH (Máxima Intercuspidação Habitual).

 Movimentos mandibulares:
 A mandíbula tem quatro movimentos distintos, mas eles também podem se combinar para fazer os
movimentos:
1. Rotação – rotação pura, abertura e fechamento. Esse movimento acontece quando se inicia a
separação dos incisivos (em torno de 20 mm à 25 mm), o côndilo só rotaciona;
2. Laterotrusão (ou lateralidade) – um côndilo rotaciona enquanto o outro côndilo translada. Um dos
côndilos só gira um pouco, o outro sai do lugar, vai para baixo, para frente, para dentro, em direção à
linha média;
3. Protrusão – ambos os côndilos vão para frente-translação;
4. Transdução – movimento exclusivamente lateral, movimento de Bennett;

Oclusão – 5º Semestre – 2ª Unidade – Aula 3 – Movimentos Mandibulares - @Resumodontologia Página 1


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Ocorrem múltiplas combinações destes quatro movimentos básicos

 Rotação

 A rotação pode acontecer em torno de eixos


imaginários, como os três abaixo;
 Eixo Horizontal: Abertura como em uma
dobradiça. Abertura e fechamento de boca;
 Eixo Vertical: Durante uma excursão lateral;
 Eixo Sagital: Quando um côndilo abaixa
durante uma excursão lateral.
 Observando a imagem ao lado, nota-se que os
côndilos são independentes, realizam movimento
independentes, por exemplo, enquanto um está
girando o outro pode está saindo do lugar;

 Translação  O côndilo “sai do lugar”

 Movimentos Mandibulares:
 Posições e movimentos da mandíbula:
 É dada pela guia anterior ou guia incisiva. Deve haver desoclusão dos dentes posteriores.
Movimento guiado pelos contatos das bordas incisais dos inferiores contra a concavidade
palatina dos incisivos superiores, desocluindo todos os dentes;
PROTRUSÃO

Oclusão – 5º Semestre – 2ª Unidade – Aula 3 – Movimentos Mandibulares - @Resumodontologia Página 2


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 A laterotrusão ou lateralidade envolve um lado de


trabalho (côndilo laterotrusivo) e um lado de
balanceio (côndilo mediotrusivo);
o Tem-se uma linha média separando a
mandíbula em direita e esquerda, se fizer
um movimento de lateralidade um côndilo
volta-se em direção para a linha média, e o
outro para a lateral;
o Em movimento de lateralidade, dentes posteriores não podem se tocar.

 Lado de trabalho:
o Lado para o qual a mandíbula está se
movimentando, onde as cúspides
vestibulares dos inferiores se alinham às
cúspides vestibulares dos superiores;
o Função em Grupo:
 Toque nos caninos, pré-molares e
cúspides mésio-vestibular do
primeiro molar;
o Guia Canina:
 É a melhor desoclusão em lateralidade devido à proporção coroa/raiz do
canino, por este estar envolto em osso denso e compacto e tolerar melhor as
forças do que o osso medular ao redor dos dentes posteriores.
 Lado de balanceio:
o É importante que não haja contatos dentários desse lado, pois são danosos ao sistema
mastigatório.

 Lado de trabalho:
o Rotação mandibular lateral pura
(sem movimento de Bennett);

 Lado de trabalho
o Movimento mandibular lateral
incorporando movimento de
Bennett;
o O movimento de Bennett é
quando antes do côndilo de
balanceio descer, a mandíbula
desloca-se lateralmente, para
assim, depois descer.

 Por uma questão anatômica às vezes o indivíduo tem a


parede da fossa mais distante, então quando for fazer a lateralidade, ao invés do côndilo de balanceio já
descer, e já acontecer a guia canina, a mandíbula vai um pouco para o lado e depois isso acontece.

Oclusão – 5º Semestre – 2ª Unidade – Aula 3 – Movimentos Mandibulares - @Resumodontologia Página 3


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 O movimento de Bennett é um deslocamento exclusivamente lateral da mandíbula, antes que aconteça a


desoclusão pelo canino.

 Mastigação:
o O ciclo mastigatório consiste em três fases:
1. Abertura, durante a qual se dá a
depressão da mandíbula;
2. Fechamento, durante a qual a mandíbula
é elevada;
3. Intercuspídea (máxima intercuspidação
habitual ou oclusão cêntrica).
o O trajeto da mandíbula durante a mastigação é denominado ciclo mastigatório;
o O trajeto de qualquer ponto no arco dentário, durante a mastigação, tem tipicamente
a forma de uma gota d’água quando visto no plano frontal ou sagital.

 Os movimentos mandibulares são limitados pelos ligamentos, pelas superfícies articulares da ATM e a
morfologia e alinhamento dos dentes;
 A faixa externa de movimento é reproduzível e chamado movimentos bordejantes.
 Bordejantes:
o Quando a mandíbula se move através dos limites externos do
movimento, limites reprodutíveis são detectados;
o Os movimentos mais extremos são denominados de
bordejantes;
o Bordejante vem de borda, e borda está relacionada com
limite;
o O tanto que a boca abre ao máximo é chamando de
movimento bordejante;
o Limitados por estruturas anatômicas;
o Exemplo: Abertura de Boca Máxima; Protrusão Máxima;

 Intra-Bordejantes:
o Quando a mandíbula se move livre e fácil dentro dos limites externos do movimento
durante a fala, mastigação;
o Está dentro do limite máximo;

Oclusão – 5º Semestre – 2ª Unidade – Aula 3 – Movimentos Mandibulares - @Resumodontologia Página 4


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Envelope de movimento:
 Posições e movimentos da mandíbula:
 Na abertura da boca, a partir da posição de RC, até os primeiros 25
mm de movimento, a mandíbula realiza um movimento de rotação
puro, em torno de um eixo horizontal no côndilo;
 ET = Eixo terminal de rotação da mandíbula de abertura ou
fechamento +/- 25 mm;
 O movimento de abertura de boca máxima é bordejante;
 Arco de Translação (AT): Qualquer movimento adicional de abertura a
partir da posição AMR (Abertura Máxima de Rotação), para a posição
AM (abertura máxima) +/- 50 mm;
 Logo em um indivíduo a abertura de boca máxima fica em média em
torno de 50 mm;
 O Arco Habitual de Abertura ou Fechamento da mandíbula é
desenhado em linha pontilhada, da posição de abertura máxima, AM, para posição R (repouso
fisiológico), e então para a posição OC (oclusão cêntrica);
 Repouso fisiológico ou posição de repouso:
 Fórmula:
EFL = DVR – DVO | EFL = 3mm;
 OC na ilustração é a MIH;
Posição onde ocorre o maior número de contatos dentários, não importando a posição dos
côndilos;
 R = Repouso;
 A distância da MIH para o R é de 3 mm = EFL;
 A má-oclusão deflectiva é “o toque de deslize que ocorre entre a O.R.C e a O.C”  Também
chamada de deslize em cêntrica.

 A linha que conecta as posições OC e TT representa a guia incisal ou desoclusão anterior;


 Em uma oclusão normal (Classe I), a borda vestíbulo-incisal dos incisivos inferiores tocam a
concavidade palatina dos incisivos superiores no movimento de protrusão.
 TT = Posição de topo-a-topo;
 Trajeto da posição TT para frente, até a posição PM, representando a Protrusão Máxima. Esta
trajetória é ditada pela relação dos dentes posteriores em oclusão e a separação vertical
permitida pelo ângulo da eminência quando os côndilos vão para baixo em seu trajeto de
protrusão;

Oclusão – 5º Semestre – 2ª Unidade – Aula 3 – Movimentos Mandibulares - @Resumodontologia Página 5


Licenciado para - Hélio Avelar de Melo Neto - 70021292442 - Protegido por Eduzz.com

 Esta extensão do trajeto bordejante anterior é limitado pelos ligamentos e pelo comprimento
da musculatura, já que estão relacionados ao conjunto dos côndilos com seus respectivos
discos articulares.

 Considerações Finais:
 O envelope de movimentos de Posselt representa as bordas ou limites do movimento
mandibular para a média da população dentada;
 É difícil, se não impossível, registrar o envelope para um paciente com disfunção
estomatognática ou síndrome da disfunção da ATM aguda;
 Para desenhar as bordas do envelope de movimentos de Posselt realmente reproduzível,
devemos ter paciente assintomático e com a neuro-musculatura relaxada;
 Mudanças críticas no envelope de movimentos podem ser visualizadas antes e depois do
tratamento oclusal.

Oclusão – 5º Semestre – 2ª Unidade – Aula 3 – Movimentos Mandibulares - @Resumodontologia Página 6

Você também pode gostar