Liliane Lazier – Saúde Coletiva - Unifatecie
Saúde coletiva: envolve conhecimentos diversos relacionados à
saúde individual e da coletividade.
➜ Levar em consideração muitos fatores que interconectam
para o estabelecimento de um estado de saúde.
• Determinantes sociais, políticos, econômicos e culturais.
• Associados ao meio em que os indivíduos se encontram na
convivência como sociedade, influenciando diretamente
ou indiretamente na saúde de forma geral.
➜ Saúde individual: saúde de uma pessoa considerando como
um ser único e independente.
• Particularidades de cada um, principalmente biológicas.
➜ Saúde coletivo: saúde de todas as pessoas que estão
compartilhando o mesmo ambiente para viver em sociedade.
• Estuda interação de todos os fatores que podem implicar
na saúde de um grupo de pessoas.
• Campo de estudo muito variável e mutável.
Saúde coletiva busca assimilar esse conjunto de informações
para estabelecer e aplicar politicas de saúde que culminem na
promoção da saúde e prevenção de doença e outros agravos.
➜ Promoção: definida em:
• Conceito mais amplo: promoção da saúde é um processo
que tem como objetivo alcançar e manter um estado de
bem-estar na vida das pessoas e da comunidade.
• Conceito mais restrito: ligada a compreensão e prática de
ações preventivas para evitar o surgimento de doenças
especificas.
➜ Prevenção: conjunto de medidas aplicadas de forma
precoce para evitar que algo aconteça.
• Conceito restrito: prevenção interligada à promoção da
saúde, através dessas ações de prevenção podemos evitar
que doenças atrapalhassem esse estado de bem-estar
social.
Construído com o passar dos anos principalmente através da
observação de práticas direcionadas ao combate de doenças.
➜ Participação de muitos pesquisadores e filósofos.
Iniciou na antiguidade.
➜ Platão: saúde oposição entre virtude e vicio.
• Virtude: relacionava-se com a saúde, beleza e uma boa
disposição e animo
• Vício: referia-se a doença, feiura ou fraqueza.
➜ René Descartes: saúde é resultado da união e confusão
entre mente e corpo, em que sensações de dor, sofrimento,
sede, fome e felicidade eram tão importantes quanto o
funcionamento do corpo, considerando seus órgãos e sistemas.
➜ Immanuel Kant: duas perspectivas diferentes:
• Perspectiva terapêutica: clínica associada a doença, a
supressão ou eliminação da doença era o ponto principal
a ser levado em consideração.
• Perspectiva dietética: prevenção associada a saúde,
defendendo a aplicação da racionalidade cientifica para
evitar a ocorrência de doenças.
➜ Georges Canguilhem: doença está relacionada ao
patológico, contrário de sadio.
• Saúde individual, privada e subjetiva.
• Validação realizada através do contato entre o doente e
o seu médico.
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• Sua defesa dificultava a valorização da saúde como
ciência, não seria possível determinar a saúde pela
aplicação de instrumentos e produtos padronizados.
➜ Hans-Georg Gadamer: pensamentos similares aos de
Canguilhem.
• Saúde caráter privado, pessoal e radicalmente subjetivo,
e não poderia ser reduzido a um objeto da ciência.
• “A saúde é inapelavelmente totalizante porque seu
conceito indica diretamente integridade ou totalidade.”
• Contribuiu para um avanço na formulação alternativa de
saúde como ciência.
• Saúde tinha relação com a genética, história de vida e
relação do indivíduo com o meio
• Definição de saúde como subjetiva não impedia seu estudo
como objeto cientifico e assim surgiu uma visão de saúde
pública (científica) como complemento da saúde individual
(subjetiva).
• Saúde científica:
• Saúde subjetiva:
A partir do século XIX, com a evolução cientifica e tecnológica,
cada vez mais era possível o estudo da saúde através da
utilização de métodos de pesquisa experimentais e também do
desenvolvimento de disciplinas especificas, exemplo a fisiologia
e a imunologia.
Linhas de pensamentos:
➜ Hipócrates: saúde associada a um estado de equilíbrio
enquanto a doença, um estado de descompensação.
➜ Claude Bernard: através da medicina experimental na área
de fisiologia sistêmica confirmou o pensamento de Hipócrates.
• Através do estudo das bases moleculares, relacionou o
equilíbrio com a homeostase, mecanismo de estabilidade
utilizado pelo corpo humano para desenvolvimento de
funções fisiológicas.
➜ Darwin: evolução para compreender doenças infecciosas.
• Infecção era um acidente na competição entre duas
espécies, marcada pela enfermidade grave e até mesmo
mortal, porém evoluiria para um estado mais ameno devido
à adaptação natural entre dois organismos após um
período longo de tempo.
• Explica conceitos de relações de parasitismo, oportunismo
e comensalismo, são aplicados na compreensão de saúde
na medicina moderna.
➜ Paim e Filho: classificam as definições de saúde sob
contexto de fenômeno natural em quatro classes:
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• Doença como excesso ou falta: estabelece o estado de
“não saúde” devemos nos basear na exacerbação ou
redução das funções normais.
o Ex.: doença de diabetes, seu diagnóstico e
terapêutica baseia-se no aumento ou diminuição da
concentração de glicose no sangue. Sob condições
normais, um individuo deveria manter uma
quantidade ideal de glicose no sangue, através de
funções fisiológicas, para garantir o funcionamento
de todos os outros sistemas interligados.
o O indivíduo desenvolve alterações que impossibilita o
controle dessa concentração, de forma que a glicose
ocorrera em excesso (hiperglicemia) ou falta
(hipoglicemia) caracterizando um estado de
desequilíbrio.
o A cura da doença para estabelecer um estado de
saúde é dependente do reequilíbrio dos processos
metabólicos e sistêmicos, buscando a concentração
ideal de glicose plasmática.
• Saúde como funcionalidade: saúde associada à
normalidade e doença associada a patologia.
o Funcionalidade: funcionamento normal do organismo
de forma eficiente para culminar em um estado
normal, saudável.
o Patologia: ineficiência da função normal.
• Saúde como ausência de doença: saúde individual é
definida como uma capacidade ótima de desempenhar
funções sociais devido à ausência de doença.
• Saúde como processo: modelos que tentam esquematizar
as inter-relações dinâmicas entre determinantes sociais e
características intrínsecas do indivíduo.
o Saúde é o que representa de forma mais completa a
realidade da saúde coletiva.
Evolução dos processos patológicos em dois períodos:
➜ Pré-patogênico: antes do período patogênese, sujeito está
exposto a vários elementos que são determinantes para a
instalação de doença.
• Estágio de preparação para a doença, em que o individuo
se encontra não assintomático e não doente.
• Elementos: agente, suscetibilidade e ambiente, que
interagem entre si promovendo um estimulo ao indivíduo,
que culminara na doença.
o Agente: animal, parasita, bactéria ou toxina
produzida por eles.
o Suscetibilidade: disposição especial para sentir,
influenciar e contrair enfermidades.
▪ Ex.: pessoa idosa naturalmente apresenta
problemas de imunidade, sendo mais suscetível
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a desenvolver uma gripe grave após contato
com o agente causador (vírus).
o Meio: fatores relacionados ao território geográfico e
ainda fatores sociais, políticos, culturais e
econômicos que podem afetar diretamente ou
indiretamente na suscetibilidade individual.
➜ Periodo patogênese: se inicia com as primeiras ações que
os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado. Seguem-
se as perturbações bioquímicas em nível celular, continuam
com as perturbações na forma e na função, evoluindo para
defeitos permanentes, cronicidade, morte ou cura.
• Ambos se relacionam e se complementam.
Ao fim do período da doença temos: recuperação ou cura,
defeito ou invalidez (sequela) ou morte.
Níveis de aplicação das medidas preventivas
➜ Atenção primária em Saúde (APS): evitar o desenvolvimento
de doenças, encontra-se logo no início pareado ao estado de
pré-patogênese, quando o indivíduo ainda não adoeceu.
• Porta de entrada do sistema de saúde, eficaz para
combater problemas de forma preventiva.
• Atenção de baixa complexidade.
• A administração do sistema de redes deve partir da APS,
com o objetivo de lidar com os problemas em estágios
iniciais.
• Promoção da saúde: desenvolvimento de práticas que
incentivem a saúde de forma geral, através do incentivo
de uma alimentação saudável e prática de exercícios
físicos por exemplo.
• Promoção especifica: medidas direcionadas a um problema
em particular.
o Ex.: pessoa idosa que ao ter sido exposta a um vírus
poderia desenvolver um caso sério de gripe, para
evitar isso podemos incentivar os idosos a utilizarem
mascara quando forem ficar expostos a ambientes
com aglomeração de pessoas.
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➜ Atenção secundária: individuo já contraiu a doença,
devemos aplicar técnicas de diagnóstico e tratamento
imediato.
• Nos casos em que a doença determina algum tipo de
sequela ou invalidez, precisamos desenvolver medidas que
limitem essa incapacidade social.
• Reabilitação: busca estabelecer todas as suas
capacidades de forma mais completa possível para que ele
consiga ter qualidade de vida.
Antigas civilizações associavam o surgimento de doenças a
causas naturais e divinas enviadas por Deuses como forma de
punir o ser humano.
Os Gregos: desenvolveram um olhar mais racional e cientifico,
associavam as causas das doenças ao clima e ao ambiente
físico.
➜ Surgiu pensamento de que a doença era resultante do
desequilíbrio entre algumas funções corporais e a natureza.
➜ Médicos com olhar sanitarista e acreditavam que a saúde
residia na harmonia entre o homem e o ambiente.
➜ Fatores físicos do ambiente com forte influencia sobre o
corpo humano, defendiam a prática da higiene e de nutrição
equilibrada para manter uma vida saudável.
Romanos: principais responsáveis pelo aprimoramento de
condições sanitárias.
➜ Desenvolvimento de um sistema de suprimento de água por
aquedutos, permitindo o transporte e utilização de água a
distâncias.
➜ Epidemias da época podem ter ocorrido com menor
frequência e duração, por causa do sistema de suprimento de
água, cuidado com o destino de água de esgoto e prática de
tomar banho.
Idade Média: pensamento cultura cristã e buscava-se
combater as doenças através da religião.
➜ Povos enfrentaram muitas epidemias graves com grande
impacto na saúde pública.
➜ Peste bubônica, lepra, varíola, tuberculose entre outras.
➜ Preocupações surgiram:
• População viver mais
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• Medidas preventivas acerca da higiene, nutrição, inspeção
de alimentos, cuidados pessoais com habitação, limpeza e
sono.
• Associar a doenças com o consumo de alimentos
estragados e instituíram como medidas preventivas a
inspeção de alimentos.
➜ Assistência médica teve divisão da classe médica em
clínicos, cirurgiões e itinerantes.
➜ Construção de hospitais e instituições beneficentes para
atender grupos especiais: idosos, homens, mulheres e crianças.
Renascimento (século XIX): maior crescimento para a área da
saúde, revolução tecnológico e industrial impulsionou o estudo
sobre o corpo humano e doenças e teorias cientificas
importantes.
➜ Fisiologia e anatomia humana desenvolveu pelas técnicas
de dissecação.
➜ Estado começa a considerar o bem-estar da sociedade era
o mesmo que que bem-estar do estado.
• População saudável = maior produtividade, contribui para
o crescimento da indústria e do país.
• Estado buscou a aplicação de métodos estatísticos para
análise dos problemas de saúde.
• Principal ponto de investigação: correlacionar taxa de
nascimentos e de mortes segundo as estações de ano e
locais de moradia.
➜ Avanço nas técnicas de isolamento e manuseio de
organismos microscópicos.
➜ Louis Pasteur: descobriu que era possível alterar a
virulência dos micróbios e defender a prevenção de doenças
através da vacinação.
➜ Imunologia ganhou forças com o desenvolvimento de testes
diagnósticos e imunização ativa e passiva.
➜ Joseph Lister: associou organismos vivos e causas de
infecções e mortes cirúrgicas.
• Desinfetantes químicos começaram a ser utilizados para
esterilizar os ambientes de cirurgias.
➜ Pessoas não doentes poderiam contribuir para o contágio
de doenças e que esse estágio poderia ocorrer através de
insetos e outros animais.
➜ Ciclos de doenças passaram a ser elucidados de forma
detalhada, permitindo impedir a evolução das doenças.
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Revolução industrial: ocorreu com grande força na Inglaterra
e causou muitos efeitos nocivos, desencadeando movimentos
de saúde pública.
➜ Fábricas e indústrias surgiram nas metrópoles e
desencadearam a migração trabalhadores.
• Condições dentro das fábricas e desenvolvimento de
centros urbanos sem planejamento trouxe novos
problemas de saúde.
• Mais pobres viviam em cortiços, amontoados e mal
ventilados, em condições precárias e miseráveis.
• Maioria das casas não tinha privada e práticas de higiene,
Estado tinha pouco interesse em tornar medidas
sanitárias.
➜ Doenças que ameaçavam o período: peste, febre amarela e
varíola (principal responsável pela alta taxa de mortalidade
infantil).
• Cólera, disenteria e febre tifoide: doenças intestinais
transmitidas através de água e alimentos contaminados.
Primeiros movimentos surgiram da exigência de melhorias das
condições de trabalho precárias e miseráveis nas minas e nas
fabricas e proteção infantil.
➜ Foram criadas associações e hospitais beneficentes.
➜ Estado começou a visualizar a necessidade da atenção à
saúde da população mais pobre, sem condição de pagar
serviços médicos e eram a mão de obra das fábricas.
Lei dos pobres (Inglaterra 1834): governo responsável por dar
assistência aos pobres.
Nova Lei dos Pobres: assistência passou a ser delimitada a
pessoas que não tivessem capacidade física de exercer o
trabalho e aos que vivessem em situações miseráveis.
➜ Edwin Chadwick propôs o uso de informações estatísticas
para relacionar a saúde às condições sociais e físicas da vida
dos pobres, para prevenir as doenças e melhorar os aspectos
econômico
➜ Cenário de desempara, imundície, pobreza e doença,
impulsada na maioria pelo interesse econômico do governo.
➜ Início da reforma sanitária, para preservar o trabalhador
essencial para o crescimento industrial.
Estudos epidemiológicos de doenças: estava em alta, relacionar
as condições de saúde com dados geográficos sobre o clima e
o modo de vida dos habitantes.
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➜ Doenças podiam ser estudadas de forma direcionada e
campanhas de saúde poderiam ser aplicadas com foco
especifico.
Início da reforma sanitário: aplicação de inquéritos
populacionais, Chadwick especificou os achados e descreveu
quais ações deveriam ser tomadas para resolver os problemas:
➜ Estabelecimento de corpos de saúde em comunidades
urbanas
➜ Nomeação de um inspetor nas cidades grandes, que fosse
responsável por exigir o cumprimento das regras sanitárias.
➜ A aprovação de um de sistema de esgoto
➜ Aprovação de um ato para regular as construções futuras
➜ Atenção especial para o sistema de abastecimento de água,
que deveria ser amplo e inspecionado.
Falta de instrumento administrativo impedia que esses
problemas fossem solucionados, necessitava de um
departamento central de saúde que organizasse o processo de
mudança.
➜ Criado o Conselho de Governo Local: supervisiona os
distritos sanitários.
➜ Ato de Saúde Pública, dividindo o país em distritos
sanitários.
➜ Associações de saúde das cidades: constituídos por um
grupo de médicos e leigos, que lutaram pela correção dos
problemas da vida urbana através do apoio público.
➜ Sistema administrativo: organizado de uma forma eficaz e
Associações formadas por sanitaristas tinham grande
influências sobre os órgãos governamentais, contribuindo com
conselhos para melhorias de saúde.
➜ Ações visando melhoria da saúde pública começaram a
acontecer com maior força, pois nos momentos anteriores,
apesar do conhecimento teórico, pouco era colocado em
prática.
➜ Reforma sanitário difundiu-se para outros locais: Europa e
América, Alemanha, França, Bélgica, Prússia, etc.
Saúde moderna: âmbito mundial sobre o fato de que o Estado
deve ser responsável pela saúde pública, com participação da
comunidade e seguindo regras principais.
➜ Organização do Estado em departamentos e conselhos
nacionais de saúde pública, para garantir a eficiência na
conciliação de recursos.
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➜ Suporta-se no planejamento de ações de saúde baseados
em estudos epidemiológicos.
Organização Mundial da Saúde (1948): iniciativa da
Organização das Nações Unidas (ONU).
➜ Objetivo: promover acesso universal à saúde, considerando
o bem estar físico, mental e social do indivíduo.
➜ Ações de saúde voltadas para melhorias de saneamento,
área familiar, capacitação de profissionais da área da saúde,
fortalecimento dos serviços médicos e na luta contra doenças.
Acontecimentos semelhantes na cronologia histórica as saúdes
coletivas no mundo.
Proclamação da República: despertou o capitalismo no Brasil,
decisões politicas fortemente influenciadas por pessoas de
classe alta envolvidas na economia.
➜ Medicina tinha um olhar sanitarista
➜ Epidemiologia era utilizada para examinar o ambiente físico
e social da população urbana
➜ Epidemias: varíola, febre amarela, peste bubônica, febre
tifoide e cólera.
➜ Governo tentava promover medidas de higiene pública
intermediadas por médicos sanitaristas.
Oswaldo Cruz: médico sanitarista, bacteriologista e
epidemiologista, uma das figuras mais importantes desse
período.
Centros de pesquisa começam a surgir com maior força para
dar suporte ao serviço sanitário.
➜ Foco Rio de Janeiro e São Paulo.
➜ Restante do país enfrentava escassez de recursos e de
atenção do governo.
➜ Homem do campo vivia sob condições precárias de atenção.
Políticas de saúde e sociais: preocupação com a mão de obra
iniciou com em projetos voltados à saúde, educação,
alimentação, habilitação e trabalho.
➜ Investimento em água tratada e esgotos ocorreram de
forma lenta e gradual nos centros urbanos.
Revolução Industrial: determinante para o início da reforma
sanitária.
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Desigualdade social muito evidente, os mais pobres viviam em
condições precárias de moradia e de higiene.
➜ Chegada dos imigrantes incentivados pelo trabalho
agravou essas condições, surgindo cortiços e favelas marcadas
pelo aumento das doenças infecciosas.
Governo De Vargas: criação do Ministério da Educação e da
Saúde Pública (MESP)
➜ Ações voltadas à centralização política-administrativas,
médicos foram quase totalmente excluídos das decisões
sanitárias, que ficaram na mão de políticos e burocratas.
Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAPs): surgiu da
preocupação com a classe trabalhadora surgiu baseado na
necessidade de o governo obter apoio social.
➜ Forneciam serviços de assistência medica e seguridade
social dos funcionários e seus dependentes, em troca de
contribuições mensais.
➜ Seguro social vigente nesse período assegurava os
seguintes benefícios: aposentadoria, pensão e alguns outros
serviços como assistência médica e hospitalar e socorros
farmacêuticos.
Nova constituição (1934): ofereceu direito aos trabalhadores,
assistência médica, licença remunerada à gestante e a jornada
de trabalho de 8 horas.
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): instituiu salário
mínimo, indenização aos acidentados, tratamento médico aos
doentes, férias remuneradas, entre outros benefícios à classe
remunerada.
Medidas de educação em saúde: ações da MESP baseada na
preocupação com os hábitos de higiene da população.
➜ Campanhas de educação popular foram feitas através da
divulgação de informações pelo rádio, panfletos, cartazes e
enfermeiras sanitárias, percorriam bairros ensinando sobre
higiene.
Principais doenças: doença de Chagas, tuberculose, doenças
gastrointestinais, hanseníase e doenças sexualmente
transmissíveis.
➜ Endemias, ações de saúde não eram direcionadas a elas.
Governo de Eurico Gaspar Dutra: responsável por lidar com as
exigências por atendimentos à saúde dos trabalhadores, que
representavam grande parcela da população urbana
assalariada.
➜ Exigiam atendimento à saúde, forçando a Previdência a
prestar serviços médicos e hospitalares aos segurados.
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➜ Aumento da demanda de atendimento médico, diminuição
da qualidade do serviço de saúde e os hospitais não davam
mais conta de acomodar a população, que muitas vezes ficava
sem atendimento ou recebia atendimento de má qualidade.
➜ Setor privado passou a pressionar o governo para
incentivar o desenvolvimento da assistência médica privada
através do financiamento por empréstimos federais e
formaram-se redes de hospitais privados que atenuam os
doentes que podiam pagar.
Ministério da Saúde (MS) (1953): falta de verba e à situação
política no período, MS atuou de maneira pouco eficiente nos
primeiros anos.
➜ Índices de mortalidade estavam altos comparados aos
outros países e a expectativa de vida dos brasileiros baixíssima.
➜ Alta taxa de mortalidade infantil exigiu atenção do MS em
1956, voltando a atenção as crianças.
• Medidas tomadas foram o aumento de serviços de higiene
e postos de puericultura, que tinham o objetivo de
acompanhar e vacinar as crianças, além de oferecer
assistência as mães.
• Crianças continuavam morrendo por doenças intestinais
associadas ao consumo de água poluída, não existia
sistemas de tratamento e distribuição de água e coleta de
esgoto nas regiões mais pobres.
• Público com maior atenção foram mães e crianças.
Regime Militar: governo focou seus investimentos nos
ministérios militares, de transporte, indústria e comercio.
➜ Ministérios de saúde, educação e agricultura recebiam
pouca atenção.
➜ Principais doenças: dengue, cólera, tuberculose, doença de
chagas e meningite.
➜ Instituto Nacional de Previdência Social (INPS): realizou
convênios com hospitais particulares para que estes passassem
a atender a classe trabalhadoras.
• Convenio apresentou problemas porque o governo pagava
muito pouco pelos serviços médicos, além de atrasar a
transferência de recursos.
• Surgiram fraudes envolvendo serviços médicos, na
tentativa de receber o pagamento do governo, isso
contribuiu para a deterioração da assistência médica
prestada aos trabalhadores.
➜ Medicina de grupo: marcou o início das companhas de
seguro-saúde.
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• Empresas incentivadas pelo desejo de diminuir o número
de trabalhadores afastados por motivo de doença
firmaram com contratos com grupos médicos.
• Prestavam assistência médica diretamente aos
funcionários, recebendo subsídios do governo.
➜ Movimentos de Reforma Sanitária: Algumas propostas de
Medicina Comunitária e de Atenção Primaria à Saúde (APS)
ajudaram a estabelecer que o oferecimento de serviços de
saúde desse ser tratado de forma institucionalizada e não
como caridade.
➜ Plano CONASP (Plano de Reorientação da Assistência à
Saúde no âmbito da Previdência Social) e implantação dos AIS
(Ações Integradas de Saúde)
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Volta da democracia: aumento de faculdade de medicina
básico e criação de centros de saúde nas comunidades mais
carentes.
➜ Constituição de 1988: consolidou todas as mudanças e
completar o movimento de Reforma Sanitária, determinado que
a assistência à saúde fosse oferecida pelo Estado de forma
pública sem a participação de empresas particulares, através
do Sistema Único de Saúde (SUS)
➜ Estado não deixa de ser responsável pela saúde da
população atendida pelo serviço de assistência seja prestado
pelo setor privado.

• Sistema de assistência à saúde passou a destinar recursos

financeiros às prefeituras municipais, facilitando a
organização da assistência à saúde advinda do Estado.

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