1) As principais obras e atores que trataram dos referidos temas foram: Direito Público e

Análise da Constituição do Poder Moderador escrita por Pimenta Bueno; Ensaio sobre o
Direito Administrativo, de Paulino José Soares de Sousa (Visconde do Uruguai); Da
Natureza e Limites do Poder Moderador, autoria de Zacarias de Goés e Vasconcelos; e
por fim Do Poder Moderador, de Braz Florentino Henrique de Souza.

As posições ideológicas dos referidos autores no cenário pós independência, surgem

para propor uma descentralização política e a discutir a legitimidade do poder
moderador e, iniciar a degradação do império. Assim a descentralização desestabilizaria
e reduziria o poder do império, dessa forma com pouco poder de coibir e interferir nas
decisões tomadas fora do poder moderador. Já as ideias sobre a abolição da escravatura
estavam presentes e incomodavam o império e, causava de certo modo o
enfraquecimento do monarca.

2) ISEB foi acusado de pré-científico por ter uma visão retrógrada e burocrática, e que
ainda não fazia uso de técnicas modernas para a investigação social. Já o pensamento
sociológico da USP caminha para as atividades científico-social e, também, já entendem
que o pensamento político brasileiro é relevante e deve ser estudado porque tem temas
fundamentais que necessitam ser compreendidos.

3) Não é natural que ocorra qualquer ordem social e, sim, ela é resultante de uma ação
política coordenada. Se uma certa parcela privada do povo deseja constituir uma ordem
ideológica que se sustente, tem que antes, constituir-se de poder para que possa
instaurá-la e mantê-la para que se legitime.

4) Análise das doutrinas políticas, da estratégia política e da eficácia das doutrinas

políticas (reflexão política).

5) O fetichismo institucional dos liberais: Os liberais renegavam a centralização

imperial e reivindicavam outra forma de administrar o Brasil. Fazendo um jogo de
forças políticas para impor suas instituições automatizadas politicamente ajustadas a sua
ordem liberal. A ordem existente era a escravocrata e, os liberais queriam que essa
ordem fossem sujeitas as suas vontades. O argumento antropológico dos integralistas:
Os integralistas partiam de várias linhas de pensamento. Particularidades políticas
presentes foram suficientes para garantir a ordem burguesa europeia. O Brasil possui
peculiaridades que se encarregam para se formalizar a expansão da sociedade burguesa.
Dentro desse contexto os integralistas também compartilham de umas dessas
particularidade para acessão burguesa, ao fetichismo institucional. A política de ocasião
“dos conservadores” Os conservadores tinham como estratégia aproveitar as
oportunidades ocasionais que surgiam. Lutando politicamente, portanto, criavam
condições para que a ordem burguesa continuasse com seu funcionamento.

6) Segundo Wanderley, a práxis liberal é a afirmação que a Política deve ser organizada
a partir das ideias liberais. Todas essas ideias são traduzidas em comportamentos como
guias estratégias para as ações políticas.

7) Os movimentos das demais elites sul-americanas queriam mudar a posição e seus

países no sistema internacional. Sabiam o que não queriam e romperam ligações com a
parte colonizadora. Seguiram estratégias de independência política liberais.
Reivindicavam liberdade da Espanha. Aboliram a escravidão e constituíram Repúblicas
e boas constituições políticas através de muitos movimentos revolucionários. O Brasil
observava o desenrolar com muito cuidado o processo de fragmentação das demais
colônias sul-americanas, pois não estava apenas querendo ser o libertador de uma
colônia, queria ser o edificador de um Estado e de uma Nação. Mas, o País tem
problema de autonomia política e, desse modo se transformando num problema sobre a
governabilidade, então, procura-se estratégias liberais para uma independência.

8) Três questões são postas pelas elites liberais a nível de Brasil desde sua fundação
política: a) Onde se encontrava a fonte do poder legítimo? b) Quem estava qualificado
para representar e ser representado, isto é, qual deveria ser o escopo da comunidade
política? c) Para que serve o governo e o Estado, afinal? Qual é a finalidade dos
governos legítimos? Que metas deveriam perseguir e através de que meios?

9) Os liberais não postulavam pelo fim da monarquia, queria impor ao império uma
postura liberal, lutavam pela abolição da escravatura, sem uma postura de uma possível
república. Já os republicanos exigiam o fim do sistema imperial, ampla descentralização
política, a mudança na legitimidade de uma base de governo, colocando o poder na
sociedade, mas sem sequer fazer menção a abolição da escravatura.