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BOLETIM 010/2018

DIFERENÇAS ENTRE AS TRANSMISSÕES CVT JF011-E


MAIS ANTIGAS E A NOVA CVT JF015-E

TRANSMISSÃO: JATCO CVT JF015-E

A empresa JATCO (Japan Automatic Transmission Company) tem construido transmissões CVT
desde o começo dos anos 1990. A lista de fabricantes e modelos através do mundo que utilizam
transmissões JATCO CVT encheriam pelos menos 4 páginas de revista. Vamos considerar neste
artigo somente a transmissão utilizada pela NISSAN em seus veículos, visto que são muito
utilizadas em nosso país.

A transmissão RE0F06-A é uma das mais novas CVT e com projeto mais avançado, com uma
relação de 5,5:1. Ela primeiro apareceu nos veículos NISSAN começando em 1991 em alguns
países. O último projeto – RE0F11-A – é o modelo menor, e utilizadas em veículos de pequeno
porte.

Muitas transmissões JATCO CVTs são similares em seu projeto, com diferenças de tamanho e
alguns componentes internos. Costumamos chamar a transmissão RE0F11-A de câmbio NISSAN
“POWER GLIDE”, porque ela possui um conjunto Ravigneaux adicional, fornecendo uma relação
dupla de marchas, e capacidade de relações de até 7,5:1, utilizando duas embreagens à frente,
um freio de Baixa, uma embreagem de Alta, e um freio de Ré.

Ela normalmente muda de baixa para alta ao redor de 43 km/h na posição “Drive”, durante o
inicio de movimentação do veículo e após sair da posição parada. JATCO se refere à esta nova
configuração de embreagem e planetária adicional como “TRANSMISSÃO AUXILIAR” (figura 1).
A designação da JATCO é JF015-E (plataform CVT 7); também chamada de CVT XTronic.

1 | Técnico responsável: Carlos Napoletano Neto contato@apttabrasil.com.br


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Existe também uma transmissão CVT7 JF020-E feito para veículos pequenos, com transmissão
auxiliar (POWER GLIDE) assim como a JF015-E. Esta transmissão CVT7 aplica a embreagem
do conversor de torque ao redor de 20 km/h, e na maioria das vezes é confundida com uma
marcha aplicada.

Por agora, outros CVTs JATCO possuem somente uma embreagem à frente e um só freio de Ré,
incluindo novos modelos, tais como a JF016/17-E. Estes modelos são chamados de RE0F10-
D/E/H/J nas aplicações da NISSAN.

Pelas ultimas informações, a CVT8 é similar à plataforma RE0F10-A/B (JF011-E, figura 2). Isto
inclui modelos híbridos, tais como as JG018/19-E. Estes veículos logo estarão rodando em
nosso país, de acordo com as últimas tendências.

Figura 2

As maiores alterações com as transmissões modelo RE0F10-D/E/H/J são que o controlador


de relação de marchas (motor de passo) foi eliminado e possuem uma relação mais ampla de
marcha de 7:1, quando comparadas às transmissões RE0F10-A/B, que possuem somente uma
relação de 6,1:1. Outras alterações são a utilização de uma corrente ao invés de uma correia em
alguns veículos com motores maiores, tal como a RE0F10-E/H/J e modelos híbridos JF018/19E.

Ao longo do tempo, estas transmissões CVTs tem ido de grandes e pesadas com uma relação
bem baixa de marchas até transmissões pequenas e com uma relação mais alta de marchas,
para economizar espaço nos veículos mais recentes, e mais eficientes em matéria de gasto de
combustível.

Uma coisa que é completamente diferente sobre este projeto mais recente da plataforma CVT7
– chamada de RE0F11-A (JF015-E) ou FICJB na MITSUBISHI – é que os conjuntos das polias, ou
variadores, estão localizadoa acima da área da carcaça que retém o fluido (figura 3). Isto é para
fornecer menos arrasto de atrito e ajudar a evitar aeração do fluido.

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Figura 3

No projeto da CVT JATCO mais antigo, tal como a transmissão RE0F10/09/08-A, as polias
estão mais em baixo, na área da carcaça que retém o fluido. Mesmo em modelos mais novos
RE0F10D/E/H/J, as polias estão localizadas mais embaixo.

Existem diferenças significativas na maneira como a eletrônica trabalha nos diversos modelos,
assunto que será tratado em matérias a serem publicadas mais à frente. Vamos considerar como
é construida a transmissão auxiliar, e entender como a transmissão auxiliar trabalha.

As embreagens estão localizadas sobre a polia secundária; em outros modelos JATCO elas estão
localizadas sobre a polia primária. Com a seção dianteira da carcaça removida, podemos ver
os conjuntos de embreagens (figuras 4 e 5).

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O diagrama da figura 6 mostra a disposição dos componentes e com a transmissão autxiliar


trabalha: Desde a saída do veículo a partir da imobilidade até cerca de 20 km/h, a engrenagem
solar de Baixa é mantida travada pelo freio de Baixa à uma relação de 4:1.

A embreagem de Alta recebe fluido entre os anéis de vedação, acima e abaixo da engrenagem
de estacionamento/pinhão, que é ligada por estrias ao tambor da embreagem de Alta.

O tambor da embreagem de Alta é ligado ao conjunto planetário Ravigneaux, que por sua vez
é movido pela polia secundária. Em marcha Alta, a relação pode ser tão alta quanto 0,55:1.

Em marcha à Ré, o freio da Ré trava o tambor da embreagem de alta com a engrenagem anelar
instalada no topo do tambor, è uma relação de 1,7:1.

Figura 6

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Assim, temos a transmissão POWER GLIDE JATCO CVT. Mesmo que não possamos sentir as
mudanças de relação de marcha quando em Drive, podemos sentir a mudança (degrau) durante
as mudanças manuais no modo Esportivo de alguns modelos.

Mais à frente, continuaremos com este assunto técnico. Até lá !!!

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