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Copyright © 2021 MARCIA CANDIDO

Capa: Marcia Candido


Revisão: Marcia Candido
Diagramação: Marcia Candido
Autor: Marcia Candido
Edição: 1 ⁰ Edição

Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e


acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer
semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
Esta obra segue as regras da Nova Ortografia da Língua Portuguesa.

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É proibido o armazenamento e/ou a reprodução de qualquer parte


dessa obra, através de quaisquer meios (tangível ou intangível) sem o
consentimento escrito da autora. A violação dos direitos autorais é crime
estabelecido na lei nº. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
2018.

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Meu amores, antes de começarem a leitura, gostaria de falar um
pouco do livro A Bonequinha da Máfia, esse livro está sendo algo
inesperado até para mim mesma, estou saindo dos romances clichês para
escrever algo novo, estou saindo da minha zona de conforto daquilo que já
estou acostumada, pois como muitos já perceberam, sou muito romântica e
os meus livros sempre tem finais felizes, sempre é tudo muito dentro do
romance, então decidi explorar um pouco mais esse meu desejo de fazer
algo diferente.
Não entendo muito de máfia mas mesmo assim resolvi me arriscar, e
estou levando em conta tudo que já li em alguns poucos livros de mafiosos
aqui na plataforma, vou me esforçar para fazer algo bacana e espero que
gostem, por mais que não seja algo como vocês já estão acostumados a
lerem por aí, kkk...
Bom, estou adorando escrever esse livro e até o final dele, espero
atender as expectativas de todos... Bjs! Então vamos nessa e tenham todos
uma boa leitura.
Michael D'ávila é o famoso chefe de um cartel muito respeitado na
Itália, Nuestro Poder. Um dos homens mais ricos do mundo, o seu poder é
inigualável e todos o temem como o rei da máfia, o soberano, um homem
muitíssimo poderoso no mundo do crime.
Michael D'ávila está envolvido em muitos negócios ilícitos, entre
eles as suas inúmeras boates de prostituição, venda e distribuição de drogas,
além das empresas usadas para lavagem de dinheiro, empresas de fachadas.
Michael D'ávila não teme a ninguém, nem mesmo a si próprio e
muito menos aos seus inimigos.
O poderoso e soberano Michael D'ávila adora se divertir, e entre as
suas boates com prostitutas com nomes de pedras preciosas, ele se
surpreenderá com a jóia mais bela entre todas, Safira, a mais nova dançaria
de sua boate despertará desejos, fúria e a compaixão do inabalável e
poderoso Michael D'ávila.
Brenda, conhecida como Safira na boate Top Night, não abaixar a
cabeça para o chefe poderoso, isso fará dela uma mulher forte, uma mulher
capaz de dominar a fúria do criminoso mais temido no mundo do crime,
conquistando não só a sua confiança mas também o seu poder ao se tornar a
bonequinha do mafioso.
Obrigada a todos os meus leitores do Wattpad, pela ótima aceitação
desse livro, vocês são demais, dedico esse livro a todos vocês com muito
carinho. Um grande beijo a todos!
Só há um caminho para a felicidade. Não nos preocuparmos com
coisas que ultrapassam o poder da nossa vontade.

Epicuro
— Ricardo! Me mande a garota de sempre, eu preciso dela, para
agora! — Peço impaciente.
— Desculpa, Sr. Michael, mas a garota de sempre não veio hoje, ela
está hospitalizada por causa do último cliente de ontem, o cara era muito
agressivo e quase matou a garota... Mas temos uma novata que chegou
ontem e ela foi muito elogiada pelos clientes, acho que o senhor pode
gostar dela, ela é bastante experiente. — Suspiro frustrado por não
conseguir o que eu quero.
— Tudo bem, já que Esmeralda está indisponível, pode mandar a
novata, espero que não me decepcione... Me mande os dados que você tiver
do cliente que agrediu Esmeralda, eu resolvo isso. — Concordo me dando
por vencido.
— Como quiser, senhor... E para quando vai querer a novata? Por
quanto tempo?
— Para hoje ainda! Quero ela por três dias... Vou viajar para fora
da cidade a trabalho, preciso de uma acompanhante e você já sabe do que
eu gosto... Espero não me decepcionar, ouviu? Fico aguardando. — Aviso
antes de encerrar a ligação.
Saio do meu escritório e vejo o meu soldado pessoal andando pela
sala.
— Charles! Preciso que resolva um problema para mim... Vá até a
boate Top Night, Ricardo vai te passar algumas informações e quero o
serviço resolvido ainda hoje, eu fui claro? — Me aproximo dele com um
olhar sério.
— Sim, chefe! Agora mesmo...! Mas antes eu preciso avisar que o
carregamento que esperávamos, acabou de chegar, o nosso pessoal já está
fiscalizando tudo. — Concorda antes de sair para cumprir as minhas ordens,
mas volta na minha direção para avisar sobre a mercadoria.
— Perfeito! Eu vou passar para conferir antes de seguir viagem...
Agora faça o que mandei e me mantenha informado quando tudo estiver
resolvido. — Ordeno mais uma vez antes de ir para as escadas.
Sigo para ao meu quarto e tomo um banho bem demorado para
relaxar o corpo, andei o dia todo para fiscalizar os meus negócios, agora
tudo que quero é um bom descanso e uma boa foda, mas como conseguir
isso se Esmeralda está hospitalizada? Eu devia matar eu mesmo aquele
infeliz por maltratar a minha garota preferida, mas tenho os meus homens
para resolver isso por mim então vou descansar um pouco antes da viagem.
Tenho dois clientes para visitar e gosto de tratar de negócios eu mesmo, e
pessoalmente para não haver problemas.
Depois de meia hora no banho eu saio e me arrumo ao invés de
descansar, não tem jeito, eu já me acostumei a ficar de um lado para o outro
e não consigo parar quieto em casa, o cansaço me alimenta e assim eu não
relaxo nos meus compromissos.
Decido ir ver como anda a fiscalização do carregamento que chegou
hoje, preciso ter certeza de que tudo está como tem que estar, assim não me
aborreço com ligações impertinentes.
Saio de casa com o motorista e sigo para o armazém onde as drogas
são recebidas antes da distribuição para vendas, já temos clientes fixos que
compram conosco semanalmente, esses tem as mercadorias separadas e
enviadas mediante os pagamentos, e a venda e recebimento dos valores
acontecem pontualmente.

Chego no armazém e sou recebido com todas as honras, sou tratado


como um rei e não esperava menos dos meus soldados.
— Seja bem-vindo chefe! Estávamos apenas aguardando pela sua
chegada, o carregamento inteiro está em ordem e já separamos os pedidos
da semana. — Joaquim me acompanha armazém adentro me mostrando a
prancheta com as suas anotações.
— Perfeito, Joaquim! Vamos ver a mercadoria, quero ter certeza de
que a qualidade é a mesma de sempre, do contrário devolva imediatamente.
— Sigo para o escritório onde já tem uma pequena amostra do produto
sobre a mesa.
Experimento os produtos e realmente não me decepcionei, está tudo
em ordem, tanto a cocaína quanto o haxixe.
— Perfeito meu irmão! Despacha as encomendas e volta para
empresa, eu preciso viajar ainda hoje mas te ligo quando as vendas das
cargas forem oficializadas, você vai se encarregar de enviar a encomenda
para esse novo cliente, mas eu te ligo antes. — Me sento na minha cadeira
analisando as anotações de Joaquim.
Conversamos um pouco mais antes de sairmos e eu estou muito
satisfeito com a dedicação de meu irmão, somos irmãos mas dentro dos
negócios somos apenas chefe e empregado, e ele entende isso
perfeitamente.
Depois de uma breve conversa eu saio antes de Joaquim, ele ainda
precisa inspecionar a saída das mercadorias então me adianto. Saio do
armazém e decido passar na minha boate para conhecer de uma vez a
novata que irá me acompanhar na viagem, e espero realmente que ela seja
boa, ou Ricardo pagará pela minha perda de tempo.
Já faz três meses que não vou a boate, quando quero saber como
andam as coisas por lá, é Ricardo que vem até a mim para prestar conta de
tudo, é ele quem manda as garotas até a mim quando solicito a companhia
de alguma delas, mas nos últimos meses Esmeralda tem sido a minha
preferida, ela é a melhor da casa e só não a deixo como minha exclusiva
porque não quero ninguém pegando no meu pé.
Não vou negar, gosto de uma bela mulher ao meu lado na cama
quando quero me aliviar, mas não suporto mulheres insistentes, isso me tira
a paciente com facilidade, mas não é apenas com as mulheres que sou
assim, qualquer um que me irritar terá o seu castigo.

Chego na boate e entro indo direto para o meu escritório, a casa está
cheia pois aqui o atendimento é 24hs por dia. Encontro Ricardo no meio do
meu trajeto e ele faz sinal para uma das meninas no palco seminua, uma
bela morena de seios fartos e um olhar atrevido, vamos ver se ela é tão
gostosa o quanto é bonita.
Entramos no escritório e a garota entra logo atrás.
— Boa tarde chefe! Essa é a Diamante, ela é a novata de quem falei.
— Ricardo se aproxima com a garota ao seu lado e eu a admiro de cima
abaixo.
— É um imenso prazer conhecê-lo, Sr. D'ávila. — A garota se
aproxima sorridente e se senta na ponta da mesa erguendo mais o pedaço de
pano que ela usa como saia.
Encaro a sua calcinha transparente e consigo ver a sua boceta
lisinha, a encaro novamente e encaro Ricardo.
— Nos deixe a sós, Ricardo! E não quero ser interrompido. —
Ordeno em um tom firme e rapidamente ele me obedece.
Encaro a mulher sentada na minha mesa e ela está ofegante, giro a
cadeira me afastando da mesa e encaro atento a mulher. Apenas ergo uma
sobrancelha e ela se aproxima abrindo as minhas pernas e se ajoelha entre
elas, a morena agarra o meu cinto e o abre puxando a minha cueca para
libertar o meu pau semiereto, ela me masturba e passa a língua me
estimulando, rapidamente estou duro na boca dela com ela me chupando
feito uma esfomeada.
Seguro os seus cabelos pela nuca e forço ela a me engolir inteirinho,
ela se engasga mas não larga o meu pau, gemi sentindo as minhas veias
pulsar e o meu pau latejar na sua garganta, ela me encara com os olhos
arregalados e vejo uma lágrima rola dos seus olhos, não me importo, ela
tem que me aguentar até eu gozar.
A morena tenta se soltar mas eu não deixo, forço ela a me engolir
inteiro novamente, seguro a sua cabeça no lugar e gozo na sua garganta a
obrigando a engolir todo o meu gozo. Solta-a e ela se joga para trás caindo
de bunda no chão tossindo, vermelha feito um tomate, me encarando com
os olhos levemente arregalados e eu me divirto com o seu espanto.
Tiro o meu lenço do bolso e me limpo fechando a minha calça
novamente, enquanto ela abaixa a cabeça limpando a boca.
— Está arrependida? Se estiver não precisa me acompanhar, eu levo
outra no seu lugar, do contrário, vá arrumar as suas coisas pois partiremos
em alguns minutos. — Me levanto indo em direção a porta deixando ela ali,
sentada no chão.
Saio sem esperar a sua resposta e sigo até o bar pedindo uma dose
dupla de uísque, bebo em uma só golada e ligo para saber se o jatinho está
pronto para minha viagem. Olho para trás e vejo a garota conversando com
Ricardo enquanto ajeita os cabelos, volto a minha atenção para o bar e peço
mais uma dose de uísque, bebo todo o líquido que mais uma vez desce
queimando na garganta, me viro e vou em direção a Ricardo e a garota sai
rapidamente indo em direção ao camarim.
— E então, Ricardo? A garota vai ou terei que escolher outra? Não
sei o porquê estou sendo tão bonzinho, na verdade não estou me importando
com ela, eu queria Esmeralda, mas já que ela não está aqui terei que aturar
outra garota. — Comento me virando para o palco admirando algumas
meninas dançando.
— Ela vai sim, senhor! Ela foi pegar as coisas dela, ela não iria
perder uma oportunidade como essa. — Explica enquanto tenho a minha
atenção presa em uma loira no palco.
Ela dança tão sensual, seus movimentos são tão provocantes e
envolvente, o sorriso em seu rosto me prende nela, seus lábios são
vermelhos e carnudos e seus olhos são azuis intensos, seu corpo é perfeito,
suas coxas são bem torneadas e ela tem uma bela bunda.
— Senhor? Está me ouvindo? — Saio da minha análise com
Ricardo me chamando.
— Quem é aquela garota? De onde ela é? Ela é nova na casa? —
Pergunto curioso sem desviar os meus olhos dela, a sua beleza chamou a
minha atenção.
— Ela não é exatamente nova aqui, senhor, na verdade já faz três
meses que ela está conosco, mas ela não faz programas, ela está no grupo
das Stripers... Ela é a Safira. — Explica enquanto eu contemplo aquele anjo
dançando para todos esses homens aqui dentro.
— Então ela não faz programa...? Isso é uma pena, mas nada que
uma boa proposta não a convença. — Comento comigo mesmo ainda
admirando-a.
— Sinto muito em decepcioná-lo, senhor, mas já fizeram excelentes
propostas a ela e a mesma recusou... Ela tem namorado e não quer aceitar o
programa. — Explica me fazendo encará-lo atento com essa novidade, mas
não digo nada sobre isso.
— Bom, eu vou indo e ficarei fora por três dias, mas quero que me
mantenha informado sobre tudo... Envia a garota para o hangar, eu vou dar
uma passada rápida em casa para pegar alguns documentos... Continue
mantendo tudo em ordem! — Saio em seguida e sigo para ao meu carro
sem olhar para trás.
Entro no mesmo e sigo para mansão D'ávila, em poucos minutos
estou entrando pelos portões da mesma e paro na porta principal, entro em
casa indo direto para o escritório mas a empregada vem me avisar que a
minha bagagem já está sendo posta no carro.
Pego os documentos que preciso e ponho na minha pasta, saio
novamente de casa e passo algumas instruções aos meus seguranças antes
de entrar no carro, seguindo para ao meu hangar onde vou decolar.
— Eu já falei para você largar esse cara, ele não presta, Brenda!
Esse infeliz só quer te explorar e você não vê isso, nem te ver no final de
semana ele não vem porque está muito ocupado gastando o seu dinheiro
com outra! Como você pode acreditar que esse homem te ama, minha
amiga? Um homem que deixa a própria mulher se exibir em uma boate
cheia de tarados e não se importa, isso não é amor, isso é interesse na boa
vida que você dá a ele...! Deixa de ser boba e para de dar o seu dinheiro a
esse encostado, Brenda! — Isabela reclama pela milésima vez e sei que ela
tem razão.
— Eu sei Isa, você tem razão mas eu não consigo deixá-lo... Eu o
amo e não quero perdê-lo, o que eu faço...? Esse cachorro não muda e
mesmo assim me sinto presa a ele... Eu quero deixá-lo mas não consigo...
— Choro por mais uma vez Eduardo me deixar esperando por duas horas e
nem sequer ligou para dar satisfação, e nem atende aquele maldito telefone.
— O que você tem que fazer você já sabe, só basta tomar uma
atitude minha amiga... Sei que você o ama mas ele não te merece, ele é
lindo? Sim, mas beleza não é tudo, esse mal caráter estar te extorquindo, até
trabalhar em uma boate você foi só para dar boa vida a esse cretino! Era ele
quem devia estar te bancando e não o contrário...! E esse maldito ainda
bateu em você, como pode amar um homem que te agride, Brenda? —
Retruca irritada ao falar de Eduardo, não sei mais como argumentar pois ela
tem razão, o que eu sinto por Eduardo é doença e não amor e eu preciso me
livrar disso. Só não sei como.
— Falando de mim, Isabela? — Dou um pulo do sofá ao ouvir a voz
dele parado na porta.
— Amor você demorou, porque não avisou que se atrasaria...? Você
ainda quer sair? — Me aproximo dele com um largo sorriso e o coração
acelerado, como posso amar tendo esse homem se ele não me demostra o
mesmo?
— O que vocês estavam falando de mim? Essa ridícula está
enchendo a sua cabeça outra vez...? Eu vou te avisar só uma vez, Isabela!
Você não me conhece, então não se meta onde não foi chamada! Você pode
se arrepender. — Ele passa por mim encarando Isabela de um jeito que não
sei decifrar, ele parece mau, parece perverso como no dia em que me
agrediu.
— Deixa ela, Eduardo! Ela só está preocupada comigo porque você
está brincando com a minha cara, está brincando com o meu amor, eu não
aguento mais isso...! Eu estou sempre provando que te amo mas você não
consegue sequer aparecer na hora combinada para sairmos, já faz tempo
que não me demonstra um pouquinho de carinho e isso me fere. — Me
explodo com essa situação e solto tudo que estava entalado na garganta, ele
me encara com uma sobrancelha erguida e aquele mesmo sorriso cínico de
sempre.
— Não me interessa o que você acha! Não me interessa se está
gostando ou não, você é minha mulher e não vai se quer pensar em me
deixar, eu fui claro? Eu já te mostrei do que sou capaz, então não testa a
minha paciência porque eu consigo ser bem pior, você ouviu, Brenda? —
Eduardo me segura pelo queixo apertando com força enquanto me lança
aquele olhar sinistro e diabólico.
Me solto dele correndo para o meu quarto, mas quando chego na
porta sinto ele me agarrar pelos cabelos me puxando com tudo me
arremessando longe. Vou parar no chão o encarando perplexa, não
acreditando que mais uma vez ele está me agredindo.
— Alô! É da polícia? Eu quero denunciar o namorado da minha
amiga que está agredindo ela nesse exato momento, dentro da minha casa!
— Ouço a voz alterada de Isabela e Eduardo se vira para ela sacando uma
arma que estava escondida não sei onde.
— Desliga! Agora...! Ou eu mato você e depois mato a sua
amiguinha! — Ordena entre dentes e eu me levanto correndo até Isabela e
tomo o telefone da sua mão desligando o mesmo.
— Vai embora Eduardo! Se for para me agredir e me ameaçar então
não precisa voltar aqui outra vez... Eu não quero te ver mais! Eu quero que
você suma da minha vida! — Esbravejo abraçada a minha melhor amiga e o
infeliz gargalha se aproximando sorrateiramente, me deixando em pânico.
— Acho que você não ouviu bem o que eu disse... Você é minha
mulher e não vai me deixar! E se você tentar se esconder eu te acho, e te
meto uma bala no meio do peito...! Vai ser uma pena porque você é muito
gostosa, mas de mulheres gostosa o mundo está cheio. — Seu tom
autoritário faz as minhas lágrimas descerem silenciosamente não
acreditando em tudo que está acontecendo.
— Depois de dois anos juntos... Eu não acredito que fui tão cega
esse tempo todo... Você é um monstro...! Como eu pude amar por tanto
tempo um ser com você...? — Me afasto aos prantos levando Isabela
abraçada a mim.
— Eu não vou ficar jogando na sua cara que te avisei que esse cara
não prestava, mas vou pedir para ser forte, nós vamos sair dessa situação
juntas porque você não está sozinha... E você! Saia da minha casa! A
polícia deve ter rastreado a ligação e eles já devem estar chegando... Some
daqui seu desgraçado! — Isabela lança-lhe um olhar mortal e ele respira
fundo.
— Eu vou! Mas a minha mulher vem comigo! — Eduardo me
arranca dos braços de Isabela me arrastando em direção a porta.
— Me solta! Eu não vou com você a lugar algum...! Se quiser me
matar, então me mata agora! Mas eu não vou sair daqui com você! — Me
solto dele abruptamente e ele aponta a sua arma para mim trincando os
dentes de ódio.
— Ok, você fica! Mas não vai mais faltar ao trabalho na boate, eu
preciso de cada centavo do que você recebe lá e agora que já sabe como eu
sou, é bom não me desafiar, é bom não brincar comigo ou não terei piedade
de você...! E é bom reconsidera a proposta do programa, você vai ganhar
muito mais transando com aqueles otários ricos... Agora me dê um beijo!
Eu preciso ir. — Novamente ele se aproxima daquele jeito manso e me
segura pelo queixo, me beijando a força.
Ele me solta e encara Isabela antes de se virar e sair pela porta.
Corro para o meu quarto com Isabela correndo a trás de mim e pego a
primeira mala que vejo na frente, começo a juntar as minhas coisas
enquanto ela tenta me acalmar.
— Não vai adiantar você fugir dele, Brenda, esse canalha é um
bandido...! Meu Deus como não percebemos isso antes? — Isabela anda de
um lado para ao outro, nervosa enquanto eu choro em silêncio e arrumo as
minhas coisas de qualquer jeito na mala.
— Me perdoa Isa...? Eu não queria ter metido você nesse
problema... Aí meu Deus amiga, o que eu vou fazer? Ele não vai me deixar
em paz... Tenho medo dela fazer algo contra você, eu preciso ir embora
daqui, não podemos mais ficar juntas com esse maldito nós ameaçando. —
Me atiro em seus braços aos prantos e ela me aperta chorando junto
comigo.
— Você não vai me deixar aqui sozinha, eu não vou aceitar isso...!
Só temos uma a outra, Brenda, não é justo nos separamos agora. — Ela me
aperta tão forte que uma sentimos a aflição da outra.
— É a terceira vez que ele me agride, Eduardo está a cada dia mais
violento e mesmo pedindo desculpa, eu sentia que ele não iria mudar... Eu
não posso submeter você a isso, não é justo! — Me solto dela nervosa com
essa situação e volto a mexer na minha mala, mas ela segura as minhas
mãos me encarando confiante.
— Esse desgraçado vai te encontrar, amiga, não o conhecemos
como imaginávamos... Mas se você fugir eu vou com você! Eu não vou te
deixar sozinha e não quero ficar sozinha sem você... Podemos alugar um
cantinho para nós em outro lugar, longe daqui... Teremos que arranjar outro
emprego mas... — Ela limpa o rosto e se afasta pensativa, mas a
interrompo.
— Não, Isabela! Eu coloquei a gente nessa enrascada e não vou
permitir que você pague pelos meus erros... Não pagamos aluguel aqui, a
casa é sua e apenas dividimos as despesas, não vou deixar você sair da sua
casa por minha culpa... Vou ter que aturar Eduardo até conseguir me livrar
dele, talvez ele se canse de mim porque eu não pretendo dar mais um único
centavo a ele. — A encaro decidida e ao mesmo tempo pensativa.
Sei que não vai adiantar fugir daquele mal caráter, só agora estou
vendo quem ele realmente é.
— Você não pode aturar esse maldito, não pode permitir que ele
toque em você só para nos livrar dele...! Eu não vou aceitar que você faça
isso... — Contesta inquieta voltando a andar de um lado para o outro, mas
eu não tenho escolha.
— Eu prefiro morrer a permitir que aquele maldito volte a me tocar,
mas eu não posso contrariá-lo agora, eu não sei do que realmente ele é
capaz, não sei o quê ou quem ele é... Temo que ele faça algo contra você
por me defender contra ele... Eu prometo me cuidar mais, prometo jamais
me deixar cegar pelo sentimento... Eu sou uma idiota mesmo... Isa ele
apontou uma arma para nós... Meu Deus ele pode nos matar se eu não o
obedecer, e se eu fugir e ele me encontrar eu morro... — Choro mais uma
vez com raiva de mim mesma por ter confiado tanto naquele desgraçado.
— Não se sinta culpada minha amiga, poderia ser eu no seu lugar, e
eu quase me ferrei com aquele maldito do Kalebe... Eu só fui mais esperta
que você, você se envolveu de uma maneira que não sei explicar, você não
conseguia ver o que eu via... Mas enfim, agora já chega de chorar, você
precisa trabalhar para não dar motivos para aquele desgraçado te bater de
novo, mas não faça o que ele sugeriu, não vai aceitar se prostituir, você me
entendeu, Brenda...? Se você fizer isso, eu mesma mato aquele canalha!
Você não tem necessidade de fazer isso... Enquanto você estiver somente
dançando eu vou te apoiar, mas se você fizer... — Isabela me encara com
um olhar decidido mas também apreensivo.
— Não se preocupe, amiga! Nada e nem ninguém vai me obrigar a
vender o meu corpo, isso eu não farei jamais...! Me perdoar por essa
situação? Eu não imaginava passar por isso e muito menos envolver você
também. — Me sento na minha cama me sentindo derrotada, me sentindo
ferida, enganada, usada por aquele cretino.
— É claro que eu te perdoo, você é mais que uma amiga, você é
uma irmã para mim... Só temos uma a outra e sei que sempre estaremos
juntas, sempre estaremos aqui uma para a outra. — Ela se senta ao meu
lado segurando a minha mão com carinho e eu a abraço com ternura.
— É sério Isa, se eu estiver te incomodando, se você não quiser
passar por tudo isso, você está no seu direito e eu vou aceitar numa boa...
Só não quero perder a sua amizade nunca, não quero de jeito algum
prejudicar você, você sabe disso, não é? — A encaro triste e decepcionada
comigo mesmo.
— Vem comigo! Eu não vou te responder mas não com palavras, e
sim com imagens. — Ela me puxa pela mão e me arrasta de volta para sala.
Paramos em frente a uma enorme foto nossa pendurada na parede,
estamos sorrindo abraçadas, era um dia feliz para nós duas no momento
daquela foto. Choro ainda mais e puxo a minha melhor amiga para os meus
braços, sorrimos juntas e mais uma vez me desculpo.
Arrasto ela para cozinha e fomos tomar sorvete enquanto fazemos
brigadeiro, sempre fazemos isso quando estamos querendo nos animar
depois de uma decepção.
QUATRO DIAS DEPOIS...

Termino de me arrumar junto as outras garotas e nos preparamos


para a nossa apresentação. Eu, Pérola, Rubi e Cristal somos apenas Stripes,
mas pelo que percebi, algumas das meninas já estão se deixando iludir com
a vida de programa, pois o cachê é melhor, mas eu prefiro ganhar pouco do
que me deitar com qualquer um por dinheiro, isso eu não farei jamais.
— Meninas! Vamos! Já está na nossa hora, a casa está cheia e
precisamos dar o nosso melhor, como sempre. — Avisa Pérola empolgada
então saímos do camarim.
Seguimos para o palco e nos posicionamos no pole dance, fizemos
as nossas poses então a música começa. Começamos a dançar e eu me
entrego a dança para esquecer os problemas, danço com tudo de mim e
acabo me esquecendo de onde estou.
Sensualizo passando as mãos pelo meu corpo e jogo os cabelos de
um lado para o outro, me imagino dançando para uma só pessoa ao invés de
dançar para tantos homens.
Tiro o meu top sustentando apenas uma estrela rosa cobrindo os
meus mamilos, tiro também a mini saia exibindo uma calcinha minúscula,
danço como nunca dancei na minha vida, como se fosse a última vez que
estivesse aqui dançando, quando dou por mim há uma fileira de homens a
frente do palco babando e cobiçando o meu corpo de um jeito que me
assusta.
Volto para o pole dance e termino a primeira música, encaro as
meninas e elas estão surpresas com a minha atitude, eu só danço assim
praticamente nua quando estou na sala privada com um só cliente, mas me
deixei levar pela minha imaginação.
A próxima música começa mas eu saio do palco desnorteada com o
que fiz aqui. Sigo apressada pelos corredores, afim de ir para o camarim,
mas Eduardo se materializa na minha frente me deixando sem saber de
onde ele veio.
— Porque parou a dança? Você estava muito gostosa naquele pole
dance... Estou sentindo a sua falta, Brenda, você está me evitando e eu não
estou gostando disso! Você e minha mulher e eu quero você! — Eduardo
sorrir maliciosamente antes de me encarar sério, daquele jeito sombrio e
perverso.
— Eu não sou mais a sua mulher! E não vou mais me deitar com
você, seu cretino...! Prefiro me deitar com um qualquer a voltar a deixar
você me trocar... — O encaro com nojo mas ele me cala com uma bofetada
que me faz ir parar no chão.
— Então eu vou realizar o seu desejo, amorzinho! Já tenho três
clientes interessados em te comer, e acho que vai ser interessante se os três
te pegarem de uma só vez enquanto eu assisto. — Ele se abaixa na minha
frente sorrindo daquele mesmo jeito maléfico, segurando o meu queixo com
força me deixando horrorizada.
— Você não pode fazer isso comigo! Você não é o meu dono, então
eu não vou fazer isso! — Arranco a sua mão do meu rosto e ele levanta a
mão para me bater novamente, mas antes que a sua mãe chegue no meu
rosto alguém segura a sua mão.
— Se você agredir essa mulher mais uma vez! O seu ato será a sua
sentença de morte! — Avisa um homem forte segurando a sua mão com
força e o ergue abruptamente.
Acho que já o vi aqui antes conversando com os outros seguranças.
Ele é bem forte e tem cara de bandido, cara de mal.
— E quem é você para me ameaçar desse jeito? Você não me
conhece! Não sabe do que eu sou... — Eduardo Esbraveja se soltando do
homem enquanto eu me levanto cobrindo os meus seios, mas ele é
interrompido por uma voz forte e sombria que me faz arrepiar.
— Eu sei exatamente quem é você, só não sei o que você está
fazendo dentro da minha boate, agredindo uma das minhas garotas... Eu
havia aceitado o acordo de trégua da sua facção, mas pelo que vejo você
está empenhado em descumprir o tratado... O seu Capo está sabendo que
você anda em território proibido? — O homem se aproxima encarando
fixamente Eduardo e eu arregalo os olhos ao ouvir a palavra facção.
Então ele é o dono da boate? Ele também tem cara de mafioso, seu
porte de homem poderoso é evidente.
— Eu não sabia que o senhor era o dono dessa boate, a minha
mulher trabalha aqui, eu só vim vê-la e... — Edu se explica mas novamente
o homem que ignora a minha presença o interrompe.
— Então essa linda mulher é sua e você a trata assim? Ela deve ter
feito algo de muito terrível para merecer que você encoste as suas mãos
nela dessa maneira. — O homem finalmente me lança um olhar intenso, me
admirando de cima abaixo me fazendo arrepiar.
— Não sou mais mulher dele, senhor, ele está me perseguindo e não
quer me deixar em paz, está tentando me obrigar a me prostituir mas eu não
quero isso. — Sinto a minha voz trêmula mas seguro as minhas lágrimas.
— Por favor me ajude? Eu não quero mais esse homem perto de mim outra
vez. — Me joelho aos seus pés aguardando o seu sobretudo implorando por
ajuda, o homem me encara com uma expressão neutra, não sei explicar.
— Você ouviu a moça! Quero que a deixe em paz, do contrário você
saberá o quanto eu posso ser cruel com os meus inimigos... Agora saia da
minha boate! Já estou sendo bem generoso em te deixar sair daqui vivo...
Não quero voltar ver você nessa área, ou a nossa trégua termina aqui! — O
homem o alerta em um tom rude e vejo Eduardo se tremer, mesmo me
encarando com um olhar de fúria.
— Ok! Eu vou deixá-la em paz... Você tem a minha palavra, mas o
que você fez foi trairagem, Brenda! Eu não esperava isso de você... Nos
vemos por aí, princesa. — Ele sorrir de lado antes de sair e eu me levanto
atenta a direção em que foi, para ter certeza de que ele foi mesmo embora.
Me viro para o homem ao meu lado e ele tem os seus olhos presos
no meu corpo, me sinto tensa e arrepiada, me sinto nervosa e com medo.
— Obrigada por interceder por mim, senhor... Me perdoe pelo
inconveniente, com licença. — Evito encará-lo e me viro para sair, mas o
homem me segura pelo braço me fazendo parar.
— Espera! Você está bem? Está machucada? — Ele se aproxima
mais e eu recuo me afastando, esse homem é um mafioso assim como
aquele maldito do Eduardo, e eu nem sabia disso.
— Estou bem, senhor, não se preocupe... Mais uma vez obrigada,
com licença! — Saio apressada e entro no camarim.
Pego o meu hobby no meu armário e me visto, me olho no espelho e
meu rosto está vermelho com o canto da boca sangrando.
— Aquele maldito filho da mãe...! Eduardo faz parte de uma facção
criminosa e eu nunca percebi isso... Mas parece que Isa enxerga mais além
do que eu. — Converso comigo mesma pensativa.
Quando dou por mim já estou chorando, não sei se foi uma boa ideia
pedir ajuda a esse homem, pelo que entendi eles são de facções rivais e se
eles se enfrentarem outra vez, eles podem entrar em guerra.
— Safira? O que houve? Porque você saiu do palco daquele jeito...?
Oh meu Deus, você está ferida, o que aconteceu? — Cristal entra no
camarim afoita mas para quando encara o meu rosto através do espelho.
— O canalha do meu ex namorado me agrediu... De novo... Eu não
consigo me livrar daquele infeliz mas acho que agora ele vai me deixar em
paz... O Sr. D'ávila intercedeu por mim quando Eduardo estava prestes a me
agredir pela segunda vez hoje... E mais uma vez me surpreendi ao descobrir
que aquele cachorro faz parte de uma facção, eu estou com medo dele, não
sei se agi bem em enfrentá-lo na frente do Sr. D'ávila, Eduardo saiu daqui
furioso comigo, ele vai me matar, eu vi isso nos olhos dele. — Choro ainda
mais e ela me abraça. Cristal tem sido uma grande amiga para mim aqui
dentro.
— Não fica assim, Safira, se o Sr. D'ávila intercedeu por você então
você pode ficar tranquila... Aquele maldito não vai mais te atormentar. —
Me tranquiliza ainda abraçada a mim, mas não sei quando vou poder ficar
tranquila de verdade.
— Eu não tenho certeza disso, Cristal, aquele homem se revelou um
monstro muito perigoso, eu não posso confiar assim tão rapidamente, ele
apontou uma arma na minha cara para me obrigar a transar com ele ontem,
por pouco eu não morri quando me neguei a fazer o que ele queria, eu fui
salva por uma ligação que ele recebeu de repente e teve que sair às
pressas... — Conto ao me soltar dela mas sou interrompida por Ricardo
entrando no camarim.
— Safira você precisa se preparar, o chefe quer uma apresentação
sua na sala privada dele... Você está bem? Já estou sabendo do que
aconteceu, fica tranquila pois aquele bastardo não vai mais se aproximar de
você, ouviu...? Agora se arrume, o chefe quer te ver... Ele se impressionou
bastante com a sua apresentação no palco, então dê o seu melhor como
agradecimento pelo que ele fez por você hoje... Não demore! O chefe não
gosta de esperar. — Ricardo se aproxima me encarando atento, mas abre
um breve sorriso ao falar do chefe.
— Tudo bem, Ricardo, eu não vou me demorar. — Vou em direção
ao espelho novamente e refaço a minha maquiagem.
Ricardo sai pedindo a Cristal para me ajudar e realmente eu não
quero ficar sozinha, tenho medo de Eduardo voltar novamente sem que
ninguém o veja e tente me matar, já que o confrontei e ainda pedi a ajuda do
dono dessa boate, e pelo que percebi ele parece ser o dono da metade do
mundo, não tem como negar que ele é um homem muito lindo, mas a sua
pose de poderoso dentro daquele sobretudo, o seu ar de homem perigoso me
assusta, me intimida, me mete medo mesmo, mas não vou me preocupar
com isso, eu só quero seguir a minha vida sem me preocupar com aquele
infeliz do Eduardo.
Termino de me arrumar e dessa vez estou vestida em um conjunto
preto de lingerie com espartilho, cinta liga e um véu cobrindo parte do meu
rosto.
Hoje pensando melhor no meu relacionamento com Eduardo eu
entendo muita coisa, ele não era lá muito carinhoso, e também não se
preocupou por eu me exibir para outros homens em uma boate, e hoje
mencionou em assistir a três homens transando comigo, só depois de
descobrir a verdade eu tive a certeza de que estava presa a um inimigo,
alguém capaz das maiores atrocidades para conseguir o que quer, e eu como
uma tola apaixonada por ele sem desconfiar de nada.
Tiro esses pensamentos da minha cabeça e sigo até a sala privada, e
que seja o que Deus quiser.
Não tenho como negar, jamais havia visto uma mulher tão linda
como ela, a sua dança sensual, seu corpo perfeito se movendo de maneira
tentadora, eu preciso ter essa mulher na minha cama, e espero que ela não
ouse a se recusar a se entregar para mim, ela trabalha na minha boate então
tem que ser minha como as outras já foram.
Não esperava encontrar dentro da minha boate um membro de uma
facção rival, Eduardo Silvano não é um membro assíduo da sua gangue, eu
poderia ter dado um fim nele sem muitos esforços, mas um tratado de
trégua foi firmado e eu não quero ser quem vá quebrá-lo, ou todos os meus
inimigos viriam atrás de mim então preciso usar a lógica, além do mas, não
vou me arriscar por uma mulher que nem conheço, mas não posso negar
que a quero na minha cama, espero que ela seja tão gostosa o quanto é
linda.
— Com licença, senhor! Os nossos soldados estão seguindo o nosso
convidado, ele está realmente saindo da nossa área, mas pelo que ouviram
ele comentar, ele vai voltar atrás da moça fora da boate. — Charles entra no
meu escritório e suas informações não me surpreendem.
— Eu não quero ele agindo dentro do meu território, fora daqui o
que ele fizer não é problema meu... Bom, eu vou estar ocupado nas
próximas horas, não quero ser incomodado por mais que um raio caía sobre
essa boate, eu fui claro? — Me levanto da minha cadeira indo na sua
direção.
— Perfeitamente, senhor! — Concorda enquanto passo por ele.
Saio do meu escritório e sigo para minha sala particular, apenas eu
tenho acesso a ela então sei que não vão me incomodar.
Entro na sala e vejo a garota andando de um lado para o outro,
olhando tudo a sua volta pois ela, nunca havia entrado aqui, afinal, é a
primeira vez que ela estará comigo. Ela está tão distraída que nem nota a
minha presença, me aproximo sorrateiramente e só então ela se vira dando
de cara comigo atrás dela.
— Oh meu Deus... Que susto...! Não sabia que tinha o poder de se
materializar atrás das pessoas... Me desculpe senhor. — Ela ofega pelo
susto pondo a mão no peito.
Me surpreendo com o seu rosto coberto por um véu transparente,
deixando apenas os seus olhos azuis marcantes expostos para mim.
— Está desculpada... Vamos direto ao assunto, eu quero ver você
dançar... Me surpreenda, Safira! — Vou até a minha poltrona e abro o meu
blazer me sentando em seguida.
— Claro senhor! Agora mesmo. — Ela vai até o equipamento de
som e coloca uma música suave, mas muito sensual.
Ela volta até o pequeno palco e para de costas para mim, ela parece
bastante desinibida, ela gosta mesmo do que faz. Ela tira o seu hobby e
começa a mover o seu belo corpo, quando ela se vira eu contemplo a sua
beleza e o seu corpo em um magnífico conjunto de lingerie, essa mulher é
perfeita, seus movimentos me prendem, a sua beleza estonteante me faz
querer fodê-la aqui e agora sem nem mesmo esperar que ela termine a
dança.
A garota agarra o mastro do pole dance e mais uma vez dá um show
de perfeição, me levanto tirando o meu blazer e me aproximo mais do palco
para admirá-la de perto, ela está distraída como estava no palco minutos
atrás, ela desce do pole dance de costas para mim e desliza as suas mãos
pelas suas pernas empinando essa bundinha linda para mim, sinto o meu
pau latejar dentro calça ansioso para tê-la, o seguro firme o ajeitando no
lugar e posso sentir as minhas veias pulsar.
Ela se ergue jogando os cabelos e se vira sensualmente dando de
cara comigo atrás dela, admirando-a com desejo, mais uma vez Safira se
assusta e se desequilibra indo parar no chão, mas me aproximo rápido e
agarro a sua cintura trazendo essa bela mulher para os meus braços. O meu
desejo por ela só aumenta por saber que ela pertencia um membro da
gangue rival, eu vou usar e abusar dela e depois a devolvo com a maior
satisfação, afinal, foi ela quem veio até a mim.
— Me desculpa, senhor... Eu me assustei por vê-lo tão perto. —
Sinto o seu hálito quente sabor morango bater contra o meu rosto, mesmo
atrás do véu em seu rosto.
Ela ofega e sinto o seu corpo tremer, aperto a sua cintura com mais
firmeza e ela se assusta quando sente que estou excitado, Safira se solta de
mim abruptamente e posso ver o quanto está tensa, sei que ela me quer, que
ela me deseja também.
— Termine o show! Eu quero ver você sem essa lingerie, quero
sentir se é tão gostosa o quanto parece. — Me aproximo novamente dela e a
mesma se afasta me encarando assustada.
— Me desculpe senhor, mas eu não faço programa, eu apenas danço
e...
— Eu não perguntei se você não faz programa! Você trabalha dentro
da minha boate então você me pertence! Você me deve por tê-la salvado
daquele miserável, então você vai me agradecer de joelhos chupando o meu
pau, e vai fazer sem... — Puxo ela pela mão trazendo o seu corpo para ao
meu, mas ela me interrompe se soltando abruptamente.
— Eu já passei tempo demais aturando um covarde que se dizia me
amar, não vou aturar você me dando ordens e querendo se deita e comigo só
por ser dono desse lugar! — Esbraveja irritada e mesmo furioso tenho que
admitir, ela fica ainda mais linda quando está brava.
— Você vai fazer o que eu mandar e sem reclamar! Eu vou foder
você o quanto eu quiser e você não vai dar um pio, você ouviu bem? —
Agarro o seu espartilho puxando-a mais uma vez para o meu corpo. Ela
levanta a mão para mim mas seguro a sua mão antes que ela me acerte. —
Como ousa erguer a mão para mim dessa maneira? Você perdeu senso do
juízo, garota? Esse seu atrevimento em ousar me questionar, vai te custar
muito caro, e a sua afronta em erguer a mão para mim pode te custar a vida!
— Solta-a perplexo com a sua atitude e a mesma corre em direção a porta,
mas ela não consegue abrir.
Eu tranquei a porta quando entrei, então ela não sairá daqui sem a
minha permissão. Não antes de me dar o que eu quero.
— Abre essa porta! Me deixe sair daqui! Eu não vou mais trabalhar
messe lugar, eu prefiro a morte a ter que me deitar com você! Então não me
obrigue porque você não vai... — Esbraveja ainda mais irritada mas me
aproximo rapidamente agarrando o seu pescoço e coloco-a contra a porta, e
aperto o suficiente para que se cale.
— Eu não preciso de uma arma para matar você! Então não me
desobedeça! Não me questiona porque eu posso ser mais perverso do que
você possa imaginar... Eu fui claro? — Solto aos poucos a minha mão do
seu pescoço e ela apenas balança a cabeça concordando. — Ótimo! Se não
me conhece, acho bom se informar direitinho, eu não costumo ter piedade
de ninguém, então não ouse me afrontar outra vez... Estou te dando a
chance de começar de novo, então suba naquele maldito palco e tire essa
lingerie! Eu quero você nua! Agora! E não tente nenhuma gracinha pois
você não tem para onde correr. — A encaro furioso, tento a todo custo me
controlar para conseguir o que eu quero antes de mandar matá-la.
Solto o seu pescoço e me afasto dela voltando para perto do palco, a
encaro novamente e a vejo limpar o rosto antes de se aproximar
timidamente, eu diria até mesmo amedrontada, e isso me agrada. Sorrio por
dentro pois eu sempre consigo o que quero, e com essa mulher não será
diferente.
Ela sobe no palco e ergue o nariz me encarando confiante, como se
me desafiasse e isso me aborrece novamente. A encaro furioso mas ela
começa a dançar daquele mesmo jeito sensual enquanto tira a primeira peça
da sua lingerie, o espartilho. Ela continua a sua dança e tira também o sutiã
e eu acompanho de perto cada movimento seu, mais uma vez vejo aquele
adesivo rosa cobrindo o seu mamilo e a minha vontade de arrancá-lo, isso
me enlouquece, quero ver e sugar o seu biquinho e isso não vai me
atrapalhar.
Safira se aproxima de mim sorrateiramente sem parar a sua dança,
ela se vira de costas e rebola esfregando a sua bundinha empinada no meu
pau, respiro fundo e agarro os seus cabelos trazendo a sua boca até a minha,
mas quando vou tirar o seu véu ela se esquiva feito uma serpente sorrateira
se afastando de mim. Ela sorrir atrás do véu aumentando ainda mais a
minha fúria e o meu desejo, quem essa maldita pensa que é para me
desafiar? Para me afrontar dessa maneira?
Vou na sua direção feito um bicho louco para devorar a sua presa,
mas ela ergue a mão me mandando parar.
— Para! Não se aproxime...! Você pode ser dono dessa boate, pode
mandar em todo mundo aqui dentro, mas na minha dança mando eu! E eu
não terminei! — Diz em um tom autoritário e sobe novamente no palco.
Sinto a minha paciência evaporar, quero matar essa mulher abusada
mas não consigo fazer isso antes de senti-la, a minha curiosidade está me
derrotando aos poucos. Trinco o maxilar e volto calmamente para frente do
palco, a mulher ergue uma sobrancelha e volta a dançar com a sua atenção
em mim.
— Tire a calcinha! Eu estou mandando! — Ordeno em um tom
firme mas ela parece não se abalar.
— Eu não entrei nessa boate para fazer programas, e não vou
começar agora porque você está ordenando... Você pediu para eu dançar e
aqui estou, contente-se com isso pois não irá além... Você é só mais um
cliente como todos os outros então vou tratá-lo como tal! — Minha
paciência evapora e eu saco a minha arma presa na minha cintura, nas
costas.
— Já transou com uma arma apontada na sua cabeça? Não? Tem
uma primeira vez para tudo, bonequinha. — Aponto a arma na sua cabeça e
ela arregala os olhos, mas em seguida sorrir se aproximando da arma até
que a mesma se encoste na sua testa.
— Nunca transei com uma arma apontada na minha cabeça, e não
vai ser hoje que isso vai acontecer... Quer me matar então me mata! Se você
ajuda as pessoas para vê-las rendidas aos seus pés, fazendo tudo que você
ordena, eu te digo que nem morta eu vou me render a você! Se você não
tem dignidade, eu tenho! Então me mate, ou me deixe ir! — Seu tom de voz
é firme mas vejo as suas lágrimas descerem silenciosamente. Como ela
ousa me enfrentar dessa maneira?
A encaro surpreso por essa sua coragem em me desafiar, pela sua
petulância em me afrontar me dizendo o que devo ou não fazer. Jamais
conheci uma mulher tão delicada e tão forte ao mesmo tempo. A encaro
incrédulo e me afasto abaixando a minha arma, ainda estou chocado com
essa mulher, nenhum homem, nenhum chefe das gangues rivais e nem
mesmo o diabo me enfrenta dessa maneira, olhando nos meus olhos,
ninguém se dispôs a morrer somente para me contrariar, ninguém se
renderia a morte para não se render a mim. Mas ela precisa ser castigada
pela sua afronta.
— Ninguém me afronta dessa maneira e sai ileso para contar a
história, e com você não será diferente...! A partir de hoje você tem uma
dívida comigo, ninguém mandou ser tão atrevida...! Mas vou ser generoso
com você e te darei duas opções de escolha, ou você será minha, ou eu te
entregarei pessoalmente nas mãos de Eduardo Silvano, dentro do cartel Los
Guardianes, e eles faram com você muito mais do que eu estou de
ordenando... Vou te dar dez minutos para pensar, enquanto isso, se vista! —
Guardo a minha arma olhando friamente nos seus olhos.
Me afasto e vou em direção a porta tentando entender o porquê não
a matei aqui mesmo, quando estou digitando a minha senha no painel
digital sinto ela segura a minha mão. Me viro e ela tem os olhos
transbordando e eu nunca me importei com isso antes, e estou tentando não
me importar agora também.
— Por favor...? Eu nunca me deitei com ninguém sobre pressão,
nunca me deitei com ninguém por dinheiro e não quero ter que fazer isso
agora... Eu faço o que o senhor quiser para não me entregar ao Eduardo,
mas não me obrigue a me deitar com você também...? Eu não fiz nada
contra você e muito menos contra Eduardo, tudo que eu fiz foi amá-lo e ele
brincou comigo, me usou e me escondeu ser um mafioso, assim como
você... Me deixe ir embora e eu prometo que nunca mais o senhor me vera
outra vez? Por favor tenha piedade...? Eu não fiz nada contra o senhor, não
me obrigue a fazer o que eu não quero...? — Seu choro angustiante me
surpreende, vejo nos seus olhos uma tristeza tão grande que pela primeira
vez fico sem saber o que fazer.
Seguro o seu queixo olhando nos seus olhos e me aproximo mais
encarando esses lábios sedutores. Encaro novamente os seus olhos e solto-a
me afastando dela.
— Continue dançando na boate, mas toda vez que eu precisar de
uma acompanhante para as minhas viagens, fique preparada para me
acompanhar...! Espero que o nosso próximo encontro seja mais agradável
que esse, ou você não terá uma segunda chance para suplicar por
misericórdia. — Me viro digitando a minha senha e a porta de abre, saio
batendo o pé pelo corredor afim de sumir desse lugar.
Vou até o salão principal e sigo para o bar, pego uma dose de uísque
e bebo em uma só golada, deixo o copo sobre o balcão e sigo para saída da
boate, mas no caminho encontro Ricardo que me segue até a porta.
— Vai embora tão cedo, chefe...? O que achou de Safira? Ela
atendeu as suas expectativas? — Pergunta me fazendo parar para o encarar
nos olhos.
— O que achei ou deixei de achar não é da sua conta...! Ela vai
continuar dançando aqui, mas quando eu ligar pedindo uma acompanhante,
não me mande outra que seja ela, eu fui claro? — Aviso entre dentes furioso
e o vejo me encarar assustado.
— Sim senhor! Como quiser.
Não espero ele dizer mais nada e saio da boate seguindo para ao
meu carro, o motorista que estava em pé encostado no mesmo rapidamente
abre a porta para mim, eu entro sem dizer uma única palavra.
Seguimos de volta para casa e em poucos minutos estou entrando na
minha mansão, vou direto para o meu escritório e entro batendo a porta, me
sentindo irritado e incomodado, me sentindo furioso por não conseguir dar
aquela mulher desaforada o que ela merece, como ela pode me enfrentar
daquela maneira? E como eu fui capaz de sair de lar sem meter uma bala no
seu crânio? Ou pelo menos ordenar que desaparecessem com ela?
— Maldita mulher! Como ela é capaz de me despertar tanto ódio e
piedade ao mesmo tempo...? Não acredito nisso, eu devo estar alucinando!
— Arremesso um abajur na parede sentindo a fúria correr mas minhas
veias.
Como essa mulher foi capaz de se recusar a se entregar a mim? Isso
é um absurdo! Eu não vou aceitar isso! Ela vai me pagar caro por essa
maldita afronta! Limpo a minha mesa com o braço arremessando tudo no
chão, tamanha é a minha fúria, eu devia voltar lá agora mesmo e agarrá-la
pelos cabelos e fodê-la a força, não seria a primeira mulher a sofrer nas
minhas mãos!
Vou até o bar e me sirvo de uma dose tripla de uísque, me sento na
minha cadeira e a sua imagem vem na minha mente para me enfurecer
ainda mais. O que tem de linda tem atrevida, o que tem de gostosa tem de
desaforada, petulante! A sua ousadia não vai passar despercebido.
Passo um bom tempo ali pensativo, tentando entender o porquê fui
tão fraco com aquela mulher, a imagem do seu choro ao temer voltar para as
mãos de Eduardo me impressionou, mas ela não sabe o quanto posso ser
pior que ele, por isso implorou para que eu não a devolva a ele.

DOIS DIAS DEPOIS...

Amanhã terei que ir a um almoço de negócios em Dubai, há cinco


clientes novos interessados nas minhas drogas, pois todos sabem que os
meus produtos são de primeira e tenho compradores de toda parte do
mundo. Também Terei que ir a um evento na mansão do meu amigo Leon
Young, Dubai mesmo então seguirei viagem ainda hoje.
Ligo ordenando que Ricardo me mande uma acompanhante, mas eu
não quero uma mulher qualquer, eu quero ela, por mais difícil que esteja
sendo conseguir isso, eu não sou homem de desistir assim tão fácil. Eu fui
desafiado por ela e vou vencer esse desafio!
— Ricardo, preciso da Safira para hoje, é urgente por isso estou te
ligando em cima da hora... — Ele me interrompe.
— Me desculpe Sr. Michael, mas Safira não trabalha mais
conosco... Parece que ela brigou com o namorado e para agradá-lo ela
saiu da boate... — O interrompo.
— Como assim saiu da boate? Ela não tem namorado seu idiota!
Ela enganou você para fugir de mim...! Eu não aceito isso, Ricardo!
Consiga o endereço dela, eu preciso dessa mulher aqui ainda hoje, não me
interessa o que você vai fazer, encontre-a no inferno se for preciso, mas eu
quero ela aqui! — Esbravejo irritado pela petulância dessa mulher em me
desobedecer.
— Eu já fui no endereço dela, senhor, não tem ninguém na casa, ela
se mudou com a amiga e os vizinhos ninguém sabe dizer...
— NÃO ME INTERESSA! É A SUA NOVA OBRIGAÇÃO
ENCONTRAR ESSA MULHER ATREVIDA! Não me venha com desculpas
porque você não é pago para isso...! Encontrem-na! Eu quero Safira na
minha presença até o final da tarde, do contrário você pagará pela fuga
dela! Eu fui claro? — Me altero furioso por tamanha afronta dessa mulher,
quem ela pensa que é para me desafiar dessa maneira?
— Suas ordens serão atendidas agora mesmo, sobrando! Mas creio
que precisarei de ajuda ou não vou conseguir encontra hoje. — Se explica
em um tom medroso e eu respiro fundo.
— Vou mandar Charles até você, e só quero vê-los novamente
quando encontrarem o que você perdeu! — Desligo sem esperá-lo dizer
mais nada.
Largo o celular sobre a mesa e saio do escritório a procura de
Charles, encontro uma das empregadas na sala e peço que chame o meu
segurança pessoal, estarei esperando por ele no escritório.
Charles precisa sair agora mesmo para encontrar aquela maldita, não
acredito que estou tendo dor de cabeça por causa de uma mulher, nem os
meus inimigos me afrontam tanto como ela!
— Maldita seja essa mulher! Porque ela tem que ser tão teimosa?
Jamais conheci alguém com tamanha rebeldia para me contrariar! — Ando
de um lado para o outro nervoso por ter que atrasar a minha viagem por
causa dela, daquela bela e atrevida mulher.
Charles aparece e eu lhe dou ordens de encontrar Safira custe o que
custar, essa mulher não vai escapar de mim assim tão facilmente, ela vai
conhecer quem eu sou de verdade, ou não me chamo Michael D'ávila!
O meu segurança organiza uma pequena equipe de soldados e saem
em busca da nossa fugitiva, não importa onde ela esteja, mas sei que será
encontrada e dessa vez ela não terá mais como fugir de mim.

As horas vão se passando e eu vou ficando mais impaciente, pois


nem Charles e nem Ricardo me dão notícias, eu não vou ligar para ales pois
se não me ligaram, é porque ainda não a encontraram.
Ordeno a empregada que arrume uma pequena mala para mim e
deixe pronta para aquando eu sair, sei que aquela loira atrevida será
encontrada e ela seguirá viagem comigo querendo ou não. Só espero que ela
aprenda a lição e pare de me desafiar, não sei até quando vou ter paciência
com ela, não sei até quando vou aturá-la me afrontando como está fazendo
desde que a salvei daquele bastardo do Eduardo Silvano.
Não pude suportar a pressão de ter aquele homem me ameaçando,
sem falar no medo de que Eduardo volte a me procurar, o jeito como ele me
olhou na boate me deu a certeza de que ele não deixará por menos o fato de
tê-lo contrariado, e pior, um dos homens mais poderosos do mundo me
defendeu contra ele.
Eu pesquisei na internet sobre o Sr. D'ávila, o meu susto foi
inevitável já que eu não imaginava o quão poderoso esse homem é, o meu
medo foi eminente então só vi uma saída para mim e Isabela, tivemos que
fugir mas sinceramente, não sei por quanto tempo vamos conseguir nos
esconder, não quero ter que abaixar a cabeça para ninguém, não vou mais
permitir que ninguém me use como aquele canalha do Eduardo fez.
— Precisamos sair para procurar outro emprego, Brenda, as nossas
economias não vão durar por muito tempo... Já estamos aqui a dois dias e
ninguém nos encontrou, acho que é seguro sairmos para procurarmos
emprego. — Isabela comenta pensativa e eu me sinto mal por ela.
Não queria envolve-la em tudo isso mas não posso deixá-la para trás
correndo riscos sozinha, pois sei que iriam atrás dela procurando por mim.
— Você tem razão, como sempre, já estamos bem longe de onde
morávamos e sei que não vão nos encontrar aqui... Eu já andei pesquisando
possíveis locais de trabalho e... Eu encontrei uma boate não muito longe
daqui, Pleasures of The Flesh e estão precisando de novas dançarinas,
talvez eu consiga uma vaga para começar a trabalhar ainda hoje se eu for
até lá agora mesmo. — Comento com a minha atenção no telefone e ela
revira os olhos.
— Vai se enfiar novamente em uma boate? Quem te garante que
esse chefão do crime não é dono dela também? Esse homem é muito
poderoso, Brenda, você precisa tomar cuidado com ele... Ainda acho que
devíamos sair do país, só sair da cidade não é o suficiente. — Ela se levanta
andando de um lado para o outro e eu faço o mesmo.
— Por isso mesmo que eu quero trabalhar lá, porque a boate é dele e
ele não vai imaginar que sai de uma boate para trabalhar em outra, eu posso
mudar o meu nome, pintar o cabelo e usar lentes de contato, ou algo do
tipo, esse homem é muito ocupado ele não deve visitar todas as suas boates,
deve ter gente para fazer isso por ele e ninguém me conhece aqui, e mesmo
que ele vá até lá, ele não vai me reconhecer e... — Argumento para
conquistar a sua aprovação, mas nesse momento batem na porta e eu dou
pulo pelo susto.
— Quem será? Você está esperando alguém? — Ela me encara
assustada.
— Eu não conheço ninguém aqui, como poderia estar esperando por
alguém? — Sussurro para não ser ouvida do outro lado da porta.
— ABRAM A PORTA OU VAMOS ARROMBAR! NÃO
DIFICULTA PARA NÓS, SAFIRA! O CHEFE MANDOU DE BUSCAR,
ENTÃO NEM TENTE SE ESCONDER POIS VAMOS TE
ENCONTRAR! — Ouço a mesma voz do homem que impediu Eduardo de
me agredir, o segurança pessoal do Sr. D'ávila.
— Oh meu Deus, eles nos encontraram! E agora Brenda? O que
vamos fazer? — Isabela se desespera me arrastando para o quarto enquanto
sinto o meu coração bater na boca.
— Se esconda Isa! Eles vieram atrás de mim e não de você... Eu
sinto muito amiga, não posso permitir que eles te levem também, então se
esconda! Se eu não morrer até o final da noite eu arranjo um jeito de... —
Sou interrompida por um som estrondo e sei que a porta foi arrombada.
Empurro Isabela para o bairro e fecho a porta, nesse instante a porta
do quarto se abre e aquele homem com cara mal entra.
— Você pensou mesmo que conseguiria se esconder do poderoso Sr.
D'ávila? Meu bem, ninguém se esconde do soberano por muito tempo, e
com você não seria diferente... Espero que você tenha sorte ao encontrá-lo,
vai ser uma pena ter que desovar esse seu corpo maravilhoso... — O
homem se aproxima me encarando com um sorriso malicioso, mas é
interrompido pela voz de Isabela.
— Brenda! Abre essa porta! Eu não vou deixar você sozinha então
por favor? Abre logo essa porta! — Implora tentando abrir a porta mas eu
seguro a maçaneta impedindo-a.
— Eu vou com vocês, mas a minha amiga fica! Ela não tem nada a
ver com tudo isso então ela...
— Então ela vem com a gente! Ou eu mesmo mato as duas se
fizerem algum escândalo! Eu fui claro? — Avisa o homem irritado e me
arranca da frente da porta. — Tragam a amiga dela! Vamos levar as duas!
— Ordena enquanto me arrasta para fora do quarto.
— Deixem ela? Eu vou com vocês numa boa mas deixem... —
Suplico angustiada mas Isabela me interrompe.
— Eu não vou ficar aqui sem você! Então me levem! Eu quero ir
com ela! — Afirma se colocando na frente do perigo junto comigo.
Tento contestá-la mas o homem cobre a minha boca com a sua mão
para me calar, ele avisa para fazermos silêncio e assim obedecemos. Saímos
do prédio em silêncio e entramos em um carro preto descaracterizado,
abraço a minha amiga enquanto o carro segue para algum lugar, não faço
ideia de para onde estamos indo, mas sei que de hoje eu não passo, vou
morrer nas mãos daquele homem por tê-lo enfrentado e agora por ter
fugido, e o pior é que Isabela pagará junto comigo pela minha burrice de
enfrentar um homem tão poderoso no mundo do crime.

Algumas horas depois vejo que estamos passando pela nossa cidade
novamente, o meu coração se aperta mas não posso fazer mais nada, apenas
choro em silêncio abraçada Isabela que me encara apreensiva, se segurando
para não chorar também, me passando o que resta das suas forças e
confiança.
Vejo o carro se afastar seguindo para a área nobre da cidade, na
verdade, estamos entrando no bairro mais rico de Roma. Para onde estamos
indo? O que vão fazer conosco?
— Para onde vocês estão nos levando? Já estamos nesse carro a
horas e não chegamos a lugar algum. — Questiono olhando para fora do
carro admirando as muitas mansões luxuosas ficando para trás.
— Estamos indo ver o chefe, ele está nos aguardando. — Diz curto
e grosso e é a última vez que ouço a sua voz, o homem se cala e não diz
mais nada.
Poucos minutos mais tarde o carro entra por uma propriedade tão
luxuosa que nem em sonho jamais vi algo assim, meu queixo vai no chão
com tamanha riqueza desse lugar, o jardim é tão grande que caberia outra
mansão ao lado dessa que ofusca os meus olhos, isso aqui não pode ser real.
O carro para na entrada principal da mansão e os homens saem nós
arrastando para fora do carro, seguimos em direção a entrada da casa e
somos jogadas para dentro como dois sacos de baratas, indo parar no chão.
Nós levantamos olhando tudo a nossa volta e mais uma vez o meu
queixo vai no chão com todo o luxo desse lugar. Olho de um lado para o
outro mas o segurança novamente me pega pelo braço, me arrastando até o
meio da sala.
— Porque vocês mulheres tem que complicar tanto as coisas?
Porque você fugiu se sabia que seria encontrada, Safira? — Ouço mais uma
vez aquela voz que me arrepia e me faz treme.
O vejo sair de algum lugar com as mãos nos bolsos e qualquer
mesmo sobretudo cobrindo os seus ombros, com a mesma pose de mafioso
que me amedronta, ele parece tranquilo e eu agradeço a Deus por isso.
— Peço desculpas por tê-lo contrariado, senhor, mas temi pela
minha vida pois Eduardo procurou pela minha amiga, aliás, ela não tem
nada a ver com tudo isso então... — Tento me justificar mas sou
interrompida por ele enquanto se aproxima.
— Então você achou que se escondendo de mim você se livraria
daquele bastardo...? A sua amiga fugiu com você mesmo não tendo nada a
ver com tudo isso, e agora eu tenho que poupá-la porque você está
pedindo...? Você não está em condições de me pedir nada e quem decide
aqui sou eu, e não você! Pensasse nisso antes de fugir. — Rebate em um
tom rude me encarando daquele jeito furioso.
— Sei que errei, senhor, e estou disposta a pagar pelo meu erro, mas
peço que deixe a minha amiga ir, eu imploro? Ela é a única família que eu
tenho e não quero que ela pague junto comigo pelos meus atos. — Insisto
enquanto ele para na minha frente mas a sua expressão continua a mesma.
Ele olha de mim para Isabela e volta a me encarar, ele se aproxima
olhando dentro dos meus olhos e me segura pelo braço.
— Vamos! Você precisa se arrumar, temos uma viagem para seguir e
já estamos atrasados por conta das suas atitudes... Quando a sua amiga...
Levem-na para o Royal, vocês já sabem o que fazer. — Ordena em um tom
firme e me arrasta para algum lugar.
— NÃO! POR FAVOR? NÃO FAÇA NADA CONTRA ELA EU
FAÇO O QUE O SENHOR QUISER...? Por favor tenha piedade? Ela não
te fez nada... Ela é a minha única família? Por favor? — Me atiro aos seus
pés chorando em meio as minhas súplicas, ele me encara incrédulo.
— Levem-na! Façam o que estou mandando! — Ordena aos berros
e eu me ergo segurando as suas mãos com força.
— Me mate? Faça o que quiser comigo mas deixe ela ir? Por favor
eu faço qualquer coisa... Qualquer coisa... — Tento me afastar para correr
até Isabela mas ele me puxa para ao seu corpo me prendendo a ele.
— Brenda! Brenda...! Me ajuda? Me soltem! Me soltem! — Súplica
desesperada e eu me apavoro.
— Mande soltá-la! Soltem ela agora! Isabela? Isabela...? Soltem...
Soltem... Ela... — Me debato em meio ao desespero e vejo tudo rodar, não
sinto as minhas pernas e espero pelo impacto do chão.
— Não! Não! Não faz isso Safira! Safira? Por Deus o que está
acontecendo com essa mulher? — Sua voz se distância aos poucos e tudo
que me resta é a escuridão e o desespero.
Minha consciência está pesando toneladas, não vou me perdoar
nunca se acontecer algo com a minha amiga, que Deus me perdoe porque
eu não vou me perdoar jamais.

Acordo sentindo um carinho gostoso em meu rosto e sorrio, penso


ser Isabela mas quando abro os olhos o vejo sentado na minha frente me
encarando com uma expressão indecifrável. Olho a minha volta e percebo
que estamos em um avião, mas não é um simples avião, é um jato muito
luxuoso.
— Porque estamos em um avião? Para onde estamos indo...?
Isabela... Você mandou matar Isabela seu monstro! Eu odeio você! Eu odeio
você! — Me deixo mover pela raiva e o desespero voo em cima dele
tentando socar o seu peito, mas ele segura os meus pulsos me puxando para
ao seu colo.
— Mas o que deu em você? Se acalme mulher! Ficou louca? —
Recebo o seu olhar severo mas ele aperta a minha cintura enquanto sinto o
seu polegar deslizar pelo meu rosto.
Me solto dele abruptamente andando de um lado para o outro, não
acreditando que tudo isso esteja acontecendo.
— Para onde está me levando...? O que você vai fazer comigo? O
que fez com a minha amiga...? Por favor? Sei que você não deve ter um
coração dentro do peito pois já vi que não tem piedade de ninguém, mas
Isabela não merecia isso, ela não fez nada contra você. — Choro sentido o
meu peito apertado e o meu coração partido.
— Eu já pedi para se acalmar, está sofrendo precipitadamente. —
Ele se levanta tirando o celular do bolso e liga para alguém. — Olavo! Põe
a garota no telefone! — Ele mexe no telefone e vira a tela do mesmo para
mim, logo vejo Isabela aparecer na tela do aparelho.
— Brenda! Amiga você está bem? Onde você está? Fizeram alguma
coisa com você? — Pergunta sorrindo entre lágrimas assim como eu.
— Eu estou bem amiga, não fizeram nada comigo mas não sei onde
estou... E você? Está bem? Fizeram algo com você? Onde você está...? Eu
tive tanto medo, eu pensei... Pensei que... — Pego o celular da mão dele
caindo de joelhos aos seus pés.
— Fica calma, não fizeram nada comigo, eu estou bem... Na
verdade eu estou muito bem, me colocaram em um apartamento de luxo e
ainda deixaram um segurança a minha disposição... O Sr. D'ávila prometeu
não fazer nada comigo, já que você prometeu fazer tudo que ele quiser...
Me desculpa Brenda... Eu não queria que você fosse obrigada a fazer algo
contra a sua vontade, só para salvar a minha vida... Me perdoa...? — Seu
tom aflito mostra a sua preocupação comigo.
— Não se desculpe amiga, por minha culpa quase mataram você...
Mas estou feliz que esteja bem... Estou feliz de te ver de novo Isa... Eu te
amo minha amiga, você é a única família que eu tenho... Eu te amo...
Queria muito estar com você aí, mas não sei se vamos nos ver de novo, não
sei nem para onde estou indo e nem se vou voltar. — Me sento no chão
chorando compulsivamente, mas sinto um puxão no meu braço fazendo eu
me levantar abruptamente.
— Já chega de conversa! Você precisa descansar, quero você bem
disposta quando chegarmos em Dubai... Depois vocês se falam mais. — Ele
me encara sério ainda segurando o meu braço.
— Está bem... Nós falamos depois Isa... Se cuida por favor? — Lhe
dou um sorriso para ela ver que estou bem.
— Nos falamos depois amiga... Eu te amo... Não se preocupe
comigo, eu estou bem... Estou muito bem. — Ela se despede e encerra a
chamada.
Devolvo o aparelho ao Sr. D'ávila que me encara indiferente, me
sinto envergonhada por ter tentado agredi-lo, me sinto mal pelas coisas que
disse sem antes saber que Isa está bem.
— Venha! Vou te mostrar o quarto, tem uma roupa separada para
você se vestir, tome um banho e descanse um pouco até chegarmos. — Ele
me encara sério mas segue para o final da aeronave e eu me obrigo a segui-
lo também.
Não digo nada, apenas ouço calada. Entramos no quarto e ele diz
onde é o banheiro, o homem ao meu lado diz outras poucas palavras e sai
me deixando sozinha. Ainda não estou acreditando que ele poupou Isabela,
a minha amiga está viva, ela está bem e isso é o que importa.
O Sr. Michael D'ávila teve piedade da minha amiga, ele a poupou
mas eu ainda não sei o porquê ele fez isso e nem com quais intensões, mas
também não interessa, Isabela está bem e isso tem que me bastar.
Tomo um banho quente e relaxante, eu jamais havia entrado em um
banheiro como esse, é enorme e tem uma ducha esplêndida de tão
maravilhosa. Depois do banho eu saio enrolada na toalha e vou até a cama
onde tem um vestido lindo, digno de uma mulher fina e elegante, digno de
uma mulher poderosa.
— Gostou do vestido? — Ouço a sua voz atrás de mim e me viro
abruptamente.
— Meu Deus...! Qual é o seu problema? Porque sempre aparece
assim sem fazer barulho...? — Ofego pelo susto mas ele não diz nada,
apenas se aproxima mais parando na minha frente.
— Tire a toalha! Eu quero ver o seu corpo. — Ordena no seu tom
autoritário e eu engulo a seco. Porra eu prometi fazer o que ele
quisesse. Merda!
Respiro fundo e tiro a toalha do meu corpo deixando-a cair ao chão,
seus olhos varrem o meu corpo com desejo e o vejo suspirar. Sr. D'ávila se
aproxima mais e me puxa me cintura, encarando a minha boca, mas eu viro
o rosto.
— Eu sei que prometi fazer tudo que o senhor quiser, então vá em
frente...! Quer me possuir então me possua, mas não me peça para gostar
dos seus toques no meu corpo, porque isso não acontecerá jamais! — O
encaro com desprezo e volto a vira o meu rosto.
Ele me solta se afastando de mim me encarnado com aquele seu
olhar severo.
— Eu vou te possuir, e você vai gostar, na verdade, você vai adorar
e vai pedir mais... Eu sou o homem mais impaciente do universo, mas você
se tornou um desafio para mim, e eu não dispenso um bom desafio! — O
homem se despe ali na minha frente e eu me viro evitando o encarar.
Pego a roupa da cama mas o encaro de relance impressionada com
os seus músculos, por Deus, o que esse homem está tentando fazer? Não
tem como negar que ele é muito bonito, mas beleza não é tudo, esse corpo
perfeito que ele tem também não vai me seduzir.
Respiro fundo e começo a me vestir enquanto ele segue para o
banheiro, assim que ele entra eu olho na mesma direção tentando não me
deixar iludir por um gesto de piedade desse homem, o que ele pretende
comigo? Me obrigar a viver perto dele? Será que ele não vai me deixar em
paz nunca? Ou será que quer apenas transar comigo e pronto?
Tiro esses pensamentos da minha mente e me visto, há uma
caríssima maleta de maquiagem no criado mudo e eu aproveito o máximo
que eu posso dela. Depois de alguns minutos vejo Sr. D'ávila sair
completamente nu enquanto seca os cabelos "oh meu Deus, ele está com
uma puta ereção apontando para o alto."
Sem perceber eu ofego e me sinto trêmula, não quero me entregar a
ele e não quero que ele me possua a força. Ele põe uma pequena mala sobre
a cama e começa a se arrumar enquanto eu termino a minha maquiagem e
assim que termino, saio do quarto apressada o ouvindo sorrir baixinho, filho
da mãe! Ele está se divertindo com essa situação me deixando apavorada.
Sigo para o acento que eu estava antes e me sento pondo o cinto de
segurança, encaro a janela e já é noite, estamos em uma altura insana e tudo
que vejo lá fora é a escuridão.
— Safira! Venha! Ainda temos tempo até chegamos em Dubai,
precisamos descansar um pouco. — Me assusto com ele parado ao meu
lado vestindo uma calça de moletom exibindo o seu peitoral definido,
mostrando os seus pelos alinhados.
— Estou bem aqui, senhor, não preciso descansar. — Desvio os
meus olhos dele encarando novamente a janela.
Sinto a sua mão no meu braço me puxando em um solavanco, o
encaro com os olhos levemente arregalados.
— Eu não estou pedindo, eu estou ordenando e não ouse me
desobedecer outra vez, eu fui claro? Paciência tem limites e a minha
paciência com você já está por um fio. — Me alerta entre dentes enquanto
me arrasta de volta para o quarto.
Não digo mais nada para não contrariá-lo. Entramos no quarto e ele
me solta trancando a porta, ele vai em direção a cama se deitando na mesma
e eu fico onde estou, o vejo respirar fundo e me encarar sério então vou na
sua direção e me deito ao seu lado, mas lhe dou as costas.
Ele não diz nada e nem eu, ele apaga o abajur no seu lado da cama
mas eu deixo o meu aceso, não vou ficar no escuro com messe homem.
Meus pensamentos vão Isa, ela me disse que está em um apartamento de
luxo e com um segurança a sua disposição, ela está bem mesmo ou está
sendo mantida sobre vigilância?
Sinto o seu braço pesar sobre a minha cintura e ele me puxa para
mais perto, colando o meu corpo ao seu, sinto o seu cheiro, o perfume da
sua pele e é tão bom, como um homem tão lindo, tão poderoso pode ser tão
cruel em me manter ao seu lado a força?
Não me movo, fico quieta para não aborrecê-lo e também para não
atiça-lo a mexer comigo. Mas sinto algo duro pressionar a minha bunda e
isso me assusta, tento me soltar dele mas o mesmo não deixa, ele me puxa
cada vez mais contra o seu copo.
— Relaxa! Eu não vou fazer nada contra você, hoje... Eu só quero
sentir você assim... Bem pertinho de mim. — Sussurra em um tom rouco no
meu ouvido e eu estremeço, ofego me sentindo tensa.
— Você... Você está... Excitado e isso me assusta... Tenho medo que
tente me possuir a força. — Contesto em um sussurro e tento mais uma vez
me soltar.
Mas o Sr. D'ávila me vira de frente para ele se pondo sobre mim,
segurando as minhas mãos acima da cabeça, me deixando apavorada.
— Você disse que não iria fazer nada comigo hoje... Então para! Por
favor...? Para? — Súplica já com os olhos marejados e mais uma vez isso
me surpreende.
Essa mulher está desesperada para não se deitar comigo, porque eu
ainda estou insistindo em tê-la em meus braços se ela claramente não me
quer?
Saio de cima dela e me levanto andando pelo quarto impaciente, eu
quero essa mulher e já estou farto de esperar. A encaro furioso e volto na
sua direção, dou a volta na cama e ela se encolhe na mesma me encarando
apreensiva, não me importo com isso e puxo ela pela nuca erguendo o seu
corpo até o meu e devoro a sua boca, ela me bate e me arranha tentando se
soltar mas eu não deixo, beijo-a ferozmente e sinto ela se render retribuindo
ao meu beijo.
Porra o seu beijo é surreal, seu beijo é o mais doce que já provei até
hoje, seus lábios são tão macios e saborosos, a sua língua na minha está me
enlouquecendo. Prendo o seu corpo no meu com força desejando rasgar as
suas roupas e possuí-la. Desço a minha mão até a sua bunda e aperto
enchendo a minha mão, mas ela se assusta e se solta de mim abruptamente
caindo deitada na cama, me encarando surpresa e com os olhos levemente
arregalados.
A encaro perplexo, como um simples beijo pode me deixar tão
descontrolado? Não posso negar a minha surpresa pois apenas com um
beijo ela me fez ofegar, me fez tremer de tanto desejo e ódio por ela se
recusar a se entregar para mim.
— Durma um pouco! Em algumas horas vamos chegar em Dubai e
você precisa me acompanhar em um evento logo cedo, e a noite também
vou precisar da sua companhia. — Ando pelo quarto sem conseguir desviar
os olhos dela, Safira me encara apreensiva mas se acomoda na cama me
dando as costas.
Sinto o meu pau latejar, sinto um desejo implacável por essa mulher.
Me deito ao seu lado e encaro essa bundinha arrebitada, me aproximo
afagando o perfume dos seus cabelos me sentindo inebriado, mas resolvo
não mexer mais com ela hoje, abusada do jeito que é com certeza ela vai
tentar me revidar pelos meus assédios.
Faço até o impossível para tentar dormir mas não consigo com ela
ao meu lado, eu vou passar a noite inteira desejando possuí-la mas ela não
me quer, essa mulher vai me fazer pirar.

ALGUMAS HORAS DEPOIS...


Acordo sentindo um peso sobre o meu peito e me deparo com ela
em meus braços, a encaro surpreso mas ela dorme tão serenamente, ela
consegue ser ainda mais bela quando adormecida.
Acaricio o seu rosto sentindo a sua pele suave. Passo o meu polegar
pelos seus lábios vermelhos e carnudos e ela se mexe.
— Você é tão lindo... Porque... Não pode ser mais gentil comigo...?
— Balbucia ainda sonolenta e se vira para o outro lado da cama, saindo dos
meus braços.
Estou surpreso, ela me acha lindo? Quer que eu seja mais gentil com
ela? Me sento na cama encarando a mulher adormecida na minha cama, ela
parece um anjo delicado, parece uma bonequinha mas essa história de ser
gentil eu vou ficar devendo.
Me levanto da cama olhando no relógio e vejo que já está quase na
hora de pousarmos. Me arrumo calmamente enquanto admiro aquela
belíssima mulher dormindo, me aproximo da calma e a vejo se mexer se
virando para o meu, mas ela não acorda, devia estar mesmo cansada.
Termino de me arrumar e me aproximo mais dela, encaro fixamente
o seu rosto e mais uma vez ela se mexe bocejando, ela se espreguiça e abre
os olhos ainda sonolenta e me encarar confusa, olhando para os lados,
talvez se lembrando de onde está.
— Já chegamos em Dubai? Ou falta muito para pousarmos? —
Pergunta curiosa se sentando na cama.
— Já estamos chegando e nós precisamos conversar... Vou te dar um
voto de confiança e espero não me decepcionar, então não tente nenhuma
gracinha, não tente fugir de mim outra vez porque eu não consigo ser
piedoso com tanta frequência, da próxima vez que me desobedecer eu posso
não levar em conta os seus pedidos desesperados, eu posso não me importar
tanto com você, eu fui claro? Ou quer que eu repita? — A encaro sério e ela
se levanta concordando.
— Claro como a água, senhor... Eu não vou tentar nada, sei que a
minha amiga está sendo vigiada e não quero que ela pague pelas minhas
atitudes.
— Vejo que resolveu apelar para ao seu juízo, isso é muito bom...
Não demore, já vamos pousar. — Saio do quarto e sigo para o meu acento.
— Soberano! Já vamos pousar, deseja tomar um café? Uísque
talvez? — Charles se aproxima se sentando de frente para mim e vejo a
comissária parar ao seu lado com um carrinho de café da manhã.
— Pode servi o café, Safira deve estar com fome. — Autorizo
enquanto checo o meu celular, não recebi nenhuma ligação ou mensagens
então está tudo dentro das normalidades.
— Me desculpe pela curiosidade, chefe, mas se o nome da garota é
Brenda, porque chamá-la de Safira? — Charles me encara atento e eu
respiro fundo ao me lembrar daquele beijo.
— Simples! Ela trabalha para mim e você já conhece o esquema dos
nomes das garotas... Eu só trabalho com pedras preciosas e Safira é uma
delas... Mas essa eu quero só para mim. — Comento a última parte apenas
para mim mas me surpreendo comigo mesmo.
— Entendido, soberano...! Bom, eu já falei com os nossos soldados
e está tudo em ordem na mansão, assim como nas trinta boates. Já recebi os
relatórios e não temos que nos preocupar com nada... Falaremos melhor
sobre isso depois, a primeira dama está chegando. — Explica calmante mas
se levanta ao ver Safira se aproximar, ergo uma sobrancelha para o seu
último comentário.
"Primeira dama? Eu não tinha pensado nisso, um rei sempre
precisa de uma rainha mas não sei se essa mulher atrevida está à altura
desse cargo"
— Com licença! — Ela se senta no lugar onde Charles estava de
frente para mim.
— Coma! Você não se alimentou ontem, não quero te ver fraca por
não se alimentar direito...
— Obrigada, eu estou mesmo faminta...
Ela se serve e eu fico apenas observando-a, vejo o seu rosto corado
e ela evita me encarar, mas porque está com vergonha de mim? Será pelo
beijo de ontem? Sorrio de lado e ela cora ainda mais.
Acompanho-a tomando apenas uma xícara de café, ela pergunta o
que terá que fazer e eu explico satisfeito pelo seu interesse, ela não parece
mais tão arredia como nos últimos dois dias, ela parece mais tranquila por
estar perto de mim e isso me agrada.
Converso com Safira brevemente e logo pousamos em Dubai, um
carro já estava a nossa espera e seguimos para um dos hotéis mais luxuosos
de Dubai. Os meus clientes tem a mesma condição financeira que eu e eles
sonham alto, assim como eu também, só ambicioso e não nego isso, e nesse
momento tudo que me interessa nessa viagem é fechar logo essas vendas,
são cinco clientes interessados e eu vou sair daqui um pouco mais bilionário
que ontem.
Chegamos no hotel e subimos para uma das suítes mais caras, nos
instalamos e logo recebo a ligação de um dos clientes informando a
mudança do nosso primeiro evento, vamos nos encontrar em um iate em
alto mar, longe dos olhares curiosos e longe da polícia, óbvio, concordei de
imediato e confirmo que estarei lá no horário marcado.
Ainda é cedo então vou aproveitar para dar um passeio com Safira, a
princípio ela diz que não está afim mas em seguida muda de ideia, ela se
animou com a possibilidade de conhecer uma cidade que ela nunca esteve
antes, então saímos do hotel e seguimos pela cidade e ela se encanta com
tudo, ela parece tão fascinada que ninguém ousaria dizer que ela veio aqui
obrigada e contra a sua vontade.
Paramos em algumas lojas e peço para ela experimentar algumas
roupas, no início ela fica acanhada mas aceita numa boa, isso mais uma vez
me surpreende. Visitamos umas cinco lojas e compramos de tudo, de
sapatos, roupas, lingeries e até maquiagem, quero ela ainda mais linda do
que já é para os eventos de hoje, ela contesta sobre a quantidade de coisas
que compramos mas com apenas um olhar ela se cala e concorda comigo
em tudo, mas não gosto dessa sua manina de revirar os olhos para mim.
Saímos da loja e vejo do outro lado da rua uma joalheria, não penso
duas vezes, pego ela pela mão e caminhamos até a loja com Charles e os
outros atrás de nós.
— Onde vamos? O que mais você quer comprar? Já não gastou o
suficiente? — Contesta enquanto atravessamos a rua.
— Só falta uma loja, vamos e não reclama! — Entro na loja com ela
e olho para todos os lados para ver se as joias desde lugar são dignas de
uma mulher como ela.
Uma atendente vem nos atender e eu peço para ver as melhores joias
da loja, rapidamente aparecem mais atendentes para nós servirem e eu gosto
disso. Compro algumas joias para ela entre colares, brincos, pulseiras e
relógios, e entre eles um belíssimo conjunto de colar e brincos de Safiras e
diamantes, Safira me encara horrorizada mas não me importo.
— Você já gastou o suficiente para me prender a você pelo resto da
vida, agora chega! Não quero comprar mais nada! — Contesta incomodada
e se afasta indo em direção a porta para sair, mas seguro o seu braço.
— Se não gostou é só falar que trocamos por outra coisa, se eu tiver
que prendê-la a mim eu não farei isso com presentinhos... Porra só estou
tentando te agradar, além do mas, você vai precisar se vestir bem para me
acompanhar nos eventos. — Retruco entre dentes me controlando para não
me irritar mais que isso. — Pegue as suas coisas! Vamos voltar para o hotel!
— Passo pelo meu segurança emburrado e sigo para o carro, o motorista
abre a porta do mesmo para eu entrar mas nesse instante alguém segura a
minha mão gentilmente.
— Espera! Como você quer agradar uma pessoa se você não
conhece os gostos dela...? Não estou acostumada com coisas caras, e nem
estou acostumada a ganhar esses tipos de coisas, mas eu gostei e vou gostar
ainda mais se você me pagar um sorvete... Está calor, e um sorvete é ótimo
para refrescar. — Me surpreendo com o seu pedido mas olho na direção em
que ela aponta.
— Sorveteria, eu não vou entrar naquele lugar, vou pedir ao
motorista para buscar para você.
— Meu Deus! Como é difícil lidar com você, viu...? Eu mesma vou
buscar o sorvete... Ahhh... — Resmunga emburrada e se vira para sair, mas
puxo ela pela mão trazendo o seu corpo para o meu e ela geme baixinho, ao
se chocar contra mim.
Sua respiração está bastante acelerada, seu corpo também parece
tenso demais e suas mãos apertam os meus braços com força.
— Não seja teimosa, se é sorvete que você quer, podemos comprar
em um lugar mais de acordo com a nossa classe.
— E qual classe você acha que eu pertenço? Eu não tenho onde cair
morta, o ricaço aqui é você então você pode escolher, eu não. — Ela se
solta sorrindo e cruza os braços com uma sobrancelha erguida, não teve
como não sorrir.
— Você está aqui comigo, então pertencemos a mesma classe...
Vamos! No hotel eles servem um sorvete divino.
— E você já comeu o sorvete do hotel? — Pergunta curiosa
enquanto entramos no carro e as suas bolsas são postas no porta malas.
— Não, mas já me falaram que é delicioso. — Ela gargalha de se
contorcer e eu estou adorando esse seu lado extrovertido.
— Espera! Não vai me dizer que você nunca tomou um sorvete? Se
você me disser isso eu não vou acreditar. — Ela ergue uma sobrancelha mas
eu só tenho olhos para o sorriso nessa boquinha gostosa.
— Mas é claro que eu já tomei sorvete, só que eu era pequeno e
minha mãe não gostava de... Esquece! Vamos mudar de assunto. — Mudo a
minha expressão rapidamente ao me lembrar da minha mãe.
Não sei o porquê a mencionei, falar dela só me faz sentir o ódio
correr pelas minhas veias e eu preciso me controlar, eu ainda não peguei os
assassinos dela mas isso é questão de tempo, só estou esperando o primeiro
deslize daqueles malditos para eu conseguir me vingar, e sei que esse dia
está próximo, eu sinto isso.
— Tudo bem, eu posso saber quanto tempo vamos passar aqui, ou
não é da minha conta? — Sua expressão também muda e isso me irrita.
— Não é da sua conta! Você ficará o tempo que tiver que ficar e
ponto final! — Disparo curto e grosso e a veja respirar fundo e revirar os
olhos.
Não digo mais nada e ela também não. Seguimos de volta para o
hotel em silêncio e em poucos minutos estamos entrando pelo saguão do
mesmo, sigo para o elevador com Safira enquanto os seguranças e alguns
funcionários do hotel nos seguem com as sacolas de compras.
Subimos para o nosso andar e Safira se tranca no banheiro
emburrada, o que deu nessa mulher? Já estou sem paciência com isso.
Alguns minutos depois ela sai vestindo um roupão e uma rolha
enrolada no cabelo. Ela segue até às sacolas de compras e escolhe algumas
das coisas para usar no evento que vamos agora na hora do almoço.
Enquanto ela se arruma eu entro no banheiro para também tomar um banho,
logo já estou me arrumando e não vejo Safira no quarto, será que ela saiu
sem a minha permissão? Isso não é possível, Charles a impediria se ela
tentasse sair.
De repente a vejo entrar no quarto ainda mais linda que antes, em
um vestido branco de ceda e alças finas com as costas nua, seu
cumprimento fica quase um palmo acima dos joelhos e ele tem um
generoso decote. Os saltos também são brancos e os cabelos soltos, sua
maquiagem não é carregada como as outras meninas estão acostumadas a
usar. Ela está realmente linda, parece uma bonequinha e eu quero pegá-la
no colo e jogá-la nessa cama imensa, quero possuí-la até não aguentar mais.
— Não gosto quando me olha assim... Parece até o lobo mal
querendo engolir a chapeuzinho vermelho. — Ela me olha de lado evitando
me encarar.
— Não é bem a chapeuzinho vermelho que eu quero engolir... A
chapeuzinho branco está perfeita para mim. — Me aproximo dela
sorrateiramente mas ela engole a seco e sai do quarto apressada, quase
correndo.
Sorrio largamente pois ela não vai fugir de mim por muito mais
tempo, ela será minha logo e estou muito ansioso para isso acontecer.
Termino de me arrumar e pego uma das joias que comprei para ela,
eu vi que ela não está usando nenhuma então saio do quarto a encontrando
nervosa andando de um lado para o outro na sala da suíte.
— Você se esqueceu de pôr uma joia, quero que use essas, vão ficar
perfeitas em você. — Me aproximo dela com a caixinha na mão e a vejo
respirar fundo, eu diria até mesmo aliviada.
Acho que ela pensou que eu tivesse vindo assediá-la outra vez.
— Claro, senhor. — Ela se aproxima pegando a caixinha da minha
mão e se afasta novamente.
Ela põe os brincos de Safiras e depois tenta colocar o colar, mas tem
dificuldades para conseguir. Me aproximo me pondo atrás dela e toco as
suas mãos a sua nuca.
— Relaxa, eu te ajudo. — Pego o colar da sua mão e ela me olha de
lado ao segurar os seus cabelos.
Mesmo sem encostar nela eu consigo ver o quanto está tensa,
nervosa por eu estar tão perto dela. Termino te prender o colar e seguro a
sua cintura puxando ela para o meu corpo ainda de costas para mim, a vejo
ofegar.
— Você está linda... Jamais vi uma mulher tão linda como você...
Gostosa demais. — Digo no seu ouvido e sinto o seu corpo estremecer.
Beijo o seu ombro sentindo o meu pau dar sinal de vida dentro da
cueca e mais uma vez ela escorrega das minhas mãos, Safira se afasta
dizendo que vai pegar a sua bolsa para sairmos. Sorrio pondo as mãos nos
bolsos satisfeito por vê-la tão nervosa com o meu toque, sei que ela me
deseja mesmo negando isso.
Safira volta e nós saímos da suíte subindo até o heliporto do hotel,
mais uma vez ela pergunta para onde vamos e eu apenas repito que é um
vendo de negócios. Ela não pergunta mais nada então embarcamos no
helicóptero que nos levará até um luxuoso iate em alto mar, onde será o
evento.

Poucos minutos depois estamos pousando no heliporto do iate e


descemos com Charles na nossa cola, uma lancha chega junto conosco com
alguns dos meus seguranças pois não sabemos o que pode acontecer por
aqui.
Entramos no salão do iate e eu abraço a cintura de Safira,
cumprimento algumas pessoas e algumas delas não tiram os olhos da minha
acompanhante, ela é linda, tem que ser admirada mesmo mas não pode ser
tirada de mim, ninguém será louco para fazer algo assim.
— Michael D'ávila! É uma honra para nós recebê-lo aqui hoje, a sua
presença foi muito esperada e o nosso desejo de conquistar o nosso objetivo
e imenso... Sejam bem-vindos! — Me cumprimenta um senhor de mais ou
menos uns 80 anos, ele porte de líder e parecer empolgado com o nosso
encontro.
— O prazer em estar aqui é todo meu, compartilhamos o mesmo
desejo de objetivo e creio que tudo sairá como esperado... Bom, essa é
Safira, minha exclusiva, e essa eu não divido com ninguém então é bom
nem tentarem nada. — Os alerto em um tom sério e decidido, mas sorrio de
lado puxando Safira para o meu corpo, ela vem de bom grado sorrindo de
um jeito sedutor.
— Não somos tão loucos de mexer em algo proibido, mas não tem
como negar, ela é belíssima... Ainda mais bela que a última que trouxe. —
Comenta um dos homens a nossa frente e sinto Safira ainda mais tensa que
antes.
— Relaxa! Você não será demais ninguém porque você é somente
minha... A única que não serei capaz de dividir. — A tranquilizo e ela me
dá um pequeno sorriso, mas ainda assim continua tensa.
— Pelo que estou percebendo, essa princesa está trilhando o
caminho de um reinado maior... Porte de primeira dama ela tem, só é uma
pena não existir mais uma como ela. — Um outro homem a encara com
desejo cobiçando o que é meu. Isso não me agrada.
— É melhor irmos ao que interessa, companheiros, não estou
gostando desse interesse de vocês em cima da minha mulher, e não viemos
aqui para iniciarmos um confronto, e sim para nós unirmos em um negócio
benéfico para todo! — Os encaro sério mas me surpreendo comigo mesmo,
eu devo estar enlouquecendo por desejar tanto essa mulher.
— Perfeitamente, soberano! — Concorda um homem um pouco
mais novo que os demais, e ele parece ter mais juízo que todos os outros
juntos.
Seguimos para uma área mais reservada e todos se acomodam em
poltronas confortáveis, mas eu permaneço de pé. Peço para que dois dos
meus seguranças leve Safira para junto das outras mulheres e fiquem de
olho nela, mas me surpreendo quando ela pede para ficar comigo.
— Por favor eu não quero ficar sozinha? Vou me sentir mais segura
com você por perto. — Insiste segurando o meu braço com força e eu sorrio
pelo tom rosado das suas bochechas.
— Vamos tratar de negócios, Safira, não é aconselhável ter uma
mulher em nosso meio. — Contesto ao seu pedido mas ela insiste.
— Não sou uma mulher qualquer! Você acabou de me apresentar
como sua exclusiva então eu quero ficar! — Rebate em um tom firme e
decidido e mais uma vez me surpreendo com ela.
— Você ficou louca? Você vai me obedecer e não vai mais me
contestar, isso aqui é assunto para homens e mulheres não tem nada que se
enfiar no meio, por isso as acompanhantes ficaram lá fora! — A repreendo
em um tom severo mas baixo para somente ela me ouvir.
— Como quiser, soberano! — Concorda entre dentes mas a sua
ironia não passa despercebido.
Faço sinal para os meus soldados a levarem e assim eles fazem. Mas
que porra de mulher atrevida e abusada! Porque não pode me obedecer sem
me contestar?
Me junto aos outros homens e iniciamos a nossa reunião de
negócios, tudo está realmente saindo como esperávamos, então pego com
Charles uma pequena amostra dos nossos produtos e distribuo a todos na
sala, todos ficam muito impressionados com a qualidade da mercadoria e
rapidamente três se manifestam para fecharmos logo um acordo. Mas nesse
momento Charles se aproxima dizendo algo no meu ouvido.
— Chefe! Recebi notícias da boate Top Night, aquele nosso
visitante de três dias atrás voltou para procurar por Safira, os nossos
homens estão com ele agora mesmo. — Revela em um tom baixo e eu sinto
o meu sangue ferver.
— Você já sabe o que tem que ser feito, então faça! — Ordeno em
um tom irritado e ele se retira.
Volto a minha atenção aos meus clientes me esforçando para não
sair daqui agora mesmo e ir eu mesmo atrás daquele maldito bastardo!
É inacreditável que esse homem me traga para esse lugar e me deixe
aqui, vigiada por esses dois brutamontes, para onde ele acha que vou fugir
estando no meio do mar? Aff!
Ando pelo deck admirando o mar a minha frente, uma música
sensual vem de algum lugar e vejo algumas garotas dançando em um
espaço cheio de homens a sua volta, algumas estão nuas e outras estão
seminuas, isso é ridículo mas não é nada do que eu já não tenha visto na
boate do Sr. D'ávila.
Dou meia volta para sair dali mas me choco contra um dos
seguranças na minha cola, suspiro frustrada e passo por ele descendo para o
deck inferior, lá está mais tranquilo pois a bagunça está no deck principal.
Ando pelo lugar e paro próximo de uma piscina, me sendo em uma
poltrona e admiro o mar azul a minha frente, meus pensamentos voam para
minha amiga que eu não faço ideia de como deve estar agora, eu queria
tanto estar com ela, como ela vai reagir quando eu contar que aquele
homem me beijou e que eu retribuí?
Minha nossa eu não consigo esquecer aquela boca na minha, seu
beijo é algo que eu nunca senti antes, mas não posso me iludir com esse
homem, ele é visto como um soberano no mundo das drogas, como ele
nunca foi preso sendo tão famoso pelas drogas que vende?
— Oi meu bem? Está sozinha? Posso te fazer companhia? — Me
assusto com um homem parado ao meu lado e não vejo os seguranças que
estavam comigo.
— Não estou sozinha, o capitão América está do meu lado, você não
está vendo...? Com licença. — Me irrito pois não pedi para estar aqui. Me
levando e passo por ele para sair dali, mas ele se põe na minha frente.
— Então você também é engraçadinha? Além de muito linda e
gostosa... Eu posso fazer loucuras com você se me permitir. — Ele se
aproxima e eu dou dois passos para trás caindo sentada na poltrona.
— Se eu fosse você eu não me aproximava mais, você pode se
arrepender amargamente por... Me solta! Não encosta essas mãos imundas
em mim! — Me levanto mais uma vez para sair mas ele me puxa para o seu
corpo.
— Eu só vou me arrepender se eu não comer você todinha, você
parecer ser uma delícia... — Ele me aperta e me apalpa enquanto eu me
debato tentando me soltar, mas ele é arrancado de cima de mim
abruptamente.
— Você mexeu com a mulher errada, companheiro! O soberano vai
adorar conhecer você! — Avisa um dos seguranças dando uma gravata no
cara enquanto o outro me puxa para mais perto dele, se pondo na minha
frente para me proteger.
O que está na minha frente fala com Charles através de um rádio e
só ouço uma resposta, "já estamos indo!" Enquanto isso o homem
imobilizado implora por perdão e pouquíssimos minutos depois, vejo o Sr.
D'ávila aparecer com Charles e alguns daqueles homens, o encaro
apreensiva mas ele se aproxima me puxando para perto dele.
— Você está bem? Ele fez algo com você? — Ele me analisa
cautelosamente e para os seus nos meus vendo o quanto estou assustada
com tudo isso.
— Eu estou bem, ele não chegou a fazer nada comigo porque...
— É assim que os seus homens te respeitam, Christopher? Mexendo
com o que pertence a sua concorrência? Você vai resolver esse abuso ou
resolvo eu? — Me interrompe se colocando a minha frente encarando
severamente um daqueles senhores que estavam com ele.
— Ninguém faz nada que eu não tenha ordenado, soberano, com
toda certeza esse equívoco será resolvido, estamos aqui para negociarmos, e
não para iniciarmos um confronto entre as nossas facções... Carlos! Resolva
esse problema agora mesmo! — Afirma o senhor e o mesmo ordena que
levem o sujeito que me agarrou, estou apavorada.
— Se não se importa, Christopher! Um dos meus homens vai
acompanhá-los para se certificarem de que algo foi realmente feito... Não
estou duvidando da sua honestidade, mas certamente os seus homens não
são assim tão confiáveis. — Sr. D'ávila encara o senhor duramente e vejo o
quanto os dois estão aborrecidos com a situação, será que vão me culpar por
isso? Meu Deus eu só me meto em encrenca.
— Se quiser podemos acompanhá-los também, ou podemos resolver
isso aqui mesmo! — O senhor nos encara furioso e saca a sua arma atirando
no cara bem na nossa frente.
— OH MEU DEUS...! — Grito apavora e tudo a minha frente
escurece rapidamente. Não vejo mais nada.
Como essas pessoas conseguem tirar a vida de outras assim com
essa facilidade? Será que vão me castigar pelo que houve? Mas eu não fiz
nada, eu estava quieta no meu quanto e aquele homem me agarrou a força.
Espero não despertar a irá do soberano Michael D'ávila.

Me mexo na cama sentindo o colchão macio embaixo de mim, abro


os olhos e vejo que estou novamente no hotel. Olho para os lados e o vejo
sentado em uma poltrona me encarando atento, me sento na cama e abaixo
a cabeça evitando encará-lo depois do que vi no iate. Eu vi um homem
morrer bem diante dos meus olhos.
Me levanto da cama calmamente e me afasto da cama, o encaro
brevemente e seus olhos ainda estão em mim, me deixo mover pelo medo e
corro para fora do quarto seguindo em direção a porta, mas assim que abro
a mesma me choco contra o armário de nome Charles.
— Onde pensa que vai senhorita? Sinto muito mas eu não posso
deixá-la ir.
— Por favor me deixe sair? Eu não quero ficar aqui eu quero ir
embora...! Eu só quero ir embora caramba! — Tento passar por ele e mais
uma vez ele não deixa.
Me viro para trás e o vejo se aproximar com mas mãos nos bolsos e
ele parece tranquilo.
— Está tudo bem Charles, ela vai se acalmar, nos deixe a sós! —
Seus olhos não desgrudam de mim enquanto sinto Charles me empurrar
sutilmente para dentro da suíte e a porta se fecha.
Encaro o homem a minha frente com medo de ser castigada pelo
que houve, me afasto me virando novamente para porta e tento abri-la, mas
não consigo.
— Você não tem que ficar com medo de mim, eu não vou fazer nada
contra você... Sei que não teve culpa de nada, os meus seguranças me
contaram o que houve. — Sinto a sua presença atrás de mim e me viro me
deparando os seus olhos severos sobre mim
— Eu estava lá, quieta olhando mar e ele chegou de repente, ele me
disse algumas gracinhas e quando tentei me afastar ele me agarrou... Eu não
queria ter causado tudo aquilo, espero que o que houve não seja um motivo
para me castigar ou castigar a minha amiga... Não use ela contra mim...? Se
está mantendo ela vigiada é porque pretende usá-la para me dominar... Eu
Afirmo que não tem necessidade disso, eu só estou assustada por ter
presenciado... A morte de alguém, não esperava passar por isso. — Me
justifica com a voz trêmula de angustia e sinto os meus olhos arderem, mas
seco as poucos lágrimas que deixo escapar.
— Não estou mantendo a sua amiga vigiada para usá-la contra você,
eu aprecio muito os laços familiares e sei o que ela representa para você...
Estou protegendo a sua amiga dos meus inimigos, e acredite, eles estão
atrás de vocês duas... Seu namoradinho esteve na boate atrás de você, de
novo, os membros de um Cartel não desrespeitam o espaço um do outro se
não for para iniciar um confronto, e o seu namorado foi avisado sobre isso...
Sinto muito em te informar mas ele não viverá para procurá-la outra vez!
Você é minha! Você me pertence e eu vou tirar do meu caminho qualquer
um que queira me prejudicar para tirá-la do meu lado! — Sua voz se inicia
suave, mas séria, logo o vejo irritado e ele me pega pelo braço me
arrastando de volta para a quarto.
Mal sinto as minhas pernas, não sei se fico feliz ou se desmaio outra
vez por saber que Eduardo está morto ou pode morrer a qualquer momento.
Estou em choque, não consigo dizer nada mas sinto o colchão macio
novamente quando sou arremessada na cama.
— Porque está fazendo isso...? Porque está me protegendo? Porque
está me dando todas essas coisas...? Porque quer me manter ao seu lado a
todo custo...? — Questiono ainda atordoada com tudo que vivi e ouvi hoje.
Ele se aproxima mais da cama olhando nos meus olhos.
— Não sou homem de desistir daquilo que eu quero, e eu quero
você e vou ter! Não me importo a que preço... Não sei o que você tem para
me deixar desse jeito, mas você não poder ser de outro se não minha! Estou
tentando te agradar mas não sei como fazer isso, e você não está me
ajudando em nada me contestando e me enfrentando o tempo inteiro. —
Revela me deixando ainda mais perplexa.
Não consigo dizer mais nada, ele aproxima a sua mão tocando o
meu rosto suavemente, mas viro o meu rosto evitando o seu toque.
— Não chegamos a almoçar no iate como era o planejado, então
levante-se! O nosso almoço será servido logo. — Avisa enquanto se afasta e
eu me seguro para não contestá-lo outra vez.
Me levanto como ele ordenou e vou até o banheiro me olhar no
espelho, estou horrível, meu rosto está todo borrado pela maquiagem então
decido tomar um banho pouco demorado, não passo muito tempo no banho
e logo estou no quarto me vestindo novamente, mas dessa vez coloco uma
roupa mais casual e simples, um top e um short jeans que comprei hoje
junto aquela montanha de coisas.
Eu nunca tive roupas e joias tão caras como essas, mas já que sou
uma sequestrada em um cativeiro de luxo não vou recusar nada.
Como com ele me encarando atento e isso está me incomodando,
mas tento me conformar com a minha nova realidade e não o contesto sobre
isso.
— Quando vamos voltar para Roma? Eu vou continuar dançando na
boate? Ou vai me manter presa na sua mansão? — Pergunto tranquilamente
enquanto como e ele respira fundo cruzando os braços.
— Se quiser continuar dançando, terá que prometer que não fugirá
outra vez e terá que cumprir, porque se fugir novamente, os meus homens
tem autorização para matar você e quem estiver ao seu lado... Pensando
melhor, não quero você se exibindo para outros homens, você é minha e não
vou dividir a sua beleza com ninguém, mas se quiser dançar para mim eu
vou adorar... Voltaremos para casa amanhã bem cedo, ainda temos um
jantar para irmos mais tarde. — Ele joga o seu guardanapo sobre o prato e
se levanta irritado. O que deu nesse homem?
Não digo mais nada mesmo querendo pedir para ficar no hotel,
depois do que vi hoje eu não quero correr o risco dele se irritar novamente
comigo pois essa gente é capaz de tudo.
Termino o meu almoço e saio até a sacada admirando essa vista
expendida a minha frente, quem diria que um dia eu estaria aqui, em Dubai
passando por todas essas coisas.
Não vou mentir e dizer que não estou gostando de estar aqui, pois
estou sim, eu não gostei foi de ver um homem sendo assassinado na minha
frente, mas eu gostei de ter conhecido a cidade, de ter ganhado tantos
presentes caros, qual a mulher não gostaria de ganhar tudo que eu ganhei
em um único dia?
O único problema é que sei que vou ter que pagar por tudo isso com
o meu corpo, porque tudo que esse homem quer é me levar para cama, e
temo não resistir a ele depois daquele beijo tão envolvente, ainda posso
sentir o gosto e a maciez da sua língua na minha, e com essas lembranças
sinto o meu corpo esquentar, me lembro do quanto ele estava excitado e
ofego.
— Meu Deus... O que está acontecendo comigo...? — Sinto a veia
do meu pescoço pulsar mais rápido que o normal.
— Safira? Está tudo bem?
— Porra...! Me desculpa... Eu estou bem eu só me assustei... Oh
meu Deus... — Me viro abruptamente me deparando com ele atrás de mim
sem camisa, mal sinto as minhas pernas de tão trêmula que estou.
Me encontro no muro de proteção em busca de apoio mas ele se
aproxima, me deixando ainda mais tensa.
— O que você tem? Porque está tão tensa...? Consigo ver o quanto
está trêmula. — A sua proximidade me faz ofegar ainda mais, mas tento me
conter.
— Não é nada demais, só estava me lembrando do que houve...
Aquilo me assustou muito. — Espero que ele não desconfie do que estou
me referindo. — Posso fazer uma pergunta...? Porque me chama de Safira
se sabe que o meu nome é Brenda? — Tento mudar de assunto mas o vejo
sorrir de lado. Isso me faz corar pois ele me encara com malícia.
— Gosto de pedras preciosas, e como você mesma pôde ver, eu
tenho um monte delas nas minhas boates... E você é a jóia mais preciosa da
minha coleção... Está se tornando a minha preferida. — A sua justificativa
me incomoda pois ele está me comparando com aquelas prostitutas.
— Vai a merda você e as suas pedras preciosas! — Esbravejo entre
dentes o encerando furiosa e saio batendo o pé, mas ele me segura pelo
braço.
— Como ousa falar comigo dessa maneira? Já aturei a sua rebeldia
por tempo suficiente então chega! Não me obrigue a castigá-la pois não
hesitarei em fazê-lo! — Esbraveja de volta segurando o meu braço com
mais força e vejo o ódio em seus olhos.
— Me solta! Você está me machucando! — Tento me soltar mas ele
não deixa, o vejo trincar o maxilar tamanha é a sua raiva, mas então ele me
solta e eu saio apressada entrando no quarto e fecho as portas.
Não vou negar, ele está mesmo sendo piedoso comigo pois poderia
ter me matado a tempos pela minha desobediência, mas por algum motivo
ele não o faz, pensei que ele me estupraria por eu me recusar a me entregar
a ele, mas ele também não o fez e ainda poupou a vida da minha melhor
amiga porque eu implorei, esse tipo de gente não tem piedade de ninguém,
então porque ele está sendo piedoso comigo?
Me deito na cama pensativa sobre tudo isso, tentando encontrar a
verdadeira lógica para tudo isso, mas não consigo. Me perco em
pensamentos e acabo adormecendo desejando estar na minha casa com
Isabela.

Sinto algo passar pelos meus lábios e abro os olhos, me deparando


com ele passando o seu polegar pelos meus lábios. Me sento na cama
estragando os olhos mas ele me cara atento.
— Eu até pensei em deixá-la no hotel, mas eu preciso da sua
companhia no evento, então se arrume logo para não nos atrasarmos. — Ele
se levanta sério como sempre e vejo que ele já está arrumado.
Apenas concordo e me levanto rezando para mais ninguém morrer
na minha frente hoje. Vou para o banheiro e tomo um banho rápido para não
me demorar, logo estou saindo e corro para me arrumar.
Vasculho às sacolas com as minhas compras e escolho um vestido
cravejado por pedrarias rosas, a estampa do vestido é meio transparente mas
ele é divino de tão lindo, é algo chique, fino e muito caro.
O vestido é longo e tem uma fenda generosa na frente dele, entre as
minhas pernas e sua abertura vem até o meio das coxas. As pedrarias
cobrem o vestido inteiro e formam um decote no busto, mas não consigo
fechar o zíper nas costas do vestido.
Deixo o vestido aberto enquanto faço um penteado no cabelo e
também a minha maquiagem, realçando bem os olhos.
— Está demorando demais, já está... Pronta...? — Ouço sua voz
irritada se aproximar mas vejo a sua surpresa ao parar na porta do banheiro,
me admirando de cima abaixo.
— Estou com dificuldade para a fechar o vestido... Não alcanço o
zíper. — Coro com a intensidade do seu olhar sobre o meu corpo.
Me viro de costas para ele puxando os cabelos para o lado,
esperando a sua ajuda. Logo sinto os seus dedos tocarem a minha pele
enquanto desliza o zíper do vestido. Ele está tão próximo que sinto a sua
respiração pesada bater na minha nuca.
— Você está maravilhosa... Está linda... Que ninguém ouse se
aproximar de você além de mim, ou eu mesmo mato o bastardo!
Seu comentário me faz arrepiar e eu me viro dando um passo para
trás, ele respira fundo ao perceber o que disse e esfrega as mãos no rosto.
— Não se preocupe, não vai acontecer nada... Não vou deixar você
um minuto sequer longe de mim. — Ele dá um passo na minha direção mas
desiste. — Vamos! Não quero me atrasar. — Avisa antes de sair do banheiro
e eu solto a respiração que eu nem percebi que prendia.
O que está acontecendo comigo? Porque estou permitindo que esse
homem me deixe assim? Ele me sequestrou e está me obrigando a ficar ao
lado dele como um troféu para ser exibido, até quando isso vai durar?
Saio do banheiro e pego a bolsa que deixei sobre a cama, saio do
quarto e o encontro em pé na sacada conversando em segredo com Charles,
pela sua expressão ele não parece muito satisfeito com alguma coisa.
O vejo distraído então sigo em direção a porta, mas paro em frente
ao enorme espelho na parede para me ver melhor, eu realmente me sinto
linda nessa roupa caríssima, mas não vou ficar me iludindo porque essa não
é a minha vida, quando esse homem se cansar de mim a minha vida voltará
ao que era antes, vou voltar a ser uma pessoa simples e sem todo esse luxo.
— Por um momento pensei que fosse tentar fugir de novo, mas que
bom que não o fez, não quero me arrepender de confiar em você... Vamos!
— Ele para o meu lado com as mãos nos bolsos enquanto Charles abre a
porta para sairmos.
Não digo nada, apenas saio da suíte com ele ao meu lado e sinto a
sua mão na minha cintura, não tenho mais como negar que o seu toque me
afeta, mas ele não precisa saber disso já que falei na cara dele que jamais
iria gostar que me tocasse.
Droga! Esse cara atende mesmo a sua fama de poderoso, mas não
quero que ele tenha tanto poder sobre mim, não posso deixar isso acontecer.
Saímos do hotel em uma Limusine e seguimos sei lá para onde,
evito fazer tantas perguntas e fico quieta na minha, pelo menos sei que ele
não vai me vender para nenhum dos seus amigos mafiosos, e nem vai me
obrigar a me deitar com ninguém, isso já é um imenso alívio, Talvez ele não
seja esse monstro que eu pintei na minha mente, mas ainda assim, é cruel
por me manter presa a ele.
Ela está tão linda que tenho receios de que tentem agarrá-la outra
vez, mas se isso acontecer eu mesmo mato o infeliz, ela é minha e não vou
aceitar que ninguém toque nela além de mim, ela é a minha bonequinha,
somente minha!
Chegamos na mansão de um grande amigo meu, e também um dos
meus melhores clientes, Leon Young, Capo de uma das maiores máfias
japonesas, ele está promovendo um jantar para nós aproximarmos de novos
clientes, vai ter muita gente importante nesse lugar e mais cedo eu enviei
uma pequena amostra dos meus produtos para que ele os distribua, assim
todos ficam conhecem o quanto podem se beneficiar comprando comigo.
Não quero me gabar, mas modéstia parte, ninguém vende uma
cocaína melhor que a minha, até o haxixe tem uma qualidade inigualável,
sem falar nas melhores prostitutas que são tão belas quanto os nomes que
lhes dei, e mais gostosas que os pratos mais refinados que existem. Quem
entra nas minhas boates, entra no paraíso.
— Senhoras e senhoras! Eu lhes apresento, o soberano Michael
D'ávila e sua belíssima acompanhante...! Sejam bem-vindos meu amigo! —
Leon se aproxima me abraçando empolgado, e pega a mão de Safira
depositando um beijo demorado, isso me incomoda.
— É um prazer revê-lo novamente, meu amigo! É bom estar aqui e
espero sair satisfeito com ótimas propostas. — Cumprimento-o de volta e
mais uma vez abraço a minha bonequinha pela cintura.
Nos aproximamos de alguns grandes milionários cumprimentando a
todos, e logo de cara vejo o interesse de todos pela mercadoria oferecida,
pego um uísque para mim e um champanhe para Safira, ela aceita de bom
grado e não parece se incomodar com todas essas pessoas, isso me agrada
bastante.
Safira parece mais confiante e até se afasta um pouco de mim para
conversar com algumas damas que puxam assunto com ela, ela sorrir como
ainda não havia visto antes, ela está radiante e sua pose de dama, de mulher
forte e poderosa me faz repensar sobre aquela história de ter uma primeira
dama. Mas Safira seria uma boa escolha? Ainda não sei, ela me desafia
muito, do mesmo jeito que me faz ter piedade dela, me faz querer matá-la
por me deixar tão furioso.
A admiro com mais atenção e vejo todos os olhares sobre ela, ela
chegou aqui com o rei da máfia italiana então é normal que a admirem
tanto. Sorrio satisfeito por isso e dou mais atenção a todos a minha volta,
mas sem tirar a minha atenção dela.
Depois de um tempo conversando e bebendo, Charles se aproxima
calmamente e me avisa que o Cartel Los Guardianes respondeu a prisão de
Eduardo Silvano, mesmo eles sabendo que foi aquele energúmeno que
rompeu com o nosso tratado de trégua, invadiram uma das minhas boates e
capturaram dois dos meus soldados e isso não vai ficar assim.
— Sr. D'ávila? Está tudo bem? — Safira para ao meu lado me
encarando apreensiva.
Abraço a sua cintura e guio-a para um canto menos movimentado, a
encaro sério confirmando que algo está errado.
— Presta atenção no que eu vou te dizer, porque eu não vou repetir!
Para sua segurança é melhor não me desobedecer, eu fui claro, Brenda? —
A encaro ainda mais sério surpreendendo-a ao chamá-la pelo seu nome real
pela primeira vez. Ela apenas concorda. — Os meus soldados vão tirar você
daqui e te levar para um lugar seguro, eu preciso voltar para Roma agora
mesmo mas eu volto para te buscar... Por favor! Não me decepcione! —
Toco o seu rosto de maneira suave olhando entre os seus olhos e a sua boca.
— O que está acontecendo? Porque precisa me deixar aqui...? Não
me deixa sozinha? Me leva com você? Eu prometo não desobedecê-lo, você
pode me deixar com minha amiga e eu prometo não fugir... Por favor me
leva com você? — Súplica em um tom aflito segurando firme a minha mão.
— Se aclama! Eu queria muito levar você comigo, mas não posso
correr o risco de acontecer algo com você... O Cartel na qual Eduardo
pertence rompeu com o nosso acordo de trégua e decretaram guerra contra
mim, e eu preciso resolver isso, dois dos meus homens foram capturados e
podem tentar chegar até você para me atingir, e eu não posso deixar isso
assim... Eu preciso ir mas você ficará aqui, ouviu bem? — Explico em um
tom baixo e posso ver em seus olhos a sua preocupação, não sei se comigo
ou com o seu ex. namorado e pensar nela com ele me irrita.
— Meu Deus... Promete que vai voltar? Promete que não vai me
deixar presa aqui...? Promete que vai se cuidar? — Ela cora ao se preocupar
comigo e eu sorrio por isso.
Toco o seu rosto mais uma vez e puxo-a para o meu corpo, passo o
meu polegar pelos seus lábios, louco para beijá-la novamente, mas não
quero ser rejeitado na frente dessas pessoas então solto-a mesmo contra a
minha vontade. Faço sinal para Charles e ele se aproxima com dois dos
nossos homens.
— Levem-na! E se eu a encontrar com um arranhão sequer, vocês
pagarão com a vida por isso, eu fui claro? — Os alerto em um tom firme e
autoritário e eles concordam.
— Não se preocupe, senhor! Vamos protegê-la com a nossa vida se
necessário. — Afirma um dos soltados e eu não esperava menos.
— Espera, Michael! Por favor você não prometeu o que eu te pedi...
Por favor? Eu sei que não estou em condições de pedir nada mas...
— Eu prometo! Eu vou me cuidar e volto para te buscar, agora vá
com eles! — Toco mais uma vez o seu rosto surpreso por ela me chamar
pelo meu nome.
Eu nunca gostei tanto da pronúncia do meu nome como agora.
Aceno para os meus soldados e eles escoltam Safira para fora desse lugar.
Vejo Leon se aproximar apreensivo pois já percebeu que aconteceu alguma
coisa.
— Precisa de ajuda, meu amigo? Sei que está acontecendo alguma
coisa, se precisar de mim é só avisar. — Ele me segura pelos ombros me
encarando nos olhos e eu respiro fundo.
— Não vou acabar com o seu evento, o objetivo principal aqui nós
já cumprimos então eu preciso ir, preciso voltar a Roma e é urgente... Mas
não se preocupe, se eu precisar de reforço eu te chamo... Obrigado por estar
ao meu lado, nos vemos em outra ocasião. — Me despeço do meu amigo
mas ele me acompanha até a saída.
Leon insiste em me ajudar então aceito a sua oferta para que alguns
dos seus homens se juntem a nós nessa batalha, então não recuso. Saio da
mansão Young em um dos dez carros e seguimos direto para o hangar
particular de Leon, vai ser de lá que vamos seguir no meu jato de volta para
Roma, mas os meus pensamentos não saem de Safira.
Ela me chamou pelo meu primeiro nome, ela demonstrou
preocupação comigo e eu estou surpreso até agora por conta disso. Pensei
que toda essa preocupação fosse por causa do outro, mas me enganei e me
surpreendi, ela se preocupa comigo mesmo me rejeitando.
Me obrigo a tirá-la dos meus pensamentos e focar a minha atenção
nos nossos planos para acabarmos de uma vez por todas com os nossos
inimigos, e dessa vez eu não vou descansar até conseguir o que eu quero.
Vou Finalmente vingar a morte de minha mãe que foi assassinada
por um membro daquela maldita facção, eu vou aniquilar esses ratos
malditos da face da terra, vou mover pedra sobre pedra mas eu acabo com
um por um, nem que isso custe a minha vida mas eles vão pagar!
Embarcamos no meu jato eu e todos os meus soltados e também os
homens de Leon, o meu Cartel conta com uma numerosa quantidade de
soldados, mas a ajuda de Leon pode garantir a nossa vitória e eu não vou
descansar até conseguir isso.

Chegamos em Roma e seguimos direto para o armazém onde o meu


pessoal já estão me aguardando, Joaquim e Charles se unem para
organizarem os grupos para seguirmos as estratégicas montadas durante o
voo. Vejo um dos meus homens se aproximar com Eduardo e o joga aos
meus pés, seu rosto está completamente desfigurado pois com certeza foi
torturado.
— Levantem ele! Agora a conversa é comigo! — Arranco a minha
pistola de ouro da cintura e aponto na cabeça dele.
— Você não pode me matar! Ou você vai formar uma guerra contra
você mesmo! — Ele abre um sorriso vitorioso mas gargalho na sua cara.
— Eu vou formar uma guerra contra mim...? Foi você quem formou
uma guerra contra si mesmo quando invadiu o meu estabelecimento! Eu
avisei que você não era bem-vindo no meu território, mas você é burro o
suficiente para não seguir o meu conselho, ou se acha esperto demais por
achar que pode me desafiar e ficaria por isso mesmo... Agora eu vou te
mostrar o que acontece quando alguém me desafia! — Destravo a minha
arma apontando novamente na sua cabeça, mas sorrio ao me lembrar de
Safira. — Você se lembra da mulher que você agrediu dentro da minha
boate, e dizia que ela era sua mulher? Pois bem! Agora ela é minha! Eu vou
dar a Brenda o que só um homem de verdade é capaz de fazer, vou
transformá-la em uma deusa porque é isso que ela é... Vou fazê-la recuperar
o tempo que perdeu com um basto como você! — Disparo a minha pistola
por duas vezes fazendo um buraco ao lado do outro na sua testa.
O infeliz cai de joelhos aos meus pés e seu corpo vai para o chão
sem vida.
— Charles! Limpe a minha arma! Está suja com o sangue imundo
desse maldito infeliz! — Ordeno entregando a minha arma a ele e sigo até
Joaquim conversamos com os nossos soldados, todos armados e com os
seus escudos de proteção, se vamos para uma guerra, então vamos
preparados! — Soldados! Preparem-se! A hora chegou e nós vamos partir!
— SIM SOBERANO! — Respondem todos.
Avançamos em muitos carros em direção a mansão onde está
instalado o Cartel Los Guardianes, os meus homens conseguiram extrair
muitas informações daquele maldito do Eduardo Silvano, e graças a isso
sabemos que o Cartel está dividido em duas regiões então no meio do nosso
trajeto nos separamos, a metade dos soldados seguem com Joaquim e os
outros, e Charles vem comigo com a segunda tropa.
Nós aproximamos da mansão no mesmo instante em que eles saem
fortemente armados e tão preparados quanto nós, os meus homens seguem
na frente me dando cobertura e eu sigo logo atrás protegido por um pequeno
pelotão.
Os disparos são muitos, vejo homens caindo para todos os lados e a
maioria são dos nossos inimigos, pois o escudo é uma novidade no nosso
Cartel e eles não esperavam por isso.
Gritos e tiros são ouvidos de longe, vejo um pequeno grupo de
homens se afastando e sei que naquele meio está quem eu quero ter o prazer
de olhar nos olhos.
— O MALANDRO ESTÁ FUGINDO! NÃO PERMITAM QUE
ISSO ACONTEÇA HOMENS!
Corro na mesma direção que ele disparando as minhas armas e vejo
ao longe alguns dos meus homens se aproximarem os encurralando, o
confronto se estende e vejo que também perdemos alguns dos nossos
homens, mas o que resta dos nossos inimigos eles recuam voltando para
dentro da mansão e nós entramos atrás os rendendo no salão principal, onde
a um verdadeiro arsenal de armas, munição e drogas para todos os lados.
— Michael! Michael tenha misericórdia? Nós só nos defendemos,
vocês violaram o tratado de paz quando aprisionaram um dos meus
homens! — Malandro sai de trás de alguns dos seus homens com as mãos
para cima e joga a sua arma para o lado.
— O seu homem foi pego fazendo merda dentro do meu território!
O seu homem violou o tratado de trégua! E o seu homem começou essa
guerra então não me peça misericórdia! Não me peça clemência porque
você está me devendo! — Esbravejo entre dentes, me segurando para não
matar logo esse bastardo maldito!
— Podemos fazer um novo acordo, as coisas não precisam terminar
assim...! Poupe a minha vida e eu lhe juro lealdade...! Misericórdia,
Michael? — Implora se ajoelhando na minha frente e eu olho dentro dos
seus olhos como estava desejando a anos.
— Você teve misericórdia da minha mãe, quando ela implorou pela
sua vida...? Ela era uma mulher e estava desarmada! Você teve misericórdia
dela seu bastardo? — Esbravejo o encarando com toda a fúria do meu
coração e o vejo tremer, exatamente como eu queria vê-lo. — RESPONDA!
EU QUERO OUVIR A SUA VOZ! VOCÊ TEVE CLEMÊNCIA
QUANDO UMA MULHER DESARMADA IMPLOROU PARA VIVER?
— NÃO!
— ENTÃO MORRA MALDITO! — Descarrego as minhas duas
armas na sua cabeça e no seu corpo que cai sem vida no chão.
Ouço um disparo diferente e sinto o meu braço arder enquanto os
meus homens disparam contra os outros a nossa frente e eu me abaixo para
não ser atingido novamente, eles revidam mas é por poucos segundos.
O nosso confronto termina e nós saímos da casa averiguando se não
há algum sobrevivente inimigo caído entre alguns dos nossos, perdemos dez
homens e há poucos feridos.
— Charles! Eu quero que queimem tudo! Recolham os corpos e
coloquem dentro da casa, queimem tudo e não deixem nada para ser
investigado contra nós! Recolham as armas e munições, mandem os nossos
homens feridos para ao nosso hospital clandestino e dão um jeito nos
corpos dos nossos homens mortos, não deixem nada que nos ligue a esse
confronto, eu fui claro? Faça o que você faz de melhor! De um jeito em
tudo isso! — Dou ordens a Charles enquanto olho a minha volta, e vejo
Joaquim e os outros chegarem apressados, mas param os carros longe por
conta da quantidade de corpos jogos ao chão.
— Joaquim! Você está bem? Está ferido? — Sigo na sua direção
deixando Charles para trás e meu irmão se apressa para achegar até a mim.
— Já faz tempo que não via um confronto como esse, perdemos
alguns homens e outros estão feridos... E você? Está ferido? O seu braço
está sangrando, você precisa de um médico, mas não fique triste se ganhar
uma nova cicatriz... Seu filho da mãe! Que bom que está bem. — Ele me
encara preocupado mas sorrir me abraçando ao ver que não foi nada grave.
— Digo o mesmo de você! Formamos uma bela dupla e eu me
orgulho muito disso... O papai e a mamãe estariam orgulhosos de nós
agora... Eles foram vingados, Joaquim... Eu vinguei os nossos pais,
malandro está morto e eu mesmo o matei como havia prometido. — Sinto o
meu coração disparar pela primeira vez em anos, finalmente me sinto
tranquilo por saber que quem me tirou os nossos pais hoje não vive mais.
Meus pais eram o casal mais respeitado dentro da máfia italiana,
eles eram uma dupla brilhante e eu estou seguindo a referência do que eles
foram para mim. Eles foram os melhores.
— Você vingou os nossos pais, estou ainda mais orgulhoso de você
agora, meu irmão! — Sua voz embargada e seus olhos marejados me
mostram um alívio imenso por saber que cumprimos a promessa que
fizemos no túmulo dos nossos pais, é o mesmo alívio que estou sentindo
agora.
— Vamos sair daqui! Precisamos resolver algumas coisas antes de
eu ir... Vou precisar me ausentar por uns dias, para todos os efeitos eu ainda
estou em Dubai e isso aqui não teve nada a ver conosco, sai da cidade com
a sua mulher, tira uns dias de folga e depois voltamos... Leve alguns dos
nossos homens para fazerem a segurança de vocês, e não se preocupe
comigo, eu vou estar bem... Vou voltar para Dubai e Leon Young me
ajudará a cobrir os rastros da minha saída de Dubai, vai ser como se eu
ainda estivesse lá... Vou dar um jeito para que não encontrem vocês
também, mas no menor problema você sabe como me achar... Eu te amo
irmão! Se cuida! Nós vemos em breve. — O abraço mais uma vez mesmo
sentindo o meu braço doer, nos despedimos um do outro e nos apressamos
para sair logo dali.
DOIS DIAS DEPOIS...

— Obrigado pela sua ajuda, Leon, saiba que pode contar comigo
para o que for, meu amigo! Não importa o como ou com o quê, eu vou estar
a sua disposição. — O abraço apertando já me despedindo depois de dois
dias na sua companhia.
Eu precisava que todos soubessem que sempre estive em Dubai com
Leon, assim não levanto suspeitas sobre a minha participação no confronto
ao Cartel Los Guardianes.
— Eu te devia uma, então o que fiz não foi só por obrigação, mas
porque você é um grande amigo e me salvou no passado, ainda me sinto em
dívida com você e acho que jamais conseguirei pagar pelo que fez, Michael,
mas saiba que sempre poderá contar não só comigo, mas com o meu Cartel
também, os meus soldados sempre estarão a sua disposição. — Comenta
enquanto andando pelo seu extenso jardim e eu sorrio satisfeito, eu não
esperava outra atitude sua que não fosse essa.
— Bom, meu amigo, eu preciso ir, mas se precisar de mim você
sabe como me encontrar.
Nós despedimos e eu sigo para o meu carro com Charles e mais
alguns seguranças, saímos da mansão e seguimos para o hangar particular
de Leon, sairei da cidade sem ser notado pois não quero ser rastreado por
qualquer um, e de lá vou poder sair sem que saibam que sou eu.
Chego no hangar e decolo com Charles em um helicóptero que veio
me buscar, sigo para a minha ilha particular e sei que a minha chegada está
sendo aguardada.
Ontem falei com Safira por telefone e mais uma vez a sua angustia e
preocupação comigo me surpreendeu, essa mulher me deixa de um jeito que
não sei explicar, tenho pensado nela com muita frequência e isso está me
assustando, nunca pensei tanto em uma única mulher, nem com Esmeralda
que era a minha preferida até conhece Safira, eu não me importava tanto
com ela, só mandei que fossem atrás do cliente que a agrediu porque fiquei
sem os seus serviços por causa de um infeliz. Mas Safira está me
surpreendendo mais do que eu gostaria, a paciência que possuo com ela eu
não tenho com mais ninguém, nem mesmo com Joaquim que é sangue do
meu sangue.
Poucos minutos depois avisto um iate a baixo de nós e o reconheço
logo de cara, é o meu iate, os meus homens foram até a cidade me buscar,
mas como optei por voar até a ilha eles aproveitaram para pegar a visita que
veio de Roma, então pousando no heliporto do dele e seguimos o nosso
percurso até chagar na minha ilha.
Encontro a bordo alguém que Safira vai gostar de ver, com isso
espero conseguir que ela baixe um pouco mais a guarda comigo, já estou
farto dela me rejeitar.

Chegamos na ilha e eu desço primeiro seguindo pela praia, vejo de


longe ela em uma espreguiçadeira com aquela bunda magnífica para o alto,
um biquíni minúsculo que quero arrancar do seu corpo mas sei que ela não
aprovaria isso. Me aproximo dela que parece ter adormecido, me aproximo
mais dela que não nota a minha presença, mas se mexe se virando para o
meu lado e se levanta abruptamente ao me ver chegar.
— Michael...? Quer dizer, Sr. D'ávila, que bom que chegou, pensei
que fosse me deixar aqui para sempre, se bem que eu não me importaria em
ficar nesse paraíso. — Ela se joga em meus braços me apertando forte, mas
se solta se desculpando em seguida.
Sorrio pela sua animação em me ver de novo, seu rosto corado de
vergonha ou pelo sol, está lindo. Ela está linda.
— Prefiro que me chame de Michael, gostei do meu nome na sua
boca, sua voz é tão suave e meiga... — Toco o seu rosto em um carinho
suave, mas me surpreendo comigo mesmo e me calo imediatamente. — Eu
trouxe alguém que você vai gostar de ver. — Olho para atrás e vejo a sua
amiga vir correndo na nossa direção.
— Brenda...! Amiga! — Grita acenando para ela.
— Isa...? Meu Deus você trouxe a minha amiga? Isabela! —
Pergunta eufórica e corre em direção a amiga.
Fico aqui admirando as duas se abraçando aos prantos e vejo ali a
mesma lição que tenho com o meu irmão, Safira prometeu fazer o que eu
quiser só para poupar a sua amiga, pediu até que eu a matasse no lugar da
outra e desmaiou tamanho foi o seu desespero, definitivamente essas duas
se amam, um amor verdadeiro de irmãs.
Deixo elas se curtindo e vou em direção a casa, elas devem querer
pôr a conversa em dia e eu preciso descansar, estou me sentindo exausto.
Ficar aqui sozinha por dois dias preocupada com o que estava
acontecendo, quase me enlouqueceu, só consegui me acalmar quando
finalmente falei com ele ontem, eu senti um alívio tão grande quando ele
disse que estava voltando, não vou negar, eu fiquei apavorada só em saber
que poderia acontecer algo com ele, pois para ter me isolado do mundo e
sumido por dois dias, boa coisa não estava acontecendo.
Ver Isabela correndo na minha direção fez o meu coração disparar, a
minha alegria foi tão grande que choramos juntas abraçadas uma na outra,
nós sentamos ali mesmo na areia e conversamos um pouco para sabermos
se uma e a outra está mesmo bem.
Conto a ela tudo que tem acontecido comigo desde que nós vimos
pela última vez, e ela me garante que estava sendo tratada como uma
rainha, me surpreendo com isso e olho em direção a casa, mas ele não está
mais lá, deve ter entrado para descansar da viagem.
— Me diz uma coisa, Brenda...? Como está sendo a sua relação com
o poderoso chefão? Ele te obrigou a fazer alguma coisa? Ele fez alguma
maldade com você? Antes de parecer esse príncipe que você me contou? —
Ela me encara apreensiva e eu sorrio.
— Mas é claro que não, amiga, ele é bem insistente mas ele nunca
me forçou a nada... Quer dizer... A uns dias atrás ele me beijou a força, eu
tentei evitar, tentei resistir mas não consegui... Eu o beijei de volta e não
pensei que fosse gostar tanto, na verdade, eu não consigo esquecer aquele
beijo e as vezes acho que estou ficando louca... Ele me sequestrou, me
trouxe para esse lugar a força mas... Ele me salvou do Eduardo, na verdade
ele salvou a nós duas, ele poupou a sua vida e te manteve segura, ele
mandou que me trouxessem para esse lugar para me manter segura,
enquanto ele resolvia os problemas dele... Ele me deu um banho de loja sem
nem ao menos eu esperar por isso, mesmo que ele esteja fazendo sem
intenção, ele está sendo mais atencioso do que Eduardo foi em dois anos, e
sinceramente... Eu não sei até quando dou conseguir resistir a ele... Eu não
sei o que está acontecendo comigo, eu devia odiá-lo mas eu não o odeio. —
Desabafo angustiada enquanto ela me encara perplexa.
— Caramba...! Por essa eu não esperava, você gosta dele... E a
mocinha se apaixonou pelo seu sequestrador! — Comenta eufórica me
deixando perplexa. — Não me encara assim, Brenda! Você já amava um
bandido cafajeste antes, qual é o problema de amar um bandido atencioso e
muitíssimo generoso? Sem falar que ele parece um Deus grego de tão lindo.
— Ela se levanta admirando a vista do mar a nossa frente.
— Você está mais louca que eu, só pode ser isso. — Me levanto
também e olho em direção a casa desejando vê-lo e saber se ele está bem.
— Vamos entrar? Eu quero conhecer essa mansão linda... E você
pelo visto está querendo ver o dono dela. — Dispara me arrastando em
direção a casa e eu sorrio.
Admito a verdade para ela pois nunca escondemos nada uma da
outra. Entramos na casa e eu mostro tudo a ela, por cada cômodo que
entramos espero encontrá-lo, mas não dei sorte, ele deve estar em um dos
quartos, deve estar descansando.
Depois de mostrar tudo a Isa eu a levo para conhecer o quarto onde
ela vai ficar, não sei por quanto tempo vamos permanecer nessa ilha
maravilhosa, mas quero aproveitar esse momento com a minha amiga o
máximo que eu puder.
Já está quase na hora do jantar então vou para o meu quarto tomar
um banho e me arrumar, quero estar bem vestida no jantar, quero estar linda
mas é para mim mesma... Tá legal! A quem eu estou querendo enganar?
Quero que ele me veja linda.
Entro no quarto e sigo direto para o banheiro, tiro o meu biquíni
novo e entro no banho, mas não me demoro muito pois estou faminta e
ansiosa para estar novamente com Isa.
Termino o meu banho e me enrolo na toalha voltando para o quanto,
me aproximo da cama para pegar a roupa que já estava separa para me
vestir mas sinto alguém me agarrar por trás.
— Não...! Não... — Me debato nervosa por não ver quem é, mas
quando ele me vira de frente para ele ainda prendendo o meu corpo no seu,
eu ofego por sentir a sua ereção na minha pélvis.
— Você não vai mais fugir de mim! Eu já estou ficando louco... Eu
quero você! — Diz em um tom rouco e me joga na cama se pondo sobre
mim.
Tento sair das suas garras mas ele segura as minhas mãos acima da
cabeça.
— O que vai fazer...? Vai me possuir a força? — Contesto tentando
me soltar mas ele geme baixinho se esfregando em mim, oh meu Deus, ele
também está nu.
— Me diz você? Eu estou fazendo isso contra a sua vontade? — Ele
me encara nos olhos enquanto puxa a toalha do meu corpo e admira os
meus seios.
Não consigo contradizê-lo, ele tenta me beijar mas automaticamente
eu viro o rosto e ele beija o meu pescoço, minha pele se arrepia no mesmo
instante e eu ofego, ele chupa e cheira a minha pele me fazendo gemer e
arquear.
— A sua pele é tão cheirosa... Tão macia... Você é muito gostosa...
— Sussurra no meu ouvir enquanto toca o meu seio acariciando o meu
mamilo.
— Ohhh... O que você está fazendo...? O que você quer de mim,
Michael...? — Questiono em um fio de voz enquanto a sua boca desce entre
os meus seios, mas ele não solta as minhas mãos.
— Eu vou te mostrar o que eu quero, Brenda!
Rapidamente ele suga o meu mamilo e eu gemi mais uma vez me
arqueando para ele, deliro perdida em desejos e sensações alucinantes, o
que esse homem está fazendo comigo?
A sua língua desliza de um seio para o outro enquanto ele se encaixa
na minha intimidade, me penetrando lentamente.
— Ohhhh... Inferno...! Porra como você é apertada... Ohhh caralho...
— Geme entre dentes enquanto se instala todo dentro de mim e eu tento
respirar.
— Ou é você que é grande demais...? Ohhh... Está me esticando...
Mas é tão bom... Ohhh... — Deliro entre sussurros de olhos fechados mas
sinto a sua boca devorar a minha.
— Eu sabia que você seria minha, e falei que seria questão de tempo
para eu ter você... E agora tenho... Você é minha, bonequinha... Minha
mulher porque eu quero você... Ohhh boceta gostosa, eu quero você
engolindo o meu pau inteirinho... — Ele se movimenta forte e bruto dentro
de mim me deixando sem fôlego, me fazendo delirar.
— Eu sou sua... Ahhh cacete eu sou sua... Michael... — Gemi na sua
boca abraçando a sua cintura com as minhas pernas e ele finalmente solta as
minhas mãos.
Michael me encara de um jeito faminto e abraça o meu corpo se
erguendo, ele se ajoelha na cama se sentando sobre os seus calcanhares sem
sair de mim. Abraço o seu pescoço olhando nos seus olhos e começo a
rebolar na sua ereção, avanço na sua boca beijando-o ferozmente e ele
agarra a minha bunda com uma de suas mãos, me fazendo cavalgar nele.
Gememos entre os beijos delirando de prazer, ainda não acredito que
estou me entregando a ele, e mais, eu disse a ele que sou sua.
— Eu não posso estar sonhando... Isso tem que ser real... Ohhh tem
que ser real... — Encaro os seus olhos desejando não estar sonhando, de
repente ele me tira do seu colo me virando abruptamente me colocando de
quatro na cama.
— Eu vou te mostrar o quão real eu sou... Vou te mostrar o quanto
você é minha. — Ele segura firme a minha cintura e me penetra de uma só
vez me fazendo perder o fôlego.
Sinto a sua mão no meu cabelo puxando com força o suficiente para
me fazer encará-lo enquanto me penetra forte, sinto a minha boceta arder
mas não me importo, eu quero mais e ele me dá, ele me preenche inteira
com o seu tamanho. Seus gemidos roucos me excitam ainda mais, a sua
pega forte me faz estremecer e gemer descontrolada, desejando mais.
Me ergo puxando-o pela nuca e o mesmo devora a minha boca,
faminto, enquanto estica a minha boceta com o seu pau saliente. Ele me
estoca forte, entra com tudo em mim e eu ainda quero mais.
— Me dá mais...? Me pega de jeito? Me fode...? Me faz gozar! Ou
você não é capaz disso? — O encaro nos olhos e me arrependo das minhas
palavras ao ver a sua fúria surgir.
— Maldita...! Você quer gozar? Então eu vou fazer você gozar! —
Michael sai de mim furioso e me joga na cama com tudo.
O encaro assustada mas eu estou gostando desse tipo de perigo. O
homem a minha frente se joga sobre mim erguendo as minhas pernas,
passando-as sobre os seus ombros.
— Ohhh... Meu Deus... Ohh soberano isso... Isso Michael... Ahh
céus... — Gemi alto assim que o sinto entrar em mim brutalmente me
preenchendo mais uma vez.
— Você não queria gozar, bonequinha...? Então goza no meu pau!
Me aperta nessa boceta gostosa, vai! Eu estou ordenando! Me obedeça!
Ohhh eu não vou gozar até que você goze! — Ordena entre dentes metendo
em mim com força e eu perco o fôlego mais uma vez.
Sinto ele entrar em mim inteirinho e eu sinto uma insana
necessidade de gritar, de buscar por um alívio que não vem, sinto que posso
explodir, sinto uma pressão no meu ventre e de repente eu gozo me
entregando ao alívio que eu tanto buscava.
— Filha da mãe... Gostosa do caralho...! Ohh Inferno! Eu estou sem
camisinha... Puta merda... Ohhh isso é surreal... Você é surreal sua gostosa
atrevida...! — Geme com a voz ainda mais rouca e o sinto latejar, Michael
me fode mais rápido e logo sinto-o gozar me preenchendo e me
satisfazendo com o seu líquido quente.
Ele me encara ofegante mas me encara sério, ele desce as minhas
pernas dos seus ombros e desaba sobre mim devorando a minha boca em
um beijo intenso, um beijo manso mas ainda assim, intenso e eu não quero
que acabe, mas também sei que quando surgir uma pedra mais preciosa que
eu, ele vai me trocar por ela.
Ele quebra o beijo me encarando atento e eu viro o rosto, enviando
encontrar os seus olhos, Michael segura o meu queixo me obrigando a
encará-lo.
— O que foi? O seu beijo ficou diferente de repente... Ficou triste,
se arrependeu de transar comigo? Não gostou, é isso? Ainda acha que te
obriguei a fazer tudo isso? — Questiona com um sorriso cínico no canto
dos lábios e eu tento sair debaixo dele, mas ele não deixa.
— Não é nada, eu preciso tomar um banho e me arrumar, Isabela
deve estar me esperando para jantar... — Tento mais uma vez sair mas
novamente ele não permite.
Michael me beija mais uma vez e diferente de segundos atrás, eu me
rendo ao seu beijo desejando que ele não acabe.
— Não minta para mim! Eu não suporto isso então me diga a
verdade! O que está acontecendo? O que está escondendo de mim? — Ele
sai de mim se deitando ao meu lado mas a sua atenção está no meu rosto.
Eu coro, de vergonha e tento me levantar, mas novamente ele não
deixa e me puxa para o seu corpo.
— Você já conseguiu o que queria, afinal, você é um homem
poderoso e consegue tudo o que quer, vai me dispensar agora ou vai me
comer um pouco mais até se cansar? Eu já posso ir embora ou você vai me
manter como sua escrava sexual? — Me solto dele irritada e vou em direção
ao banheiro, mas ele me alcança e me coloca contra a parede devorando a
minha boca mais uma vez.
É impossível resistir a esse homem, mas não quero me tornar o seu
brinquinho para depois me jogar fora quando se cansar.
— Você é a minha bonequinha porque é linda... Mas você também é
minha mulher porque não será de nenhum outro! Você é a jóia mais
preciosa entre todas as outras, e eu só quero a mais valiosa... A partir de
agora eu só quero você. — Afirma olhando no fundo dos meus olhos e eu
estremeço com as suas palavras.
— Está falando sério...? Não vai me usar e depois me jogar fora...?
Michael... Ahhh... — Sussurro o seu nome quando sinto-o esfregar a sua
ereção na minha intimidade melada com o nosso gozo.
— Eu preciso de uma primeira dama, e eu só quero se ela for você...
Mas para isso você precisa aceitar o que eu faço, precisa aceitar o que eu
sou e não pode me questionar sobre nada, e terá que me acompanhar aonde
quer que eu vá e precise da sua companhia... Você está disposta a ficar
comigo nessas condições? Se não estiver eu deixo você ir embora agora
mesmo, vai voltar a dançar na minha boate e vira até a mim sempre que eu
desejar, do contrário, amanhã mesmo todos saberão que você é minha
mulher... Todos saberão que o rei agora tem uma rainha... Você tem até
amanhã para me responder. — Ele me solta e entra no banheiro me
deixando aqui perplexa.
Eu? Me tornar a rainha de um mafioso? Vou ter que concordar com
os crimes que ele comete? O que eu faço? Me torno a sua prostituta
dançando para outros homens em uma boate e transo com ele quando ele
desejar, ou me torno a sua rainha no mundo do crime e tenho uma vida de
luxo? Isso está mesmo acontecendo?
Saio dos meus pensamentos e entro no banheiro o admirando
embaixo da água, droga! Porque ele tinha que ser tão lindo e gostoso?
Porque eu fui gostar justo de um mafioso? Bom, eu já gostava de um antes
e aquele maldito quase me matou, quase me obrigou a me prostituir e ainda
me tirava o pouco dinheiro que eu tinha, então porque não gostar de um
mafioso que vai mudar a minha vida? Que vai me dá tudo que eu mereço?
O vejo me encarar atento, ele sabe que me deixou pensativa mas
nesse momento tudo que eu consigo pensar, é em senti-lo mais uma vez.
— Se está me admirando com desejo é porque me quer, então vem
logo! O seu lugar é aqui, coladinha em mim tomando o meu pau nessa
boceta gostosa. — Diz enquanto se masturba e eu ofego, meu Deus, esse
homem já está conseguindo me dominar, o sexo com ele foi perfeito, foi
intenso como jamais senti antes.
Entro no box e me junto a ele na água, ele dá banho em mim
passando sabonete entre os meus seios e também na minha intimidade, seu
dedo escorrega para dentro de mim e eu gemi em resposta. Ele me lava para
tirar o sabão do meu corpo, mas de repente se abaixa na minha frente
passando uma de minhas pernas sobre os seus ombros, logo sinto a sua
língua me invadir.
— Ohhh... Você me enlouquece... Você me tira do prumo... Ahhh
sua língua é tão habilidosa... — Sussurro agarrando os meus seios, me
acariciando enquanto ele devora a minha intimidade, ele me chupa com
tanta vontade.
— Você é coisa mais perfeita que eu já toquei até hoje... Você é mais
gostosa do que eu poderia imaginar... — Sussurra na minha intimidade mas
não deixa de me devorar.
Agarro os seus cabelos rebolando na sua boca sentindo o meu
orgasmo se aproximar, eu posso ficar mal acostumada se ele continua
fazendo isso, me dar prazer uma vez atrás da outra.
Não demora muito e eu gozo na sua boca sentindo as minhas pernas
falharem, Michael se ergue se preparando para me penetrar mas deixo o
meu corpo escorregar pelo azulejo, me ajoelhando na sua frente.
— As pessoas que convivem com você, aprendem muita coisa... E
eu aprendi a mandar também, então não se mexa, Sr. D'ávila! — Ergo os
meus olhos para encarar o seu rosto e ele está sério, quando ele faz menção
de se afastar eu agarro o seu membro o engolindo de uma só vez.
— Ohhh... Você é louca! Como ousa... Deus como ousa me desafiar
tanto...? Ohh me engole! Me engole inteiro! Quero me sentir na sua... Ahhh
Brenda... Como você consegue fazer isso sem eu precisar força-la...?
Cacete...! — Ele põe as mãos na parede dando pequenos impulsos, entrando
na minha boca até se sentir a minha garganta.
Tiro-os da boca e Percorro a minha língua pela sua base, chupo,
passo os dentes e o aperto na minha mão masturbando-o, volto a chupa-lo
com mais desejo e o sinto latejar antes de gozar na minha boca.
Olho para cima e ele está gemendo de olhos fechados. Michael tem
os seus olhos surpresos me encarando atento, umedeço os meus lábios
limpando os seus vestígios e me levanto, ele está ofegante e ainda me
encarando chocado.
Lhe dou as costas para tomar o meu banho mas ele não perde tempo,
abraça a minha cintura me fodendo forte, nos entregamos aos desejos dos
nossos corpos mais uma vez antes de terminarmos o nosso banho.

Enquanto nós arrumamos ele me encara de um jeito que não sei


decifrar, seus olhares sobre parecem diferente, não sei o que isso significar
mas eu também não sou mais a mesma, não depois de me entregar a ele,
não depois de desejá-lo daquela maneira tão intensa, não depois dele me
sugerir que eu seja sua.
— Não usei camisinha com você, mas suponho que seja uma mulher
cuidadosa e toma pílulas, certo? — Ele se aproxima enquanto veste a sua
camisa e eu coloco um vestido soltinho.
— Sim, eu me cuido... Não se preocupe, eu não pretendo te dar um
filho, não vou engravidar de você e nem de ninguém... Ultimamente a
minha vida está por um fio, não sei se teria tempo para ter um filho, para
sofrer já basta eu e Isabela... Bom, eu vou ver se ela já está pronta para
jantarmos, com licença. — Passo por ele prendendo os cabelos e saio do
quarto deixando-o sozinho.
Não quero e não posso me apegar a esse homem mais do que eu já
deixei acontecer, o sexo com ele foi muito bom, mas não vai passar disso,
ele quer uma mulher para fazer status ao lado dele, e eu quero aproveitar
melhor a minha vida antes de morrer, então sim, vou aceitar essa vida de
luxo o quanto eu ainda posso.
Chego na sala e vejo Isabela na varanda admirando o mar, me junto
a ela pensativa, me dando conta de que eu jamais estaria em um lugar como
esse se não fosse por ele, pelo homem que me sequestrou e me deu a
melhor transa da minha vida, o homem que está consumindo os meus
pensamentos nesse momento.
— O que você achou desse lugar? Acha que um dia poderíamos vir
aqui se tudo isso não tivesse acontecido? — Pergunto ainda pensativa e ela
me lança um olhar atenta.
— Somente em sonhos, aí sim a gente viria, em sonhos a gente vai
aonde quer. — Comenta com um pequeno sorriso me fazendo sorrir
também.
— E o seu sonho está te levando para onde agora? Onde você
gostaria que estar? O que gostaria estar fazendo? — Pergunto curiosa e ela
respira fundo.
— Gostaria de estar exatamente aqui, com você nesse lugar perfeito,
mas sei que tudo isso está te saindo muito caro, então eu posso me contentar
em querer estar em casa, vivendo a nossa vida normalmente, mas sem
aquele canalha do Eduardo... Será que algum dia vamos nos livrar dele?
Será que aquele infeliz vai nos deixar em paz? — Seu sorriso desaparece e
ela me encara meio sem jeito.
— Eu não sei, tudo que eu sei é que esse lugar só é perfeito porque
estamos juntas de novo... Quanto a nossa vida de antes, eu sinto muito mais
ela nunca mais será a mesma, não sei o que vai ser de mim de agora em
diante, mas eu daria tudo para não precisar ver o Eduardo outra vez, aquele
cretino acabou com a minha vida, acabou com os meus sonhos e os meus
sentimentos... Não quero voltar para casa, não quero encontrá-lo de novo.
— Desabafo pensativa, me lembrado do quanto sofri por amar aquele
maldito.
— Você voltando ou não para casa, você não o verá outra vez...
Eduardo Silvano está morto! Eu mesmo o matei. — Ouço a sua voz atrás de
nós e nós viramos abruptamente o encarnado surpresas.
— Morto...? Você o matou...? — O encaro chocada me dando conta
de quem é o homem a minha frente, um assassino! Ele seria capaz de me
matar se eu fizesse algo que o chateasse?
— Sim! Eu o matei e faria de novo se fosse necessário... Mas
você...? Não... Eu não teria coragem de matar você, mesmo me desafiando e
me deixando furioso... Mas eu mataria quem se aproximasse de você para te
ferir, ou para te tirar de mim, então pense duas vezes antes de deixar alguém
te tocar além de mim... Você é minha! De um jeito ou de outro, você é
minha! — Ele se aproxima com um olhar sério, ele toca o meu rosto de um
jeito suave, diferente de quando dancei para ele na boate.
Não consigo dizer nada, não consigo sequer contestá-lo e seu
polegar passar pelos meus lábios, me deixando tensa. Viro o meu rosto me
afastando dele mas sinto-o pegar a minha não.
— Vamos jantar! Eu estou faminto. — Ele me guia para sala de
refeições ignorando totalmente a presença de Isabela.
Chamo a minha amiga e ele finalmente percebe a sua existência e a
cumprimenta. Nos acomodamos a mesa e nos servimos, começando a
comer, a comida está maravilhosa e eu como com gosto, assim como
Isabela.
Iniciamos uma conversa animada e Michael nos encara atento,
fizemos perguntas sobre essa ilha e descubro que vamos ficar por mais
alguns dias, assim eu e Isabela podemos aproveitar juntas esse paraíso
particular, assim podemos matar a saudade que sentimos uma da outra.
Ainda estou tentando descobrir o que acabei de fazer, sugeri que ela
se torne a minha mulher, a minha primeira dama mas não sei se fiz o certo,
bom, eu nunca me arrependo do que faço então ela será minha, só basta
saber se ela está disposta a aceitar o que eu sou, mas ela aceitando ou não
ela será minha de qualquer jeito.
Eu não estava enganado, ela é mais gostosa do que eu imaginava,
essa mulher é uma deusa e nenhum outro homem vai tocá-la além de mim,
eu não vou permitir.
Elas conversam animadas falando sobre a ilha e sobre curtirem o dia
de amanhã juntas, mas vejo que ambas ainda estão inibidas com a minha
presença depois de tudo que aconteceu no último encontro delas, não me
importo com isso, elas estão bem, estão juntas e perto de mim e é isso que
interessa.
— Com licença chefe! Tem um minuto? — Charles se aproxima
parando ao meu lado e eu me levanto.
Me afasto da mesa para me distância das garotas e vou até a imensa
janela de vidro e paro de costas para elas, atento a noite lá fora.
— Seja breve, você sabe que não gosto de ser incomodado durante o
jantar, então espero que seja importante.
— Joaquim me ligou, todas as facções rivais já sabem que fomos
nós quem exterminamos os Los Guardianes, mas a polícia ainda está
investigando... Tem mais uma coisa, soberano... Um dos carregamentos que
estava chegando do México foi apreendido, no confronto com a polícia três
dos nossos foram mortos. — Explica calmamente sem fazer alarde.
— Filhos da mãe! Esse carregamento me custou uma fortuna! —
Resmungo em um tom baixo para que não me ouçam.
— O nosso pessoal está tentando recuperar o carregamento, ainda
não tenho notícias se conseguiram mas as informações que me passaram
não são boas, senhor. — Ela olha das meninas para mim e se vira para a
janela também.
— Aqueles incompetentes! Ou eles recuperam o que perderam ou
vão me pagar! Cuide disso Charles, se precisar ir até eles você tem a minha
permissão, mas eu quero tudo resolvido o quanto antes, eu fui claro? — O
alerto em um tom mais alto que o pretendido, ele olha em direção a mesa e
eu faço o mesmo.
Elas estão atentas a nós e assustadas também, já perceberam que
algo sério aconteceu para me deixar irritado.
— Vou fazer isso agora mesmo, senhor! Com licença. — Ele sai em
seguida e eu vou até a mesa.
— Terminem o jantar sem mim, vou me recolher mais cedo... Te
espero no quarto, Safira! Não demore! — Aviso antes de me afastar saindo
da sala.
— Como assim ele vai te esperar no quarto? Você vai dormir com
ele? Você vai ceder a ele, Brenda? — A amiga pergunta curiosa e eu paro
atrás da porta para ouvir a sua resposta.
— Na verdade, eu já cedi... Aí amiga eu não resisti, esse homem me
deixa nervosa só com um olhar... A gente transou quando eu fui até o quarto
tomar banho, mas não foi como se eu tivesse fazendo programa porque ele
não me pagou para isso, eu me entreguei a ele porque eu quis, eu o desejei e
já estou desejando de novo. — Consigo ouvi-la respirar fundo enquanto um
sorriso de forma em meus lábios, eu sabia que ela me desejava.
— Eu sabia que você não iria resistir, mas e agora? Como vai ser
daqui em diante? Como vai ser a nossa vida? Como vocês vão ficar? Você
pretende continuar nessa situação? — Minha nossa, como essa garota
consegue questionar tanto? Está explicado o porquê Safira é tão desaforada
e atrevida, a convivência com essa garota!
— Ele quer que eu seja dele, quer que eu me torne sua, como uma
primeira dama... Estou indecisa, eu quero aceitar mas estou preocupada
com você, não quero te deixar sozinha, não quero me afastar de você pois
se eu ficar com ele, a minha vida vai mudar, Isa... Eu quero mudar, mas não
quero perder você e eu não sei se ele vai permitir que a gente fique juntas,
não sei se você vai aceitar que eu o aceite como o rei dos criminosos. —
Sua voz tem um pesar e eu quero me fazer presente na sala, para contestá-la
sobre isso, mas desisto ao ouvir uma pergunta que me deixa surpreso.
— Você gosta dele...? Está se apaixonando pelo Sr. D'ávila, Brenda?
— Eu não sei... Droga eu não sei tá legal! Eu já falei que estou
confusa, eu não sei explicar o que sinto por ele, eu... Ao mesmo tempo que
eu tenho medo dele, eu não tenho, ao mesmo tempo que quero ir embora e
fugir desse homem, eu não quero mais... Ao mesmo tempo que eu quero
evitá-lo, eu quero que ele me toque, quero que me beije, que me possua,
que me faça sua mulher... Mas a verdade é que eu não sei até quando isso
vai durar, tenho medo de me magoar e me decepcionar e por isso eu preciso
ficar na defendia, não posso me apegar a ele, não posso gostar dele, Isa. —
Seu tom angustiante me surpreende assim como a sua confissão
— Tarde demais amiga, você já gosta dele... — Afirma a tal Isabela
e eu saio dali indo para o meu quarto.
Não esperava ouvir tudo aquilo, eu sequestrei essa mulher para ser
minha querendo ou não, e ela se apaixona por mim? Isso é possível?
Entro no meu quarto pensativo andando de um lado para o outro,
ouvir tudo aqui me deixou tenso com a possibilidade dela não querer ficar
comigo por causa da amiga, mas eu não vou permitir isso, agora mais do
que nunca eu quero essa mulher, agora mais do que nunca ela tem que ser
minha, nem que para isso eu tenha que obrigá-la a ficar.
Confesso que seria mais fácil que ela ficasse sem eu precisar fazer
isso, mas se não tiver outro jeito eu... Eu não terei outra escolha. Safira é
uma mulher incrível, é uma mulher forte e decidida, eu preciso de uma
mulher assim ao meu lado e eu vou ter.
Me sento em uma poltrona ao lado da janela e tento pensar em uma
solução mais tranquila, de manter Brenda ao meu lado sem precisar obrigá-
la, ela não vai querer deixar essa amiga de lado para permanece comigo, já
vi que elas são muito apegadas uma na outra, mas não quero ninguém
fazendo a cabeça dela contra mim, ou contra o que eu faço.
Saio dos meus pensamentos com ela entrando no quarto, ela nem
percebe a minha presença e vai em direção ao closet, poucos minutos
depois ela sai vestida em um lindo conjunto de lingerie vermelha, ela vai
em direção a porta fechando o seu hobby mas eu chamo por ela.
— Onde pensa que vai? — Admiro-a de cima abaixo e ela de
assusta pondo a mão no peito.
— Vou dormir com a minha amiga, eu senti muito a falta dela então
vou ficar com ela hoje. — Seus olhos estão atentos a mim, mas me
pronuncio quando ela se aproxima para abrir a porta.
— Não me obrigue a trancar essa porta para você não sair! Eu quero
você dormindo ao meu lado então... — Me interrompe
— Eu não vou fugir dessa ilha, eu só vou dormir no quarto ao
lado...! Você me afastou da minha melhor amiga e agora eu quero passar
mais tempo com ela, e você não vai me impedir! — Contesta em um tom
autoritário e eu me levanto indo até ela.
— Não me faça perder a paciência com você! Não quero ser
obrigado a afastar a sua amiga de você outra vez, então acho bom ser mais
obediente, eu fui claro? — Rebato furioso por mais uma vez ela estar me
contestando, ela bufa frustrada e volta em direção a cama.
— Você conseguiu o que queria, já transou comigo então não tem
que me obrigar a dormir ao seu lado também! Poxa é só uma noite? Eu só
quero passar mais tempo com ela porque não sei até quando você vai
permitir que ela fique comigo. — Mais uma vez ela contesta emburrada e se
vira cruzando os braços.
A encaro sem saber o que dizer, quando foi que eu fiquei sem
palavras para contestar alguém? Essa mulher me deixa louco!
— Não pretendia afastar a sua amiga de você, mas já que me deu
essa sugestão eu vou pensar no assunto. — Retruco sério e volto para minha
poltrona, não quero discutir com ela agora.
— Por favor...? Não afaste ela de mim? Eu só tenho ela nessa vida e
nada me deixaria mais triste do que ficar longe dela... Por favor, Michael?
— Ela se aproxima parando na minha frente e faz algo que eu não esperava,
ela se senta no meu colo me chamando pelo meu nome. — Não afaste
Isabela de mim...? Ela sempre esteve ao meu lado e não vai me abandonar
agora, nem mesmo depois de saber que decidi aceitar a sua proposta de ser
sua mulher... Eu quero ficar com você, mas você precisar parar de me
proibido de fazer o que eu quero... Michael... — Safira acaricia o meu rosto
de um jeito tão amoroso, mas se levanta saindo do meu colo e eu me
levanto puxando ela para o meu corpo.
— Quer ficar comigo ou com o meu dinheiro? — Questiono
olhando em seus olhos e ela sustenta.
— Quero os dois! — Responde com convicção. — Você me
sequestrou! Me afastou da minha amiga e... E nos poupou, nos salvou e me
fez te olhar com outros olhos... Eu te odiava mas você me fez querer ficar
com você... Me mostrou um mundo de luxo e eu quero isso, quero se for
você quem vai me dar. — Afirma com a voz tão doce que me desarma, a
sinceridade das suas palavras se refletem nós seus belos olhos. Eu não
esperava por isso.
Ele parece tão surpreso quanto eu mesma, como tive coragem de
confessar tudo isso? Ele me aperta em seus braços me deixando tensa, seu
toque tem um poder sobre mim que não sei explicar.
— Está falando sério...? Quer mesmo ficar comigo...? Vai aceitar o
que faço e o que sou? — Seus dedos deslizam pelo meu rosto em um
carinho tão bom, encaro a sua boca louca para sentir um beijo seu
novamente.
— Aham... Eu quero ser sua... Vou te aceitar exatamente como é, e o
que faz... Eu... Eu quero você, Michael D'ávila. — Ofego por estar em seus
braços, mas também por sentir que ele já está excitado, ele está me
desejando como eu a ele.
— Vou transformar você em uma rainha, vou te dar tudo que você
merece... Vou ser tudo que você precisa, Brenda. — Sua voz é tão rouca que
me estremece.
Michael me segura pela nuca e me beija com clama, um beijo tão
intenso que que me rendo a ele rapidamente, mesmo sentindo os meus
pulmões sem ar.
— Somente por hoje você pode dormir com a sua amiga, mas a
partir de amanhã, você não sairá do meu lado, eu fui claro...? E não ouse me
contestar! — Avisa em um tom firme me apertando contra o seu corpo e eu
mal sinto os meus pés no chão.
— Posso te fazer um pedido...? Somente um? — Me solto dele
puxando a respiração e ele ainda tem uma expressão de surpresa em seu
rosto.
— Peça! O que quer? — Ele me puxa novamente para aos seus
braços e eu vou de bom grado.
— Você já viu o quanto Isabela é importante para mim, então me
promete que vai protegê-la assim como me protegeu...? Por favor? Eu
prometo ser obediente, prometo que não vai se arrepender em me ter ao seu
lado... Me promete? Se acontecer algo com ela eu morro, Michael, por
favor eu estou te aceitando como me pediu então... — Suplico por proteção
a Isabela e o mesmo me solta respirando fundo.
— Tudo bem... Eu aceito a sua amiga assim como você está
aceitando o que eu sou, satisfeita...? Vou proteger a sua amiga assim como
vou proteger você... Se ela é importante para você, então ela pode contar
com a minha proteção. — Ele concorda se aproximando novamente e toca o
meu rosto em um breve carinho suave.
Abro o meu melhor sorriso e me atiro em seus braços beijando-o
com vontade. Sinto as suas mãos me apertar e me apalpar, ele anda comigo
em direção a cama mas me solto me esquivando dele.
— Eu vou falar com Isabela, nos vemos depois... E obrigada por
atender ao meu pedido. — Sorrio abertamente para ele e saio do quarto
apressada antes que ele me proíba de ir.
— Essa mulher quer me enlouquecer! — Ouço ele resmungar assim
fecho a porta.
Corro para ao quarto de Isabela e entro sem bater, a vejo em pé na
janela olhando para algum lugar e ela nem percebe a minha presença, penso
em assustá-la mas vejo de longe, Charles andando em volta da casa falando
ao telefone, encaro Isabela e ela está sorrindo sozinha, não acredito que ela
está interessada no segurança pessoal de Michael.
Me aproximo mais parando atrás dela e vejo o sujeito a encarar com
um sorriso malicioso, o infeliz também está afim dela? Parece que eu não
sou a única sequestrada que gosta do seu sequestrador.
— Isabela Santiago! Eu posso saber o que está acontecendo aqui?
— Meu Deus, Brenda...! Quer me matar do coração, garota? — Me
repreende pelo susto e vai em direção a sua cama.
Encaro o homem lá fora que agora parece mais irritado com alguma
coisa, acho que tem a ver com o que ele veio falar com Michael na hora do
jantar, ele também ficou aborrecido com alguma coisa.
— Você está de flerte com aquele brutamontes lá fora? E depois me
questiona por eu estar me interessando por um mafioso. — Me jogo na
cama ao seu lado e ela suspira sorridente.
— Eu preciso te confessar uma coisa amiga... Ele me beijou... Eu
coloquei a cara na janela para ver a lua e fui surpreendia com um beijo...
Um beijo tão bom, tão quente. — Revela suspirando como uma apaixonada.
— Não vou te questionar para você não fazer o mesmo comigo,
afinal, para essas coisas de amor e relacionamentos, você é mais esperta que
eu... Se estou aceitando a proposta de Michael é por pura estratégica, não
tenho sorte no amor, então eu vou jogar para conseguir a vida que todo
mundo sonha ter. — Comento pensativa.
— E você quer mesmo que eu acredite nessa ladainha de querer
apenas uma boa vida...? Brenda você está caidinha por esse homem, e ele
pode nunca admitir isso, mas ele também gosta de você, ou não estaria tão
empenhado em te manter perto dele, levando em conta que ele tem
inúmeras garotas de programas a disposição dele... E você tem que
concordar que elas também são lindas, então a troco do quê esse homem
faria tudo isso por você? Olha onde estamos, Brenda? Em uma ilha deserta,
protegidas de tudo e de todos, e tudo isso porque ele quer você. — Mais
uma vez as suas palavras me deixam pensativa e surpresa.
— Michael não parece o tipo de homem que gosta de uma única
mulher, mas estou gostando dele me colocar como a sua preferida... Aí
amiga, eu não posso me iludir de novo, tenho medo de me apaixonar por ele
e o mesmo só me ver com uma bonequinha para se satisfazer... Sei que ele
quer que eu seja sua mulher, mas não sei por quanto tempo isso vai durar.
— Me levanto indo até o seu frigobar e pego uma garrafinha de água.
— Ninguém sabe o dia de amanhã, minha amiga, então aproveita o
quanto puder, a vida é muito curta e no mundo em que vivemos hoje, não
sabemos se vamos estar vivas amanhã... Então aproveita, Brenda! Viva
mais, se divirta mais, se apaixone mais minha amiga, esse homem pode te
surpreender com toda essa atenção que ele está te dando. — Ela se senta
também pensativa e eu reflito sobre as suas palavras.
— Por falar em atenção, Michael prometeu proteger a nós duas, ele
não vai nos separar como estávamos imaginando... Talvez você tenha razão,
nos duas devemos aproveitarmos mais a nossa vida, mas tem que ser juntas!
Porque eu não aceito me separar de você, isso jamais! — Me sento
novamente ao seu lado enquanto dou algumas goladas na minha água.
Conversamos um pouco mais e nem vimos a hora passar, quando
dou por mim já está bem tarde e decidimos dormir, mas Isabela me
aconselha a não deixar Michael dormir sozinho e no fundo eu não queria
mesmo ficar longe dele. Meu Deus, eu já estou me apegando a ele, já sinto
a sua falta em poucas horas longe dele.
Saio do quarto de Isabela e a casa está toda escura, entro no meu
quarto e o vejo na cama só de cueca e parece estar dormindo, ele parece
mesmo cansado. Me aproximo da cama e tiro o meu hobby, me deito ao seu
lado com cuidado para não acordá-lo, mas de repente ele me puxa
abruptamente me colocando em cima dele.
— Você é louco! Quer me matar do... — Me interrompe com um
beijo feroz se sentando na cama, acariciando o meu corpo com posse, com
desejo.
— O que faz aqui...? Desistiu de dormir com a sua amiga...? —
Pergunta entre os beijos sem soltar o meu corpo.
— Não sou sua mulher agora...? Então tenho que dormir ao seu
lado, não é...? — Ofego com ele agarrando a minha bunda, me fazendo
rebolar na sua ereção.
— Boa garota... É assim que eu quero você, decidida e obediente...
Agora eu quero você, quero sentir essa bocetinha quente antes de dormir...
— Diz enquanto puxa a minha calcinha para o lado, deslizando o seu dedo
nela me fazendo tremer com esse simples toque.
Meto a mão na sua cueca e liberto a sua ereção já com as veias
pulsando, o acaricio suavemente mas me ergo e ele sabe exatamente o que
eu quero. Michael puxa a minha calcinha para o lado mas apenas me
esfrego nele, fazendo-o sentir o quanto estou melada de tão excitada.
— O que pensa que está fazendo? Está tentando me torturar...? Porra
eu quero comer em você... Agora! — Contesta abraçando a minha cintura e
me ergue se encaixando na minha intimidade, me fazendo descer na sua
ereção.
— Ohhh... Porque você tem que ser tão impaciente...? Tão
mandão...? Oh meu Deus... Ahhh... — Começo a me mover sentindo-o me
esticar, me preenchendo por completo.
— E porque você tem que ser tão teimosa...? Porra porque tem
sempre que me questionar...? Agora para de falar e me deixa sentir essa
bocetinha gostosa.
Ele tenta me jogar na cama mas empurro-o fazendo ele se deitar
primeiro, Michael me encara surpreso mas fica atento as minhas ações. Tiro
a parte de cima da minha lingerie deixando os meus seios à mostra, ele
geme baixinho em um tom rouco e abafado mas ergue as suas mãos até os
meus seios.
— Você é linda... É mais perfeita do que imagina... Ohhh eu sabia
que você seria minha, não sou homem de desistir daquilo que eu quero, e eu
sempre vou querer você... Gostosa... Diabinha gostosa... — Suas mãos
descem até a minha cintura segurando firme, me ajudando a cavalgar feito
uma potranca.
Gemi descendo na sua ereção com força, delirei ao sentir o meu
orgasmo se aproximar mas ele me joga na cama, me fodendo com mais
força, daquele seu jeito bruto, seus sussurros e gemidos me deixam mais
excitada mas posso sentir que ele já vai gozar, sinto-o latejar me esticando
mais.
Nós entregamos a um delicioso orgasmo gemendo ofegantes e ele
desaba sobre mim, cheirando e beijando a pele do meu pescoço, me fazendo
arrepiar com a sua barba arranhando a minha pele, mas tenho que admitir,
eu gosto disso, me sinto tão completa com ele dentro de mim, me sinto tão
saciada mas é só ele sair de mim para eu sentir a sua falta, para eu sentir
que ainda falta alguma coisa e isso me incomoda.
Michael sai de mim se deitando ao meu lado e eu volto para os seus
braços. Me deito sobre o seu peito correndo os meus dedos pelos seus pelos
macios e cheirosos, ele é bem cuidadoso com o seu corpo, também, com
tanta grana ele tinha mesmo que ser vaidoso, e eu adoro homens assim, que
se cuidam e esse aqui se cuida até demais.
UM MÊS DEPOIS...

Pensa em um lugar lindo? Um verdadeiro oásis que você contempla


e agradece por estar aqui, pois bem, eu estou em um lugar como esse onde
qualquer um iria gostar de morar, com a diferença de que tem um cão de
guarda na minha cola vinte e quatro horas por dia, mas não é ninguém a
mando de Michael, é alguém que acha que eu posso tomar o lugar que ela
quer para ela, alguém invejosa, alguém que eu estou me segurando para não
voar no pescoço.
Melissa Álvares, cunhada de Michael e esposa de Joaquim, essa
mulher acha que por ser casada com o irmão do chefe, isso lhe dá direitos
especiais dentro dessa casa, mas eu ainda vou mostrar a ela o seu devido
lugar, só não sei até quando vou aguentar os seus insultos e provocações, já
faz dias que ela está tentando me tirar do sério e ela está quase conseguindo.
Saio da biblioteca e sigo até a sala de estar, estamos em uma das
inúmeras mansões de Michael, mas dessa vez estamos no campo, um lugar
extraordinário de tão lindo. Vejo uma das empregadas e peço gentilmente
que ela me traga um suco e algo para comer, estou faminta e não quero ter
que ir até a cozinha pois essa casa é enorme, e eu sempre me perco achando
que estou indo para um lugar e acabo indo para outro. A mulher sai em
seguida mas vejo aquela megera vir na minha direção de nariz empinado.
— Você não tem empregada para te servir aqui! O seu lugar é junto
com elas nos servindo! — Seu olhar de desgosto não me assusta, só quem
tem esse poder é Michael quando está zangado com algo ou comigo por
contrariá-lo.
— Eu não vou discutir com você, seria perda de tempo e o meu
tempo é muito precioso, então se me der licença, não estou afim de olhar
para sua cara. — Sorrio debochadamente e me viro para sair, mas ela segura
o meu braço.
— Você não passa de uma prostituta! O seu lugar não é aqui, então
volte para o buraco de onde você saiu! Michael só está te usando como um
brinquedinho que você é, não é a toa que ele te chama de bonequinha... Que
ridículo... Tem gosto para tudo, mas Michael D'ávila não fica por muito
tempo com a mesma prostituta, em breve você deixará de existir para nós
então porque não nos poupe da sua presença, antes que ele mesmo faça
isso? — Sinto o meu sangue ferver e me controlo para não agredi-la, mas a
minha paciência tem limite.
— Se não quiser conhecer do que eu sou capaz, acho bom tirar essas
suas mãos imundas de mim! Quanto a sair daqui, acho que você terá que me
aturar por mais um tempo, porque Michael ainda não se enjoou de mim,
queridinha, agora me deixe em paz! Ou eu não respondo por mim! —
Esbravejo me soltando dela abruptamente e ela me encara com desdém, me
encara nojo mas isso não me abala.
— Não pense que você vai crescer aqui dentro por estar com ele,
porque isso não vai acontecer, queridinha! Você será apenas mais uma das
que passaram pelas mãos do meu cunhado e depois voltará a ser o lixo que
você é. — Retruca entre dentes e eu viro a mão na cara dela deixando-a
zonza.
Ela me encara perplexa mas voa em cima de mim agarrando os
meus cabelos e eu faço o mesmo puxando com todas as minhas forças, afim
de deixar essa cobra careca.
— QUE CARALHO ESTÁ ACONTECENDO AQUI! VAMOS
PARAR AS DUAS! — Ouço um grito estridente e nos soltamos
cambaleando cada uma para um lado.
— FOI ELA QUEM COMEÇOU! Você colocou essa vagabunda
dentro da sua casa para me... — Esbraveja estética mas é interrompida.
— BAIXA O TOM DE VOZ PARA FALAR COMIGO! AQUI SÓ
QUEM PODE GRITAR SOU EU! — Ele grita mais alto que ela nos
fazendo estremecer, vejo a fúria em seus olhos como em todas as outras
vezes. — Porque estão brigando? Qual o motivo dessa palhaçada dentro da
minha casa? — Questiona sério naquele mesmo tom rude de antes.
— O motivo dessa briga é essa ordinária ficar me ofendendo sem eu
ter feito nada com ela! Eu já aguentei gente demais encostando as mãos em
mim, AGORA JÁ CHEGA! Ou você me deixa ir embora ou me tira desse
lugar! Eu não pedi para vir para cá, e essa lambisgoia está achando que vou
crescer mais que ela aqui dentro, mas nada disso me interessa então me tira
daqui...! Por favor me tira daqui ou vamos acabar nos matando, e o único
culpado será você! — Esbravejo sem me deixar amedrontar, o encarnado
com a mesma frieza e saio batendo o pé.
— Volte aqui, Brenda! Como ousa me dar as costas dessa
maneira...? BRENDA! — Esbraveja furioso então paro me viando para
encará-lo. — Não me obrigue a ser mais severo com você! Não gosto de
gente desobediente, vocês duas me ouviram...? Não quero mais saber de
discussões! Brigas e nem porra nenhuma! Ou as duas serão castigadas, eu
fui claro? — Michael olha de mim para sua cunhada e posso ver o quanto
ele está falando sério, ele não está zangado só com a gente, aconteceu
alguma coisa então apenas concordamos em silêncio. — Ótimo! Agora vá
cada uma para o seu quarto e não saiam de lá até segunda ordem! —
Ordena ainda alterado e se vira saindo em seguida.
Encaro a megera e também e me viro voltando para o meu quarto.
Michael estava muito alterado mas sei que não era somente por nós ver
brigando, algo aconteceu e eu quero saber o que foi.
Desvio o meu trajeto do meu quarto e volto seguindo na mesma
direção em que ele foi, depois de alguns minutos eu o encontro no seu
escritório andando de um lado para o outro, ele parece bastante preocupado
e nem percebe a minha presença.
Me aproximo dele com cautela e finalmente ele me vê, seu olhar
ainda é furioso.
— O que está fazendo aqui? Eu não mandei você ir para o seu
quarto? — Questiona irritado.
— Nosso quarto, você quer dizer, porque você também dorme nele e
até onde eu sei, sou sua mulher e quero te ajudar, caso você acha que
posso... Não briga comigo? Estou preocupada com você. — Me aproximo
mais e o abraço gentilmente beijando o seu pescoço, rapidamente sinto ele
retribuir me apertando em seus braços.
— Infelizmente você não pode me ajudar... São problemas meus
então eu resolvo. — Ele tenta se soltar de mim mas eu não deixo.
— Me diz o que é? Se for algo difícil e eu não entender nada do que
se trata, prometo não me meter mais... Aceita esse pequeno desafio, Sr.
D'ávila? — Sorrio de lado erguendo uma sobrancelha e ele se solta
cruzando os braços.
— Você e essa mania de me desafiar... Não sei mais o que fazer com
você, Brenda. — Ele respira fundo se virando para sua mesa e eu o abraço
por trás acariciando o seu peito.
Beijo as suas costas por cima do tecido da camisa branca social e
sinto-o se enrijecer inteiro. Ele se vira novamente para mim com uma
sobrancelha erguida.
— Esse tipo de problema é coisas para homem resolver, e não para
mulher... Mas mesmo assim vou te dar a chance de se atrapalhar, isso vai
ser divertido... Mas como castigo eu vou foder você em cima dessa mesa,
ouviu bem? — Suas mãos grandes me puxam para o seu corpo, ele começa
a erguer o meu vestido mas eu me solto me afastando brevemente dele.
— Eu ainda não me atrapalhei, então sossega essa mão aí, Sr.
D'ávila! — O repreendo e o vejo bufar. Isso é novidade para mim. Sorrio
largamente.
— O meu contador foi assassinado por uma dívida que ele tinha
com um agiota, e o infeliz nem para me dizer nada... Bom, o fato é que eu
preciso de alguém para substituí-lo porque o garoto que me trouxeram não
entende nada de nada, aquele incompetente! — O vejo voltar a se irritar
então dou a volta na sua mesa e me sento na sua cadeira.
Giro a cadeira e volto a parar de frente para ele com um largo
sorriso no rosto, ele põe as mãos nos bolsos com os seus olhos atentos em
mim.
— Eu estava cursando contabilidade mas tranquei a faculdade já no
último período, ou seja, eu posso te ajudar se você me der uma
oportunidade para isso... Me deixa tentar pelo menos? Eu faço um teste, se
você disser para mim que eu estou fora, eu vou aceitar a sua decisão... Não
custa nada tentar... Por favor? Não quero me tornar uma dondoca sem fazer
nada dentro de casa, como essa sua cunhada metida a madame... Você disse
que precisava de uma rainha e eu quero reinar ao seu lado! Me deixa fazer
isso? Por favor? — Cruzo as pernas sobre a sua mesa e ele encara a minha
calcinha aparecendo. Ele coça a barba e respira fundo me encarando de um
jeito que não sei explicar.
— Ok! Você me convenceu... Você fará um teste agora mesmo mas
eu ainda não vou decidir nada sobre essa questão... Está vendo essa folha
debaixo desses seus pézinhos lindos? Pois bem, vou te dar uma hora para
você resolver e colocar em ordem, se você conseguir a gente tenta uma
nova conversa. — Ele se aproxima dando a volta na mesa e se inclina
deslizando a sua mão pela minha perna descendo pela minha coxa.
Seus dedos tocam a minha intimidade sobre o tecido fino da
calcinha e ele acaricia, me fazendo abrir as pernas automaticamente, agarro
os seus cabelos e devoro a sua boca em um beijo urgente, mas ele se solta
de mim abruptamente se afastando, me deixando zonza de desejo.
— Quando você terminar eu te dou o que você quer... Agora ao
trabalho! — Seu tom rouco me estremece mas eu apenas concordo.
Ele vai até o bar e se serve de uma dose de uísque, quando ele se
vira para mim vejo aquele volume saliente na sua calça e sorrio. Ele se
senta na poltrona no canto da sala a tento a mim e ergue uma sobrancelha,
pisco algumas vezes tentando esquecer que ele está ali me comendo com os
olhos e pego o papel sobre a mesa, encaro o mesmo e vejo números atrás de
números, quantidades de chegada e saída de drogas, quantidades de vendas
e quantidades de estoques entre outras anotações.
Pego uma folha em branco para rascunho e começo a resolver e
organizar os números. Vou mostrar a esse mafioso gostoso que eu sou boa
na cama e fora dela também.
Ela não vai conseguir, e não estou dizendo isso apenas por ela ser
loira, porque essa teoria de que as loiras são burras é um mito, as mulheres
burras e inteligentes em todas as raças e corres, mas Brenda tem me
impressionado bastante com a sua maturidade, ela não só aceitou o que eu
faço como também quer fazer parte disso, mas não sei se é uma boa ideia,
eu teria que lhe ensinar tudo e não tenho muita paciência para isso.
Ela está tão concentrada no que está fazendo que até se esquece da
minha presença, ela não vai sair daqui hoje então vou tomar um banho e
descansar um pouco.
— Já faz meia hora que está aí, vou para o nosso quarto descansar
um pouco, quando terminar, se terminar, vou estar te esperando. — Me
levanto para sair mas ela se levanta junto.
— Vou com você, eu preciso de um banho relaxante também... Já
terminei aqui. — Brenda vem na minha direção com o papel na mão e me
entrega. Impossível ela ter terminado.
Pego o papel analisando o mesmo com atenção e fico perplexo, a
encaro brevemente e volto a encarar o papel, olho pela sala me certificando
de que só estamos nós dois e ninguém a ajudou a fazer isso aqui.
— Podemos ir? Ou quer conversar agora sobre a minha contratação?
— Pergunta com um sorriso de lado, um sorriso vitorioso porque ela sabe
mandou bem, eu só não queria ter que admitir isso mas é a verdade.
— Não posso contratar você... Não quero você no meio daqueles
homens na minha ausência, você é minha mulher e não vou... — Contesto
achando um absurdo essa sua ideia de trabalhar para mim, mas ela me
interrompe.
— Não vou trabalhar no meio "daqueles homens", eu vou trabalhar
diretamente com você, posso trabalhar no seu escritório aqui ou em outro
lugar, mas quero trabalhar, quero te ajudar de algum jeito e eu sei fazer
isso... Por favor...? Não me faça implorar? Porque se eu tiver que fazer isso
eu não vou desistir até conseguir o que eu quero, e as vezes eu consigo ser
bem chata, e você já sabe disso. — Retruca emburrada e a minha vontade é
fodê-la agora mesmo pela sua insistência.
Encaro novamente o papel na minha mão e tenho que admitir, estou
espantado com a inteligência dessa mulher, ela fez em meia hora o que
aquele incompetente levou uma semana.
— Eu vou pensar na sua proposta e depois conversamos... Você é
uma caixinha de surpresas, Brenda... Você consegue me surpreender a cada
dia que passa. — Abraço a sua cintura puxando ela para o meu corpo.
— Posso tentar te convencer a me dar uma chance...? A vezes eu
consigo ser bem persuasiva... — Sua mão desce pelo meu peito e logo ela
aperta o meu pau me fazendo geme em resposta.
— Isso é golpe baixo... Porra, esse seu atrevimento me deixa
louco... Mas ainda assim, por enquanto a minha resposta é não! — Seguro-a
pela nuca beijando e cheirando o seu pescoço, o perfume da sua pele me
deixa fascinado. Mas ela se solta de mim abruptamente.
— Quando você me dê a resposta que eu quero, só então você vai
tocar em mim novamente! — Dispara saindo do escritório sem me deixar
contestar.
— Mas o que deu nessa mulher...? Brenda? Brenda volte aqui!
Agora...! Filha da mãe! — Chamo por ela mas a mesma não me dá atenção
e desaparece pela porta, me deixando chocado com a sua audácia.
Encaro o papel na minha mão e olho na direção em que ela foi. Não
tenho como negar, ela é boa com números e eu preciso de alguém como ela,
leal a mim e muito inteligente, eu prometi torná-la minha rainha e não
estava brincando quanto a isso, mas preciso aprender a lidar com essa
mulher, ela é muito brava e me contesta mesmo quando está amedrontada.
Na verdade eu não me sinto mais tão a vontade em brigar tanto com
ela, sinto uma imensa vontade de cuidar dela, de protegê-la e até já
demonstrei um gesto de carinho sem perceber, fui gentil com nela como não
fui com outras mulheres a anos, mas estou ciente de que ela é diferente, ela
é única e é minha.
Saio do escritório e sigo para o quarto, passo pela sala e não vejo
ninguém, graças a Deus por isso, não estou afim de ver ninguém além dela
nesse momento.
Entro no meu quarto e não a vejo, vou até o banheiro mas também
não tem ninguém, então vou até o closet mas a vejo sair vestida em uma
bela camisola, mas curta o suficiente para me fazer desejá-la.
— Vamos conversar? Não quero você emburrada comigo. — Vou na
sua direção mas ela passa por mim bicuda e vai para cama, respiro fundo
tentando me manter calmo com ela.
— Se não quer me deixar trabalhar com você, então me deixa
trabalhar em outro lugar mas eu não quero ficar parada... E não me peça
para arranjar algo para fazer aqui, porque eu já estou de saco cheio dessa
sua cunhada se achando melhor do que eu! — Resmunga ainda emburrada e
eu esfrego as mãos no rosto, me esforçando ao extremo para me manter
tranquilo.
— Eu não vou deixar você trabalhar em outro lugar! Não quero
você longe de mim caramba...! Eu não posso perder você e não vou! —
Esbravejo irritado com essa sua teimosia em querer trabalhar.
— Você não vai me perder porque eu te amo, Michael! Droga eu
não quero ir a lugar algum sem você, será que não percebeu isso ainda...?
— Esbraveja irritada e vejo que está chorando. A encaro chocado com a sua
revelação. — Não vou ficar aqui discutindo com você, quando entender que
não sou sua prisioneira e sim sua mulher, eu volto para o nosso quarto. —
Diz em um tom trêmulo e vai em direção a porta apressada.
— Espera Brenda! Você não pode me dizer essas coisas e sair
assim... Brenda! — Vou atrás dela mas a mesma bate a porta irritada. —
Mas que porra aconteceu aqui?
Corro até a porta e saio atrás de Brenda, sigo pelo corredor e a vejo
entrar correndo na sala, mas ouço algo que não me agrada.
— Eu avisei que não ia demorar para ele te dispensar, você é só
mais uma prostituta querendo se dar bem as custas do...
— JÁ CHEGAR MELISSA! Eu não quero mais você dirigindo a
palavra a Brenda, muito menos que a insulte dessa maneira! Ela é minha
mulher! Então respeite-a ou saia dessa casa! — Esbravejo alterado e ambas
me encaram assustadas.
Mas Brenda sai da sala correndo para algum lugar, tento ir atrás dela
mas Joaquim entra na minha frente.
— O que está acontecendo, Michael? Porque está falando com a
minha mulher desse jeito...? O que você fez Melissa? — Questiona meu
irmão olhando de mim para sua esposa.
— A sua mulher está ofendendo a minha por achar que é maior que
Brenda dentro dessa casa, pois saiba querida cunhada! Que a partir de hoje
você não deve obediência somente a mim, mas também a Brenda! Ela é
minha mulher e será a senhora dessa e de tudo que me pertence! Você quer
mandar em alguém? Então volte para o buraco de onde você saiu! Uma
facção que só está crescendo graças a aliança que fizemos casando você
com Joaquim, ou seja, graças ao meu Cartel! Graças a mim então respeite a
minha mulher! Porque agora ela mandará em você e em todos que
obedecem as minhas ordens! Eu fui claro...? Não queira me desafiar,
Melissa! Você e a sua família conhecem as regras, sabem do quanto posso
ser cruel com os meus inimigos, então repense as suas atitudes, não queira
me ver furioso. — Esbravejo entre dentes me aproximando deles mas meu
irmão novamente entra na minha frente.
— Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, Michael, eu
prometo que isso não vai se repetir, meu irmão... Eu vou pessoalmente me
desculpar com Brenda pela afronta de minha esposa. — Joaquim me encara
apreensivo mas encara a esposa de um jeito frio e perverso.
— Se isso não se repetir, eu posso tentar esquecer o que houve, mas
isso vai depender de Brenda e não de mim. — O encaro furioso e encaro
também a sua mulher, ela chora de cabeça baixa então passo por ela
seguindo na direção em que Brenda foi.
E agora? Onde essa mulher se meteu? Como vou encontrá-la nessa
escuridão?
Ando pela varanda da casa e em outros cômodos da casa mas não a
encontro, e isso me aborrece. Ligo para Charles e peço para me ajudarem a
procurar por ela, mas sou informado que Brenda seguiu correndo em
direção ao lago. Porra está muito frio e ela está somente de camisola.
Sigo atrás dela a passadas largas e Charles vem logo atrás de mim, o
repreendo-o por tê-la deixado sair daquele jeito e não ter me avisado antes,
ou impedindo-a de sair.
Quando me aproximo do lago vejo de longe ela sentada na grama
abraçada ao seu corpo, me preocupo pois a noite está muito fria, me apresso
para chegar até ela e me abaixo ao seu lado abraçando o seu corpo.
— ME SOLTA! ME SOLTA! DEIXA EM... — Se debate tentando
se soltar mas cubro a sua boca para que pare de gritar.
— Se acalma Brenda! Sou eu! Para bonequinha...? Por favor se
acalme? — Peço preocupado pois ela está muito gelada. Brenda apenas
chora e se aninha em meu peito. — Eu... Eu... Droga eu não sei o que
dizer...! Eu só... Eu só não gosto de te ver assim... Vamos entrar! Você está
gelada.
Me levanto com ela no colo e Brenda apenas me abraça apertado,
deitando a sua cabeça em meu ombro e eu sigo de volta para casa. Não sei
explicar o que está acontecendo aqui, essa mulher é muito intensa, ela faz as
coisas serem mais intensas entre nós.
Entro em casa com ela nos braços e sigo para o nosso quarto,
consigo ouvir os gritos de Joaquim e com certeza está repreendendo a sua
mulher. Joaquim não é apenas o meu irmão, ele também é um soldado leal a
mim.
Entro no nosso quarto e bato a porta, coloco ela na cama e a mesma
se solta de mim se aninhando no meu travesseiro, a encaro atento, ainda
estou atordoado e confuso, mas uma coisa não saí da minha cabeça.
— Repete o que você disse a minutos atrás...? Diz o que você sente
por mim, Brenda? E eu coloco o mundo aos seus pés. — Minha voz sai tão
rouca que até duvido de que seja mesmo eu dizendo tudo isso.

Ergo o seu queixo fazendo ela me encarar nós olhos, suas lágrimas
ainda descem silenciosamente, mas mesmo assim ela sustenta o meu olhar.
— Nenhuma mulher escolhe se apaixonar por um mafioso... Mas eu
me apaixonei por você... Droga! Eu amo você, Michael... Pode me chamar
de boba, pode me achar uma tola por me apaixonar por você, mas foi isso
que aconteceu... Sei que não sente o mesmo por mim e talvez nunca sinta,
mas eu não me importo... Eu só quero ser sua... Só isso. — Confessa com
lágrimas nos olhos e mal sabe ela o quanto as suas palavras me assustam,
mas também me faz muito feliz.
— Você sempre será minha... Sempre... — Acaricio o seu rosto e
beijo-a com calma, um beijo tão doce, tão profundo e intenso que me
apavora, mas me deixa desesperado por mais.
Me deito ao seu lado sem quebrar o beijo e ela vem para os meus
braços, sem nem aos menos eu precisar trazê-la para mim.
— Eu preciso de um banho... Me acompanha? — Peço entre os
beijos recebendo o seu olhar de surpresa.
— Isso foi um pedido...? Não foi uma ordem? — Pergunta
finalmente me dando um pequeno sorriso, me fazendo sorrir também.
— Você é minha mulher, então sim, não estou ordenando, estou
pedindo. — Me levanto lhe estendendo a mão e ela vem me encarando
espantada.
— Estou passada... Você não está ordenando, está me pedindo para
acompanhá-lo no banho...? E se eu não quiser ir? O que acontece? —
Questiona cruzando os braços e eu reviro os olhos com essa sua teimosia
em me questionar.
— Se você não quiser ir eu vou te levar de qualquer jeito!
— Para que eu fui perguntar, não é...? Mas já que sou sua mulher,
então me leva no colo? — Pede limpando o rosto, me dando um breve
sorriso. Não consigo dizer não a ela e pego ela no colo.
Sigo com ela para o banheiro e assim que entro ponho ela no chão,
enquanto tiro a minha blusa ela tira o seu hobby me dando as costas, em
seguida tira o sutiã e a calcinha se virando para mim, me dando essa vela
visão do seu corpo nu.
Ofego enquanto tiro a minha calça e ela entra no box ligando a
ducha, tiro a cueca já sentindo o meu pau babando de ansiedade por estar
dentro dela. Entro no box me juntando a ela embaixo da água e suas mãos
acariciam o meu peito.
— Estou muito sensível hoje... Se eu pedir para fazer amor comigo,
você atende ao meu pedido? — Seus olhos meigos e sedutores me encaram
atentos.
— Fazer amor? O que seria fazer amor...? Eu nunca fiz isso antes,
então me diz como é? — A encaro surpreso e ela sorrir de lado.
— Fazer amor é transar devagar, com clama e com carinho, com
cuidado... Você pode fazer isso por mim? — Sua mão toca o meu rosto em
um carinho suave, ela me encara com ternura de um jeito que me deixa
rendido a ela.
— Eu posso fazer muito mais que isso... Mas por hora eu vou fazer
o que você quer... — Beijo ela com calma, devagar com ela disse.
Ergo Brenda em meus braços e ela envolve as suas pernas na minha
cintura, sem quebrar o beijo eu me encaixo nela e preencho-a por inteiro,
me movo lentamente curtindo essa sensação enlouquecedora, a sua carne
quente envolvendo a minha e os seus gemidos na minha boca, estou no
paraíso, eu tenho em meus braços a perfeição em forma de e mulher e ela
me ama.
— Isso é perfeito... Você é perfeito... Ahhh te amo... Michael... Eu te
amo... — Encaro o seu rosto e ela está de olhos fechados mordendo o lábio
inferior.
Sinto dentro de mim o meu coração bater desesperado, me sinto
eufórico, me sinto estranho, me sinto diferente mas não sei explicar. Beijo o
seu pescoço sentindo a sua veia pulsar na minha boca, desço os meus lábios
até o seu seio e chupo delicadamente, sem pressa tentando sentir como é
fazer amor.
Me perco nos braços dessa mulher e gozo como nunca gozei antes,
uma angústia, a necessidade insana de me deixar levar por ela, uma
ansiedade imensa de sentir ela se derramar para mim e rapidamente ela o
faz, gemendo o meu nome enquanto penetro-a um pouco mais rápido, me
sentindo desesperado com essa sensação surreal.
— Gostosa... Você é maravilhosa... Perfeita... Ahhh... Minha
mulher... Ohhh Brenda... — Gemi admirando o seu rosto corado a pós o
sexo.
Ela ainda geme abraçada ao meu pescoço e me beija ferozmente, um
beijo faminto arrancado todo o ar dos meus pulmões.
— Então isso é fazer amor...? Fazer amor me deixou esgotado... Me
deixando completamente sem forças... — Sussurro no seu ouvido e ela me
aperta, beija o meu ombro e sobe para o meu pescoço.
— Fazer amor me deixou ainda mais apaixonada... Fazer amor me
faz te amar mais... Mas eu te amo igual quando me pega com força, te amo
de qualquer jeito... — Sua voz doce e suave me estremece de um jeito
assustador, não estou acostumado com esse tipo de coisa. O que ela está
fazendo comigo?
Desço ela do meu colo e tomamos um banho bem demorado entre
beijos e carícias, acabamos transando de novo e mesmo com uma pegada
mais forte eu me estremeço do mesmo jeito, senti as mesmas sensações e
mais uma vez isso me assustou, mas não quero perder isso, não quero
perdê-la.
Depois do nosso banho nos secamos e nos acomodamos na cama
ainda nus, trago a minha mulher para os meus braços e ela vem de bom
grado se aninhando em meu peito, essa sensação é tão gostosa, tê-la assim é
tão bom que já me acostumei com isso.
— Já que você quer tanto trabalhar, você começa amanhã mesmo!
Esteja preparada porque quando estiver trabalhando, você não será apenas
minha mulher, você também será um dos meus soldados fiéis e leais... Eu
posso contar com isso? — Disparo de uma só vez e ela ergue o rosto me
encarando surpresa.
— Sim, soberano! — Ela se senta fazendo reverência me fazendo
sorrir.
— Engraçadinha...! Um dia todos vão se curvar a você também, pois
você será a minha rainha, a minha soberana. — Puxo ela de volta para os
meus braços e beijo os seus lábios doces e carnudos.
— Eu serei o que você quiser, desde que esteja comigo. —
Concorda bocejando e eu apago o abajur para dormirmos.
Rapidamente nós entregamos ao sono pois eu estou exausto de tanto
que andei, e ela também pois andou junto comigo. Fiz algo que jamais me
imaginei fazendo, levei Brenda para conhecer todos os meus negócios,
visitamos todas as minhas boates, todos os armazéns e também todas as
minhas empresas, todos a conhece agora como minha mulher, e não como
uma prostituta que eu coloquei como minha exclusiva, Brenda é
oficialmente a minha mulher.

Na manhã seguinte eu acordo no meu horário de sempre e a vejo


ainda dormindo, de bruços de costas para mim com as costas nua, o
edredom cobre apenas da sua cintura para baixo, uma visão espetacular.
Beijo as suas costas e acaricio a sua bundinha empinada, ela se
mexe e resmunga mas não acorda. Beijo mais uma vez as suas costas
descobrindo-a por completo e me ponho sobre ela, esfrego o meu pau na
sua bundinha enquanto beijo o seu pescoço e já a vejo ofegar.
— Porque acordou tão cedo...? Me deixa dormir um pouco mahhh...
Michael... Ohhh... — Pede manhosa mas geme quando a penetro
lentamente mas começo a me mover rápido e forte dentro dela.
— Já está na hora de acordar... Você vai começar a trabalhar hoje, se
lembra...? Ohhh boceta viciante... Não vou conseguir deixar você trabalhar,
vou querer te comer enquanto trabalha e isso não vai dar certo... Cacete...
Ohhh... — Constato sem parar os meus movimentos e ela empina ainda
mais a bunda para mim, consigo entrar inteiro nela e ela está pegando fogo
de tão quente.
Me ergo segurando a sua cintura e meto mais brutalmente ouvindo a
sua bunda se chocar contra mim, um som tão excitante que já sinto o meu
orgasmo se formar. Abraço a sua cintura colocando ela de quatro na cama e
agarro os seus cabelos com uma mão e a sua cintura com a outra.
— Me fode gostoso... Me dá tudo de você... Ohhh me come com
forca, Michael...! Ahhh... — Sua voz sai em um sussurro mas consigo
ouvir.
— Puta merda... Assim está bom para você...? É assim que você
gostosa, Brenda? Gostosa... Minha bonequinha gostosa do caralho... Ohhh
quente como o inferno, do jeito que me enlouquece e acaba comigo... —
Mantenho o meu ritmo nas estocadas e ela desaba na cama, mas seguro a
sua cintura prendendo a sua bundinha no lugar empinada para mim.
Rapidamente sinto ela se contrair e eu adoro o jeito como ela me
aperta, a sua capacidade de me receber inteiro dentro dela e ainda pedir
mais. Não consigo resistir por mais tempo, assim que ela goza eu vou logo
em seguida mais uma vez deixando as minhas forçar esvair de mim, nunca
me senti tão saciado em uma única transa como me sinto com ela, o que
essa mulher fez comigo? O que ela tem de especial?
Saio dela desabando ao seu lado me sentindo tão ofegante como se
tivesse acabado de correr uma maratona, nem na academia eu me sinto tão
cansado. Estou confuso, não sei o que está acontecendo, não sei o que isso
se significa.
Ela me encara com aquele olhar doce e um sorriso radiante, um
sorriso de ternura, essa mulher me encanta a cada dia mais.
Me aproximo lhe dando um beijo calmo e ela me abraça, acaricia a
minha nuca enquanto enrosca as suas pernas nas minhas, abraço o seu corpo
trazendo-a mais para mim.
— Você não disse que precisávamos nos levantar...? Quero
impressionar o meu homem, então eu quero trabalhar! — Ela se solta de
mim empolgada e corre para o banheiro, sorrio com a sua empolgação e me
levanto indo atrás dela, talvez eu consiga um boquete antes de sairmos.
Mas adoraria sentir aquela bundinha gostosa antes de sairmos. Ela é
perfeita e me deixa louco.
Acompanhei Michael por todas as suas áreas de negócios e em todas
ela eu fui apresentada como a nova contadora dos negócios D'ávila,
visitamos todas as empresas de fachada que funciona para lavagem de
dinheiro e encontrei na empresa Matriz, alguém que me encara furiosa não
só pelo acontecido de ontem, mas também por me ver aqui sem apresentada
como uma funcionária que ficará em um cargo melhor que o dela,
desfilando como uma rainha ao lado do seu chefe.
— Olá, Melissa! Como vai? Dormiu bem a noite? — Me aproximo
dela de braços cruzados enquanto Michael conversa com o seu irmão. — Eu
sou mulher do seu chefe e também vou trabalhar na empresa, mas vou estar
em um cargo muito acima do seu cargo de secretária... Eu não queria
crescer tanto ao lado de Michael, mas isso será inevitável e você está me
obrigando a querer mais... Mais... E muito mais... Um dia você vai se
ajoelhar aos meus pés e vai suplicar misericórdia, vai suplicar para
continuar aí, exatamente onde você está... Sabe o que eu vou fazer...? Vou
deixar você continuar aí, me obedecendo como a empregada que é, do
contrário você mesma vai pedir para sair. — Digo em um tom frio olhando
dentro dos seus olhos e a vejo se encolher, me encarando amedrontada e
olho para trás de mim.
Michael e Joaquim tem os seus olhos atentos a nós e ambos estão
sérios.
— Me desculpa por tudo que te falei ontem, eu não fiz por mal...
Prometo que aquilo não vai se repetir, Sra. Lins. — Ergo uma sobrancelha
surpresa com o seu pedido de desculpas e sinto Michael me abraçar por
trás.
— Em nome de minha esposa, eu também quero te pedir desculpas
pelo o inconveniente de ontem, Brenda... Você tem uma grande importância
para ao meu irmão então lhe devemos respeito e lealdade assim como
devemos a ele. — Joaquim se aproxima de Melissa parando ao seu lado.
— Imagina Joaquim, você não tem que se desculpar, você nunca me
desrespeitou, e sua esposa acabou de se desculpar então vamos esquecer o
que houve... Podemos tentar sermos amigas agora que você sabe onde é o
meu lugar, Melissa... Vamos esquecer o que houve? — Me aproximo da sua
mesa e lhe estendo a mão olhando fixamente dentro dos seus olhos.
Sei que ela sabe que nunca seremos amigas, não depois de todas as
humilhações que ela me fez, ela sabe também que só estou sendo cordial na
frente dos nossos homens, porque ela ainda terá o que ela merece.
— Claro! Somos cunhadas, então precisamos ser amigas. — Ela
pega a minha mão e eu aperto com firmeza para ela saber que não sou tão
fraca o quanto ela imaginou.
— É assim que eu quero ver vocês, se entendendo e espero
realmente que um dia sejam amigas... Não gosto de vê-las brigando então
espero que isso mude. — Michael pega a minha mão e eu me afasto da
mesa de Melissa.
— Pode contar com isso, cunhado, você e seu irmão não verá mais
uma única briga entre nós... Eu não sabia o quão sério é o envolvimento de
vocês mas mesmo assim, reconheço que errei... Peço desculpas a você
também pelo incidente de ontem. — Melissa o encara meio sem jeito e até
mesmo envergonhada.
— Vamos concordar que esse incidente já vem acontecendo a dias,
não é, Melissa...? Mas, já que está tudo bem entre vocês agora e Brenda
aceitou o seu pedido de desculpas, vamos esquecer o que houve... Vamos
Brenda! Vou te mostra onde será a sua nova sala. — Michael a encara
atento mas em seguida me arrasta para algum lugar.
Sorrio por dentro me sentindo vitoriosa, eu ainda vou mostrar a
Brenda onde é o lugar dela e onde é o meu. E o meu lugar é reinando ao
lado do meu soberano Michael D'ávila.

Recebo uma ligação de Isabela contando o quanto está gostando do


seu novo emprego e também do seu novo apartamento. Para me agradar,
Michael colocou a minha amiga morando no luxuoso apartamento onde ela
estava quando ele me levou para Dubai, ele também arranjou um excelente
emprego para ela além de deixar alguns dos seus homens fazendo a sua
segurança, se estou feliz? Mas é óbvio de estou, estou sobre a proteção
desse homem incrivelmente gostoso, e ele ainda protege a minha amiga.
Saio dos meus pensamentos com um homem entrando na minha sala
mas Michael entra logo atrás dele.
— Princesa! Esse é Olavo Brum, será ele quem vai trazer até você
todos os documentos referentes a contabilidade dos meus negócios, caso
você encontre algum problema nos documentos, será ele quem vai
responder a mim... Eu fui claro, Olavo? — Seu tom com o empregado é o
mesmo que ele usou com todos os outros, um tom firme e autoritário.
— Sim senhor! Mas eu te garanto que o senhor não terá motivos
para se queixar ou se preocupar... A Sra. Brenda também não se arrependerá
de trabalharmos juntos... — O rapaz responde meio tímido mas se
empolgada ao comentar em trabalharmos juntos. Michael o interrompe.
— Quem foi que falou que você vai trabalhar com a minha mulher?
Você só tem que trazer os relatórios e entregar diretamente a ela, será
Brenda quem vai analisar e colocar tudo em ordem... Não quero esses
documentos passando nas mãos de terceiros, ou você entrega nas mãos dela
ou você terá uma conversa a sós diretamente comigo, eu fui claro? —
Michael o encara severamente e vejo o homem tremer.
— Perfeitamente, senhor... Esses são os relatórios da semana, aqui
estão a documentação de todos os seus negócios. — Afirma o homem
enquanto me entrega uma pasta e eu pego rapidamente.
Enquanto eles conversam eu já mexo nos documentos e me
impressiono com a quantidade de números que vejo aqui, eu já estava
impressionada com os milhões que havia visto naquele simples documento
de ontem, mas esses documentos de hoje me deixam de queixo caído.
— Impressionada com os números, bonequinha...? Eu vou te ensinar
como ganhar esses números, você será uma soberana assim como eu. —
Saio dos meus pensamentos com Michael parado na frente da minha mesa
me encarando atento.
Procuro pelo homem que estava com ele mas não o vejo mais,
quando foi que ele saiu e eu não vi?
— Vai me ensinar a ganhar dinheiro? Tanto quanto tem nesses
papéis? — Pergunto com um sorriso de lado e ele cruza os braços com os
seus olhos presos em mim, como se me avaliasse.
— Vou te ensinar a ganhar muito mais que isso, vou te transformar
na rainha do tráfico... A mulher mais rica do mundo, vou te ensinar a ter as
pessoas aos seus pés. — Sorrio abertamente deslumbrada com todas essas
suas ideias.
— Será que vou levar jeito para tudo isso...? Já não me reconheço
mais, estou mudando muito, pareço outra pessoa. — Comento pensativa,
não sei se estou fazendo certo aceitando tudo isso, mas ninguém está me
obrigando, eu só tenho medo de me arrepender depois.
— Você leva jeito para muita coisa, princesa, eu nem sabia que você
entendia tanto de números, e aí você vem e me surpreende, tenho certeza de
que você se sairá bem em muitas outras coisas... Prova disso é você estar
aqui agora, trabalhando dentro do aninha empresa e começando em um
cargo tão importante... Você está lidando com todo o meu dinheiro, com
todos os meus negócios e eu estou confiando em você... Na verdade, eu
nunca confiei tanto em alguém como confio em você, ainda não estou
entendendo o que está acontecendo comigo, nunca deixei os meus negócios
nas mãos de alguém sem antes merecer muito essa ocupação... Mas o
problema é que você mexe muito comigo, você me deixa muito
vulnerável... Você me faz querer coisas que antes eu não me importava, com
você eu sinto coisas desconhecidas e isso me apavora, ao mesmo tempo que
me deixa ainda mais fascinado por você... — Suas palavras me
surpreendem como nunca antes.
Não sei o que dizer, apenas me levanto e dou a volta na mesa me
aproximando dele, abraço o seu pescoço e beijo-o com clama, com amor e
ternura. Seus braços fortes me abraçam me prendendo ao seu corpo, ele me
beija com a mesma intensidade me deixando rendida a ele. Mas me lembro
do meu trabalho e me afasto brevemente interrompendo o nosso beijo.
— Eu lhe asseguro que nunca vai se arrepender de confiar em
mim... Serei leal não só a você, mas ao sentimento que sinto dentro do meu
coração... Eu quero crescer com você, Michael, quero ser importante para
alguém mais além da única pessoa que tenho como minha família... Você
ainda vai se orgulhar de mim, eu prometo. — O encaro confiante e me
surpreendo com as minhas próprias palavras.
Eu me declarei a ele ontem, e agora estou prometendo lealdade?
Não estou me reconhecendo, mas uma coisa é certa, estou me iludindo
muito e sei que vou quebrar a minha cara, só espero não me machucar
muito pois não consigo mais sair dessa situação, não consigo mais deixar
Michael D'ávila, estou acorrentada a esse homem e não quero mais me
soltar. Quando foi que isso aconteceu? Porque deixei isso acontecer?
— Eu não esperava menos de você, minha princesa... Minha futura
rainha. — Ele sorrir de lado segurando gentilmente o meu queixo e me
beija brevemente.
— O que quer dizer com, minha futura rainha? Fala isso pelo que
disse em me ensinar sobre os seus negócios? — Pergunto curiosa e ele
respira fundo olhando dentro dos meus olhos.
— Na hora certa você vai saber, não agora... Preciso ir até a minha
sala, tenho que fazer algumas ligações mas depois volto para ver como está
se saindo... Boa sorte! — Ele me dá um beijo casto e sai em seguida.
Volto para minha mesa e respiro fundo antes de iniciar o meu
trabalho. Sorrio ainda não acreditando que ele me deixou mesmo trabalhar
com ele, que está depositando a sua confiança em mim e me apresentou a
todos não só como sua mulher, mas também me deixou a frente da
contabilidade dos seus negócios.
Será que ele sente algo por mim além de desejo? Será que ele me
ama nem que seja um pouquinho? Seria pedir demais um pouquinho do seu
amor? Mas será que ele já amou antes? Ele sabe o que é amar?
UM ANO DEPOIS...

Já faz um ano que estou ao lado de Michael, e já faz mais de um ano


que não sou mais a mesma, não sou mais tão ingênua, não deixo mais
ninguém brincar comigo e ninguém mais me olha torto ou me ofende como
se eu não fosse nada, agora eu sou alguém, agora eu sou Brenda Lins
D'ávila.
Não me casei como toda mulher sonha, mas Michael me deu o seu
sobrenome ao fazer um contrato de união estável, para que eu pertença a ele
legalmente. Calma, ele não me comprou, não é o meu dono mas agora eu
carrego o seu sobrenome, mas ninguém sabe sobre isso, até o momento ele
quer que seja um segredo e assim tem sido.
Michael quer que eu tenha direitos a tudo que lhe pertence pois não
confia em mais ninguém, nem mesmo no próprio irmão que tem se
mostrando diferente, tem se mostrando não ser mais tão fiel como antes.
Depois que comecei a trabalhar para Michael e fiquei a frente da
contabilidade, eu descobri pequenas fraudes, pequenos desvios de verbas e
ninguém sabe quem está roubando, ou melhor, Joaquim tem estado muito
estranho, e por causa das suas acusações, Michael mandou matar três dos
seus melhores soldados por achar que eles estavam o traindo, mas quando
descobriu a verdade já era tarde, e por isso ele está bastante irritado pois
não quer acreditar que o próprio irmãos esteja o roubando.
No início eu até me senti culpada por delatar a fraude nos
levantamentos das vendas, pois Joaquim é o assistente pessoal de Michael e
também é quem fiscaliza tudo, e os relatórios que ele tem feito já a algum
tempo não batem com as notas enviadas diretamente para os e-mails de
Michael, mas Joaquim não sabia disso, houve uma grande briga entre os
dois e ambos se ameaçaram de traição, foi algo tão intenso que tive medo
de que eles se matassem.
Os irmãos romperam a amizade e Joaquim não faz mais parte do
Cartel Nuestro Poder, agora ele é membro do Cartel onde o seu Capo é o
pai de Melissa Álvares, aquela ordinária me tratava mal porque percebeu
que eu poderia ser uma ameaça para ela e seu marido, e na verdade ela não
estava errada, graças a mim Joaquim não está mais aqui para roubar o
irmão, mas o que ele tem roubado todos esses anos deve ter lhe rendido
uma pequena fortuna, mas ele insiste em negar a sua fraude, mas isso
descobriremos assim que as investigações terminarem.
Michael contratou os serviços do Cartel de um amigo seu, o mesmo
amigo de Dubai onde fui em uma festa na sua mansão, Leon Young, ele tem
um pessoal capaz de rastrear qualquer fraude na internet, e sei que ele vai
descobrir algo nos computadores dessa empresa e também no armazém
central, só espero que o resultado de tudo isso não seja a morte de um dele.
— Com licença, Sra. Brenda! Precisamos receber uma mercadoria
mas o soberano não está, ele já deixou bem claro que na ausência dele quem
manda é a senhora, então precisamos da sua presença no armazém central.
— O novo assistente de Michael entra no escritório e eu levanto o meu
olhar até ele.
O encaro atenta mas não digo nada, onde Michael foi sem avisar?
Me levanto pegando os documentos e os guardo no cofre como de costume.
Pego a minha bolsa e vou até o homem parando na sua frente.
— Onde o meu marido foi? Está tudo em ordem no armazém? —
Saio do escritório com ele vindo atrás de mim e sigo para o elevador.
— Ele não avisou para onde iria, apenas saiu sem dizer nada mas ele
parecia furioso... Parece que ele recebeu uma ligação de Dubai, isso é tudo
que eu sei, senhora. — Explica enquanto entramos no elevador e o meu
celular toca, pego o mesmo pensando ser Michael, mas é Olavo.
— Olavo? Alguma novidade? — Atendo no terceiro toque.
— Senhora não tenho boas notícias, a senhora precisar sair do
prédio agora! Alguém fez uma denúncia anônima, a polícia vai chegar a
qualquer momento... Tem um carro esperando pela senhora na rua de trás,
saia pelos fundos, eu vou encontrá-la! — Avisa meio nervoso e eu apenas
concordo.
— Já estou descendo, eu só preciso acionar o alarme para
esvaziarem o prédio. — Aviso antes de desligar o telefone.
Pelo celular mesmo eu aciono o alarme que vai tocar apenas nos
celulares e nos computadores de todos os andares. Aperto o botão de pare
do elevador e o coloco para subir novamente, assim que o mesmo se abre eu
corro de volta para minha sala e abro o cofre pegando todos os documentos
os colocando na minha bolsa.
O assistente pega todas as pastas no arquivo colocando em uma
pequena mala e eu corro para sala de Michael, faço o mesmo, pego tudo
que eu consigo pegar e saímos o mais rápido possível. Mas consigo ouvir
de longe o som das sirenes então arranco os meus saltos e subimos correndo
para o heliporto do prédio.
— Liga os motores! Precisamos sair agora! — Ordeno enquanto nós
aproximamos e rapidamente o piloto me obedece.
Levantamos voo e saímos do prédio, ligo para Olavo e peço para o
carro me pegar em algum outro lugar, pois eles podem estar seguindo o
helicóptero, tento ligar para Michael mas não consigo, o seu celular nem
chama, vai direto para caixa de mensagem.
Poucos minutos depois o helicóptero pousa na o meio da pista e eu
desço com o assistente, corremos para o carro e o mesmo acelera saindo em
alta velocidade enquanto o helicóptero levanta voo novamente seguindo em
outra direção.
— Vamos para o lugar de sempre! Lá não seremos rastreados! —
Ordeno ao motorista e prontamente ele me obedece.
— Agora mesmo senhora!
Pego o meu celular e tento mais uma vez ligar para Michael, mas
não consigo, o seu celular ainda está desligado ou fora de área, espero que
não tenha acontecido nada com ele.
Recebo a ligação de Olavo avisando que todos conseguiram sair do
prédio, eu respiro aliviada por isso, peço para ele tentar entrar em contato
com Michael mas ele diz que também não consegue falar com meu marido.
Só me resta esperar que ele apareça.
Horas depois chegamos em uma das novas casas de campo que
Michael comprou, aqui é bem afastado da cidade e quase ninguém sabe
chegar aqui, e com os atalhos que pegamos não vão nos rastrear.
Ligo novamente para Olavo e peço para atrasarem a chegada do
carregamento, ou mudarem para o armazém da outra cidade, mas o
carregamento não pode ser descarregado em Roma depois desse alarde,
com essa denuncia anônima, a polícia e os Carteis vizinhos vão estar de
olho na gente, e assim ele faz como ordenei.
Ando de um lado para o outro, nervosa e preocupada, isso nunca
havia acontecido antes mas fiz exatamente como Michael havia me
instruída para uma emergência dessas.
— Mas que droga! Onde você está Michael...? — Jogo o telefone
sobre a cama e saio para varanda do quarto.
Olho além das montanhas a minha frente e me perco em
pensamentos, me pego pensando em tudo que tem sido da minha vida
durante esse ano que se passou, pode não ser o certo tudo que estou
compactuando, mas não vou negar, eu tenho a vida que eu sempre quis ter,
tenho tudo que desejei um dia e não me arrependo, eu só não quero perder o
que conquistei, não quero perder Michael.
— BRENDA...? BRENDA...? CADÊ VOCÊ? PRINCESA? —
Ouço os seus gritos e entro correndo no quarto no mesmo instante em que
ele entra pela porta.
— Michael... — Corro para os seus braços o apertando forte,
agradecida por ele estar aqui.
— Você está bem? Fizeram alguma coisa com você? O que houve?
Olavo disse que você desceu no meio da pista, você está bem princesa...? —
Ele me examina visivelmente preocupado mas eu seguro o seu rosto
beijando-o ferozmente.
— Eu estou bem... Desci na pista para conseguir fugir... Mas e
você? Onde estava? O que aconteceu? Eu tive que atrasar o carregando,
fizeram uma denúncia anônima mas eu não faço ideia de quem possa ter
feito isso... — Explico aflita com medo de me soltar dele, mas ele o faz
irritado.
— Foi Melissa! Aquela cachorra tinha documentos que o infeliz do
meu irmão deu a ela para esconder... Traidores malditos! Eu vou matar os
dois! EU JURO QUE VOU MATAR OS DOIS...! O carregamento que
apreenderam a um ano atrás enquanto estávamos em Dubai, foi ele!
Joaquim é meu irmão, ele tem o meu sangue e me traiu! Isso não vai ficar
assim, ele precisa pagar pelo que fez! — Esbraveja alterado andando de um
lado para o outro e ouso afirmar que nunca o vi assim antes.
Transtornado desse jeito, com certeza ele seria capaz de matar
alguém tamanha é a sua fúria.
— Não vou te impedir e nem te pedir para não fazer nada, ele tentou
me incriminar, tento fazer você acreditar que era eu quem estava te
roubando, se não fosse as fraudes de anos atrás você nunca iria descobri que
era ele o traidor! Talvez até acreditasse que era eu quem estava te
roubando... Ele é seu irmão mas também é um traidor, então faça o que
achar melhor. — Comento pensativa, me lembrando das insinuações de
Joaquim ao me acusar de ser a traidora.
Joaquim me custou de estar roubando só porque eu fiquei a frente da
contabilidade dos negócios, ele viu que seria descoberto graças a mim e
quis me complicar, mas tudo que eu faço eu mostro a Michael e ele também
recebe por e-mail todas as notas de fornecedores das drogas, então ele sabia
que não era eu quem estava roubando.
Por sua vez Joaquim tentou se justificar dizendo que o irmão estava
tirando dele para dar para mim, mas Michael foi bem claro quando disse,
que aqui cada um tem o que merece e eu mereci o que eu tenho hoje, o seu
respeito e a sua total confiança.
— Precisamos voltar para cidade, não vamos nos esconder porque
eu não tenho nada a temer... Bom, pelo menos eu vou fazer a polícia
acreditar nisso, quanto a Joaquim e a sua nova turma, eu estou preparando
uma surpresa para eles... Vamos! Não vou deixar nada acontecer com você,
eu prometo! — Ele se aproxima um pouco mais calmo e me puxa para o seu
corpo.
— Eu confio em você... Vamos! — Lhe dou um breve beijo e pego a
minha bolsa e o meu celular.
Saímos do quadro indo para sala e encontro Júlio conversando pelo
celular com Olavo no viva voz.
— Onde estão os documentos? Conseguiram pegar tudo? —
Pergunto atento a ligação do meu assistente.
— Sim, soberano! O nosso pessoal conseguiu sair do prédio antes
da polícia chegar, para todos os efeitos a empresa não funcionou hoje e
eles receberam um alarme falso, mas todos os departamentos conseguiram
cumprir as suas funções, documentos, discos rígidos entre outras coisas,
tudo foi tirado da empresa caso a polícia apareça com um mandado busca
e apreensão, o nosso pessoal foi perfeito. — Explica Olavo do outro lado
da linha e vejo Brenda tirar alguns documentos valiosos da sua bolsa, e
outros da pequena mala com o meu assistente.
— Perfeito! Todos vocês merecem uma gratificação por isso, a
lealdade de vocês está contando muito nessa questão, então depois
resolveremos o bônus de vocês... Nós falamos depois. — Digo antes de
encerrar a ligação. Pego o meu celular e ligo para Charles que ficou na
mansão. — Charles! Eu estou voltando para casa com a minha mulher,
reforça a segurança da mansão até eu chegar... Estou com um grupo
pequeno de soldados, mande um grupo maior para nós encontrar, estamos
saindo daqui agora e precisamos de uma escolta maior.
— Perfeito chefe! Eles vão sair agora mesmo. — Concorda antes de
desligar a chamada.
Peço para colocarem a mala e bolsa com os documentos no cofre da
casa, depois eu volto para buscar, não vou ficar andando com isso para cima
e para baixo, não vou correr o risco de perdê-lo ou de sermos parados pela
polícia e eles nos encontrarem com tudo isso.
Saio da casa com Brenda e seguimos para o meu carro blindado, os
nossos soldados se dividem em quatro carros então saímos da mansão, mas
Júlio vem comigo dirigindo o meu carro junto com mais uma segurança.
Júlio era gerente em uma das minhas boates, mas o recrutei para
trabalhar diretamente comigo pois ele é perito em armas e não posso
desperdiçar os seus talentos.
Seguimos de volta para casa e mais uma vez Leon Young me liga
dando detalhes das alterações feitas no meu computador, mais uma vez me
enfureço de ódio por ouvir tudo que foi descoberto, mas consigo me
controlar um pouco.
— Relaxa meu amor! Você vai conseguir sair dessa situação, vai
conseguir resolver tudo e logo teremos paz outra vez. — Brenda acaricia o
meu rosto com carinho e ela sempre consegue me acalmar.
Encaro os seus olhos azuis antes de encarar a sua boca boquinha
carnuda, abro a boca para dizer as palavras que ela tanto deseja ouvir mas
elas não saem. Durante todos esses meses eu tentei dar a ela o que eu
guardo dentro do peito, mas sempre tive medo de fazer tal coisa, Brenda
despertou em mim um sentimento que jamais senti antes por outra mulher.
— Me perdoa por nunca ter dito isso a você antes... Eu fui um
covarde, sempre tive medo de demonstrar o que sinto por você, princesa,
mesmo você me dando o seu amor todos os dias, a todo instante, mas eu
não consigo mais negar, não consigo mais esconder de mim mesmo que
gosto de você mais do que pretendia... Eu te amo, Brenda Lins D'ávila... Eu
amo você! — Toco o seu rosto em um breve carinho fazendo a mulher ao
meu lado me encarar chocada.
— Michael...? Meu Deus, você... Você me ama...? Você me ama
Michael...? Eu te amo... Meu amor eu te amo tanto... — A vejo emocionada
mas sorrindo tão lindamente.
— Você é o meu anjo, você é a minha vida meu amor, por isso
nunca te deixei ir, eu nunca poderia perder o que nasceu para ser meu...
Você foi e sempre será a única mulher que eu vou amar... Você é muito mais
que minha rainha, você é a minha vida, a minha perdição. — Sorrio de um
jeito que não sei explicar, eu amo essa mulher, só não conseguia dizer isso
com palavras e sei que ela sempre esperou por isso.
Ela se atira em meus braços daquele seu jeitinho espontâneo e me
beija ardentemente, um beijo tão saboroso quanto todos os outros que ela já
me deu. A minha vontade é fazer amor com ela aqui mesmo dentro do
carro, mas não quero ninguém assistindo ao meu momento com a minha
mulher. Beijo-a com amor e paixão, beijo-a desesperadamente como se
fosse o nosso primeiro e último beijo.
— Eu sempre vou te amar... Nessa vida ou na outra o meu amor
sempre será seu... — Declara entre os beijos.
— Meu amor... Você é meu amor, sempre foi e sempre será. —
Sussurro perdido de amor nesse beijo maravilhoso.
Brenda sorrir na minha boca mas de repente o carro para
abruptamente e eu olho para fora do mesmo, vejo dois carros parados a
nossa frente e alguns homens saírem armados atirando na nossa direção. É o
canalha do meu irmão.
— Maldito! Eu vou acertar as minhas contas com você! — Afirmo
entre dentes sentindo a fúria voltar a me dominar.
— Michael! O que está acontecendo? Quem são esses homens? —
Grita apavorada enquanto faço ela se deitar no chão do carro e me abaixo
sobre ela.
— Não se levante! Por favor me obedeça...! Júlio tire ela daqui! —
Abro a porta do carro e saio sacando as minhas armas.
— NÃO! MICHAEL? VOLTE AQUI POR FAVOR? NÃO FAZ
ISSO MICHAEL! — Me junto aos meus soldados atirando na direção de
Joaquim e os seus capangas.
Olho de relance em direção ao meu carro e vejo Brenda desesperada
tentando sair, mas Júlio se afasta rapidamente com o carro. Me protejo atrás
do carro dos meus homens e o confronto é inevitável, muitos morrem ao
meu lado mas do outro lado eles também caem como fruta madura.
— Se rende Michael! Olha para trás! Olha para trás! — Grita
Joaquim e assim eu faço.
Vejo Júlio e Brenda rendidos com algumas armas apontadas nas
suas cabeças, sei que eles não vão conseguir sair daqui, mesmo Júlio sendo
muito experiente, se ele reagir eles matam Brenda.
— BRENDA! — Tento ir na sua direção mas os meus soldados se
põem na minha frente.
— Se quiser que ela viva! Se renda irmão! Você já reinou por tempo
suficiente, agora é a minha vez...! Você fez um excelente trabalho, mas
agora deixa comigo, eu vou triplicar essa fortuna e ela terá um único dono...
EU! — Grita o infeliz e sei que ele está próximo.
— VOCÊ NÃO VAI FICAR COM O QUE É MEU, JOAQUIM! O
papai deixou o comando nas minhas mãos, pelo visto ele também não
confiava em você, seu traidor maldito...! Eu juro que você vai me pagar,
irmão! Seja aqui ou no inferno você vai me pagar! — Esbravejo alterado
sentido a fúria e o ódio me aplacar por dentro, meu coração está tomado por
um sentimento maligno.
Olho através do vidro e o vejo se aproximar com cautela, mas
também vejo alguns carros se aproximar em alta velocidade já atirando e sei
que é o meu pessoal. Recarrego as minhas armas assim com os meus
soldados ao meu lado e voltamos para o confronto, enquanto me afasto
tentando chegar até Brenda deitada no chão tentando se proteger, Júlio junto
com mais alguns dos nossos homens já mataram os capangas que os
rendiam, mas está difícil chegar até eles.
— JÚLIO! TIRE ELA DAQUI! RÁPIDO! — Me protejo atrás de
um dos carros e consigo ver Brenda entrando no carro e o mesmo sai em
alta velocidade.
— Soberano! O senhor está bem? Está ferido? — Pergunta Charles
de algum lugar mas não consigo vê-lo.
— Não estou ferido! VAMOS PARA CIMA! EU QUERO ESSE
MALDITO MORTO! — Ordeno saindo de trás do carro e volto a atirar em
direção aos meus inimigos e vejo Joaquim cair de joelhos no chão com um
tiro no peito.
Vejo que os seus homens os poucos que restam estão debandando
mata adentro para fugir do confronto. Me aproximo de Joaquim cuspindo
sangue e olho dentro dos seus olhos, antes de lhe acertar uma única bala no
meio da testa.
— Morra maldito! Vá trair o capeta! Se é que você vai conseguir...
AHHH... Maldita! — O admiro morto na minha frente, mas sinto uma bala
pegar no meu ombro e outra no meu abdômen.
Vejo Melissa sair de um dos carros cheios de furos de balas, como
ela sobreviveu a isso? Caio no chão agonizando e ela grita dando tiros para
o alto.
— Michael está morto! Agora quem manda nessa merda sou eu por
ser a viúva de Joaquim D'ávila! Vocês terão que se curvar a mim agora! —
Ouço bem distante a sua voz desaparecer aos poucos. — Morra em paz,
meu querido cunhado... A sua bonequinha irá te fazer companhia em breve!
Vejo o meu fim chegar com o som de um último tiro, não acredito
que vou morrer assim, pelas mãos de uma traidora. Meus últimos
pensamentos vão em Brenda.
— VOLTA! EU ESTOU MANDANDO VOCÊ VOLTAR JÚLIO...!
MEU DEUS NÃO PODEMOS DEIXAR MICHAEL PARA TRÁS! —
Ordeno entre lágrimas mas ele não me obedece.
— Me desculpe senhora, mas eu tenho ordens para tirá-la daqui, o
Sr. D'ávila me mata se eu voltar com a senhora para o fogo cruzado... A sua
vida é mais importante do que a de qualquer um aqui. — Explica sem tirar a
sua atenção dos atalhos que ele entra, eu nunca passei por esse lugar antes,
mas isso deve ser coisa do Michael também.
— Para onde está me levando? Não podemos deixar o Michael para
trás, eu estou te dando uma ordem então me obedeça! — Esbravejo irritada
ouvindo ao longe o som dos tiros ficando para trás.
— Não insiste senhora! Eu não posso... — Ele também se irrita mas
para quando ouvimos a voz de Charles pelo rádio.
— Júlio! Tira a soberana daqui! Não passe a sua localização a
ninguém até que eu mesmo vá até vocês... Eu fui claro? — Ordena alterado
e eu me surpreendo por ele me chamar de soberana.
"Você será minha para sempre, e quando eu morrer, você será a
soberana de todos que me obedecem... Não quero morrer para não te
deixar, mas se acontecer você seguirá no comando!"
Ouço essas palavras ecoar na minha mente e um zumbido me deixa
surda por breves segundos.
— Charles...? Charles! Cadê Michael...? Onde está o meu marido...?
Charles me responda! Eu estou te dando uma ordem! Eu quero saber onde
está Michael? Ele está bem? Não ouse mentir para mim! — Esbravejo
alterada mas mal consigo ouvir a minha própria voz. Ele fica mudo por
alguns instantes.
— Todos obedeceremos as suas ordens agora, soberana... Sinto
muito, mas o seu marido foi assassinado por Melissa, nós a matamos mas
precisamos ir atrás do Cartel a qual ela pertencia, só estamos aguardando as
suas ordens. — Ouço ele falar mas tudo que consigo entender são as
palavras assassinado por Melissa.
— Não... Não... O MICHAEL NÃO ME DEIXARIA! VOCÊ ESTÁ
MENTINDO E VOCÊ VAI PAGAR POR ISSO, CHARLES! Eu quero ver
o meu marido! Eu quero Michael...! MICHAEL! MICHAEL! MEU
AMOR... MICHAEL...! ME DEIXEM VER O MEU MARIDO! EU
QUERO VER O MEU MARIDO! — Grito em meio ao choro e o desespero
tentando abrir a porta do carro, mas não consigo. — Para esse carro! Me
deixa sair...! Michael...! MICHAEEEEL! — Grito estrérica sentido o medo
me dominar.
Bato em Júlio para ele parar o carro mas ele não para e eu desmaio
sentindo o meu coração bater mais forte que o normal, sinto que posso ter
uma parada cardíaca e morrer a qualquer momento. Ele não pode me deixar,
eu vou odiá-lo pelo resto da vida se ele tiver feito mesmo isso comigo.

Acordo sentindo um cheio forte no meu nariz e a ânsia me atinge em


cheio, me jogo para o lado e vomito no chão mesmo vendo tudo girar, me
sinto como se tivesse passado uma semana bebendo e agora estou de
ressaca.
Olho para os lados me acomodando novamente na cama e vejo
Júlio, Charles, Olavo e Isabela em volta da cama me encarando apreensivo,
enquanto um homem me examina. Vejo que estou no soro mas não estou
em um hospital, estou na mansão D'ávila porque estou reconhecendo o meu
quarto.
— Michael... Onde ele está? Como eu cheguei aqui...? — Pergunto
ainda zonza vendo tudo rodar a minha volta.
— Como se sente, senhora? Está melhor? Ainda está enjoada? Sente
algo mais? Dói em algum lugar? — Pergunta o homem atento a mim e
aperta a minha barriga me examinando.
— Não dói em lugar algum, apenas tudo gira a minha volta e meu
estômago está dando nó... Afinal de contas, quem é você? O que aconteceu
comigo, Isa? Onde está Michael? Quero ver o meu marido! — Questiono
inquieta e tento me levantar, mas Isabela se senta ao meu lado me
obrigando a me deitar outra vez.
— Nós já vamos conversar, deixa apenas o médico terminar de te
examinar, você desmaiou, precisamos saber se você está bem. — Ela me
lança aquele seu olhar amoroso e acaricia o meu rosto, antes de se levantar
encarando o tal médico.
— Eu já terminei de examiná-la, a Sra. Lins não tem nada demais,
ela desmaiou pela forte emoção que passou e no estado dela isso é
perfeitamente normal... Eu recomendo que a senhora comece a fazer o pré-
natal o mais breve possível, porque a senhora vai ter um bebê... Você está
grávida. — Revela o médico deixando a todos chocados e eu sinto que
posso desmaiar outra vez.
— Eu... Eu não... Grávida...? — Sussurro espantada e imagens de
Michael no confronto invade a minha mente.
Encaro Charles e Júlio e ambos me encaram apreensivos.
"Todos obedeceremos as suas ordens agora, soberana... Sinto muito,
mas o seu marido foi assassinado por Melissa, nós a matamos mas
precisamos ir atrás do Cartel a qual ela pertencia, só estamos aguardando
as suas ordens."
— Você! Você me disse algo cruel, Charles, e eu não vou aceitar o
que você me disse, então desfaça a merda que você fez...! Me diz a
verdade! Diz que ele está bem e questão resolvendo algumas coisas, mas
que vai voltar logo... Vamos! Eu estou esperando! Eu não posso estar
grávida de um homem que me deixou dessa maneira! Tudo isso não está
acontecendo! Não pode acontecer! — Me levanto ainda irritada e me
aproximo de Charles feito um bicho.
Aponto o dedo na sua cara mas me sinto tonta e ele me pega no
colo.
— Fica calma senhora! Vamos conversar com calma, a senhora não
pode se agitar dessa maneira, agora você está esperando um herdeiro
D'ávila e nós vamos cuidar de vocês com a nossa própria vida... A nossa
lealdade agora é sua, e todos seguiremos as suas ordens. — Diz Charles
enquanto me coloca na cama e Isabela se senta ao meu lado. — Doutor! De
um calmante a ela, ela precisa descansar um pouco até se acostumar com a
ideia do que aconteceu. — Ordena encarando sério o médico e rapidamente
as suas ordens são acatadas.
— Fique com ela, Isabela, agora mais do que nunca ela vai precisar
de você ao lado dela...
Ouço a voz de Júlio e Charles falando algo bem distante, e logo sou
vencida pelo efeito do calmante, logo não ouço mais nada e durmo mesmo
sentido as minhas lágrimas descerem livremente.

HORAS DEPOIS...

Acordo com o quarto todo escuro e vejo Isabela deitada ao meu lado
na minha cama, só então me dou conta de que ele não estará mais aqui, ele
me deixou e o que será de mim agora? O que vou fazer sozinha sem ele?
Me levanto ainda me sentindo zonza pelo efeito do remédio e vou
para o banheiro, tomo um banho pouco demorado e visto um roupão indo
para o closet. Escolho uma roupa para me vestir e quanto tiro o roupão na
frente do espelho, encaro a minha barriga me dando conta de que estou
esperando um filho dele.
— Meu amor... Você se foi sem saber que vou te dar um filho... Um
pedacinho seu está crescendo dentro de mim... O que vamos fazer sem
você...? — Choro acariciando a minha barriga e me sento no tapete
abraçada as minhas pernas.
Choro desesperadamente pela falta que ele já está me fazendo. Olho
em direção a porta e vejo Isabela me encarando com cara de choro.
— Ele se declarou para mim, Isa... Minutos antes de morrer ele
disse que me ama... Ele me fez uma declaração tão linda, parecia que estava
se despedindo... Aquele cretino me fez amá-lo e agora me deixou. — Choro
entre soluços e ela se aproxima se abaixando na minha frente.
— Vocês viviam uma vida muito perigosa, minha amiga, o mundo
do crime é assim, nunca se sabe o dia de amanhã, em um confronto
ninguém sabe quem vai morrer e quem vai escapar com vida, você sabia
disso quando entrou nessa vida... E eu não estou te recriminando porque eu
fiz igual... Eu poderia ter perdido Charles também, mas infelizmente uma
de nós duas teve uma perda muito grande, eu sei o quanto você o amava...
— Ela tenta me consolar mas a interrompo abraçando-a forte.
— Eu ainda o amo, Isa... O amo e sempre vou amar. — Afirmo
entre soluços mas ela se solta de mim me encarando nos olhos.
— Não queria que você estivesse passando por tudo isso, eu juro...!
Mas você não está sozinha, eu sempre vou estar aqui com você e também
com o seu bebê... Meu Deus você está grávida... Está esperando um filho
dele... Como vai ser a sua vida agora minha amiga? O que você pretende
fazer? — Seus olhos tristes me mostram o quanto ela realmente se preocupa
comigo.
— Vou continua ao lado dele, Isa... Vai ser como se ele ainda
estivesse aqui, eu vou assumir os negócios de Michael! — Revelo em um
tom firme e ela me encara espantada.
— Mas Brenda? Você vai se colocar na mira do perigo, minha
amiga! Pensa no seu filho? Vocês vão estar na mira dos maiores traficantes
desse país, pior! Vocês vão estar na mira dos Carteis mais perigosos do
mundo pois vão vir para cima de você, agora que Michael não está mais
aqui, eles vão achar que uma mulher no comando não terá o mesmo pulso
firme que seu marido... Essa é outra questão, ninguém além de mim e
Charles sabemos que vocês se casaram, você vai precisar provar que
merece ocupar o lugar de Michael D'ávila e... — Retruca visivelmente
preocupada mas me levanto interrompendo-a.
— Eu sei de tudo isso, Isa! E quando eu assinei aqueles
documentos, Michael me explicou exatamente o que eu deveria fazer caso
algo acontecesse com ele... Eu só não esperava que isso fosse acontece tão
rápido, tão cedo... Eu preferia que ele estivesse aqui e eu não tivesse
assinado nada, eu só queria ele aqui... Mas ele não está então vou fazer o
que ele me instruiu ainda em vida! — Digo em um tom decidido e ela
respira fundo se levantando também.
— Já que você não vai sair dessa vida, então eu também não vou!
Eu quero fazer parte disso junto com você! — Me surpreendo com a sua
decisão mas no fundo estou aliviada por ter o seu apoio.
UMA SEMANA DEPOIS...

Hoje faz uma semana que Michael morreu e eu ainda estou


indignada, não teve velório e eu nem pude ver o seu corpo para me
despedir, Charles achou melhor assim e mesmo seguindo as minhas ordens,
essa ele fez questão de não cumprir, não me deixou ver Michael pois estava
preocupado com o meu estado, tanto ele quando Isabela temeram que eu
passasse mal e tenho certeza de que isso realmente aconteceria, então fui
obrigada a aceitar os seus argumentos.
Hoje haverá uma grande cerimônia em homenagem a Michael, em
Dubai na mansão do seu amigo Leon, por mim eu não iria para não sofrer
ainda mais com as lembranças dele, mas todos fazem questão da minha
presença pois hoje também vão anunciar para todos que eu assumirei o
comando do Cartel Nuestro Poder, estou sendo venerada como a nova
soberana da facção e fui muito bem aceita por todos, já que esse era o
desejo de Michael e tudo ficou especificado em um testamento que eu nem
sabia que existia.
Dei ordens para que todos os soldados do Cartel se reunissem, e
montassem um plano de ataque para vingarmos a morte de Michael, e assim
está sendo feito com a ajuda de Leon, ele tem sido um ótimo amigo para
mim, assim como era para Michael, e é bom poder contar com aquele que
pensava exatamente como ele, isso vai facilitar muito as coisas no meu
reinado.
Termino de me arrumar colocando um vestido preto longo tomara
que caia, fiz um penteado no cabelo prendendo de um lado só e fiz uma
maquiagem marcando bem os olhos, os saltos e a bolsa também são pretos
pois estou de luto pelo meu amor. Não posso nem ouvir e nem falar o nome
dele que as minhas lágrimas brotam rapidamente, mas hoje eu preciso ser
forte.
Pego a sua foto na cabeceira da cama e a encaro atenta, ele sempre
foi um homem muito sério, mas comigo ele sempre sorria, ele sempre foi
mais condescendente comigo do que com qualquer um, e acho que foi isso
que despertou ainda mais a fúria e a ganância do Joaquim, esse teve um
velório que saiu até nos noticiários, também falaram da morte de Michael
questionando o motivo de não ter um velório, mas como sempre, Charles
acionou o nosso pessoal para fazer uma notícia falsa na mídia, e todos
pensam que o Cartel Nuestro Poder está sem um Capo para liderar a facção,
mas a partir de hoje todos vão saber que o Cartel tem uma nova líder e eu
serei tão boa quanto Michael! Vou fazer isso por ele!
— Já está pronta, Brenda? Charles mandou te chamar, já está na
hora de irmos. — Isabela entra no meu quarto também arrumada em um
belo vestido preto, ela está vivendo o luto junto comigo.
— Sim! Eu já estou pronta... Eu só... Eu... Não é nada, vamos! —
Encaro a foto de Michael uma última vez e deixo uma lágrima cair.
Coloco o porta retrato no lugar e saio do quarto abraçada a minha
melhor amiga, a minha irmã que se enfiou em tudo isso só para não me
abandonar.
Saímos até a praia e seguimos até o heliporto no píer da ilha, esse
lugar é tão maravilhoso que fiz questão de vir para cá antes e passar uns
dias sozinha para tentar aceitar o que acontecer, mas isso só piorou a minha
situação pois não consegui deixar de pensar nele um só minuto, ainda não
acredito que ele me deixou, que ele se foi sem saber que vamos ter um
filho.
Embarcamos no helicóptero e seguimos para cidade, mais
precisamente para a mansão de Leon Young, onde será a homenagem a
Michael. Poucos minutos depois estamos pousando no heliporto da mansão
e Charles e Júlio me guiam para dentro da casa, esses dois agora me seguem
como se fossem a minha sobra, onde vou eles estão atrás para me
protegerem e não vou negar, eu gosto disso.
Entro no salão principal da casa com Isabela ao meu lado e os meus
seguranças atrás de nós. Assim que me vê entrar, Leon vem até a mim me
guiando pelo salão e recebo os olhares de surpresa de todos. Subimos em
um pequeno palco e Júlio e Charles se posicionam trás de mim atentos a
tudo.
— Senhoras e senhores! Como todos sabem, hoje estamos fazendo
essa reunião para prestarmos uma última homenagem ao nosso saudoso e
estimado amigo, Michael D'ávila... Quero aproveitar também para
apresentar a vocês, a primeira dama! A viúva de Michael, e também a nova
líder do Cartel Nuestro Poder... Brenda Lins D'ávila! — Diz Leon em alto e
bom som e todos me encarando chocados e também surpreso.
— Como assim viúva? Não sabíamos que Michael havia se casado,
quando foi que isso aconteceu?
— Nunca uma mulher liderou uma facção antes, porque isso tem
que acontecer agora?
— Senhoras e senhores! Sim! Eu sou a viúva de Michael D'ávila!
Nós casamos a alguns meses e esse fato só não foi revelado antes, porque o
meu marido decidiu assim... Como todos já sabem, sofremos uma traição
por parte de um dos membros da nossa facção, o problema já foi resolvido
mas isso custou a vida do homem que eu amo, o soberano respeitado por
todos vocês, e se estou aqui hoje sendo apresentada como a nova líder dessa
facção, foi porque o soberano quis assim, então, ou aceitam a decisão dele e
permaneceremos em aliança de paz, ou nos tornaremos inimigos e a guerra
começará agora mesmo! — Os alerto em um tom firme e vejo nas laterais
dos quartos cantos do salão, os nossos homens se levantarem atentos a
multidão e com as suas armas em punho.
Todos olham surpresos para os nossos soldados e me encaram
chocados, Júlio e Charles se aproximam mais de mim segurando as suas
armas em seus coldres, ergo a cabeça empinando o meu nariz e de repente,
uma chuva de aplausos me faz respirar aliviada.
— Tenho certeza de que você terá a mesma mão firme que Michael!
Você é tão decidida quanto ele e também será respeitada, assim como ele
era. — Ouço um senhor que se levanta na primeira fileira de mesas a nossa
frente, o mesmo senhor dono do iate onde vi um homem morrer na minha
frente.
— Vocês também podem ter a certeza de que eu os respeitarei,
assim como Michael os respeitava, os acordos e tratados de paz serão
mantidos e tudo permanecerá como antes... Eu... Eu prometo fazer o meu
melhor... Mas eu também daria o meu melhor, renunciaria a esse posto só
para termos Michael D'ávila entre nós outra vez... A falta que ele me faz e
fará será tão grande quanto essa perda que sofremos, mas ninguém aqui
sofrerá mais do que eu... — Tento ser forte mas sinto as minhas algumas
descerem silenciosamente. Mas de repente ouço alguém no meio da
multidão e todos começam a cochichar.
— Eu estou aqui! Mas não precisa renunciar ao seu posto, eu quero
você exatamente onde você está...!
Meu coração acelera a medida que sua voz se faz mais presente,
vejo Michael se aproximar cercado pelos nossos homens com os seus olhos
atentos em mim.
— Michael...? Como... Como isso é... Possível...? — Minhas pernas
fraquejam e vejo tudo desfocar a minha volta.
— Soberana! — Sinto Charles me pegar no colo e eu deito a cabeça
em seu ombro.
— Me perdoe por fazer você sofrer? Não foi essa a minha intenção
mas eu precisei fazer isso, meu amor. — Recebo o seu olhar de
preocupação.
— Eu estou alucinando... Ele não pode estar aqui, ele está morto,
você me garantiu que ele está morto... — Sinto o meu estômago revirar mas
me seguro para não vomitar em cima de Charles.
— Me perdoe, soberana? Eu precisei mentir, foram ordens do
soberano para conseguirmos cuidar dele até que se recuperasse para
pegarmos os nossos inimigos... Ele esteve entre a vida e a morte mas se
salvou por pouco, precisávamos ser convincentes sobre a sua morte, por
isso... — Charles me põe sentada em uma cadeira rodeada com os nossos
soldados e tenta se explicar, mas é interrompido.
— Por isso fizemos você acreditar que eu estava morto... Me perdoe
meu amor? Ficar longe de você foi a pior das torturas, ver você chorar e não
poder me revelar fez o meu coração sangrar. — Michael se aproxima me
encarando apreensivo, mas se ajoelha aos meus pés beijando a minha mão
trêmula.
— Você me viu chorar...? Estava por perto esse tempo todo seu
cachorro! Eu devia matar você por fingir estar morto! — O repreendo entre
lágrima estapeando o seu peito mas ele me puxa para aos seus braços me
beijando ardentemente, aquele beijo que tanto senti falta.
Retribuo sem hesitar matando a saudade que senti dele. Michael se
ergue sem quebrar o beijo mas logo se solta me encarando nos olhos, antes
de se afastar encarando a minha barriga.
— É verdade...? Está esperando um filho meu...? Brenda você vai
me dar um filho, meu amor? — Vejo os seus olhos levemente marejados
mas rapidamente ele se recompõe.
— Sim... Eu estou grávida... Esperando um filho seu... Vou te dar
um herdeiro, ou uma herdeira. — Sorrio largamente o vendo encarar a
minha barriga fixamente, e abrir aquele seu sorriso lindo que tanto amo.
— Eu te amo... Sempre vou te amar minha bonequinha. — Declara
em um tom de voz rouco e eu abro ainda mais o meu sorriso pois senti
saudade de ouvi-lo me chamar de bonequinha. — Eu vou te agradecer
melhor por isso depois, agora vem! Vamos falar com essas pessoas. — Meu
marido me dá um breve beijo e me arrasta de volta para o palco segurando
firme a minha mão. — Meus estimados colegas! Peço desculpas por manter
segredo sobre a minha suposta morte, eu quase morri mas não foi dessa
fez... O diabo não quis a minha companhia, disse que lá só tem um rei então
decidi voltar a reinar na terra. — Brinca em um tom descontraído fazendo a
todos sorrirem, mas ele me puxa para os seus braços me segurando firme.
— Bom, precisei me recuperar antes de voltar, mas também fiz questão de
acertar as minhas contas com os meus inimigos, e eu lhes asseguro, quem
tenta contra mim não terá uma segunda chance para tentar de novo! A mídia
pensa que estou morto, então eu vou continuar morto! Minha esposa, minha
soberana ficará a frente da minha facção mas eu estarei ao lado dela,
reinaremos juntos e Brenda D'ávila jamais estará sozinha! — Seu tom firme
e autoritário faz a todos se levantarem nós aplaudindo.
Meu queixo vai no chão quando vejo a todos fazerem reverência a
nós.
— Minha rainha! Estou te devendo um pedido de casamento
descente... Então, Sra. Brenda Lins D'ávila! Você quer se casar novamente
com esse seu humilde servo? — Michael se ajoelha na minha frente
fazendo reverência a mim e eu encaro a todos ainda nós reverenciando.
Encaro Michael mais uma vez não acreditando que ele esteja mesmo
aqui, vivo e me pedindo em casamento.
— Sim! Eu quero me casar novamente com você, soberano. —
Sorrio entre lágrima e me surpreendo mais uma vez com o anel que Michael
coloca no meu dedo. Um escândalo de tão lindo.
Michael se levanta me puxando para os seus braços e me beija mais
uma vez, os aplausos se fazem presente e ouço muitos sons de tiros e me
assusto, mas são apenas os nossos soltados festejando por nós com balas de
festim. Sorrio abertamente e beijo novamente o meu homem.
Eu não tive escolhas, estava a beira da morte e prestes a levar um
tiro na cabeça quando Charles executou Melissa, ainda pude sentir o
impacto do seu corpo cair sobre o meu e isso me fez apagar de vez, mas
Charles correu comigo quando percebeu que eu ainda estava vivo e me
levou para o nosso hospital clandestino, depois de ser atendido fui levado
para uma de minhas casas de campo, pois sabia que lá ninguém me
encontraria, já que todos pensavam que eu estava morto.
Enquanto me recuperava eu tomei uma decisão, eu iria atrás
daqueles que tentaram contra a minha vida e a vida da minha mulher, mas a
minha rainha já estava tomando as melhores decisões para vingar a minha
suposta morte, e eu fiquei muito orgulhoso em saber disso, mas Charles e os
outros prosseguiram com os planos, mas com a diferencia de que eu estaria
junto, eu queria estar a frente e matar eu mesmo o Capo daqueles infelizes,
e o meu desejo foi realizado.
A minha fúria sobre eles aumentou consideravelmente quando
descobri que Brenda está grávida, ela poderia ter morrido naquele maldito
confronto e o meu filho poderia ter morrido junto, e pensar nisso só me
enfureceu ainda mais.
Eu quis voltar para ela no mesmo instante em que encontraram que
eu serei pai, mas não pude fazer isso pois precisava que o luto pela minha
morte parecesse real, eu precisava que todos acreditassem na minha morte,
pois assim ninguém desconfiaria dos meus planos de vingança, sofri uma
emboscada mas eu jamais deixaria isso passar sem fazer nada, fui atrás de
vingança e assim foi feito.
Por três vezes eu não resisti em vê-la nem que fosse de longe,
aluguei um iate e fique próximo a minha ilha observando-a de longe, nunca
me doeu tanto vê-la chorar como agora, seu choro era ainda mais sentindo,
ainda mais sofrido de quando ela pensou que eu havia matado a sua amiga.
Brenda já me deu inúmeras provas do seu amor e da sua lealdade, mas vê-la
sofre por pensar que havia me perdido foi algo que me fez tomar uma
atitude, eu preciso dar a ela o que ela merece.
O nosso casamento não foi exatamente um casamento como toda
mulher imagina, apenas assinamos um acordo de união estável dando a ela
todos os diretos sobre os meus bens, deixando para ela tudo que me
pertence caso aconteça algo comigo, mas devo confessar, eu só fiz isso
porque desconfiei que estava sendo roubado, que estava sendo traído mas
não imaginava que se tratava do meu próprio irmão, o mesmo que tentou
me mantar a uma semana atrás, e eu quase fui morto pela vadia com quem
ele se casou.
Eu quis garantir que meu irmão não ocupasse o meu lugar dentro da
facção, por isso fiz o que fiz em relação a Brenda, mas agora será diferente,
quero me casar com essa mulher, vou deixá-la no trono pois ela conquistou
o seu lugar, vamos reinar juntos e vamos ser o casal mais poderoso desse
mundo.
Tudo que eu passei para o nome dela vai continuar como está,
afinal, para todos os efeitos eu ainda estou morto e quero que continue
assim, agirei como um fantasma e ninguém desconfiará da minha existência
quando eu tiver que fazer as minhas transações, ou quando tiver que ajudar
Brenda em algo que ela não possa se expor, apenas os clientes mais fiéis e
leais a mim saberão da minha existência, e todos eles estão aqui hoje, e não
são poucos.
Prometi transformar Brenda em uma rainha e o meu desejo agora foi
atendido. Vamos nos tornar o casal mais foda no mundo das drogas, vamos
ser os reis da elite.
— Meu amor? Já falamos com todos, acho melhor irmos agora,
você precisa descansar, já estou sabendo que passou mal mais cedo então...
— Abraço a sua cintura trazendo ela para os meus braços, só Deus sabe o
quando senti a falta dessa mulher. Ela me interrompe.
— Pensei que não fosse dizer isso nunca, eu estou ansiosa para
ficarmos a sós, quero conversar e matar a saudade sem toda essa gente por
perto, quero saber se está mesmo bem, tudo que aconteceu e o que vai
acontecer de agora em diante... A minha ficha ainda não caiu, ainda não
acredito que você esteja mesmo aqui... Vamos pra casa meu amor! — Ela
abraça o meu pescoço sorrindo daquele seu jeitinho meigo.
— Vamos sim, mas antes vamos nos despedirmos de Leon... Ele tem
me apoiado muito para que tudo saísse como eu queria, ele merece toda a
minha admiração. — Guio-a pelo salão e nos aproximamos de Leon.
— Michael! Meu amigo o seu retorno foi digno do rei que você é,
foi como uma fênix voltando das cinzas, foi demais... E você estava
perfeita, Brenda, a sua firmeza ao falar com toda essa gente revelou o seu
talento para reinar, mas você não estará sozinha... O seu rei vai estar ao seu
lado e todos nós estaremos aqui para seguir com vocês... Agora vão
descansar, você já teve emoção demais por hoje e no seu estado, isso não é
bom. — Meu amigo abre um largo sorriso de satisfação nós guiando em
direção a saída. — Mais uma vez, Michael, eu sinto muito pela traição de
Joaquim, ninguém esperava por algo assim vindo justamente dele... Mas o
que importa é que você fez justiça, você deu o que todos aqueles malditos
mereciam. — Seu tom indignado mais uma vez não me surpreende, pois
esse sim tem sido um irmão de verdade.
— Aqui se faz, aqui se paga meu amigo! Todos sabem o preço de
uma traição, se arisca quem quer... Bom, mais uma vez obrigado pelo apoio
não só à mim, mas à minha mulher também, nos vemos antes de voltarmos
para Itália. — Me despeço dele com um abraço apertado, Realmente
agradecido por ele não virar as costas nesses momentos.
É nessas horas que a gente ver quem realmente é leal a nós, e tanto
Leon, quanto Charles e Júlio, tem sido o meu braço direito dentro da
facção, com esses três eu sei que posso confiar de olhos fechados, mas
quem em sã consciência fecharia os olhos dentro de uma facção tão grande
como a minha?
Júlio e Charles são os meus homens de confiança, mas Leon Young
além de um grande amigo, também é chefe de um Cartel muito respeitado
na China e mesmo assim, também tem conquistado ainda mais a minha
confiança, já estamos até pensando em uma possível sociedade nas vendas e
distribuições no mundo das drogas, mas vamos ver o que o tempo e a nossa
amizade reservará para nós.
Faço sinal para Júlio e Charles atrás de nós e seguimos para a saída
do salão, Isabela se junta a nós então saímos até o nosso carro blindado
esperando por nós.
— Está tudo ok, soberanos! Já podemos ir. — Avisa um dos meus
homens após terminar de verificar o carro.
Entramos no mesmo e seguimos para o hangar particular que
comprei a alguns dias. Na verdade foi Charles quem comprou e pôs no
nome de Brenda sem ela saber, assim não precisaria lhe dar tantas
explicações.
Por ser irmão de Joaquim, e ele não ter deixado herdeiros, eu
consegui reaver todo o dinheiro que aquele infeliz havia me roubado, como
eu fiz isso? Um dos melhores hackers do mundo trabalha para mim, não foi
difícil hackear as contas dele e transferir tudo para uma conta na Suíça no
nome de Brenda, ela merece esse dinheiro mais do que aquele desgraçado
que me roubou.
Joaquim estava por trás de todos os roubos de cargas que sofremos
nos últimos meses, ele estava por trás das investigações que estavam
fazendo sobre mim, aquele maldito me delatou, ele vazou documentos e
informações sobre os meus esquemas de recebimento e exportações de
mercadorias, morreu aquele infeliz e já foi tarde!

Embarco no helicóptero com a minha mulher e sua amiga, Charles


vem na frente com o piloto e Júlio segue de carro com os outros seguranças
para marina, eles irão para ilha de iate e eu não posso ser visto na cidade
pois quero continuar no anonimato, Brenda precisa ganhar o seu espaço e o
respeito que todos devem a ela, por isso será melhor que todos pensem que
apenas ela está no comando.
Chegamos na ilha e seguimos todos para dentro da casa, Isabela se
despede da amiga e segue com Charles para algum lugar, e eu me apresso
para levar a minha mulher para o quarto, quero matar essa saudade que
senti dela, quero senti-la em meus braços e ter a certeza de que eu estou
mesmo vivo, de que estou mesmo aqui com ela outra vez.
Entramos no quarto e ela me abraça tão apertado, sinto uma angústia
tão grande vindo dela e isso me preocupa. Tento me soltar para encara os
seus olhos mas ela não deixa, ouço ela fungar e respirar fundo, sei que está
chorando. Merda!
— Amor...? Minha vida o que houve? — Acaricio as suas costas
beijando o seu ombro, mas ela não me solta.
— Estou tentando acreditar que você esteja mesmo aqui... Eu sofri
tanto, Michael... Você não faz ideia de como foi difícil para mim, saber que
você tinha me deixado... Meu amor eu quis morrer para não ficar aqui
sozinha sem você... Me promete que nunca mais vai fazer isso? Me promete
que nunca vai me deixar...? Por favor meu amor...? Me promete? Eu te
amo... Te amo tanto Michael... — Sua voz desesperada e angustiada em
meio ao choro me mostra claramente o seu medo de me perder.
— Fica calma...? Por favor não chore? Eu prometo que nunca vou te
deixar, meu amor... Você é a minha vida, por isso estou aqui agora com
você... Você é tudo para mim, Brenda, eu nunca vou te deixar, eu
prometo...! Agora não chore? Não faz isso comigo? Eu não suporto ver
você assim... Me perdoe por te fazer sofrer? Me perdoe por te fazer chorar
minha rainha... Minha vida. — Finalmente ela se afasta brevemente me
encarando nos olhos.
Acaricio o seu rosto secando as suas lágrimas, beijo-a com calma
sentindo o seu gosto maravilhoso, o seu beijo perfeito que tanto senti falta.
Mas ela se solta de mim abruptamente correndo para o banheiro me
deixando confuso.
Corro atrás dela preocupado e a vejo debruçada na privada
vomitando, essa cena me deixa apavorado.
— O que você tem? O que está acontecendo...? Brenda? — Corro
até a ela segurando os seus cabelos, assustado por vê-la desse jeito. —
Merda! O que eu faço? O que eu faço amor? — Ela se joga para traz quase
desmaiando em meus braços e eu pego ela no colo.
Corro para ao quarto com ela e ponho ela na cama, Brenda está mais
branca que um papel e isso me desespera. Corro até a porta e chamo por
Charles.
— CHARLES! ISABELA! VENHAM AQUI RÁPIDOS! — Grito
ainda em choque e volto correndo para aperto da minha mulher.
— O que houve soberano? Aconteceu alguma coisa? — Charles
entra correndo com a sua arma em punho e namorada ao seu lado.
— Chame o nosso médico! A minha mulher está passando mal,
rápido Charles...! Ela não pode perde o meu filho, não pode! — Me irrito
por não saber o que fazer, me sinto de pés e mãos atadas por não saber o
que houve com ela.
— Meu Deus, o que houve com ela? Brenda o que você tem? Amiga
fala comigo? — Isabela se senta do outro lado da cama pegando a mão de
Brenda com carinho. Mas minha mulher está muito fraca e muito pálida.
— Ela vomitou muito, do nada ela correu para o banheiro e quase
desmaiou de tanto vomitar, ela está muito franca. — Me levanto inquieto
andando de um lado para ao outro impaciente, esfregando as mãos nos
cabelos tentando entender o que aconteceu aqui.
— Fica calmo Sr. D'ávila! Enjôos é apenas um dos sintomas da
gravidez, e é bom ir se acostumando porque isso vai acontecer por mais
algumas semanas... Brenda está grávida de dois meses e esses sintomas são
normais até o terceiro mês de gestação... A médica nos explicou tudo então
não se preocupe. — Respiro um pouco mais aliviado depois das explicações
de Isabela, encaro Brenda e ela tem um pequeno sorriso no rosto.
— Cacete...! Que susto você me deu, meu amor... Então você está
bem? O nosso filho está bem? Me diz? Não é melhor chamar o médico para
te examinar? — Pergunto me sentando novamente ao seu lado e ela vem
para os meus braços me abraçando carinhosamente.
— Eu estou bem e o nosso filho também... Charles! Pode dispensar
o médico, não há necessidade dele vir até aqui... A minha médica já me
examinou essa semana e está tudo ótimo comigo... Se toda vez que eu
passar mal o meu marido mandar chamar o médico, é melhor contratá-lo
para morar conosco até o bebê nascer. — Ela dá uma breve gargalhar me
fazendo sorrir aliviado.
— Já está falando gracinhas, então já está realmente bem... Mas
agora descanse, você precisa repousar depois da noite agitada de hoje...
Isabela! Fique com ela, eu preciso falar com Charles e os outros seguranças,
faça a sua amiga dormir um pouco, por favor? No menor problema me
chame imediatamente, ouviu bem? — A encaro atento e ela apenas
concorda.
Beijo o alto da cabeça da minha mulher e tento me levantar, mas ela
me abraça forte não me deixando sair de perto dela.
— Não vai...? Por favor não vai? Eu tenho medo de você não
voltar... Fica comigo? Por favor fica comigo? — Novamente ela me aperta
em seus braços e eu não resisto ao seu pedido.
— Está bem, eu fico mas você precisa se acalmar, descanse um
pouco, eu não vou sair de perto de você, eu prometo. — Me deito me
acomodando melhor ao seu lado, trazendo-a para os meus braços e sinto ela
respirar fundo.
Isabela se levanta sorrindo e vai para perto de Charles, os dois saem
nós deixando a sós e eu toco a sua barriga, sorrio feito um bobo por saber
que ela vai me dar um filho. Ergo o seu queixo para beijá-la mas ela se
afasta.
— O que foi? Porque não quer me beijar? — A encaro confuso mas
ela sorrir daquele jeito meigo e sedutor.
— Eu vomitei e não escovei os dentes, nem sequer lavei a boca...
Preciso ir ao banheiro, você me ajuda? Ainda estou meio zonza. — Seus
dedos delicados acariciam o meu rosto suavemente antes dela se erguer.
Me levanto sorrindo de lado e lhe estendo a mão, ela vem de bom
grado e se joga em meus braços abraçando meu pescoço. Pego ela no colo e
levo-a para o banheiro, pergunto mais sobre a gravidez e sobre o tempo que
ela ficou sem mim, mais uma vez ela se emociona ao citar a falta que sentiu
de mim, não vou negar, gosto de saber que ela sente a minha falta, que me
ama tanto mas eu também quase morri de tanta saudade dela, dos seus
beijos e desse sorriso lindo que ela tem. Eu amo essa mulher, eu serei capaz
de dar a minha vida por ela se for necessário.
Volto para cama com ela e nos deitamos novamente, recebo um
beijo doce e apaixonado antes dela se acomodar em meu peito.
— Eu quero muito fazer amor com você, estou morrendo de
saudades dos seus toques e dos seus carinhos... Mas ainda estou enjoada,
não quero te decepcionar então... — A encaro atento e a vejo corar, mas a
interrompo com um breve beijo.
— Você nunca me decepciona, bonequinha... Não vou mentir, eu
também estou morrendo de saudades de sentir você, mas estou vendo que
não está bem, então descanse... O Sexo não é o mais importante em uma
relação, você é minha mulher e sempre esteve pronta para mim sempre que
eu te desejei, e você sempre foi perfeita... Mas eu também adoro sentir você
assim, quietinha em meus braços me amando apenas com beijos e carinhos,
com atenção e isso também é perfeito... Eu te amo, e não quero que se
preocupe com isso. — Acaricio os seus cabelos loiros afagando o seu
perfume de Jasmim.
— Eu te amo... Eu te amo... Eu te amo... — Sussurra já de olhos
fechados e me aperta com medo de me soltar.
Sorrio pela sua declaração, mas também por ser tão apegada a mim,
por temer me perder mas isso nunca vai acontecer, ela nunca vai me perder.
Acordo no meio da noite ouvindo uma música ecoar pelo quarto,
uma música sensual mas não muito alta. Me viro na cama procurando a
minha mulher mas não a encontro, me assusto e me sento na cama me
deparando com uma deusa no meio do quarto, sustentando uma belíssima
lingerie e uma posse de mulher poderosa e decidida.
— Amor...? O que está fazendo...?
Admiro o seu corpo com desejo, ela está linda, está ainda mais
gostosa que antes... Ela não diz nada, apenas começa a se mover
sensualmente dançando de um jeito que me hipnotiza, me levanto da cama
me aproximando mais dela, Brenda dança como dançava na boate, ela se
entrega a dança, se entrega aos seus movimentos e seu corpo me deixa
louco. Não tem como não babar por essa mulher.
— Sente-se na poltrona, Sr. D'ávila! E isso não é um pedido, é uma
ordem! — Respiro fundo tentando me controlar para não rasgar a sua
lingerie agora mesmo.
Quero ela nua em cima de mim, quero foder e fazer amor com essa
mulher que mesmo depois de um ano juntos, ainda ousa me desafiar.
Respiro fundo mais uma vez e faço o que ela mandou, não acredito que ela
está mandando em mim, isso é inacreditável.
— Bom garoto! É assim que eu gosto... Obedece a sua rainha e você
será recompensado. — Ela vem dançando na minha direção e tira a parte de
cima da lingerie.
Seus mamilos me faz salivar de vontade de chupá-los. Admiro o seu
corpo com mais atenção e ela começa a tirar a sua calcinha, aperto o meu
pau ansioso para estar dentro ela, eu senti tanta falta dessa mulher.
Faço menção de me levantar mas ela me empurra pondo o pé no
meu peito, acaricio a sua panturrilha subindo a minha mão pela sua coxa até
tocar a sua bocetinha já úmida, gemi penetrando um dedo nela sentindo o
quanto está quente, tento puxá-la para o meu corpo mas ela se afasta.
— Porra o que está fazendo...? Quer me enlouquecer? — Contesto
novamente fazendo menção de me levantar, mas ela faz sinal para eu parar.
— Não se mexa! Soberano! Eu sou sua mulher! Sua rainha e você
vai fazer o que eu mandar! — Seu tom rouco e sua respiração pesada me
faz latejar.
Que porra deu nessa mulher? Ela acordou mais ousada que o
normal.
— Brenda! Não quero saber de jogos, eu quero você agora então...
— A encaro sério mas novamente ela me interrompe.
— Não estou jogando, Michael... Estou te excitando antes de me
sentir... — Ela põe o pé sobre o meu joelho e se abre acariciando a sua
intimidade.
— Você ficou louca...? Estou mais duro que pedra e você que me
excitar mais...? Não brinque com fogo, Brenda! Você vai se queimar,
bonequinha... — Ponho o meu pau para fora da cueca me masturbando e ela
morde o lábio inferior.
Brenda sobe na poltrona com uma perna de cada lado do meu corpo
e põe o pé direito no encosto da poltrona, só tenho olhos para sua boceta
brilhando com a sua excitação.
— Me chupa, soberano! E só vai parar quando eu mandar! —
Ordena em um tom autoritário me fazendo bufar, mas obedeço avançando
na sua intimidade chupando-a faminto. — Ohhh... Isso... Isso meu rei...
Chupa a sua rainha! Devora a minha boceta até ela se derramar na sua
boca... Ahhh que língua habilidosa, eu senti tanto a sua falta... — Geme em
um sussurro agarrando os meus cabelos, rebolando na minha boca me
deixando louco.
Não consigo esperar ela gozar, já estou quase gozando apenas
chupando essa boceta gostosa. Mulher abusada! Ela não muda, talvez por
isso me apaixonei por ela, por me desafiar e me afrontar tanto, e agora ela
até manda em mim e eu obedeço.
Agarro as suas coxas puxando ela contra a minha boca, enfio a
minha língua nela e chupo o seu pintinho sensível, ela quase grita gemendo
descontrolada e eu me sinto latejar.
— Já chega! Eu não aguento mais...! Não viu gozar sem sentir você.
Puxo ela pela cintura tirando-a de cima de mim e me levanto
fazendo ela ficar de quatro na poltrona. Me posiciono na sua entrada e
começo a invadi-la lentamente.
— Ohhh... — Gememos juntos.
— Me come! Me fode, Michel...! E depois faça amor comigo?
Gostoso... Meu homem... — Ordena com uma voz manhosa me olhando por
cima dos ombros. Não resisto e dou o que ela quer.
— Caralho... Ohhh bonequinha... Estou a cada dia mais viciado em
você, minha gostosa... Porra você já está me apertando... Ohh inferno... —
Seguro firme a sua cintura preenchendo a sua boceta gostosa.
Parece que estávamos a um ano sem transar, a minha saudade dela
era imensa e vou precisar de muito mais que uma transa par aplacar o meu
desejo por ela.
Junto os seus cabelos na minha mão e puxo sutilmente fazendo ela
se erguer, abraço a sua cintura e viro o seu rosto fazendo ela me encarar.
— Minha vez de mandar! Eu quero que você chupe a minha língua
enquanto eu meto em você... Agora Brenda! Chupa a minha língua
enquanto sente o meu pau entrando nessa boceta apertada, sua gostosa
atrevida... — Encaro a sua boca antes de encarar os seus olhos dilatados de
desejo.
Brenda ofega e me segura pela nuca devorando a minha boca como
ordenei, ela chupa a minha língua com tanta vontade que me sinto latejar
dentro dela.
— Goza em mim, amor...? Me deixa sentir o seu líquido quente...?
Me preencha? Me deixa ainda mais louca por você...? Ohhh eu vou gazar...
Michael! — Pede manhosa mordendo o meu lábio inferior. Sinto o seu
corpo tremer.
— Puta merda... Você pedindo assim eu tenho como negar...
Cacete... Ohhh porra bonequinha... Minha bonequinha... Ahhh minha
mulher gostosa... — Entro mais fundo nela sentindo a sua bundinha se
chocar contra mim.
Ela goza me apertando nessa boceta perfeita, me fazendo gozar
como ela pediu, preencho-a com o meu gozo deixando as minhas forças
dentro dela, mas ainda não estou satisfeito, eu quero mais!
Me sinto trêmulo, me sinto exausto em uma única foda, essa mulher
consegue me destruir na cama com uma única transa, isso nunca aconteceu
antes com nenhuma outra mulher além dela, Brenda nasceu para ser minha,
por isso ela é tão perfeita.
Saio dela abraçando o seu corpo e pego a minha rainha no colo,
mesmo sentindo as minhas pernas fraquejar. Levo ela para cama e deito-a
com cuidado me pondo sobre ela, beijo os seus lábios carnudos e sensuais
com calma, com desejo e muito amor.
— Já transamos como você queria... Agora eu quero experimentar
algo novo... Quero fazer amor com a minha mulher. — Sussurro na sua
boca enquanto me encaixo na sua bocetinha melada, essa boceta que é só
minha.
— Ohhh... Você tem um fôlego que me surpreende até hoje... Isso é
perfeito... Ahhh... — Delira de olhos fechados enquanto apoio as minhas
mãos na cama entrando nela fundo e lentamente.
Suas mãos vagam pelo meu peito e sobe até a minha nuca me
puxando para um beijo profundo e intenso, me apoio nos meus cotovelos
aprofundando o nosso beijo e ela abraça a minha cintura com as suas
pernas, seus dedos delicados deslizam pelas minhas costas e sinto as suas
unhas quase entrarem na minha pele.
— Ahhh... Michael... Michael... Ohhh... — Delira em sussuros se
arqueando para mim.
Beijo, chupo e acaricio os seus seios um após o outro, entro
inteirinho nela me sentindo eufórico, me sentindo a beira de um novo
orgasmo. Não sei se é pelo fato de sentir muita falta dela, ou se é pelo
simples fato dela ser gostosa pra caralho, mas nunca gozei tão rápido com
uma mulher como acontece com ela.
Não resisto, em poucos minutos já estamos gozando enquanto nós
declaramos um para o outro, nunca amei ninguém além da minha família,
mas agora eu só tenho ela, Brenda e o nosso filho são a minha única
família, eu só tenho eles e viverei só para eles, farei por eles tudo que
estiver ao meu alcance, e acredite, quando se trata dela eu posso tudo.
Saio dela desabando ao seu lado mas trago-a para os meus braços,
beijo-a mais uma vez e ainda estamos os dois muito ofegantes.
— Descansa um pouco... Eu ainda quero você hoje.
— Oi...? Michael! Você ainda não está satisfeito homem? — Ela me
encara incrédula e eu acaricio a sua bunda durinha e arrebitada.
— Fiquei uma semana longe de você, ainda estou com saudade...
Ainda não comi esse cuzinho delicioso que você tem, e eu quero ele ainda
hoje, não abro mão disso. — A encaro sério e ela gargalha na minha cara.
— Você não tem jeito mesmo... Continua um tarado incorrigível...
Mas você mentiu para mim, me fez chorar por acreditar que você havia me
deixado, então não tem cuzinho para você essa semana, Sr. D'ávila! — Ela
ergue uma sobrancelha saindo dos meus braços mas não permito.
— Uma semana? Você não é louca de fazer isso comigo! — Me
ponho sobre ela segurando as suas mãos acima da cabeça, me esfrego nela e
vejo-a ofegar.
— Por Deus homem...! Você está tão insaciável... Eu gosto disso,
mas você precisa ser castigado por mentir para mim... Não creio que ficar
sem sexo anal seja bem um castigo... Ahhh... — Retruca tentando se soltar
mas eu não deixo.
Esfrego o meu pau na sua boceta mela e me encaixo nela, mas não
penetro-a. Apenas brinco na sua entrada.
— Eu posso persuadir você a me dar o que eu quero, mas eu não
aceito ficar sem sentir você... Diz que vai me dá...? Diz que esse cuzinho
apertadinho é meu...? Diz Brenda? Confessa que me quer fodendo essa
bundinha linda e gostosa...? Ainda estou esperando uma resposta, Sra.
D'ávila! — Entro só a pontinha do meu pau nela e a vejo delirar mordendo
o lábio inferior.
— Está bem...! Ok...! Ahhh eu te dou o que você quiser... Te dou o
meu cuzinho, a minha boceta e o que mais você quiser... Eu sou todinha
sua... Ohhh... — Confessa se esfregando em mim, tentando me fazer
penetrá-la mas solto as suas mãos saindo de cima dela.
— Boa garota, agora vamos tomar um banho juntos, já que não está
tão cansada eu quero sentir você debaixo do chuveiro... Espero que não
esteja com sono, pois não vou deixar você dormir mais hoje... Quero fazer
amor com você até o dia amanhecer. — Me levanto lhe estendendo a mão
mas ela não pega, apenas me encara espantada.
— O que deu em você hoje? Quer me matar de tanto transar? Eu
estou grávida se esqueceu? — Retruca engatinhando para o outro lado da
cama sorrateiramente me fazendo sorrir.
— Você está grávida, não está doente então não fuja de mim! —
Dou a volta na cama e ela se levanta correndo em direção ao closet, mas
alcanço-a.
Brenda dá uma gargalhada tão gostosa que gargalho também, pego
ela no colo jogando-a sobre os meus ombros e sigo para o banheiro.
— Você ficou louco, Michael...? Me põe no chão amor! O que você
está fazendo...? — Contesta em meio a gargalhadas enquanto entro no
banheiro fechando a porta.
Me surpreendo ao ver a banheira cheia já com espumas, ponho ela
no chão a encarando com um sorriso de lado, ela fez isso enquanto eu
dormia, ela já estava bem intencionada.
Suspiro fundo tocando o seu rosto gentilmente, abraço a sua cintura
trazendo ela para aos meus braços.
— Como eu disse antes, eu adoro transar e fazer amor com você,
mas sexo não é tudo... Ainda não matei a saudade que sinto do seu copo,
mas quero curtir você sem precisar transar, não quero extrapolar os seus
limites agora que está grávida, quero que se cuide para o nosso filho nascer
forte e saudável porque agora eu só tenho vocês... E quero que me lembre
disso toda vez que achar que estou forçando a barra, que estou fazendo algo
que você não aprove... Pelo menos enquanto estiver grávida, porque depois
que o bebê nascer você não terá descaso, quando não estiver dando atenção
a ele, terá que dar atenção a mim... Mas eu também te darei a atenção que
você merece, te darei todo o meu amor e carinho, estarei sempre ao seu lado
para tudo, meu amor... Você é a primeira mulher a ter o meu amor, mas não
será a única se aqui dentro de você estiver crescendo uma princesinha... E
eu não serei o único homem a te amar, se você estiver esperando um
pequeno príncipe. — Me agacho na sua frente acariciando a sua barriga,
sorrio feito um bobo e beijo a mesma abraçando a sua cintura.
Ainda não acredito que vou ser pai, sou louco por essa mulher, a
amo como nunca amei alguém e ela vai me dar um filho, um pedacinho
meu e dela, sangue do nosso sangue, o nosso herdeiro.
— Jamais imaginei que você puder ficar tão feliz com essa gravidez,
você sempre exigiu que eu me cuidasse para não engravidar, ainda não sei
como isso aconteceu, mas, quando pensei que tivesse perdido você, o que
me consolou foi saber que teria um pedacinho seu para não me deixar te
esquecer... Um pedacinho meu e seu. — Ouço o seu tom emocionado e me
levanto olhando dentro dos seus olhos, tocando o seu rosto com ternura.
— Jamais imaginei que fosse possível amar alguém com eu te amo,
por isso exigia que se cuidasse, não queria ter um filho apenas por ter,
entende...? Mas agora é diferente, você é minha mulher e faz eu me sentir
completo, não é apenas uma transa, não te quero apenas para sexo, eu amo
você e quero tudo desde que seja com você, principalmente ter um filho...
Só estou amando ser pai porque a mãe é você. — Lhe dou um pequeno
sorriso e ela se atira em meus braços me beijando com doçura, com a amor
e ternura, com paixão.
— Te amo... Te amo minha vida... Eu te amo... — Declara entre os
beijos e mais uma vez pego ela no colo.
Entro com ela no banheiro e curtimos um banho demorado entre
beijos, carícias e juras de amor. Fizemos planos para o futuro e falamos
sobre o nosso casamento, vamos finalmente ter uma festa, uma cerimônia
para celebrar a nossa união, vamos ter um casamento de verdade e não
quero que demore para isso acontecer.
TRÊS SEMANAS DEPOIS...

— E então Ricardo? Qual é o problema? Porque me chamou até


aqui? — Entro no escritório da Top Night e vou direto para trás da mesa me
sentando na minha cadeira.
— Me desculpe por fazê-la vir até aqui para resolver esse problema,
soberana, mas estamos tendo problemas com algumas garotas, e... Uma dela
insiste em falar com a senhora, o nome dela é Esmeralda, ela foi a preferida
do Sr. D'ávila antes de conhecer a senhora. — Explica em pé na frente da
mesa me encarando apreensivo.
— Certo! Então reúna todas as meninas que estiverem na boate
nesse instante, os garçons e seguranças, eu quero todos os funcionários no
salão agora mesmo! Estou sem paciência para ficar repetindo o que falo
como um disco arranhado... Seja breve! Eu estou com pressa. — Aviso em
um tom firme e rapidamente ele sai me deixando sozinha. Vejo Júlio entrar
no escritório vindo até a mim.
— Com licença, soberana...! O chefe está no hangar e pediu para
não demorar, ele quer levá-la a um lugar antes do anoitecer. — Avisa
parando na minha frente naquela sua postura séria e profissional, eu gosto
disso.
— Diga ao seu chefe que eu não vou me demorar, só preciso de
mais alguns minutos e encerro tudo por hoje... Droga! Eu ainda preciso
passar na Pleasures of The Flesh, o novo gerente também quer falar
comigo... Todos ainda pensam que Michael está morto, e estão abusando da
minha paciência... Marcos precisa ter mais pulso firme para resolver os
problemas da boate sem precisar me incomodar tanto, ou ele será
substituído em breve, é a terceira vez que ele me chama em duas semanas.
—Me irrito com isso e me levanto abruptamente, mas sinto uma vertigem
de tontura e me sento novamente.
— Está tudo bem, senhora? Está sentindo alguma coisa? — Júlio se
aproxima preocupado.
— Eu estou bem, não se preocupe... Foi só uma tontura mas já está
passando... Não comente com o seu chefe sobre isso, não quero que ele se
preocupe à toa. — Respiro fundo algumas vezes e ele coça a cabeça me
encarando apreensivo.
— Me desculpe, senhora, mas eu tenho ordens para cuidar da
senhora e não esconder nada do soberano... Ou a minha cabeça vai rodar. —
Ele engole a seco respirando fundo e reviro os olhos.
Michael não tem jeito, mesmo a distância ele consegue me controlar
através dos seguranças.
Vejo Ricardo entrar novamente no escritório avisando que já estão
todos me esperando no salão, então me levanto indo na sua direção, ele me
dá passagem e eu saio sendo seguida por ele e Júlio.
Chego no salão e vejo todos os funcionários reunidos cochichando
entre si, me aproximo deles e vejo Esmeralda cruzar os braços com a cara
emburrada, e algumas outras meninas a encarando furiosas e outra
amedrontadas.
— Eu quero saber qual é o problema de vocês? Porque estou
perdendo o meu tempo aqui para resolver as merdas que vocês fazem? —
Cruzo os braços as encarando severamente e Esmeralda é a primeira a falar.
— O problema é a novata se metendo no meu caminho, ela não
pode entrar no grupo das exclusivas agora, essa vadia quer tomar o meu
cliente. — Esbraveja irritada apontando o dedo na cara da outra.
— Em primeiro lugar! Baixa o seu tom de voz quando estiver na
minha presença! Em segundo lugar, não é você quem escolhe as
exclusivas, são os clientes...! Se uma garota chegar aqui hoje e o cliente a
quiser como exclusiva, ela será exclusiva e ponto final, eu fui clara? —
Rebato em um tom mais alto que o dela a encarando séria e a vejo erguer
uma sobrancelha.
— Eu era a exclusiva do Sr. D'ávila, ele me deixava como chefe das
meninas na ausência dele... — Retruca em um tom autoritário mas a
interrompo.
— Eu não sei se você percebeu, mas você não é mais exclusiva de
ninguém! E aqui só tem um chefe e ele se chama Ricardo, e não Esmeralda!
E vocês devem respeito a ele na minha ausência para não me fazerem
perder o meu tempo...! Se eu receber mais uma única reclamação sua, você
será demitida! Não gosto de mulheres então você não vai conseguir me
persuadir abrindo as pernas para mim como você fazia para Michael
D'ávila, meu marido...! Agora eu sou a dona dessa porra! Agora eu mando
em todos vocês, então não torrem a minha paciência! Qualquer um de
vocês! Se eu receber uma única reclamação, estará no olho da rua! Tem um
monte de gente querendo trabalhar aqui, e só não são contratados para não
superlotar a boate, mas se quiserem deixar as suas vagas a disposição, a
escolha é de vocês, basta me enfrentar como uns e outros acham que pode!
— Rebato em um tom rude olhando nos olhos de cada um, pois todos já
viram que não estou aqui para brincadeira. — Ricardo! Você tem a minha
autorização para demitir qualquer um aqui dentro caso tenha mais
problemas, eu quero todo mundo andando na porra da linha! E se desviarem
um passo sequer, vai para o olho da rua! Eu fui clara, Esmeralda...? Ainda
quer me contestar? Eu não sou Michael D'ávila! Eu sou Brenda Lins
D'ávila, e não vou dar colher de chá a ninguém por ter belas pernas ou
músculos salientes, eu não sou dessas! Vocês entenderam? — Me enfureço
encarando a todos com um olhar mortal e a maioria abaixa a cabeça
evitando me encara. Até mesmo Esmeralda.
— Espero que todos tenham entendido o recado! Pois não chamarei
mais a soberana para resolver problema de ninguém, se me aborreceram,
vai para rua sem direito a lamentações! — Reforça Ricardo em um tom
firme.
— Essa daí chegou aqui outro dia e era como uma de nós, e agora
quer mandar em todo mundo. — Ouço a voz da Diamante ao lado do Pérola
e Jaspe, seu tom é baixo mas consigo ouvir.
— Se eu fosse uma prostituta barata como você, eu estaria aí agora,
do seu lado levando broca, mas eu sei o valor que tenho por isso estou aqui
para colocar você no olho da rua! Você está demitida! A vaga de Diamante
será ocupada por uma próxima novata... Saia da minha boate agora mesmo!
E não ouse me contestar, se possível nem olhe na minha direção, isso pode
acabar de vez com a minha paciência! — Disparo em um tom rude e ela me
encara espantada.
— Mas você não pode...
— SIM EU POSSO! Quem manda nesse caralho sou eu! Se alguém
mais quiser dizer o que pensa, a hora é essa! Será demitido sem ser
castigado... Tem mais alguém querendo me afrontar...? Não? Então voltem
ao trabalho! — Me altero mais uma vez e todos saem apressados assim que
os dispenso.
— Caralho, essa mulher é foda! Ela é mais brava que o falecido. —
Ouço alguém murmurar mas não vejo quem é, finjo não ter ouvido.
— Com licença, soberana... Me desculpe pelo atrevimento, mas
gostaria apenas de dizer que você está linda, eu senti a sua falta por aqui. —
Crystal se aproxima acanhada e eu respiro fundo.
— Eu também senti a sua falta, baixinha, vamos nos ver mais vezes,
mas não aqui, preciso ser firme com essa gente então eles não podem me
ver sendo boazinha com ninguém... Você foi muito gentil comigo quando
cheguei aqui, foi uma grande amiga e eu não vou esquecer isso... Agora eu
preciso ir, tenho outros assuntos para resolver... Nos falamos depois. —
Continuo séria para que não percebam a minha simpatia por Crystal, ou vão
pegar no pé dela por isso.
Pisco para a loira na minha frente e ponho os meus óculos de sol
saindo em seguida.
— Ricardo! Pegue a minha bolsa que deixei no escritório, espero no
carro... Vamos Júlio! Está quente aqui e eu estou enjoada. — Sigo para
saída da boate e assim que saio o motorista abre a porta do carro para mim.
Entro no mesmo e Júlio entra na frente junto com o motorista, mas
ele só sai com o carro quando Ricardo aparece me entregando a minha
bolsa, um segundo carro com seguranças segue à nossa frente e outro vem
logo atrás de nós, estou me sentindo importante com tanta gente para ame
proteger, mas sei que isso é coisa de Michael e não estou reclamando, a
nossa facção tem muitos inimigos e segurança nunca é demais.
O motorista me leva para o hangar particular de Michael e em
poucos minutos avisto ao longe, um helicóptero parado na pista e meu
marido parado ao lado conversando com o piloto.
O carro para próximo ao helicóptero e Michael vem abrir a porta
para mim, assim que saio eu recebo um beijo daqueles de tira do fôlego.
— Minha nossa... O que foi isso amor? — Sorrio na sua boca mas
ele me aperta em seus braços.
— Saudade... Estou muito orgulhoso de você. — Meu marido me
encara nos olhos e abre um sorriso tão lindo que me deixa aérea.
— Não entendi? Porque está orgulhoso de mim? Fiz algo especial,
meu marido? — O encaro confusa enquanto ele me guia até o helicóptero.
— Se lembra que eu te mostrei todo o sistema das câmeras de
segurança das boates...? Pois bem, eu queria ter certeza de que você estava
mesmo bem longe de mim, vi e ouvi tudo que aconteceu na boate na sua
presença... Você foi firme, foi forte e decidida, e tudo na médica certa, por
isso estou tão orgulhoso de você, por isso não me importei em deixar você à
frente de tudo, porque eu já sabia que você seria melhor do que eu em
tudo... Não queria ter que admitir isso, mas é a verdade, meu amor... Você é
tão boa para os negócios quanto eu, ou melhor. — Recebo os seus carinhos
no meu rosto e eu abraço o seu pescoço, sorrindo satisfeita por ele pensar
assim de mim.
— Obrigada por reconhecer o meu valor, Michael, isso é muito
importante para mim, meu amor... Eu não queria ser apenas uma
bonequinha de enfeite ao seu lado, tudo que eu mais queria era entra na sua
vida para somar junto com você, e estou feliz por estar conseguindo
alcançar esse objetivo, estou ainda mais feliz por você reconhecer isso. —
Lhe dou um abraço tão apertado, tão carinhoso que sinto-o relaxar
completamente, eu amo esse homem, amo fazê-lo feliz.
— Você não tem apenas o meu reconhecimento, amor, você também
tem o meu amor, o meu carinho, minha admiração e respeito, você tem tudo
de mim que nenhuma outra pessoa jamais teve além dos meus pais, eles me
ensinaram a ser quem eu era, mas você a cada dia que passa me ensina a ser
de um jeito diferente, de um jeito novo, com você eu deixei de ser uma
máquina para ser apenas um ser humano, agora sinto sentimentos que
consegui possuí-los com você, agora eu quero amar e proteger alguém mais
além do meu dinheiro, além do meu poder, além de todos os bens materiais
que possuímos... Porque agora tudo que eu tenho também é seu, e tudo você
terá, também será meu... Principalmente esse herdeiro que você vai me dar,
ele ou ela será o futuro da nossa nação, será o futuro da nossa facção, a
nossa continuação nos negócios. — O vejo empolgado e ouso dizer que
pelo tom rouco da sua voz ele está emocionado, mas tenta ao máximo
esconder isso.
— E você vai querer ter outros filhos comigo? Ou teremos apenas
esse que estou esperando? — Disparo o encarando atenta e ele se afasta
brevemente me encarando surpreso.
— Eu... Eu não sei, amor, eu não esperava por esse filho que você
está carregando, não planejamos nada mas eu te garanto que já o amo assim
como amo você... Mas, se vier mais um ou dois, eu vou amar do mesmo
jeito... Podemos conversar melhor sobre isso depois, não é uma má ideia
termos mais herdeiros para ocupar o nosso lugar no futuro, pessoas da nossa
inteira confiança. — Argumenta pensativo.
— Ok! Vamos conversar melhor sobre isso em outro momento...
Agora me diz para onde você vai me levar? Estou curiosa. — Pego-o pela
mão e o arrasto em direção ao helicóptero, ele sorrir fazendo sinal para o
piloto.
— Vá devagar, bonequinha! Você pode pisar em falso e acabar
caindo. — Sua voz sorridente me alegra ainda mais.
Me viro para ele me atirando em seus braços beijando-o com
paixão, mas me solto novamente arrastando-o até o helicóptero. Michael me
ajuda a subir no mesmo e embarcamos levantando vôo para algum lugar,
pergunto para onde vamos mas ele insiste que é uma surpresa.
Percebo que estamos sobrevoando uma propriedade muito grande e
lá embaixo vejo uma luxuosa mansão, com uma extensa área verde a sua
volta, algo tão lindo que ainda não havia visto antes. O encaro confusa mas
surpresa vendo um lago no vendo da propriedade, olhando aqui de cima é
uma área muito grande.
— O que estamos fazendo aqui? Que lugar é esse, amor? —
Pergunto curiosa enquanto o helicóptero pousa no heliporto ao lado da
mansão.
— Tenho dois presentes de casamento para você, e um deles vou te
entregar agora. — Diz enquanto desembarcamos do helicóptero.
Michael tira uma pequena caixinha do bolso do seu blazer, me
entregando em seguida.
— Abra! Esse é o seu primeiro presente. — Ele sorrir de lado pondo
as mãos nos bolsos me fazendo sorrir também.
Abro a pequena caixinha e vejo uma chave dourada, isso aqui é de
outro?
— Uma chave de ouro? Da onde é essa chave, Michael? —
Questiono ainda confusa.
— Vem! Eu vou te mostrar da onde é essa chave.
Andamos por alguns metros a nossa frente e paramos em frente a
essa magnífica mansão, ela é linda e imensa.
— Essa chave na sua mão, abre as portas da mansão mais cara da
Itália... E ela é sua! Mas terá que me deixar morar nela também quando nos
casarmos de novo, esse será o nosso novo endereço... Mansão Lins D'ávila!
— Me surpreendo novamente o encarando de queixo caído.
— Não brinca...? Você... Essa mansão é nossa? Você comprou para
mim, Michael...? Amor obrigada por ser tão louco, eu te amo exatamente
assim. — Me jogo em seus braços sorrindo largamente e ouço as suas
gargalhadas.
— Somos dois loucos, por isso nos amamos tanto e vamos passar o
resto das nossas vidas juntos... Você é maluquinha, uma diabinha tentadora
que adora me provocar, e por isso sou tão louco por você... Vamos entrar!
Vamos conhecer a casa, depois te entrego o seu segundo presente.
Ele me guia até a porta principal da casa e eu entro apressada
adorando tudo embasbacada com tanto luxo, a casa é simplesmente linda e
creio que vamos precisar de mais tempo para conseguirmos ver tudo, mas
estou ansiosa para saber qual será o meu próximo presente.
— Amor? Podemos ficar aqui hoje? Quero conhecer com calma
cada cômodo desse lugar, mas também quero fazer amor e transar com você
em todos os cantos para agradecer melhor pelo presente. — Me atiro
novamente em seus braços eufórica com tudo isso, o vejo sorrir tão
abertamente que me encanta ainda mais.
— Diante desses argumentos, não serei louco de dizer não a você...
Você não imagina o quanto é importante para mim te ver assim, tão feliz...
Vamos ficar aqui hoje, mas amanhã teremos que voltar para cidade,
precisamos deixar tudo em ordem para sairmos despreocupados após o
casamento... Ainda não acredito que em uma semana vamos nos casar de
verdade, vamos viver a cerimônia que não tivemos quando assinamos
aquele contrato... Está mesmo feliz com isso? Tem algo mais que eu possa
fazer ou te dar para deixá-la ainda mais feliz? — Suas mãos acariciam
suavemente as minhas costas me apertando contra o seu corpo.
— Tudo que eu quero e preciso, eu já tenho... Eu tenho você, tenho
o seu amor e em breve terei o nosso filho também, isso por si só já me
completa, já faz de mim uma mulher realizada em todos os sentidos... Mas
se quer me deixar ainda mais feliz, então me beija...? Me deixa sentir o seu
amor através do seu beijo? — Toco o seu rosto suavemente e desço a
minha mão até a sua nuca.
Michael apenas sorrir de lado e me beija ardentemente, mas com
doçura e amor, esse mesmo amor que sinto por ele desde que aceitei estar
ao seu lado como sua mulher, mas também sinto o seu amor por mim como
sinto a meses, mas só agora ele se declarou e tudo parece mais lindo, tudo
parece mais perfeito que antes.
— Vem comigo! Tem algo que eu preciso te mostrar, te dar e te
ensinar... Não me faça perguntas, apenas vem comigo, está bem? — Ele me
dá aquele sorriso de lado e me pega pela mão me levando para algum lugar.
Faço como ele pediu e não pergunto nada. Saímos da casa em uma
extensa área nos fundos dela, um jardim verde imenso, um lugar lindo e
tranquilo, com toda certeza eu vou amar criar o nosso filho aqui, longe da
agitação da cidade.
Vejo mais a diante uma pequena estrutura montada com um alvo no
centro, mais precisamente uma silhueta de um homem armado. Encaro
Michael confusa mas vejo Charles e Júlio se aproximarem, mas Charles tem
uma pequena maleta prateada nas mãos e a entrega a Michael.
— Bom, você já viu que tem um alvo montado mais a diante, e isso
servirá como área de treinamento para você... Agora eu preciso te dar o seu
presente e te ensinar a usá-lo. — Meu marido abre a maleta e a estende na
minha direção, com duas pistolas cromadas em ouro e seis pentes
carregados de balas.
O encaro surpresa, eu só peguei em uma arma uma única vez
quando vi a arma dele na cabeceira da cama, peguei por curiosidade e ele
apenas sorria de um jeito diferente ao me ver com aquela arma, agora
entendo o motivo daquele sorriso.
— Você está andando sem mim ao seu lado para te proteger, então
você precisa aprender a se defender caso os seguranças não estejam por
perto para fazerem isso... Vou te ensinar toda a minha habilidade para atirar
e alguns macetes para agir com rapidez e precisão, você também terá aulas
de auto defesa pessoal, isso também será muito útil. — Michael me encara
confiante enquanto pego uma das armas. Meu sorriso cresce aos poucos até
se formar um sorriso gigantesco.
— Então me ensina agora! Eu quero aprender a atirar agora,
Michael! — Peço decidida e ele respira fundo retribuindo ao meu sorriso.
— Boa garota, é assim que se fala! — Ele pega a outra pistola e me
guia até um ponto a diante na direção do alvo bem afastado de nós. — Hoje
você começará com a pistola, amanhã ou depois você conhecerá uma arma
mais pesada, uma arma para tiros a distância e também aprenderá a conectar
o silenciador nas armas... O fuzil é uma arma pesada para você, e não quero
que toque nele enquanto estiver grávida, depois que o bebê nascer a gente
repensa essa possibilidade... Você é muito delicada, é uma rainha e para
você armas passadas não são o aconselhado... Bom, vamos lá! Se posiciona
e destrava a arma. — Explica enquanto faz na arma na sua mão para eu
fazer igual, e assim ele vai explicando e me ensinando tudo que devo
aprender.
Disparo o meu primeiro tiro e me assusto, Michael se preocupa mas
me incentiva a continuar, e assim eu faço. Dou o meu segundo, terceiro e
quarto tiro e me sinto ainda mais confiante, mais poderosa, quando dou por
mim já estou descarregando a arma e já estou recarregando novamente com
o pente extra, faço tudo exatamente como Michael manda mas não consigo
acertar o alvo no ponto específico que preciso acertar, mas alguns dos meus
disparos chegaram bem perto.
— Cacete... Para uma primeira vez você se saiu muito bem, amor,
você aprende muito rápido, estou orgulhoso de você minha rainha. — Meu
marido se aproxima me abraçando pela cintura e me beija ardentemente.
O abraço fazendo pose com a arma na mão e ele faz o mesmo, me
sinto poderosa, me sinto gigante ao lado dele.
— Da próxima vez, coloca a foto da Esmeralda como alvo, te
garanto que não vou errar um tiro... Vou acertar em cheio aquela cara
deslavada que ela tem. — Me solto dele ao me lembrar daquela prostituta
metida a besta.
— Como assim? Do que você está falando? Porque essa raiva toda
dela? — Pergunta se fazendo de desentendido e eu o encaro séria.
— Aquela infeliz me enfrentou na frente dos outros, só por já ter
sido a sua exclusiva, e eu sei que você viu isso pelas câmeras, então não
mete essa, Michael! No primeiro deslize que ela dê, eu mesma vou demiti-
la pessoalmente, e ai de você se me contestar por isso! — O encaro furiosa
e recarrego a minha pistola mais uma vez, descarregando em um novo alvo
que acabam de colocar.
O empregado que estava ao lado do alvo grita e sai correndo e juro
que não tinha visto ele ali, mas o cretino do meu marido gargalha de se
contorcer.
— Caralho! A soberana atira melhor movida a raiva, só errou duas
balas. — Comenta Júlio encarnado o alvo perplexo. Michael se aproxima
ainda sorrindo e me puxa os seus braços.
— Meu amor, tudo isso é ciúmes...? Você não tem motivos para
isso, minha bonequinha, eu sou todinho seu. — Tento me soltar mas ele me
prende com firmeza.
— Acho bom mesmo... Ou eu estouro as suas bolas, Sr. D'ávila!
Ninguém mandou me ensinar a pegar em uma arma! — Sorrio com ironia e
seu sorriso desaparece rapidamente.
— Mas o que é isso mulher? Você ficou louca...? Me dá essa pistola
aqui...! Você já é perigosa desarmada, com uma dessas nas mãos até eu vou
precisar de segurança contra você. — Michael me encara espantado assim
como Charles e Júlio, e eu me acabo de rir.
Gargalho de me contorcer mas meu marido me encara sério,
tomando a arma da minha mão e entrega para os nossos seguranças.
— Não estou vendo graça nisso, Brenda...! Diabinha atrevida do
caralho, você não muda, não é...? Venha aqui! — Retruca segurando o riso
e me puxa de volta para os seus braços. — Você é terrível, minha ciumenta
marrentinha... Eu amo você, e nenhuma outra mulher terá a minha atenção e
o meu amor como você tem... Então não precisa pensar em matar
Esmeralda, ela é uma das nossas melhores garotas, além do mas, eu não
terei mais contato com nenhuma delas, somente com a minha esposa linda,
a minha rainha gostosa. — Uma de suas mãos desce até a minha bunda
apertando sutilmente.
Sorrio erguendo uma sobrancelha mas beijo-o demoradamente,
desejando estar a sós com nele.
— Somos um casal foda! Somos perfeitos juntos! — Sorrio tão
largamente que sinto o meu maxilar doer.
— Falou tudo, minha deusa! Somos foda, e por falar em foda, você
está me devendo alguma coisa, não está...? Estou me lembrando dos seus
argumentos para me convencer a ficar aqui. — Seu sorriso malicioso faz a
minha boceta latejar em resposta. Pulo nos seus braços envolvendo as
minhas pernas na sua cintura.
— Só depende de você, meu soberano... Me leva para nossa suíte, e
eu deixo você fazer o que quiser comigo, mas não antes de chupar você até
gozar na minha boca. — Sussurro a última parte no seu ouvido e ele geme
baixinho.
— Puta merda...! Charles! Guarde o presente da minha mulher, e
que fique claro que não quero ser incomodado nas próximas horas...!
Vamos minha gostosa... — Ordena em um tom firme e eu sorrio
maliciosamente para o meu marido.
Michael sai apressado comigo no colo e eu gargalho, esse homem é
um tarado incorrigível, a primeira oportunidade que ele tem para pensar em
sexo ele não perde tempo.
Ele me põe no chão e entramos na casa apressados, subimos para o
segundo andar da casa e procuramos a suíte principal, mas acabamos nos
perdendo pois a casa é bem grande e há incontáveis cômodos.
— Porra! Eu preciso decorar onde ficam os quartos dessa casa! —
Resmunga me arrastando para o final de um dos corredores e finalmente
achamos a nossa suíte.
Ainda estou gargalhando pela afobação de Michael e ele me encara
com uma sobrancelha erguida.
Brenda entra na suíte correndo até a cama e pula gargalhando feito
uma moleca, uma menina mulher. Me aproximo da cama atento a ela
enquanto tiro o meu blazer, jogo o mesmo sobre a cama e desabotoo a
minha camisa enquanto ela ergue a sua blusa tirando do seu corpo. Tiro a
camisa e abro a minha calça, ela faz o mesmo, ela tira a sua calça de forma
delicada e sensual, me revelando a sua calcinha branca assim como o sutiã.
Tiro a minha calça ficando só de cueca e ela vem engatinhando até a
beira da cama, Brenda se ergue me olhando nos olhos de maneira firme e
decidida, sinto a sua mão tocar o meu pau sobre o tecido da cueca me
fazendo gemer baixinho.
Ela abaixa a minha cueca libertando o meu pau e o agarra firme, me
masturbando.
— Estou com desejo de chupar você, então não ouse sequer apressar
as coisas, eu fui clara, soberano?
— Clara como a água, só não sei se vou conseguir te obedecer... Já
estou ansioso para senti-la, minha deusa. — Deslizo as minhas mãos pelo
seu corpo e subo pelas suas costas abrindo a sua lingerie.
Tiro o seu sutiã deixando os seus lindos e fartos seios livres, ofego
desejando senti-los logo na minha boca, e quando faço menção de o fazer,
ela se afasta me encarando com a sobrancelha erguida.
— Pode admirar, pode tocar mas não pode beijar, ainda... Primeiro
as damas! — Seu sorriso cínico e provocante me faz bufar.
Ela se abaixa beijando e lambendo o meu pau, sua língua desce até
as minhas bolas me acariciando suavemente, porra ela sempre me
enlouquece quando faz, me deixa completamente rendido a ela.
Agarro os seus cabelos juntando-os no alto da cabeça para admirar
as suas expressões de prazer. Brenda geme me lambendo antes de me pôr na
boca, me engolindo lentamente.
— Ahhh... Minha bonequinha safada... Você tem o dom de me
deixar louco, minha gostosa... — Sussurro admirando o meu pau esticar
esses lábios carnudos que ela tem.
Brenda me encara com esses olhos azuis intensos enquanto me
engole, ofego sentindo a sua língua deslizar pela minha extremidade
enquanto me engole quase inteiro, me fazendo urrar de tanto tesão, ela me
leva na sua garganta com uma facilidade que nunca vi outra mulher fazer
antes, a menos que eu as tenha forçado.
— Caralho amor, eu vou gozar nessa boquinha gostosa... Eu vou
encher essa boquinha de porra e eu sei que você gosta... Ohhh... Puta
merda, que garganta quente... — Não resisto em dar pequenas estocadas na
sua boquinha entrando quase inteiro na sua boca.
Ela apoia as mãos na cama me deixando comandar a situação e eu
aproveito. Entro só a cabecinha na sua boca enquanto me masturbo mas ela
é teimosa, Brenda geme voltando a me engolir gemendo no meu pau e eu
não resisto, gozo enchendo a sua boquinha com o meu gozo gemendo feito
um louco, com essa cena excitante dela me chupando ainda com mais
vontade, engolindo o meu líquido.
Porra essa mulher não excite, ela é o sonho de qualquer homem mas
ela é só minha.
Ela se ergue lambendo os lábios me encarando daquele jeito sedutor,
a encaro ofegante me sentindo trêmulo, mas não posso deixar a desejar com
a minha mulher.
— Realizou o seu desejo...? Agora realize o meu! Quero você de
quatro com essa bundinha empinada para mim, e não ouse me negar! Eu
quero e você vai me dar! — Ordeno em um tom severo e a vejo ofegar.
— Não estava nos meus planos te negar nada... Faz de mim o que
você quiser... — Rapidamente ela se põe de quarto na beira da cama se
empinando para mim.
— Você gosta de tomar nessa bundinha, não gosta? Diz o que eu
quero ouvir, soberana...! O seu homem quer que você peça! — Acaricio a
sua bundinha puxando a sua calcinha para ao lado.
Deslizo um dedo para dentro da sua boceta e tiro acariciando a sua
entradinha apertadinha. Acaricio e penetro a sua entrada lentamente
massageando-a para me receber.
— Eu amo tomar na bundinha... Amo me dar inteira para você,
soberano... Então me come? Fode a sua soberana? Mete gostoso em mim?
Estou ansiosa, me sinto febril louca para sentir você... — Sua voz trêmula e
sua bundinha rebolando no meu dedo me deixa extra duro novamente.
Não aguento esperar mais, me encaixo na sua bundinha empinada
preenchendo-a lentamente, gemi ao senti-la aperta cada centímetro meu, e
ela geme com o meu pau a esticando ao se acomodar inteiro nela, nunca na
minha vida o sexo foi bom, tão perfeito, tão surreal como é com ela, Brenda
é toda apertadinha e ficar uma semana longe dela foi como se nunca tivesse
tocado nela, a sensação foi coisa de outro mundo e isso nunca mudou, é
como se estivéssemos no começo de tudo e nós estamos nos curtindo sem
pensar no amanhã.
Entro nela mais rápido e mais forte, ela geme quase sem voz e puxa
a respiração com força, a vejo desabar na cama mas seguro a sua cintura
prendendo e sua bunda no lugar, não vou sair daqui até ela gozar e eu
também.
Brenda geme agarrada aos lençóis da cama e eu sussurro tentando
me controlar para anão gozar ainda. Seguro a sua cintura e o seu ombro
metendo nela mais rápido, ela se ergue jogando a cabeça para trás delirando
de olhos fechados.
Agarro os seus seios brincando no seu mamilo, ela se vira
envolvendo o seu braço no meu pescoço e eu consigo me inclinar para
saciar o meu desejo de sentir o seu biquinho na minha boca. Prendo o seu
mamilo entre os meus lábios e brinco, chupo e passo os dentes nele me
sentindo faminto, me sentindo esfomeado para sugar com vontade, e assim
o faço.
Gememos, deliramos e gozamos urrando de tesão, ela se solta de
mim me tirando de dentro dela e se joga na cama, ofegante e
completamente exausta. Me jogo ao seu lado abraçando o seu corpo e ela
vem para aos meus como em todas as outras vezes, ela sempre vem para
mim e isso é fantástico.
— Quero falar sobre o nosso casamento, eu mudei de ideia quanto a
festa... Não quero nada grandioso, quero algo mais íntimo pois sei que você
não vai poder se mostrar para todos, e... — Comenta sem rodeios mas a
interrompo.
— Mesmo que na cerimônia, estejamos somente eu, você e o padre,
eu vou te dar a festa que você merece... Virão também os nossos clientes e
amigos mais confiáveis, e eles não são poucos, são no mínimo umas
duzentas pessoas e virão de toda parte do mundo, então vamos fazer algo
digno de uma rainha... A minha rainha. — Afirmo em um tom confiante
mas ela não me parede surpresa com isso, ela conhece bem o homem que
tem ao seu lado.
— Ok! Que seja como você quiser, meu amor... Já está tudo sendo
preparado e eu estou ansiosa para me casar com você... Quero que todos os
nossos clientes e amigos saibam que somos realmente casados, pelo menos
aqueles a quem possamos realmente confiar... Eu estou tão feliz, tão ansiosa
que tenho medo de passar mal. — A vejo eufórica e isso não só me
surpreende, mas também me preocupa por essa sua agitação.
— Relaxa meu amor, em uma semana teremos o nosso momento
juntos, nos unindo de mais uma vez um ao outro... Não quero ver você
passar mal outra vez então se acalme, está bem... Agora me beija! Quero
sentir o seu gosto mais uma vez. — Acaricio o seu rosto descendo a minha
mão até a sua nuca e ela abre aquele sorriso encantador.
— É só o beijo que você quer...? Que pena, eu estava disposta a te
dar algo mais... — Me provoca descendo a sua mão até o meu pau e me
agarra firme.
— Ahh... Bonequinha atrevida, você não muda... Obrigado por
isso... — Sorrio de lado e avanço na sua boca beijando-a ferozmente.
Me levanto trazendo ela junto e seguimos para ao banheiro, esse
lugar é realmente lindo e minha mulher adorou tudo, ela está encantada com
a sua nova mansão e isso me deixa feliz também.
Tomamos um banho e nos amamos mais uma vez, e como sempre
essa mulher me deixou ainda mais louco por ela.
Depois do nosso banho descemos para pedir o nosso jantar, pois as
empregadas ainda não começaram a trabalhar na casa, e eu não fazia ideia
de que minha mulher fosse querer passar a noite aqui hoje.
Entramos na sala e vejo Charles falando ao telefone e Júlio dando
ordens a duas mulheres andando pelo local, mas logo somem indo em
direção a cozinha.
— O que está acontecendo, Júlio? Quem são essas mulheres? O que
elas fazem aqui? — Pergunta Brenda curiosa se aproximando do seu
segurança pessoal.
— Soberana! Elas vieram da mansão de campo, elas vão trabalhar
aqui junto com outros empregados escalados das outras mansões, hoje não
era o dia delas virem, mas como os senhores decidiram ficar aqui hoje,
tomei a liberdade de chamar pelo menos duas das funcionárias que virão,
para atendê-los pelo tempo que resolverem ficar nessa mansão. — Júlio a
encara apreensivo mas como sempre, minha rainha aprova a sua decisão.
— Você fez bem, Júlio, isso mostra o quanto está atento aos seus
patrões... Bom, já que elas estão aqui, peça que elas preparem algo para o
nosso jantar, vocês também devem estar famintos. — Ela sorrir gentilmente
e me abraça carinhosamente, daquele jeito doce e meigo.
— Elas já estão terminando o jantar dos senhores e o nosso também,
fica tranquila, soberana, está tudo na mais perfeita ordem... Agora se me der
licença, vou verificar o perímetro junto aos meus colegas, com licença,
soberanos! — Explica esperando ser dispensado para sair, eu apenas aceno
para ele.
— Fique à vontade, Júlio, no menor problema você nos avisa
imediatamente, ok? Pode ir! — Júlio apenas concorda e sai em seguida,
abraço a minha mulher e levo-a para o sofá.
— Você está perfeita, está agindo e se impondo com autoridade
como a soberana que é, tenho certeza que de agora em diante não vou mais
me preocupar em resolver muita coisa com você no comando, você é firme
nas suas decisões, tem um bom raciocínio e faz tudo nas proporções
certas... Você tem a mesma mão firme que eu, é tão decidida e autoria
quanto o seu marido... Somos mesmo um casal perfeito... Você é perfeita,
minha bonequinha. — Respiro fundo me sentindo despreocupado, me
sentindo feliz, me sentindo realizado pela primeira vez.
Há anos eu não me sentia assim, mesmo com todo dinheiro que
tenho, com todas as mulheres que passavam pela minha cama diariamente,
mesmo sendo respeitado e venerado por todos, eu nunca me sentia assim,
como me sinto com ela.
— Adoro quando me chama de bonequinha... A bonequinha do
mafioso, é assim que estavam me chamando quando você começou a me
apresentar como sua mulher, mas agora todos já me respeitam como sua
soberana. — Seu tom empolgado me fascina, amo ver a minha mulher
sorrir desse jeito, tão confiante e segura de si mesma.
Essa é a mulher que eu sempre quis e precisava ter ao meu lado.
Sorrio tocando o seu rosto suavemente, Percorro o meu polegar pelos seus
lábios carnudos e ela me encara atenta.
Vejo nos seus olhos uma ternura tão grande, vejo admiração e amor,
isso faz o meu coração bater mais forte, mas acelerado que o normal. Tomo
a sua boca com um beijo urgente, chupo a sua língua e mordisco os seus
lábios sedutores.
— Amor...? Michael...? Está me deixando sem ar... — Me alerta
entre os beijos e eu finalmente paro a encarnado nos olhos.
— Me desculpa... É que eu te amo tanto, sinto uma necessidade tão
grande de te beijar, de tê-la em meus braços... Não é porque você está se
tornando tão grande quanto eu, que vou deixar de cuidar de você... Eu
sempre vou te proteger, sempre vou zelar pela sua segurança, sempre vou te
dar tudo que você quiser... Sempre vou te amar mais do que te amo hoje. —
Declaro em um tom trêmulo.
Nunca havia me sentido assim desde que me declarei a ela antes de
quase morrer, mas depois que voltei para ela tudo parecer ter mudado, tudo
se tornou ainda amais intenso por amar tanto essa mulher.
— Eu também te amo, Michael... E sempre vou te amar muito mais
que hoje, meu rei... Você está ainda mais gentil, mais amoroso e atencioso...
Está mais apegado a mim tanto quanto eu a você... Você parece um homem
totalmente diferente daquele chefão do crime que conheci na boate, e que
quase me obrigou a transar com ele... Não te reconheço mais como aquele
homem, mas também não te recrimino por ter sido rude daquela maneira,
afinal, você é o rei do crime... Mas não vou negar, gosto mais de você
assim, carinhoso comigo, me amando como sua mulher, e não como a sua
garota preferida... Você é um novo homem e me transformou em uma nova
mulher... A sua mulher. — Ela se emociona mas acaricia o meu rosto com
carinho, me dando aquele sorriso perfeito que tanto me amo.
— Me perdoe por ter agido com você daquela maneira, eu não era
nem sombra do que sou hoje por sua causa, não sou de me arrepender do
que falo ou faço, mas única coisa na qual me arrependo, é de ter sido tão
rude com você... Eu não sabia que você seria minha em um futuro não
muito distante, se eu sequer desconfiasse disso, jamais teria agido daquela
maneira... Se eu soubesse que me apaixonaria perdidamente por você, eu
teria entregado o meu coração a você a mais tempo... Sou capaz de tudo por
você, Brenda Lins D'ávila, se você me pedir as estrelas, vou dar o meu jeito
de te entregá-las, se me pedir o mundo, o darei a você. — Puxo ela para o
meu colo e Brenda vem de bom grado, ela se aninha em meus braços
deitando a cabeça em meu ombro.
— Tudo que eu quero, você já me deu... Tudo que eu mais queria,
agora eu tenho. — Ela pega a minha mão pondo sob a sua barriga. — Eu
tenho o seu amor, tenho um pedacinho nosso aqui dentro de mim, e eu
jamais imaginei que isso fosse possível... Nos dois nos transformamos, nós
dois evoluímos em vários sentidos, nós dois aprendemos muito um com o
outro... Nos dois reinaremos lado a lado, seremos felizes eternamente, meu
amor. — Suas palavras me enchem ainda mais de felicidade, me sinto
eufórico, me sinto amado como nunca me senti antes dela.
Ergo o seu queixo, encaro fixamente os seus olhos antes de beijá-la
mais uma vez, beijo-a com calma, com todo o meu amor.
DIAS DEPOIS...

— Soberana! Me desculpe por incomodar, mas Olavo ligou


informando que o carregamento está chegando, precisam da senhora no
armazém. — O assistente de Michael entra na minha sala, acompanhado do
Júlio.
— Tudo bem, já terminei aqui então passo no armazém para
verificar a mercadoria... Vamos! — Me levanto com alguns documentos nas
mãos e os coloco no cofre. Agora eu uso a sala de Michael já que estou
ocupando o seu lugar.
Pego a minha bolsa e saio da sala sendo seguida por Júlio e o
assistente, que agora atenderá também a mim, e continuará atendendo
Michael em segredo, aqui na empresa e nas outras também, ninguém sabe
que meu marido está vivo, não sabemos em quem podemos realmente
confiar, não sabemos se esses funcionários podem ser comprados
facilmente pelos nossos inimigos, então a morte de Michael continua sendo
verdadeira para muitos dos nossos funcionários.
Joaquim que era sangue de Michael o traiu sem pensar duas vezes, o
que esperar de um simples funcionário como esses a nossa volta? Prefiro
não confiar demais e Michael me apoia nisso.
Saio da empresa pela porta dos fundos e entro com Júlio em um
carro que já estava me aguardando, enquanto isso o nosso helicóptero
decola sobrevoando a cidade para despistar a minha saída, caso esteja sendo
vigiada, agora que muitos Carteis pensam que Michael está morto, eles
podem querer armar contra mim par e tirarem do seu caminho, agora que
todos sabem que tem uma mulher no comando da facção Nuestro Poder.
Não vou dar mole para ninguém, não sou mais tão ingênua como
antes, não sou nem a sombra do que já fui um dia, e estou aprendendo a
cada dia mais com Michael, a ser uma mulher de respeito, uma mulher de
fibra como ele mesmo diz.
Meu celular toca na bolsa e eu pego vendo o nome de Isa piscar na
tela, atento no quarto toque pondo no viva voz.
— Amiga! Que bom que você ligou, eu precisava mesmo falar com
você. — Me lembro que ainda preciso ir fazer a última prova do vestido e
eu quero que ela vá comigo.
— Pois não, minha rainha? Em que posso servi-la? — Debocha me
fazendo sorrir depois de um dia estressante revisando documentos.
— Engraçadinha e debochada! Bem diz Michael que a convivência
com você, deixa qualquer um louco. — Gargalho ouvindo a cínica sorrir do
outro lado da linha.
— Mais louca que o seu marido eu não sou! Você devia dar uns
tapas nela por me chamar de louca... Mas é para bater mesmo e não para
fazer carinho, porque eu te conheço, Brenda Lins D'ávila! É só esse homem
te chamar de bonequinha que você se derrete toda. — Sua voz animada me
diz claramente que ela está sorrindo.
— Eu sou louca por aquele homem, Isa, não posso nem falar o
nome dele para não ficar melosa como você mesma diz... Aí amiga, amanhã
eu vou me casar com ele, vou ter um casamento de verdade, ele vai dizer
sim pra mim ao invés de me sugerir um novo contrato de união estável...
Meu Deus eu amo tanto esse homem que fico sem ar só em falar dele... Sou
louca por ele, tenho vontade de gritar de tão feliz que sou ao seu lado...
Amo quando ele me chama de bonequinha, eu amo tudo nele, até mesmo os
seus defeitos que passam despercebidos diante de tanto amor. — Sorrio
abertamente, me sinto flutuar de tanta felicidade.
— Você quer gritar? Então grita minha amiga! Se isso vai te fazer
feliz então vamos gritar porque eu também me sinto assim... Eu também
estou nas nuvens assim como você, estou feliz como nunca imaginei que
seria... Charles é o amor da minha vida, ele é tudo que eu sempre quis,
assim como você sempre quis o soberano. — Comenta animada me fazendo
abrir ainda mais o meu sorriso.
— Você não imagina o quanto me faz feliz saber que você também
deu rumo para sua vida, que você também encontrou alguém para te amar
e cuidar de você, Isa... Você sempre soube que é como uma irmã para mim,
não é...? Então me espera no atelier mais tarde, eu preciso fazer a última
prova do meu vestido e não vou fazer isso sem você ao meu lado, ouviu
bem, Isabela Santiago? — Também me empolgo me sentindo eufórica.
— Você também é como uma irmã para mim, Brenda... Obrigada
pela sua amizade, obrigada por me querer como sua madrinha de
casamento, isso significa muito para mim... Quando eu me casar, não quero
ninguém mais como minha madrinha que não seja você... Eu te amo minha
amiga... Você é a minha única família. — Seu tom agora é bastante
emocionado e sei que está chorosa assim como eu nesse momento.
— Eu também te amo muito, minha amiga... Obrigada por nunca
me abandonar, principalmente quando decidi entrar nessa vida tão
perigosa, mas eu me sinto segura ao lado dele e não quero estar em
nenhum outro lugar que não seja em seus braços, me sinto protegida e
principalmente, me sinto amada, me sinto realizada, me sinto a mulher
mais poderosa do mundo só por ter conquistado o amor dele... Isabela, esse
homem é a minha vida, e eu viverei ao lado dele pelo resto dos meus dias,
farei ele feliz tanto quanto ele me faz... Estou ansiosa para me casar com
ele, estou ansiosa para gritar que sou dele e sempre serei... — Amplio
novamente o meu sorriso me sentindo angustiada de saudade dele.
— Você também sempre será minha, bonequinha... Meu amor! —
Ouço sua voz e me assusto, encaro fixamente o homem no volante de
uniforme de motorista e ele ergue o quepe, abrindo aquele sorriso lindo para
mim.
— Michael...? Meu Deus que susto você me deu amor...! Seu louco
o que você está fazendo aqui...? Eu te amo... — Meu coração dispara e eu
me inclino lhe roubando um breve beijo.
— Se acalma meu amor, eu estou dirigindo... — Ele sorrir
abertamente parando o carro no acostamento e Júlio sai dando a volta no
mesmo, enquanto Michael pula para o banco de trás.
Puxo ele pela nuca lhe roubando um beijo intenso, um beijo
profundo e apaixonado. Sinto o carro voltar a se movimentar
— A sua declaração foi como os votos de um casamento... Foi lindo
e eu amei ouvir cada palavra... Me fez lembrar dos meus pais, eles disseram
algo parecido quando renovaram os votos de casamento... Você sempre se
entrega a mim de corpo e alma, seja em gestos ou em palavras, você é
perfeita para mim assim como a minha mãe era perfeita para o meu pai... Eu
te amo tanto, amo mais que a mim mesmo. — Revela me encarando
emocionado e isso me surpreende.
Michael jamais falou dos pais dele para mim, já vi algumas fotos em
uma das mansões e eles são mesmo um lindo casal, a mãe dele era
lindíssima.
— Eu te amo mais que a mim mesma... Apenas te amo. — Beijo-o
mais uma vez desejando me sentar no seu colo e deixá-lo me possuir.
— Ei! Eu ainda estou na linda! Vocês não vão transar dentro do
carro comigo ainda na linda, certo? Ao menos desliguem a chamada
primeiro...! Eu não acredito nisso, e depois a louca sou eu. — Ouço a voz
de Isa e só então me lembro dela na linha.
— Amiga me desculpe, eu preciso desligar... Me encontra no atelier
em duas horas, beijo te amo. — Digo antes de desligar o telefone, ela deve
estar me xingando agora por ter feito isso.
Encaro Michael e ele tem o sorriso mais lindo do mundo, me
encarando de um jeito tão amoroso e sedutor ao mesmo tempo.
— Quero comer você vestida de noiva, e não posso esperar até
amanhã... Vai realizar o meu desejo? — Sua mão sobe pela minha coxa e
adentra o meu vestido.
— Michael! Toma jeito homem...! Já transamos e já fizemos amor
hoje, agora só depois do casamento! — O repreendo séria e ele me encara
incrédulo.
— Que porra é essa de só depois do casamento? Você ficou louca?
Você não está pensando em dormir longe de mim hoje, não é...? Se você for
na ideia daquela maluca da sua amiga, eu vou mandar interná-la, você
ouviu, Brenda? — Retruca alterado ainda mais sério que antes.
— É sério que você vai querer discutir por causa disso? Essa ideia
não foi de Isabela, é a tradição a noiva dormir longe do noivo na véspera
do... — Tento argumentar mas ele me interrompe.
— Não quero saber dessa merda de tradição! Você não vai dormir
longe de mim e ponto final!
— Quer começar esse casamento mandando em mim? Então já digo
que não vai dar certo porque eu não vou aceitar isso! Sou sua mulher e não
sua empregada para ficar recebendo ordens! — Retruco no mesmo tom e
cruzo os braços.
— Não estou acreditando nisso, estávamos quase transando agora
pouco e já estamos brigando? E por um motivo tão ridículo como esse! Que
diferença vai fazer você dormir longe de mim hoje? Que porra de tradição é
essa? Quem foi o infeliz que inventou essa merda? Me diz e ele não vai
viver para inventar mais nada! INFERNO! — Esbraveja socando o vidro do
carro mas o mesmo é blindado e não quebra, me assusto com o seu ato e
vejo a sua mão sangrando.
— Para esse carro, Júlio! Eu estou te dando uma ordem então me
obedeça! — Ordeno em um tom trêmulo ainda assustada, mas ele apenas
me encara apreensivo pelo retrovisor e encara Michael.
— Amor me desculpa? Eu não queria te assustar... Droga o que
custa você fazer o que estou pedindo? Porque você tem que me contestar
tanto, Brenda? — Resmunga angustiado e tenta me tocar, mas eu me afasto.
— Não toca em mim, Michael! Para esse carro agora mesmo, Julio!
Ou você será demitido e eu tenho autoridade para isso! — Esbravejo
nervosa e ele faz o que mandei. Abro a porta do carro para sair mas Michael
me segura pelo braço.
— Aonde você vai? O que pensa que está fazendo, Brenda? Volte
aqui...! Mas que porra de mulher teimosa! — Esbraveja alterado mas me
solto dele me afastando do carro apressada indo para um dos nossos carros
parados logo atrás de nós.
— Charles! Vamos dar uma volta, eu preciso esfriar a cabeça ou eu
mesma vou matar o seu soberano por me estressar tanto...! Vocês dois!
Seguem com o seu patrão, Charles e Tobias virão comigo. — Aviso já
abrindo a porta de trás do carro e entro enquanto os dois seguranças saem
me dando espaço.
— Aconteceu alguma coisa, soberana? Está tudo bem? — Charles
pergunta me encarando preocupado pelo retrovisor, enquanto põe o carro
em movimento.
Passamos pelo carro com Michael e ele sai do mesmo fazendo sinal
para parar.
— Se você parar eu mato você, Charles! Então me obedeça e
acelera! — Rapidamente Charles me obedece e desvia de Michael seguindo
a diante.
Olho para trás e ele está entendo no carro apressado, mando Charles
acelerar e despistar Michael e assim ele faz, sei que ele só está me
obedecendo porque estou grávida e não quer me estressar também, e nesse
momento agradeço mais uma vez por essa gravidez.
— Droga! Eu esqueci a minha bolsa e o celular no outro carro...
Merda! — Resmungo irritada.
— O que houve, soberana? Posso ajudar em algo?
— Apenas dirija! Me leve para o armazém central, tem um
carregamento chegando e estão me esperando para recebê-lo.
Respiro fundo e ele apenas concorda, mas quando estamos quase
chegando no armazém um carro atravessa a pista parando na nossa frente, e
Michael sai do mesmo furioso ainda usando o disfarce de motorista.
— Me desculpe, soberana, mas não tem mais como fugir dele,
estamos cercados. — Charles segura o riso me fazendo revirar os olhos.
Nesse momento Michael abre a porta do carro se sentando ao meu
lado. Cruzo os braços evitando o encarar.
— Depois nós dois vamos conversar, Charles! Mas agora o meu
assunto é com a minha mulher, então nos leve para o estacionamento B do
armazém... Precisamos ter uma conversa séria! — Ele me encara ainda
sério e Charles apenas o obedece.
— Me desculpe soberano, mas foi o senhor quem disse para
seguirmos todas as ordens da soberana... Não tive culpa. — Charles ergue
uma sobrancelha segurando o riso e eu apenas encaro a janela do carro.
Estamos todos em silêncio enquanto o carro segue para o armazém,
em questão de cinco ou seis minutos estamos entrando no estacionamento B
do nosso armazém.
— Me deixe a sós com a minha esposa, Charles! Não vamos
demorar. — Avisa ainda sério e Charles sai do carro com Tobias se
afastando do carro.
Faço menção de sair também mas ele me segura pelo braço.
— Você não vai sair! Você vai me ouvir, soberana! — Ele puxa a
porta do carro fechando novamente.
— Eu não vou falar com você agora! Estou nervosa e não quero
perder a minha razão, então me deixe, Michael!
Me solto do seu aperto e me viro para abrir a porta do carro, mas ele
me puxa pela nuca avançando na minha boca. Tento resistir e bato nele
tentando me soltar, mas quando dou por mim estou no seu colo retribuindo
ao seu beijo sentindo o meu corpo trêmulo.
— Já que não quer me ouvir, então vai me sentir!
Michael agarra a minha bunda com firmeza arrebentando a minha
calcinha, o encaro incrédula.
— O que vai fazer? Vai me possuir a força...? Vai me obrigar a
transar com você, soberano? — O encaro severamente mas o cretino sorrir
de lado.
— Me diz você? Eu estou fazendo algo contra a sua vontade?
Porque não admite que me quer? — Ele segura o meu cabelo na nuca e me
puxa contra a sua boca me beijando ferozmente, um beijo tão faminto. Me
lembro da primeira vez que transamos.
— Você é um filho da mãe... Ahhh... Cretino sedutor... — Meto a
mão na sua calça e me apresso para abri-la.
Michael sorrir na minha boca enquanto o seu dedo brincar na minha
intimidade me enlouquecendo. Agarro a sua ereção dura e ponho para fora
da calça sentindo as suas aveias pulsar.
Ofego me sentindo trêmula, abaixo as alças do meu vestido
deixando os meus seios a mostra e o vejo morder o lábio inferior.
— Posso deixar você chupar, lamber e beijar os meus seios nesse
instante, posso até me sentar no seu pau agora mesmo e cavalgar feito uma
potranca no cio, até você gozar me preenchendo inteirinha... Mas para isso
você precisa não me contestar mais, precisa aceitar as minhas decisões de
cumprir a tradição das noivas... Quero surpreender você amanhã, Michael...
Quer me comer agora ou aguenta esperar até a nossa noite de núpcias? — O
encaro com um sorriso atrevido e ergo novamente as alças do meu vestido
cobrindo os meus seios.
— Filha da mãe... Eu não acredito nisso, Brenda! Está usando o
sexo para me chantagear? Você não pode... Ohhh diabinha atrevida! —
Contesta me lançando aquele seu olhar severo mas o encaixo na minha
intimidade e me sento nele lentamente fazendo-o gemer.
Cavalgo nele uma, duas e três vezes antes de tirá-lo de dentro de
mim, faço menção de sair do seu colo mas ele abraça o meu corpo me
prendendo no lugar.
— Porra você não vai fazer isso comigo, Brenda...! Por favor? Não
faz isso...? Eu preciso de você...? Cacete eu preciso de você minha
gostosa...? Está bem... Só hoje e nem um dia a mais, eu fui claro...? Porra eu
não acredito nisso... A minha própria mulher me subornando, isso é
vergonhoso... Já aceitei as suas condições, agora me dá o que eu quero! —
O vejo se segurar para não sorrir e eu gargalho o encaixando em mim
novamente, e me sento de uma só vez.
— Ohhh...
Gememos juntos e ele agarra a minha cintura me fazendo cavalgar
nele, descubro novamente os meus seios e os aproximo do seu rosto,
deixando-o beijar e chupar delicadamente casa um deles enquanto rebolo e
cavalgo nele.
Agarro o encosto do banco e me forço a descer nele mais rápido,
Michael abraça o meu corpo esfregando o seu rosto nos meus seios,
deliramos e gememos enquanto satisfazemos os desejos dos nossos corpos,
logo estamos gozando sorrindo feito bobos.
— Me perdoa...? Não queria gritar com você e muito menos te
assustar, mas você tem o dom de me tirar do sério... Você me fez uma
declaração tão linda, e tudo que eu mais queria era te levar pra casa e
dormir agarradinho em você, mas já que você me convenceu do contrário,
vamos pelo menos jantar juntos...? Quero curtir você um pouco mais antes
de sentir a sua falta, antes de morrer de saudade de você. — Seus dedos
acariciam o meu rosto me fazendo sorrir pelo seu drama, ainda não
conhecia esse seu lado dramático.
— Não vamos dormir juntos hoje, mas a partir de amanhã
dormiremos todos os dias agarradinhos e felizes... Eu vou estar ainda mais
feliz por me casar de verdade com você, por ter uma cerimônia com todas
as tradições que uma noiva tem direito... Obrigada por me dar a
oportunidade de viver esse momento... Eu vou te recompensar todos os dias
por isso, soberano. — Me emociono, mas lhe dou um sorriso malicioso o
vendo respirar fundo.
— Se eu soubesse dessa recompensa antes, teria te dado esse
casamento a mais tempo. — Ele sorrir abertamente Apalpando o meu corpo
e eu retribuo beijando-o ardentemente.
DIA SEGUINTE...

— Eu juro que se ela não aparecer agora! Eu vou atrás dela e


ninguém vai me impedir...! Que porra de tradição é essa que o noivo tem
que criar raiz esperando no altar? — Questiono pela milésima vez e Leon
gargalha na minha cara.
— Porra meu amigo! Você está pior que eu quando me casei,
entendo o seu nervosismo mas te garanto que vai valer a penas essa
espera... Ela tem um dom de ficar ainda mais lindas, vai por mim. — Ele
tenta me tranquilizar mas eu não consigo me acalmar, respiro fundo mas
nada acontece.
Olho a minha volta e vejo alguns membros do meu Cartel e também
do Cartel de Leon, alguns dos nossos melhores clientes e também alguns
poucos membros de alguns Carteis aliados a quem confio.
Olho além do imenso tapete vermelho e vejo Isabela entrar
sorridente vindo na minha direção, ela sobe no altar se posicionando ao lado
de Leon que será o nosso padrinho de casamento junto com ela.
— Ela está vindo, soberano! Já pode relaxar. — Debocha a infeliz
com um largo sorriso pois sabe o quanto estou agitado.
— Não enche, Isabela...! Hoje não! — Respiro fundo mais uma vez
sem tirar a minha atenção do final do tapete.
Já e final de tarde e o sol está se pondo, o jardim da mansão de
campo está repleto de flores brancas para todos os lados, há também alguns
arcos de flores sob o tapete vermelho e no altar onde estou, há um arco
ainda maior e mais robusto que os demais, está tudo exatamente como ela
queria e então porque ela não vem logo?
— Onde ela está, Isabela? Você não disse que ela já... — Paro
quando ouço o som de trombetas, algo insinuando realeza, algo divino.
Encaro Isabela e seu sorriso parece ainda mais largo, olho
novamente para o final do tapete vermelho e vejo os nossos soldados
entrarem todos de branco, como um uniforme militar mascarados com
boina branca, os fuzis em suas mãos estão cobertos por uma capa também
branca como todo o uniforme e a máscara.
Os soldados entram marchando e se posicionam pela extensão do
tape erguendo os fuzis formando um arco de armas, não tenho como negar
que estou surpreso, mas um sorriso se forma em meu rosto por essa
criatividade, eu não imaginaria nada disso se não os visse assim diante de
mim.
Brenda surge no final do tapete parecendo mesmo uma rainha. Meu
queixo vai no chão, estou embasbacado, hipnotizado pela sua beleza, a
coroa no alto da sua cabeça remete o mesmo poder que ela tem não somente
sobre mim, mas sobre todos aqui presente.
A música muda para uma melodia mais suave e romântica, ela vem
caminhando na minha direção com aquele mesmo sorriso encantador que
recebo todos os dias. A medida que ela avança pelo tapete vermelho, os
nossos soldados um a um vão fazendo reverência a ela abaixando as suas
armas, mostrando o seu total respeito e lealdade.
— Perfeita... Simplesmente... Perfeita para mim... — Limpo a
garganta ao sentir a minha voz falhar.
Ela está muito linda, está maravilhosa e eu não consigo enxergar
mais nada na minha frente além dela. Meu maxilar dói, sinto as minhas
mãos suar frio e meu coração disparar. Não sabia que essa mulher era uma
feiticeira, pois ela me enfeitiçou e não há beijo de amor que quebre esse
feitiço... Esse tal beijo de amor só me deixa ainda mais preso a ela.
Brenda se aproxima radiante e seu buquê de cristal brilha diante dos
raios de sol. Mas não brilha mais que o sorriso em seu rosto.
— Minha rainha! Minha soberana... Minha bonequinha... — Me
aproximo lhe dando um beijo na testa, lhe estendendo o braço e ela pega
sorridente.
— Você está tão lindo... Está perfeito...
— Não mais que você!
Nos aproximamos do padre sorrindo um para o outro e subimos o
pequeno altar montado para nós, mas encaramos o homem a nossa frente
fazendo reverência a nós. Eliot realmente é padre, ou pelo menos foi um
padre um dia, mas hoje ele é um dos membros da minha facção e será ele
quem vai celebrar essa cerimônia, vamos concordar que um padre cristão
jamais aceitaria celebrar uma cerimônia cercado por tantas armas.
— Estamos aqui hoje diante das mais renomadas facções, para unir
definitivamente os nossos soberanos, Michael D'ávila e Brenda Lins
D'ávila!
Ele começa a falar e eu apenas encaro Brenda com um sorriso bobo
no rosto. Não a vejo desde ontem à noite e essa mulher realmente me
surpreendeu como prometeu, realmente valeu apenas esperar uma
eternidade para vê-la assim, divinamente linda.

A cerimônia não fui muito longa e eu agradeci por isso, finalmente


chegou a parte que eu mais esperava, trocamos as alianças e mais uma vez
nos declaramos com um lindo voto com palavras emocionantes, ela se
emocionada mas não tira o sorriso do seu rosto.
— Soberano Michael D'ávila! O senhor aceita mais uma vez,
Brenda Lins D'ávila como sua esposa e soberana?
— Porra é claro que sim! — Respondo eufórico e ela sorrir
abertamente.
— Soberana Brenda Lins D'ávila! A senhora aceita mais uma vez,
Michael D'ávila como seu esposo e soberano?
— Sim! Eu aceito! — Sua voz vem mais suave que o normal, seu
tom meigo me faz querer beijá-la agora mesmo.
— Sendo assim! Pelos poderes a mim comedidos pela facção
Nuestro Poder, eu os declaro casados! O soberano pode beijar a soberana!
Ouço as palavras que eu tanto estava esperando e meu sorriso se
abre automaticamente, abraço a cintura da minha mulher e trago-a para o
meu corpo, respiro fundo segurando-a pela nuca e beijo-a profundamente.
— VIVA OS NOIVOS!
Ouço alguém gritar e nos separamos, encaramos a multidão de gente
a nossa frente e os nossos soldados mais uma vez fazem reverência a nós
assim como todos os convidados, em seguida novamente os soldados
formam um arco com as armas, mas tiros são disparados com balas de
festim. Sorrio largamente.
— Você pensou em tudo nos mínimos detalhes, preparou algo
surpreendente... Você está perfeita... Eu te amo minha esposa. — Acaricio o
seu rosto sentindo a sua pele suave e ela abre ainda mais o seu sorriso.
— Ainda não acabou! Tem só mais uma coisa que eu gostaria de
fazer.
Avisa empolgada e faz sinal para Júlio, o mesmo se aproxima com
uma pequena bandeja de prata e tira o pano que a cobria, vejo as pistolas de
Brenda e a encaro confuso. Ela pega a sua pistola e desce os três degraus
destravando a sua arma, apontando para o final do tapete vermelho, mas
antes ela me encara com aquele sorriso magnífico.
Olho na direção que ela está apontando e vejo um pequeno alvo
além do tape em uma estrutura montada, mas não sei dizer o que é, fico
atento ao que ela vai fazer então ela dispara acertando o alvo em cheio e
fogos de artifícios são lançados ao céu, em muitas cores diferentes e em
cascatas belíssimas.
Sorrio abertamente para ela que volta para mim sorrindo enquanto
os nossos convidados aplaudem a sua façanha.
— Você foi perfeita, pelo visto você está levando mesmo o seu
treinamento a sério... Estou muito orgulhoso de você, de verdade, você me
impressiona a cada dia que passa. — Não consigo conter o sorriso em meu
rosto, estou tão feliz que até me assusta.
— Que a nossa felicidade reine junto conosco, que o nosso amor se
multiplique a cada sorriso nosso... Que o nosso bebê nos traga ainda mais
certeza de que tudo isso, é o que precisamos para nós... Vamos amar o
nosso filho, ou filha como jamais amamos alguém nessa vida, que ele ou ela
venha para dar continuidade a nossa história, ao nosso amor, a nossa união.
— Vejo seus olhos transbordar mesmo com ela sorrindo tão radiante. — Eu
te amo, Michael D'ávila! E vou te amar nessa vida e na outra também...
Nascemos para sermos um do outro, e assim será.
— Estamos dando continuidade à família que eu perdi no passado,
meus pais eram ótimos juntos, mas nós seremos perfeitos e vamos lutar lado
a lado todos os dias... E esse filho que você carrega dentro de você, será a
nossa continuação, será a nossa vida de agora em diante... Você não poderia
me dar presente melhor que esse... Um filho! O futuro Capo da Nuestro
Poder! — Acaricio a sua barriga e ela abre ainda mais o seu sorriso, mas
ergue uma sobrancelha.
— Um filho...? Como você sabe se é homem ou mulher? E se for
uma mulher? — Pergunta curiosa.
— Se for uma mulher, vou engravidar você quantas vezes forem
necessárias, mas eu quero um filho homem!
— Michael D'ávila! Acabamos de nos casar e você já quer começar
uma guerra com a sua esposa? Eu não acredito nisso! — Me repreende séria
e tenta se soltar de mim, mas gargalho prendendo ela ao meu corpo.
— Relaxa, meu amor! Eu estou brincando...! Não vou negar que
quero muito ter um filho homem, mas se for uma mulher, ela será tão
poderosa quanto a mãe... Por ser a primogênita ela assumirá a facção no
futuro, assim como a mãe dela está assumindo agora. — A vejo respirar
fundo e sua expressão suaviza. — Quanto aquela história de começar uma
guerra, eu aceito desde que seja na nossa cama, com você nua em cima de
mim... Vai ser uma luta feroz mas não me importo em perder a batalha para
você... Eu vou ganhar muito mais perdendo do que ganhando. — Sorrio
maliciosamente e ela gargalha.
— Você é terrível, amor...! Mas mesmo assim eu te amo. — Seus
braços envolve o meu pescoço e ela me beija calmamente.
— Eu te amo... Vou te amar eternamente, minha soberana!
Sussurro entre os beijos mas logo seguimos pelo tapete vermelho
com todos aqueles fuzis apontados para o alto, formando um arco, passo
pelos meus soldados sorrindo e seguimos todos para dentro da mansão,
temos um salão grande o suficiente para comportar todas essas pessoas,
então a festa será lá dentro pois já está escurecendo, e não queremos vacilar
na nossa segurança, nunca se sabe quando os nossos inimigos vão nos
atacar.
Entramos todos na casa e o salão está lindo, eu ainda não havia visto
esse lugar depois de arrumado, Brenda me expulsou de casa para conseguir
se arrumar tranquilamente hoje, e eu tive que dormir na mansão nova, lá
será o nosso refúgio e não quero levar toda essa gente para conhecer o
nosso novo endereço, queremos paz, queremos sossego e privacidade, e
principalmente segurança então foi mais inteligente fazermos o casamento
em uma das mansões de campo, longe da cidade.
Recebemos os cumprimentos de todos os nossos convidados, e
muitos deles se mostram bastante empolgados com o nosso casamento, se
restava alguma dúvida sobre a nossa união, agora todos tem certeza de que
o reinado de Brenda é legítimos e merece o apoio de todos.
— Amor? Eu sei que você não gosta de dançar e até insiste que não
sabe dançar, prefere me observar dançando para você, mas... Dança com a
sua esposa no seu casamento? Não precisa se mexer muito, do jeito que
você fizer já está ótimo... Eu só quero ter a dança da noiva com o meu
marido... Estou te devendo uma transa vestida de noiva, posso caprichar
nela se você fizer isso pela sua esposa fogosa. — Ela me abraça pelo
pescoço mas desce uma de suas mãos até a minha bunda apertando com
vontade, me puxando para ao seu corpo. Ofego.
— Porra Brenda...! Você tem um jeito bem convincente para me
induzir a fazer o que você quer, e isso ainda me impressiona, sabia? — Me
separo dela pegando a sua mão e guio-a para o centro do salão.
— Então isso é um sim...? Eu te amo, Michael! — O sorriso largo
em seu rosto me enche de alegria, me enche de paz.
— Eu faço tudo por esse sorriso em seu rosto, ele não tem preço
para mim.
— É muito bom saber disso, soberano... Então você faz tudo pelo
meu sorriso? — Seu sorriso malicioso e aquela mordida de lábio me deixa
tenso.
— Cacete...! Você vai mesmo me deixar duro no meio dessa gente?
Isso não é legal bonequinha! — A repreendo sério mas ela se joga em meus
braços me beijando ardentemente. Isso me desarma completamente e sei
que ela sabe disso.
Seu sorriso é gigante enquanto faz sinal para Isabela, uma música
diferente soa no ambiente e fazemos reverência um para o outro, ela sorrir
ainda mais quando puxo ela para os meus braços, giro ela no salão e puxo
de volta começando a nossa dança.
— Você mentiu para mim quando disse que não sabia dançar... Que
coisa feia, soberano! Mentindo para sua esposa? — Questiona surpresa
abrindo um largo sorriso.
— Eu não menti quando disse que não sabia dançar, e também não
menti quando disse que faço tudo por esse sorriso em seu rosto... A
maluquinha da sua amiga me ajudou com algumas aulas de dança... Acho
que foi o maior desafio que já enfrentei até hoje. — Gargalho me
lembrando de tal acontecimento e ela me acompanha.
— Está falando sério, amor? Fez isso por mim...? Eu ainda vou
fazer tanto por você, minha vida, vou fazer você o homem mais feliz do
mundo, eu prometo! — A vejo mais uma vez emocionada mas o seu sorriso
faz as suas lágrimas passarem despercebidas.
— Eu já sou o homem mais feliz do mundo, eu tenho uma mulher
guerreira ao meu lado, uma rainha, a minha soberana... E em breve vou ter
em meus braços um pedacinho nosso... Um pedacinho do amor da minha
vida. — Declaro enquanto dançamos, mas paro me ajoelhando na sua frente
beijando a sua barriga sob o tecido grosso do vestido. — Eu já amo esse
pedacinho nosso, amo como amo você, minha bonequinha... Te amo,
Brenda! — Me ergo tocando o seu rosto suavemente e seco as suas
lágrimas.
— Eu também te amo, meu amor... Meu Deus, eu te amo muito,
Michael... — Seus dedos delicados acariciam a minha barba gentilmente
antes dela me beijar ainda sorrindo na minha boca.
O amor de mãe eu já conhecia pois minha mãe me amava, mas o
amor de uma mulher eu só conheci com ela, com a minha bonequinha, o
tesouro mais valioso que possuo entre as minhas riquezas.
Estou vivendo tudo que jamais imaginei viver um dia, conheci o
amor, me casei com uma belíssima mulher e vou ser pai, não vou negar que
ficar entre a vida e a morte foi algo que eu já esperava, pois não, nunca
desejei passar por aquilo mas no mundo em que vivemos, tudo é possível,
até mesmo a morte mas eu tive a minha segunda chance, e vou aproveitar
ao máximo que dê ao lado da minha família.
Vamos aproveitar a nossa festa o máximo que dê, mas amanhã bem
cedo vamos sair em lua de mel, e minha mulher quer passar esse momento
do nosso casamento na Grécia, é realmente um lugar espetacular e sei que
vamos viver momentos inesquecíveis por lá.
— Amor! Vou me trocar e já volto, eu preciso tirar esse vestido pois
ele pesa um bocado... Vou colocar algo mais confortável, não me demoro.
— Brenda me dá um breve beijo e se levanta com Isabela, apenas concordo
e as duas saem indo em direção as escadas.
Fico aqui admirando ela subir graciosamente, como uma mulher
elegante e fina, com porte de realeza. Sorrio feito um bobo e Charles se
aproxima com aquele seu sorriso largo.
— Parabéns, soberano! Que esse casamento os fortaleça ainda mais,
desejo de coração toda felicidade aos meus soberanos. — Charles
Permanece de pé na minha frente e eu me levanto recebendo os seus
cumprimentos.
— Obrigado, Charles! O você é um dos meus soldados mais leais na
facção, mas também tem sido um grande amigo e eu preso muito isso...
Obrigado pelo seu apoio e por sempre estar se arriscando por mim... Valeu!
Você é demais! — Estou tão feliz que o abraço empolgado e prontamente
ele retribui.
— Eu que agradeço pela confiança que o senhor deposita em mim,
conte comigo sempre, soberano!
Ele se solta de mim com u m sorriso confiante mas olha em direção
a escada, seu olhar então fixo que acompanho o seu olhar, a vejo descer
linda e deslumbrante.
Brenda usa um vestido de noiva mais simples que o outro, mas
também muito lindo, um vestido rendado justo no corpo com uma calda
descendo dos ombros até o chão, ela está linda, ainda usa aquela coroa que
não deixa dúvidas de que ela é mesmo uma rainha.
Brenda se aproxima sorridente sorrindo para a todos mas me abraça
pelo pescoço me dando um beijo ardente.
— Com esse vestido será mais fácil você conseguir o que tanto
quer... Fazer amor com a sua esposa vestida de noiva... Só vai ter que
esperar um pouco mais para fazer isso, porque agora eu quero comer uma
generosa faria de bolo.
Sua voz sedutora me enlouquecer, mas ela se solta de mim se
afastando antes que eu possa contestar. A admiro desfilar pelo salão com
Isabela e as duas vão até a organizadora, me apresso para chegar até ela
pois não a quero desfilando sozinha com tantos homens a admirando, vão
ter que me admirar ao lado dela também.
Sorrio me aproximando dela e puxo a minha mulher par aos meus
braços, lhe roubando um beijo apaixonado. Eu já tenho tudo que eu poderia
querer, eu já sou feliz como não imaginei que pudesse ser capaz, apenas
estou feliz.
QUATRO ANOS DEPOIS...

Minha vida tem sido maravilhosa, meu marido tem sido perfeito
comigo, mas não vou mentir, a sua empolgação maior se deve ao fato de ter
lhe dado o filho homem que ele tanto queria. Maycon tem quatro anos e é a
paixão de Michael, para meu marido é Deus no céu e o filho na terra, mas
também não tenho do que reclamar, Michael me dá toda atenção do mundo.
Meu marido tem cumprido a risca a sua promessa de fazer tudo para
me ver sorrindo, hoje olhando para o passado, Michael não é nem a sombra
do homem perverso que conheci naquela boate, aquele homem que
ameaçava matar por qualquer motivo que o contrariasse.
No Cartel ele continua com a mesma mão firme de antes, mas
muitos ainda o tem como morto e é para esses muitos que eu tenho me
empenhado em ser a melhor líder que uma facção pode ter.
Todos me respeitam exatamente como respeitavam Michael, e ainda
respeitam a sua memória, alguns Carteis ainda implicam com o fato de ter
uma mulher no comando de uma facção, e já tentaram tomar o meu posto,
tentaram me tirar do poder, mas eu mostrei que mereço estar onde estou.
Fiz novas alianças com algumas facções vizinhas, mas sem abrir
muito a guarda com eles pois sou uma mulher no comando de uma das
maiores facções da Itália, a facção mais temida em todo país. Muitos
tratados de paz foram feitos e muitos estão sendo mantidos de anos atrás, e
todos estão respeitando essa nossa aliança.
Leon tem se feito mais presente depois que se associou a Michael
em um novo esquema de venda e distribuição das nossas mercadorias para
o México. Leon tem se mostrando um verdadeiro amigo e sua família tem
se aproximado bastante, estamos com muitos clientes em comum nas duas
facções, e por termos um laço de amizade isso não é motivo para iniciarmos
uma guerra.

Isabela e Charles também estão casados a quatro anos, eles se


casaram logo depois de nós e também tem um filho homem, Isac, ele é
lindo e é muito apegado a Maycon, os dois estão crescendo juntos e ambos
estão sendo ensinados para ocuparem o lugar de seus pais no futuro,
Maycon como o futuro Capo da facção, e Isac como segurança pessoal e
braço direito do meu filho durante a sua liderança, e tanto eu quanto
Michael vamos estar aqui para orientá-lo e apoiá-lo nas suas decisões.
Nas boates eu ainda vou uma vez na semana, Esmeralda não
trabalha mais conosco e a sua vaga foi preenchida por outra garota a três
anos atrás, Cristal agora é subgerente de Ricardo mas já está sendo
preparada para assumir a gerência da Pleasures of The Flesh, eu precisava
dar essa força para ela. Aquela baixinha sempre esteve ao meu lado
enquanto estive na boate, dançando e sendo assediada para aceitar fazer
programas.
Quando eu cheguei na boate por duas vezes com o rosto roxo por ter
apanhado de Eduardo, ela esteve ao meu lado então não podia deixá-la
continuar se prostituindo, afinal, ela só fazia isso para ajudar a família, não
era o que ela realmente queria. Não somos grandes amigas como eu e Isa,
mas eu gosto muito dela e sei que posso confiar em Crystal.
— Papai? Tem peixinho na água? Eu quero vê um peixinho. —
Maycon aponta para água tentando ver algum peixe, Michael pegá-o do
meu colo.
— Vem, campeão! Vamos ver se tem peixinhos... Amigo! Navega
mais devagar, o meu filho quer ver os peixes.
Ordena Michael ao condutor do barco. Estamos em Veneza em um
passei com o nosso primogênito, hoje é o nosso aniversário de casamento e
vamos ficar uma semana por aqui, e o nosso pequeno está adorando.
Admiro meu marido e meu filho sorrindo, olhando para água,
Maycon ama peixes e o pai dele comprou um aquário imenso só para
agradar o filho, há peixes de todos os tipos e cores e Maycon fica encantado
admirando os peixinhos nadar de um lado para ao outro.
Sorrio acariciando a minha barriga de sete meses, estou grávida
novamente e dessa vez vamos ter uma menina, e ela se chamará Maria
Luiza, uma homenagem que Michael quer fazer a mãe dele, uma mulher
linda, guerreira e de muita fibra, a mulher que tem me inspirado a lutar com
firmeza ao lado do meu marido.
Depois do nosso casamento, Michael se abriu comigo como jamais
fez antes, ele me contou toda a história da sua família, me mostrou fotos e
vídeos dele com a família, momentos de lazer mas também momentos de
decisões na liderança da facção, momentos de guerra, momentos de
alianças entre facções poderosas e isso nos fortaleceu ainda mais.
Os pais de Michael morreram a vinte anos atrás, e desde de então
ele nunca mais tocou nas fotos, vídeos e lembranças da sua família depois
que teve que assumir a facção, por ser o primogênito dos D'ávila, ele se
dizia enfraquecer com a dor e a saudade que sentia em seu peito e por isso
se tornou aquele homem rude, aquela fera sem coração, mas somente até se
interessar por uma bonequinha que ousava o enfrentar a todo instante, a
bonequinha do mafioso, bom, isso é ele quem diz.
Sorrio pensativa ainda tocando a minha barriga, mas sinto a sua mão
tocar a minha em um carinho gostoso e suave.
— Ficou pensativa, o que houve? Está tudo bem, meu amor? —
Michael sorrir de lado mas não consigo ver os seus olhos atrás dos óculos
escuros e uma boina na cabeça.
— Sim minha vida, está tudo bem não se preocupe... Só estava me
lembrando de como éramos no passado, totalmente diferente do que somos
hoje... Eu cresci muito ao seu lado, Michael, sou grata todos os dias por ter
me escolhido para estar ao seu lado, por me amar e me dar uma família...
Por aceitar tão bem Isabela, que era a única família que eu tinha antes de
você... Você me deu o mundo como eu pedi, e o meu mundo está aqui
agora, uma parte dele está no seu colo, e a outra está crescendo dentro de
mim... Os nossos filhos são o meu mundo, Michael D'ávila... E eu vou te
amar eternamente por isso. — Tento não me emocionar mas sinto minhas
lágrimas descerem.
Meu marido acaricio o meu rosto e tira o meu óculos de sol
encarando os meus olhos atentos.
— Não gosto quando esconde os seus olhos de mim... Eu me
apaixonei não só pela sua boca, não só pelo seu corpo e pela mulher incrível
que você... Mas eu também me apaixonei pelos seus belos e intensos olhos
azuis... Não existe nesse mundo mulher mais linda que você, mais doce,
meiga e amorosa, isso quando não está zangada e tenta me evitar, disso eu
não gosto... Mas até brava você fica linda, fica Irresistível, fica mais
poderosa do que já é e eu te amo tanto... Meu Deus, como é possível amar
tanto essa mulher? A cada dia eu me apaixono mais por ela. — Meu marido
me dá um sorriso tão lindo que sorrio também. Ele pega a minha mão
depositando um beijo demorado.
— Eu também me apaixono por você a cada dia, meu amor... Você
me faz tão feliz, a nossa família é perfeita... Eu te amo tanto, tanto que me
sinto desesperada para que você saiba disso, para que tenha certeza de que o
meu coração é completamente seu. — Me sinto eufórica, meu coração bate
acelerado e minha respiração pesa.
— Toda vez que você se declara assim, logo em seguida você vem
para os meus braços e nos amamos intensamente... Você está ofegante, está
agitada e sei que me quer... Droga! Não vamos poder fazer nada aqui,
bonequinha... Vamos voltar para o iate, quero fazer amor com a minha
esposa... Além do mas, já passamos muito tempo por aqui e eu não posso
ser reconhecido... Condutor! Nos leve de volta até a lancha, vamos voltar
para ao iate. — Michael se agita para voltarmos logo e no fundo eu sei bem
o que ele quiser.
Meu marido não mudou nada em relação ao sexo e acho que eu
também não, amo transar e fazer amor com o meu soberano, e não
perdemos uma oportunidade para fazermos isso, sou louca por eles em
todos os sentidos.
Apenas sorrio abertamente para ele e concordo em voltarmos para o
nosso iate, estou excitada e desejando o meu marido.
Embarcamos na lancha e seguimos para o nosso iate, pouquíssimos
minutos depois estamos navegando para longe de Veneza e eu admiro essa
bela vista encantada.
— Quando eu poderia imaginar, que um dia eu estaria aqui agora,
em um iate luxuoso depois de um passeio por Veneza em família...? Que eu
teria um filho tão lindo e a minha princesinha estaria a caminho, perto de
nascer e deixando a sua mãe ansiosa...? Que o meu marido, um soberano
dentro da máfia italiana me amasse tão intensamente...? E que eu me
tornaria a sua soberana, a sua rainha que o ama com todo o seu coração...?
Prometo fazer você me amar a cada dia mais, prometo que jamais se
arrependerá por me dar o seu amor, por confiar em mim, por proteger a
nossa família.
Sinto Michael me abraçar por trás beijando e cheirando o meu
pescoço, enquanto acaricia a minha barriga e sinto a nossa filha mexer.
Ouço a risada do meu marido que se solta de mim se abaixando na minha
frente, beijando a minha barriga ainda sorrindo.
— Você tem muito mais que o meu amor, bonequinha, você também
tem a minha admiração, o meu respeito e terá para sempre o meu amor, e a
minha proteção. — Ele abraça a minha cintura suspirando fundo e Maycon
vem correndo abraçando as minhas pernas.
— Mamãe, eu quero colo! Quero ver a água. — Pede manhoso e
Michael pega ele no colo se levantando.
— A mamãe não pode pegar peso, filho, mas o papai pega você
quantas vezes você quiser, está bem? Dá um beijo na mamãe! Ela é muito
linda, é uma mulher muito especial e importante para nós, campeão, por
isso a amamos tanto. — Meu marido abraça a minha cintura e o nosso filho
se joga para o meu lado me dando um beijo estalado no rosto.
— Eu te amo mamãe!
— Eu também te amo, meu filho! Te amo, meu marido!
Sorrio largamente o abraçando de volta e beijo-o apaixonadamente,
com amor e ternura desejando que esse momento seja eterno, estamos longe
do trabalho, estamos longe do perigo e a paz se faz presente como tanto
desejávamos.
Michael me beija mais intensamente e ouço a babá se aproximar
chamando a nossa atenção. Ela pega Maycon no colo o levando para comer,
mas eu e meu marido temos outro tipo de fome.
— Vamos bonequinha! Eu quero amar você... Já que eu não posso te
pegar de jeito por causa da nossa filha, quero te amar bem devagar, com
calma para sentir a minha esposa... Minha mulher. — Sorrio ofegante
imaginando as suas mãos me acariciando enquanto me beija, enquanto
sinto-o dentro de mim.
O tempo passa e eu fico ainda mais sensível ao seu toque, um
simples olhar me estremece, um único beijo é capaz de me levar ao céu e
me fazer a mulher mais feliz, ao mesmo tempo em que sua ausência me
leva a mais profunda tristeza. O nosso amor é único, é verdadeiro e é
eterno.
marcia.candido2012@bol.con.br

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