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EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE FELICIDADE

Origens histórico-filosóficas
Tales de Mileto (624 a 526 a.C.) “é feliz quem tem corpo são e forte, boa sorte (destino) e
alma bem formada”;
Entre os séculos X a.C. e V a.C. o pensamento grego disseminou um pessimismo em relação à
vida humana “era melhor que um ser humano não nascesse”;
Demócrito de Abdera (460 a 370 a.C.) felicidade era a medida do prazer e a proporção da
vida. Para atingi-la, o homem precisava deixar as ilusões e os desejos, assumir a sua
capacidade de escolher e alcançar a serenidade, tornando-se menos susceptível ao destino.
Sócrates (445 a 399 a.C.) a felicidade está ligada ao aperfeiçoamento moral. É preferível uma
alma de conduta virtuosa á satisfação dos desejos e necessidades.
Antístenes (445 a 365 a.C.) salientou a autossuficiência coo característica fundamental para a
felicidade.
Platão (348 a.C.) o propósito da alma é agir com virtude e justiça (ética). O home precisa ser
responsável com seus deveres, buscando a felicidade por intermédio da prática do bem.
Aristóteles (384 a 322 a.C.) o cidadão precisa de condições básicas para ser feliz. Enfatizou a
importância do exercício da racionalidade “felicidade intelectual” e da realização.
Epicuro (341 a 271 a.C.) o homem deve buscar o prazer (hedonismo) de forma moderada,
associada a um estado de tranquilidade e contentamento. Sem os devidos cuidados prazeres e
luxos excessivos podem prejudicar a convivência e trazer mais males do que satisfação.
Idade média, a felicidade saiu de foco da filosofia. O que conta é a salvação da alma. Levando
os fieis a encarar sofrimentos em prol da conquista da graça divina.
Idade moderna. John Locke (1632 a 1704) cunhou a expressão “busca da felicidade”. A
felicidade é o máximo de prazer e estimula o desejo.
Leibniz (1646 a 1716) concebeu a felicidade como um prazer duradouro.
Immanuel Kant (1724 a 1804) precisamos merecer a felicidade, que requer liberdade,
condição de ser racional e capacidade para cumprir a lei moral. Como a felicidade se coloca
no âmbito do prazer e do desejo, ela nada tem a ver com a ética. Não tendo interesse da
filosofia.
Bertrand Russell (1872 a 1970) para ser feliz é necessário eliminar o egocentrismo, cultivar
interesses, alimentar o entusiasmo, nutrir sentimento de segurança, ter um trabalho em que se
realize e boa vida familiar e social. Não se pode esperar que isso aconteça, mas é preciso
dedicar esforços para construir a própria felicidade.
Psicologia positiva, pesquisaram intensamente as potencialidades, motivações e capacidades
humanas, focando mais a busca pela felicidade do que o estudo de doenças. Martin Seligman
apresentou a teoria da felicidade autentica. Juntamente com Christopher Peterson propôs um
sistema de classificação para os aspectos positivos humanos que reúne 6 virtudes e 24 forças
de caráter.
1. Sabedoria e conhecimento (criatividade, curiosidade, critério, amor ao aprendizado e
perspectiva);
2. Coragem (bravura, perseverança, integridade e vitalidade);
3. Humanidade (amor, generosidade e inteligência social);
4. Temperança (perdão, humildade, prudência e autocontrole);
5. Transcendência (apreciação da beleza, gratidão, esperança, humor e espiritualidade).
As pessoas podem desenvolver repertório virtuoso e serão mais felizes à medida que os
pratique.

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