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1. Introdução
Actualmente, as organizações vivem sob uma constante pressão motivada pela realidade da
mudança económica e, consequentemente, organizacional, bem como da adaptação
tecnológica e competitiva, provenientes da globalização (Stefano, Zampier e Maçaneiro,
2006). Dentro desta perspetiva mutável, as organizações viram-se forçadas a recorrer e a
criarem estratégias e práticas organizacionais que permitam a vantagem competitiva no
mercado de trabalho. Especificamente, surge a necessidade da Gestão de Recursos Humanos
(GRH) apoiar estas mudanças organizacionais.
Segundo Alis et. al., (2012, p.22), a “gestão de recursos humanos consiste em medidas e
atividades que implicam RH e destinam-se a otimizar a eficiência e o desempenho, por parte
dos indivíduos e da organização”.
O conceito de prática organizacional não é o mesmo para todos os autores, variando entre
“sistemas de práticas de Recursos Humanos” e “actividade de Gestão de Recursos
Humanos”. Porém, no que respeita ao seu significado existe alguma concordância, sendo
maioritariamente acolhido como um “ conjunto distinto mas interrelacionado de atividades,
processos e funções diretamente associadas à atração, desenvolvimento e manutenção dos
Recursos Humanos de uma organização” (Gurbuz, 2009; Kaya, Koc e Topcu, 2010). Para
Akdere (2009), um sistema de Recursos Humanos deve evidenciar-se pela gestão que tem
como objetivo a aquisição de qualidade, devendo estar aliada com diferentes desfechos
organizacionais tangíveis ou intangíveis. Só desta forma se conseguirá alcançar os objetivos
propostos, existindo um maior envolvimento de todos os colaboradores, resultando em
sucesso e distinção da organização no mercado, independentemente do seu sector de negócio.
Desta forma, o êxito ou o fracasso passam em grande parte pela forma como a GRH é
efetuada e as práticas a que recorre (Caetano e Fernandes, 2000). Defendido por vários
autores (Cunha, et al., 2010), as pessoas são o ativo mais importante em muitas organizações.
Contudo, nem sempre o conteúdo da declaração é válido nas práticas organizacionais (Cunha,
et al., 2010), levando estes autores a afirmar que “um desafio que se coloca às organizações
contemporâneas é o da criação de valor – uma responsabilidade de todas as áreas e mesmo de
todos os membros da organização” (Cunha, et al., 2010, p. 54).
A forma como as pessoas são geridas deve demonstrar a sua contribuição para o valor
organizacional. Daí ser uma tarefa crucial para os gestores compreender as organizações, e
como podem gerir as pessoas de tal forma que aumentem a respetiva capacidade produtiva e
criativa, contrabalançando com os limites sustentáveis e os custos associados ao trabalho. É
perante este enquadramento que surge a pertinência da investigação disposta por diferentes
capítulos necessários à compreensão e interpretação do estudo aqui levado a cabo.
A terceira parte trata-se de abordar, de forma imparcial, todos os conceitos defendidos por
variados autores, decorrentes das grandes temáticas em estudo, ou seja, explorar os temas:
Gestão de Recursos Humanos, Práticas de Recursos Humanos, Sector Hoteleiro e
Empreendimentos Turísticos.
Por fim, exibimos as respetivas conclusões, bem como uma reflexão crítica acerca de todo o
estudo.
1.2 Delimitação do tema