Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Institucional
Material Teórico
Estratégias de Projeto – Parte I
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Estratégias de Projeto – Parte I
• A Pré-Fabricação;
• Programa de Necessidades FDE;
• Organização das Escolas FDE.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Compreender a organização espacial de duas tipologias de escolas propostas pela FDE,
com a finalidade de compreender seus partidos arquitetônicos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Estratégias de Projeto – Parte I
A Pré-Fabricação
Conforme vimos no módulo anterior, a Fundação para o Desenvolvimento da
Educação (FDE) foi criada para suprir uma demanda dos alunos e melhorar a qua-
lidade do ensino como um todo. Assim, uma das formas que foi pensada para me-
lhorar a qualidade do ensino está relacionada com o projeto pedagógico das escolas
e a sua organização espacial em volume arquitetônico.
Para isso, a FDE se utiliza de um sistema construtivo chamado de pré-fabricação,
de modo a organizar os programas de necessidades existentes em uma escola, tra-
zendo melhor eficiência à gestão de projetos e obras, de forma a diminuir o tempo
desses para suprir uma demanda de alunos de maneira eficiente e com qualidade.
Sendo assim, no livro FDE: Arquitetura escolar paulista: estruturas pré-fa-
bricadas, há a descrição do pensamento da pré-fabricação nas escolas, conforme
retratado a seguir:
A pré-fabricação da estrutura, aliada à nova gestão de projetos e obras,
objetiva melhorar a eficiência das intervenções no que se refere a prazos
e qualidade construtiva.
No tocante ao prazo, a finalidade é buscar agilidade para a viabilização
das obras no tempo previsto, minimizando o período, demasiado longo,
imposto pela legislação para a legislação de projetos.
Do ponto de vista da qualidade construtiva, adotou-se a pré-fabricação da
estrutura do edifício, feita através de um pré-dimensionamento das peças
estruturais e especificações técnicas que garantissem a produção racio-
nalizada e industrializada das mesmas, porém sem impedir as diferentes
soluções arquitetônicas necessárias às características de cada terreno.
(FERREIRA; MELLO, 2006, p. 24)
Podemos pensar então que a pré-fabricação das escolas foi idealizada para a
diminuição de custo e tempo de projeto e obra, com a finalidade de suprir uma
demanda de alunos e manter/melhorar a qualidade arquitetônica de modo a não
perder as especificidades existentes ao se projetar uma escola, como, por exemplo,
o sítio onde será edificado o projeto.
Com esse pensamento, podemos entender que a FDE prima por qualidade e
pelo menor custo de obra para a realização de suas escolas.
8
Dentro dessa divisão idealizada pela FDE, há a elaboração de diversos espaços
e usos que conterão um edifício educacional. Ferreira e Mello (2006, p 30) apre-
sentam itens que possibilitam o entendimento de qual seriam esses espaços e usos
propostos, conforme podemos ver descrito a seguir:
• Administração: diretoria, secretaria, almoxarifado, coordenação pedagógica,
professores e sanitários administrativos;
• Pedagógico: sala de aula, sala de reforço, sala de uso múltiplo, centro de leitu-
ra, sala de informática e depósito;
• Vivência: cozinha, despensa, refeitório, cantina, sanitários de alunos, grêmio,
depósito de educação física, quadra coberta e recreio coberto;
• Serviços: depósito de material de limpeza e sanitário de funcionários.
9
9
UNIDADE Estratégias de Projeto – Parte I
Acesso ao Público
DIREÇÃO/ADMINISTRAÇÃO
Sanit. de Alunos
Quadra de Esportes
Sanit. Funcionários Grêmio Recreio Coberto
Dep. Mat. Limpeza Dep. Mat. Ed. Física
SERVIÇOS
Cozinha Refeitório
Despensa Cantina
VIVÊNCIA
Carga/Descarga
A Figura 2, por sua vez, retrata o funcionamento das escolas promovidas pela
FDE para o Ensino Fundamental, segundo ciclo e Ensino Médio. Esse fluxograma
nos mostra, portanto, os diversos setores existentes para essas escolas e quais são
as relações entre eles. Sendo assim, podemos entender as diversas possibilidades
de acesso à escola definidas na Figura 2 pelo termo “acesso ao público”. Esses
acessos estão ligados ao setor da direção/administração, sendo esse setor de aces-
so mais restrito e o do setor que faz a comunicação. Há também um outro acesso
através do setor de vivência, mais precisamente junto à quadra, o que significa que
o caráter desse acesso é mais público, ou seja, controla o fluxo de entrada e saída
prioritariamente dos alunos na escola.
10
» Cozinha;
» Dispensa da cozinha;
» Refeitório;
» Cantina.
11
11
UNIDADE Estratégias de Projeto – Parte I
12
Figura 5 – Escola estadual Jardim Angélica III – elevação sudoeste, Escritório ARQ LAB
Fonte: Divulgação/ARQ LAB
Figura 6 – Escola estadual Jardim Angélica III – elevação sudoeste, Escritório ARQ LAB
Fonte: Divulgação/ARQ LAB
Figura 7 – Escola estadual Jardim Angélica III – Planta térreo, Escritório ARQ LAB
Fonte: Divulgação/ARQ LAB
13
13
UNIDADE Estratégias de Projeto – Parte I
Figura 8 – Escola estadual Jardim Angélica III – Corte Transversal, Escritório ARQ LAB
Fonte: Divulgação/ARQ LAB
14
Figura 11 – Escola estadual Jardim Angélica III – Planta 2º subsolo, Escritório ARQ LAB
Fonte: Divulgação/ARQ LAB
A quadra que antes era idealizada na cobertura do edifício, ficaria agora no tér-
reo e ao centro do projeto, gerando um grande espaço de convivência e um grande
vazio central. Com a localização da quadra no térreo e no centro do edifício, con-
seguimos visualizar uma grande área de convivência integrada com a área voltada
para o recreio.
15
15
UNIDADE Estratégias de Projeto – Parte I
relacionado a esses anos. Os demais anos têm as salas de aulas localizadas em lu-
gares onde recebem um maior isolamento acústico.
O trecho citado acima tenta resumir como é a espacialização de uma escola com
a organização horizontal com a quadra ao centro. Assim, as figuras a seguir exem-
plificam melhor o que foi citado acima por meio do projeto da Escola de Ensino
Fundamental FDE Campinas F1, do Escritório MMBB. As figuras 14, 15, 16 e 17
retratam a configuração da escola organizada pela quadra poliesportiva ao centro
do edifício, articulando assim a entrada dos alunos e a relação entre o pátio desco-
berto com o coberto, tendo ligação com a quadra coberta.
16
Figura 14 – Escola de Ensino Fundamental em Campinas F 1 – pavimento Térreo, Escritório MMBB
Fonte: Divulgação/MMBB
17
17
UNIDADE Estratégias de Projeto – Parte I
18
Figura 20 – Escola de Ensino Fundamental em Campinas F1 – Planta 2º pavimento, Escritório MMBB
Fonte: Divulgação/MMBB
19
19
UNIDADE Estratégias de Projeto – Parte I
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Lições de arquitetura
HERTZBERGER, H. Lições de arquitetura. 2. ed. São Paulo: Martins fontes, 1999.
O que é arquitetura
LEMOS, C. A. C. O que é arquitetura. 7.ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. Coleção
Primeiros Passos; 16)
Le Corbusier: uma análise da forma
BAKER, G. Le Corbusier: uma análise da forma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Maquetes de papel
ROCHA, P. M. Maquetes de papel. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
20
Referências
FERREIRA, A. F.; MELLO, M. G. Arquitetura Escolar paulista: estruturas pré-
-fabricadas. São Paulo: FDE Diretoria de Obras e Serviços, 2006.
Sites visitados
ARQ LAB. Escola Estadual Jardim Angélica III, Disponível em: <http://arqlab.
com.br/index.php?/projeto/ee-jardim-angelica-iii/> Acesso em: 17 mar. 2019.
21
21