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De modo não ser forçoso concluir que o direito penal não tem sido
utilizado como ultima ratio, e tampouco tem se furtado de analisar condutas
insignificantes.
Guilherme Nucci explica que atualmente nem toda situação pode ser
considerada como furto por necessidade extrema, reservando tal hipótese
apenas para casos excepcionais. Por exemplo, ele menciona o caso da mãe
que, tendo um filho pequeno doente, subtrai um litro de leite ou um
medicamento por não ter condições financeiras de adquirir o bem essencial
para aquele momento.
Dessa forma, o Delegado de Polícia age dentro dos limites legais de sua
função e busca evitar prisões injustas e arbitrárias, além de conter a irracionalidade
punitiva. É importante destacar novamente a necessidade de critérios objetivos e
seguros para a aplicação do princípio da insignificância, a fim de auxiliar o trabalho
do Delegado de Polícia.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus 642811 Relator: Ministro Joel
Ilan Paciornik. Publicado em 08 de fevereiro de 2021.