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CENTRO PAULA SOUZA

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE MAIRINQUE

2B. I-Mtec PI Logística – 235- 20231

FERNANDO RODRIGO FONTANELLI

FLÁVIA CRISTINA SOARES MARQUEZ

HELOYSE ALMEIDA DA CRUZ

GABRIELA DE SOUZA LOPES SILVA

NATHÁLIA SMOLKA GONÇALVES ALVES

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS TEMPORAIS

Mairinque - SP

2023
FERNANDO RODRIGO FONTANELLI

FLÁVIA CRISTINA SOARES MARQUEZ

HELOYSE ALMEIDA DA CRUZ

GABRIELA DE SOUZA LOPES SILVA

NATHÁLIA SMOLKA GONÇALVES ALVES

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS TEMPORAIS

Atividade interdisciplinar acadêmica do componente


de Língua Portuguesa, Literatura e Comunicação
Profissional apresentado ao curso de Logística da
Escola Técnica Estadual de Mairinque, como parte
dos requisitos à obtenção de conhecimentos
gramaticais que possibilitarão melhor
desenvolvimento dos discentes em sala de aula.

Orientador: Rogério Nascimento

Mairinque - SP

2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................5

1.1. PERGUNTA...........................................................................................................5

1.2. OBJETIVO.............................................................................................................5

1.3. JUSTIFICATIVA....................................................................................................5

1.4. LÍNGUA PORTUGUESA NAS ESCOLAS.............................................................6

2. DESENVOLVIMENTO............................................................................................8

2.1. DEFINIÇÃO: ABORDAGEM GERAL SOBRE ORAÇÕES SUBORDINADAS


ADVERBIAIS................................................................................................................8

2.2. FUNÇÃO GRAMATICAL.......................................................................................9

2.3. COJUNÇÕES E MARCADORES TEMPORAIS....................................................9

2.3.1. USO DE MARCADORES MAIS UTILIZADOS...........................................10

2.3.1.1. CONECTORES TEMPORAIS "ANTES QUE" E "ANTES DE".................11

2.3.1.2. CONECTORES TEMPORAIS "DEPOIS DE" E "DEPOIS QUE".............11

2.3.1.3. CONECTOR TEMPORAL "ENQUANTO"................................................11

2.3.1.4. CONECTOR TEMPORAL "À MEDIDA QUE"..........................................12

2.3.1.5. ORAÇÕES SUBORDINADAS FINITAS E NÃO FINITAS........................13

2.4.PONTO DE VISTA TEMPORAL...........................................................................13

2.5. ANÁLISE SINTÁTICA..........................................................................................15

2.6. EXERCÍCIOS EXPLICATIVOS...........................................................................17

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................19

3.1. RELAÇÃO ENTRE TEMPO E ASPETO/ASPECTO NAS ORAÇÕES


SUBORDINADAS ADVERBIAIS TEMPORAIS..........................................................19

3.2. RESULTADOS ALCANÇADOS..........................................................................21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................22
LISTA DE FIGURAS

Imagem 01 - Analfabetismo no Brasil..........................................................................6

Imagem 02 - Tira gramatical sinalizando uma oração adverbial temporal...................8

Imagem 03 - Tira com o uso do sinalizador temporal: à medida que.........................12

Imagem 04 - Tira com relação entre tempo e aspeto.................................................20


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1. INTRODUÇÃO

1.1. PERGUNTA

Qual a principal relação existente entre as expressões conjuncionais de


tempo e os tempos verbais presentes na língua portuguesa na estruturação de
orações?

1.2. OBJETIVO

Objetivo Geral:

Desenvolver uma análise sobre as orações subordinadas adverbiais


temporais com os alunos do 2B de Logística, expressando a função de determinar
ações que aconteceram no passado, no presente, que ocorrerão no futuro ou que
acontecem com frequência.

Objetivo Específico:

- Obter informações sólidas a respeito do tema;

- Realizar um roteiro de análise;

- Identificar os marcadores temporais mais utilizados no cotidiano;

- Compreender as relações deste assunto com a gramática cotidiana;

- Desenvolver meios que facilitem a compreensão durante a apresentação.

1.3. JUSTIFICATIVA

De acordo com dados considerados pela revista digital Viva a Vida - R7, no
ano de 2022 estimadamente 80% dos alunos não apresentavam dominância no
Português para assumirem vagas de estagiários ao saírem do ensino médio
(LAGES, 2022). A partir desta informação, ao observarmos determinada carência de
conhecimento por parte dos discentes brasileiros em assuntos que relacionam-se à
norma culta da Língua Portuguesa, torna-se necessária a obtenção de metodologias
6

que permitam melhor desenvoltura em sala de aula e que possam disponibilizar um


papel fundamental de compreensão para comunicação cotidiana e profissional.

1.4. LÍNGUA PORTUGUESA NAS ESCOLAS

Apesar do português ser a língua oficial no Brasil, a dificuldade em colocá-la


em prática devidamente é alta, precipuamente, entre os jovens, sendo importante
ressalvar que as gírias, abreviações e outros termos informais não são considerados
errôneos dentro do contexto linguístico, pois a língua é viva, assim a variabilidade
desta pode ser apresentada em diversas expressões, possuindo alterações de
acordo com o cenário em que esta é inserida, distintas circunstâncias e a partir do
tempo. Introduzindo a esta pauta, é possível identificar um dos principais problemas:
a educação brasileira e desvalorização de patrimônios nacionais. Em quesitos de
ensino, o país tem enfrentado diversas dificuldades e ocupa a 53° posição no
ranking entre 65 países ao todo, dados estes que indicam precariedade nos níveis
básicos de aprendizagem entre jovens e adultos recém-formados (BRUINI, s.d.).

Segundo as informações consideradas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística) recentemente, 731 mil crianças ainda se encontram fora da
escola e não estão matriculadas, mesmo com o incentivo de alguns programas
sociais. Já as que possuem a oportunidade de frequentarem instituições de ensino,
enfrentam complicações com locomoção e precisam enfrentar obstáculos que na
maioria das ocasiões direcionam a uma desistência precoce, afinal, como estudar
sem alimentar-se devidamente, precisando andar quilômetros até a escola sozinho
ou em condições totalmente ausentes de segurança em meio à chuva e sol e ainda
chegando em casa, é necessário ajudar a mãe analfabeta que cria seus irmãos? o
trecho declarado pelo autor Josué de Castro em seu livro, "Geografia da Fome (o
dilema brasileiro: pão ou aço)", é claro quanto a isso e discute a interferência direta
da falta de recursos na evolução econômica e social de um país:

"Numas regiões, os erros e defeitos são mais graves e vive-se


num estado de fome crônica; noutras, são mais discretos e
tem-se a subnutrição. Procurando investigar as causas
fundamentais dessa alimentação em regra tão defeituosa e que
tem pesado tão duramente na evolução econômico-social do
7

povo, chega-se à conclusão de que elas são mais produto de


fatores socioculturais do que de fatores de natureza
geográfica." (CASTRO, 1984, p. 58).

É substancial considerar por meio desta abordagem, que os professores


possuem papel avultoso no combate a estes empecilhos que impedem que a
educação progrida continuamente e que fazem com que diversos jovens não
possuam conhecimentos simplórios da gramática portuguesa, tornando-se essencial
que esta seja sempre efetivada e praticada com o máximo de excelência possível no
ambiente escolar. Dessarte, com a compreensão deste assunto, há a possibilidade
de entendermos a importância das orações subordinadas adverbiais, pelo fato de
que estas são imprescindíveis na formulação de frases, logo, influenciam em
colocações adequadas, e seu aprendizado diminui o índice de impropriedade de fala
no Brasil.

Imagem 01 - Analfabetismo no Brasil

Fonte: Toda Matéria - IBGE PNAD.


8

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. DEFINIÇÃO: ABORDAGEM GERAL SOBRE ORAÇÕES


SUBORDINADAS ADVERBIAIS

A gramática é considerada um conjunto baseado em regras que de modo


geral constroem a língua local (LIMA, 2023). Através desta concepção, as pessoas
são naturalmente impulsionadas pela comunicação que estabelecem entre si quanto
seres sociáveis, a escolherem modos estruturais e gramaticais de comunicação,
como é o caso das orações subordinadas adverbiais, que são termos sintáticos e
semânticos articulados durante interações contínuas, sejam elas escritas ou não,
podendo estar situadas em entrevistas, livros, conversas e em outras formas de
argumentação.

À vista disso, é provável conceituar as diferentes classificações existentes,


entre elas encontram-se as orações subordinadas adverbiais temporais que são o
assunto primordial a ser trabalhado neste artigo, estas revelam circunstância de
tempo ao acontecimento da oração principal. Dessa forma, elas podem ser definidas
por conjunções ou locuções conjuncionais que exprimem características
temporárias, e podem encontrar-se em tempos verbais distintos, possuindo
variações quanto à contextualização que estão inseridas, ou seja, podem ser
utilizadas a partir de acontecimentos diversos identificados em uma determinada
sentença.

Imagem 02 - Tira gramatical sinalizando uma oração adverbial temporal

Fonte: Veredas da Língua.


9

2.2. FUNÇÃO GRAMATICAL

A sua precípua funcionalidade está vinculada em fornecer informações sobre


o momento em que uma ação ou evento ocorre, como redigido anteriormente, sendo
importante que sejam considerados alguns pontos que constituem este tipo de
oração:

1. Relação temporal - apresentam a capacidade de responderem perguntas


simplórias que estão correlacionadas à ação principal que foi indicada e ao momento
em que esta aconteceu, por exemplo: “quando?”, “enquanto?”, “antes de?”, “após?”,
entre outras indagações que podem ser aplicadas.

2. Conectores temporais - normalmente, as orações subordinadas adverbiais


temporais são introduzidas por conectores temporais, estes irão indicar o tipo de
relação temporal que está sendo estabelecida.

3. Modificação temporal - a oração subordinada adverbial temporal modifica o


verbo da oração essencial, indicando o instante específico que uma atitude é
executada, fator este que ajuda a esclarecer o contexto temporal da narrativa.

EXEMPLOS E APLICAÇÃO:

- Quando cheguei à festa, todos já estavam dançando.

Modifica o verbo

Nesta situação, “Quando cheguei à festa” é a oração subordinada adverbial


temporal, que está modificando o verbo “estavam dançando” na oração principal.

- Ela estudava enquanto chovia.

Aponta que no momento, estava chovendo

No caso apresentado acima, “enquanto chovia” é a oração subordinada


adverbial temporal, indicando o período de tempo durante o qual “ela estudava”.

2.3. COJUNÇÕES E MARCADORES TEMPORAIS

É perceptível, que o fator determinante que diferencia esta classificação dos


demais tipos, é que a própria caracteriza-se por ter suas orações geralmente
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introduzidas por conjunções ou locuções conjuncionais que designam espaços de


tempo, como nos exemplos elaborados no artigo em questão. Para contextualizar, é
avultoso ponderar que a diferença entre conjunção e locução conjuntiva encontra-se
na formação, assim sendo, uma palavra simples é uma conjunção e o conjunto de
duas ou três palavras é uma locução.

As conjunções e locuções temporais que destacam-se e são notórias


frequentemente em textos e falas diárias, são: quando; antes que; depois que; até
que; logo que; sempre que; assim que; à medida que; desde que; todas as vezes
que; cada vez que; apenas; mal; que (desde que); então; após de; em seguida;
seguidamente; dias mais tarde; agora; já; antes; e até que. Portanto, são estes
conectores temporais que instituem a circunstância de tempo na oração, em que
cada um tem características destinadas para frases devidas. Este traço específico é
reforçado em:

“Cada um destes grupos caracteriza-se por manifestar


diferentes propriedades, que passam, por exemplo, por
restrições da natureza de seu aspecto ou temporal, por
incompatibilidades com determinadas classes de predicados
quer na oração subordinada, quer na oração matriz, por
manifestarem diferentes possibilidades de concordância de
tempos com a matriz” (LOBO, 2003, p.68).

EXEMPLOS DE USO DAS CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES CONJUNCIONAIS:

Quando - Chegarei em casa quando o sol se pôr.

Enquanto - Não saio de casa enquanto estiver com o braço machucado.

Logo que - Logo que a novela acabar, eu vou sair.

Assim que - Desaprovou a atitude de seu irmão, assim que ele bateu em seu colega
de classe.

2.3.1. USO DE MARCADORES MAIS UTILIZADOS


11

2.3.1.1. CONECTORES TEMPORAIS "ANTES QUE" E "ANTES DE"

Os conectores "antes de" ou "antes que", propagam a ideia de um fator que já


ocorreu, indicando o evento da oração essencial no período temporal que antecedeu
o instante em que a atividade evidenciada pela oração subordinada foi concluída.
Este ponto de vista é notório ainda que a oração expresse simultaneidade,
anterioridade ou posterioridade, dessa forma, a diferença entre ambos, é que o
conector "antes que" possui um caráter intencional de prevenir um acontecimento
futuro, já o marcador "antes de" exibe uma ordenação temporal de situações
(ALMEIDA, 2013). Abaixo segue o exemplo com cada um dos termos:

Antes de - Antes de caminhar, Maria colocou o tênis. Ordem de tempo

Antes que - Antes que caminhasse Maria colocou o tênis. Prevenção

Embora a distinção entre as sentenças seja sutil, podemos averiguar que o


segundo exemplo transmite a ideia de algo que será realizado para precaver um
fator que pode acontecer.

2.3.1.2. CONECTORES TEMPORAIS "DEPOIS DE" E "DEPOIS QUE"

Os conectores "depois de" ou "depois que" exprimem um intervalo de tempo


em que o episódio destacado na oração principal é ocasionado posteriormente ao
instante no qual decorre a oração subordinada (ALMEIDA, 2013). As proposições
iniciadas pelo conector "depois que" são pouco aplicadas na Língua Portuguesa
casual, por essa razão, é corrente a substituição por "depois de". Seguem
exemplificações:

Depois que - Joana pegou seu livro depois que eu cheguei. Menos usado

Depois de - A Joana levou a roupa à avó depois de ir para o shopping. Comum

2.3.1.3. CONECTOR TEMPORAL "ENQUANTO"

As orações demarcadas pela presença do conector "enquanto" podem ter a


sua formação verbal no conjuntivo ou no indicativo. Não obstante, o conjuntivo na
subordinada (futuro do conjuntivo ou imperfeito do conjuntivo) está interligado a
12

contextos em que o acontecimento referente à oração essencial está instituído no


futuro. Como exemplos, podemos citar:

Enquanto - O Augustinho recebe os convidados da festa enquanto eu me preparo


para o meu aniversário.

Enquanto - Tu não sairás de casa enquanto teu pai estiver distraído.

Enquanto - Talvez eu aposte com o Junior enquanto os jogos não começam.


Conjuntivo

2.3.1.4. CONECTOR TEMPORAL "À MEDIDA QUE"

As sentenças constituídas pelo conector "à medida que" correlacionam o


tempo determinado através das duas orações em pauta. A ação da principal
prossegue consentindo com a subordinada, o caso abaixo complementa esta
explicação:

À medida que - À medida que a Clara se vai, o João chora.

A interpretação da frase não abrange complexidades, pois quanto mais Clara


se distancia de João, mais este chora, dessarte, a correlação presente depende do
fator desencadeado pela oração subordinada. Já que distintamente da expressão
"enquanto", este conector possui algumas restritividades ao predicados pontuais
(que declaram ações momentâneas) e aos predicados estativos (que podem
apresentar um sintagma adverbial como núcleo da proposição), estimulando uma
percepção dividida em etapas e processos, algo que ocorre por meio de uma
suposta evolução contínua (ALMEIDA, 2013).

Imagem 03 - Tira com o uso do sinalizador temporal: à medida que

Fonte: Blog da L&PM Editores.


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2.3.1.5. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS TEMPORAIS


FINITAS E NÃO FINITAS

Em finalização a este tópico, é necessário deixar clara a influência imponente


dos marcadores, precipuamente, quanto à indicação temporal/ verbal. Com este
precedente, as orações subordinadas adverbiais temporais podem ser finitas ou não
finitas, e é de extrema substancialidade que estas sejam caracterizadas
adequadamente em tempo e aspeto.

São adverbiais finitas (Indicativo e Conjuntivo): Quando; mal; enquanto; assim


que; e logo que.

Exemplo: Enquanto estás aqui, fica tudo bem.

São adverbiais não finitas (Particípio passado, gerúndio e infinitivo): Antes de;
depois de; em; até; e uma vez que.

Exemplo: Antes de dormir, escovo meus dentes.

2.4. PONTO DE VISTA TEMPORAL

Ao longo da evolução gramatical, foram consideradas novas catalogações


para definir de maneira eficaz o sentido e a função que as proposições exprimem,
indicando relação com a temporalidade verbal, que será discutida no decorrer desta
composição textual com melhor ênfase e desempenho (FERNANDES, 2014). Logo,
é relevante que sejam compreendidas cada uma das exibições que compõem estas
orações, permitindo que seja realizada devidamente a análise sintática, para apontar
a colocação conveniente aos vocábulos. A seguir são pautadas estas
funcionalidades:

- Sucessividade - manifesta a ideia de um fator que acontece sem interrupção e


dentro da oração consta progressão, explicando um episódio que vem antes ou
depois de outro ato expresso.

Exemplos:

Logo que, os irmãos se encontraram, abraçam-se. ---- Indica um momento seguido


de outro (rapidamente).
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À medida que fui estudando, fui aprendendo melhor. ---- Expressa um fator que
ocorreu de modo progressivo, com etapas contínuas.

- Repetição - determina quando um evento é realizado inúmeras vezes dentro de


um certo intervalo de tempo, ou inclusive, sem pausas.

Exemplificações:

Acordo todos os dias às sete e meia da manhã. --- Aponta que o sujeito oculto (eu),
sempre acorda no mesmo horário, repetindo a mesma atitude todas as manhãs.

Sempre que o vejo, converso com ele sobre o passado. --- Todas as vezes que um
encontro em específico ocorre, o passado é evidenciado.

- Posterioridade - seu sentido é explícito quando algo ocorre apenas após outro
feito ter acontecido.

Aplicação:

Maria saiu de casa, logo após que João chegou em casa. --- Indica o momento que
Maria saiu em relação ao momento que João chegou.

Depois que nos conhecemos pela primeira vez, jamais nos separamos. ---
Manifesta que posteriormente a um primeiro encontro, um vínculo forte foi criado
entre duas pessoas.

- Anterioridade - ao o contrário da posterioridade, transmite a ideia de algo que


aconteceu antes de outro episódio, podendo apresentar uma classificação reflexiva.

Frases que determinam esta função:

Eu sempre esqueço de pegar minha bolsa antes de sair de casa. --- Aponta tanto
uma repetição, como uma ação que sucede antes que o sujeito saia de sua
residência.

Antes que se case, olha o que faz. --- transparece uma reflexão sobre um momento
que pode vir a ocorrer, e que há a possibilidade de causar arrependimentos futuros.

- Simultaneidade - é a função que direciona a ocorrência de duas ou mais ações


simultaneamente, ou seja, juntas, começando e terminando ao mesmo tempo.

Exemplos:
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Estava chovendo durante a prova que eu estava fazendo. --- Uma ação temporal
climática ocorre em simultaneidade com a realização de uma avaliação.

Eu fiz o café enquanto minha mãe preparava o leite. --- No mesmo instante que a
mãe preparava o leite, o sujeito fazia o café.

Mal cheguei, tive de ir logo trabalhar. - Simula a ideia de que o sujeito chegou e saiu,
em um período temporal praticamente igual.

2.5. ANÁLISE SINTÁTICA

Em seguimento, com a compreensão de todos os conceitos anteriores, é


possível realizar a análise sintática, esta é a capacidade de determinar a função de
cada um dos vocábulos presentes em uma oração, esta pode ser dividida em termos
essenciais (sujeito e predicado), termos acessórios (adjunto adnominal, aposto,
vocativo e adjunto adverbial) e termos integrantes (complemento verbal,
complemento nominal e agente da passiva). A sua aplicabilidade, envolve identificar
devidamente o papel das palavras ao contexto gramatical estabelecido. Abaixo,
seguem alguns exemplos de análise sintática com orações subordinadas temporais:

Maria comprou um anel de brilhantes assim que recebeu seu salário.

Complemento verbal Locução conjuncional temporal


Sujeito simples

Quando chegar a primavera, o jardim ficará lindo. Predicativo do sujeito

Sujeito simples
Conjunção

ROTEIRO DE ANÁLISE:

O roteiro de análise deste tipo de oração em específico, segue requisitos


simples que podem auxiliar na identificação, sendo objetivo, em razão da análise
sintática da oração subordinada adverbial temporal, que não caracteriza-se por ser
complexa, este visa identificar a função que a oração expressa de maneira mais
clara e sucinta, segue abaixo:
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1 - Identificar a oração principal;

2 - Fazer a pergunta: quando? para oração principal;

3 - Sinalizar a conjunção ou locução conjuncional;

4 - Analisar a função que a oração exprime:

- Sucessividade;

- Repetição;

- Anterioridade;

- Posterioridade;

- Simultaneidade.

5 - Dica bônus: como saber se trata-se de uma oração subordinada adverbial? - Se


houver na frase um advérbio.

APLICAÇÃO:
Fazer a pergunta: Quando ficamos felizes?

Ficamos felizes, sempre que mamãe compra sorvete.

Oração principal Conjunção: sempre

A oração neste exemplo, exprime a função de repetição, sendo algo que


acontece com frequência, e quando ocorre, o sujeito expressa felicidade.

Fazer a pergunta: Quando assistimos televisão?

Enquanto muitos brincam, nós assistimos televisão.

Conjunção: enquanto Oração principal

A oração na segunda exemplificação, expressa o papel de simultaneidade,


pois em um mesmo intervalo de tempo, dois acontecimentos distintos ocorrem.
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2.6. EXERCÍCIOS EXPLICATIVOS

01) Indique qual das alternativas contém uma oração subordinada adverbial
temporal.

a) Mal chegamos ao cinema, o filme começou.

b) É provável que a gente se atrase.

c) As pessoas que chegam atrasadas atrapalham os outros.

d) Já que estamos atrasados, assistiremos a próxima sessão.

e) Corremos tanto, que chegamos antes de começar o filme.

RESPOSTA: (A) A oração "Mal chegamos ao cinema." indica uma situação de


tempo. A conjunção "mal" é a utilizada para transmitir a ideia de que algo ocorre logo
após.

02) Indique com verdadeiro (V) ou falso (F) as orações subordinadas adverbiais
temporais.

( V ) Antes que essa coluna fosse publicada, tomei a decisão.

( F ) As mulheres sempre são mais maldosas que os homens.

( F ) Faremos esforço, para que não haja conflitos.

( V ) Mal se sentou na cadeira presidencial, passou a ver conspirações em tudo.

( F ) A comida era tão boa que todos silenciaram em volta da mesa.

RESPOSTA: V, F, F, V, F

• Oração subordinada adverbial temporal. A “tomada de decisão” se deu antes da


publicação da coluna.

• Oração subordinada adverbial comparativa. Entre essas duas orações, há a


intenção de se comparar a maldade das mulheres com a dos homens, em um grau
de superioridade.
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• Oração subordinada adverbial final. O “esforço” vai ser feito com a finalidade de
“não haver conflitos.

• Oração subordinada adverbial temporal. A oração destacada mostra o momento


em que “passou a ver conspirações”: quando se sentou na cadeira presidencial.

• Oração subordinada adverbial consecutiva. O “silêncio” é a consequência de “a


comida estar saborosa”, ou seja, foi por causa disso que todos silenciaram.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

3.1. RELAÇÃO ENTRE TEMPO E ASPETO/ASPECTO NAS ORAÇÕES


SUBORDINADAS ADVERBIAIS TEMPORAIS

A categoria temporal desempenha um papel fundamental na linguagem, pois


sua principal função é situar eventos e situações descritas nas frases em relação ao
tempo, introduzindo este assunto, respondemos a pergunta desenvolvida
inicialmente, pois torna-se mais clara a relação existente entre esta classificação de
oração e o aspecto temporal. À vista disso, embora os tempos verbais sejam os
principais marcadores temporais, não são os únicos, advérbios de tempo e
construções temporais também contribuem para essa localização temporal.

Os tempos gramaticais geralmente se dividem em três categorias: passado,


presente e futuro. Cada um deles cria uma relação específica entre a ação ou
evento e o tempo em que ocorre. O passado se refere a eventos que aconteceram
antes do momento atual, o presente indica eventos que ocorrem no momento da
fala, enquanto o futuro aponta para eventos que ocorrerão após o momento da fala.
Estas distinções de tempo permitem que a linguagem transmita nuances temporais
cruciais para a compreensão do discurso.

Para interpretar adequadamente as expressões referentes ao tempo em um


texto ou diálogo, é essencial levar em consideração o contexto temporal. Isso
significa que o entendimento preciso do tempo em que uma ação ocorre ou ocorreu
depende das informações fornecidas no contexto circundante. O estudioso
Reichenbach (1947) desenvolveu uma teoria que enfatiza a relação dos tempos
verbais com o momento da fala, segundo sua análise, os tempos verbais
estabelecem três relações possíveis em concordância ao momento da enunciação,
que foram detalhadas no decurso deste escrito, são elas: anterioridade (indicando
eventos que ocorreram antes da fala), simultaneidade (indicando eventos que
ocorrem ao mesmo tempo da fala) e posterioridade (indicando eventos que
ocorrerão após a fala). Desse modo, estas relações temporais são essenciais para a
clareza e a precisão na comunicação linguística.

Em segunda averiguação, a conceituação de "aspeto" na linguagem,


desempenha um papel fundamental ao fornecer informações sobre como
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percebemos a estrutura temporal interna de uma situação descrita em uma


determinada frase, particularmente através da predicação verbal. De acordo com
Silva (2007), o aspeto é definido como uma categoria verbal que nos ajuda a
entender a perspectiva temporal interna de uma situação, oferecendo informações
semânticas específicas que não são tratadas por outras categorias verbais, como o
tempo (que situa a situação em um eixo cronológico) e o modo (que informa sobre a
atitude do falante em relação ao grau de certeza, por exemplo).

No campo semântico, diferentes informações surgem ao observar uma ação a


partir de uma perspectiva interna, incluindo a duração da situação, sua repetição e
as várias fases da ação. Essas informações delimitam a situação em termos
temporais e caracterizam o tipo de aspeto que é expresso verbalmente. Apesar da
correlação entre tempo e aspeto ser semelhante e, por vezes, difícil de distinguir, o
tempo implica uma ordenação linear de unidades temporais, enquanto o aspeto
permite examinar a estrutura interna das situações a partir de seu âmago. No
entanto, é importante notar que essas duas categorias compartilham pontos de
conexão, como o conceito de intervalo, que pode ser aplicado a ambas.

Por conseguinte, a maior parcela do nosso vocábulo diário é constituída


através desta interação, podendo agregar ao cenário a que é inserido em um
período preciso de espaço e tempo, ou seja, durante uma conversação, as relações
presentes entre o tempo e aspeto que constituem uma oração subordinada adverbial
temporal, poderão facilitar o entendimento, já que irá definir com precisão o
momento em que os acontecimentos relatados durante a fala ocorreram, ou ainda,
se estes irão ocorrer. A tira a seguir deixa explícita esta análise:

Imagem 04 - Tira com relação entre tempo e aspeto

Fonte: Futuro Vip.


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O sinalizador "quando" inserido ao contexto do diálogo, transmite o sentido de


um fator que pode vir a acontecer no futuro (tempo verbal), indicando posterioridade
e repetição (funções atreladas às orações subordinadas adverbiais temporais), já
que após o personagem casar-se, este deverá aderir aos devidos cuidados e estar
ininterruptamente contra os inimigos que podem surgir.

4.2. RESULTADOS ALCANÇADOS

Por intermédio da execução desta pesquisa, variados saberes foram


adquiridos por todos os integrantes do grupo, o desenvolvimento de uma pesquirição
coletiva leva o assunto a um âmbito mais abrangente, quando trata-se de
conhecimentos pouco discutidos e bastante difusos entre os estudantes, como é o
caso da compreensão coerente das colocações gramaticais. Além disso,
conseguimos expandir nossa visão no que diz respeito à aplicação da gramática
conceitual ao cotidiano, afinal, é relevante sabermos formular sentenças
corretamente, contribuindo inclusive para uma boa colocação no mercado de
trabalho.

Por fim, foi interessante compreendermos o papel dos jovens na sociedade


atual e como os estudos podem influenciar no crescimento socioeconômico de um
território, já que este está interligado a melhores condições de vida, e como isto será
possível se a educação é uma problemática considerável no Brasil e em outros
países subdesenvolvidos? com esta percepção, é concluído, que nenhum saber é
vão, uma vez que todos eles podem contribuir para formação de novas profissões e
de um novo futuro na vida de um indivíduo.
22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Maria Joana Soares. “Orações subordinadas adverbiais temporais:


desenvolvimento linguístico e construção de texto narrativo”. Nova Lisboa,
2013. Disponível em:
<https://run.unl.pt/bitstream/10362/11287/1/Ora%C3%A7%C3%B5es%20Adverbiais
%20Temporais%20-
%20%20Desenvolvimento%20Lingu%C3%ADstico%20e%20constru%C3%A7%C3
%A3o%20de%20texto%20narrativo.pdf>. Acesso em: 25 de outubro de 2023.

BRUINI, Eliane da Costa. “Educação no Brasil”. Brasil Escola. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-no-brasil.htm>. Acesso em: 22
de outubro de 2023.

CASTRO, Josué. “Geografia da Fome: o dilema brasileiro: pão ou aço”. Edição


Antares. Rio de Janeiro, Brasil 1984. Disponível em:
<https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/473/o/CASTRO__Josu%C3%A9_de_-
_Geografia_da_Fome.pdf>. Acesso em: 25 de outubro de 2023.

DIANA, Daniela. "Conjunções Subordinativas". Toda Matéria. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/conjuncoes-subordinativas/>. Acesso em: 25 de
outubro de 2023.

FERNANDES, Antônio. “Oração subordinada adverbial temporal”. Slides Share,


2014. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/anjoferdes/orao-subordinada-
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