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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO

II JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE NITERÓI – RJ.

Processo: 0814897-23.2022.8.19.0002

JOCIARA PEREIRA DA SILVA, já devidamente qualificado nos autos da ação


em epígrafe, que move em face BANCO PAN S.A E OUTRO, vem por meio de seus
advogados constituídos, a presença de V. Exa. Apresentar RÉPLICA AS CONTESTA-
ÇÕES, com fulcro no Art. 350 do CPC.

I. DAS CONSIDERAÇÕES FEITAS NAS DEFESAS.

Em síntese, colhemos que a essência das defesas reservam os seguintes argumen-


tos:

Rua São João, 205, Centro, Niterói – RJ. | whatsapp (21) 99586-5894
Preliminares em contestação:

(I) A primeira Ré (BANCO PAN) apresenta preliminar de inépcia por estar ale-
gando não ter juntado a autora o extrato do INSS ou dados do contrato, fato que dificulta
a localização por parte da Ré, de forma completamente genérica sem se atentar aos do-
cumentos juntados a exordial inicial, conforme extratos de índices 27849850, bem como
sumário do empréstimo de índice 27849840, o que já inicia sua defesa tentando confundir
o eminente julgador com fatos genéricos.

(II) A segunda Ré (C E DE PONTES LIMA EIRELI) apresenta preliminar de


ilegitimidade passiva por ser correspondente, porém se quer se atenta para o documento
de índice 27849840 onde consta como “originador” do suposto contrato fraudulento.

Passamos ao debate de mérito.

Ao mérito:

(I) No mérito a primeira Ré (BANCO PAN) alega validade do contrato, e suposta


transferência do valor do empréstimo para uma conta de suposta titularidade da autora
que a mesma desconhece por completo, de um contrato de empréstimo originado em Li-
moeiro, PE. Local onde a autora nunca compareceu.

(II) No mérito a segunda Ré (C E DE PONTES LIMA EIRELI) afirma ausência


de responsabilidade, pois que a requerida atua somente como correspondente bancária,
não emite cartões de crédito ou fornece financiamentos, apenas estuda as melhores for-
mas de empréstimos e encaminha propostas as instituições bancárias, realizando opera-
ções com base nos dados e pedidos da referida instituição. Tendo sido a originadora do
empréstimo fraudulento em nome da autora, o que por si só demonstra sua responsabili-
dade nos autos.

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Percorridos o preâmbulo, exposto sumariamente o necessário, passamos aos fatos
devidamente justificados.

II. DAS ALEGAÇÕES DEVIDAMENTE AJUSTADAS. – DO ALEGADO


PELA PRIMEIRA RÉ (BANCO PAN).

Inicialmente cumpre a parte autora a repugnar a tentativa de confundir o eminente


julgador com a informação genérica de que a autora possui conta no banco BTG, algo
completamente estranho para a mesma, que jamais abriu conta em tal banco, possuindo
apenas conta no banco Itaú onde recebe sua pensão, e poupança na caixa econômica fede-
ral. Jamais possuindo qualquer relação com banco BTG.

Neste pique, percebemos que a primeira Ré (BANCO PAN) se quer junta aos au-
tos o suposto contrato de empréstimo, visto que se quer a mesma possui tal documento
legítimo, sendo produto de fraude tão grosseira que a Ré se quer trouxe o mesmo a baila.
Fato que um suposto contrato originado pela segunda Ré (C E DE PONTES LIMA EI-
RELI) com a primeira Ré em LIMOEIRO, PE.

Local totalmente distante e remoto de onde reside a autora nesta comarca, tratan-
do-se de uma fraude de conhecimento público, sendo amplamente divulgadas em noticiá-
rios as fraudes realizadas com o vazamento de dados das vítimas, principalmente com a
atuação de bancos digitais, que não vem zelando pela segurança dos consumidores.

Portanto a primeira Ré ( BANCO PAN) deixou de apresentar aos autos se quer


um contrato, quanto mais um assinado pela autora, que deu solicitação ao empréstimo
fraudulento em tela. Apenas sustenta que efetuou a transferência para uma conta de su-
posta titularidade da autora, porém conta esta de total desconhecimento da mesma, que
nunca utilizou qualquer serviço do banco digital BTG.

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II.I DAS ALEGAÇÕES DEVIDAMENTE AJUSTADAS. – DO ALEGADO
PELA SEGUNDA RÉ (C E DE PONTES LIMA EIRELI).

A segunda Ré afirma ser apenas a correspondente da primeira Ré, porém não aduz
por qual motivo consta como originadora do contrato de empréstimo fraudulento em tela,
conforme colacionado a seguir.

A empresa Ré figura no contrato como originadora, apesar do que aduz em sua


peça de bloqueio, a mesma não informa o porquê consta no suposto empréstimo fraudu-
lento como geradora do empréstimo de pessoa de outro estado, longe de sua atribuição e
comarca, diante de tal é possível constatar a responsabilidade da segunda Ré em gerar o
suposto empréstimo fraudulento com a primeira Ré em nome da autora, que é mais uma
vítima do descaso das empresas.

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Apesar de ter feito Registro de Ocorrência, de ter feito carta de próprio punho
para a primeira Ré, esta se quer se deu ao trabalho de abrir investigação interna, se quer
apresentou o contrato para a autora ou trouxe até mesmo aos autos. Se quer trouxe os
dados da contratação, da suposta foto (selfie) que alega, ou o IP do aparelho que efetuou
a contratação, visto que tais dados são grosseiros em constatar uma evidente fraude.

Fraude esta originalizada em LIMOEIRO, PE pelo segundo Réu, objeto fruto da


insegurança gerada pela primeira Ré que com enorme facilidade tratou com golpistas
elaborando uma gigante via crucis na vida da autora, em firmarem um contrato de em-
préstimo que a mesma jamais solicitou ou participou em outra comarca que nunca com-
pareceu a autora.

Neste pique, as Rés não trazem qualquer documento aos autos que comprovem a
contratação do empréstimo pela autora, diferente da mesma que produziu tudo que lhe
cabia, tanto na esfera administrativa quando em instrução processual, devendo por mais
cristalina justiça ter seus Direitos resguardados.

III. DA CONCLUSÃO E PEDIDOS FINAIS.

Diante de todo o exposto em apertada síntese, por necessário, a Autora requer seja
no mérito julgado totalmente procedente o pedido Autoral. Manifesta-se ainda acerca da
não intenção de produção de provas em audiência. Caso V. Exa entenda como pertinente
a prova documental, e por tal, concordaria com o julgamento da lide, estando constituídos
todos os fatos já presentes nos autos, saneada a instrução.

Termos em que,
Pede-se deferimento.
Niterói, Rio de Janeiro, 08 de maio de 2023.

MATHEUS HENRIQUE DE OLIVEIRA LOPES


OAB/RJ 226.895
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