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Argumentação e retórica
O discurso argumentativo - principais tipos de
argumentos e falácias informais
Rui Coelho
23-11-2015
Índice
Principais tipos de argumentos não dedutivos...................................................................................3
1. Argumentos indutivos ............................................................................................................3
 Recordando ........................................................................................................................3
 Exemplificando ...................................................................................................................3
1. Conceitos ................................................................................................................................3
2. Argumentos por analogia .......................................................................................................4
 Resumindo .............................................................................................................................4
 Exemplificando .......................................................................................................................4
3. Argumentos de autoridade ....................................................................................................5
4. Argumentos causais ou sobre as causas .................................................................................5
Critérios de avaliação .........................................................................................................................5
 Argumento indutivo ...............................................................................................................5
 Argumentos por analogia .......................................................................................................5
 Argumentos de autoridade ....................................................................................................5
 Argumentos causais ou sobre as causas .................................................................................6
Principais falacias formais ..................................................................................................................6
1. Petição de princípio ou raciocínio circular ..............................................................................6
 Exemplificando ...................................................................................................................6
 Estratégias de averiguação de existência de falácia ...........................................................6
2. Falso dilema ou falsa dicotomia .............................................................................................6
 Exemplificando ...................................................................................................................6
 Estratégias de averiguação de existência de falácia ...........................................................7
3. Apelo à ignorância (Argumentum ad ignorantiam) ....................................................................7
 Exemplificando ...................................................................................................................7
 Estratégias de averiguação de existência de falácia ...........................................................7
4. Argumentum ad hominem («ao homem», ou contra a pessoa) .................................................7
 Exemplificando ...................................................................................................................7
 Estratégias de averiguação de existência de falácia ...........................................................7
5. Derrapagem ou «bola de neve» (argumentum ad consequentiam ou apelo «às
consequências» ..................................................................................................................................8
 Exemplificando ...................................................................................................................8

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 Estratégias de averiguação de existência de falácia ...........................................................8
6. Boneco de palha ou espantalho .................................................................................................8
 Exemplificando ...................................................................................................................8
 Estratégias de averiguação de existência de falácia ...........................................................8

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Principais tipos de argumentos não dedutivos
Os principais tipos de argumentos não dedutivos são:

Argumentos indutivos – generalizações e previsões


Argumentos por analogia
Argumentos de autoridade
Argumentos causais ou sobre causas

1. Argumentos indutivos
O dia-a-dia encontra-se recheado de raciocínios indutivos.

 Recordando
Um argumento indutivo parte de premissas particulares. De premissas desse tipo é, por vezes,
inferida:

 Uma conclusão universal – neste caso, trata-se de uma generalização.


 Uma proposição particular acerca do que ainda não foi observado – neste caso, trata-se de
uma previsão.

 Exemplificando
Partindo da premissa particular «Todos os cisnes observados até agora são brancos», que resume
o conjunto de todas as observações feitas até à data em que nunca se observou um cisne negro,
alguém, infere uma conclusão universal «Todos os cisnes são brancos» - neste caso, estaremos
perante uma generalização. Se, a partir da mesma premissa particular, se inferir a conclusão
particular «Qualquer cisne observável no futuro será branco», estaremos perante uma previsão.

Embora alguém possa considerar ter uma boa razão para concluir ou que «todos os cisnes são
brancos» ou que no futuro «apenas se observa cisnes brancos», este tipo de inferências, por ser
ampliativa, envolve o risco de a conclusão se vir a revelar falsa, apesar de validamente inferida de
premissas verdadeiras. Chamamos ampliativas às inferências cuja informação não está contida
nas premissas.

1. Conceitos
Um bom argumento indutivo, por mais convincente que possa ser, não garante a verdade da
conclusão – embora pouco provável, não é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a
conclusão seja falsa.

São argumentos bons, ou fortes, os argumentos em que a conclusão tem um bom suporte de
justificação que torna altamente improvável que a conclusão venha a revelar-se falsa.

São argumentos maus, ou fracos os argumentos em que a probabilidade de a conclusão ser


verdadeira é reduzida.

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2. Argumentos por analogia
Estabelecem uma comparação entre duas realidades, comparação essa baseada em características
comuns.

 Resumindo
Se duas coisas são semelhantes, sob alguns aspetos, e uma delas tem uma dada característica,
conclui-se que, muito provavelmente, a outra também tem essa mesma característica.

 Exemplificando

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3. Argumentos de autoridade
Argumentos que se baseiam na opinião de especialistas, de alguém conhecido e respeitado pela
sua particular competência numa determinada área.

4. Argumentos causais ou sobre as causas


Estabelecem relações de causa efeito entre fenómenos. Considera-se que existe uma relação
necessária tal que, sempre que um deles acontece (causa), ocorre outro (efeito). A esta relação de
necessidade entre dois acontecimentos em que um é a causa e outro é o efeito chama-se relação
de causalidade.

Critérios de avaliação

 Argumento indutivo
Para avaliarmos os argumentos indutivos, devemos ter em conta os seguintes critérios:

Verificar se se baseiam em exemplos representativos, ou se existem contraexemplos.


Trata-se de verificar se é uma indução forte ou fraca;
Evitar confundir uma generalização com uma previsão.

 Argumentos por analogia


Para avaliarmos os argumentos por analogia, devemos ter em conta os seguintes critérios:

A quantidade de propriedades comuns;


A relevância das propriedades, isto é, a pertinência das propriedades ou a sua adequação
à conclusão que se pretende defender;
Não deve haver diferenças fundamentais relativamente aos aspetos que estão a ser
comparados.

 Argumentos de autoridade
Para avaliarmos os argumentos de autoridade, devemos ter em conta os seguintes critérios:

O especialista invocado deve ser muito competente no assunto em causa;


Não deve haver discordâncias significativas entre os especialistas quanto à matéria em
discussão;
Não deve haver outros argumentos mais fortes ou de força igual a favor da conclusão
contrária;
Os especialistas não devem ter interesses pessoais na afirmação em causa.

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 Argumentos causais ou sobre as causas
Para avaliarmos os argumentos causais ou sobre as causas, devemos ter em conta os seguintes
critérios:

Não confundir a relação de causalidade com a ocorrência de dois fenómenos um a seguir


ao outro;
Não confundir a causa com efeito.

Principais falacias formais

1. Petição de princípio ou raciocínio circular


Ocorre nos argumentos cuja conclusão já está contida nas premissas, isto é, quando usamos como
prova aquilo que estamos a tentar provar.

 Exemplificando
«O polícia multou-me porque não gosta de mim. E a prova de que ele não gosta de mim é ter-me
multado»

 Estratégias de averiguação de existência de falácia


Verificar se se usa como prova o que se tenta provar

2. Falso dilema ou falsa dicotomia


Ocorre quando o argumento apresenta só as alternativas que interessam ao orador, embora haja,
de facto mais, que são omitidas.

 Exemplificando

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 Estratégias de averiguação de existência de falácia
Verificar se há alternativas omitidas pelo orador

3. Apelo à ignorância (Argumentum ad ignorantiam)


Ocorre quando alguém defende que determinada afirmação deve ser verdadeira só porque não há
provas em contrário, ou invés, deve ser falsa porque ninguém conseguiu provar a sua verdade.

 Exemplificando

 Estratégias de averiguação de existência de falácia


Verificar se o orador rejeita ou defende uma determinada tese apenas por não existirem provas
que a contrariem.

4. Argumentum ad hominem («ao homem», ou contra a pessoa)


Ocorre quando em vez de se apresentar razões pertinentes contra uma opinião expressa por
alguém, se ataca a pessoa que a defende. Assim, o argumento é rejeitado com base em qualquer
dado sobre o respetivo autor, irrelevante para o que se pretende provar, com a sua religião,
condição moral ou ideias politicas. Em tais casos, um ataque pessoal substitui a refutação do que a
pessoa defende.

 Exemplificando

 Estratégias de averiguação de existência de falácia


Verificar se a sua contra-argumentação se dirige contra o orador (contra a pessoa) ou se é dirigida,
como devido, contra os argumentos apresentados pelo orador.

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5. Derrapagem ou «bola de neve» (argumentum ad
consequentiam ou apelo «às consequências»
Ocorre quando se pretende mostrar que uma proposição (P) é inaceitável porque aceitá-la
arrastaria um conjunto de implicações com um resultado final inaceitável. Na verdade, é
improvável que se registe a cadeia de implicações ou consequências referida. (fazer um drama, um
filme)

 Exemplificando

 Estratégias de averiguação de existência de falácia


Verificar se é o próprio argumento que está a ser refutado ou se, erradamente, é a cadeia de
consequências (inaceitáveis) possíveis do argumento que se recorre para rejeitar a tese em
questão.

6. Boneco de palha ou espantalho


Ocorre quando alguém, num debate, substitui, intencionalmente ou não, a posição do adversário
por uma versão diferente, e, por isso, errada, do argumento. Assim, em vez de se refutar o
argumento do opositor, ataca-se um argumento diferente, tendenciosamente interpretado, e
geralmente mais fraco do que aquele que foi realmente defendido.

 Exemplificando

 Estratégias de averiguação de existência de falácia


Verificar se a contra-argumentação se baseia na refutação de uma versão adulterada do
argumento que se está a refutar.

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