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Aula 07
Olá, pessoal!
Trabalhamos em aula anterior a interpretação de texto e sua estrutura. Muita coisa vista
naquela aula vai ajudar no entendimento
FUNDAMENTOS DE RETÓRICA
a) uma má Retórica: a que visa aproveitar-se e ludibriar os espíritos fazendo passar por
verdadeiros ou verossímeis os discursos desprovidos de verdade;
b) uma boa Retórica: a que, pelo contrário, torna-se transparente ao usar os argumentos
como método para problematizar, questionar e, no fim, atingir um desfecho que beneficie todas as
partes envolvidas.
O Caráter Retórico
Já que a boa e a má Retórica fazem parte da nossa realidade, é primordial delinear os seus
atributos fundamentais de forma a encontrarmos, por detrás do conjunto discordante de
manifestações da persuasão, a racionalidade e especificidade que funda a diversidade da arte
Retórica.
Técnica
Em primeiro lugar, a Retórica é uma técnica no sentido de um conjunto de preceitos que se
podem pôr em prática com o fim de convencer o auditório. É uma competência característica que
consiste no emprego da oratória e da eloquência segundo alguns padrões discursivos. Assim, possui
um conjunto de regras sobre as quais se explana o método de determinar, em cada, caso, os
melhores elementos de persuasão.
Aprendizagem
Em segundo lugar, a Retórica possui os seus próprios ensinamentos. Ela pode ser transmitida
de geração em geração e ensinada entre um especialista e os seus instruendos.
A Retórica é, assim, uma aprendizagem que requer constante prática e que pode ser exercida
sob duas formas:
a) A primeira é exercida em forma de imitação, em que o indivíduo toma como exemplos os
gestos, os discursos, a oratória e a argumentação de reputados oradores consagrados (ex: Martin
Luther King). Trata-se da aprendizagem mais espontânea mas também a mais sutil, já que, expostos
aos bons exemplos, tendemos a adotá-los naturalmente. Essa forma acontece em todos os
momentos da nossa vida quotidiana e verifica-se quando o aluno imita o seu professor, ou quando
alguém concebe a sua oratória de acordo com exemplos que tenha observado.
b) A segunda forma de aprendizagem é aquela desenvolvida em contextos institucionais, seja
de ensino regular, como no ensino médio, nas faculdades, seja em cursos específicos ou
treinamentos de profissionais liberais. Assim, a Retórica é aprendida com seus aspectos conceituais,
históricos, com um estudo aprofundado dos matizes que incitam a reprodução catedrática dos seus
princípios.
Científica
Em terceiro lugar, a Retórica é uma área científica. Barthes (1970: 173) chama-lhe uma
protociência. Isso significa que é uma área do saber humanístico: pode ser adquirida através do
estudo e prática sistemáticos a partir de algumas crenças tidas por certas.
A retórica é a arte de argumentar bem, com lógica e persuasão. Assim, pensemos a retórica
aqui como a boa organização argumentativa. Há diversos processos, mas, qualquer que seja ele, a
preocupação maior do autor deve ser sempre a de fundamentar de maneira clara e convincente as
ideias que defende ou expõe, servindo-se de recursos costumeiros, tais como a enumeração de
detalhes, comparações, analogias, contrastes, aplicação de um princípio, regra ou teoria, definições
precisas, exemplos, ilustrações, apelo ao testemunho autorizado, e outros.
Confronto (refutação):
Processo muito comum e muito eficaz de desenvolvimento é o que consiste em estabelecer
confronto entre ideias, seres, coisas, fatos ou fenômenos. Suas formas habituais são o contraste
(baseado nas dessemelhanças), e o paralelo (que se assenta nas semelhanças). A antítese é, de
preferência, uma oposição entre ideias isoladas. A analogia, que também faz parte dessa classe,
baseia-se na semelhança entre ideias ou coisas, procurando explicar o desconhecido pelo conhecido,
o estranho pelo familiar.
Tópico frasal: Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma
Declaração
inicial com a outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuam. A política é a
arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas,
ou tradições respeitáveis. A politicalha é a indústria de o explorar a benefício de
interesses pessoais. Constitui a política função, ou conjunto das funções do
Desenvolvimento organismo nacional: é o exercício no das forças de uma nação consciente e
por contraste
senhora de si mesma. A politicalha, contrário, é o envenenamento crônico dos
povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A
política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos
povos de moralidade estragada.
Analogia e Comparação
A analogia é uma semelhança parcial que sugere uma semelhança oculta, mais completa. Na
comparação, as semelhanças são reais, sensíveis expressas numa forma verbal própria, em que
entram normalmente os chamados conectivos de comparação (como, quanto, do que, tal qual),
substituídos, às vezes, por expressões equivalentes (certos verbos como "parecer", "lembrar", "dar
uma ideia", "assemelhar-se":
Exemplo de comparação:
Esta casa parece um forno, de tão quente que é.
Tanto a casa quanto o forno são elementos concretos e conhecidos. A intenção com essa
comparação não foi explicar o que é o forno, mas simplesmente mostrar a característica que envolve
ambos os elementos concretos, evidenciando, com certo exagero, é claro, quão quente está a casa.
Assim, a comparação é um meio de se considerar a característica do primeiro elemento pelo
segundo já conhecido.
Isso é o que ocorre também com a metáfora, por ser uma comparação ideológica:
Aquele professor é uma máquina de produzir conteúdo!
Ora, há dois elementos concretos (“professor” e “máquina”) e queremos dar destaque à
forma ágil, produtiva, continuada de produção de conteúdo desse professor. Assim, há comparação
do professor com uma máquina, pois sabemos que uma máquina normalmente apresenta as
características subentendidas de trabalho ágil, continuado, produtivo. Assim, demonstramos o
primeiro por conhecermos essas características do segundo elemento.
Veja outro exemplo de metáfora (comparação ideológica):
O tópico frasal (primeiro período) assume a forma gramatical de uma comparação, mas o
desenvolvimento se faz por analogia (explicar elemento abstrato, desconhecido, associando
semelhanças com elemento concreto, conhecido). Na primeira parte do parágrafo, que vai até
“espuma”, o autor descreve, em linguagem parcialmente metafórica, os “borbotões d’água”:
“Aqueles borbotões d’água, que rebentam e espadanam, marulhando, eram, pouco atrás, o regato
que serpeia, cantando pela encosta, e vão ser, daí a pouco, o fio de prata que se desdobra,
sussurrando, na esplanada. Corria murmuroso e descuidado; encontrou o obstáculo: cresceu,
afrontou-o, envolveu-o, cobriu-o e, afinal, o transpõe, desfazendo-se em pedaços de cristal e flocos
de espuma.”.
Nessa linguagem metafórica, imaginamos a água caindo do precipício fazendo espuma após
a queda. Esse é o primeiro termo da analogia, o termo conhecido, familiar, por meio do qual se vai
tornar mais clara a ideia do segundo, o desconhecido, o menos familiar: “a paixão da verdade”, “a
convicção do bem”:
“A convicção do bem, quando contrariada pelas hostilidades pertinazes do erro, do sofisma ou do
crime, é como essas catadupas da montanha. Vinha deslizando, quando topou na barreira, que se
lhe atravessa no caminho. Então remoinhou arrebatada, ferveu, avultando, empinou-se, e agora
brame na voz do orador, arrebata-lhe em rajadas a palavra, sacode, estremece a tribuna, e
despenha-se-lhe em torno, borbulhando.”.
Aqui é importante analisar o processo de analogia, em que o elemento concreto, o conhecido
(“os borbotões d’água”) corre natural em seu curso, é calmo, silente, tranquilo (“Corria murmuroso
e descuidado”). Porém, ao encontrar um obstáculo, reage, afronta-o, transpõe-no: “encontrou o
obstáculo: cresceu, afrontou-o, envolveu-o, cobriu-o e, afinal, o transpõe, desfazendo-se em
pedaços de cristal e flocos de espuma”.
Por analogia, o mesmo ocorre com o elemento abstrato e desconhecido: a “paixão da
verdade”, isto é, a “convicção do bem”. Ela vinha deslizando, corrente, quando topou com uma
barreira, que se lhe atravessou no caminho: contrariada pelas hostilidades pertinazes do erro, do
sofisma ou do crime. Da mesma forma como ocorreu com essas catadupas da montanha, a água em
queda na cachoeira, a paixão pela verdade remoinhou arrebatada, ferveu, avultando, empinou-se,
e agora brame na voz do orador, arrebata-lhe em rajadas a palavra, sacode, estremece a tribuna,
e despenha-se-lhe em torno, borbulhando.
Como se vê, a semelhança aparente é parcial, mas oculta uma outra mais completa,
concebida apenas como abstração e não como realidade sensível. E é isso exatamente o que
distingue a analogia da comparação, como já assinalamos. Note-se ainda que, entre o termo
desconhecido e o conhecido, o autor aponta somente as semelhanças, e não os contrastes ou
diferenças. Por isso é analogia. A esse tipo de analogia chamavam os retóricos “comparação
oratória”. Na realidade, comparação e analogia são em geral consideradas, se não como sinônimas,
pelo menos como equivalentes.
Exemplificação:
O exemplo é um tipo de argumento bem convincente, pois traz situações reais aos fatos
defendidos, aumentando a credibilidade da opinião do autor.
Vamos supor que o autor quisesse argumentar sobre o seguinte tema: PARA CONVENCER OU
PERSUADIR É PRECISO TER ÉTICA?. Talvez a sua resposta seja: "não, não é preciso ter ética para
persuadir alguém". Assim, tal autor deve partir para o convencimento do leitor sobre essa opinião
e, nesse caso, a técnica por exemplificação é perfeita.
Penemos em Hitler, uma figura bem emblemática e marcante de nossa história. Ele nunca
agiu de modo ético. Afinal, o Holocausto não tem nada de ético ou moral, não é verdade? Porém,
Hitler, mesmo sendo um genocida que queria conquistar o mundo, conseguiu arrastar multidões e
colecionar admiradores usando apenas o poder da palavra, o poder do discurso. Ou seja: ele foi
persuasivo, foi convincente, chegou ao poder, foi adorado como um deus pelos alemães da época e
os convenceu de que eles eram, de fato, a "raça ariana", tudo isso atropelando princípios éticos e
morais.
Assim, empregando na argumentação o exemplo de Hitler, pode-se convencer o leitor de que
realmente se pode persuadir mesmo sem ter ética.
Definição:
A definição é um importante princípio da argumentação, tendo em vista que se pode partir
de um conceito para ampliar a informação e chegar ao convencimento. Ao argumentarmos sobre
ética, por exemplo, podemos conceituá-la, para que o leitor se lembre de seus princípios, da
moralidade, para, a partir daí, realizarmos as considerações do homem e sua ética na sociedade.
Vejamos o exemplo abaixo:
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é
derivada do grego e significa aquilo que pertence ao caráter, palavra tão forte e tão distante da
prática nos dias atuais. Vê-se na política brasileira uma perfeita usurpação do dinheiro público, mas
também se vê no dia a dia pequenos vícios que nos mostram que a falta de ética é um mal que assola
o país de uma forma geral.
Pergunta retórica:
Uma pergunta retórica é aquela que nem sempre exige uma resposta. Muitas vezes, a pessoa
que faz a pergunta retórica pretende simplesmente enfatizar alguma ideia ou ponto de vista. Por
exemplo:
"Você acha que eu nasci ontem?"
Neste caso, a pessoa que ouve a pergunta já sabe a resposta; no entanto, a pergunta é feita
apenas para causar um impacto. Nesse contexto, a pessoa que pergunta pretende informar ao
ouvinte que ela não é burra ou ingênua e que não pode ser enganada facilmente.
Veja outro exemplo:
Nesse outro exemplo, a pergunta já responde por si só, por isso o interlocutor enfatiza que
nem precisa responder. Assim, normalmente usamos a pergunta retórica para interagir com o leitor,
fazendo com que ele mesmo já tenha a resposta de maneira enfática.
Como falamos que a retórica é a arte de argumentar bem, com lógica e naturalmente
persuasão, é claro que um discurso parlamentar se vale de muitos desses princípios para bem se
posicionar.
Assim, pensemos a retórica aqui como a boa organização argumentativa. Há diversos
processos, mas, qualquer que seja ele, a preocupação maior do autor deve ser sempre a de
fundamentar de maneira clara e convincente as ideias que defende ou expõe, servindo-se de
recursos costumeiros, tais como a enumeração de detalhes, comparações, analogias, contrastes,
aplicação de um princípio, regra ou teoria, definições precisas, exemplos, ilustrações, apelo ao
testemunho autorizado, e outros.
Especificação e generalização:
Para falarmos da especificação e generalização, é importante aprofundarmos nos fundamentos da
argumentação:
Uma argumentação se sustenta por duas ou mais premissas (afirmações a respeito de algo)
que levam a uma conclusão. Existem regras para estabelecer de forma correta as operações do
pensamento e identificar as argumentações não válidas. Desse modo, a lógica nos ajuda a evitar
contradições.
Exemplo 1:
O mercúrio não é sólido. (premissa maior)
O mercúrio é um metal. (premissa menor)
Logo, algum metal não é sólido. (conclusão)
Termo e proposição
A proposição é um enunciado no qual afirmamos ou negamos um termo (um conceito) de
outro.
Por exemplo, se afirmamos que “Todo cão é mamífero” (Todo C é M), temos uma proposição
em que o termo “mamífero” afirma-se do termo “cão”. Então toda e qualquer espécie de cão é um
mamífero.
a) Qualidade e quantidade
As proposições podem ser distinguidas pela qualidade e pela quantidade.
Quanto à qualidade, elas podem ser afirmativas ou negativas:
Todo C é M
ou
Nenhum C é M
Quanto à quantidade, elas podem ser gerais (universais ou totais) ou particulares. Estas
últimas podem ser singulares caso se refiram a um só indivíduo:
Todo C é M
Algum C é M
Este C é M
Vamos exercitar:
A proposição “Todo cão é mamífero” é universal, tendo em vista o emprego do termo geral
“Todo”, e é afirmativa, pois declara algo (“é mamífero”), não havendo qualquer elemento de
negação.
A proposição “Nenhum animal é mineral” é universal, tendo em vista o emprego do termo
geral “nenhum”, e ao mesmo tempo tal termo apresenta valor de negação, por isso é uma
proposição negativa.
A proposição “Algum metal não é sólido” é particular, tendo em vista o emprego do termo
específico “Algum”, e é negativa, pois apresenta o advérbio de negação “não”.
A proposição “Sócrates é mortal” é singular, pois se refere a um indivíduo. Veja a diferença
para o pronome indefinido “algum”, o qual especifica, mas o seu valor de indefinição não
individualiza, não se refere a um indivíduo específico. A proposição é afirmativa, pois declara algo
(“é mortal”). Note que não há elemento linguístico de negação.
b) Extensão dos termos
A extensão é a amplitude de um termo, isto é, a coleção de todos os seres que o termo
designa no contexto da proposição.
É fácil identificar a extensão do sujeito, mas a do predicado exige maior atenção. Observe os
seguintes exemplos:
Todo paulista é brasileiro (Todo P é B)
Nenhum brasileiro é argentino (Todo B não é A)
Algum paulista é solteiro (Algum P é S)
Alguma mulher não é justa (Alguma M não é J)
Para melhor visualizar, vamos representar as proposições por meio dos chamados diagramas
de Euler.
Na primeira proposição, Todo P é B, o termo “paulista” tem extensão total (está distribuído,
referindo-se a todos os paulistas); mas o termo “brasileiro” tem extensão particular (não é tomado
universalmente), ou seja, uma parte dos brasileiros é composta de paulistas.
Na segunda proposição, “Todo B não é A”, o termo “brasileiro” é total, porque se refere a
todos os brasileiros; e o termo “argentino” também é total, porque os brasileiros estão excluídos do
conjunto de todos os argentinos.
Na terceira proposição, “Algum P é S”, ambos os termos têm extensão particular, a qual é
comum a ambos:
Na quarta proposição, “Alguma M não é J”, o termo “mulher” tem extensão particular e o
termo “justa” tem extensão total, ou seja, existe uma mulher que não é nenhuma das pessoas justas:
Com base no que vimos, chegamos ao conceito de silogismo. Para tanto, observe novamente
o exemplo 1:
O mercúrio não é sólido. (premissa maior)
O mercúrio é um metal. (premissa menor)
Logo, algum metal não é sólido. (conclusão)
Exemplo 2:
Todos os cães são mamíferos.
Todos os gatos são mamíferos.
Logo, todos os gatos são cães.
Nesse silogismo, as premissas são verdadeiras, mas a conclusão é falsa: a argumentação é
inválida. É isso que muitas vezes é cobrado nas provas, e temos que eliminar alternativas com esse
tipo de conclusão.
A palavra “mamíferos” é o termo médio, pois se encontra nas duas premissas. A palavra
“cães” é o termo maior e deve se encontrar na conclusão, a palavra “gatos” é o termo menor e deve
se encontrar na conclusão.
Assim, mesmo havendo a estrutura do silogismo, entendemos que o argumento não é válido,
pois sua conclusão não é consequência lógica de suas premissas.
Exemplo 3:
Todos os homens são louros.
Pedro é homem.
Logo, Pedro é louro.
Estamos diante de um argumento logicamente válido, isto é, que não fere as regras do
silogismo, mesmo sabendo que a primeira premissa (Todos os homens são louros) é falsa.
Exemplo 4:
Todo inseto é invertebrado.
Todo inseto é hexápode (tem seis patas).
Logo, todo hexápode é invertebrado.
Nesse caso, todas as proposições são verdadeiras. No entanto, a inferência é inválida.
Verdade e validade:
Diante do que vimos anteriormente, é preciso notar quando os argumentos, aparentemente
válidos, são inválidos e vice-versa. Primeiramente, vamos distinguir os conceitos verdade e validade
a fim de identificar verdadeiro/falso e válido/inválido.
Apenas as proposições podem ser identificadas como verdadeiras ou falsas. Uma proposição
é verdadeira quando corresponde ao fato que expressa: por isso a proposição “Todos os homens
são louros” é falsa.
Apenas os argumentos podem ser considerados válidos ou inválidos (e não verdadeiros ou
falsos). Um argumento é válido quando sua conclusão é consequência lógica de suas premissas.
Reveja este exemplo 3:
Exemplo 3:
Todos os homens são louros.
Pedro é homem.
Logo, Pedro é louro.
Apesar de ter a primeira proposição falsa (Todos os homens são louros), constitui um
raciocínio correto, como poderemos constatar com as regras do silogismo.
Agora, vamos retomar os quatro argumentos que serviram de exemplos a fim de comentá-los,
começando pelos não válidos (2 e 4).
Exemplo 2:
Todos os cães são mamíferos.
Exemplo 4:
Todo inseto é invertebrado.
Todo inseto é hexápode (tem seis patas).
Logo, todo hexápode é invertebrado.
Os três termos são “inseto”, “hexápode” e “invertebrado”. O termo menor, “hexápode”, tem
extensão particular na premissa menor: “Todo inseto é hexápode” (mas nem todos os hexápodes
são insetos), porém, na conclusão, é tomado em toda extensão (todo hexápode). Portanto, fere a
regra 6.
Nos exemplos válidos a seguir, a primeira dedução parte de premissas gerais (“Todo...”) e
chega a uma conclusão também geral (“Todo...”); no segundo caso, a conclusão é particular
(“Algum...”):
Todo brasileiro é sul-americano.
Todo paulista é brasileiro.
Todo paulista é sul-americano.
A dedução é um modelo de rigor, mas é estéril, na medida em que não nos ensina nada de
novo, apenas organiza o conhecimento já adquirido. Isso significa que a conclusão nada acrescenta
àquilo que foi afirmado nas premissas.
No entanto, se a dedução não inova, não significa que não tenha valor algum, pois sempre
fazemos deduções para extrair consequências e é preciso investigar quando essas inferências são
válidas ou não.
Indução:
A indução por enumeração é uma argumentação pela qual, a partir de diversos dados
singulares constatados, chegamos a proposições universais. Enquanto na dedução as premissas
constituem razão suficiente para se derivar a conclusão, na indução, ao contrário, chega-se à
conclusão a partir de evidências parciais.
Nesse tipo de argumento, ocorre uma generalização indutiva, que pode ser de dois tipos:
a) A indução completa é aquela em que cada um dos argumentos de um conjunto apresenta
condições de ser examinado, como no seguinte caso:
“A visão, o tato, a audição, o gosto, o olfato (os quais chamamos sentidos) têm um órgão corpóreo.
Portanto, todo sentido tem um órgão corpóreo.”
b) A indução incompleta é aquela em que de alguns elementos conclui-se a totalidade.
Veja:
Esta porção de água ferve a cem graus, e esta outra, e esta outra...; logo, a água ferve a cem graus.
O cobre é condutor de eletricidade, e o ouro, o ferro, o zinco, a prata também. Logo, todo metal é
condutor de eletricidade.
Diferentemente do argumento dedutivo, o conteúdo da conclusão da indução incompleta
excede o das premissas. Por isso, a conclusão da indução tem apenas probabilidade de ser correta.
Ainda assim, é preciso examinar se a amostragem é significativa e se existe número suficiente de
casos que permita a passagem do particular para o geral.
Por exemplo: ao fazer uma pesquisa de intenção de voto, um instituto consulta amostras
significativas de diversos segmentos sociais, segundo metodologia científica. Ao considerar que,
entre os eleitores da amostra, 25% votarão no candidato X e 10% no Y, conclui que a totalidade dos
eleitores votará segundo a mesma proporção da amostragem pesquisada.
Apesar da aparente fragilidade da indução, trata-se de uma forma muito fecunda de pensar.
Ela é responsável pela fundamentação de grande parte dos nossos conhecimentos na vida diária e
de muita valia para as ciências experimentais. Além disso, a indução é utilizada em previsões, quando
partimos de alguns casos da experiência presente e inferimos que ocorrerão com a mesma
regularidade futuramente.
Cabe ao lógico especificar as condições sob as quais devemos tomar a indução como correta.
Analogia:
Já vimos a analogia anteriormente, mas vamos aqui aprofundar numa relação argumentativa.
Analogia (ou raciocínio por semelhança) é uma indução parcial ou imperfeita. Por meio da
analogia, passamos de um ou de alguns fatos singulares para uma outra enunciação singular ou
particular. Da comparação entre objetos ou fenômenos diferentes, inferimos pontos de semelhança.
Observe: “Paulo sarou de suas dores de cabeça com este remédio. Logo, João há de sarar de suas
dores de cabeça com este mesmo remédio”; “O macaco foi curado da tuberculose com tal soro;
logo, os seres humanos serão curados da tuberculose com o mesmo soro”.
É claro que o raciocínio por semelhança fornece apenas probabilidade, e não certeza. Mas
desempenha papel importante na descoberta ou na invenção, tanto no cotidiano como na ciência,
na tecnologia e na arte. Grande parte de nossas conclusões diárias baseia-se na analogia. Por
exemplo:
“Li um bom livro de Graciliano Ramos. Vou ler outro desse autor, pois deve ser igualmente bom.”
“Fui bem atendido nesta loja. Voltarei a comprar aqui, pois serei bem atendido novamente.”
O fator de relevância determinou que a primeira comparação foi fraca, pois o texto brinca
com a ideia de que Armando não tinha muita relação com os elementos comparativos “amor” e
“flor”. Assim, para tornar relevante e por conseguinte a comparação ser forte, a mulher de Armando
usa termos mais próximos ao gosto dele, que são “motor de carro”, “óleo”, “mecânica”.
Assim, quanto à relevância, no primeiro quadrinho, a analogia é fraca, e, no segundo
quadrinho, a analogia é forte.
Outros exemplos:
Quando as conclusões de experiências biológicas feitas em cobaias são estendidas a seres
humanos, geralmente a analogia é forte. Embora a fisiologia de ambos os seres não seja idêntica, as
semelhanças tornam a analogia adequada e fecunda.
A analogia é fraca quando a conclusão se baseia em considerações irrelevantes, por exemplo:
desejo comprar uma nova geladeira que funcione bem e com recursos sustentáveis, tal como a do
meu vizinho. Se eu levar em conta as semelhanças de cor e espaço interno, a analogia será fraca.
Será forte se, ao contrário, considero a marca e o modelo. Aí sim, haverá semelhança com as
características de funcionalidade do equipamento, concorda?
Vimos que os exemplos 2 e 4 eram inválidos, por infringirem, respectivamente, as regras números 5
e 6. Já no exemplo número 3, apesar de formalmente correto, a conclusão deriva de premissa falsa.
Portanto, os exemplos 2,3 e 4 são falácias.
As falácias quanto à matéria (quanto ao conteúdo, e não quanto à forma) são as que
constituem um argumento formalmente correto, mas cuja conclusão deriva de premissa falsa.
Veja o exemplo a seguir:
Exemplo 5:
Todos os homens são louros. premissa falsa
Ora, eu sou homem.
Logo, eu sou louro.
Falácias não formais:
As falácias não formais são de diversos tipos: muitas decorrem da irrelevância das premissas, que
não estabelecem a conclusão; outras são generalizações apressadas, que partem de falsas causas ou
se baseiam em preconceitos; e assim por diante. Geralmente exercem a função psicológica de
convencer, ao mobilizar emoções como entusiasmo, medo, hostilidade ou reverência.
Veja algumas:
O argumento de autoridade é importante desde que a autoridade seja um especialista no
assunto. Mas torna-se irrelevante se, por exemplo, recorrermos à autoridade de um cientista para
justificar posições religiosas ou à de um jogador de futebol para fundamentar política. Trata-se de
um recurso muito comum na publicidade, quando artistas famosos “vendem” desde sabonetes até
ideias, como as propostas políticas de um candidato. Assim, há, de certa forma, uma autoridade,
mas há desvio de assunto, de especificidade.
O argumento contra o homem é um tipo de argumento de autoridade às avessas, no sentido
de ser pejorativo e ofensivo. Ocorre quando não aceitamos uma conclusão por estar baseada no
testemunho de alguém que depreciamos. Ao questionar, atacamos quem fez a afirmação. Por
exemplo, se desvalorizamos o trabalho da polícia de um estado porque um policial cometeu um
crime quando no ato de suas funções; ou desconsideramos o Congresso Nacional porque, em
determinado país, o presidente da Câmara dos Deputados e o presidente do Senado Federal são
acusados de corrupção; ou ainda, desvalorizamos um evento esportivo de nível mundial se as obras
de infraestrutura foram superfaturadas e políticos e empresários se enriqueceram ainda mais com
elas e as obras ainda não ficaram prontas para o evento.
A falácia de acidente ou de generalização apressada é um tipo de falácia indutiva: diante de
um erro médico, concluímos apressadamente que a medicina é inútil. Ocorre também quando uma
regra geral é aplicada em circunstâncias particulares e acidentais em que seria inaplicável. Um
exemplo: pessoas excessivamente legalistas que julgam a partir da letra fria das normas e das leis,
independentemente da análise cuidadosa das circunstâncias específicas dos acontecimentos.
tautológica. Um exemplo de dito popular tautológico é "tudo o que é demais sobra". Da mesma
forma, um sistema é caracterizado como tautológico quando não apresenta saídas à sua própria
lógica interna.
Vamos praticar um pouco?
(E) categórico-dedutivo, pois as asserções iniciais são apresentadas como verdades universais,
provadas e, portanto, inquestionáveis.
Comentário: O primeiro parágrafo apresenta o nascimento da retórica, ambientando-o num período
histórico caracterizado pela transição de um governo tirânico para um regime democrático na qual
inúmeros conflitos eram travados por cidadãos, os quais deveriam providenciar por si mesmos a
sustentação de suas teses, por não haver à época a figura do profissional da advocacia.
O segundo parágrafo explora a consequência dessa falta, afirmando que com isso houve o
tratado metódico sobre a arte da palavra, e isso confirma o que fora dito no parágrafo anterior sobre
o cidadão providenciar por si mesmo a sustentação de sua tese. Daí o valor da retórica para o cidadão
e a relevância e prestígio da retórica.
O terceiro parágrafo afirma que, por uma evolução natural, a retórica migrou para Atenas e
lá prosperou.
Veja que até aqui o texto mostrou a origem da retórica, particularizando seu nascimento, a
sua necessidade e o motivo de ter prosperado. Notou que tais aspectos são elementos
particularizantes na argumentação?
Note que o primeiro período do último parágrafo é uma retomada das ideias particularizantes
do texto (nascimento e desenvolvimento da retórica) para em seguida haver uma conclusão geral: a
de que é plenamente compreensível o realce que os pesquisadores dão a seu caráter sociocultural
de instrumento de exercício de cidadania. Confirme pelo esquema:
Retórica:
Dados particulares: nascimento, desenvolvimento (causa e consequência natural)
Conclusão generalizante: sua importância no exercício de cidadania
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois é afirmado no primeiro período que não há motivos
para tristeza, não que ela deva ou não ser acalentada. Assim, houve extrapolação da informação do
texto.
A alternativa (B) está errada, pois, segundo a afirmação do primeiro período, é a sensação de
dever cumprido (e não o coração) que confirma não haver razão para tristeza.
A alternativa (C) está errada, por transmitir certeza (“a colheita é segura”) num contexto em
que há apenas possibilidade.
Note que o texto afirma que “Essa Casa sempre foi para mim uma terra fértil.”. Em seguida
afirma que há o desejo de que a sua colhida “possa ter saciado o desejo de democracia, soberania,
justiça do povo brasileiro”. Assim, não há certeza, há desejo, possibilidade.
A alternativa (D) está errada, pois a expressão “todo político” transmite uma generalização
da característica de um político (“humildade é dever de todo político”), mas o contexto nos mostra
que essa característica é dita como particularizante desse político: “Ainda que eu tenha cultivado a
humildade de reconhecer que fiz menos do que poderia e muito menos do que desejei fazer.”.
A alternativa (E) é a correta, pois, segundo o primeiro período, “Não há razão para tristeza
quando o coração tem a sensação de dever cumprido.” Assim, não haver razão para tristeza é o
mesmo que haver razão para contentamento. Por conseguinte, o dever cumprido promove grande
contentamento. Confirme:
Não há razão para tristeza¹ quando o coração tem a sensação de dever cumprido².
O dever cumprido² promove grande contentamento¹.
Gabarito: E
Na alternativa (C), há um processo dedutivo, pois se parte do geral (“todos os jogos”, isto é,
uma regularidade temporal) para o particular (“domingo”, um dia específico).
A alternativa (D) é a correta, pois se chega a uma conclusão genérica (o lucro do restaurante),
baseando-se num dado específico: o estacionamento estar cheio de carros. Assim, com base numa
parte do restaurante, chega-se ao resultado geral: o lucro desse restaurante.
Na alternativa (E), há um processo dedutivo, pois se parte do geral (“Os carros brasileiros”)
para o particular (“meu automóvel”).
Gabarito: D
A alternativa (E) está errada, pois não há qualquer vestígio de que haveria supostamente uma
relação de bom senso. Na realidade, essa expressão foi utilizada para o candidato perceber a
extrapolação da afirmação e a eliminar.
Gabarito: C
Comentário: Uma das estratégias argumentativas é o confronto, a oposição. Essa questão apresenta
4 alternativas com oposições e devemos encontrar aquela que não apresenta esse recurso.
Na alternativa (A), há oposição entre “criminosos robustos” e “fracos inocentes”.
Na alternativa (B), há oposição entre “primeiros” e “últimos”.
Na alternativa (C), há oposição entre “deve ser conquistada” e “basta que não seja perdida”.
A alternativa (D) é a que devemos marcar, pois não há oposição entre “nenhuma” e “todos”,
pois tais vocábulos não se referem ao mesmo elemento. O vocábulo “nenhuma” refere-se a uma
“lei” e “todos” refere-se a pessoas.
Na alternativa (E), há oposição entre “discípulo” e “mestre”.
Gabarito: D
A alternativa (E) está errada, pois encobrir “interesses materiais” é uma informação muito
específica em relação a “benefícios” e não encontra respaldo no texto. Encobrir “interesses
materiais” seria apenas um dos possíveis benefícios.
Gabarito: C
Exemplo 3: Questão:
Todos os homens são louros. Todos os jogadores são elegantes
Pedro é homem. Eduardinho é jogador
Logo, Pedro é louro. Eduardinho é elegante
Note que a primeira premissa do exemplo 3 generalizou algo que não é cabível pelo nosso
conhecimento de mundo, pois sabemos que nem todo homem é louro.
O mesmo ocorre na primeira premissa da questão, pois sabemos, pelo nosso conhecimento
de mundo, que nem todo jogador é elegante.
Assim, a primeira premissa de cada silogismo acima é falsa, e, mesmo havendo um
argumento logicamente válido, pois não fere as regras do silogismo, houve uma falha estrutural.
A alternativa (A) está errada, pois a relação de causa e efeito se baseia nas duas premissas
para se chegar a uma conclusão. Tal conclusão é válida, pois não fere as regras do silogismo.
A alternativa (B) está errada, pois houve uma generalização equivocada na primeira premissa,
e não uma simplificação exagerada.
A alternativa (C) está errada, pois não houve analogia, isto é, uma forma de comparação, mas
um silogismo.
A alternativa (E) está errada, pois a conclusão é válida, tendo em vista que não fere as regras
do silogismo.
Gabarito: D
Comentário: Esta questão nos cobra o conhecimento do silogismo com a visão subjetiva do autor, o
seu posicionamento de acordo com sua crença.
Há uma primeira premissa de que o médico recomendou um xarope e o resultado, a
conclusão, é o de que o paciente ficará bom logo. Então devemos achar o termo intermediário.
Ora, sabemos que, quando o remédio é tomado na dose certa e é um remédio tradicional,
natural e possivelmente o paciente se cura da doença.
Assim, temos uma visão objetiva, não levando em consideração o que julga o paciente. Veja
que, se a conclusão fosse assim objetiva, por exemplo, “Devo ficar bom”, “possivelmente ficarei
bom”, certamente as alternativas B (“o xarope é um medicamento tradicional”) e C (“o xarope vai
ser tomado na dosagem certa”) estariam corretas, concorda?
Porém, a conclusão apresenta uma visão subjetiva, pessoal. O paciente não diz simplesmente
que vai ficar bom. Ele acredita que ficará bom rapidamente, logo. Isso é uma consideração com base
naquilo que ele acredita.
Assim, a alternativa (A) é a correta, pois o fato de ele acreditar que o médico é realmente
muito competente o faz julgar que ficará bom rapidamente.
As alternativas (D) e (E) estão erradas, pois as informações de o exame ter sido demorado e
meticuloso e de o remédio ser de criação recente não encontram vestígios na primeira premissa ou
na conclusão. Assim, extrapolam a informação.
Gabarito: D
A alternativa (C) está errada, porque nega as duas premissas. Segundo elas, todo maranhense
é nordestino e todo nordestino é brasileiro. Assim, não podemos afirmar que é possível existir um
maranhense que não seja brasileiro.
Conforme a explicação inicial e da alternativa (B), notamos que a alternativa (D) está errada.
A alternativa (E) está errada, porque claramente o grupo de brasileiros é bem maior que o
grupo de maranhenses, o que invalida a afirmação.
Gabarito: B
Assim, confirmamos a alternativa (D) como a correta, pois realmente alguns políticos não são
professores. Isso é categórico!
Gabarito: D
A charge acima, da autoria de Newton Silva, considerando-se ter sido feita em setembro de 2015,
tem por principal objetivo:
(A) condenar a influência de Maquiavel nos atos dos governos;
(B) criticar os frequentes atos de corrupção na política brasileira;
(C) ironizar a má preparação intelectual dos nossos políticos;
(D) mostrar fraquezas presentes na teoria política dos regimes democráticos;
(E) demonstrar a urgente necessidade de ser revisto nosso sistema eleitoral.
Comentário: Esta questão ambienta o contexto para falarmos sobre falácia argumentativa, da
mesma forma como cairá na sua prova.
A alternativa (A) está errada, porque não é a influência de Maquiavel que gera os maus atos
do governo, mas a má índole de alguns políticos. Isso é notório na fala deles e na expressão facial.
A alternativa (B) é a correta, pois fica claro que a charge critica a má índole de alguns políticos.
Veja a argumentação falaciosa do segundo político.
A alternativa (C) está errada, pois a má índole de alguns políticos não é simplesmente gerada
pela falta de preparação intelectual, mas pelo caráter.
A alternativa (D) está errada, pois os políticos da charge apenas apresentam a falácia
argumentativa como forma de debochar, zombar da situação. Assim, a fraqueza não é da suposta
teoria, mas da má índole.
A alternativa (E) está errada, porque efetivamente o texto não apresenta elementos que nos
façam entender que uma revisão no sistema eleitoral extirparia políticos de má índole.
Gabarito: B
atrapalhadas (ou ignoradas) por filhos e filhas que preferem as mensagens de texto às conversas
com os pais.
2. Ele põe sua vida em risco
No Brasil, falar ao celular enquanto se está no volante é uma infração de trânsito. Isso acontece
porque o telefone realmente tira a atenção dos motoristas. Mas há relatos de que a distração
causada pelos celulares vai muito mais além: até mesmo quando estamos caminhando, ficamos mais
suscetíveis a acidentes quando estamos em ligações.
3. Seu telefone é uma colônia de bactérias
Um dos principais problemas dos celulares são os micróbios. Muitos utilizam os aparelhos no
banheiro, o que pode infectá-los com bactérias dos mais variados tipos. Sujeiras dos bolsos, chão e
mesas também afetam os telefones. Em suma, os celulares são verdadeiras colônias de germes e
outros pequenos vilões da saúde humana.
4. Mensagens estão em nosso subconsciente
Um estudo alemão mostrou que grande parte das pessoas de até 30 anos está com os caminhos
para a digitação de mensagens gravados no subconsciente. Isso significa que, mesmo sem um
teclado visível, os usuários conseguem saber onde estão as letras de seus celulares. Parece que o
mesmo acontece com os teclados de computadores, mas nos experimentos somente os números
eram mostrados e, incrivelmente, as pessoas envolvidas conseguiam decifrar os códigos mais
rapidamente.
5. Você está perdendo seus sentidos
Em uma velocidade muito baixa, mas isso está acontecendo. Possivelmente os celulares estejam
fazendo com que seus olhos sejam afetados (a radiação faz com que eles sejam aquecidos). Além
disso, a audição pode estar sendo afetada por volumes muito altos em fones de ouvido.
6. Eles deixam as crianças malcriadas
Estudos mostram um dado curioso. Mulheres que usam celular durante a gravidez e durante os
primeiros anos de vida de seus bebês têm 50% a mais de chances de terem filhos com sérios
problemas comportamentais. A causa disso? A radiação por celulares estaria estimulando a
liberação de melatonina (um hormônio que regula várias funções corporais).
7. Celulares podem causar esterilidade
Segundo apontam cientistas, celulares emitem radiação eletromagnética. É ela que, supostamente,
causa danos ao cérebro. Novas teorias apontam para o fato de que essa mesma radiação poderia
ser responsável por afetar também o sistema reprodutor dos homens. Como os celulares ficam
muito tempo nos bolsos, isso poderia ser uma causa da esterilidade.
“São várias teorias sobre a nocividade dos aparelhos sobre o corpo humano”.
A teoria citada que é inadequada em relação a essa observação inicial do texto é:
(A) Celulares podem causar esterilidade;
(B) Você está perdendo seus sentidos;
pessoa atender às ligações. Isso sem falar em reuniões familiares, que são constantemente
atrapalhadas (ou ignoradas) por filhos e filhas que preferem as mensagens de texto às conversas
com os pais.
Abraço.
Terror.
Sempre que passamos de uma premissa diretamente a uma conclusão, assumimos como verdadeira
uma ideia intermediária.
A ideia intermediária desse raciocínio é:
(A) o médico é bastante competente;
(B) o xarope é um medicamento tradicional;
(C) o xarope vai ser tomado na dosagem certa;
(D) o exame foi demorado e meticuloso;
(E) o remédio é de criação recente.
13. (FUNCAB / EMSERH Auxiliar Administrativo 2016)
Considere que as seguintes afirmações são verdadeiras:
“Algum maranhense é pescador.”
“Todo maranhense é trabalhador.”
Assim pode-se afirmar, do ponto de vista lógico, que:
a) Algum maranhense pescador não é trabalhador
b) Algum maranhense não pescar não é trabalhador
c) Todo maranhense trabalhador é pescador
d) Algum maranhense trabalhador é pescador
e) Todo maranhense pescador não é trabalhador.
14. (FUNCAB / EMSERH Auxiliar Administrativo 2016)
Se todos os maranhenses são nordestinos e todos os nordestinos são brasileiros, então pode-se
concluir que:
a) é possível existir um maranhense que não seja nordestino.
b) é possível existir um nordestino que não seja maranhense.
c) é possível existir um maranhense que não seja brasileiro.
d) todos os nordestinos são maranhenses.
e) todos os brasileiros são maranhenses.
15. (ESAF / MF Assistente Técnico-Administrativo 2012)
Em uma cidade as seguintes premissas são verdadeiras:
Nenhum professor é rico.
Alguns políticos são ricos.
Então, pode-se afirmar que:
a) Nenhum professor é político.
A charge acima, da autoria de Newton Silva, considerando-se ter sido feita em setembro de 2015,
tem por principal objetivo:
(A) condenar a influência de Maquiavel nos atos dos governos;
(B) criticar os frequentes atos de corrupção na política brasileira;
(C) ironizar a má preparação intelectual dos nossos políticos;
(D) mostrar fraquezas presentes na teoria política dos regimes democráticos;
(E) demonstrar a urgente necessidade de ser revisto nosso sistema eleitoral.
17. (FGV /CODEMIG Analista de Apoio 2015)
“Assaltar os cofres públicos é um ato democrático porque o dinheiro é poder e o poder emana do
povo”.
A frase mostra uma estrutura argumentativa, que teria validade, mas não verdade, na seguinte
forma:
(A) o poder emana do povo / o dinheiro é poder / assaltar os cofres públicos é um ato democrático;
(B) o dinheiro é poder / o poder emana do povo / assaltar os cofres públicos é um ato democrático;
(C) assaltar os cofres públicos é um ato democrático / o poder emana do povo / o dinheiro é poder;
(D) o dinheiro é poder / assaltar os cofres públicos é um ato democrático / o poder emana do povo;
(E) o poder emana do povo / assaltar os cofres públicos é um ato democrático / o dinheiro é poder.
18. (FGV / TJ PI Analista Judiciário 2015)
O site Cracked separou sete coisas que ninguém sabia sobre os celulares. São várias teorias sobre a
nocividade dos aparelhos sobre o corpo humano. Quer saber quais são elas? Então vamos à lista:
1. Celulares são responsáveis pela destruição de famílias
Antes dos telefones celulares, os casais eram muito mais fiéis. Atualmente, a grande maioria dos
casos de adultério é combinada por telefones pessoais, pois dessa forma não há tanto risco de outra
pessoa atender às ligações. Isso sem falar em reuniões familiares, que são constantemente
atrapalhadas (ou ignoradas) por filhos e filhas que preferem as mensagens de texto às conversas
com os pais.
2. Ele põe sua vida em risco
No Brasil, falar ao celular enquanto se está no volante é uma infração de trânsito. Isso acontece
porque o telefone realmente tira a atenção dos motoristas. Mas há relatos de que a distração
causada pelos celulares vai muito mais além: até mesmo quando estamos caminhando, ficamos mais
suscetíveis a acidentes quando estamos em ligações.
3. Seu telefone é uma colônia de bactérias
Um dos principais problemas dos celulares são os micróbios. Muitos utilizam os aparelhos no
banheiro, o que pode infectá-los com bactérias dos mais variados tipos. Sujeiras dos bolsos, chão e
mesas também afetam os telefones. Em suma, os celulares são verdadeiras colônias de germes e
outros pequenos vilões da saúde humana.
4. Mensagens estão em nosso subconsciente
Um estudo alemão mostrou que grande parte das pessoas de até 30 anos está com os caminhos
para a digitação de mensagens gravados no subconsciente. Isso significa que, mesmo sem um
teclado visível, os usuários conseguem saber onde estão as letras de seus celulares. Parece que o
mesmo acontece com os teclados de computadores, mas nos experimentos somente os números
eram mostrados e, incrivelmente, as pessoas envolvidas conseguiam decifrar os códigos mais
rapidamente.
5. Você está perdendo seus sentidos
Em uma velocidade muito baixa, mas isso está acontecendo. Possivelmente os celulares estejam
fazendo com que seus olhos sejam afetados (a radiação faz com que eles sejam aquecidos). Além
disso, a audição pode estar sendo afetada por volumes muito altos em fones de ouvido.
6. Eles deixam as crianças malcriadas
Estudos mostram um dado curioso. Mulheres que usam celular durante a gravidez e durante os
primeiros anos de vida de seus bebês têm 50% a mais de chances de terem filhos com sérios
problemas comportamentais. A causa disso? A radiação por celulares estaria estimulando a
liberação de melatonina (um hormônio que regula várias funções corporais).
Câmara dos Deputados aprovou a constitucionalidade da PEC que reduz a maioridade penal de 18
para 16 anos”.
O autor do texto apela para algumas estratégias argumentativas; a estratégia identificada de forma
correta e adequada ao texto é:
(A) a criação de autoridade para os seus argumentos ao citar a Comissão de Constituição e Justiça
da Câmara dos Deputados;
(B) o aumento da força de seus argumentos ao colocar as opiniões em primeira pessoa do singular;
(C) o apelo à intimidação do leitor, antecipando os perigos sociais de uma parte delinquente de
nossa juventude;
(D) a utilização de um falso argumento “ou um ou outro”, ao dizer “no banco da escola ou no banco
dos réus”;
(E) o uso de argumento apoiado em pública autoridade ao indicar a preferência do Congresso
Nacional pela redução da maioridade penal.
4 – GABARITO
1. B 8. D 15. D
2. E 9. C 16. B
3. D 10. B 17. A
4. C 11. D 18. D
5. D 12. D 19. C
6. A 13. D 20. A
7. A 14. B 21. D