O documento discute as fontes do direito penal brasileiro. As principais fontes formais são a lei e a Constituição Federal, enquanto a União é a fonte material. Também são consideradas fontes mediatas a jurisprudência, tratados internacionais e costumes. A competência para legislar sobre direito penal é privativa da União, podendo esta delegar competência sobre questões específicas aos estados por meio de lei complementar.
O documento discute as fontes do direito penal brasileiro. As principais fontes formais são a lei e a Constituição Federal, enquanto a União é a fonte material. Também são consideradas fontes mediatas a jurisprudência, tratados internacionais e costumes. A competência para legislar sobre direito penal é privativa da União, podendo esta delegar competência sobre questões específicas aos estados por meio de lei complementar.
O documento discute as fontes do direito penal brasileiro. As principais fontes formais são a lei e a Constituição Federal, enquanto a União é a fonte material. Também são consideradas fontes mediatas a jurisprudência, tratados internacionais e costumes. A competência para legislar sobre direito penal é privativa da União, podendo esta delegar competência sobre questões específicas aos estados por meio de lei complementar.
1) FONTES: se referem a origem das normas. Designam tanto os modos de
elaboração quanto os de revelação da norma jurídica. A palavra fonte remete à ideia de origem, de gênese, de nascedouro, surgimento. “fonte é o órgão de onde provém o Direito e a origem das normas jurídicas”. Classificação das fontes: São divididas em: a) Fontes materiais e fontes formais: As fontes materiais, substanciais ou de produção representam todos os fatores que causam a elaboração de uma nova norma penal. Assim podem ser enumerados os motivos sociológicos, políticos e movimentos sociais. Tudo que impulsiona o processo legiferante, ou seja, que ocasiona a criação de novas normas penais é sua fonte material. A doutrina majoritária, entretanto, tem uma concepção restritiva e aponta que a fonte material é o Estado, no caso é a RFB, mais especificamente, compete à União, de forma privativa, legislar sobre Direito Penal. Entretanto, a lei complementar federal pode autorizar os estados-membros a legislarem sobre questões específicas de Direito Penal (artigo 22, p. único da CF). As fontes formais, de conhecimento ou cognição, a seu turno, constituem o produto das fontes materiais, ou seja, aquilo que é produzido a partir dos movimentos sociais e políticos de elaboração do Direito. De forma simples. As fontes formais são as próprias normas jurídicas. Dizem respeito à roupagem que as regras e princípios de direito penal apresentam, ou seja, a sua forma. b) Fontes diretas e indiretas: A fonte direta e imediata do Direito Penal é a Lei. Diante disso, devido ao princípio da legalidade, as infrações penais e sanções devem estar previstas em lei. É o que determina o artigo 1° do CP: Art. 1° Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. O artigo 4° da LINDB elenca outras fontes, denominadas pela doutrina como indiretas, mediatas ou subsidiárias, são elas os costumes e princípios gerais do direito. O costume possui dois elementos: um objetivo e um subjetivo. O objetivo é a reiteração da conduta, a habitualidade. O seu elemento subjetivo é a convicção de sua obrigatoriedade. Os princípios gerais do direito consubstanciam normas com maior grau de abstração, que exprimem valores e são extraídos do ordenamento jurídico. São valores norteadores do sistema jurídico. A doutrina a jurisprudência são consideradas, em uma visão tradicional mais adequada, como formas de se interpretar a norma penal. A visão mais moderna inclui a doutrina e a jurisprudência como fontes do direito, de modo a considerar, inclusive , que a jurisprudência cria ou recria o direito. Para essa posição, a fonte formal e imediata é a lei em sentido formal. Por outro lado, a CF, a jurisprudência, a doutrina, os tratados, as convenções internacionais sobre direitos humanos, os costumes, os princípios gerais do direito e os atos administrativos seriam fontes formais mediatas. É a concepção que tem prevalecido atualmente. A analogia, mencionada pelo artigo 4° da LINDB, NÃO É CONSIDERADA FONTE DO DIREITO, mas sim técnica de integração das normas penais. Serve para suprir as lacunas na lei. No caso do direito penal, só se admite analogia em bonam partem, ou seja, para beneficiar o acusado, sendo vedada analogia in malam partem. A equidade por sua vez, é um vetor interpretativo, por se referir ao valor ético-social, de se decidir com justiça. Não se trata propriamente de fonte do direito, mas sim de recurso que o juiz deve utilizar quando da interpretação da lei penal. c) Fontes primárias e fontes secundárias: as fontes primárias são as normas legais, em sentido amplo, aquelas provenientes tanto as do poder constituinte, quanto as elaboradas pelo poder legislativo. A CF é considerada a fonte de validade de todas as demais do nosso ordenamento jurídico. É a principal fonte primária, dada sua posição de prevalência no direito. As leis ordinárias, complementares e delegadas constituem também o conjunto das fontes primárias. As fontes secundárias constituem fontes destinadas a regulamentar as primárias. Ex: decreto que regulamente determinada lei sobre armas, esse decreto é uma fonte secundária do direito penal. Resumo das fontes e aspectos mais relevantes:
Fonte formal: lei
Fonte material: união Fonte imediata: lei, em sentindo formal Fontes mediatas: constituição, jurisprudência, tratados, convenções internacionais, costumes, princípios gerais do direito e atos administrativos. Não são fontes: analogia e equidade Não são admitidas como fontes de incriminação: medida provisória e lei delegada. 2) COMPETÊNCIA LEGISLATIVA EM MATÉRIA PENAL: A competência para legislar em matéria penal está prevista no artigo 22 da CF, que determina competir à União legislar privativamente sobre direito penal. "Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho." Importante ressaltar que o parágrafo único do artigo 22 da CF prevê a possibilidade de a união, por meio de lei complementar, autorizar os estados a legislarem sobre questões específicas previstas nos incisos do artigo 22. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. A doutrina aponta que é possível que a união delegue competência penal, sobre questões específicas aos estados. Assim, caso a união, por meio de lei complementar, delegue tal competência a um estado membro, é possível haver lei estadual como fonte de direito penal.