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Sim:
o MC
As emissões ilícitas provocam dano aos titulares
Sem dano não haveria motivo para restringir o gozo
Se não houvesse dano não deveriam ser consideradas ilícitas,
podendo ser proibidas
Mesmo que não existisse um “prejuízo substancial” estas
emissões são ilícitas, podendo ser impedidas pelos titulares de
direitos de gozo sobre o prédio afetado, havendo lugar à
imputação dos danos, a título de responsabilidade civil
Não
o Pires Lima
O objetivo do preceito é salvaguardar o gozo da coisa pelos
titulares de direitos reais, pelo que, ainda que o uso desencadeie
as emissões seja um uso normal da coisa, as emissões são ilícitas
Abrange:
Prédios contíguos
Prédios com proximidade espacial
o STJ: “proximidade suficiente para ser afetado pelas emissões de cheiros
e ruídos”
o MC: Qualquer prédio que possa ser atingido pelas emissões de outro
prédio considera-se vizinho
A proibição abrange:
o Qualquer imóvel licenciado por autoridade administrativa
STJ: o direito de posição face a emissões de cheiros ou ruídos,
subsiste mesmo que os ruídos sejam inferiores à previsão legal
desde que seja considerada como agressão ambiental
Mesmo que os trabalhos tenham sido autorizados pela Câmara
Municipal apenas o serão limitadamente
3. As instalações prejudiciais
Art.º 1347
STJ: amplia a lista de construção
Os danos causados com a falta de apoio decorrente dos trabalhos dos trabalhos
de escavação
Os danos projetados pelas escavações nos prédios vizinhos
Responsabilidade objetiva do autor das escavações:
OA: a conduta além de não culposa é ilícita, sem que tal inquine a
responsabilidade civil
O proprietário não vê a sua responsabilidade a ser afastada por ter recorrido a
um empreiteiro para a realização da obra
4. Passagem Forçada Momentânea
Art.º 1349
O titular deve consentir na colocação de andaime, matérias e outras estruturas no seu
prédio se for imprescindível para a construção
O titular do direito lesado pode ser indemnizado (art.º 1349/3)
Art.º 1349/2:
Direito de acesso de terceiro a imóvel sobre o qual não tem qualquer direito
para recuperar coisa sua que aí se encontre
O titular do direito pode impedir o exercício do acesso, oferecendo a coisa que
se encontra no imóvel
5. O dever de conservação de imóvel
Art.º 1350
Art.º 492
Dever de conservar o direito real de gozo sobre edifício ou outra obra
Art.º 1472/1: o dever não é forçosamente do proprietário, pode ser do usufrutuário
Se por defeito de conservação o edifício causar danos a alguém, o titular do direito real
que construiu a obra é responsável civilmente, presumindo a sua culpa (art.º 492/1 e
483/1).
6. Escoamento natural das águas e obras defensivas das águas
Art.º 1351
Os titulares dos direitos sobre os prédios inferiores não podem impedir os escoamento
de água, sedimentos e detritos
Os titulares dos direitos sobre os prédios superiores não podem agravar o escoamento
tal como decorre da ação da natureza.
Obras defensivas das águas (art.º 1352)
Está em causa:
o O interesse dos titulares de direitos reais de gozo sobre o prédio onde as
obras defensivas existam
o O dos titulares de prédios vizinhos que recebam proteção das águas por
via dessas obras
Titular do direito real sobre o prédio onde exista a obra defensiva
o Posição jurídica bifacetada:
Dever proceder às obras de conservação dessa obra
Se não fica obrigado a tolerar que os titulares de direitos reais de
gozo sobre os prédios vizinhos beneficiados com as obras
defensivas as façam
Nº3:
o Participação dos titulares de direitos reais nas despesas com as obras de
conservação ou de reparação
o Se houver um responsável civil pelas destruição de obras defensivas de
águas a este cabe suportar o valor da reparação
o Não havendo: as obras devem ser suportadas por casa titular do direito
real na proporção do seu interesse nas mesmas
7. Abertura de janelas, varandas, portas e semelhantes sobre prédio contíguo
Art.º 1360
Defesa da privacidade das pessoas contra a intrusão ou devassa que pode estar
associada a uma estreita proximidade espacial
Art.º 1361:
Dever não existe se entre os prédios existe uma passagem do domínio público,
como estrada, caminho, rua, etc.
8. A desvinculação por meio de “servidões de vista”
Art.º 1362
Os deveres de não abertura de porta, janelas, etc. a menos de um metro e meio
possam ficar libertos deveres através da obtenção de uma servidão de vistas.
A posse do prédio em violação no art.º 1360 pode, por usucapião, extinguir estes
deveres.
Art.º 1362:
Nº1: constituição de uma servidão de vistas por usucapião
o Alguns autores falam em servidões de desvinculação
O usucapião tem uma eficácia constitutiva de direitos reais de
gozo
Ora, o art.º 1362 não é de constituição de direito real, mas de
extinção de um particular dever
o O titular do direito real de gozo sobre o prédio que beneficia com a
extinção do dever não adquire qualquer direito
A extinção de deveres não cria, em contrapartida, qualquer
constituição de direito real ou servidão
O art.º 1362 extingue deveres preceituados no art.º 1360:
Os titulares de direitos reais de gozo não estão sujeitos aos deveres do art.º
1360
Nº2: 1.80 cm do solo
10. Estilicídio
Art.º 1365:
Nº1: O titular do direito real de gozo pode plantar plantas ou arbustos até ao
limite do seu prédio
Nº2: Situações de árvores ou plantas com efeitos nocivos para os prédios
vizinhos
Consequência: o titular do prédio pode arrancá-las ou cortá-las, se o dono das
árvores ou plantas o não fizer no prazo de três dias
Art.º 1367:
Se os frutos das árvores não puderem ser colhidos através do seu prédio o
titular do direito real de gozo do prédio vizinho está obrigado a facultar a
colheita
Direito à indemnização pelos prejuízos sofridos
12. A tapagem do prédio
Art.º 1356:
Art.º 1359
13. O conteúdo negativo de vizinhança convencionado
As partes podem convencionar vinculações do titular do direito real de gozo.
14. O conteúdo negativo imposto pelo conflito com direitos intelectuais
A exteriorização de bens intelectuais em suportes corpóreos pode acarretar a
imposição de deveres ao titular do direito real de gozo sobre a coisa