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DR.

DANYLLO CARVALHO

VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO


Dr. Danyllo Carvalho
Dra. Silvânia Wanderley
DR. DANYLLO CARVALHO

Roteiro de aula
1. Indicações de Intubação Orotraqueal (IOT)

2. Anatomia na prática de IOT

3. Avaliação das vias aéreas e sinais de alerta

4. Ventilação com máscara

5. Laringoscopia e Sequência Rápida de Intubação

6. Drogas para indução anestésica na IOT

7. Manejo hemodinâmico na IOT


Quais as

INDICAÇÕES
para emprego de

INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL?
Indicações de Intubação Orotraqueal
DR. DANYLLO CARVALHO

Quatro perguntas devem ser feitas:

A O PACIENTE CONSEGUE PROTEGER A VIA AÉREA?

B HÁ FALHA NA VENTILAÇÃO OU OXIGENAÇÃO?

E
QUAL A EVOLUÇÃO CLÍNICA ESPERADA DO PACIENTE?

QUAIS OS PRÓXIMOS PASSOS NO MANEJO DO PACIENTE?


Indicações de Intubação Orotraqueal
DR. DANYLLO CARVALHO

Quatro perguntas devem ser feitas:


O PACIENTE CONSEGUE PROTEGER A VIA AÉREA?
REFLEXO PROTETOR GAG REFLEX Contraindicada sua testagem
DAS VIAS AÉREAS TOSSE ESPONTÂNEA
DEGLUTIÇÃO ESPONTÂNEA
FONAÇÃO CLARA

VÍTIMA DE TRAUMA COM ESCALA DE COMA DE GLASGOW (ECG) < OU = 8


Indicações de Intubação Orotraqueal
DR. DANYLLO CARVALHO

HÁ FALHA NA VENTILAÇÃO OU OXIGENAÇÃO?


HIPOXEMIA (SAT. O2 <94%) RESPIRAÇÃO SUPERFICIAL
TAQUIPNEIA ESTRIDOR RESPIRATÓRIO
ESFORÇO RESPIRATÓRIO EUPNEIA OU BRADIPNEIA COM
PIORA CLÍNICA
NÃO AGUARDAR SINAIS DE ACIDOSE RESPIRATÓRIA OU
HIPOXEMIA EM DOENÇA AGUDA!!

IDOSO, CARDIOPATA, APRESENTANDO SATURAÇÃO 72% COM USO DE O2 SOB


MÁSCARA A 15 LITROS / MIN (FIO2 100%), ASSOCIADO A TIRAGEM INTERCOSTAL
E FURCULAR
Indicações de Intubação Orotraqueal
DR. DANYLLO CARVALHO

QUAL A EVOLUÇÃO CLÍNICA ESPERADA DO PACIENTE?


QUEIMADURA DE VIAS AÉREAS
LESÃO EXPANSIVA CERVICAL
LESÃO EXPANSIVA CEREBRAL

PACIENTE RESGATADO DE PREDIO EM CHAMAS, APRESENTANDO


SATURAÇÃO DE 98% EM AR AMBIENTE, ASSOCIADO A ROUQUIDÃO
DURANTE A FONAÇÃO, VIBRÍCIAS NASAIS CHAMUSCADAS,
FULIGEM DURANTE A EXPIRAÇÃO
Indicações de Intubação Orotraqueal
DR. DANYLLO CARVALHO

QUAIS OS PRÓXIMOS PASSOS NO MANEJO DO PACIENTE?


CUIDADOS PALIATIVOS / NECESSIDADE DE SEDATIVOS PARA CONTROLE ÁLGICO
NECESSIDADE DE TRANSPORTE AÉREO
PACIENTES QUE SERÃO SUBMETIDOS A PROCEDIMENTO CIRÚRGICO EXTENSO
“[...] é preferível ser mais prudente e
REALIZAR UMA INTUBAÇÃO QUE TALVEZ
NÃO FOSSE NECESSÁRIA
do que perceber retrospectivamente que o paciente foi
posto em
RISCO POR UM ATRASO NA INTUBAÇÃO.”
DR. DANYLLO CARVALHO

Roteiro de aula
1. Indicações de Intubação Orotraqueal (IOT)

2. Anatomia na prática de IOT

3. Avaliação das vias aéreas e sinais de alerta

4. Ventilação com máscara

5. Laringoscopia e Sequência Rápida de Intubação

6. Drogas para indução anestésica na IOT

7. Manejo hemodinâmico na IOT


Quais as principais
BARREIRAS ANATÔMICAS
para a passagem do tubo orotraqueal?
Anatomia na prática de IOT
DR. DANYLLO CARVALHO
Anatomia na prática de IOT
DR. DANYLLO CARVALHO
Anatomia na prática de IOT
DR. DANYLLO CARVALHO
Anatomia na prática de IOT
DR. DANYLLO CARVALHO
Anatomia na prática de IOT
DR. DANYLLO CARVALHO
Anatomia na prática de IOT
DR. DANYLLO CARVALHO
Anatomia na prática de IOT
DR. DANYLLO CARVALHO
DR. DANYLLO CARVALHO

Roteiro de aula
1. Indicações de Intubação Orotraqueal (IOT)

2. Anatomia na prática de IOT

3. Avaliação das vias aéreas e sinais de alerta

4. Ventilação com máscara

5. Laringoscopia e Sequência Rápida de Intubação

6. Drogas para indução anestésica na IOT

7. Manejo hemodinâmico na IOT


Quais as principais
ARMADÍLHAS
para introdução do Tubo Orotraqueal (TOT)?
Avaliação de preditores de via aérea difícil
DR. DANYLLO CARVALHO

Devem ser realizadas 4 avaliações:

LARINGOSCOPIA DIFÍCIL

VENTILAÇÃO COM BVM DIFÍCIL

DIFICULDADE DE POSICIONAMENTO E USO DIFÍCIL DE DISPOSITIVO


SUPRAGLÓTICO

CRICOTIREOIDEOSTOMIA DIFÍCIL
Avaliação de preditores de via aérea difícil
DR. DANYLLO CARVALHO

LARINGOSCOPIA DIFÍCIL
L OOK EXTERNALY

E VALUATE 3-3-2
M
O
N

ABERTURA ORAL MENTO-HIOIDE HIO-TIREOIDE


Avaliação de preditores de via aérea difícil
DR. DANYLLO CARVALHO

LARINGOSCOPIA DIFÍCIL
L OOK EXTERNALY

E VALUATE 3-3-2
M ALLAMPATI
O
N
Avaliação de preditores de via aérea difícil
DR. DANYLLO CARVALHO

LARINGOSCOPIA DIFÍCIL
L OOK EXTERNALY

E VALUATE 3-3-2
M ALLAMPATI 1. VOZ ABAFADA

O BSTRUCTION
2.
3.
ESTRIDOR
DISPNEIA

N 4. SIALORREIA
Avaliação de preditores de via aérea difícil
DR. DANYLLO CARVALHO

LARINGOSCOPIA DIFÍCIL
L OOK EXTERNALY

E VALUATE 3-3-2
M ALLAMPATI
O BSTRUCTION
N ECK MOBILITY
Avaliação de preditores de via aérea difícil
DR. DANYLLO CARVALHO

VENTILAÇÃO COM BVM DIFÍCIL


R ESTRIÇÃO / RADIAÇÃO RADIAÇÃO CERVICAL RECENTE
O DOENÇAS RESTRITIVAS / OBSTRUTIVAS
M • DPOC
• PNEUMONIA
A • SDRA

N
Avaliação de preditores de via aérea difícil
DR. DANYLLO CARVALHO

VENTILAÇÃO COM BVM DIFÍCIL


R ESTRIÇÃO / RADIAÇÃO
O BSTRUÇÃO / OBESIDADE IMC > OU = 26
M ASK SEAL / MALLAMPATI / MASCULINO BARBA
A MALLAMPATI III OU IV
N SONDAS ORO/NASO
Avaliação de preditores de via aérea difícil
DR. DANYLLO CARVALHO

VENTILAÇÃO COM BVM DIFÍCIL


R ESTRIÇÃO / RADIAÇÃO
O BSTRUÇÃO / OBESIDADE IMC > OU = 26
M ASK SEAL / MALLAMPATI / MASCULINO
A GE > 55 ANOS
N O TEETH
Avaliação de preditores de via aérea difícil
DR. DANYLLO CARVALHO

DIFICULDADE DE POSICIONAMENTO E USO DIFÍCIL DE


DISPOSITIVO SUPRAGLÓTICO
R ESTRIÇÃO
O BESIDADE / OBSTRUÇÃO
D ISTORÇÃO ANATÔMICA
S HORT THYROMENTAL DISTANCE: DISTÂNCIA TIREOMENTONIANA CURTA
Avaliação de preditores de via aérea difícil
DR. DANYLLO CARVALHO

CRICOTIREOIDEOSTOMIA DIFÍCIL
S URGERY
M ASS
A NATOMY
R ADIATION
T UMOR
DR. DANYLLO CARVALHO

Roteiro de aula
1. Indicações de Intubação Orotraqueal (IOT)

2. Anatomia na prática de IOT

3. Avaliação das vias aéreas e sinais de alerta

4. Ventilação com máscara VISTO DESDE O 2º PERÍODO

5. Laringoscopia e Sequência Rápida de Intubação

6. Drogas para indução anestésica na IOT

7. Manejo hemodinâmico na IOT


Laringoscopia e Sequência Rápida de Intubação
DR. DANYLLO CARVALHO

Conhecendo o laringoscópio...

MILLER

MACINTOSH

LARINGOSCÓPIO
CABO LÂMINAS
Laringoscopia e Sequência Rápida de Intubação
DR. DANYLLO CARVALHO

Sequência Rápida de Intubação • Se utilizada corretamente, tem taxa de


99% de sucesso
• Risco de complicações de 12%
• Dentes quebrados
• Intubação seletiva
• Intubação esofágica
• Pneumotórax
• PCR
• Etc
Laringoscopia e Sequência Rápida de Intubação
DR. DANYLLO CARVALHO

Sequência Rápida de Intubação 7 passos


Laringoscopia e Sequência Rápida de Intubação
DR. DANYLLO CARVALHO

Sequência Rápida de Intubação: 7 PASSOS


Passo 1: PREPARAÇÃO
• Monitorização com cardioscopia, oximetria de pulso, pressão arterial e
capnografia em forma de onda (quando disponível)

• Acesso venoso periférico pérvio e testado

• Medicações aspiradas e identificadas

• Sedação contínua preparada para o pós-IOT sempre que possível

• Estabelecimento dos planos

• Escolha da lâmina e TOT


DR. DANYLLO CARVALHO

• Testagem do material (BVM, cuffs, etc)

• Montagem e colocação dos coxins

• Configuração do Ventilador Mecânico (VM)


Passo 2: PRÉ-OXIGENAÇÃO
• Pré-oxigenar x ventilar

• Fornecer O2 suplementar a 100%

• Sat.O2 alvo > ou = a 93% (90% em algumas referências)

• 3 minutos ou 8 “respirações” profundas

• Inclinação de 30-45 graus sempre que possível


DR. DANYLLO CARVALHO

Passo 3: OTIMIZAÇÃO PRÉ-INTUBAÇÃO


• Alvo: SATO2 >90 – 93% PAS > 90 mmHg

• Otimização da PA: FLUIDOS ENDOVENOSOS

DROGAS VASOATIVAS
 Norepinefrina (2 mg / ml) – 20 ml + 80 ml SG 5%:
aspirar 20 ml da solução e infundir 1 ml ACM

• Fentanil: Avaliação criteriosa da indicação clínica - Sangramento


intracraniano ativo
• 50 mcg / ml - HIC
• Ampolas de 2, 5 ou 10 ml - Dissecção aórtica com
• Dose: 3 mcg / kg pico hipertensivo pré-
• Administrar 3 – 5 minutos antes da indução IOT

Opioide de ação curta, analgésico e simpatolítico

• Síndrome do tórax rígido


DR. DANYLLO CARVALHO

Passo 4: POSICIONAMENTO
• Altura da cama: PROCESSO XIFOIDE DO INTUBADOR

• Paciente próximo a cabeceira da cama

• Colocação de coxim occipital SNIFFING POSITION


DR. DANYLLO CARVALHO

Passo 5: INDUÇÃO DA HIPNOSE E PARALISIA


• Escolha das medicações varia de acordo com o status clínico e o perfil do
paciente
HIPNÓTICOS Adultos: Peso ideal
Obesos: Peso ideal + 30%
Idosos: Peso ideal - 30% a 50%
ETOMIDATO DOSE INÍCIO DE AÇÃO TEMPO DE AÇÃO
0,3 mg / kg
< 1 minuto 3 – 5 minutos
(EV)

• Cardiopositivo
• Reduz o fluxo sanguíneo e o consumo de O2
cerebral
• Mantem PPC se estabilidade hemodinâmica
DR. DANYLLO CARVALHO

QUETAMINA DOSE INÍCIO DE AÇÃO TEMPO DE AÇÃO


1 - 2 mg /
< 30 segundos 5 – 10 minutos
kg (EV)

• Cardioestável
• Efeito broncodilatador
• Não altera a PPC
• Alucinações, agitação e confusão mental
• Não inibe drive respiratório
PROPOFOL DOSE INÍCIO DE AÇÃO TEMPO DE AÇÃO
1,5 – 2 mg /
< 50 segundos 3 – 10 minutos
kg (EV)

• Vasodilatação e cardiodepressão (reduz PAM e PPC)


• Efeito broncodilatador discreto
• Não altera a PPC
• Escolha em gestantes (B)
DR. DANYLLO CARVALHO

MIDAZOLAM DOSE INÍCIO DE AÇÃO TEMPO DE AÇÃO


0,3 mg / kg
< 100 - 120 segundos 20 – 30 minutos
(EV)

• Medicação “de exclusão”


• Hipotensão (potencializado pelo Fentanil)
• Redução significativa da PPC, principalmente se associado a
opioides
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
DR. DANYLLO CARVALHO

BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES • Define SRI


• Aumenta o sucesso da IOT em primeira
tentativa
• Dose calculada com base na massa
corpórea total do paciente
SUCCINILCOLINA DOSE INÍCIO DE AÇÃO TEMPO DE AÇÃO
1,5 mg / kg
< 100 - 120 segundos 20 – 30 minutos
(EV)

• Hipertermia maligna (HM): hipotensão, acidose lática,


hipercalcemia e rigidez muscular
• Contraindicação absoluta: distrofias musculares
• Contraindicações relativas: queimaduras extensas (com risco
de rabdomiólise), Guillain-Barré, AVE
DR. DANYLLO CARVALHO

ROCURÔNIO DOSE INÍCIO DE AÇÃO TEMPO DE AÇÃO


1 mg / kg
< 120 segundos 58 – 67 minutos
(EV)

• Antídoto: sugammadex
• Indicada quando contraindicação a succinilcolina

• A infusão do hipnótico e bloqueador neuromuscular deve ser feita em bolus, a iniciar pelo
hipnótico
• Após infusão das medicações, o paciente cessará os movimentos respiratórios

Técnica básica para IOT:


• Laringoscópio na mão esquerda
• Mão direita abre a boca e depois regula a nuca
• Entrar pela direita e afastar a língua para esquerda
• Força exercida para cima e para frente
DR. DANYLLO CARVALHO

Passo 6: PASSAGEM E POSICIONAMENTO DO TOT


• Padrão ouro para posicionamento:

• Ultrassonografia transtraqueal
• Método auscultatório
Passo 7: PÓS-IOT
• Fixação do TOT
• Acoplagem ao VMI
• VC 4-6 ml / kg peso ideal
• Pressão de Plateau < 30 cmH2O
• Titular a FiO2
• Checar auto-peep
• Realizar radiografia de tórax (posicionamento TOT)
• Iniciar sedação contínua
OBRIGADO!

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