Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FMC – 2024.2
Trauma cranioencefálico
ESCALA DE COMA DE GLASGOW:
A ECG é utilizada mundialmente e é reconhecida como um instrumento valioso na avaliação do
estado neurológico de pacientes em geral, não somente vítimas de trauma. Essa escala é avaliação
obrigatória no “D” do paciente vítima de trauma.
CLASSIFICAÇÃO DO TCE:
Podemos classificar o TCE em leve, moderado e grave, conforme a ECG
Precisamos manter o cérebro perfundindo e oxigenando. Esses pacientes precisam manter a PAS >
100 ou 110mmHg e uma saturação de oxigênio > 98%. Além disso, existem outras medidas que
devem ser feitas:
1. Cabeceira elevada e centrada 30º ou 45º. Medida simples e eficaz que melhora a perfusão
intracraniana.
2. Sedação pode ser feita com Propofol, Midazolam e opióides, pois a agitação psicomotora
pode aumentar a pressão intracraniana (PIC). Esses agentes podem ajudar na redução da PIC,
mas não são isentos de efeitos colaterais. Geralmente, pacientes vítimas de TCE grave com
HIC são sedados de forma intensa ou moderada nos primeiros dias após o trauma. A avaliação
dessa sedação pode ser feita conforme a escala de agitação e sedação de Richmond (RASS)
Página 2 de 5
Phatryck Pinheiro
FMC – 2024.2
3. Hiperventilação: conceito antigo. A hiperventilação gera hipocapnia, que, por sua vez, leva à
vasoconstricção cerebral. Um menor aporte sanguíneo no cérebro leva à redução da pressão
intracraniana, mas, por outro lado, gera maior isquemia. Por esse motivo, a hiperventilação
profilática (pCO2 < 25mmHg) não deve ser utilizada. A recomendação atual é manter a
PaCO2 no limite inferior da normalidade (35mmHg a 45mmHg). Breves períodos de
hiperventilação (PaCO2 entre 25-35mmHg) podem ser utilizados em casos raros, em que há
iminência de herniação uncal e deterioração clínica progressiva.
4. Manitol: tem efeito diurético importante, reduzindo o edema cerebral e, consequentemente, a
pressão intracraniana. Mas fica reservado para casos de hipertensão intracraniana grave,
quando há risco de herniação uncal (piora neurológica aguda presenciada com dilatação
pupilar, hemiparesia ou perda de consciência). Como fazer? 1,5-2 g/kg (7,5-10 ml/kg) EV, em
30-60 minutos (existe frasco com 250ml ou 500ml).
Não pode fornecer manitol para pacientes em choque hemorrágico, pois o efeito hiperosmolar do
manitol irá piorar a hipotensão do paciente.
5. Solução salina hipertônica (“salgadão”): tem as mesmas indicações que o manitol. Mas tem
a vantagem de não ser diurético, podendo ser utilizado em pacientes hipotensos.
Salina 3%: 1 frasco de 500ml de SF 0,9% retira 55ml e adiciona 55ml das ampolas de NaCl 20%.
LESÕES INTRACRANIANAS:
LESÃO CEREBRAL DIFUSA:
Nesses casos, não há lesão focal na TC, como sangramentos e hematomas.
Página 3 de 5
Phatryck Pinheiro
FMC – 2024.2
Nas concussões, o paciente tem um distúrbio neurológico não focal transitório, que
frequentemente cursa com uma breve perda de consciência (<6 horas, mas classicamente
segundos ou poucos minutos) e amnésia. A TC de crânio costuma ser normal e não há tratamento
específico, devendo deixar o paciente em observação.
Página 4 de 5
Phatryck Pinheiro
FMC – 2024.2
Nos casos de hipertensão intracraniana grave, na iminência de herniação, podemos ver a tríade de
Cushing: hipertensão arterial, bradicardia e bradipneia.
1. Edema de partes
moles
2. Fratura de crânio em
afundamento
3. Hemorragia
subaracnóidea
4. Edema cerebral com
desvio da linha média
5. Hematoma subdural
6. Hematoma epidural
7. Contusão cerebral
frontal
Página 5 de 5