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Processo nº.
, devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, vem
respeitosamente à presente de Vossa Excelência interpor o presente:
Com fulcro no artigo 897, b, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, e da Instrução
Normativa 16/00 do Tribunal Superior do Trabalho - TST, diante das razões de fatos e de direito a
seguir anexas.
Agravante:
Agravados:
Origem:
Processo:
C. Tribunal Superior,
C. Turma Julgadora,
O despacho que denegou seguimento ao recurso de revista não deve ser mantido nos aspectos
a seguir impugnados, porquanto sua manutenção implicará em flagrante violação ao que dispõe os
dispositivos constitucionais e legais vigentes, a saber:
ADMISSIBILIDADE RECURSAL
1. O recurso é adequado, posto que interposto por parte legítima e capaz, processualmente
interessada e regularmente representada (o advogado subscritor destas razões recursais está
devidamente constituído conforme documentos de representação processual juntados aos autos na
Procuração no Id. abda1f8), e interposto contra decisão recorrível.
3. Ademais, o recurso é tempestivo, uma vez que o despacho denegatório de Id. 8942c0d foi
publicado em 06.02.2023, e o prazo para interposição do Agravo de Instrumento de 08 (oito) dias,
iniciou-se em 07.02.2023, e findar-se-á em 16.02.2023.
MÉRITO
“PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
Nos termos do art. 896, § 2º, da CLT, somente caberá recurso de revista, das
decisões proferidas em execução, por ofensa direta e literal de norma da
Constituição Federal.
CONCLUSÃO
DENEGO seguimento ao recurso de revista.”
“Artigo 896
§ 2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas
Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de
embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de
ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.”
6. Contudo, devida vênia, a parte Agravante entende que observou atentamente o referido
requisito. Vejamos:
7. Com relação ao tema, observa-se que a parte autora indicou expressamente os dispositivos
os quais houve ofensa direta e literal à CF. Vejamos:
RECURSO DE REVISTA
8. Também já demonstrado evidente que a matéria veiculada no Recurso de Revista inadmitido é afeta à
transcendência política e social, na medida em que a jurisprudência desta Corte superior se firmou no sentido
de que não se afigura juridicamente razoável a exigência, ao executado, de apresentar prova de que
determinado imóvel é seu único bem, pois tal exigência equivaleria à determinação para produção de prova
negativa de que não tem outros bens.
9. Portanto, a compreensão desta Corte superior firmou-se no sentido de que cabe ao exequente
comprovar que o imóvel em discussão não constitui bem de família, indicando outros bens de propriedade do
executado.
10. No caso dos autos, considerando que as premissas adotadas pelo Tribunal Regional – tanto em relação
ao afastamento da garantia legal da impenhorabilidade em razão da não residência da executada no imóvel,
como no tocante ao ônus da prova de que aquele é seu único bem – encontram-se dissonantes da
jurisprudência que rege a matéria, tem-se por demonstrada a transcendência política da controvérsia.
11. Resulta configurada, ainda, a transcendência social da causa, nos termos do artigo 896-A, III, da CLT,
uma vez que a discussão em torno do direito à moradia e à subsistência encontra guarida no artigo 6º da
Constituição da República, que trata dos direitos sociais.
12. Ainda, o Agravante pondera, desde logo, que não há que se falar na aplicação da Súmula 126 do C.
TST, na medida em que não se pretende o revolvimento fático-probatório, mas, tão somente, a revista das
razões de decidir esposadas no v. acórdão guerreado e no acórdão integrativo que apreciou os Embargos de
Declaração.
14. Vejamos as razões da Revista, em razão das violações diretas à Constituição Federal, ao arrepio: (i) do
Art. 1º, inciso “III” quanto ao direito fundamental e pétreo da dignidade da pessoa humana; (ii) inciso XXII do
Artigo 5º, que reconhece o direito de propriedade como um direito fundamental (calcificado pela Declaração
Universal de Direitos Humanos, em seu Artigo 17), e (iii) bem como do direito social à moradia, previsto no
artigo 6º, caput, da Carta Magna.
15. Em virtude do exposto, a parte Agravante REQUER a reforma do despacho denegatório com a
devida admissibilidade do recurso de revista e julgamento do mérito quanto aos tópicos abordados,
tendo em vista a observância do requisito previsto no § 2º do artigo 896, da CLT.
16. Por extrema cautela, a parte Agravante ratifica e renova as razões de mérito do seu recurso
de revista já interposto, e, com reforma do r. despacho denegatório para a devida admissibilidade do
recurso de revista, REQUER o julgamento do mérito quanto aos tópicos abordados e, depois, o
provimento com a procedência do pedido.
17. De início, importante mencionar que, entendeu o juízo a quo pelo não provimento do agravo
de petição de Id. e7e1314, sob o fundamento de que não teria restado comprovado que o imóvel em
questão seria bem de família, in verbis:
“O agravante alega que juntou aos autos diversos documentos que comprovariam que
o imóvel penhorado é utilizado como residência, tais como: faturas de energia elétrica
e de serviços de banda larga, ata de assembleia de condomínio e comprovantes de
pagamento de condomínio. Sustenta, ainda, que, independentemente da existência de
outras propriedades, utilizaria o imóvel penhorado como residência. Por essas razões,
pleiteia o reconhecimento de que o imóvel é bem de família e requer o levantamento
da penhora.”
A fim de comprovar que o imóvel seria bem de família, o agravado carreou aos autos
faturas de serviços de banda larga em nome de Anya Tabata Mello Fidalgo (fls.
308/310 e 346/381), faturas de energia elétrica em seu próprio nome (fls. 311/315 e
322/345), boleto de cobrança de condomínio (fl. 316), certidão negativa de débito
referente a taxa condominial (fls. 382/384) e ata de assembleia do condomínio da qual
participou (fls. 385/386).
Ocorre que, como bem salientou o Juízo de origem, contas de consumo de serviços
básicos e taxas condominiais constituem despesas comuns e regulares de imóveis não
habitados, de modo que constituem mero indício de que o imóvel é utilizado como
residência.
Somente na terceira tentativa, foi atendido pelo zelador do edifício, que afirmou que
uma mulher moraria no apartamento, da qual, no entanto, sequer sabia o nome.
Ainda que o zelador tenha declarado que se trataria da esposa do executado, ele
também afirmou que ela estaria residindo na casa de sua filha em razão de uma obra
pela qual o prédio passava. A propósito, confira-se o auto de avaliação de fls. 465/466.
(v. acórdão integrativo de ED’s de Id. 9e3d9f5 – parte referente ao tópico recorrido)
Nada obstante, mesmo diante dos documentos novos carreados aos autos com estes
embargos de declaração, não há lastro fático e jurídico para o acolhimento da tese do
executado.
O expediente de fls. 610/611 cuida-se tão somente de cópia da ata da assembleia geral
extraordinária do condomínio do qual faz parte o imóvel penhorado, que revela que o
executado era seu síndico até 14/12/2021.
Sem embargo, esse fato não prova que o imóvel era utilizado como sua residência.
qual não tem o condão de provar, de forma cabal, que o imóvel é utilizado pela família
19. Existe jurisprudência reiterada no sentido das seguintes teses contrárias aos v. acórdãos a
serem adotadas aqui, quanto à caraterização do bem de família impenhorável, previsto no art. 1º e
3º da Lei nº 8.009/90:
(ii) E ainda que existissem outros imóveis cadastrados no nome do Agravante livres e
desimpedidos para sua moradia, a jurisprudência tem admitido majoritariamente a
incidência da proteção legal na hipótese inclusive quando NÃO SE TRATE DE UM BEM
ÚNICO, DESDE QUE SEJA A MORADIA FAMILIAR!!!
(iii) Sem prejuízo do acima exposto, pelo conjunto de prova juntadas aos autos, e citadas
pelos v. acórdãos, foi dado equivocado enquadramento jurídico dos fatos pelo Juízo a quo
quanto ao ponto.
20. Não obstante o costumeiro acerto desta E. Turma, entendeu o v. acórdão pela não
caracterização do bem em questão como bem de família, a despeito dos termos definidos pelo artigo
1º da lei nº 8.009/90 e a despeito da robusta quantidade de provas juntadas nos autos.
21. Em passagem da decisão, observou o acórdão que: “... o agravante admite que possui outros
imóveis”.
22. Contudo, referida afirmação não se resguarnece em qualquer parte do que narrou em sede
de Agravo o ora Agravante!
23. Em verdade, o que de fato afirmou o Agravante na ocasião foi de que a justificativa da
Magistrada de piso de que supostamente na Receita Federal existiram outros imóveis cadastrados
em nome do Agravante não teria relevância, a partir de comprovadamente o mesmo residir no
imóvel em litígio.
24. Inclusive a informação que se seguiu no Agravo foi a de que a referência feita pela Magistrada
a outro imóvel que não o sob judicie SÓ PODERIA SER JUSTAMENTE ACERCA DO OUTRO IMÓVEL JÁ
ARREMATADO NESTES AUTOS, de matrículas nº 5830; 4516; 4517, e 4518, do Registro de Imóveis da
Comarca de Cachoeira Paulista/SP, com trânsito em julgado em 08/02/2022, com a improcedência da
Ação Anulatória de nº 0011318- 17.2020.5.15.0040!
25. C. Corte, NÃO HÁ qualquer outro imóvel em nome do Agravante registrado na Receita
Federal, unicamente porque ele NÃO TEM OUTRO IMÓVEL, JUSTAMENTE PORQUE O IMÓVEL de
matrículas nº 5830; 4516; 4517, e 4518, do Registro de Imóveis da Comarca de Cachoeira Paulista/SP,
(i) NÃO ERA A MORADIA DO AGRAVANTE E SUA FAMÍLIA ANTES DA ARREMATAÇÃO, e (ii) NÃO FAZ
MAIS PARTE DO SEU PATRIMÔNIO PORQUE FOI ARREMATADO!
26. Aliás, ainda que o Executado morasse no local sozinho, o que se admite por mero argumento,
os precedentes do STJ deram ensejo inclusive ao advento da Súmula nº 364, que dispõe que "o
conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas
solteiras, separadas e viúvas". (EREsp nº 1.216.187-SC).
28. Nesse interim, a justificativa de que supostamente na Receita Federal existiram outros
imóveis cadastrados como “residência” do Agravante (referência feita provavelmente ao imóvel já
arrematado nestes autos, de matrículas nº 5830; 4516; 4517, e 4518, do Registro de Imóveis da
Comarca de Cachoeira Paulista/SP), não teria maior relevância, a partir de comprovadamente o
mesmo residir no imóvel em litígio.
29. Ainda com relação ao tema, é importante notar que mesmo no caso do proprietário não
residindo no imóvel, (o que nem mesmo se configura in casu, até pelo conteúdo da procuração de Id.
abda1f8) "a orientação predominante no STJ é no sentido de que a impenhorabilidade prevista na lei
8.009/1990 se estende ao imóvel do devedor, ainda que este se ache locado a terceiros, por gerar
frutos que possibilitam à família constituir moradia em outro bem alugado" (STJ, AgRg 385.692/RS,
Quarta Turma, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, j. 09.04.2002).
30. Além disso, necessário que seja dada a maior amplitude possível à proteção consignada na lei
que dispõe sobre o bem de família (Lei 8.009/1990), que decorre do direito constitucional à moradia
estabelecido no caput do art. 6.º da CF, para concluir que a ocupação do imóvel por qualquer
integrante da entidade familiar não descaracteriza a natureza jurídica do bem de família" (STJ, EREsp
1.216.187/SC, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, j. 14.05.2014).
31. Dito posicionamento também é defendido pela melhor doutrina pátria, conforme se
depreende de artigo produzido pelo Jurista Flávio Tartuce: “De fato, não se pode impor a
impenhorabilidade em casos semelhantes ou próximos, pois o fato de o imóvel encontrar-se vazio,
desocupado, inabitado, não é imputável à conduta do devedor, mas a ato ou omissão da
administração pública. Sendo assim, a impenhorabilidade é medida que se impõe, com vistas à
proteção de um direito à moradia potencial, que se encontra dormente no momento da discussão da
penhora, mas que pode voltar a ter incidência concreta a qualquer momento.”1
32. Sem prejuízo das digressões acima serem utilizadas apenas por amor ao argumento, é
mister que o bem imóvel destinado à moradia do casal ou da entidade familiar deve ser protegido,
pois está elencado no artigo 6º da Carta Magna, como um dos direitos sociais da pessoa humana:
33. Álvaro Villaça Azevedo conceitua bem de família como sendo “um meio de garantir um asilo à
família, tornando-se o imóvel onde a mesma se instala domicílio impenhorável e inalienável,
enquanto forem vivos os cônjuges e até que os filhos completem sua maioridade”2.
1
https://www.migalhas.com.br/FamiliaeSucessoes/104,MI238163,21048-O+bem+de+familia+vazio, acesso em
16.09.2019.
2
AZEVEDO, Álvaro Villaça. Bem de Família. 3. ed. São Paulo: RT 2002, p. 93
34. Outro ponto que necessidade de reenquadramento jurídico do feito é a seguinte passagem no
acórdão guerreado:
35. Ora, mas o presente fato (assumido como verdadeiro pelo próprio avaliador no Id.4c19c38)
de que o prédio estivesse passando por obras e por esta razão, até o fim da obra, a moradora
estivesse na casa da filha, desqualificaria a natureza do bem de moradia?
36. Ora, além de naturalmente as obras verificadas terem sido o motivo do avaliador não ter
encontrado gente em casa nas oportunidades anteriores em que se ativou até lá, o mesmo avaliador
do imóvel na oportunidade cumpriu a certidão se referindo à esposa do Agravante como moradora,
conforme abaixo (Id.4c19c38):
“... Retornei no dia 23/09/2021, quando fui atendido pelo zelador Luiz,
o qual afirmou que mora uma mulher no apartamento 24, porém ele
desconhece seu nome. Disse ser a esposa de Augusto César Todavia, pelo fato
do prédio estar passando por uma grande reforma no sistema de esgoto, todos
os proprietários foram notificados para deixarem os apartamentos até o fim da
obra. Luiz disse que a moradora está atualmente na casa de sua filha, no
bairro
Itaguá, até o fim da obra.
Luiz informou que o apartamento penhorado possui dois quartos, sendo uma
suíte, sala cozinha e banheiro.
37. A este ponto, o Agravante observa que não vê mais outros meios de comprovar o bem
familiar impenhorável que não OS JÁ PRESENTES NOS AUTOS E JÁ PROCESSADOS EXPRESSAMENTE
NOS ACÓRDÃOS GUERREADOS, eis que a Ata da Assembleia Geral do Condomínio, realizada em
21/12/2021, na qual o Sr. Fernando Adorno Vassão Neto, sócio administrador do Condomínio é assim
qualificado, e a declaração assinada PELO MESMO OBSERVANDO CLARAMENTE A MORADIA DO
Agravante E DE SUA FAMÍLIA NO ÍMÓVEL, FORAM CORROBORADOS COM:
(i) faturas de energia do imóvel, emitidas pela Elektro Redes S.A. em nome
do Agravante;
(ii) faturas da Sky Serviços de Banda Larga Ltda., emitidas em nome da filha
do Executado, Srta. Anaya Tabata Mello Fidalgo (filha do Agravante,
conforme se comprova pelo Id. d8333d6);
(iii) Comprovantes de pagamento de condomínio em nome do Agravante, e
(iv) Assunção da moradia do Agravante e sua esposa pelo Oficial de Justiça
(Id.4c19c38)
38. Fica clara portanto a necessidade de reenquadramento jurídico dos fatos, eis que quanto a
todos os documentos carreados, o E. Tribunal assim concluiu no v. acórdão de Id. 728fd8d e no
acórdão integrativo de ED’s de Id. 9e3d9f5):
Sem embargo, esse fato não prova que o imóvel era utilizado como sua
residência.
39. Estes pontos, em conjunto com as outras tantas provas dos autos já é mais do que suficiente
para a comprovação do bem familiar impenhorável, tanto que os mais recentes julgados assim
efetuam o enquadramento jurídico dos fatos em situações semelhantíssimas.
40. Conforme se demonstrou acima, o ato constrição em questão é ato manifestamente ilegal e
inconstitucional, pois afronta o princípio da impenhorabilidade de bem de família, que é matéria de
ordem pública, e pode ser levantada em qualquer momento ou grau de jurisdição do processo, além
de trazer clara violação do Art. 1º, inciso “III” quanto ao direito fundamental e pétreo da dignidade da
pessoa humana, do inciso XXII do Artigo 5º, que reconhece o direito de propriedade como um direito
fundamental (calcificado pela Declaração Universal de Direitos Humanos, em seu Artigo 17), e do
direito social à moradia, previsto no artigo 6º, caput, da Carta Magna.
41. Mais do que suficiente portanto o provimento desta Revista sob o fulcro do artigo 896, “§ 2º”
da CLT.
43. A impossibilidade de penhora sobre bem com tal finalidade está expressa nos termos do
artigo 1º, da Lei nº 8.009/90, senão vejamos:
44. Não obstante, importante reforçar que a impenhorabilidade do bem de família pode ser
alegada em qualquer processo de execução, seja civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de
qualquer outra natureza, nos termos do artigo 3º, "caput", da mesma lei.
“Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução
civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza (...)”
45. Ora, o direito à moradia, reconhecido como direito fundamental no artigo 6º da CF/88, deve
ser encarado como matéria de ordem pública, bem como conjugado com o direito a créditos de
natureza alimentícia. Aliás, a melhor jurisprudência laboral já esclareceu que a natureza alimentar
dos créditos trabalhistas não constitui uma exceção à impenhorabilidade do bem de família, senão
vejamos:
46. E nem que se argumente que a ausência do registro em cartório da condição de bem de
família do imóvel seja um óbice para o reconhecimento de sua natureza jurídica, haja vista que a
jurisprudência já é pacífica em sentido contrário:
47. Por fim, apenas observa-se que o fato da execução estar em trâmite desde 2007, não pode de
maneira nenhuma servir de supedâneo para a descaracterização do bem de família, por grave
violação da Constituição Federal, e nem tampouco relativizar esse princípio, conforme já foi decidido
recentemente por este Tribunal e pelo próprio STJ.
48. Por todo o exposto, requer o Agravante seja imediatamente reconsiderada a determinação do
v. acórdão de Agravo, assim como seu integrativo, para que se declare nula a penhora no imóvel em
questão, em razão da sua clara caracterização como bem de família, nos termos da Lei, e na esteira
DO REENQUADRAMENTO JURÍDICO CORRETO DOS FATOS E PROVAS ORIUNDAS DA VASTA
QUANTIDADE DE DOCUMENTOS JUNTADOS AOS AUTOS COMPROBATÓRIOS DO IMÓVEL SER A
EFETIVA RESIDÊNCIA DO AGRAVANTE E DE SUA FAMÍLIA.
49. Diante das argumentações apresentadas, a parte agravante espera pelo conhecimento das
presentes razões do agravo de instrumento, com a reforma do despacho denegatório, para
determinar o regular processamento do recurso de revista e, na sequência, o julgamento meritório
da revista com o provimento das questões atacadas.