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11/07/2017

Carboidratos
Lipídeos
Macromoléculas
Proteínas
Ácidos nucléicos

Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na Terra. A cada ano,


a fotossíntese converte mais de 100 bilhões de toneladas métricas de CO2 e
H2O em celulose e outros produtos vegetais.

Principais moléculas orgânicas


MONÔMEROS MACROMOLÉCULAS
Todas as moléculas orgânicas são formadas e degradadas a
partir de um mesmo conjunto de compostos simples

AÇÚCARES POLISSACARÍDEOS

ÁCIDOS GRAXOS GORDURAS, LIPÍDEOS E MEMBRANAS

AMINOÁCIDOS PROTEÍNAS

NUCLEOTÍDEOS ÁCIDOS NUCLÉICOS (DNA / RNA)

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Açúcares
Hidratos de Carbono (CH2O)n
Carboidratos
• Monossacarídeos - unidade básica
• Apresentam de 3 a oito carbonos (C)
• Dois grupos principais:
– Aldoses e cetoses
– Podem conter tb N, P ou S

Principal representante:
Glicose (CH2O)6 ou C6H12O6

Carboidratos
Poli-hidroxialdeídos ou Poli-hidroxicetonas livres
ou potencialmente livres

Funções: energética, reserva, reconhecimento,


estrutural, proteção, coesão entre as células e
lubrificantes;

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CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS


Podem ser classificados em três classes principais:
MONOSSACARÍDEOS: ou açúcares simples, são constituídos por uma única unidade poli hidroxicetona
ou poli-hidroxialdeído. Exemplos: Glicose, Frutose e Galactose.

OLIGOSSACARÍDEOS: consistem em cadeias curtas de unidades de monossacarídeos, ou resíduos,


unidas por ligações características chamadas de ligações glicosídicas. Os mais abundantes são os
dissacarídeos. Exemplos: Lactose (galactose + glicose), Maltose (glicose + glicose), Sacarose (glicose +
frutose).;octassacarídeos (8 monossacarídeos)

POLISSACARÍDEOS: são polímeros de açúcar (lineares ou ramificados) que contêm muitas unidades de
monossacarídeo; alguns têm centenas ou milhares de unidades. Exemplos: amido, celulose, quitina,
glicogênio.

CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS

Monossacarídeos de quatro ou mais carbonos tendem a formar


estruturas cíclicas.

Todos os monossacarídeos e dissacarídeos comuns têm nomes


terminados com o sufixo “-ose”.

Em células, a maioria dos oligossacarídeos constituídos por três ou


mais unidades não ocorre como moléculas livres, mas sim ligada a
moléculas que não são açúcares (lipídeos ou proteínas), formando
glicoconjugados.

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FAMÍLIAS DE
MONOSSACARÍDEOS

ALDOSES
GRUPO ALDEÍDO

CETOSES
GRUPO ACETONA

Monossacarídeos - Isomeria
Isomeria é o
fenômeno de
dois ou mais
compostos
apresentarem
a mesma
fórmula
molecular
(F.M.) e
fórmulas
estruturais
diferentes. Os
compostos
com estas
características
são chamados
de isômeros
Glicose Frutose (iso = igual;
meros =
partes).
C6H12O6

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Isômeros

• Estereoisômeros com imagens especulares são


também chamados de enantiômeros (ex: L-
gliceraldeído e D-gliceraldeído).

• Centro quiral: quatro substituintes diferentes,


desvio da luz plano polarizada (isomêros ópticos)
• 2 n estereoisômeros; n = número de centros
quirais
• Gliceraldeído

Representações dos dois enantiômeros do


gliceraldeído

Os enantiômeros são imagens especulares um do outro. Modelos de esfera e bastão


mostram a verdadeira configuração das moléculas. Lembre-se de que, nas fórmulas em
perspectiva, a extremidade larga da cunha sólida projeta-se para fora do plano do papel, em
direção ao observador; na cunha descontínua, ela se estende para trás.

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Isômeros

Para cada um dos comprimentos de cadeia carbônica, os


estereoisômeros dos monossacarídeos podem ser divididos
em dois grupos, os quais diferem quanto à configuração do
centro quiral mais distante do carbono do carbonil.

Aqueles nos quais a configuração desse carbono de


referência é a mesma daquela do D-gliceraldeído são
designados isômeros D, e aqueles com a mesma
configuração do L-gliceraldeído são isômeros L.

Estrutura dos carboidratos: Monossacarídeos


Aldoses e Cetoses
Séries das D-Aldoses

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Estrutura dos carboidratos: Monossacarídeos


Aldoses e Cetoses
Séries das D-Cetoses

• Os diasteroisômeros que se diferem uns dos outros


na configuração em somente um C quiral são chamados
de epímeros.

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Alguns açúcares ocorrem naturalmente na forma L;


exemplos são L-arabinose e os isômeros L de alguns
derivados de açúcar que comumente compõem
glicoconjugados

Os monossacarídeos comuns têm


estruturas cíclicas

Em solução aquosa, os aldeídos e cetonas da molécula de açúcar reagem com o grupo – OH


da mesma molécula, fechando a molécula em um anel. Monossacarídeos de quatro ou
mais carbonos tendem a formar estruturas cíclicas.

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Formação de hemiacetais e hemicetais

Um aldeído ou uma cetona podem reagir com um álcool em uma razão de 1:1 para gerar
um hemiacetal ou um hemicetal, respectivamente, criando um novo centro quiral no
carbono da carbonila. A substituição de uma segunda molécula de álcool produz um
acetal ou um cetal. Quando o segundo álcool é parte de outra molécula de açúcar, a
ligação produzida é uma ligação glicosídica.

Formação das duas formas


cíclicas da D-glicose.

A reação entre o grupo aldeído em C-1 e o grupo


hidroxila em C-5 forma uma ligação hemiacetal,
produzindo um dos dois estereoisômeros, os
anômeros α e β, que diferem apenas na
estereoquímica do carbono hemiacetal. Essa
reação é reversível. A interconversão dos
anômeros α e β é chamada de mutarrotação.

1/3 2/3

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Piranoses e furanoses

Hexágono

Pentágono

As formas piranose da D-glicose e as formas furanose da D-frutose estão mostradas aqui como
fórmulas em perspectiva de Haworth. Os limites do anel mais próximo ao leitor são representados por
linhas mais grossas. Os grupos hidroxila abaixo do plano do anel nestas perspectivas de Haworth
apareceriam à direita em uma projeção de Fischer.

Formas piranosídicas possuem 2 conformações

As estruturas
tridimensionais
específicas de unidades de
monossacarídeos são
importantes para a
determinação das
propriedades biológicas e
das funções de alguns
polissacarídeos.

(a) Duas formas em cadeira do anel piranose da β-glicopiranose. Dois confôrmeros como
estes não são prontamente interconversíveis; um aporte de cerca de 46 kJ de energia por
mol de açúcar é necessário para forçar a interconversão das formas em cadeira. (b) A
conformação em cadeira preferencial da α-D-glicopiranose.

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Exercício 1
Para converter uma fórmula de projeção de Fisher de qualquer D-hexose linear em uma
fórmula em perspectiva de Haworth mostrando a estrutura cíclica da molécula, desenhe
o anel de seis membros (cinco carbonos e um oxigênio, na direita superior), numere os
átomos no sentido horário começando com o carbono anomérico, e, então, coloque os
grupos hidroxila. Se um grupo hidroxila estiver à direita na projeção de Fisher, ele é
colocado apontando para baixo (ou seja, abaixo do plano do anel) na perspectiva de
Haworth; se ele estiver à esquerda na projeção de Fisher, é colocado apontando para
cima (ou seja, acima do plano) na perspectiva de Haworth. O grupo -CH2OH terminal
projeta-se para cima no enantiômero D-, e para baixo no enantiômero L-. A hidroxila no
carbono anomérico pode apontar para cima ou para baixo. Quando a hidroxila
anomérica de uma D-hexose estiver no mesmo lado do anel que o C-6, a estrutura é, por
definição, β; quando estiver do lado oposto do C-6, a estrutura é α.
Desenhe as fórmulas em perspectiva de Haworth para D-manose e D-galactose.

Os organismos contêm diversos


derivados de monossacarídeos

a) Desoxiaçúcares: redução dos grupos hidroxilas

D-Ribose i
2-Desoxi-D-Ribose

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b) Açúcares Carboxilados: açúcares que por oxidação formam os ácidos


urônicos
Oxidação no C6
CH2OH
COOH
O
O

OH OH OH OH
OH OH
OH OH
Epimerização
Epimerização D-Glicose em C5 Ácido D-Glucurônico
em C4
CH2OH O
O
OH COOH

Oxidação no C6
OH OH OH OH
OH
OH OH
D-Galactose Ácido L-Idurônico
(Epímero de C4)
COOH
O
OH

OH OH
OH
Ácido D-Galacturônico

c) Açúcares Aminados: açúcares que apresentam em sua estrutura o


grupo amina (NH2)

CH2OH CH2OH CH2OH


O O O

OH OH OH
OH OH OH OH OH OH
OH NH2 NH
C=O
D-Glicose
CH3

D-Glucosamina N-Acetil-D-Glucosamina

CH2OH CH2OH CH2OH


O O O
OH OH OH
OH OH OH
OH OH OH
OH NH2 NH
C=O
D-Galactose CH3
D-Galactosamina N-Acetil-D-Galactosamina

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d) Polióis: também chamados de poliálcoois, são formados pela redução do grupo aldeído
ou cetona dos açúcares.
(Importância comercial: adoçantes)

2H 2H

glicose sorbitol frutose

2H

xilulose xilitol

Alguns derivados de hexose importantes na biologia

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Síntese e quebra de polímeros

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Dissacarídeos

A maltose (dissacarídeo) é formado a partir de duas moléculas de D-glicose


(monossacarídeo) quando um -OH (álcool) de uma molécula se condensa com o
hemiacetal intramolecular da outra, com a eliminação de H2O e a formação de uma ligação
glicosídica. O inverso desta reação é uma hidrólise.

Dissacarídeos

Como a maltose estes dissacarídeos estão


representados como perspectivas de Haworth. O nome
comum, o nome sistemático completo e a abreviação
estão mostrados para cada dissacarídeo. A nomenclatura
formal da sacarose nomeia a glicose como o glicosídeo
parental, embora a sacarose seja normalmente
representada como mostrado, com a glicose à esquerda.
As duas nomenclaturas abreviadas mostradas para a
sacarose são equivalentes (Ξ).

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Estruturas de alguns dissacarídeos


importantes

A notação -HOH significa que a configuração pode ser α ou β. Quando o açúcar D é


desenhado nessa orientação, se o grupo -OH estiver acima do anel, a configuração é
designada β. A configuração será designada α se o grupo -OH estiver abaixo do anel.
Observe também que a sacarose não possui átomos de carbono anomérico livre.

Dissacaridases
maltase

Maltose glicose + glicose

lactase

Lactose galactose + glicose

sacarase

Sacarose glicose + frutose

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Polissacarídeos
Moléculas grandes, lineares e
ramificadas, feitas a partir de
várias subunidades de açúcares
Função estrutural: celulose e
quitina
Função energética: amido e
GLICOGÊNIO glicogênio

Polissacarídeos ou glicanos
Homopolissacarídeos Heteropolissacarídeos

Homopolissacarídeos: forma de armazenamento de energia (amido e glicogênio) e


componente estrutural de parede celular de vegetais e exoesqueleto (celulose e quitina)

Heteropolissacarídeos: suporte extracelular em muitas formas de vida e componente


estrutural de parede celular de bactérias

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Os polissacarídeos de armazenamento das plantas e dos animais

Tanto amido quanto glicogênio são compostos inteiramente por monômeros de glicose, representados aqui como
hexágonos. Em função de sua estrutura molecular, as cadeias de polímeros tendem a formar hélices.

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AMIDO
 Polissacarídeo composto por resíduos de glicose

 Funciona como substancia de reserva para muitas plantas

 O grão de amido é uma mistura de dois polissacarídeos: amilose e amilopectina

• Amilose :

Macromolécula constituída de 50 a 5000 resíduos de glicose,


ligadas por pontes glicosídicas α-1,4, que conferem à molécula uma
estrutura helicoidal.

• Amilopectina:

Macromolécula, menos hidrossolúvel que a amilose, constituída


por mais de 106 resíduos de α-glicose ligadas por pontes glicosídicas α-1,4,
ocorrendo também ligações α-1,6. A amilopectina constitui,
aproximadamente, 80% dos polissacarídeos existentes no grão de amido.

A duas formas de amido: amilose e amilopectina

1,6 1,4

Observe que as ligações lineares são α(1 4), mas as ramificações na amilopectina são
α(1 6). As ramificações em polissacarídeos podem envolver qualquer um dos grupos
hidroxila dos componentes do monossacarídeo. A amilopectina é uma estrutura
altamente ramificada, com ramificações ocorrendo a cada 12 a 30 resíduos.

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A estrutura do amido é helicoidal

(a) Na conformação mais estável, por causa das rígidas cadeiras adjacentes, a cadeia
polissacarídica é curva, em vez de reta como a da celulose. (b) Modelo de um
segmento da amilose; para maior clareza, os grupos hidroxila de apenas um resíduo
de glicose estão representados. Compare os dois resíduos sombreados com as
estruturas químicas em (a). Pela conformação das ligações α(1 4) na amilose, na
amilopectina e no glicogênio, estes polímeros formam estruturas firmes em hélice
enrolada. Estas estruturas compactas originam os densos grânulos de
armazenamento de amido ou glicogênio observados em muitas células .

GLICOGÊNIO

 Polissacarídeo de armazenamento de glicose nos animais

 Apresenta ligações α-1,4 e ramificações α-1,6

 Mais ramificado e compacto que o amido

 É sintetizado e armazenado principalmente no fígado e nos músculos

 O seu destino é converter-se em glicose à medida que o organismo


necessita

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Glicogênio
CH2OH CH2OH

O O
1,6
O
O

CH2OH CH2OH CH2 CH2OH

O O O O
HOH
O O O

1,4

CELULOSE

 Polissacarídeo vegetal, é o principal componente estrutural das plantas,


especialmente de madeira e plantas fibrosas

 É um homopolissacarídeo linear de β -D-glicose, e todos os resíduos estão


ligados por ligações glicosídicas β(1 → 4).

 Suas cadeias individuais são reunidas por pontes de H, que dão às plantas
fibrosas sua força mecânica.

 Presente em folhas caules, raízes, sementes, frutas e cereais

 Os animais não possuem as enzimas que atacam as ligações β, as


celulases, que são encontradas em bactérias e protozoários incluindo as
que habitam o trato digestivo dos cupins, animais de pasto, como gado e
cavalo.

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As estruturas do amido e da celulose são formadas de glicose

Celulose

1,4
CH2OH CH2OH CH2OH CH2OH
O O O O
O O O

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Celulose

Duas unidades de uma cadeia de celulose; os resíduos de D-glicose estão em ligações


(β1 4). As rígidas estruturas em cadeira podem rotar uma em relação à outra.

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Quitina

• É semelhante à celulose, em estrutura e


função, com resíduos ligados por ligações
glicosídicas β (1 → 4).

Difere-se da celulose na natureza de


monossacarídeos; na celulose o monômero é a
β-D-glicose, e na quitina o monômero é a N-
acetil-β-D-glicosamina.

• Possui papel estrutural e apresenta boa


resistência mecânica (filamentos individuais
unidos por pontes de H).

Quitina

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Glicoconjugados

• Peptidoglicanos
• Glicoproteínas e glicolipídios
• Glicosaminoglicanas (GAGs)
• Proteoglicanos

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Polissacarídeos estruturais: Peptídeoglicanos

Heteropolissacarídeo: N-acetilglicosamina alternado com ác. N-acetilmurâmico (ligações (14).

Componente do peptideoglicano da
parede celular de Staphylococcus
Ác.N-acetilmuramato e aureus (bactéria gram +)
D-aminoácidos: ausentes em
plantas e animais
Forma um envelope que protege a
bactéria de lise osmótica. Lisozima:
rompe a Ligação 14.

Penicilina (Fleming) inibe a enzima


transpeptidase responsável pelas
ligações cruzadas: bactéria é lisada
Penicilinase (bactérias resistentes) 
desenvolvimento de penicilinas semi-
sintéticas.

Agregado proteoglicano da matriz extracelular

Desenho de um proteoglicano com muitas moléculas de agrecano. Uma molécula longa de


ácido hialurônico está associada não covalentemente com cerca de 100 moléculas da proteína
central agrecano. Cada molécula de agrecano contém muitas cadeias de sulfato de condroitina e
queratan-sulfato ligadas covalentemente. Proteínas de ligação nas junções entre cada proteína
central e o esqueleto do ácido hialurônico controlam a interação proteína central-ácido
hialurônico. A micrografia mostra uma molécula de agrecano, visualizada com um microscópio
de força atômica.

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