Você está na página 1de 6

Diabetes mellitus

- Conjunto de anormalidades metabólicas que são caracterizadas por


hiperglicemia (glicose elevada)

- O diabético não consegue metabolizar tão rápido o excesso de glicose em


lipídio e glicogênio
OBS: o armazenamento lipídico é ilimitado

- Problema do excesso de glicose na circulação


• Nefropatia diabética, leva prejuízos principalmente para o sistema renal (a
longo prazo)
• Neuropatia diabética: lesões nos nervos sensoriais (principalmente nos
periféricos), o que leva por exemplo a infecções fúngicas e o extremo é a
retirada de membros
• Retinopatia diabética: lesão na retina (principais causas de cegueira não
traumática)

- Tipos de diabetes: 1,2, gestacional, anormais

- Tipo 1 (mellitus)
• Mais frequente na Juventude
• Deficiência (praticamente total) na produção de insulina > destruição celular:
células produtoras de insulina são destruídas no pâncreas por mecanismo
autoimune
• Insulina é anabólico
• Entre 4 /5% dos casos

- Hormônio anabólico armazena substâncias


- Hormônio catabólico quebra substâncias

- Tipo 2 (mellitus)
• Doença progressiva lenta (leva anos para se estabelecer)
• Ocorre uma resistência progressiva a ação da insulina, às células criou um
mecanismo de resistência e essa resistência vai aumentando cada vez mais,
podendo prejudicar o pâncreas e ele parar de funcionar
• Essa resistência ocorre por 2 fatores: genética e componentes ambientais (e:
exercício físico e alimentos) > os 2 precisam estar associados
• Herança poligênica
• Quase 95% dos casos
• Normalmente aparece depois dos 40 anos de idade

- Gestacional
• Pode ser transitória ou permanente
• Relacionada às gonadotrofinas: fazem com que o organismo tenha uma
resistência à insulina
- Diabetes anormais
• Lada
• Diabetes autoimune tardia
• Mody (menos de 1% dos casos)

- Como reduzir as complicações de diabetes


• Principal: é melhorar a alimentação e fazer exercício físico
• Controlar a glicemia
• Controlar o perfil lipídico
• Controlar ações associadas ao sistema renal

OBS: hemoglobina glicada é a hemoglobina ligada a glicose normalmente


numa concentração de 5,6

- Insulinoterapia
• Reposição de insulina
• Obrigatória para diabéticos do tipo 1
• Diabéticos do tipo 2 podem ou não utilizar > é analisada caso a caso

- Insulina é proteína, se for administrada por via oral vai ser transformada em
aminoácido e vai ser digerida

- Tipos de insulina
• Humana: exatamente a molécula produzida no pâncreas (tipo regular e NHP)
• Transgênica: produzida por bactérias (administrada por vias parenterais ou
pulmonar)
• Análogos a insulina: praticamente iguais a insulina humana, mas com
pequenas modificações químicas

- Existem insulinas de ação longa e de ação curta


• O indivíduo com diabetes do tipo um tem que usar os 2 tipos de insulina, uma
de ação longa e uma de ação curta (junto às refeições fecha parênteses
• O diabético do tipo 2 geralmente usa insulina de ação longa
As insulinas de ação curta são utilizadas logo antes das refeições, levam cerca
de meia hora para atingir o pico plasmático
• O que muda entre as insulinas é a farmacocinética, se a duração é curta ou
longa

OBS: Todas as insulinas têm o mesmo mecanismo de ação (imitar a ação da


insulina endógena) > é agonista de insulina endógena, com a função
farmacológica de baixar a glicose (redução de glicemia), ou seja, todas têm a
mesma farmacodinâmica

- Medicamentos mais utilizados no tratamento para diabetes do tipo 2


- Metiformina
• Tem múltiplas ações (agem vários tecidos)
• Fármaco de primeira escolha
• Não tem metabolismo hepático
• Principal ação: ativa a enzima MP quinase > melhorar a captação de glicose
nos músculos (tecido adiposo) e no sangue e > aumenta a sensibilidade
insulina as células e evita comorbidades a longo prazo
• O 2º fármaco se a não for eficiente, pode ser qualquer um, mas principal
utilizado são a sulfoniureias

OBS: metiformina e sulfoniureias tem a mesma função, as duas são para


baixar a glicose e tem interação medicamentosa

- Classe sulfonireias
• Secretagogos de insulina: induz pâncreas a secretar insulina (célula Beta)
• Imitam o ATP e fazem a secreção de insulina mesmo não tendo glicose
• O cálcio entra na célula e faz secretar insulina (obs: muita insulina gera
hipoglicemia)
• Tem diversas interações medicamentosas
• Glibenclamida e glicazida são distribuídas no SUS

OBS: Quando glicose entrar na célula é metabolismo nada em ATP e esse ATP
se liga a canais de potássio e fecha os canais, fazendo com que tranque
potássio dentro da célula

- SGLT2
• Principal: dapagliflozina (fornecida pelo SUS)
• A glicose filtrada no glomérulo é reabsorvida no túbulo contorcido proximal e é
responsável por absorver a glicose e evitar a perda desta na urina > a SGLT2
diminui a reabsorção de glicose

- Classe agonistas de receptores GLP-1


• Imitam o GLP-1 (hormônio Gastrointestinal produzido em resposta o alimento)
• Agem diversos tecidos e acelera o esvaziamento do sistema digestório
• Age no fígado reduzindo a produção de glicose
• Age no pâncreas aumentar a secreção de insulina*
• Age no SNC aumentando a sociedade
• São injetáveis (subcutânea)

OBS*: não da hipoglicemia > O aumento da secreção de insulina é a parte da


resposta o alimento
OBS: terminou em “glutida” é agonista de GLP-1

-Classe inibidores de DPP-4


• DPP-4 (dipeptilpeptidase): enzima que degrada GLP-1

- Inibidores da alfa-glicosidade
• Inibe a quebra do amido, diminuindo a absorção da glicose e perdendo
glicose pelas fezes
• Normalmente não é o medicamento de escolha

- Classe Tiazolidinedionas
• Reduz a resistência à insulina facilitando o transporte da glicose do sangue
para dentro das células
• Ex: pioglitazona, rosiglitazona
Anti-inflamatórios não
esteroidais (AINES)
- Os anti-inflamatórios estão divididos em 2 grandes grupos
• Esteroide: estrutura química parecida com a do colesterol (esteroidal)
• Não esteroide:

- Infecção: presença de um organismo externo


- Inflamação: é a resposta fisiológica a infecção e lesão tecidual

- Mediadores importantes
• Prostaglandinas
• Leucotrienos

- Mediadores de dor: substâncias químicas que agem nos neurônios sensoriais


que transmitem a informação de dor
OBS: o principal mediador é a bradicinina

- Fibras mielinizadas: fibras de condução rápida


- Fibras não mielinizadas: dor difusa (não é precsa) > fibras do tipo C

-Prostaglandinas
• Prostaglandinas são produzidas a partir do lipídios da nossa membrana
• Os principais são os fosfoslipídios
• Esses fosfolipídios de membrana são quebrados pela enzima fosfolipase A2
para liberar o ácido aracdônico
• A enzima tem diversos estímulos iniciais: físicos, químicos, como cortes e
queimaduras
• O ácido pode ser quebrado por enzimas lipoxigenases (produzem
principalmente leucotrienos) ou cicloxigenases (produzem principalmente
prostanoides)
• As prostaglandinas (PGE2 e PGI2) não estimulam diretamente a dor, vão nos
receptores de dores diminui um limiar de excitação desses receptores,
aumentando a temperatura corporal (febre) e aumentando a produção de
outras substâncias de inflamação
• Os anti-inflamatórios não esteroidais atuam diminuindo a produção de
prostaglandinas

- Tipos de cicloxigenases
• COX 1: enzima constitutiva, está sempre presente nas células para regular os
processos fisiológicos
• COX 2: enzima indutível/ induzível, precisa de um estímulo patológico para
induzir a produção de uma grande quantidade dessa enzima

OBS: a 3 é igual a 2 só que em um local diferente


- Mecanismos geral dos anti-inflamatórios não esteroidais: inibem as
cicloxigenases 1 e 2 > podem ser seletivos (inibem preferencialmente a COX 2)
ou não seletivos (inibem as duas COX)

- Efeitos clínicos
• Anti inflamatório
• Analgésico (diminuem o limiar da dor)
• Antipirético (diminuem a temperatura corporal, baixou a febre)

- A farmacocinética de cada AINES varia, em geral são bem absorvidos por via
oral

- A escolha dos AINES depende de uma série de fatores


OBS: podem ter efeitos adicionais

- Efeitos adversos
• Reação cutânea (reação alérgica)
• Cardiovasculares (são principalmente para o seletivos que inibem a COX2)
OBS: os inibidores da COX2 terminam com “coxibe”

- Classes de AINES
- Salicilatos: ácido acetilsalicílico (importante)
• Inibidor irreversível
• Efeitos diferentes dependendo da dose:
• Doses baixas entre 75mg e 100mg vai ser utilizado como antiplaquetário
(para não formar trombos)
• Doses entre 500 mg e 1000 mg funcionam como analgésico e antitérmico
• Doses muito altas entre 4000 mg tem efeito anti inflamatório

- Paracetamol
• Fraco anti-inflamatório com efeito analgésico
• Altamente tóxico (obs: tem antídoto)

- Ibuprofeno e diclofenaco (importantes)

- Dipirona
• Fraco anti-inflamatório com efeito analgésico
Anti-inflamatórios esteroidais
(Glicocorticoides)
- Anti-inflamatórios esteroidais (derivados do colesterol)

- Principal corticoide endógeno (ou seja, dos organismos): cortisol

- A dose exógena é muito maior do que a endógena (que nós produzimos)

- O uso de glicocorticoides exógenos regula a secreção dos glicocorticoides


endógenos > o corpo vai entender que já tem corticoide o suficiente vai parar
de produzir

- É necessário fazer um “desmame” de glicocorticoides, já que se pararmos do


nada vamos ficar sem os exógenos e sem os endógenos, desregulando o
metabolismo

- Mecanismo de ação (farmacodinâmica) de glicocorticoides


• Todos funcionam do mesmo jeito
• São lipofílicos e vão entrar nas células e se ligarem a receptores
citoplasmáticos
• 2 conjuntos (cada conjunto é o corticoide+receptor) vão se ligar e fazer um
processo chamado dimerização (complexo hormonal receptor dimerizado)
• O dímero entra no núcleo e modifica a transcrição do DNA > modifica a
quantidade de diversas proteínas no nosso corpo (aumenta a quantidade de
umas e diminui a quantidade de outras)

-Efeitos
• Aumento de proteínas inflamatórias
• Diminuição de proteínas pró-inflamatórias
• Promovem a retenção de sal e água

OBS: sempre se tenta usar os medicamentos não esteroides ao


invés de esteroides

Você também pode gostar