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Autista: da avaliação à
intervenção
Dr. CLAY BRITES, PhD
Pediatra e Neurologista Infantil
Doutor em Ciências Médicas – UNICAMP
Acompanhe o desenvolvimento
normal infantil dos bebês !!
• Contato visual pobre
Interação Interesses
Social restritos
TEA
Atenção
Caminhos
Compartilhada
do
diagnóstico
Reciprocidade
Pouca
Flexibilidade
Prefere
objetos
Medos
inexplicáveis
Problemas de
sensibilidade
Epidemiologia
• 1: 68 nascimentos
HISTORIA
FAMILIAR DE
TRANSTORNOS (NIHS/UK, 2011;
PSIQUIÁTRICOS Mercadante, 2011)
Idade Materna
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2019/01/em-20-an
os-gravidez-apos-os-35-anos-cresce-65-no-brasil.shtml?utm_source=n
ewsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha
Folha de SP, 13.01.19
E mais…..
Aparece
Cuidadores
em idade
e Escolas
precoce
Dificuldade
Sofrimento
com regras
familiar
e rotinas
É possível identificar cedo???
• 16 estudos avaliados
• Retrospectivos
• Prospectivos
• Vídeos
• Comparativos com
neurotípicos
• Duplo-cegos
Sinais precoces sugestivos de TEA (<2
anos)
Comportamentos
Comunicação Social Repetitivos
(Zwaigenbaum, 2013)
Sinais precoces de TEA
Padrões particulares de
Autoregulação emocional aquisição do desenvolvimento
• Regressões
• Afeto positivo reduzido • Lentificação da aquisição
• Afeto negativo da linguagem não-verbal
aumentado • Atraso de habilidades
motoras
(Zwaigenbaum, 2013)
Sinais de Alerta até 2 anos !!
• Poucos sorrisos ou
expressões de entusiasmo
até os 6m • Nenhuma palavra simples até 16
• Nenhum compartilhamento meses
de sons e/ou sorrisos ( 9m ) • Ausência na fala de frases de até
2 palavras com significado (ou
• Ausência de balbucio até 1 sem imitar ou repetir) até 2 anos
ano de vida
• Regressão ou perda de
• Ausência de gestos linguagem ou habilidade social
compartilhados até 1 ano DV em qualquer idade
• Ter um irmão com autismo • Comportamentos atípicos
• Ausência de atenção
compartilhada
(Naguy, 2017)
Porque o diagnóstico precoce ??
■ CID-10
■ DSM-5
■ Fobia Social
■ Transtornos de Linguagem
■ Transtornos de Personalidade
CARS
TRIAGEM
SUSPEITA
ADI-R
DIAGNÓSTICA
ADOS-2
Suspeita Diagnóstica
• Conhecer o desenvolvimento neuropsicomotor normal da
criança e conhecer sinais de alerta
• História familiar
https://depts.washington.edu/dbpeds/Screening%20Tools/DSM-
5(ASD.Guidelines)Feb2013.pdf. (Carpenter, 2013)
Intensidade do TEA
• NÍVEL 1 (Leve) : Requer suporte
- espontaneamente, tem dificuldade de comunicação social e
de iniciar interação e reduzida vontade de se socializar; leve
fixação nos seus interesses restritos
• NÍVEL 2 (Moderado) : Requer substancial suporte
- Marcada dificuldade em comunicação verbal e não-verbal e
necessita de ajuda para interagir e responder ao ambiente; muita
frustração ao mudar de contextos
• NÍVEL 3 (Severo) : Requer intenso e substancial suporte
- Déficit severo de comunicação e interação muito limitada e
grave reação `as mudanças com auto-mutilação
Causas do TEA
Desconhecidas mas com evidências neurobiológicas:
(Jeste & Tucman, 2015; Matson & Goldin, 2013; Acad Am Ped, 2001, 2007,
2015; Piek & Dick, 2004; Williams e cols., 2004)
Teoria da Poda Neuronal
Alterações estruturais
Minicolunas alargadas
(McKavanagah, BRAIN,
2015)
Alteração nas minicolunas
(Donovan & Bassan, 2017)
Conexões cerebrais alteradas
(Zhou e cols., 2016)
Distúrbios em neurotransmissores (GABA)
(Frye e cols., 2016)
Autismo: problema de função
cortical
Alteração funcional na conectividade
cerebral
(Lee e cols., 2016)
Teorias psicológicas
(Bosa, 2000)
Disfunção
AUTISMO
Cognitiva
Coerência central
Teoria da Mente
Triagem para o diagnóstico
Brincar simbólico
Atencão Comportamentos
compartilhada repetitivos
TEA
(Marques &
Bosa, 2015)
3 Eixos de avaliação Interação social, Linguagem e
Comunicação (14 itens)
Comportamento
estereotipado e autolesivo
(4 itens)
Confirmação Diagnóstica
SUSPEITA…
- Sinais Clínicos
AVALIAÇÃO !
- Observação direta
Critérios DSM-5
CONFIRMAÇÃO !!!!
- Fotos e vídeos
Escalas de Triagem:
- Pais e cuidadores Critérios DSM-5
- M-CHAT
- Escola Escalas Diagnósticas:
- ATA
- ADI-R
- ASQ
- ADOS-2
- PRO-TEA
- CARS-2
- SCQ
Instrumentos de triagem e
diagnóstico
(Elder e cols.,
2017)
Após o diagnóstico…
(Research Council, 2008; NICE, 2008)
Avaliação Tratamento
Investigação Planejamento
Neuropsicológica das
e da Linguagem médica Terapêutico
Comorbidades
Avaliação neuropsicológica
• Déficit de funções executivas
• Comprometimento intelectual
Comorbidades
• 85 % dos pacientes com TEA tem de 2 a 5 comorbidades
Transtornos do Sono
Planejamento Terapêutico
(National Center on Birth Defects and Developmental Disabilities,
2015
e Elder e cols. , 2017)
Abordagem na
Abordagem social
Comunicação
Tratamento
do TEA
Abordagem Sensorial
Abordagem cognitiva
e Motora
Abordagem Comportamental
(Elder e cols.,
2017)
Comportamentos
Adaptativa
Inadequados
Tratamento
do TEA
Adequação Casa e
Comorbidades
Escola
Formas de intervenção
Intensiva Comunitária
• Abordagem ABA
• Programas de tratamento compreensivo
• Intervenções precoces (ESDM Denver)
• Treino de Comunicação
(National Research Council, 2008 ; Schwartzman, 2012)
(Young e
cols.,
2012)
Tratamentos alternativos ou
complementares
• DIETAS RESTRITIVAS
• EQUOTERAPIA
• SINOTERAPIA
• PROTOCOLOS ESPECÍFICOS (EX.:
DAN, SGSC)
• ELETROESTIMULAÇÃO
TRANSCRANIANA (REAC)
• OZÔNIOTERAPIA
• HOMEOPATIA
• ÔMEGA – 3
• CORTICOTERAPIA
• OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA
• QUELANTES
• TRATAMENTO FÚNGICO
Linhas Gerais para o Tratamento
• 1) Cada caso é um caso
• 2) Respeitar as condições financeiras da família
• 3) Participação ativa da família
• 4) Estabilidade familiar faz a diferença
• 5) A presença do TEA e os atrasos de desenvolvimento devem
ser priorizados para intervenção; observar comorbidades!
• 6) Especialistas devem direcionar sua ações para o TEA
• 7) Apoio social : LOAS e direitos `a transporte
• 8) Suporte escolar : preparo dos professores e do ambiente
• 9) Pais e professores : parceria fundamental
• 10) Orientar segundo as pesquisas científicas e consensos
internacionais
Recomendações (AACAP, 2013)
• 1) Habitualmente avaliar ativamente no desenvolvimento da
criança sinais e sintomas de TEA
• 2) Presença de sinais e sintomas de TEA devem levar a uma
confirmação diagnóstica
• 3) Clínicos/Especialistas devem coordenar investigações e
intervenções multidisciplinares nas crianças com TEA
• 4) Clínicos devem orientar a família nas abordagens mais
confiáveis evidenciadas por pesquisas científicas
• 5) Tratamento medicamentoso é para sinais de TEA e
comorbidades
• 6) Clínicos devem supervisionar as medidas tomadas e a
evolução.
• 7) Uso de métodos terapêuticos alternativos devem ser
discutidos e ponderados com a família.
Especialidades “ligadas” ao
TEA : todos podem suspeitar!
• Professoes e pedagogos
• Fonoaudiologia
• Clínico PSF
• Profissionais do NASF e do CAPS
• Psicopedagogia
• Dentistas
• Terapia Ocupacional
• Nutricionistas
• Psicologia
• Pediatras
• Cuidadores CMEI/Creches/Escolas Infantis/Buffet’s
• Neurologista Infantil e Psiquiatra Infantil
Problemas…
• Pouco conhecimento das equipes de saúde e educação
• Desintegração e descontinuidade
• Ideologia como obstáculo
• Insegurança dos professores
• Ausência de equipes multidisciplinares
• Burocracia para as medicações
• Fora do SUS, alto custo
▪ Medicina focada na medicação
▪ Pouca atenção dada a qualidade de vida da família
▪ Infra-estrutura desprovida de condições
▪ Psicoeducação : como lidar no dia-a-dia com estas crianças?
▪ Direitos e deveres destas crianças: Lei de dezembro de 2012
E na Escola ????
Escola e Autismo
Institucional
Social
INCLUSÃO ESCOLAR
Adaptação curricular
Aprendizagem da
leitura/escrita/matemáica
Inclusão Institucional
• Buscar meios de comunicação visual e auditiva facilitadores
Problemas
Motores (80-90%)
Diagnóstico tardio
de autismo
Disfunções
Executivas
Avaliação Interdisciplinar
Neuropsicologia
Fonoaudiologia
Psicopedagogia
Neuropediatria
O que avaliar??
• Características dos sintomas-alvo do TEA
- Sintomas autísticos
- Socialização e Compartilhamento
- Linguagem e comunicação
• Características associadas ao transtorno
- Participação na sala e sociabilidade
- Cognição : nível intelectual e déficits cognitivos
- Aspectos acadêmicos : domínio de requisitos de L-E-M
- Saúde mental : comportamentos atípicos
• Contexto instrucional
- Qualidade do contexto da escola
- Performance dos recursos humanos
- Engajamento do estudante no ambiente (Magyar, 2011)
Avaliação de pré-requisitos
• Presença ou não de habilidades cognitivas básicas para leitura,
escrita e matemática
- Desenvolvimento da linguagem
- Identificação visual de letras
- Conhecimento do código alfabético
- Consciência fonológica
- Nomeação rápida de figuras, objetos, cores e letras
- Habilidade para escrever o próprio nome
- Fluência na nomeação de letras
(Whalom, 2017)
Onde o autista vai pior…
• Suporte de TO ou psicomotricista
• Tecnologia assistiva
MATEMÁTICA
• Autismo com Altas habilidades : maiores performances e
exímios matemáticos
• Dificudades :
Implementar
Rever
novos
estratégias
recursos
Redefinir
condutas
(Whalom, 2017)
Equipe de Avaliação e Apoio
• Psicólogo Escolar: avaliação cognitiva e comportamental e
aspectos da saúde mental
• www.entendendoautismo.com.br
Referências
• Miodovnik A, Harstad E, Sideridis G, Huntington N . Timing of the Diagnosis of
Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Autism Spectrum Disorder. Pediatrics,
2015; 136 (4): 27-36.
• Piek JP, Dyck MJ. Sensory-motor deficits in children with developmental coordination
disorder, attention deficit hyperactivity disorder and autistic disorder. Human
Movement Science 23 (2004) 475–488 .
• Williams PG et al. Sleep problems in children with autism. . Sleep Res. (2004)
13,265-268.
• Virues-Ortega J, e cols. The TEACCH program for children and adults with autism: A
meta-analysis of intervention studies. Clinical Psychology Review 33 (2013) 940–953
• Brentani H., e cols. Autism spectrum disorders: an overview on diagnosis and
treatment . Revista Brasileira de Psiquiatria. 2013;35:S62–S72
• Narzisi A, e cols. Non-Pharmacological Treatments in Autism Spectrum Disorders: An
Overview on Early Interventions for Pre-Schoolers . Current Clinical Pharmacology,
2014, 9, 17-26
• Kerekes et al. (2015), Neurodevelopmental problems and extremes in BMI. PeerJ
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N Engl J Med 2014; 370:1209-1219. DOI: 10.1056/NEJMoa1307491
• Magliaro FCL, Scheuer CI, Assumpção Júnior FB, Matas CG. Estudo dos potenciais
evocados auditivos em autismo. Pró-Fono Revista de Atualização Científica. 2010
jan-mar;22(1):31-6.
• Martínez-Sanchis S . Papel de la corteza prefrontal en los problemas sensoriales de
los niños con trastornos del espectro autista y su implicación en los aspectos
sociales . Rev Neurol 2015; 60 (Supl 1): S19-S24