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Saúde Mental | Yana Caroline – T25

Transtornos Mentais em Crianças


Principais transtornos ▪ Padrão de entrevista medica tradicional
▪ Motivos da consulta e HDA
0-2 anos: Tr. neurodesenvolvimentais: ▪ História de problemas psiquiátricos
estabelecer autismo, retardo mental passados
aspectos básicos (DI) ▪ História pregressa de saúde: aspectos
(comer, andar, Maus tratos: tr. Apego; biopsicossocias do período pré- peri e
falar, comunicação) dificuldade em crescer
neonatal, marcos do desenvolvimento
Tr. neurodesenvolvimentais: neuropsicomotor
3-5 anos: TDAH, transtornos de ▪ História pregressa de doenças,
reconhecimento da aprendizado, tiques
potência e
medicamentos e cirurgias
Tr. disruptivos: Transtorno ▪ História familiar: síndromes genéticas e
atividade do corpo
opositivo desafiador (TOD), doenças neurológicas, doenças clinicas e
(curiosidade,
exposição a riscos,
transtornos de conduta psiquiátricas em geral
socialização, Transtornos de eliminação: ▪ Perfil psicossocial da criança/adolescente:
consciência do eu) enurese, encoprese escolaridade, costumes, relações com
Outros: transtorno de jogo pares e adultos, habilidades especiais,
Outros: ansiedade interesses preferidos
(separação, mutismo, ▪ Perfil familiar (genograma)
fobia), depressão, ▪ Revisão de sistemas
Transtorno disruptivo de
desregulação do humor
6-12 anos: (DDH – depressivo
Instrumentos de avaliação
interação social unipolar), bipolar, TOC
Lembrar: abuso, uso de Questionário de capacidades e
substancias, transtornos dificuldades (SDQ-Por)
alimentares, disforia de
gênero, transtorno de jogo, ▪ Problemas mentais e comportamentais em
TAB/esquizofrenia geral
▪ 2 a 4 anos
▪ Estresse, disfunção familiar e/ou trauma = ▪ Conhecer o comportamento infantil: mix
mimetiza os transtornos mentais de perguntas gerais para rastreio
▪ Resposta: falso, mais ou menos, verdadeiro
Queixas comuns M-CHAT-R
▪ Baixo rendimento escolar ▪ Entre 18 e 30 meses
▪ Irritabilidade ou conduta “fora de ▪ 20 questões
controle” ▪ Rastreamento de autismo
▪ Dificuldade na aquisição da fala ou recusa ▪ Perguntas especificas ao espectro autista
para falar em situações especificas
▪ Fadiga ou mudança de apetite
▪ Recusa de ir a escola SNAP-IV
▪ Queixas medicas frequentes ▪ Rastreamento de transtornos de déficit de
▪ Preocupações excessivas atenção e hiperatividade
▪ Alteração súbita de personalidade ou ▪ 18 questões
confusão mental  9: déficit de atenção
 9: hiperatividade e impulsividade
Como avaliar
▪ Anamnese
Comportamento
▪ Avaliação familiar e contextual ▪ Temperamento: características inatas da
▪ Uso de instrumentos de avaliação base de comportamento (genéticas/
▪ Exame físico e psíquico biológicas) - quem somos
1. Humor
Anamnese 2. Atividade: mais ou menos ativo
3. Reatividade: ativo ou passivo
▪ Com pais ou cuidadores legais 4. Persistência
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5. Regularidade de ritmo ▪ 2 grandes características: alteração de
▪ Durante o desenvolvimento (1º infância), o cognição social (principalmente) +
ambiente de exposição é incorporado na comportamento restritivo ou repetitivo T
personalidade ▪ Criança que, por uma série de motivos,
 Agrava determinados temperamentos não adquire determinada habilidade que
 Risco de desenvolver determinados era esperada para um desenvolvimento
transtornos fisiológico
▪ Obrigatoriamente aparecem em idade
Transtornos precoce, curso crônico e variável
▪ TEA < 3 anos (DSM IV)
neurodesenvolvimentais (DSM-5) ▪ Evolução incerta única; grupo heterogêneo
▪ Deficiência intelectual de condições
▪ Transtornos da comunicação ▪ 5x mais comum nos meninos
 Distúrbio de linguagem
 Disturbo da fala Etiologia
 Gagueira (distúrbio de fluência) ▪ Desconhecida
 Distúrbios de comunicação social ▪ Hipótese mais forte: fatores genéticos
(pragmática) ▪ Fatores de risco:
▪ Transtorno do espectro autista  Genéticos: herdabilidade de 90%;
▪ Transtorno de déficit de atenção/ irmãos; gêmeos monozigóticos
hiperatividade  Epigenéticos
▪ Transtorno especifico da aprendizagem  Ambientais: Problemas perinatais;
▪ Transtornos motores idade parental avançada; Não estão
 Transtorno do desenvolvimento da estabelecidos - vit D, ácido fólico;
coordenação Idade materna >40 anos ou paterna
 Transtorno de movimento estereotipado entre 40 a 49 anos; PN de < 2500g e
 Transtorno de tiques prematuridade; unidade neonatal dos
cuidados intensivos; Identificação de
Transtorno do Espectro Autista dismorfias ao nascer; Gênero
masculino; Ameaça de aborto <20º
▪ Relacionado ao neurodesenvolvimento
semana; Residir em uma cidade grande,
▪ Critérios diagnostico:
capital ou em área suburbana de uma
1. Déficits persistentes na comunicação
cidade grande
social e interação social (múltiplos
contextos)
 Dificuldade de reciprocidade Fisiopatologia
socioemocional ▪ Aumento anormalmente rápido do PC dos
 Comunicação não verbal 6 aos 14 meses
 Desenvolver relações ▪ Estudos de neuroimagem: crescimento
2. Padrões restritos e repetitivos de anormal das áreas responsáveis pelas
comportamento, interesses ou funções cognitivas superiores - aumento
atividades do cerebelo, do telencéfalo e do corpo
 Movimentos motores, uso de amigdaloide → segue-se com crescimento
objetos ou fala estereotipados ou lento ou ausente → subdesenvolvimento
repetitivos com circuitos anormais nessas áreas
 insistência nas mesmas coisas ▪ Teoria da mente:
 interesses fixos e restritos  Alterações neurobiológicas que fazem
 hiper ou hiporreatividade a com que ele não tenha essa capacidade
estímulos sensoriais de teoria da mente → alterações de
3. Prejuízos significativos no cognição social - não consegue se
funcionamento social, ocupacional, colocar no lugar do outro
profissional ou outra área importante  Dificuldade de interpretação de
4. Presentes precocemente no expressões faciais, linguagem não
desenvolvimento verbal → são construções sociais
5. Não mais bem explicadas por
deficiência intelectual ou atraso global
do desenvolvimento
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Diagnostico ▪ comorbidades associadas: sd de down, sd
▪ Trazido pelos pais ou detectado em rotina do x frágil, sd alcoólica-fetal, esclerose
(puericultura) tuberosa
▪ Não biomarcadores ou exames
▪ Diagnostico baseado no comportamento – Tratamento
observação ▪ Foco: estimular
▪ Rastreamento com M-CHAT/R ▪ Abordagem multidisciplinar precoce -
▪ Avaliação neuropsicológica: ADOS; independente do momento do dx
avaliação clinica ▪ Estímulo para o desenvolvimento de
▪ Uma vez detectado, diagnostico etiológico: habilidades
 Exames laboratoriais ▪ 40h de atividades semanais: escola +
 Erros inatos do metabolismo terapias
 Cariótipo e pesquisas especificas (x  abordagem educacional por toda vida
frágil) ▪ Trabalhar independência e tentar emprego
 Neuroimagem e EEG protegido
▪ Autismo x DI ▪ Organizar serviços de saúde compatíveis
 DI: dificuldade de aprendizagem e de ▪ Treino e orientação parental
atividades básicas de vida diária; não ▪ Terapias – de acordo dificuldade:
atinge marcos de desenvolvimento  Ocupacional, Fonoaudiologia,
(sind. Down) psicopedagogia, psicologia
 Autismo: dificuldade de interação social ▪ Psicoterapia
e ausência de reciprocidade emocional ▪ Não há medicações aprovadas
 Risperidona e haloperidol - melhora de
Sinais de risco comportamento agressivo, reações
emocionais e comportamento geral
▪ falta do compartilhamento no olhar - “
 ISRS - diminuição de comportamentos
olho no olho” vazio, não sustentado repetitivos e sintomas gerais
▪ dificuldade em apontar  Naltrexona: anticonvulsivantes (ex.
▪ brincar sozinho e com os mesmos ácido valproico)
brinquedos
▪ atraso ou perda do sorriso social (começa
com 3 a 4 meses) e expressões faciais -
Síndrome de Asperger
aprendizado social ▪ Está inclusa no TEA
▪ ausência de ansiedade com a ▪ Ausência de comprometimento cognitivo
ausência/separação dos pais (1º ano) ▪ Consegue vida adulta normal se encontrar
▪ pode haver preferência por dormir sozinho nicho de trabalho do seu interesse
▪ dificuldade em imitação - aprendizado ▪ Predomínio de comprometimento não-
social verbal
▪ alterações de comunicação, prosódia,
linguagem Retardo mental ou DI
 importante, ao exame físico, descartar ▪ Déficits funcionais (intelectuais e
déficit auditivo – audiometria, PEATE adaptativos, domínios conceitual, social e
▪ preferência por objetos não fofos - rígidos pratico
▪ empilhamento e exploração não habituais ▪ 3 critérios:
de objetos 1. Déficits em funções intelectuais
▪ objetos que giram múltiplas: raciocínios, solução de
▪ flapping e movimentos de corpo problemas, planejamento, pensamento
abstrato, juízo, aprendizagem pela
Sinais Acessórios experiência
▪ dificuldade de integração sensorial - hipo 2. Déficts em funções adaptativas:
ou hipersensibilidade fracasso para atingir padrões de
▪ seletividade alimentar desenvolvimento e socioculturais em
▪ 10% savant: capacidade extraordinária em relação a independência pessoal e
alguma determinada coisa responsabilidade social
(desenvolvimento de interesses restritos) 3. Início dos déficits intelectuais e
▪ 60% de retardo mental associado adaptativos durante período do
desenvolvimento
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▪ Causas comuns de deficiência intelectual: Tratamento
Perinatal 3º Complicação da ▪ Recuperar funcionalidade
trimestre gravidez ▪ Psicoterapia
Doenças na mãe ▪ Protocolos de desenvolvimento intelectual
(cardíaca renal, DMD) ▪ Terapia ocupacional
Disfunção ▪ Fonoaudiólogo
placentária ▪ DI x autismo: Autista estimulado possui
Trabalho Prematuridade possibilidade aumentar desenvolvimento
de parto severa, muito baixo de inteligência
peso ao nascer,
asfixia
Parto difícil ou TDAH
complicado ▪ Padrão persistente de desatenção e/ou
Trauma nascimento hiperatividade
Neonatal Septicemia ▪ Sintomas surgem em fase precoce do
primeiras 4 Icterícia grave desenvolvimento
semanas Hipoglicemia ▪ Dificuldade de atenção + impulsividade +
Pós-natal Infecções no cérebro, (Tb, agitação/hiperatividade
Infancia e encefalite e meningite bacteriana) ▪ Distúrbio neurocomportamental mais
adolescência Trauma craniano comum da infância
Exposição crônica ao chumbo ▪ início a infância, crônico
Desnutrição grave e prolongada ▪ 5% da população; mais nos meninos
Sub-estimulação severa ▪ Linha do tempo de sintomas
▪ Etiologia multipla:
Diagnostico  Genes
▪ Trazido pelos pais ou detectado em rotina  Disfunção fronto-estriatal
– nascimento, puericultura  Alteração no metabolismo de
▪ Avaliação neuropsicológica catecolaminas
 Inteligência (SON-R, WISC)  Ambientais
 Avaliação funcional (Vineland)
▪ Uma vez detectado, diagnóstico etiológico Fatores de risco
 Exames laboratoriais ▪ Exposição intra-útero ao álcool
 Erros inatos do metabolismo ▪ Exposição pós-natal ao chumbo
 Cariótipo e pesquisa específica (x frágil) ▪ Algumas infecções
 Neuroimagem e EEG ▪ Fatores psicossociais: abusos,
▪ Capacidade de acordo com grau de negligências, múltiplos lares adotivos
incapacidade intelectual (Testes de QI) ▪ Muito baixo peso ao nascer: >risco 2 a 3x
Grau QI Capacidade adulta ▪ Parentes de 1º grau - genes ligados a
Leve 50-70 Alfabetização receptores e transportadores de dopamina
Habilidade de auto-ajuda
Trabalho semiqualificado Fisiopatologia
Moderado 35-50 Alfabetização +/-
Habilidade de auto-ajuda + ▪ Estudos de imagem: perda da assimetria
Fala em casa + normal do cérebro
Trabalho não qualificado, ▪ Diminuição em 5-10% do córtex pré-
com ou sem supervisão frontal
Grave 20-35 Habilidades de auto ajuda ▪ Diminuição dos núcleos da base (ricos em
assistidas dopamina)
Fala mínima ▪ Comum evoluir para quadro mais leve ao
Tarefas domesticas longo do tempo - 40% dos adultos
assistidas melhoram; 90% permanecem com algum
Profundo < 20 Habilidades de auto-ajuda grau de alteração

 90-110: adequado Prejuízos e características


 80 a 90: limítrofe, não retardo mental ▪ Prejuízos: menor aquisição escolar;
ainda problemas conjugais; dificuldade na
criação de filhos; baixo rendimento laboral
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e desemprego; ocupa posições aquém das ansiedade, depressivo, bipolar, de
possibilidades; risco para várias personalidade; Abuso de substância;
comorbidades, uso de substâncias Doenças crônicas: asma, alergia, câncer,
▪ Características: impacientes, imediatistas, enxaqueca, DM; Distúrbio do sono,
dificuldade de controle inibitório, aversão principalmente o secundário a hipertrofia
à espera, alterações da função executiva, de adenoamigdalites; Distúrbios de
inquietos, protelam atividades, não se ajustamento secundários a grandes
engajam, distraídos estresses familiares – divorcio dos pais,
▪ Os sintomas devem ser inapropriados do morte de familiar, violência doméstica, uso
ponto de vista desenvolvimento de drogas pelos pais; Déficits auditivo ou
(incompatível com a fase) visual; Intoxicação por chumbo
▪ Sintomas influenciados por ambiente, grau
de motivação, idade Clinica
▪ Conforme a faixa etária
Diagnostico ▪ Pré-escolar: principalmente hiperatividade
▪ Critérios diagnósticos: ▪ Escolar: desatenção; afeta o rendimento
1. Sintomas por pelo menos 6 meses, escolar
interferindo negativamente nas atividades ▪ Adolescência: sintomas mais estáveis;
do cotidiano e na funcionalidade controle da desatenção e redução da
2. Pelo menos 6 de 9 critérios de desatenção hiperatividade; surgimento de outras
se criança; 5 se adulto comorbidade - transtornos de conduta;
 Não presta atenção em detalhes e comportamento antissocial
acomete erros ▪ Adulto: predomínio da desatenção -
 Perde atenção com facilidade dificuldade no planejamento e no
 Não ouve mesmo quando alguém fala cumprimento de prazos
diretamente com ele ▪ Adolescentes e adultos: maior risco de uso
 Erra instruções de substâncias e de prisão
 Desorganizado ▪ Comorbidades associadas: transtorno de
 Procrastina oposição desafiante; TP; transtorno de
 Perde objetos importantes ansiedade; transtorno depressivo;
 Distrabilidade transtorno específico de aprendizagem
 Esquecido e perde compromisso
3. Pelo menos 6 de 9 critérios de Tratamento
hiperatividade e impulsividade ▪ Intervenções comportamentais: a partir
 Remexe, batuca ou contorce dos 3 anos
 Dificuldade em ficar sentado  Escola adaptada
 Corre ou sobe em coisas inapropriadas  Psicoeducação
 Não se envolve em atividades calmas  Adaptação do ambiente
 Agitado ‘’motor ligado’’  Organização e estabelecimento de
 Fala demais rotinas
 Termina frase dos outros  Minimizar distratores
 Dificuldade em esperar sua vez  Terapia comportamental
 Intrometido  Treinamento parenteral
▪ + comum predomínio de desatenção,  Criar regras, consequências e
principalmente com o avançar da idade recompensas: reforço positivo e
▪ Sintomas presentes em 2 ou + ambientes negativo
▪ Sintomas iniciados antes dos 12 anos ▪ Farmacológico:
▪ dx clínico, baseado no comportamento  Medicação antes dos 6 anos: casos
▪ Escalas; avaliação neuropsicológica (SAP4) extremos (exposição a riscos)
▪ Exames complementares: excluir outras  Padrão ouro: psicoestimulantes
causas de alteração do comportamento 1. Ritalina: alto efeito terapêutico
▪ É comum que a hiperatividade vire 2. Venvanse
impulsividade; sintomas irem diminuindo,  Possibilidade de cura
havendo aprendizados  Reavaliação de 6 a 12 meses: grande
▪ DD: Transtornos de oposição desafiante; capacidade de plasticidade para
explosivo intermitente; específico de melhora e retirada da medicação
aprendizagem; DI; TEA; Transtorno de
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Antidepressivos
Conceitos ▪ Manutenção: 12 a 24 meses (previne
recorrência)
▪ Falha de antidepressivo: esperar mínimo 6 ▪ Remissão: 1 ano sem sintomas
meses p/ verificar efeito ou efeitos ▪ Recaída: ocorre com <1 ano de tto
intoleráveis ▪ Recorrência: ocorre com >1 ano de tto
▪ Falha: aumenta a dose ou troca a classe ▪ Tratamento → estimulo de neurônios
▪ Principio: atua na região do sistema ▪ Medicações:
límbico e outras da pré-fontal  Agonistas
 Aumenta biodisponibilidade do
Indicação neurotransmissor: Inibe as enzimas que
▪ Depressão destroem receptores ou de recaptação
▪ Quadros ansiosos em geral do receptor
▪ TEPT, TOC, somatizações em geral
▪ Transtornos de personalidade Triciclos
▪ Agitação na demência, TEA, retardo ▪ Inibem a recaptação de serotonina,
mental dopamina e noradrenalina (não seletivo)
▪ Doenças crônicas e fibromialgia ▪ Cardiotóxicos - Arritmias: Prologam o
▪ Alguns quadros orgânicos funcionais - ex. intervalo PR e QT (bloqueio de ramo);
sd do intestino irritável; dispepsia cuidado com criança, idoso, comorbidade
funcional; algumas cefaleias previa
▪ Cessação de tabagismo – bupropiona ▪ Bloqueio do receptor alfa1 de
noradrenalina: hipotensão postural
Melhor antidepressivo ▪ Bloqueia receptor M1 colinergico (efeito
▪ Depende: do paciente, da idade, da anticoligernico): boca seca, constipação
tolerância, dos efeitos colaterais (cuidado com doença do TGI, pós
(desejáveis ou não) cirúrgico), turvação visual
▪ Todos são mais potentes que o placebo ▪ Atua no receptor H1 da histamina:
▪ Eficácia das medicações de primeira linha sonolência e ganho de peso
parece ser comparável ▪ Começa em 25mg
▪ Parecem ser mais potentes - amitriptilina, ▪ Faixa terapêutica grande
mirtazapina, fluoxetina, agomelatina… ▪ Cuidado em pacientes com risco de
▪ Tendência atual - uso de ISRS suicídio
▪ SEMPRE: usar dose terapêutica (máxima ▪ dose terapêutica X dose de apresentação
indicada ou máxima tolerável) por tempo  amitriptilina e imipramina -
suficiente (8 semanas de tto total ou 2 a 3 normalmente a apresentação é 25 mg
semanas na dose máxima) ▪ Efeitos colaterais:
 sono, aumento de peso (anorexia,
hiporexia)
Fases do tratamento  Efeitos anticolinérgicos e alteração da
condução cardíaca;
 xerostomia, constipação
▪ Dose bem baixa → já possuem efeito
noradrenérgico → modulação de dor
 ex. amitriptilina 12,5 ou 25 mg -
cefaleia (salvo por depressão)
▪ Pouco recomendado em idosos - se
necessário: nortriptilina (menor efeito
anticolinérgico)
▪ Doses habituais:
Droga mg/dia Idoso (mg/dia)
▪ Aguda: 1 a 2 anos Amitriptilina 75 - 250 -
▪ Continuação: 4 a 9 meses (previne Imipramina 75 - 250 -
recaída) Clomipramina 75 - 300 -
Nortriptilina 50 - 150 25 - 100
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Inibidores da Monoaminoxidase ▪ Efeito: início cerca de 10 a 15 dias
▪ Efeitos colaterais
(IMAO)  Dor de cabeça, diarreia, diminui apetite
▪ Bloqueio da MAO: aumenta no inicio
disponibilidade de catecolaminas  GI: enjoo e diarreia, especialmente na
▪ Tranilcipromina: irreversível (15 dias de introdução
duração dos efeitos)7moclobemida:  neurológicos - tremor e SEP
reversível (interessante p/ efeito colateral,  efeito ativados - inquietação, insônia
mais cara, menos efeito); começa em  perda ou ganho de peso - ex.
10mg fluoxetina e paroxetina,
▪ Selegilina: menor resposta p/ depressão respectivamente
▪ Efeitos colaterais: aumenta a liberação de  disfunções sexuais: redução de libido,
catecolaminas destaque: paroxetina
 Interação: alimentos, medicamentos  efeitos anticolinérgicos; destaque:
com tiramina: aumento de paroxetina
catecolaminas – risco de crise  sd serotoninérgica - grave e rara;
hipertensiva normalmente com medicações
▪ Requer dieta, evitar alimentos com serotoninérgicas associadas
tiramina (queijo, próximo ao estado de ▪ Inibem enzimas do cytocromo P450,
putrefação, carne de sol, leguminosas, observar quando em uso de outros
vinho tinto medicamentos, interfere na eficácia do
▪ Evitar medicações adrenérgicas outro
▪ Não associar com outro antidepressivo:  Ex: varfarina e ISRSs
risco de crise serotoninérgica ▪ Doses habituais
▪ Retarda com a ejaculação – reduz libido Droga mg/dia Idoso (mg/dia)
▪ Doses habituais: Paroxetina 20 - 60 10 - 40
Droga mg/dia Idoso (mg/dia) Fluoxetina 20 - 60 10 - 40
Tranilcipromina 10 - 60 - Sertralina 50 - 150 25 - 100
Moclobemida 75 - 250 - Citalopram 20 - 60 10 - 40
Selegina 5 - 10 - Escitalopram 10 - 20 5 - 15
Fluvoxamina
ISRS
▪ Potentes Inibidores duplos da recepção da
▪ Mais fáceis de tolerar; baixa toxicidade; serotonina e noradrenalina
poucos efeitos colaterais
▪ Pode começar com 30mg
▪ Mais fácil chegar na dose máxima
▪ Efeitos inerentes a noradrenalina: PA,
▪ Tentativa de suicídio: baixa chance de
arritmia cardíaca
conseguirem se matar por ingesta
▪ Pouca interação; menos efeitos colaterais
exclusiva de ISRS
que os tricíclicos
▪ Menos interação com outras medicações
▪ Muitos sintomas de introdução e retirada
 Especialmente: sertralina, citalopram,
▪ Efeito noradrenérgico - modulação de dor
escitalopram**
(dor crônica, fibromialgia)
▪ Aprovados para quadros ansiosos também
▪ Uso: dose única diária, pela manhã
▪ Falha terapêutica → trocar por outro ISRS
▪ Duloxetina: dor cronica; inibe enzima do
→ se não responder: trocar para outra
cytocromo da pré droga tamoxifeno (corta
categoria
efeito – contraindicado); interação com
▪ Escolher de acordo com os efeitos
antiinflamatorio (risco de sangramento)
colaterais
▪ Doses habituais:
 fluoxetina - estimulante, perda de peso
Droga mg/dia Idoso (mg/dia)
 sertralina, paroxetina - melhor p/
Venlafaxina 150 - 300 75 - 150
ansiedade
▪ Uso: VO, dose única diária, normalmente Duloxetina 60 - 120 -
pela manhã - pode atrapalhar o sono se
usados à noite (exceto paroxetina e Outros (medicações atípicas)
fluvoxamina - podem dar sono) ▪ Mirtazapina: bloqueia o receptor alfa2
▪ Começar com dose mínima e aumentar heterociclico, o próprio neurônio aumenta
gradualmente
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liberação de serotonina; seletividade por
H1 (aumenta sono e peso); bom para Observações
associações (3º e 4º de tratamento)7
▪ Trazodona: inibe recaptação de ▪ Área de atuação de serotonina,
serotonina, antagonista do 5TH2a, noredrenalina e dopamina
agonista do 5HT1A; efeito moderado; atua ▪ Antidepressivos e efeitos
no receptor H1; dose baixa (50, 100 mg)
é hipnótico Neuromodulação
▪ Bupropiona: inibidores da recepção de ▪ Eletroconvulsoterapia
nora e dopa; tratamento de dependência ▪ Estimulação magnética transcraniana
(nicotina); potencialização adrenérgica; ▪ Estimulação por corrente contínua
não ganha peso; não reduz a libido; usado ▪ Estimulação do nervo vago
p/ contrabalancear medicação q reduz ▪ Convulsoterapia magnética
libido; tabagismo; mais estimulante; não
trata ansiedade; sem ação sexual
▪ Agomelatina: agonista dos receptores Outras medidas especificas
noradrenergicos; insônia + depressão; ▪ Intervenções educacionais
único antidepressivo que age na ▪ Psicoterapia: dinâmica ou cognitiva
melatonina; pacientes com depressões ▪ Terapia interpessoal
sazonais ▪ Terapia familiar
▪ Vortioxetina: efeito modal nos receptores ▪ Terapia ocupacional
de serotonina; nova; custo beneficio não
conhecido ainda; sem ação sexual Manejo da depressão
▪ Doses habituais:
Droga mg/dia Idoso (mg/dia) ▪ Quando deverá ser encaminhado ao
psiquiatra:
Mirtazapina 30 - 60 15 - 45
 Dificuldade no manejo
Trazodona 150 – 300 75 – 150
 Resposta parcial
Bupropiona 75 - 450 -
 Comportamento suicida
Agomelatina 60 - 120 -
 Sintomas psicóticos
Vortioxetina 5 - 20 5 - 20
 Transtorno afetivo bipolar

Associações com Potencializador


▪ Medida e 3º e 4º linha
▪ Antipsicotico
▪ Estabilizador de humor
▪ Hormônio tireoidiano
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Transtorno por Uso de Substâncias


Padrões de uso Dependência
▪ Recreativo: uso sem prescrição p/ fins de
obter prazer ou alterar estado de Critérios de dependência
consciência; situações sociais ▪ Compulsão para o consumo: desejo
▪ Terapêutico: uso prescrito, baseado em incontrolável; incapaz de colocar barreiras
estudos científicos de uso eficaz da ▪ Aumento da tolerância
substancia em determinada condição  Necessidade de doses crescentes p/
clinica alcançar efeitos iniciais
▪ Experimental: inicial, infrequente  Acomodação dos receptores cerebrais
▪ Uso frequente: consumo regular, não ▪ Síndrome de abstinência: Sinais/ sintomas
compulsivo, sem prejuízos de intensidade variável c/ a suspenção ou
▪ Abuso/uso nocivo: consumo continuado redução do consumo; melhora com
ou recorrente; algum prejuízo reintrodução
▪ Dependência: uso continuado,  Exemplo: horas - 1 a 2 dias - álcool,
caracterizado por tolerância, abstinência, BZD
compulsão  tto - depende de cada substância
▪ Uso problemático de substancia: avaliar ▪ Alívio ou evitação da abstinência pelo
sob a ótica do paciente, e não sobre a
aumento do consumo: consumo
própria ótica
preventivo
▪ Relevância do consumo: a substância
Diagnósticos relacionados ao uso e passa a ser prioridade

abuso de substancias Estreitamento ou empobrecimento do
repertório: vive em função do uso; perda
▪ Intoxicação aguda ou danos à saúde: de referências internas/externas p/
episódio isolado consumo
 Síndrome reversível pelo uso ▪ Reinstalação da síndrome de dependência:
 Alterações físicas, psicologicos, recaídas
comportamentais  Recaída: retomada ao padrão de
 efeito perdura enquanto durar a consumo anterior
substância no organismo  Lapso: uso esporádico com posterior
 Resolução: cerca de 48h suspensão, arrependimento
 Paciente responsabilizado
 Tratar danos e orientar Teoria da Escalada do uso de drogas
▪ Uso nocivo ou padrão de uso danoso:
 Toda vez em que há uso, gera-se um ▪ Quanto mais tempo, maior frequência e
dano (social, físico/mental, econômico, maior a quantidade → maior a tolerância e
financeiro, familiar), mas não fecha a dependência → uso de outras
critérios para dependência substancias
 Indivíduo recorre ao uso da ▪ Substâncias isoladas com doses brandas
→ misturas de drogas; maiores
substância
 Tem controle sob o uso quantidades → tolerância grave, atrofia
cerebral exagerada
 Orientar
▪ Dependência
 Histórico de uso e desenvolvimento Aspectos gerais da dependência
de tolerância e necessidade de doses ▪ Primeiro trata intoxicação e abstinência
maiores ▪ Abordagem geral:
 Abstinência ao cessar uso 1. Descartar emergência medicas
 Não possui controle sob o uso 2. Descartar emergências psiquiátricas
 Critérios; a frequência de uso não Intoxicação Suporte + ABCD,
indica dependência aguda Antídotos se houver
▪ Abstinência: sinais e sintomas - Cocaína: BZD
desagradáveis relacionado a cessação ou Síndrome de ABCD + orientação
redução de uso, melhora com a abstinência Medicação se houver
reintrodução - Cocaína: BZD;
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- álcool: BZD Maconha
- Nicotina: adesivo)
Surto Considerar internação ▪ Não é um produto homogêneo -
psicótico Antipsicóticos após 48h diferentes espécies; diferentes partes da
(descartar intoxicação) planta; diferentes formas de uso
▪ Há cerca de 80 tipos de cannabidioides;
Dependência ABCD
▪ Sistema endocanabinoide: sistema lipídico
Avaliar motivação, orientação,
+ sistema inflamatório (influência nas
Decidir ambiente
anandamidas); liberação de
- Risco a vida: internação;
neurotransmissão retrograda
- Autonomia e acesso: amb.,
CAPS, hospital-dia ▪ Receptores CB1 e CB2
 CB1 → SNC
 Autonomia: Consegue julgar a situação  CB2 → periféricos; células imunes
(gravidade) e as consequências ▪ Principais derivados: canabidiol e THC
▪ Plano estratégico:  THC: agonista parcial dos CB1;
 Consultas semanais psicogênico, alucinógeno, ansiedade,
 Avaliação das dificuldades psicótico, maior dependência; efeito +
 Reforço positivo danoso
 Reavaliação de pros e contras pelo uso  CBD: antagonista CB1 e CB2; efeito
oposto: ansiolítico e antipsicótico;
isolado pode ter efeito
Substâncias e sítios cerebrais anticonvulsivante e ansiolítico
▪ Sítios cerebrais de ação: ▪ Ação da maconha: Alimentam o sistema
Álcool GABA de prazer e ampliam efeito gabaergico
Nicotina Receptores nicotínicos ▪ Efeitos dependem de: ambiente de uso,
Cocaína e Catecolaminas estado emocional, personalidade do
derivados usuário, genética, idade, características da
Maconha Receptores CB1 e CB2 planta
GABA (indireto) ▪ Prejuízos: sintomas psicóticos, transtorno
Alucinógenos Serotonina psicótico, cognição
Estimulantes Catecolamina, serotonina  Risco de sintomas psicóticos; efeito
Drogas Catecolaminas ou serotonina maior com alto conteúdo de THC
sintéticas  Prejuízo cognitivo (atenção e memoria
Solventes GABA/glutamato lenta) – maior em usuários de curto
BZD GABA período e maior uso
Opioides Receptores opioides  Efeito ansiogenico pelo uso ou
abstinência
Barbitúricos GABA
▪ Maiores problemas:
Quetamina Antagonistas NMDA e outros
 Prejuízo da cognição: pode perdurar a
longo prazo, memoria
▪ Depressores da atividade do SNC:
 Desmotivação
 Álcool
 Psicose: pior prognostico conforme
 Soníferos ou hipnóticos, barbitúricos,
maior uso
alguns BZD
 Problemas no trânsito
 Ansiolíticos
 Desempenho no trabalho
 Opiáceos, narcóticos
 Atrasa o desenvolvimento cerebral:
 Inalantes ou solventes
quanto mais precoce, maior prejuizo
▪ Estimulantes do SNC:
▪ Efeitos euforizantes (inicio): aumento do
 Anorexígenos (anfetaminas)
desejo sexual, sensação de lentificação do
 Cocaína e derivados
tempo, aumento da autoconfiança e da
▪ Perturbadores do SNC: raciocínio clinico
grandiosidade, risos imotivados,
desorganizado
loquacidade, hilaridade, aumento da
 Origem vegetal: mescalina (cacto sociabilidade, sensação de relaxamento,
mexicano), THC, psilocibina aumento da percepção das cores, sons,
(cogumelos), lírio (trombeteira, textura e paladar, aumento da capacidade
zabumba ou saia-branca) de introspecção
 Origem sintética: LSD-25, extasy, ▪ Efeitos físicos: taquicardia, hipertensão,
anticolinérgicos hiperemia conjuntival, hipotermia, tontura,
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retardo psicomotor, redução da ▪ Relacionada ao uso diário e há muito
capacidade para execução de atividades tempo → uso pesado e prolongado
motoras complexas, incoordenação ▪ Não há delirium tremens
motora, redução da acuidade auditiva, ▪ Tende a não ser grave
aumento da acuidade visual, ▪ Tratamento:
broncodilatação, hipotensão ortostática,  Orientação, observação
aumento do apetite, xerostomia, tosse,  Medicações de suporte: BZD se
midríase, alteração de bocas e dentes, ansiedade (se uso apenas da cannabis -
alterações pulmonares e cardiovasculares, também atua indiretamente no sistema
inflamações, substâncias cancerígenas, gabaérgico)
DPOC  Quadros graves: terapia substitutiva -
▪ Efeitos perturbadores: efeitos euforizantes derivados canabinoides, canabinoides
+ depressivos sintéticos, agonistas CB1
▪ Efeitos psíquicos: despersonalização,
derrealização, sintomas depressivos, Dependência
alucinações ou ilusões, sonolência,
▪ Padrão de uso patológico; pouco
ansiedade, irritabilidade, prejuízo à
reconhecimento por parte do usuário;
concentração, prejuizo a memória de curto
baixo controle; prejuízo social; uso
prazo, letargia, prejuízo da execução
arriscado; tolerância e abstinência - DSM V
psicomotora, ataques de pânico,
▪ Tratamento da dependência
autorreferência e paranoia, prejuízo do
 Não farmacológico: manejo de
julgamento
contingências; entrevista motivacional;
 TCC; estratégias de redução de danos
Intoxicação Aguda  Farmacológico: nenhuma é efetiva -
▪ Tendem a ser leves rimonabanto, sativex ou dronabidol ou
▪ Tendem a ser graves quando há CDB/THC, naltrexona, buspirona,
comorbidade associada, ex. arritmia clonidina, ácido valpróico, lítio,
▪ Agitação, ansiedade e sintomas psicóticos bupropiona, atomexetina, N
▪ Intoxicação aguda leve: orientação, acetilcisteína
conduta expectante
 ABCDE + abstinência + observação Questões atuais
▪ Tratamento (intoxicação intensa):
▪ Uso terapêutico e recreativo são diferentes
 ABCDE
▪ Despenalizar x descriminalizar x legalizar
 betabloqueadores (reduzir PA, FC,
▪ Quem venderá, quem irá distribuir, quem
tremores)
irá fiscalizar?
 BZD ou antipsicóticos (se uso exclusivo
▪ Quem terá acesso?
de maconha): psicose, agitado,
▪ Liberação:
agressivo
 Referencial teórico → hipótese →
 Ansiolítico: ansiedade
experimental → fase I, Fase II, fase III
▪ Déficits motores e cognitivos
(liberação), fase IV
 redução da capacidade para solucionar
 Forte comprovação: metanálise, ensaio
problemas e classificar corretamente as
clinico randomizado
informações
 Eficácia, segurança, custo beneficio
 habilidades psicoespaciais
 Tamanho de efeito
 piora da compreensão de estímulos
sensoriais
 capacidade de realizar atividades Opiáceos ou Opioides
complexas ▪ Derivados da papoula: seiva com alta
 redução das AVD concentração de opiáceos
 redução da capacidade de transferir ▪ Baixa prevalência no brasil; opioide
material da memoria imediata para prescrito > opioide ilegal
memoria a longo prazo ▪ Dependência e tolerância muito rápidas
▪ Diferença relativamente pequena entre
Abstinência a maconha dose terapêutica e dose tóxica
▪ Fissura, irritabilidade, nervosismo, ▪ Médicos: dependência de 5-22%
inquietação, sintomas depressivos, insônia,
redução do apetite, cefaleia, ansiedade
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▪ Utilidade: analgesia, sedação, intratecal, lento de ação;
tranquilização, anestesia, antitussígeno e subcutânea inativada VO por
antidiarreico (uso atualmente proibido) efeito de 1º
▪ Cuidados: passagem
 Dor relacionada a doenças graves ou Fentanil IV, epidural, 1-2h; restrito ao
emplastro centro cirúrgico,
cuidados paliativos; evitar para dores transdérmico bomba de infusão
simples (bursites, tendinites) Codeína VO atua como pró-
 Evitar uso para outros fins droga; metabolizada
 Pacientes viciados em outras à morfina e outros
substancias opiáceos ativos
 Começar em doses baixas
 Uso agudo: de preferencia, evitar uso ▪ Via oral: diminuição do trânsito intestinal e
acima de 7 dias duplica a meia vida
 Cuidado com opioides mais fortes
(meperidona) Complicações relacionados ao consumo
▪ Classificação:
 Naturais: ópio, morfina, codeína, de opiáceos
tebaína ▪ Pele e anexos: marcas de picada, edema
 Semi-sinteticos: heroína, oxicodona, em mãos, abscessos e úlceras
hidroxocona, oximorfona, hidrozimorfona ▪ Sistema cardiovascular
 Sinteticos: metadona, meperidina, ▪ Sistema respiratório
petidina, fentanil, LAAM ▪ SNC
 Agonistas-antagonistas: buprenorfina, ▪ TGI: hepatite, cirrose, pancreatite
nalbufina, pentazocina; tratar ▪ TGU e reprodutor
dependência, fissura, abstinência; ▪ Sistema hemotopoetico: aplasia medular
 antagonistas puras: naltrexona, ▪ Sistema osteomuscular: sarcopenia
naloxona; diminui intoxicação e fissura
▪ Atuam nos receptores opiáceos Intoxicação Aguda
(depressores do SNC) ▪ Sedação, humor normal tendendo ao
Mu 1 analgesia (principal), eufórico, eufórico, miose
depressão respiratória ▪ Overdose comum: mistura com outros
2 Constipação, efeitos GI depressores do SNC
Kappa analgesia, sedação, ▪ Overdose: inconsciência, fala arrastada,
despersonalização e desrealização prejuízo de atenção e memória, miose
Delta alterações de humor e analgesia pronunciada, hipotensão, bradicardia
Epsilon sedação acentuada – taquicardia compensatória,
Sigma antitussígenos, analgesia, alteração depressão respiratória (principal causa de
de humor e alucinações morte), convulsões, torpor, coma
▪ Reversão:
▪ Efeitos agudos: euforia, calor, boca seca,  Suporte: caso leve
rubor facial, coceira, constipação, torpor e  ABCDE + naloxona → suporte
sonolência, analgesia, miose, alteração de ventilatório, corrigir hipotensão e
humor, alucinações, desrealização, edema agudo de pulmão (comum)
despersonalização, hipotensão, diminuição  Naloxona (ampola de 0,4mg/mL de 1
de reflexos, depressão respiratória, coma mL): antídoto - depressão respiratória e
▪ Apresentação dos opiáceos: coma
Via Meia vida Dose inicial: 2 ampolas: aguardar 15
Morfina VO, EV, IM, 3-4h (dependência min, se não responder → 1,6 mg → se
intratecal iatrogênica);
não responder, rever diagnóstico
convertida em
metabólito ativo  Naltrexona VO 50 mg: não usada em
Heroína IV, IM, <1h; metabolizada urgências
fumada, OV parcial a morfina
Metadona VO, IV, IM >24h; nenhum
metabólito ativo
Petidina VO, IM 2-4h; metabólito
ativo: norpetidina
Buprenorfina sublingual, > 12h; início
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Síndrome de Abstinência Benzodiazepínico
▪ Usuários crônicos que diminuem ou ▪ atuam na via gabaérgica, potencializando-
cessam o uso ou usam antagonista a interação com depressores do SNC -
opioide intoxicação e tolerância cruzadas
▪ Sintomas dependem da: meia-vida + ▪ Classificação conforme a meia vida
quantidade + tempo de uso
▪ Antecipatória (3-4h após): medo da falta
do opioide, comportamento de busca,
ansiedade, fissura
▪ Inicial (8-10h após): ansiedade,
inquietação, bocejos, espirros,
lacrimejamento, rinorreia, obstrução nasal,
náuseas, vômitos, diarreia, midríase,
bocejos, piloereção, sudorese, dores
musculares, humor disfórico
▪ Total (1 a 3 dias após): ansiedade severa,
tremor, inquietação, piloereção, vômitos,
diarreia, espasmo e dor muscular, ▪ Classificação conforme as propriedades
aumento da PA, taquicardia, febre e farmacológicas (efeito de destaque):
calafrios  Ansiolítico: bromazepam, lorazepam,
▪ Tardia (por até 6 meses): hipotensão, alprazolan
bradicardia, perda de energia, inapetência,  Hipnótico: midazolam
insônia, fissura  Anticonvulsivante: dizepam, clonazepam
▪ Tratamento:  Miorrelaxante
 ABCDE + tiamina se desnutrido ▪ Efeitos colaterais dos BZD
 Metadona: internação; desmame total  sonolência diurna excessiva - “ressaca”
antes da alta (redução de 20%/dia)  piora da coordenação motora fina
 Buprenorfina: adesivo, funciona apenas  piora da memória: amnésia
se abstinência leve a moderada anterógrada
 Clonidina: sintomas adrenérgicos  tontura, zumbidos: principalmente com
(taquicardia, maior PA) a abstinência
 Sintomáticos: sedativos (distúrbios do  quedas e fraturas
sono), anti-heméticos, anti-inflamatório  reação paradoxal: excitação,
agressividade e desinibição, ocorre
Dependência mais frequentemente em crianças,
▪ Padrão de uso patológico; pouco idosos e deficientes mentais
reconhecimento por parte do usuário;  “anestesia emocional” - indiferença
baixo controle; prejuízo social; uso afetiva a eventos da vida
arriscado; tolerância e abstinência -  Idosos: maior risco de interação
critérios DSM V medicamentosa, piora do desempenho
▪ Tratamento: psicomotor e cognitivo (reversível),
 Não farmacológico: abordagem quedas e riscos de acidentes no
motivacional, prevenção de recaídas, trânsito
terapia de grupo, treinamento de  Risco de dependência
habilidades sociais, terapia cognitivo-
comportamental, redução de danos Intoxicação Aguda
 Farmacológico: metadona, LAAM, ▪ ABCDE
buprenorfina (abstinência e fissura ▪ Flumanezil: somente se depressão
leve), naltraxona (agonista opiode – respiratória grave; usar em bomba de
vigilância familiar), clonidina infusão (meia-vida de 5 minutos)
▪ Lavagem com carvão ativado: maioria
tentativa de suicídio
▪ Atenção p/ aqueles que fazem metabólitos
ativos → prolongar o efeito p/ além da
meia-vida (ex. diazepam - MV de 24h,
efeitos até 96h)
Saúde Mental | Yana Caroline – T25
Abstinência ▪ Sinais e sintomas do consumo
▪ Ambiente protegido + suporte + oferta de  redução do sono e do apetite
BZD de meia-vida longa com retirada  aceleração da fala e do pensamento -
gradual pode causar mania em predispostos
▪ Custos socioeconômicos do uso  pressão de fala - verborragia
prolongado  redução da fadiga
▪ Risco aumentado de: acidentes (tráfego,  euforia
casa, trabalho), overdose em combinação  irritabilidade
com outras drogas, tentativas de suicídio,  midríase
atitudes antissociais; problemas na  taquicardia, elevação da PA
interação interpessoal; redução da
capacidade de trabalho/desemprego; Intoxicação
custos - internações, consultas, exames ▪ Suporte + BZD (alívio da agitação)
diagnósticos ▪ antipsicóticos (se sintomas psicóticos;
▪ Sinais e sintomas da síndrome de monitorar p/ prevenir arritmia por
abstinência: interação)
 Físicos: tremores, sudorese,
palpitações, letargia, náuseas, vômitos, Abstinência
anorexia, sintomas gripais, cefaleia,
▪ Geralmente não grave; orientação;
dores musculares
medidas comportamentais;
 Psíquicos: insônia, irritabilidade,
▪ Identificar outras comorbidades
agitação, dificuldade de concentração,
▪ Sinais e sintomas (anfetaminas):
inquietação, pesadelos, disforia,
 Fissura intensa
prejuízo da memória,
 Ansiedade
despersonalização/desrealização
 Agitação
 Sinais maiores: convulsões, alucinações,
 Pesadelos
delirium
 Redução da energia
 Lentificação
Dependência  Humor depressivo
▪ Farmacológico: redução gradual de BZD


vida longa
Não farmacológico
Inalantes e solventes
▪ Substâncias voláteis – uso pela via
inalatória
Estimulantes ▪ Maioria- via pulmonar, é preciso ‘’tragar’’
▪ Abstinência x depressão: mínimo 15 dias ▪ A maioria causa efeito gabaérgico e
sem consumo glutamatérgico → euforia seguida de
▪ Droga que mais causa dano cerebral depressão do SNC
▪ Aumento de energia, melhora de cognição ▪ Substancias químicas comumente
▪ Aumento da liberação de noradrenalida e encontradas nos solventes:
dopamina  Adesivos e colas
▪ Principal classe: anfetaminas  Aerossóis
 Anestésicos
 Produtos de limpeza
 Solventes
▪ Efeitos do uso crônico: Atrofia cerebral;
nefrotoxicidade; hepatotoxicidade;
neuropatia periférica; disfunção de medula
óssea; Abstinência leve
▪ Tipos de usuários de anfetamina:
 Usuários instrumentais: objetivos Intoxicação Aguda
específicos; melhora do desempenho ▪ Doses iniciais: euforia e desinibição,
no trabalho e emagrecimento associada a tinidos e zumbidos, ataxia,
 Usuários recreacionais: consumo em risos imotivados e fala pastosa
busca dos efeitos estimulantes ▪ Prosseguimento do uso, depressão do
 Usuários crônicos: consumo p/ evitar SNC: Confusão mental, desorientação e
desconforto da dependência possíveis alucinações visuais e auditivas
Saúde Mental | Yana Caroline – T25
▪ A terceira etapa acentua a depressão
central, com redução do estado de alerta, Fenciclidina e Cetamina
incoordenação motora e piora das
alucinações ▪ Atuam no sistema glutamatérgico
▪ A intoxicação pode atingir níveis ainda ▪ Efeito perturbador do SNC - início: bem-
mais profundos de depressão, com estado estar; seguido de efeito depressor
de inconsciência, convulsões, como e ▪ Quetamina: usada recreativamente é
morte diferente do uso terapêutico
▪ São depressores cardíacos – ação ▪ É anestésico: pode evoluir com: convulsão,
miocárdica direta- e respiratórios HIC, depressão respiratória
▪ Arritmias ▪ A maioria já faz uso de outras drogas
▪ traumas relacionados a incoordenação e
distraibilidade decorrentes da intoxicação Anabolizantes
▪ Intoxicações graves, com depressão ▪ Pode causar dependência, mas não
respiratória, como, arritmias cardíacas e causam abstinência
convulsões ▪ Relacionados a distúrbios alimentares e
▪ Tratamento: Suporte; não tem antagonista transtornos da imagem corporal
específico (vigorexia)
▪ Insuficiência hepática, aumento do risco
Dependência cardiovascular (AVE, embolia…)
▪ Mais frequente em usuários de outras ▪ Derivados da testosterona até derivados
drogas, retardo mental, transtorno mental do GH
orgânico, outras doenças mentais graves
▪ Investigar comorbidade: tratar Como uma droga é liberada p/ uso
terapêutico
Alucinógenos 1. Revisão de literatura e hipótese
▪ Distorção da sensopercepção e do senso 2. Estudos de fase I
de realidade 3. Estudos de fase II
4. Estudos de fase III (liberação)
▪ Alteração na via serotonérgica →
5. Estudos de fase IV (rastreia resultados)
perturbadores do SNC
6. Comprovação perante órgão governamental
▪ LSH, ayahuasca, cogumelos
7. Viabilidade de fabricação
▪ Cogumelos - geralmente são mais
8. Acompanhamento pelo órgão
danosos; têm efeito nefro-hepatotóxicos
governamental
▪ efeito dream - pode causar psicose
induzida por substância irreversível
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Transtornos Relacionados ao Estresse


Introdução excepcional, e que desaparece
habitualmente em horas/dias
▪ Reação ao estresse severo e transtornos  reação emocional autolimitada
de adaptação: sintomas de ansiedade;
ansiedade causada por um fator estressor
e identificável Transtorno de Estresse
▪ Diagnósticos Pós-traumático (TEPT)
 reação aguda ao estresse
 transtorno de estresse pós-traumático ▪ Transtorno de ansiedade relacionado a
 transtornos de adaptação exposição a um fator estressante extremo
 outras reações ao estresse severo (traumático); resposta retarda ou protraída
 reação ao estresso severo não a uma situação ou evento estressante de
especificado natureza excepcionalmente ameaçadora
▪ Consequência de agressão ou catastrófica
 Trauma: situação que o indivíduo teve ▪ Fator estressante: experiencia
a sensação de risco de integridade ou extraordinária e especial; risco de vida do
ameaça a vida ou a de terceiro paciente e/ou outros; individual
 Choque: experiencia que provoca ▪ Quadro potencialmente incapacitante
dificuldade de reação ▪ Potencial de cronificação (50%
 Lesão e Ferida: aspecto mais físico ▪ Foto ambiental
▪ Estresse: experiencia em resposta a um Fator estressante
estimulo externo desagradável que ↓
significa perigo, frequentemente causando Reação aguda ao estresse
dor física ou emocional Horas/dias
 Problema: exposição continua, falta de ↓
elaboração, dificuldade individual de Reação de ajustamento
vivencia Semanas
▪ Formas de trauma: violência, acidentes, ↓
perdas, exposição, doença, mudança de TEPT
papel >30 dias
▪ Importância da violência: estatística
mundial e no brasil; população jovem mais ▪ Epidemiologia:
acometida; problema de saúde e custo  1 a 3% da população, mais em
econômico; mulheres
▪ Reação estressante se a reação perdurar  30% em veteranos de guerra
por horas ou semanas → reação aguda ao  Eventos traumáticos (90%): apenas 7 a
10% desenvolve TEPT (fatores
estresse → se a reação perdurar por 1
genéticos fracos, personalidade,
mês ou mais → TEPT histórico de vida, habilidades de
resiliência)
Reação de Ajustamento  Eventos relacionados: abuso na
▪ transtorno de adaptação resposta ifnancia, acidente, abuso físico
comportamental patológica a um estressor
psicossocial, que resulta em prejuízo do Características TEPT
funcionamento social ou ocupacional; ▪ Exposição a evento traumático: evento
período de mudança, limitado; traumático
▪ dura no máximo 30 dias e de resolução ▪ Revivência: recordações, sonhos, ação,
espontânea; sofrimento psicológica, reatividade
▪ diferente de TEPT fisiológica
▪ Esquiva: evita pensamentos, sentimentos,
Reação Aguda ao Estresse: conversas, atividades, locais, pessoas;
distanciamento de atividades; sensação de
▪ transtorno transitório que ocorre em
distanciamento dos outros; afeto restrito;
indivíduos que não apresenta nenhum
incapacidade de recordar; futuro
outro transtorno mental manifesto, sem
abreviado
seguida a um trauma físico ou psíquico
Saúde Mental | Yana Caroline – T25
▪ Excitabilidade aumentada: sono, ▪ Pessoas com TEPT: área da memória
irritabilidade; concentração; emocional fica hiperativa e reconhece
hipervigilancia, sobressalto qualquer mínimo estímulo do ambiente
▪ Sofrimento e prejuízo como um grande estímulo
▪ Duração superior a 1 mês
▪ Ajudo (<3 meses); crônico (>3 meses) Fatores associados a maior risco
▪ Intensidade e duração do evento
Dificuldade Diagnostica traumático
▪ Comorbidade com outras patologias: ▪ Trauma infligido por outrem
insônia, depressão, abuso de substancias ▪ Vivencia de vulnerabilidade e perda de
▪ Perda de entre querido: luto patológico controle
▪ Apresentações somáticas; não verbaliza ▪ Quadro psiquiátrico prévio
queixas emocionais
Extremos de idade
Mecanismos Dinâmicos ▪ Crianças: sintomas inespecíficos,
▪ Trauma e mecanismos inconscientes expressão através da conduta (evitação da
▪ Papel do ego: egos fragilizados tendem a escola, recusa alimentar, agredir
trazer à tona traumas passados de forma colegas/pais); diferenciar de sintomas
exagerada depressivos
▪ Mecanismos de defesa: regressão, ▪ Idosos: relacionado a tratamentos médicos
repressão de ideias, negação, anulação
▪ Mecanismos biológicos: disfunção Tratamento
neurobioquimica ▪ Orientação
 Papel dos hormônios do estresse ▪ Psicoterapia: dinamia, TCC grupo,
 Eixo simpático-adrenal ▪ Antidepressivos: 1 a 2 anos
 Cortisol e eixo HPA: sempre alto  1º linha: ISRS
 Memoria  2º linha: venlafaxina, mirtazapina,
 Achados de neuroimagem estrutural e duloxetina
funcional  Outras opções:
▪ Evita-se BZD para TEPT (teoria de que
Circuitos para interpretação de perigo pioram a elaboração da memória pela
▪ Sentidos (visão, audição, olfato) → amígdala)
informação direcionada ao sistema límbico  mediante necessidade de tratar insônia
→ trabalho em memória episódica e ou de potencializar os antidepressivos,
memória emocional → informação recomenda-se o uso de antipsicóticos
direcionada ao córtex pré-frontal → atípicos
resposta
Saúde Mental | Yana Caroline – T25

Transtornos da Personalidade e do Comportamento


Introdução ▪ não há comprometimento da crítica, da
consciência ou da orientação
▪ Não influenciam tanto na consciência, ▪ Estável: diferente de TAB, transtornos
critica, processo de pensamento como os psicóticos
demais transtornos mentais ▪ DSM: 3 cluster
▪ Geram dificuldades, mas pouco prejuízo  A: excêntricos, estranhos
funcional  B: instáveis
▪ Prejuízo interpessoal  C: ansioso e medrosos
▪ Considerados perturbações do estado
mental pela lei
▪ Personalidade: Personalidade Paranoica
 Características que individualizam uma ▪ Caracterizado por:
pessoa  Sensibilidade excessiva face as
 Traços de caráter associados aos contrariedades
aspectos cognitivos do individuo –  Recusa de perdoar os insultos
construídas com o tempo, criação,  Caráter desconfiado
experiencias  Tendencia a distorcer fator: interpreta
 Temperamento associado aos aspectos as ações imparciais ou amigáveis dos
afetivo-conativa: nato, intrínseco; outros como hostis ou de desprezo
herdado + caráter construído e  Suspeitas redicivantes, injustificadas, a
aprendido ao longo da vida respeito da fidelidade sexual
 Formação completa, consolidação a  Sentimento combativo e obstinado de
partir de 18 anos (antes disso não se seus próprios diretos
avalia/diagnostica transtornos de ▪ Características (subtipos) de
personalidade) Personalidade: expansiva paranoide,
 Influenciam modo de comportamento fanática, paranoide, querelante
 Característica/traços de personalidade ▪ DD de esquizofrenia: Distorce fatos reais
não é patologia de forma racional, reconhece quando a
realidade é apresentada, não tem
Transtornos da personalidade embotamento afetivo
 relação com esquizofrenia e
▪ Personalidade que distoa do esperado transtornos delirantes - genética
para a cultura e para a maioria ▪ Super avaliação de sua auto-importância
populacional;
→ auto-referência excessiva
▪ Mais comuns: personalidade dependente e
▪ Não suficiente para caracterizar delírio
borderline
persecutório
▪ Diversos estados e tipos de
▪ 0,5 a 3,5% da população; mais comum
comportamento clinicamente significativos
em homens
que tendem a persistir
▪ Acredita-se que a prevalência seja maior
▪ São a expressão característica da maneira
em grupos minoritários, imigrantes e
de viver do indivíduo e de seu modo de
surdos
estabelecer relações consigo próprio e
▪ DD: esquizofrenia paranoide; transtorno
com os outros
delirante; outros tp
▪ Alguns aparecem precocemente durante o
desenvolvimento individual: influência
conjunta de fatores constitucionais e Personalidade Esquizoide
sociais ▪ Considerado um subtipo de transtorno
▪ Outros: adquiridos mais tardiamente psicótico
durante a vida ▪ Caracterizado por:
▪ Comportamentos persistentes  Retraimento dos contatos sociais
▪ Individuo não muda apesar das  Pessoas que exibem um padrão de
adversidades e geralmente possui baixo afastamento social persistente
reconhecimento, percepção da  Constante desconforto nas interações
personalidade (não gera sofrimento) humanas
▪ início na adolescência, evidenciando-se  Excentricidade de comportamento e
principalmente no início da idade adulta pensamento
Saúde Mental | Yana Caroline – T25
 Isolamento e introversão  Tendencia a acessos de cólera e
 Preferencia pela fantasia, atividades incapacidade de controlar
solitárias e reserva introspectiva comportamentos impulsivos
 Incapacidade de expressar seus  Tendencia a adotar comportamento
sentimentos e experimentar prazer briguento e entrar em conflito com os
▪ Vive bem isolado outros, particularmente quando os atos
▪ Problemas relacionado a convivência impulsivos são contrariados ou
▪ 2,5% da população; + comum em homens censurados
▪ DD: esquizofrenia; transtorno ▪ Subtipos
esquizotípico; transtorno do espectro do  Impulsivo: inatsbilidade emocional; falta
autismo de controle dos impulsos
 Borderline: perturbações da
Personalidade Dissocial autoimagem e do estabelecimento de
projetos e das preferencias pessoais;
▪ Caracterizado por: sensação cronica de vacuidade, por
 Desprezo das obrigações sociais relações interpessoais intensas e
 Falta de empatia para com os outros instáveis; tendencia a adotar
 Desvio considerável entre o comportamento autodestrutivo,
comportamento e as normas sociais compreendendo tentativas de suicídio
estabelecidas e gestos suicidas
 Comportamento não é facilmente ▪ Pequenos estímulos ambientas: ações
modificado pelas experiencias extremas; extrema sensibilidade a
adversas, inclusive punições aborrecimentos; resposta de súbita
 Baixa tolerância a frustração e um violência e incontida agressividade
baixo limiar de descarga da ▪ Agressividade expressada é totalmente
agressividade, inclusive da violência desproporcional aos estressores
 Tendencia a culpar os outros ou a  bater em coisas, cortar-se, ingerir
fornecer racionalizações plausíveis para várias medicações - com intenção
explicar um comportamento que leva o suicida ou não
sujeito a entrar em conflito com a ▪ 1 a 2% da população; 2x mais comum em
sociedade mulheres
▪ Desprezo por regras sociais ▪ maior prevalência de transtorno
(criminalidade, delitos); Comportamento depressivo maior; transtorno por uso de
antissocial álcool e abuso de substâncias em parentes
▪ Comportamento de quebra de regras e/ou de 1º grau desses indivíduos
causar sofrimento alheio, sem sentir
▪ DD: outros TP, TAB, transtorno explosivo
remorso, de forma recorrente
intermitente
▪ 3% em homens, 1% em mulheres; mais
▪ Responde mal a tratamento antidepressivo
frequente em áreas urbanas mais pobres
▪ Subtipos:
 Amoral Personalidade Histriônica
 Antissocial ▪ Caracterizado por:
 Associal  Afetividade superficial e lábil
 Psicopata: consegue se inserir na  Emotividade excessiva
sociedade  Dramatização, teatralidade
 Sociopata: não consegue se inserir na  Utilização da aparência física para
sociedade chamar atenção sobre si
▪ DD: transtorno de conduta; transtorno do  Sugestibilidade: opiniões e sentimentos
tipo instabilidade emocional facilmente influenciados pelos outros
ou tendencias do momento
Transtorno de Personalidade com  Egocentrismo
 Autocomplacência
Instabilidade Emocional (borderline)  Falta de consideração p/ com o outro
▪ Caracterizado por:  Desejo permanente de ser apreciado e
 Tendencia nítida a agir de modo de constituir-se no objeto de atenção
imprevisível sem consideração pelas  Tendencia a se sentir facilmente ferido
consequencias ▪ Dificuldade de aprofundamento de
 Humor imprevisível e caprichoso relações
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▪ Sedução, manipulação para socialização Personalidade Dependente
com terceiros
▪ 2 a 3% da população; acomete mais ▪ Mais comum
mulheres ▪ Caracterizado por:
▪ Possível associação com transtornos de  Tendencia sistemática a deixar a
somatização e por uso de álcool outrem a tomada de decisões
▪ Subtipos: histérica; psicoinfantil importantes ou menores
▪ DD: outros TP; traços de personalidade  Medo de ser abandonado
teatrais; TAB  Percepção de si como fraco e
incompetente
 Submissão passiva a vontade do outro
Personalidade Anancástica ou (ex: idosos) e dificuldade de fazer face
Obsessiva Compulsiva a exigências da vida cotidiana
 Falta de energia: alteração das funções
▪ Caracterizado por: intelectuais ou perturbação das
 Sentimento de dúvida emoções
 Perfeccionismo  tendencia frequente a transferir a
 Escrupulosidade responsabilidade para outros
 Verificações e preocupações com ▪ 2,5% dos TP; mais frequente em mulheres
pormenores ▪ indivíduos com doença física na infância
 Obstinação podem ser mais predispostos
 Prudência e rigidez excessiva ▪ Subtipos: astênica; inadequada; passiva
 Pode se acompanhar de pensamentos ▪ DD: demais TP; distimia; agorafobia
ou de impulsos repetitivos e intrusivos
não atingindo a gravidade de um
transtorno obscessivo-compulsivo Outros transtornos específicos da
▪ Não sofre – diferente do TOC personalidade Narcisica e
▪ Estilo de vida
▪ Conflitos: querem que os demais sigam as ▪ Excêntrica: aparência e jeito de ser
regras próprias extravagantes, diferentes)
▪ Prejuízo à funcionalidade pequeno ▪ Imatura: comportamento infatilizado ou
comparado a outros transtornos abaixo da idade que apresenta
▪ 1,7 a 2,2% da população; + comum em ▪ Narcísica: tendência a se achar superior e
homens, principalmente com história a querer ser o centro das atenções, acima
familiar dos outros; esconde uma baixa autoestima
▪ Possível associação com transtornos ▪ Passivo-agressiva: dificuldade em falar
ansiosos para o outro quando contrariado, mas age
▪ Subtipos: obsessiva; compulsiva; pelas costas
obsessiva-compulsiva ▪ Psiconeurótica: ansioso, inseguro; ñ usual
▪ DD: outros TP, TOC ▪ Tipo haltlose: irresponsável, preocupa-se
em curtir a vida sem as consequências;
não usual
Personalidade Ansiosa (esquiva) ▪ A maioria é misto, difícil achar um puro
▪ Caracterizado por:
 Sentimento de tensão e apreensão Transtorno não especificado da personalidade
 Insegurança e inferioridade ▪ SOE: quando não se fecha o diagnóstico
 Desejo permanente de ser amado e  neurose de caráter SOE
aceito  personalidade patológica SOE
 Hipersensibilidade a crítica e rejeição
 Reticencia a se relacionar pessoalmente Transtornos mistos da
 Tendencia a evitar certar atividades que
saem da rotina personalidade e outros TP
 Exagero dos perigos ou dos riscos ▪ Transtornos frequentemente
potenciais em situações banais perturbadores, mas que não mostram o
▪ Subdiagnosticado padrão especifico de sintomas que
▪ 1 a 10% da população caracteriza
▪ DD: outros TP; fobia social ▪ Paciente tem critérios de dois ou mais
transtornos
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▪ na prática - mais características mistas do ▪ T. de personalidade tem resposta parcial a
que específicas outras medicações
▪ Suspeitar de TP quando:
Tratamento  não há resposta ao tto psiquiátrico ou
psicológico
▪ Principal: Psicoterapia: TCC, psicanalise,  conflitos interpessoais frequentes e
dialética severos
▪ Abordagem de comorbidades: depressão,  tem crítica, mas, apesar de todos os
ansiedade, dependência, impulsividade, problemas, não muda
comportamento suicida, sintomas
psicóticos
 Medicações secundarias
▪ Requer vínculo terapêutico: oscilação do
comportamento; maior chance de
manipulação do tto
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Suicídio – Emergência
Introdução  Solteiros ou separados
 migrantes
▪ Geralmente consequência do agravamento ▪ Psicológicos
de transtorno mental  Perdas recentes
▪ Principais causa de mortalidade em  Perda de figuras parentais na infância
adultos jovens  Dinâmica familiar conturbada
▪ Problema de saúde publica  Datas importantes
 Reações de aniversario
Comportamento suicida  Personalidade com traços significativos
de impulsividade, agressividade, humor
(evolução) lábio
▪ Ideação ou pensamentos suicidas  Historia familiar de doença afetiva,
▪ Planejamento suicida alcoolismo, suicídio
 Inicia a emergência ▪ Condições clinicas incapacitantes
▪ Tentativa de suicídio  Doenças organicas incapacitantes
▪ Suicídio  Dor cronica
 Lesões desfigurantes perenes
Epidemiologia  Epilepsia
 Trauma medular
▪ 17% pensaram, em algum momento, em
 Neoplasias malignas
tirar a própria vida. Mas a grande maioria
 SIDA
não comete o ato e encontra meios
adequados de lidar com os problemas
▪ Comportamento suicida de cada 100 Interação de fatores de risco
habitantes: Dinâmico Presente em um Desesperança,
 17: pensamentos momento, mas uso de
 5: planejamento varia na duração substancia
 3: tentativa e intensidade
 1: suicídio Estável Tende a não Característica de
▪ Responsável por cerca de 10-15 mortes a mudar personalidade,
cada 100 mil pessoas por ano diagnostico
▪ Para cada morte por suicidio existem 20- Estático Não se alteram Tentativa previa,
40 tentativas fatores
▪ Aumentou 60% nos últimos 45 anos demográficos
▪ 3º maior causa de morte entre 15 e 30 Futuro Podem ser Acesso a meios
anos antecipados

Fatores de risco Fatores de proteção


▪ Doença mental (descompensados, sem ▪ Não impede, mas reduz os fatores de risco
tratamento) ▪ Tratamento de comorbidades
 Transtornos de humor (30-35%) ▪ Suporte familiar, de amigos ou outros
 Uso de substancias relacionamentos significativos
 Transtornos de personalidade ▪ Religiosidade, cultura e crenças étnicas
(bordeline, narcisista, antissocial) ▪ Envolvimento comunitário
 Esquizofrenia ▪ Vida social satisfatória
 Transtornos de ansiedade ▪ Integração social (emprego, uso
 Comorbidades potencializa riscos construtivo do tempo para lazer)
▪ Sociodemográficos ▪ Acesso a serviços de saúde mental
 Sexo masculino
 15 a 35 anos; >75 anos Abordagem
 Estratos econômicos extremos
 Residentes em areas urbanas ▪ Proteger a vida
 Desempregados ▪ Jamais minimizar a tentativa
 Aposentados ▪ Sigilo e empatia no atendimento
 Isolamento social
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Dificuldades na avaliação Avaliação de individuo com
▪ Negação das ideias suicidas potencial suicida
▪ Ambivalência (oscilação do desejo de
viver) ▪ 2 estratégias:
▪ Raiva e ressentimento  Detectar diagnósticos psiquiátricos
▪ Contato emocional difícil  Levantar os fatores de risco de suicidio
▪ Não cooperação do paciente ▪ Em geral, no 1º contato, o paciente não
▪ Comportamento difícil e rígido relata ao médico, tem mais facilidade em
▪ Senso de realidade distancia questionários (vergonha, risco de
internação)
 Perguntar sintomas menos específicos
Avaliação clinica (vida não vale a pena, morte como
▪ Baixo risco: pessoa teve pensamentos alivio)
suicidas, como “eu não consigo continuar”, ▪ Surgindo ideação suicida, avaliar:
“eu gostaria de estar morto”, mas não fez  Nível de planejamento
nenhum plano  Se já falou para alguém
▪ Médio risco: pessoa tem pensamentos e  Tentativas anteriores (histórico de
planos, mas não tem planos de cometer vivencias suicidas)
suicidio imediatamente  Estressores agudos
▪ Alto risco: tem plano definido, tem os  Nível de impulsividade
meios p/ faze-lo e planeja faze-lo  Se tem algo que o faz afastar do
prontamemte; histórico de tentativas; já suicidio (fatores de proteção)
tomou providencias previas e parece estar
se despedindo Tipos de comunicação suicida
▪ Comunicação verbal direta:
Avaliação mínima  Falar abertamente de falta de
▪ Atendimento de forma integral esperança ou desejo de morrer,
▪ Exclusão de condição medica geral terminar com tudo
▪ Avaliação de risco relevantes p/ seu  Comum se expressar durante
tratamento discussões, junto com acusações
▪ Observação rigorosa e abordagem direcionadas para pessoas relevantes –
continua da equipe que elas causaram dificuldades e,
▪ Procedimentos frente ao risco eminente: portanto, os pensamentos suicidas
 Estratificação de risco para definição ▪ Comunicação verbal indireta:
do local de tratamento  Eu não vou conseguir passar por isso
 Identificação de transtorno psiquiátrico  Não vejo nenhuma razão para
associado e/ou doença física ou evento continuar vivendo
estressante  Talvez não nos vejamos mais
 Tratamento inicial medicamentoso e/ou ▪ Comunicação não verbal direta:
psicoterápico  Comprar uma arma
 Realização de intervenções que visam  Juntar remédios
incrementar a adesão posterior a ▪ Comunicação não verbal indireta:
conduta escolhida  Escrever carta de despedida
 Encaminhamentos para internação  Doar pertencer pessoais
psiquiátrica ou ambulatorial de saúde  Pagar dividas
mental
Como abordar o paciente
Princípios básicos em caso de ▪ Iniciar com perguntas mais abertas
▪ Perguntas para todos os pacientes:
intoxicações  Você tem planos para o futuro?
▪ ABCD  A vida vale a pena ser vivida?
▪ Identificação da substancia  Se a morte viesse, ela seria bem-vinda?
▪ Remoção da substancia do organismo ▪ Se as respostas acima sugerem risco de
▪ Tratamento sintomático suicido:
▪ Uso de antídotos  Você esta pensando em se machucar,
se ferir, fazer mal a você, em morrer?
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 Você tem algum plano especifico para ▪ Médio risco: pensamentos e planos, mas
morrer, se matar, tirar sua vida? não pretende cometer suicidio
 Você fez alguma tentativa de suicidio imediatamente
recentemente?  Manejo: total cuidado com possíveis
meios de cometer suicidio que possam
Avaliação de risco estar no próprio espaço de
▪ Impulsividade: atendimento; escutar, fazer contrato
terapêutico de não suicidio; investir
 Impulso para cometer suicidio é
nos possíveis fatores de proteção; avisa
transitório e tem duração de alguns
família, medidas de prevenção
minutos ou horas
▪ Alto risco: planejamento iminente, ato ou
 Geralmente é desencadeado por
tentativa
eventos psicossociais negativos:
rejeição, recriminação, fracasso,  Manejo: apoiar e ficar junto 24h,
falência, morte de ente querido manejar riscos imediatos, contrato de
vida, informar a familiar, acolhimento
▪ Baixo risco: pensamento e ideação
em serviço de urgência
 Manejo: apoio e suporte emocional,
visitas frequentes, consultas
especializadas
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Transtornos Alimentares
Introdução Anorexia Atípica
▪ Pertubações no comportamento alimentar ▪ Transtorno que apresenta algumas
▪ Podem levar ao emagrecimento extremo características da anorexia nervosa, mas
(caquexia), devido à inadequada redução cujo quadro clínico global não justifica tal
na alimentação, ou à obesidade, devido à diagnóstico
ingestão de grandes quantidades de ▪ Não fecha critérios de anorexia nervosa
comida ou a outros problemas físicos (falta um aspecto clínico essencial) ou não
▪ Importante diagnostico diferencial com são suficientemente grave para atingir o
doenças orgânicas limiar diagnóstico
▪ Distorção da imagem corporal
Anorexia Nervosa ▪ 5x mais frequentes que os quadros
completos; 50% evoluem para quadros
▪ Transtorno caracterizado por perda de completos - por isso a importância do dx
peso intencional, induzida e mantida pelo precoce
paciente
▪ distorção da imagem corporal com medo
de engordar - apesar de emagrecer, vê-se Bulimia Nervosa
sempre como acima do peso ▪ Caracteriza-se por acessos repetidos de
▪ Caracterização: hiperfagia e uma preocupação excessiva
 IMC < 17,5 (CID-10) ou percentual de com relação ao controle do peso corporal
adequação de peso < 85% (DSM-IV) conduzindo a uma alternância de
▪ 10 a 20x + comum em mulheres hiperfagia e vômitos ou uso de purgativos
▪ Observada frequentemente em mulheres ▪ Distorção da imagem corporal
jovens que dependem de um corpo ▪ Preocupação exagerada com a forma e
esbelto na profissão, como modelos e peso corporal - comum com a anorexia
atrizes nervosa
▪ Sintomas: restrição das escolhas ▪ 1 a 3% das mulheres jovens ocidentais;
alimentares, prática excessiva de mais prevalente que a anorexia nervosa
exercícios, provocação de vômitos e uso ▪ Vômitos repetidos podem provocar
de laxantes, anorexígenos e diuréticos pertubações eletrolíticas e complicações
para perder peso somáticas
▪ Complicações: desnutrição, anemia, ▪ Complicações clínicas: erosão dos dentes,
alterações endócrinas, osteoporose, alargamento de parótidas, esofagites,
alterações hidroeletrolíticas (especialmente hipocalemia, alterações cardiovasculares
hipocalemia, que pode levar a arritmias ▪ Tratamento:
cardíacas e à morte súbita), alterações de  aconselhamento psicológico - TCC
pele e menstruais  Objetivos: 3 refeições e 2 lanches/dia;
▪ Importante diagnostico diferencial com reduzir preocupação com peso/forma;
causas de anorexia secundaria (doenças compreender e reduzir problemas de
dissuptivas, neoplasias, hipotiroidismo, distúrbios alimentares, examinando sua
abuso de drogas, depressão, acalasia) relação com as emoções; desenvolver
▪ Tratamento: um plano para aprender habilidades
 Restaurar a pessoa a um peso saudável para prevenir futuros surtos
 Psicoterapia e nutricionista: Tratar  Antidepressivos: reduzir a compulsão
problemas relacionados com o pelo vômito; Responde melhor a
distúrbio alimentar medicação, ISRS, aliviam ansiedade e
 Reduzir comportamentos que levam a diminui episodio de vômitos e
distúrbios alimentares e a prevenção compulsão
de recaída ▪ Psicoterapia: hipótese de estudo-
 Observar critérios para internação, aumentar adesão, compreensão da
principalmente o IMC ≤14 doença, mudar hábitos alimentares, mas
 Antidepressivos: reduzir sintomas de isolada não é eficaz p/ mudar IMC
compulsão; comportamentos
repetitivos de compensação da
alimentação; aumento do apetite
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Bulimia Nervosa Atípica Vômitos associados a doença
▪ transtorno que apresenta algumas psicológica
características da bulimia nervosa, mas
cujo ▪ Exclui doenças orgânicas
▪ Quadro clínico global não justifica tal ▪ Vômitos sem outra especificação
diagnóstico ▪ Vômitos repetidos que podem ocorrer nos
▪ Não preenchem totalmente os critérios de transtornos dissociativos e hipocondríacos
BN (falta um aspecto clínico essencial) ou e que não são exclusivamente imputáveis
não são suficientemente frave para atingir a uma das afecções classificadas fora do
o limiar diagnóstico capítulo V
▪ 5x mais frequentes que os quadros ▪ Pode-se também empregar este código
completos; 50% evoluem para quadros em suplemento à hiperemese na gravidez
completos - por isso a importância do dx quando fatores emocionais predominam
precoce entre as causas das náuseas e vômitos
recorrentes no curso da gravidez
▪ Vômitos psicogênicos
Hiperfagia associada a outros ▪ Exclui: náusea, vômitos SOE
distúrbios psicológicos
▪ Hiperfagia devido a eventos estressantes, Outros transtornos da alimentação
tais como: luto, acidentes, parto etc ▪ Perda do apetite psicogênica
▪ Hiperfagia psicogênica ▪ Pica do adulto: ingesta de alimentos não
▪ Exclui: obesidade digeríveis, relacionada a um transtorno
mental grave, verminoses (pedra, objetos)
▪ Ruminação: pode estar relacionada a
refluxo ou a transtorno mental grave
▪ Transtorno da compulsão alimentar
periódica (TCAP)
 orientação dietética adequada com
refeições regulares
 psicoterapia TCC
 uso de ISRS ou sibutramina e
topiromato
▪ Vigorexia
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Transtornos ou Distúrbios do Sono


Introdução  Sono REM: sono superficial, atividade
cerebral intensa, organização da
▪ Transtornos não orgânicos do sono memória, sonhos; pico da atividade
devidos a fatores emocionais cerebral; ocorrência dos sonhos;
▪ Subdivisão (CID 10): relaxamento muscular máximo;
 insônia não-orgânica aumento das frequências cardíaca e
 hipersonia não orgânica respiratória
 transtorno do ciclo sono-vigília devido ■ movimento rápido dos olhos; ondas
a fatores não orgânicos
cerebrais rápidas e dessincronizadas;
 sonambulismo
respiração rápida, mas não profunda
 terrores noturnos
▪ 3 a 4 ciclos por noite: dormir bem
 pesadelos
 outros transtornos do sono devido a
fatores não orgânicos Insônia
 transtorno do sono devido a fatores ▪ Quantidade insuficiente de sono
não orgânicos não especificados ▪ Diversos tipos e causas
▪ Tratamento:
Sono  1º higiene do sono e da doença de
base,
▪ Estado fisiológico de rebaixamento de
 indutores de sono e bzd
consciência, reversível
▪ Subtipos:
▪ Funções fisiológicas:
 insônia de ajuste;
 Repouso
 insônia psicofisiológica;
 Consolidação da memória
 insônia paradoxal;
 Reorganização das sinapses e
 insônia idiopática;
recuperação de neurotransmissores,
 insônia causada por doença mental;
 Manutenção do ritmo circadiano
 higiene inadequada do sono;
 Secreção hormonal: Pico de liberação
 insonia comportamental da infância;
de GH e da leptina; Cortisol começa
 insônia causada por drogas ou
(sono profundo) a ser liberado até
substâncias: estimulantes
atingir pico, no inicio da manhã
 insônia causada por condições
▪ Más hábitos de sono: fator de risco p/
médicas: doenças respiratórias, IC,
suicídio
hipertireoidismo
▪ Alteração do sono → alteração da
 insônia não causada por substâncias ou
liberação hormonal → alteração da condição fisiológica conhecida;
homeostase  insônia inespecífica (não orgânica, não
▪ Ciclo do sono: especificada de outra forma);
Relacionado ao sol  insônia fisiológica (orgânica)
▪ Fases: 2 a 3x por noite
 Fase 1: melatonina é liberada (escuro),
induzindo sono (sonolência), Transtornos Respiratórios do Sono
contrações musculares; duração de 4 a ▪ Síndromes da apneia central do sono
5% do sono  ACS primária
 Fase 2: diminuem os ritmos cardíaco e  ACS causada pelo padrão de respiração
respiratório (sono leve); relaxa os Cheyne-Stokes
músculos e queda da temperatura  ACS causada pela respiração periódica
corporal da alta altitude
 Fase 3 e 4: sono profundo - ondas  ACS causada por condições médicas
mais lentas; pico de liberação do GH e que não Cheyne-Stokes
da leptina; cortisol começa (sono  ACS causada por drogas ou
profundo) a ser liberado até atingir substâncias
pico, no inicio da manhã  ACS primária da infância/do RN
3. início do sono profundo ▪ Síndromes da apneia obstrutiva do sono
4. sono profundo; diminuição FC e PA;  AOS adulto
respiração rítmica; atividade muscular  AOS pediátrica
limitada
Saúde Mental | Yana Caroline – T25
▪ Síndromes da hipoventilação/hipoxemia  Hipersonia não causada por
relacionadas ao sono substâncias ou condição fisiológica
 hipoventilação alveolar não obstrutiva conhecida -
relacionada ao sono idiopática  Hipersonia não orgânica, não
 sd da hipoventilação alveolar central especificada de outra forma
congênita  Hipersonia fisiológica (orgânica),
▪ Síndromes da hipoventilação/hipoxemia inespecífica (hipersonia orgânica não
relacionadas ao sono causadas por especificada de outra forma)
condições médicas
 Causadas por doenças do parênquima Transtorno do ritmo circadiano do
e da vasculatura pulmonar
 causadas por obstrução de vias aéreas sono
inferiores ▪ Não faz todas as fases; dorme em horário
 causadas por doenças neuromusculares não-fisiológico; acorda muito cedo ou
e da caixa torácica dorme muito tarde
▪ Outros: apneia do sono/transtornos ▪ Subtipos:
respiratórios relacionado ao sono  tipo atraso leve do sono (transtorno de
inespecífico atraso da fase do sono)
▪ Tratamento  tipo avanço de fase do sono
 Acompanhamento com neuro ou (transtorno de avanço da fase do sono)
otorrino  tipo sono-vigília irregular (ritmo
 Tratamento de doenças de base: irregular do sono-vigília)
cardíacas ou respiratórias  tipo livre curso (tipo não sincronizado)
 Máscaras de pressão positiva de O2  tipo jet lag (transtorno jet lag)
 Ronco: importante avaliar se há  tipo trabalho de turno (transtorno do
período de desoxigenação trabalho de turno)
 Apneia obstrutiva: CPAP ou cirúrgica  causado por condições médicas
 outros (transtornos do ritmo circadiano
Hipersonia Central não especificados de outra forma)
▪ Não causada pelos transtornos do ritmo  outros transtornos do ritmo circadiano
circadiano, transtornos do ritmo do sono causados por drogas ou
circadiano, transtornos respiratórios substâncias
relacionados ao sono ou outras causas de
sono noturno interrompido Parassonias
▪ Hipersonia central com narcolepsia: ▪ Transtornos da arquitetura do sono
episódios incontroláveis de sono; risco a ▪ Alteração qualitativa
vida, segurança; genético; tratamento com ▪ A maioria tratada com orientação
estimulantes (modafenil) ▪ Transtornos do despertar - do sono não
▪ Subtipos: REM:
 Narcolepsia com cataplexia  despertar confusional
 Narcolepsia sem cataplexia  sonambulismo
 Narcolepsia causada por condições  terror noturno
médicas ▪ Parassonias usualmente relacionadas ao
 Narcolepsia inespecífica sono REM:
 Hipersonia recorrente: relacionada a  transtorno comportamental do sono
algum fator (sd de kleine-levin; REM (incluindo transtorno de
menstruação); sem tto especifico sobreposição de parassonia e status
 Hipersoria idiopática com/sem tempo dissociatus)
de sono prolongado  paralisia do sono isolada e recorrente:
 Síndrome do sono insuficiente induzido apenas controle motor demorou
comportamentalmente despertar
 Hipersonia causada por condições  transtornos de pesadelos
médicas: hipotireoidismo, anemia, ▪ Outras parassonias:
verminose, Addison, desnutrição,  transtornos dissociativos relacionados
condições consumptivas ao sono
 Hipersonia causada por drogas ou  enurese do sono; tto com triciclo
substâncias: depressoras  gemido relacionado ao sono
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 síndrome da explosão da cabeça ▪ Transtorno de movimento relacionado ao
 alucinações relacionadas ao sono sono, inespecífico
 transtorno do comer relacionado ao ▪ Transtorno de mov. Relacionado ao sono
sono causado por drogas ou substâncias
 parassonias inespecíficas ▪ TMRS causado por condições médicas
 parassonias causadas por drogas ou
substâncias Sintomas isolados
 parassonias por condições médicas
▪ Variantes aparentemente normais e de
importância não resolvida
Sonambulismo ▪ Dormidor longo ou curto
▪ Caracterizado como alteração do estado ▪ Ronco
de consciência, associado fenômenos de ▪ Sonilóquio
sono e de vigília ▪ Mioclonias do início do sono
▪ Durante um episodio de sonambulismo, o ▪ Miocloniar benigna do sono da infância
individuo se levanta do leito, em geral no ▪ Tremor dos pés hipnagógicos e
primeiro terço do sono noturno, e alternância de ativação dos músculos das
deambula; estas manifestações pernas durante o sono
correspondem a um nível reduzido de ▪ Mioclonia proprioespinal no início do sono
percepção do ambiente, reatividade e ▪ Mioclonia fragmentária excessiva
habilidade motora. Quando desperta, o
sujeito comumente não se recorda do que
acontenceu Outros TS
▪ Em geral, inicia-se entre as idades de 4 e ▪ outros TS fisiológicos/orgânicos
8 anos ▪ outros TS não causados por substâncias
▪ Pico de prevalência: cerca de 12 anos ou condição fisiológica conhecida
▪ É mais comum entre o sexo masculino ▪ TS ambientais

Pesadelos Tratamento
▪ Experiencias de sono carregada de ▪ Mudanças de hábitos e estilo de vida
ansiedade ou medo que se acompanha de (estresse)
uma lembrança muito detalhada do ▪ Tratar comorbidades e condições clinicas
conteúdo do sono, ocorre exclusivamente  Distúrbios respiratórias e cardiacas
durante o sono REM em geral após um ▪ Higiene do sono
grande período deste.  Iniciar 2h antes → desaceleração
▪ Experiencia de sonho muito intensa e  Horário definido para deitar e acordar
comporta em geral temas como ameaças a (rotina)
existência, segurança e autoestima  Local confortável p/ dormir
▪ Frequentemente apresentam tendencia a  Ambiente escuro e livre de barulho
se repetir com temas idênticos ou  Se uso de dispositivos eletrônicos,
similares optar por programas estáticos e
▪ Os episodio típicos comportam certo grau programar desligar
de hiperatividade neurovegetativa, mas  Utilizar a cama apenas para dormir;
sem atividade verbal ou motora notável. evitar comer e estudar
Ao despertar, o sujeito se torna  Evitar musica ou Tv na cama
rapidamente alerta e bem orientado ▪ Ajuste de medicações
 Abandonar sedativos ou estimulantes
Transtornos relacionados ao ▪ Terapia comportamental ou cognitivo-
comportamental
movimento ▪ Fototerapia – estimular a vigília em
▪ Síndrome das pernas inquietas: BZD, determinados horários
antiparkinsonianos  Despertar: exposição a luz (solar ou
▪ Transtorno dos movimentos periódicos artificial) durante o dia
dos membros ▪ Terapia medicamentosa
▪ Cãimbras de pernas relacionadas ao sono  BZD: meia vida curta e maior tendencia
▪ Bruxismo relacionado ao sono hipnótica; causa dependência; gera
▪ Transtorno de movimentos rítmicos amnesia; uso em período curto até
relacionados ao sono regulação do sono e suspenção
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 Indutores do sono: induz sono rápido  Antidepressivos com efeitos sedativos:
(insônia inicial), meia vida curta – tricíclicos; ganho de peso
zolpiden; dependência, amnesia,  Nenhuma das medicações pode ser
alucinação, confusão; curto período de usada com bebida alcoólica
uso  Estimulantes de vigília: tratamento da
 Melatonina ou Agonista do receptor de sonolência excessiva diurna,
melatonina: regulação do sono; idosos; narcolepxia,
baixa secreção de melatonina; ▪ Distúrbios respiratórios ou apneia: CPAP
distúrbios do sono-vigília ou insônia
refratária à tentativa de mudança de
hábitos
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Disfunção sexual, não causada por transtorno ou


doença orgânica
Definição Disfunção orgásmica
▪ Diferentes manifestações segundo as ▪ Orgasmo não ocorre ou é nitidamente
quais um individuo é incapaz de participar retardado; anorgasmia psicogênica
numa relação sexual, como desejaria; ▪ Transtorno do orgasmo masculino ou
▪ Resposta sexual: processo psicossomático; ejaculação retardada: mais baixa que
processos tanto psicológicos quanto ejaculação precoce ou impotência
somáticos intervém na causa da disfunção
sexual Ejaculação precoce
▪ Queixas de disfunção sexual: 40 a 45%
mulheres; 20 a 30% homens ▪ Incapacidade de controlar suficientemente
▪ Pode estar relacionado a fantasias não a ejaculação para que os dois parceiros
realizadas (parafilia); a falta de atração achem prazer nas relações sexuais
pelo parceiro ▪ Ocorre com uma mínima estimulação
▪ Relação com psicofármacos (ISRS) sexual
▪ Individual, de acordo satisfação do casal
▪ ISRS
Ausência ou perda do desejo
sexual Vaginismo não orgânico
▪ Diminuição do desejo sexual é uma perda ▪ Espasmo da musculatura do assoalho
persistente das fantasias sexuais e do pélvico que circunda a vagina, causando
desejo de realizar atividades sexuais oclusão do introito vaginal
▪ É o principal problema ▪ A entrada do pênis é impossível ou
▪ Ocorre em ambos os sexos dolorosa
▪ Experiencias traumáticas, supressão das ▪ Psicogênico
fantasias sexuais, números anormalmente
baixos de testosterona Dispaurenia não orgânica
▪ 20% das pessoas tenham transtorno do
desejo sexual hipoativo ▪ Mulher e homem
▪ Mais comum em mulheres ▪ Comumemente atribuída a causa
patológica local e deve então ser
classificada na rubrica da afecção
Aversão sexual e falta de prazer patológica em causa
sexual ▪ Categoria deve ser utilizada unicamente
quando não há outra disfunção sexual
▪ Ou evitação sexual fóbica primaria (vaginismo ou secura vagina)
▪ A relação sexual produz medo ou ▪ Psicogênica
ansiedade suficiente para que a atividade
sexual seja evitada (aversão sexual),
resposta sexual e orgasmo acontecem, Apetite sexual excessivo
mas com falta de prazer apropriado ▪ Patológico: quando afeta a vida funcional
▪ Sinais de pânico: náuseas, suor excessivo, ▪ Importante diferenciar de outros
falta de ar transtornos
▪ Ninfomania: desejo excessivo ou
Falha de resposta genital patológico pelo coito em mulher; satiríase
é o equivalente para homem
▪ Dificuldade de desenvolver ou de manter ▪ Parafilia: fantasias sexualmente excitantes,
ereção adequada para uma relação desejos sexuais fortes
satisfatória, secura vaginal ou falta de ▪ Hipersexualidade: aumento da sexualidade
lubrificação (desejo, fantasia e atividade) para além do
▪ Impotência psicogênica: transtorno de socialmente habital
ereção no homem e excitação sexual na
mulher
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Transtornos da Identidade Sexual


Introdução (angustia, desconforto, depressão, abuso
de substancias, automutilação)
▪ Será modificado para disforia da ▪ Inclui:
identidade social  Transexualismo
▪ Papel de gênero: culturalmente esperado  Travestismo bivalente
para o sexo biológico, varia de acordo  Transtorno de identidade sexual na
contexto histórico e cultural; não implica infância
na orientação ou identidade ▪ Atenção com crianças; é normal a
 Mulher mais dócil, maternal, homem curiosidade com sexos opostos e o desejo
mais agressivo, protetor por experiencias; não esta completamente
 Inversão não é problema desenvolvido; personalidade se
▪ Orientação sexual: forma de busca por desenvolve aos 8 anos; cuidado com
obtenção de prazer; pelo sexo oposto, experiencias transitórias
mesmo sexo ou ambos; experiencias ▪ Tratamento: aceitação e adesão a viver
isoladas não define orientação; como se sente; psicoterapia; cirurgia
▪ Identidade sexual: como se sente, (tratamento de mínimo 2 anos e certeza
comportamento; como homem, mulher; o de identificação)
patológico são as consequências

Transtornos da Preferência Sexual


Parafilia ▪ Voyeurismo: prazer em ver os outros
tendo relação
▪ Geralmente não são condições patológicas ▪ Pedofilia: busca de prazer em indivíduos
▪ Não relação com a identificação/ em desenvolvimento; crime; possuem
orientação sexual capacidade de discernimento e
▪ Tratamento: orientação para vivencia responsabilidade legal
saudável da experiencia sexual; adequar ▪ Sadomasoquismo: saudável se em
fantasias; ambiente com consentimento
▪ Sadismo: prazer em submeter o outro;
Tipos pode estar associado a abuso de
▪ Fetichismo substancias, abuso
▪ Travestismo fetichista ▪ Masoquismo: prazer em se colocar na
▪ Fetichismo com travestismo posição de humilhação, submissão
▪ Exibicionismo: complexo; prazer na ▪ Transtornos múltiplos da preferencia
exibição sexual
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Transtornos Mentais do Puerpério


Introdução Psicose puerperal
▪ Transtornos mentais que aparecem ▪ Pode ser apresentação de outra doença
durante as 6 primeiras semanas após o ▪ Até 3 meses
parto ▪ Risco de recorrência de 30 a 50% a cada
▪ Não satisfazem os critérios diagnósticos parto subsequente
de outro transtorno ▪ Não possui apresentação típica
▪ Fatores de risco: primípara, gravidez não ▪ Comportamento desorganizado e delírios
planejada, desnutrição, ausência de que envolvem os filhos, com pensamentos
acompanhamento pré natal, uso de de lhes provocar algum tipo de dano
drogas, historia de doença mental, ▪ Presença de alucinações, estado
ausência de apoio familiar e condições confusional, sintomas depressivos,
socioeconômicas maníacos ou mistos associados

Depressão pós parto ou puerperal


▪ Mesma sintomatologia
▪ Na gravidez há alterações hormonais e
durante o parto; se houver predisposição
genética e social
▪ Blues: até 10 dias
▪ Após 3 meses: não é pós parto; transtorno
depressivo
▪ Pode ser 1º episodio de um transtorno
maior
▪ Risco de impulsos agressivos contra si e
contra o bebe
▪ Mesmo tratamento
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Transtornos Dissociativos
Conceito ▪ Intrusão dissociativa complexa: múltiplos
sintomas
▪ Interrupção involuntária ou descontinuidade ▪ Dissociativo de identidade: dupla
na interação normal de memórias, personalidade
pensamentos, identidade, afecções, ▪ Dissociativa secundária
sensações, percepções, comportamento ou ▪ Distúrbios dissociativo especificado
controle sobre os movimentos corporais ▪ Distúrbios dissociativo não especificado
▪ Estado de curta duração, cerca de 1h
▪ Motivação inconsciente, mas consciência
parcial da crise, melhora rápida Fatores de risco
 Não está preocupado em provar ▪ Depressão, ansiedade, abuso de
sintomas substancias, automultilação, convulsões
▪ Sinais e sintomas: não epiléticas ou outros sintomas como
 Cegueira, amnesia, falsa convulsão comorbidade
 Não corroboram com exame físico; ▪ Comportamento suicida
 Sem associação com: efeitos de ▪ Trauma e abuso infantil
substâncias, outro transtorno (mental, ▪ Outros tipos de trauma: ex. violência
comportamental, de sono-vigília), doméstica
doença do SN ou estado de saúde e ▪ Transtornos de personalidade: histriônica,
não fazem parte de uma prática cultura, Borderline, esquizoide
religiosa ou espiritual aceita ▪ Epilepsia
 Sintomas suficientemente graves para
causar comprometimento significativo Mecanismo Psicodinâmico
de funcionamento pessoal, familiar,
social, educacional, profissional ▪ Repressão, negação e dissociação em
 Prejudica a funcionalidade pela especial ligado a eventos ou situações
recorrência dolorosas; fuga inconsciente
▪ Geralmente não causam prejuízo funcional
fora do estado dissociativo Diagnostico Diferencial
▪ Geralmente precedidos de evento ▪ Somatização
estressor ▪ Simulação
 desenvolvimento de sintoma - ▪ Transtorno factício (consciente, tem
disfunção do sistema nervoso com necessidade de provar)
perda de integração entre as funções ▪ Doenças neurológicas
mentais ▪ Epilepsia (eletroencefalograma)
▪ Prevalência: 1,5% em adultos; 1,6% H e
1,4% M
Tratamento
Subtipos de transtornos ▪ Avaliar se realmente necessário
abordagem
▪ Dissociativo com sintomas neurológicos  Episódios isolados não é preocupante,
 Paralisias e parestesias risco quando se torna recorrente
▪ Pseudocrise convulsiva: mantem reflexos e  Iatrogenia: busca incessante por
proteção de queda e dor, não tem medico
liberação de esfíncter, não há confusão  Descartar outras causas
pós-comiscial; recuperação rápida da crise, ▪ Orientar e acolher o paciente
antecipada de fuga de estresse; olhar para ▪ Psicoterapia: psicanalise*
cima (verdadeira: olhar fixo)  Identificar conflitos inconscientes
▪ Amnesia dissociativa: seletiva, diferente da ▪ Abordagem das comorbidades
orgânica (lembra o nome do pai, mas não ▪ Família: reforço positivo (atenção durante
da mãe) bom estado) e negativo (ignorar durante a
▪ Despersonalização-desrealização: crise)
desconectado, sonhando
▪ Transe: sente incorporando um espirito
▪ Transe e possessão
Pseudocrises convulsivas: após evento estressor, remissão
Fuga dissociativa rápida, sem sinais neurológicos, sem perda do controle dos
Estupor dissociativo esfíncteres. Olhar para cima, mantém respostas dolorosas,
mantém resposta normal a reflexos.
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Transtornos Somatoformes
Conceito Diagnostico Diferencial
▪ Transtorno mental com a presença ▪ Doença orgânica: esclerose múltipla,
repetida de sintomas físicos associados à porfiria, infecções virais (EBV)
busca persistente de assistência médica ▪ Transtornos psicóticos: frouxidão de laços
▪ Não se encontra nenhuma base orgânica - de pensamento; crença exagerada, sem
nenhum achado no exame clínico e em possibilidade de argumentação
exames complementares ▪ Transtornos obsessivo compulsivo
▪ Transtorno factício: cria propositalmente
os sintomas com o intuito de ser cuidado;
Transtorno de Somatização carência afetiva
▪ Múltiplos sintomas físicos (somáticos); ▪ Simulação: cria os sintomas com interesses
queixas recorrentes e variáveis no tempo secundários, ex. afastar-se do trabalho,
 sobre qualquer parte do corpo receber algum benefício
▪ Queixas que não podem ser explicadas em
exames físicos ou laboratoriais; sem Curso e Prognostico
associação com causa orgânica
▪ Persistem por pelo menos 2 anos ▪ Crônico com poucas remissões
▪ Associados a busca persistente de ▪ Procedimentos desnecessários
assistência medica ▪ Abuso de substancias
▪ Curso da doença: crônico e flutuante ▪ Associação com transtorno depressivo
▪ Paciente realmente acredita que tem uma
doença; diferente do factício que sabe que Tratamento
não tem a doença ▪ Clinico de referência; consultas periódicas
▪ A maioria dos pacientes teve uma longa e ▪ Orientação
complicada história de contato com a ▪ Psicoterapia
assistência médica primária e


especializada
Muitas investigações negativas ou
Somatoforme indiferenciado
cirurgias exploratórias sem resultado ▪ Queixas múltiplas, variáveis no tempo e
podem ter sido realizadas persistentes mas que não correspondem
▪ Prevalência: ligeiramente maior em ao quadro clínico completo e típico de um
mulheres; baixas escolaridade e condição transtorno de somatização
socioeconômica; inicia na adolescência - ▪ < 4 locais ou sistemas acometidos ou < 2
início da idade adulta anos de duração
▪ Consciência preservada, mas queixa
sempre presente Transtorno hipocondríaco
▪ Frequentemente se associa a uma ▪ Interpretações errôneas ou irreais
alteração do comportamento social, persistentes sobre sintomas e sensações
interpessoal e familiar físicas graves e progressivas
▪ Preocupação e medo de terem doenças
Etiologia sérias, embora não sejam encontradas
▪ Fatores psíquicos causas médicas que justifiquem
 supressão ou repressão da raiva contra ▪ Inclui nosofobia e neurose hipocondríaca
os outros → raiva autodirigida ▪ 10% dos pacientes da clínica médica; sem
 Superego punitivo predisposição por sexo; geralmente entre
 Baixa autoestima 30-40 anos
 Somatização da ansiedade
▪ Genética: 10-20% se mães e irmãs Etiologia
afetadas, 29% em gêmeos monozigóticos, ▪ Mesmos mecanismos do transtorno de
10% em gêmeos dizigóticos somatização
▪ Testagem neuropsicológico: avaliação ▪ Associado a maior sensibilidade a
incorreta das informações sensações corporais
somatossensoriais (interpreta de forma ▪ Além da repressão da raiva, pode ocorrer
distorcida as sensações corporais) deslocamento
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▪ Fantasias de autopunição: autocobrança ▪ Conflitos intrapsíquicos (inconsciente),
▪ Família: habito aprendido, cultura da comportamento recompensatórios e
família, genética vantagens em relacionamentos
interpessoais
Diagnostico Diferencial  A dor surge em um momento
▪ Transtorno depressivo oportuno, visando o benefício próprio;
▪ Transtorno ansioso - pode haver sintomas  acaba sendo, em alguns casos, um
obsessivos compulsivos associados mecanismo de defesa em conflitos
interpessoais
▪ Transtorno de somatização
▪ Cuidado: fácil dependência por
▪ Simulação ou transtorno factício
analgésicos
▪ Disfunção sexual
▪ Principalmente aos 30-40 anos; mais em
mulheres; frequente em familiares de
Tratamento indivíduos que passaram por depressão,
▪ Evitar mudança profissional alcoolismo
▪ Tto medicamentoso apenas para sintomas ▪ Etiologia
e doenças comórbidas - ex. Depressão,  reforço positivo do meio com a queixa
transtorno de ansiedade, abuso de  forma de manipular
substâncias  alterações de neurotransmissores -
▪ Psicoterapia principalmente de vias serotoninérgicas
descendentes
Transtorno Dismórfico corporal ou ▪ Diagnóstico diferencial: descartar causa
orgânica e dependência por substâncias
Dismorfofobia ▪ Tratamento: psicoterapia; fármacos apenas
▪ Crença de que existe um defeito na adjuvantes
aparência de todo o corpo ou de parte
▪ Pode se associar a anomalia física leve ou Transtorno factício
não
▪ Motivação inconsciente, sintomas
▪ Início: adolescência ou início da idade
conscientes
adulta; sem predileção por gênero
▪ Produção intencional de sintomas físicos
▪ Etiologia: outro transtorno mental ou
▪ Objetivo: atenção, carinho, acolhimento
conflitos inconscientes que levam à
▪ Sinônimo: síndrome de Munchausen
distorção da imagem corporal
 Pediatria: sd de Munchausen por
procuração - a mãe da criança induz os
Diagnóstico diferencial sintomas e sinais na criança
▪ Transtorno psicótico: delírio somatoforme ▪ Mais comum em homens; 5-10% das
▪ Transtornos do humor hospitalizações
▪ Transtornos alimentares ▪ Etiologia: relacionada a sentimentos de
▪ TOC abuso e/ou de rejeição parental;
▪ Transtorno de identidade de gênero gratificação masoquista
▪ Doenças físicas ▪ Diagnóstico diferencial: somatização,
doença orgânica, simulação
Tratamento ▪ Tratamento: diálogo empático, evitar
▪ Farmacologico: tratar comorbidades procedimentos desnecessários, avaliar
▪ Psicoterapia psicoterapia, tratar transtornos associados
▪ tto cirúrgico dificilmente tem sucesso
Simulação
Transtorno doloroso somatoforme ▪ Produção intencional de sintomas com
▪ Queixa predominante de dor persistente, ganho secundário
intensa e angustiante sem explicação ▪ Motivação e produção consciente
▪ Não pode ser explicada inteiramente por ▪ Em prisioneiros: síndrome de Ganser
um processo fisiológico nem por um (simulação de um quadro mental afim de
transtorno físico se esquivar da pena)
▪ Ocorre num contexto de conflitos
emocionais e de problemas psicossociais
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Transtorno Obsessivo Compulsivo e Relacionados


Conceitos Obsessões e compulsões
▪ Rituais: possuem um proposito; culturais; ▪ Causam sofrimento
conjunto de práticas, de atos ou de ▪ Consomem tempo: >1h/dia
consagrados que seguem regras; por si só ▪ Interferem na funcionalidade - ocupação,
não são patológicos; relacionam-se ao estudo, relacionamentos, rotina
grupo – forma de comunicação, aceitação, ▪ Não atribuíveis a outro transtorno
de padronização orgânico, psicótico; a causa fisiológica ou
▪ Superstição: crença com apego exagerado, uso de substâncias
temor, presságio; crença cultural ou ▪ Exemplos:
religiosa e pode não ter sentido para  Compulsões: lavagem. limpeza, checar,
alguns; por si só não é patológica organização, orar, contar ou repetir
▪ Obsessão: ideias, impulsos repetitivos e palavras, simetria
persistentes; intrusivos e indesejados;  obsessões: contaminação, dúvida
percebidos como irracionais e exagerado; patológica; preocupações com sujeita;
tentativa sem sucesso de afastar a ideia da pensamentos intrusivos agressivo,
mente (ignorar, suprimir, neutralizar); sexual, simetria
desagradáveis ou ansiogênicas; impõem a
consciência contra a própria vontade; Outras Características Clínicas
 exame psíquico: avaliar no conteúdo do ▪ Lentificação: lentificação obsessiva
pensamento primária - perda de tempo pensando ou
 preocupações excessivas, produto da fazendo compulsões
própria mente ▪ Comportamento de esquiva: Medo de
 diferente de delírios, ideias contaminação → passa a evitar
depressivas, ideias prevalentes determinados locais na rua
▪ Compulsão: comportamento repetitivos ou ▪ Rituais cognitivos: assim como rituais de
atos que o indivíduo de se vê compelido a execução de tarefas
executar; delibera antes, tenta resistir a ▪ Antecipações catastróficas: ansiedade
executar, sente um alívio após executar mediante pensar na possibilidade de
 visam prevenir ou reduzir o sofrimento/ contato com aquilo que teme
ansiedade, são claramente excessivos ▪ Comportamento paradoxal: ideia
▪ Impulso: ato executado sem deliberar; exagerada para determinadas coisas e
desprovidos de finalidade consciente; pula para outras não
as etapas de deliberação e de decisão - ▪ Tendência à omissão dos sintomas
vai do desejo ao ato; às vezes nem deseja
▪ Tique: movimento motor involuntário
súbito, repetitivo; movimentos musculares
Fisiopatologia
(esqueléticos ou vocálicos); pode perceber
com antecedência ou não MECANISMOS PSICODINÂMICOS
▪ Relacionam esses transtornos a conflitos
TOC ▪
inconscientes
Distorção cognitivo-afetiva
▪ Caracterizado pela presença de obsessões ▪ Geralmente rituais escondem hostilidade,
(Ideias, impulsos) e/ou compulsões raiva e sexualidade - tentativa de anular,
(comportamentos) recorrentes e intrusivos isolar ou deslocar preocupações
▪ Estranhos ao ego e que produzem ▪ Indivíduos que sofrem muita repressão
ansiedade quando sofrem resistência ▪ Mecanismo de defesa: isolamento,
(paciente percebe, tenta evitar, mas não anulação, formação reativa (atitude
consegue) contrária àquilo que gostaria/teria),
▪ Geralmente início súbito dos sintomas, deslocamento, regressão, ambivalência,
após eventos estressantes pensamento mágico, alterações do
▪ 2 a 3% da população; sem preferência por superego
sexo
▪ Início: adolescência ou começo da vida
adulta (20 anos)
▪ Genética: 35% em parentes de 1 grau
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MECANISMOS BIOLÓGICOS  outras opções: clomipramina (tricíclico)
▪ Anormalidades estruturais e funcionais:  sintomas mais severos; comorbidades;
lobo frontal, cíngulo, núcleos da base TCC não disponível ou viável
 Obsessões agressivas: menor volume  boa resposta: manter 12-24 meses
da amigdala direita ▪ Psicoterapia: TCC
 Danos associados: diminuição do  1º linha
volume do lobo temporal anterior  Individual ou associada a fármacos
 Contaminação: núcleo caudado menor  Terapia individual ou em grupo
 Maior volume de gânglios da base:  técnicas de exposição e de prevenção
cronicidade da doença de resposta; previne recaídas
▪ Redução volumétrica dos núcleos da base  efeito mais prolongado
- destaque: núcleo caudado  boa resposta: manter mensal de 3 a 6
 sem causa aparente ou secundária a meses
lesões ou a infecções ▪ Neuromodulação e neurocirurgia: graves e
▪ Alteração da relação substância cinzenta X refratários
substância branca  estimulação magnética transcraniana
▪ Desregulação de neurotransmissores:  estimulação cerebral profunda
destaque: serotonina (redução no líquor  cingulotomia/capsulotomia
de 5-HIAA, alterações no funcionamento
da 5HT), GABA, glutamato
▪ Circuitos neuronais:
 Córtex pre frontal e amidala – estagio
inicial
 Parte neurossensorial – cronica estagio
avançado

MECANISMO IMUNOLÓGICO
▪ 10% dos casos
▪ Presença de autoanticorpos no sangue e
no LCR
▪ Principalmente aqueles que tiveram febre
reumática na infância ou outras doenças Transtornos do Controle dos
PANDAS - ex. corea de Sydeham
▪ Autoanticorpos encontrados no sítio da Impulsos
doença - melhora quando removidos ▪ Incapacidade de resistir à atuação
segundo um impulso perigoso para outros
Diagnóstico diferencial ou para si mesmo, frequentemente
▪ Transtornos de personalidade: no TOC, o caracterizado por um sentimento de
comportamento do indivíduo é estável, prazer quando gratificado - em alguns
não somente ligado à ideia intrusiva momentos pode se sentir incomodado
 Transtorno personalidade: anancastico ▪ Transtorno explosivo intermitente: ação
(não há sofrimento) após provocações, arrependimento
▪ Fobias ▪ Cleptomania: prazer em pegar coisas sem
▪ Depressão ser observado; não importa o valor;
▪ Esquizofrenia: 20% desses podem ter TOC arrependido, tenta devolver
▪ Sd de Tourette ▪ Jogo patológico: joga compulsivamente,
▪ Autismo apostas
▪ TAG ▪ Piromania: impulsão prazerosa em atear
fogo em coisas
▪ Tricotilomania:
Tratamento ▪ Transtorno sexual compulsivo-impulsivo:
▪ Orientação - depende da gravidade ▪ Transtorno do uso da internet compulsivo-
▪ Psicoterapia - dinâmica, TCC etc impulsivo
▪ Psicofarmacologia:
 1ª escolha: ISRS (doses mais elevadas –
dobro, que para a depressão)
introdução gradual - trocar o ISRS se
não houver efeito;
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Tratamento Tiques
▪ Psicoterapia, ▪ Atos motores repetitivos
▪ Antidepressivos, ▪ Tiques motores: simples (1 grupo) X
▪ Antipsicóticos (específicos - risperidona, complexos
haloperidol; alguns outros podem piorar o ▪ Tiques vocais: simples X complexos
quadro - ex. clozapina) ▪ Transtorno de Tourette: misto (motores e
vocais)
▪ Tratamento:
 Psicoterapia
 Antidepressivos
 Antipsicóticos (específicos -
risperidona, haloperidol; alguns outros
podem piorar o quadro - ex. clozapina)
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Agitação Psicomotora
Definição Abordagem
▪ Atividade motora excessiva + tensão ▪ Preferencialmente começar com manejo
interna verbal e com medicação VO
▪ Paciente fica confuso e com capacidade de ▪ Medicação IM/ contenção física e mecânica
insight diminuída
 pode colocar a si ou outras em risco Manejo verbal e cuidados
 urgência clínico-psiquiátrica → avaliar ▪ Segurança em primeiro lugar
riscos; risco de morte? ▪ Manter comunicação e escalonar condutas
▪ Principais causas: +clínicas que psiquiátricas - “ordem” por etapas
 Condição medica geral: TCE, encefalite, ▪ Reduzir estímulos externos e levar o
meningite, encefalopatia, exposição a paciente para ambiente calmo
toxinas ambientais, distúrbio ▪ Afastar pessoas que possam desestabilizar
metabólico, hipóxia, doença da
▪ Ambiente preparado e amplo, com rota de
tireoide, convulsão (pós-ictal)
fuga
 Intoxicação ou abstinência: álcool e/ou
▪ Cuidado com materiais em cima da mesa
drogas ilícitas
ou no ambiente
 Doença psiquiátrica: transtornos
▪ Sistema de alarme ou botão de segurança
psicóticos, de ansiedade, de
▪ Atitudes no manejo verbal
personalidade, mania,
 Ficar calmo - clareza dos pensamentos
 Manter certa distância - no mínimo um
Sinais de “clinicidade” braço
▪ Sintomas agudos, especialmente em ≥45  Evitar movimentos bruscos
anos  Evitar escrever; olhar diretamente para
▪ Sinais vitais alterados o paciente
▪ Sinais neurológicos focais  Apresentar-se e apresentar a equipe
▪ Evidência de TCE  Falar com clareza e objetividade;
▪ Intoxicação ou abstinência pausada
▪ Doença prévia  Impor limites, mas ser acolhedor
▪ Perda de memória  Ter certa flexibilidade, mas não
▪ Alucinações visuais - doenças provocar, confrontar, humilhar ou
psiquiátricas: auditivas mais comuns barganhar
▪ Perda de peso involuntária  Asseguras que os profissionais estão
▪ Sudorese, tremores, palidez ali para ajudá-lo
▪ Cefaleia intensa/ convulsão
▪ Rigidez muscular ou fraqueza Contenção Mecânica
▪ Nível de consciência rebaixado ▪ Indicações: agitação psicomotora grave;
▪ Intolerância ao calor confusão mental; agressividade e
violência; não cooperativos, como medida
Objetivos da abordagem protetiva (Ex. retirada de cateteres, de
drenos…); risco suicida iminente
▪ Segurança: diminuir o grau de agitação ou
▪ Diretrizes básicas de contenção
o risco envolvido na situação
 uso de faixas para ajudar e proteger o
▪ Coletar informações para a formulação de
paciente e fixá-lo ao leito em 4, 5 ou 9
hipóteses dx
pontos
 Prevenir dx mais gerais (sindrômicos) e
 nunca ser punitivo
excluir graves)
 4 a 5 pessoas = 1 para cada membro e
▪ O que está acontecendo? Há quanto
1 para cabeça ou reger o processo
tempo? O que houve hoje?
 uso de material adequado -
▪ Observação e exame físico sucinto
minimamente acolchoado
▪ Hipóteses mais prováveis e as mais
 registrar tudo em prontuário -
urgentes?
contenção é ato médico (prescrita)
▪ A agitação ocorre em um espectro: leve →  reavaliações periódicas
grave; verbal e/ou física
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 mínimo de tempo possível - cerca de  asenapina IM
3h, salvo muito agressivos  clopromazina IM = cuidado - arritmia,
 não existe contenção mecânica sem hipotensão grave
contenção química!!! (medicação)  midazolam IM
 não se usa mais camisa de força no  lorazepam IM
Brasil - a contenção é feita no leito
 quanto mais grossa a contenção,
menor o risco
▪ Principais complicações da contenção
 desidratação; retenção urinária
 redução da perfusão periférica
 fraturas ou deslocamentos de membros
 depressão respiratória e morte

Farmacológica ▪ Medicações EV
 haldol - maior risco de arritmia e de
▪ 1º escolha da agitação psicomotora, hipotensão
independe da origem: antipsicóticos  diazepam e midazolam - maior risco de
▪ VO > IM sedação excessiva
▪ Diazepam - não é primeira escolha
 Indicação precisa: abstinência alcoólica
ou de bzd
Fluxograma
 Indicação relativa: intoxicação exclusiva
por estimulante
 Pode ser usado em associação com o
antipsicótico desde que não haja ci de
bzd
 Bzd im no brasil - midazolam!!
 Diazepam é vo ou ev
▪ Medicações VO
 risperidona - antipsicótico atípico
 olanzapina - AA
 quetiapina - AA - geralmente nos
quadros de agitação mais leve
 asenapina (SL) - AA
 haloperiol - AT
 clorpomazina - AT Observações
▪ Gestantes, algumas condições médicas
gerais - ex. delirium, intoxicação por álcool
ou por substâncias psicoativas: não usar
BZD!!
 haloperidol 5 mg ½ cp ou 1 ampola IM
▪ Intoxicação exclusivamente por
estimulantes ou SAA
 diazepam 10 mg VO
 midazolam 1,7-15 mg IM
 diazepam 5 mg/mL - ½ ou 1 ampola EV
▪ Sempre investigar a causa base e tratá-la!!
▪ Medicações IM
 haloperidol; haloperidol + prometazina
(anti-alérgico) ou + midazolam
 olanzapina IM
 ziprazidona IM
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Emergências Psiquiátricas
Agitação Psicomotora ▪ Bandeja ou carro de parada devem estar
facilmente disponíveis
▪ Toda situação de natureza psíquica na ▪ Materiais de contenção
qual existe um risco significativo de morte ▪ Pacientes agitados com potencial
ou injuria grave para o paciente, ou para agressivo devem sempre ser atendidos de
outros, necessitando de intervenção porta aberta
terapêutica IMEDIATA ▪ Sempre atendimento em equipe
▪ Agitação de todas as emergências
psiquiátricas no mundo:
 Com agressividade: 2,6%
 Sem agressividade: 52%
▪ 24% de todas as emergências
psiquiátricas no Brasil
▪ Agitação pode ou não estar associada a
agressividade e ambas as condições são
secundarias a estados mentais alterados

Principais emergências psiquiátricas


1. Comportamento suicida (incluindo
automutilação) Princípios de um serviço de
2. Episódios de humor (mania e depressão)
3. Intoxicação e abstinência (autonegligência emergência psiquiátrica
grave) ▪ Privacidade
4. Agitação psicomotora agressiva (critica ▪ Segurança
prejudicada) ▪ Facilitar o acesso de outros profissionais
de saúde ao local de atendimento se o
Estrutura da Equipe ▪
paciente estiver ou tornar-se violento
Medicação para quadros de agitação
▪ Considerações iniciais: psicomotora disponíveis rapidamente
 Segurança do paciente e equipe ▪ Material para contenção física de fácil
 Ambiente físico apropriado (iluminação acesso
e objetos para orientação – calendário, ▪ Equipe treinada para atendimento
relógio) ▪ Ter acesso a serviços de diagnosticas e
 Instalações com controle de contar com o auxilio de outros
temperatura e barulho especialistas
 Moveis de fácil acesso e flexibilidade
de saídas (fixos)
 Rotas de entrada e saída Avaliação do paciente agitado
 Evitar sons altos, cores brilhantes e ▪ Triagem e avaliação da gravidade: avaliar
calor excessivo ou frio (estimulação os casos que supostamente requerem
sensorial atendimento imediato
 SSVV, classificação de risco
Ambiente ▪ Anamnese objetiva e subjetiva: enfoque
nos motivos que levaram a busca pelo
▪ Mínimo estimulo externo socorro; 4 perguntas
▪ Sala de atendimento (mesa, cadeira, mesa 1. O que está acontecendo?
de exame e lavatório) 2. Por quanto tempo?
▪ Quaisquer itens ou objetos potencialmente 3. Por que hoje?
perigosos devem ser removidos 4. Quais são as hipóteses diagnosticas
▪ Ambiente amplo e de livre circulação plausíveis ou temporários?
▪ Diminuir estímulos sensoriais, mais ▪ Exame físico e psiquiátrico: detectar ou
confortáveis = menos agitados excluir causas orgânicas como
▪ Cilindro de oxigênio, ambu, material de consequência, causa ou comorbidades ao
intubação, aspirador de secreções, transtorno mental
vaporizador e nebulizador
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▪ Diagnostico diferencial: doenças organicas ▪ Disfunção circulatória
e avaliar efeitos colaterais das medicações ▪ Infecções, toxisindromes
▪ Tranquilização rápida: estabilizar quadro ▪ Reserva da função cognitiva: sintomas
▪ Proposta terapêutica e encaminhamentos individualizados

Risco de agressividade Exames


▪ Admissão involuntária ▪ Química sanguinea: eletrólitos, glicemia,
▪ Variação demográfica: homens * testes de função hepatica e renal
▪ História previa ▪ Testes de função da tireoide
▪ Condições na admissão ▪ Avaliação da urina
▪ Diagnostico ▪ Exame toxicológico de urina
▪ Atitudes pacientes e equipe ▪ ECG
▪ RX de tórax (>35 anos)
Investigação e causas secundarias ▪ Níveis plasmáticos de qualquer fármaco
ingerido
▪ Causas de delirium ▪ Teste de gravides (idade fértil)
▪ Condições metabólicas ▪ Sorologias (IST’s*)
▪ Trauma craniano ▪ Exames de neuroimagem
▪ Hipoxia
▪ Tireoidopatia
▪ Crise convulsiva Manejo Da Agitação Psicomotora
▪ Intoxicações ▪ Observar a situação e segurança
▪ Abuso de substancias ▪ Estabelecer uma via de comunicação
▪ Transtornos psicóticos ▪ Restrição de espaço
▪ Mania e estados mistos ▪ Contenção química e física
▪ Transtornos de personalidade
▪ Autismo Medidas não farmacológicas
▪ Suspeita de organicidade: ▪ Desescalonamento verbal
1. Respeitar o paciente e seu espaço
pessoal (evitar contato físico)
2. Não ser provocativo (imposição,
concessões)
3. Estabelecer contato verbal
4. Ser conciso (repetir informações com
clareza)
5. Identificar desejos e sentimentos
6. Ouvir atentamente o que o paciente
está dizendo
7. Concordar ou concordar para discordar
8. Estabelecer as regras e os limites
claros
9. Oferecer opções e otimismo
10. Dialogar com o paciente a equipe
▪ Contenção física:
Confusão mental  Indicação: falha de outras medidas para
▪ Alteração aguda nas funções cerebrais acalmar e/ou proteger o paciente
superiores (memoria, atenção ou  Dispositivos restringem os movimentos
consciência) da pessoa para protege-la
▪ Dificuldade de focar atenção  Uso por período limitado
▪ Sintoma ≠ diagnostico  Requer técnica e treinamento
▪ Caráter agudo apropriado para que seja realizado de
▪ Pode variar em gravidade forma segura e com o menos número
▪ Disfunção do SNC por deficiência de possível de complicações
substrato (hipoglicemia e/ou hipoxemia)
▪ Disfunção de neurotransmissores
▪ Presença ou suspensão abrupta de drogas
ou toxinas
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 E. ep: estado epilético; reduz limiar


convulsivo
▪ Atípicos (2º geração): menos efeitos
extrapiramidais, menos discinesia tardia
Tranquilização rápida
▪ Uma vez que as demais medidas falharam,
opta-se pelo uso de medicação os
princípios de tranquilização rápida
▪ Objetivo: acalmar sem sedar
▪ O que não fazer:
 Utilizar AP por via IV
 Medicar em excesso
 Não hidratar (hidratação facilita
circulação da medicação)
 Não monitorar
 Não respeitar o tempo de início das
medicações
 Manter contenção por longos períodos

Classes Medicamentosas BENZODIAZEPÍNICOS


▪ Antipsicóticos: típicos ou atípicos ▪ Facilitação da transmissão GABAergica
▪ BZD: ação GABAergica ▪ Efeitos sedativos, hipnótico, ansiolítico,
▪ Anticolinérgico, anti-histaminico: não são anticonvulsivante e miorrelaxante
recomentados como 1º escolha

ANTIPSICÓTICOS
▪ Bloqueio de receptor D2 de dopamina
▪ Curto prazo: produz apatia, redução da
iniciativa, diminuição das respostas
emocionais e sedação
▪ Extensamente utilizados na agitação
▪ Típicos (1º geração):

▪ Lorazepan: não passa por via de


metabolização hepática
ANTICOLINÉRGICO/ ANTI-HISTAMINICO
▪ Não são recomendados como escolha nos
casos de agitação
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▪ Podem causas confusão mental  Utilizar via IM
▪ Não usar em monoterapia  Difícil aplicação
▪ Fármacos:  Início mais rápido
 Risco de efeitos colaterais
 Efeito= cerca de 30 minutos
 EV: Não recomendado - difícil acesso,
aumenta risco de feitos colaterais em
via EV

Situações especiais
▪ Crianças
▪ Idosos
▪ Epilepsia
▪ SAA: preferir BZD
▪ Intoxicações
ANTICONVULSIVANTES ▪ Gestante: preferir haldol
▪ não recomendados p/ manejo de ▪ Retardo mental: utilizar doses mais baixas;
tranquilização rápida tentar manejar sem medicação; benzo
causa efeitos paradoxais; Preferir doses
Vias de administração mais baixas, e tentar manejo sem
medicação primeiro. Geralmente a
▪ Via oral:
agitação é ambiental
 Requer aceitação
 Capacidade de deglutir
 Efeito= cerca de 1h
▪ Via parenteral:
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Psiquiatria Forense
Exame psiquiátrico forense  Excepcionais, sem desenvolvimento
mental completo
▪ Técnica de entrevista pericial  Pródigos
▪ Conhecimento de psicopatologia ▪ Interdição: proibição; medida de proteção
▪ Capacidade diagnostica aos indivíduos privados de agir
autonomamente
Conceitos
▪ Laudo: significa imparcial ao caso
▪ Prodigo: gasta tudo que possui;
relacionado a doença ou não
▪ Semi-impultavel: parcial comprometimento
do discernimento; ou possui discernimento
preservado mas possui capacidade parcial
de autodeterminação (t. de personalidade,
parafilias, estresse pos traumáticos,
dependentes de substancias); com
tratamento curativo → medida de
segurança → melhorou do sintoma

Perito
▪ Perito oficial: imparcial; não pode ter
relação com o paciente
▪ Assistente técnico: avalia qualidade da
perícia; não está impedido se for medico
do paciente
▪ Sigilo parcial – informações para o juiz
▪ Pericia transversal ou retrospectiva

Áreas de atuação do perito


▪ Criminal
▪ Civil
▪ Administrativa
▪ Previdenciária
▪ Trabalhista
▪ Outros

Capacidade civil
▪ Capacidade civil: execução e de direito;
parcial ou total; aptidão para gerir a
própria pessoa e seus bens
▪ Absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil:
 Por enfermidade ou deficiência mental,
não tiverem o necessário discernimento
para a pratica desses atos
 Por causa transitória, não puderem
exprimir sua vontade
▪ Incapazes, relativamente a certos atos, ou
a maneira de exercer:
 Ébrios habituais, viciados em tóxicos, e
os que por deficiência mental tenham o
discernimento reduzido

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