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Cadernos PDE
VOLUME I I
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS
DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
Produção Didático-Pedagógica
2009
0
AS RELAÇÕES DE GÊNERO E
EDUCAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR
LONDRINA-PR
2010
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AS RELAÇÕES DE GÊNERO E
EDUCAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR
LONDRINA-PR
2010
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ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
data de sua assinatura, ficando automaticamente renovado por igual período, salvo
denúncia de quaisquer das partes, até 12 (doze) meses antes do seu vencimento.
Cláusula 10ª – O CEDENTE declara que a obra, objeto desta cessão, é de sua
exclusiva autoria e é uma obra inédita, com o que se responsabiliza por eventuais
questionamentos judiciais ou extrajudiciais em decorrência de sua divulgação.
Parágrafo único – por inédita entende-se a obra autoral que não foi cedida,
anteriormente, a qualquer título para outro titular, e que não foi publicada ou utilizada (na
forma como ora é apresentada) por outra pessoa que não o seu próprio autor.
Cláusula 11ª – As partes poderão renunciar ao presente contrato apenas nos casos
em que as suas cláusulas não forem cumpridas, ensejando o direito de indenização pela
parte prejudicada.
Cláusula 12ª – Fica eleito o foro de Curitiba, Paraná, para dirimir quaisquer dúvidas
relativas ao cumprimento do presente contrato.
______________________________________
CEDENTE
______________________________________
CESSIONÁRIA
______________________________________
TESTEMUNHA 1
______________________________________
TESTEMUNHA 2
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 6
2 UNIDADE I .............................................................................................................. 8
2.1 DEFINIÇÃO DE GÊNERO..................................................................................... 8
2.1.1 Níveis de Caracterização do Indivíduo ........................................................... 9
2.2 CONCEITOS DE GÊNERO SEGUNDO AUTORES............................................ 11
2.3 BREVE TRAJETÓRIA HISTÓRICA DE GÊNERO E SOCIEDADE ..................... 14
2.4 ORIGENS DO ESTUDO DO GÊNERO ............................................................... 18
3 UNIDADE II ........................................................................................................... 20
3.1 VIOLÊNCIAS DE GÊNERO ................................................................................. 20
3.2 CONSTRUÇÕES DOS PAPÉIS FEMININOS E MASCULINOS ......................... 23
3.3 GÊNERO E A HETERONORMATIVIDADE ........................................................ 28
3.4 ABORDAGENS POLÍTICA E SOCIAL SOBRE GÊNERO .................................. 32
5 UNIDADE IV ......................................................................................................... 50
5.1 INFÂNCIAS SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO ....................................................... 50
5.2 DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: GÊNERO E CURRÍCULO ..................... 54
6 UNIDADE V .......................................................................................................... 57
6.1 GÊNERO E O LIVRO DIDÁTICO ........................................................................ 57
6.2 BRINQUEDOS, BRINCADEIRAS E JOGOS NO AMBIENTE ESCOLAR ........... 61
6.3 EXPERIÊNCIAS EDUCATIVAS E A CONSTRUÇÃO DE ESTRATÉGIAS ......... 67
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 70
6
1 APRESENTAÇÃO
1 APRESENTAÇÃO
2 UNIDADE I
2 UNIDADE I
DEFINIÇÃO DE GÊNERO
2.1 DEFINIÇÃO DE
GÊNERO
- Assexual: Indivíduo que não sente prazer pelo sexo, por isso não o
pratica.
realizada pela cultura. Assim gênero significa que homens e mulheres são produtos
da realidade social e não decorrência da anatomia de seus corpos.
O conceito de gênero se afirma nos EUA e na Europa nos anos 80 e a
primeira disciplina a introduzir o conceito foi a Psicologia em vertente médica, com
John Money em 1955. No Brasil só no fim da década de 80 que as feministas
passaram a utilizar o termo gênero.
O uso da categoria gênero, de acordo com Scott (1995), rejeita
explicitamente explicações biológicas: “como aquelas que encontram um
denominador comum, para diversas formas de subordinação feminina, nos fatos de
que as mulheres têm a capacidade para dar à luz e de que os homens têm uma
força muscular superior”. Gênero é então compreendido como uma maneira de se
referir às “construções culturais”, à criação inteiramente social de ideias sobre os
papéis adequados aos homens e às mulheres, ou sobre suas identidades subjetivas.
“Gênero é, segundo esta definição, uma categoria social imposta sobre
um corpo sexuado” (SCOTT, 1995, p. 75).
Gênero é “um elemento constitutivo de relações sociais fundadas sobre
as diferenças percebidas entre os sexos”, e também como “uma forma primária de
dar significação às relações de poder” (SCOTT, 1995, p. 86).
Diferenças de sexo são aquelas diferenças biológicas que se apresentam
desde o nosso nascimento e que determinam “o ser macho” ou “o ser fêmea”.
Diferenças de gênero são aquelas diferenças que se constroem na sociedade e na
cultura, indicando os papéis adequados aos homens e às mulheres, delineando,
portanto, representações de masculinidade e feminilidade. (LOURO, 2003 pp. 82-83)
Para Meyer (2008, p. 10):
Indicação de Bibliografia:
LOURO, G. L. Gênero, Sexualidade e Educação: uma perspectiva
pós-estruturalista. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997, pp. 14 – 36.
Atividade Complementar
Na pré-história, durante o
período paleolítico a mulher era ligada
ao evento cíclico, o gerar, o alimentar
e dar a luz. A partir desta forma de
analisar de quem era o poder de gerar
a vida, a sociedade caracterizava-se
matriarcal.
Ao tecer as relações de
produção referente às funções sociais
na pré-história, presume-se que a
agricultura foi invenção da mulher
devida sua responsabilidade social. E
Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/
quando a fecundação da mulher foi arquivos/ File/imagens/6pedagogia/1amor.jpg
conta o contexto em que o indivíduo está inserido, suas relações de poder, suas
crenças, sua etnia, etc. As diferenças não lhes são negadas, mas interpretadas,
estudadas ou atribuídas a diferentes fatores de acordo com as circunstâncias.
Em 1974 é aprovada pelo Conselho Federal de Educação a implantação
da educação sexual nas escolas de segundo grau. A abordagem fica centrada nas
questões biológicas e médicas, sem discutir comportamento e valores sexuais.
O Governo em 1976 deixa de se responsabilizar pela Educação Sexual
para centrar sua atuação em temas econômicos e a responsabilidade da educação
sexual volta a ser uma atribuição da família. E a parir de 1980, com o fim da ditadura
militar e a abertura política, volta a crescer o debate sobre a necessidade de
Educação Sexual nas escolas. O interesse é guiado, principalmente, pela
preocupação com a Gravidez na Adolescência e pelo surgimento da AIDS.
Atividade Complementar
3 UNIDADE II
3 UNIDADE II
3.1VIOLÊNCIAS DE
GÊNERO
3.1 VIOLÊNCIAS DE GÊNERO
Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/6pedagogia/1teen.jpg
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reproduz as desigualdades sociais e culturais de gênero, mas que pode ser também
espaço revolucionário através de tomada de decisão.
Indicação de Bibliografia:
Atividade Complementar
O termo estereótipo tem origem nas palavras gregas stereos (sólido) e
tupos (marca, cunho). Com esses significados, pode-se, então, usar
uma metáfora no sentido de que o estereótipo seria um carimbo de
impressão que reproduz a mesma marca em todas as cópias
(AMÂNCIO, 1998).
Fonte: http://api.ning.com/files/5UxhMdf63YAxfP1mC
QIkFfJsT6z7X27DvFSio9Xu80w_/10.jpg Fonte:http://historica.me/photo/3692464:Photo:3359/next?context=l
atest
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crítica à homofobia pode ceder para a ideia de que não há problema no fato de um
garoto tornar-se bailarino, desde que isso não implique homossexualidade. O
exercício não explora o preconceito contra as pessoas efetivamente reconhecidas
como homossexuais por suas performances de gênero ou por suas práticas
sexuais, como é o caso de Michael.
Apenas em uma das questões se propõe uma discussão, embora
incipiente, sobre orientação sexual: “Michael, o amigo de Billy, demonstrou ter
tendências homossexuais. Billy teve algum tipo de preconceito em relação ao
amigo?”. 14:225 Nesse item, levanta-se a questão acerca do preconceito contra
homossexuais. Entretanto, note-se que o uso da expressão “tendências
homossexuais” reduz a diversidade sexual a argumentos da retórica
heteronormativa. Não é usual problematizar um sujeito como dotado de “tendências
heterossexuais”. A expressão parece conter uma suposição diagnóstica de
previsão da orientação sexual atualizando os discursos psicológicos que
patologizavam as homossexualidades e que apontavam as tendências
comportamentais a serem vigiadas e controladas. A produção social da
heterossexualidade é invisibilizada por sua suposta naturalidade, e a expressão
“tendências homossexuais” são utilizadas para apontar a necessidade de tolerância
ao que seria um desvio da norma. Além disso, a pergunta se direciona apenas à
interpretação do comportamento do personagem, não havendo uma interpelação
mais explícita ao possível preconceito dos próprios estudantes e professores que
fizerem o exercício em sala de aula.
Em outra questão, propõe-se a pergunta: “Em certo momento, Michael dá
um beijo no rosto de Billy, que lhe diz: „não é porque gosto de balé que sou bicha‟.
Entretanto, ao partir de sua cidade para Londres, Billy também dá um beijo no rosto
de Michael. O que este beijo representa?”.14:225 A frase de Billy poderia ter
servido de ponto de partida para um questionamento sobre os riscos e temores de
ser interpretado como homossexual. Entretanto, a possibilidade de tratar de forma
crítica a questão da homofobia fica a cargo do (a) professor (a) em sala de aula, já
que o exercício apenas veicula o termo pejorativo “bicha”, sem, no entanto,
explicitamente sinalizar para o enfrentamento do preconceito contra homossexuais.
A pergunta que se segue a afirmação pelo modo diretivo em que é formulada,
sugere que o segundo beijo deva representar algo e não promove um debate.
Como o filme não tem uma posição definitiva a respeito da orientação sexual de
Billy, essa pergunta incita aquele que lê a moralizar o beijo do personagem como
sinal exclusivo de amizade, ou a levantar dúvidas sobre sua heterossexualidade.
A questão poderia engendrar o debate se fosse formulada de outra
forma, como, por exemplo, “debatam/discutam os possíveis sentidos desse beijo”.
Ou, ainda, “quais as possíveis interpretações desse beijo?”. Entretanto, a pergunta
“o que este beijo representa?”14:225 induz quem lê a buscar uma única resposta e
um sentido verdadeiro. O modo como a discussão é conduzida presta-se a resgatar
Billy de suspeitas de homossexualidade, calcadas em seu gosto pelo balé ou no
beijo que deu no amigo. Consequentemente não abre a possibilidade real de
existência legítima de vidas homossexuais. Por outro lado, vale destacar que, a
depender de como o (a) professor (a) trabalhar o tema em sala de aula, o exercício
pode suscitar o reconhecimento da possibilidade de uma heterossexualidade menos
rígida e atemorizada pelo perigo da homossexualidade, que rondaria certas
escolhas profissionais ou o carinho entre amigos do mesmo sexo.
É necessário indagar o porquê do deslocamento na escolha dos termos
pelos quais a discussão é fomentada. Se o tema é diversidade sexual e gênero, por
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POCAHY, F., Oliveira, R., Imperatori, T. Cores e dores do preconceito: entre o boxe
e o balé. Homofobia e Educação: um desafio ao silêncio. Tatiane Lionço; Debora
Diniz (Organizadoras). Brasília: Letras Livres: Ed UNB, 2009, p. 122-128.
Billy Elliot
lançamento: 2000 (Inglaterra)
direção: Stephen Daldry
atores: Julie Walters , Jamie Bell , Jamie Draven ,
Gary Lewis , Stuart Wells
duração: 111 min
gênero: Drama.
Sinopse: (Jamie Bell) é um garoto de 11 anos, que vive numa pequena cidade da
Inglaterra, onde o principal meio de sustento são as minas da cidade. Obrigado pelo
pai a treinar boxe, Billy fica fascinado com a magia do balé, ao qual tem contato
através de aulas de dança clássica que são realizadas na mesma academia onde
pratica boxe. Incentivado pela professora de balé (Julie Walters), que vê em Billy
um talento nato para a dança, ele resolve então pendurar as luvas de boxe e se
dedicar de corpo e alma à dança, mesmo tendo que enfrentar a contrariedade de
28
Atividade Complementar
Existem diferenças entre a anatomia e os papéis sociais de
homens e mulheres que são socialmente construídos, exemplo
são os atributos que a criança recebe a partir do seu sexo.
A partir das características já citadas complete o quadro abaixo
com características que a sociedade define ser de homem e de
ser de mulher para posterior debate em grupo:
MENINOS MENINAS
Força Frágil
Controle do sentimento Expressão de emoções
Cor azul Cor rosa
Racional Sensibilidade
Virilidade Dócil
3.3 GÊNERO
3.3 GÊNERO EA
E A HETERONORMATIVIDADE
HETERONORMATIVIDADE
Indicação Bibliográfica:
- Filme:
À Procura da Felicidade
Sinopse: Chris Gardner (Will Smith) é um pai de família que enfrenta sérios
problemas financeiros. Apesar de todas as tentativas em manter a família unida,
Linda (Thandie Newton), sua esposa, decide partir. Chris agora é pai solteiro e
precisa cuidar de Christopher (Jaden Smith), seu filho de apenas 5 anos. Ele tenta
usar sua habilidade como vendedor para conseguir um emprego melhor, que lhe dê
um salário mais digno. Chris consegue uma vaga de estagiário numa importante
corretora de ações, mas não recebe salário pelos serviços prestados. Sua
esperança é que, ao fim do programa de estágio, ele seja contratado e assim tenha
um futuro promissor na empresa. Porém seus problemas financeiros não podem
esperar que isto aconteça, o que faz com que sejam despejados. Chris e
Christopher passam a dormir em abrigos, estações de trem, banheiros e onde quer
que consigam um refúgio à noite, mantendo a esperança de que dias melhores
virão.
Atividade Complementar
- Com base nas representação conceituais de família abaixo analise
as várias constituições familiares presente em nossa sociedade e
confeccione um cartaz representando estas constituições.
a) Representação 1
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Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/6pedagogia/3familia.jpg
b) Representação 2
Mais uma vez, o senhor mostra a lógica da distinção, com a recusa da microssaia
ou dos decotes muito generosos, como uma forma de impor um modelo de
comportamento. No seu entender, a saia preenche uma função semelhante à da
batina dos padres. O corpo das mulheres continua a ser adestrado para aceitar a
dominação masculina?
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Ao citar Lucien Bianco, „as armas do fraco sempre são armas fracas‟, o senhor
refuta qualquer ideia de dominação do homem pela mulher por meio da sedução
ou de qualquer outro artifício „feminino‟. A originalidade do seu novo trabalho
encontra-se no combate a esse tipo de noção cada vez mais em voga?
Bourdieu – Sim, creio nas Luzes, mas a nova „Aufklärung‟, que tem a minha
admiração, só pode realmente esclarecer se ilumina a si mesma. Quero dizer com
isso que a razão argumentativa, capaz de nada deixar na sombra, deve ser
também capaz de voltar-se para si mesma a sua lucidez crítica e de compreender
que certo racionalismo pode, por vezes, ser fator de obscurantismo.
Por JUREMIR MACHADO DA SILVA - Entrevista com PIERRE BOURDIEU
Escritor e doutor em sociologia, autor de „Anjos da Perdição – Futuro e
Presente na Cultura Brasileira‟ (Editora Sulina) e de „Visões de certa Europa‟
(EDIPUCRS), entre outros."
Fonte: http://www.espacoacademico.com.br/010/10bourdieu01.htm
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4 UNIDADE III
4 UNIDADE III
4.2 L
Ao compreender que a
construção da divisão de trabalho
perpassa pela questão do sexo
socialmente construído, entende-se que
não existe uma ingenuidade, “que o
problema da formação-qualificação-
classificação das mulheres não se
desenvolve num terreno neutro, onde todo
mundo teria a maior boa vontade de se
debruçar sobre o “caso" desse grupo
minorizado das mulheres. ”(KERGOAT,
1989).
O indivíduo é fruto de sua
Fonte: http://www.mediabistro.com/unbeige/
original/50shousewife.jpg relação, não determinado pelo biológico e
sim pela construção social com base
material, que é à base das desigualdades.
A divisão social do trabalho é de âmbito produtivo (público) para o homem, e
reprodutivo (privado) para a mulher.
A partir do início do Capitalismo dão-se origem as atividades femininas
e masculinas com a ideia de diferença salarial, e com o monopólio do trabalho
doméstico na mão das mulheres, na esfera do lar.
Enquanto o homem recebe uma formação voltada para funções de
dominação e bem remunerada, para a mulher criam obstáculos impossibilitando-a
ao acesso no que a sociedade hegemônica define como profissões masculinas.
Kergoat (1989) complementa esta análise ao mencionar que as operárias
apresentavam uma formação condizente com os trabalhos que eram propostos a
elas, uma vez que tinham recebido uma aprendizagem na infância e depois uma
formação contínua com as práticas realizadas na esfera doméstica que lhes
permitiam adaptação eficaz para o trabalho fabril.
A partir da concepção sociocultural e de produção existe uma grande
diferença do trabalho formal para o trabalho doméstico, que não é reconhecido por
esta significação ser decorrente do meio que sofre mudanças com o tempo. Nesta
conceituação existe uma desigualdade sistemática, em várias esferas no tempo e no
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espaço com valores sociais diferentes, exemplo disso foi o início do período do
capitalismo industrial.
No período de transição da escravatura dos negros pelos trabalhadores
europeus foram às mulheres substituíram os negros, atrelado a esta transição de
mão-de-obra havia a questão salarial, que para a mulher era um problema devido à
baixa remuneração. Esta forma de valoração do trabalho feminino baseava-se no
princípio de que quem sustentava a família era o salário do operário, enquanto que o
salário da mulher era destinado para a complementação da cesta básica. Mas na
realidade o trabalho feminino era decisivo para manutenção da vida
Atualmente as mulheres estão no âmbito do trabalho produtivo, mas
quando a questão envolve formação profissional o quadro que apresenta não é o
reconhecimento salarial, quanto mais elas apresentam maior formação, maior é a
diferença salarial, nunca terá o correspondente ao dos homens, consequentemente
não ocorrendo o reconhecimento do seu trabalho.
Nos serviços públicos as mulheres sustentam por categoria, mas
infelizmente nos setores com maior remuneração ainda são de perfis masculinos.
Condição sustentada pela naturalização do doméstico ou em profissões pelo amor e
pelo cuidar, benefícios de uma sociedade que não apresenta relações igualitárias.
Veja esta representação no quadro a baixo, onde evidencia como o setor
do trabalho produtivo considera o homem e a mulher a partir de sua classe, do sexo
e etnia:
Indicação Bibliográfica
- A História da Divisão Sexual do Trabalho Doméstico:
Hirata, H. & Kergoat, D. “Novas Configurações da Divisão Sexual do Trabalho”.
Cadernos de Pesquisa da Fundação Carlos Chagas, vol. 37. Nº 132, p. 595 – 609,
set – dez, 2007.
-Filme
Mulheres e o Mundo do Trabalho.
Filme de: Debora Diniz. by Universidade Livre Feminista.
Direção: PACS/ Márcia Shoo
Documentário, 26 minutos
Vídeo: 2008
Atividade Complementar
Fonte: http://nucleoanaterra.blogspot.com/2009_06_01_
Fonte: http://brendabusnel.blogspot.com/2010_03_01_ archive.html
archive.html
- Faça uma montagem de um mural com imagens e reportagens das condições da
mulher no mundo do trabalho;
- Em grupo após a construção do mural faça uma análise comparativa das
ilustrações apresentadas e crie uma representação sobre a mulher e o trabalho
atualmente.
- Que profissões são designadas para mulheres e para homens?
- Você parou para pensar quais são os cargos ocupados exclusivamente por
homens? E por mulheres?
- Você verifica alguma situação de preconceito ou discriminação relacionado às
diferenças de gênero em seu ambiente de trabalho? Se você observa, cite algumas
delas.
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Quais foram os fatores, até aqui apontados nos textos anteriores, que
contribuíram para a transformação do magistério numa profissão?
4.2 PROFISSIONALIZAÇÕES
4.3 PROFISSIONALIZAÇÕES E A FEMINIZAÇÃO
E A FEMINIZAÇÃO DO
DO MAGISTÉRIO
4.4 MAGISTÉRIO
costura e bordados, pois entendiam que saber ler e escrever não iria servir-lhes de
nada.
A educação da mulher oferecia de fato uma formação intelectual. Contudo
com o pretexto de manter sua natureza "frágil" e "maternal", sustentava este
currículo diferenciado para as escolas femininas. Estava assim criado o mecanismo
de controle que permitiria a profissionalização do magistério feminino.
As mulheres eram mães e educadoras por natureza, passavam agora a
estender sua jornada de trabalho. É óbvio que apesar de abrir as portas da escola
para as mulheres, isso não significava que elas estivessem sendo isentas de suas
obrigações no cuidado da casa e da família. Pelo contrário, exigia-se da mulher a
conciliação dessas duas funções, onde os horários de trabalho na escola não
prejudicassem seus afazeres domésticos.
Diante de todas estas considerações justificando o ingresso da mulher no
magistério e o iniciou das primeiras vagas para o sexo feminino, no Brasil o
processo iniciou pela lei. A primeira Escola Normal foi criada no Rio de Janeiro, em
1835, mas este momento histórico ainda não era aberto à possibilidade para as
mulheres se profissionalizarem no magistério. E até a sua extinção em 1851 não
teve nenhuma matrícula de mulheres, só após sua reabertura é que se destinou a
preparação de professoras para atuarem no magistério.
Demartini (1991) afirma que "a Escola Normal, então, passou a
representar uma das poucas oportunidades, se não a única, das mulheres
prosseguirem seus estudos além do primário". De acordo com a autora, desde a
criação das primeiras Escolas Normais no Brasil, ficou determinado em lei que o
magistério público poderia ser exercido por mulheres.
Em relação ao Ensino Superior no Brasil, somente no final do ano de
1870 que permitiu a entrada de mulheres nas instituições e aliado a esta concessão
estava o conceito de vocação, princípio usado como mecanismo eficiente de
controle, com o intuito de levar a mulher a escolher profissões que menos fossem
valorizadas socialmente. Como no magistério exigia o mesmo que lhe era incumbido
na família e possibilitava a conciliação dos trabalhos domésticos, a mulher foi
assumindo esta profissão considerada adequada para o seu sexo.
44
Indicação de Bibliografia
- O Gênero da Docência
LOURO, G. L. Gênero, Sexualidade e Educação: uma perspectiva pós-
estruturalista. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997, pp. 88 - 109.
- Filme
O Sorriso de Mona Lisa
titulo original: (Mona Lisa Smile)
lançamento: 2003 (EUA)
direção: Mike Newell
atores: Kirsten Dunst , Julia Stiles , Maggie Gyllenhaal
, Ginnifer Goodwin , Dominic West
duração: 125 min
gênero: Drama
status: arquivado
Atividade Complementar
- (texto 1)
Dalton (1996) apresenta um estudo sobre o perfil de um bom professor
e uma boa professora, retratados nos filmes nos últimos tempos. Exemplo são os
filmes como Ao Mestre com carinho, Um tira no Jardim da Infância, Vem Dançar,
Sociedade dos Poetas Mortos e outros. Em sua maioria os filmes trazem o perfil de
um professor/homem, com competência de resolver quase tudo, um salvador da
pátria, onde dão pouca importância para promoções, salários ou carreias. Além de
45
- (texto 2)
homem e de ser mulher na atualidade é pelo fato da escola ser um campo fértil,
devido o grande índice das manifestações relacionadas a essa temática.
Para Bourdieu (2002), a instituição escolar ainda produz desigualdades
contradizendo a falácia estruturada por mecanismos de poder, trazendo a ideia de
que este espaço possibilita a igualdade de oportunidade. Além das desigualdades
presentes na escola também existe em sua constituição mecanismos de seleção
cultural e social, que resultam tanto no sucesso como na exclusão.
De acordo a tantas colocações supramencionadas, como muitas outras
não citadas, faz-se necessário discutir sobre diversidade sexual no ambiente
escolar, com fundamentação no laicismo do ensino público e voltado para o
processo de inclusão.
Nesse sentido, por que não utilizar o nome social na escola pública?
Indicação de Bibliografia:
SANTOS, D. B. C. Fundamentação do Nome Social. Relações de
Gênero, Étnico raciais e diversidade sexual. Caderno 1, UTFPR,
Curitiba, Pr. Gráfica WL Impressões, 2010. pp. 37 - 49
Atividade Complementar
Para Refletir e debater
A discussão sobre a implantação do nome social perpassa
pela humilhação por tratar o aluno por apelidos pejorativo. Se
o nome é uma questão de identidade, qual a mudança na
ordem do cronograma de ensino para o professor em chamar
o aluno pelo seu nome social?
No Art. V da Constituição federal de 1988 diz que todo brasileiro é igual perante a
lei, isto vem ocorrendo?
50
5 UNIDADE IV
5 UNIDADE IV
perceba menino e menina e conheça seus órgãos genitais, o/a professor/a deve
compreender que a sexualidade infantil apresenta especificidades próprias e
diferentes da sexualidade adulta.
Em várias situações, através de representações a criança entende,
constrói, vivencia a realidade que vive e passa a introjetar papéis definidos cultural e
socialmente, por exemplo, a função da mãe, do pai, do homem e da mulher.
Com a ajuda da Psicologia Infantil percebe-se atualmente que a interação
entre adultos e crianças acontece como se estes adultos estivessem lidando com
outros adultos em miniatura. Este é um problema que acarretam outros mais
agravantes, um exemplo é quando o adulto não consegue aproximar-se a criança
por não saber o que dizer e de que forma falar mais adequadamente a sua faixa
etária sobre as questões de gênero e sexualidade.
A criança é um ser sexuado em relação com ela mesma e com os demais
que a rodeia. Por esta consideração é que sempre geraram polêmica em relação as
suas manifestações de desejos sexuais, isto desde a primeira infância. No entanto, a
sexualidade para a criança é tão natural como qualquer outra situação de seu
cotidiano, como comer ou dormir.
O/A professor/a precisa entender que existem formas inadequadas que
levam conhecimentos para criança compreender seu próprio corpo, por exemplo,
cenas de novelas e filmes, modismo de roupas, músicas e coreografias erotizadas, e
até mesmo vendo as representações familiares em casa.
A tarefa de controle das informações por meios inadequados
primeiramente é da família, através da seleção das informações adequadas a idade
e que não traga constrangimento para um bom diálogo e orientações corretas sobre
sua sexualidade. E consequentemente quando a criança ingressa nos sistema de
ensino, a escola também passa a ter como uma de suas funções curriculares
promover conhecimentos que propicie estudos voltados para o entendimento sobre
a orientação sexual de um indivíduo.
Louro (1997) ressalta a importância do papel da escola na construção e
manutenção das diferenças entre homens e mulheres e aponta para a necessidade
de demonstrar que não são propriamente as características sexuais, mas é a forma
como essas características são representadas ou valorizadas, aquilo que se diz ou
se pensa sobre elas que vai constituir, efetivamente, o que é feminino ou masculino
53
Indicação de Bibliografia
FELIPE, J. Erotização dos Corpos Infantis. Corpo, Gênero e Sexualidade: um
debate contemporâneo na Educação/ Guacira Louro, Jane Felipe, Silvana Vilodre
Goellner (organizadoras). 4 ed. Petrópolis, RJ: vozes, 2008, pp. 53 - 65.
-Filme
Minha Vida em Cor-de-Rosa
Título Original: Ma Vie en Rose
País de Origem: Bélgica/França/Inglaterra
Ano: 1997
Duração: 110min
Diretor: Alain Berliner
Elenco: Michele Laroque, Georges Du Fresne e Jean-
Philippe Ecoffey
Dinâmica: Cochicho
Componentes:
- Coordenador: orientar e encaminhar o trabalho
- Secretário: anota no quadro ou papelógrafo, as ideias dos
participantes
- Público: participantes do grupo.
Passos:
- coordenador expõe de forma clara uma questão, solicitando idéias do grupo;
- Coordenador divide o grupo de 2 em 2 ou 3 em 3 (depende do número de
participantes do grupo)
- Formados os grupos, passam a trabalhar. Cada grupo tem 2, 3 ou 4 minutos para
expor suas idéias, sendo um minuto para cada participante.
- Uma pessoa de cada grupo expõe em plenário a síntese das idéias de seu grupo.
- O secretário procura anotar as principais idéias no quadro, ou num papelógrafo.
- O coordenador faz um comentário geral, esclarece dúvidas.
- Alguém do grupo pode fazer uma conclusão.
54
Atividade Complementar
Elaborar um texto orientado pelas seguintes questões:
- O que aprendemos sobre a Infância, Sexualidade e Educação?
- O que descobrimos em relação ao grupo sobre o tema?
- O que precisamos aprofundar sobre este assunto?
5.2 DIVERSIDADE
5.2 DIVERSIDADE SEXUAL SEXUAL NA ESCOLA:
NA ESCOLA: GÊNERO GÊNERO E
E CURRÍCULO
CURRÍCULO
Indicação de Bibliografia:
LOURO, G. L. Currículo, gênero e sexualidade: o normal, o
diferente e o excêntrico. Corpo Gênero e sexualidade: um debate
contemporâneo na educação. Guacira Lopes Louro, Jane Felipe,
Silvana Vilodre Gollner (organizadoras). 4. ed., Petrópolis RJ:
Vozes, 2008.
Passos:
1- Fazer dois círculos, um de frente para o outro, de pé.
2- O círculo de dentro fica parado no lugar inicial e o círculo de fora gira para a
esquerda, a cada sinal dado pelo animador ou coordenador do grupo.
3- Cada dupla fala sobre o assunto colocado para reflexão, durante dois minutos,
sendo um minuto para cada pessoa.
4- O Círculo de Fora vai girando até chegar no par inicial.
5- Depois deste trabalho, realiza-se um plenário, onde as pessoas apresentam
conclusões, tiram dúvidas, complementam idéias.
6- Complementação do assunto pelo coordenador.
57
6 UNIDADE
UNIDADE IV V
recursos favoráveis para criar uma cultura comum, compostos por textos que
apresentem criticidade em torno da percepção do que é ser homem ou mulher, com
reflexões voltadas para contribuir positivamente na orientação da identidade sexual
da criança.
Vários são os estudos e análise
sobre livros didáticos, com a intenção de
selecionar qual a visão neles expressa sobre
a identidade feminina e masculina com base
no patriarcado.
Os livros didáticos ao trazerem
a reprodução dos papéis sociais definidos
para os homens e para as mulheres,
evidencia outra representação importante
contida em sua textualidade, a divisão sexual
e social do trabalho, que além de estarem
contida nos livros é evidenciada nas práticas
Fonte: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/
arquivos/File/imagens/4educacao_fisica/7ldp2.jpg de ensino e pelo professor, resultando num
impacto considerável no campo profissional e
familiar.
Todas estas representações expressas nos textos ou nas ilustrações dos
livros adotados partem de princípios de homem europeu, burguês, cristão e
heterossexual, que é o provedor do lar, típico pai de família, pouco participativo nas
tarefas domésticas, define e executa tarefas convencionalmente masculinas.
Portanto, não existe uma discussão sociocultural nos livros didáticos sobre temáticas
que abordam a homossexualidade, bissexualidade, travestis ou transexuais, com
uma literatura voltada para a orientação sexual adotada pelo sistema educacional.
Os textos e as ilustrações limitam-se na corporificação do binarismo,
caracterizando os livros didáticos como instrumentos de controle para o que é
socialmente aceito, consequentemente, diante desta condição este recurso didático
poderá ser promotor de exclusão social no ambiente escolar.
Por exemplo, as ilustrações apresentam a menina com vestimentas de
cores suaves, com fitas, laços e Chiquinha adornando os cabelos, onde a vaidade e
a fragilidade são características naturalizadas femininas. Já o menino vestido com
roupas de listas, cores fortes e despojado e sua postura nas ilustrações demonstra
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Indicação de Bibliografia:
CASAGRANDE, L.S. O Livro Didático e as representações de
gênero. Refletindo Gênero na Escola: a importância de repensar
conceitos e preconceitos. Gênero e diversidade sexual no
ambiente escolar, Caderno 2. UTFPR, Curitiba - Pr, Gráfica World
Laser, 2009. pp38 – 42.
Dinâmica: Painel
Objetivos
1- Conhecer melhor um assunto.
2- Tornar mais compreensivo o estudo de um tema que tenha deixado dúvidas.
3- Apropriar-se de um conhecimento, com a ajuda de várias pessoas.
Coordenador
- Coordenador do grupo com os componentes do painel organizam um roteiro de
perguntas que cubra todo o tema em pauta.
- Coordenador abre o painel, apresenta os componentes do painel. Seu papel é
lançar perguntas para que os componentes do painel, discutam sobre elas.
- Convida também o grupo (demais participantes do grupo) para participar, lançando
perguntas de seus interesses ao final do tempo previsto, faz uma síntese dos
trabalhos e encerra o painel.
Componentes do painel
- Podem ser de 3 a 5 pessoas. Podem ser membros do grupo que queriam estudar
(preparar) o assunto, ou pessoas convidadas. Sua função é discutir as questões
propostas, primeiro pelo coordenador e, depois, as que forem propostas pelo grupo.
Grupo (platéia)
- Membros do grupo. Acompanha a discussão com atenção e preparam questão
para lançarem aos componentes do painel, para também serem discutidas.
Passos
1- Coordenador abre o painel, apresenta componentes, justifica a realização do
mesmo e orienta a participação.
2- O coordenador lança perguntas, para serem discutidas, até esgotar o roteiro
preparado anteriormente. Sempre que necessário, o coordenador poderá lançar
outras perguntas fora do roteiro, para melhor esclarecer o assunto.
3- Ao terminar o roteiro, o coordenador pede a cada componente do painel que
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Atividade Complementar
Escolha um livro didático entre os que atualmente são
utilizados pelos professores, em sala de aula e faça sua
análise, a partir das questões a baixo e construa um texto
expressando suas opiniões:
- Qual questão de gênero está mais presente em no livro didático?
- Na escolha do livro didático você procura analisar obra, se ela está contaminada
por divisões de papéis de gênero? Então observe esta questão no livro selecionado
e registre o que identificou sobre esse assunto?
- Você pensou como as relações de gênero aparecem no livro que utiliza em sua
aula?
- Após análise do livro selecionado dê sugestões para adequação ou
complementação das questões de gênero apresentadas no documento de apoio à
prática pedagógica em sala de aula.
61
6.2 BRINQUEDOS,
5.4 BRINQUEDOS, BRINCADEIRAS
BRINCADEIRAS E JOGOSENO
JOGOS NO ESCOLAR
AMBIENTE AMBIENTE
ESCOLAR
Fonte:http://marleneferreira.pbworks.com/f/1186960766/brincadeiras1.jpg
...“ a mulher do sapo deve estar lá dentro fazendo bolinho, oh! Maninho, para
o casamento.”
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/paideia/v16n34/v16n34a14.pdf
Indicação de Bibliografia:
CASAGRANDE, L. S., TAVARES, I. M. Relações de gênero nas
brincadeiras e cantigas infantis. Refletindo gênero na escola: a
importância de repensar conceitos e preconceitos. Gênero e
diversidade sexual no ambiente escolar. Caderno 2, UTFPR,
Curitiba, Pr. Gráfica World Laser, 2009. pp. 2 – 34.
Atividade Complementar
- Observar os horários de recreio, da saída e da entrada dos alunos
de sua escola e veja de que brincam e o que jogam meninas e
meninos.
- Quais atividades os meninos e as meninas realizam juntos, e
quais em separado?
- Observe, sob uma perspectiva de gênero, se nesses jogos e
nessas brincadeiras estão presentes violências, preconceitos, homofobia etc.
- No horário do recreio, quem quase sempre ocupa a quadra esportiva, meninas ou
Meninos?
- Como o/a professor/a de Educação Física conduz os jogos? São jogos em que as
meninas jogam com os meninos?
Indicação de Bibliografia:
Questões:
Atividade Complementar
- O/A professor/a deverá elaborar o plano de ensino de sua disciplina, a
partir do conteúdo curricular, prevendo uma prática educativa que promova
a desconstrução de estereótipos presentes no ambiente escolar.
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REFERÊNCIAS