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Quelimane
Setembro
2023
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Instituto de Educação à Distância
Quelimane
Setembro
2023
2
Folha de feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Pontuação Nota
maxima do Subtotal
tutor
Capa 0.5
Indice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução objectivos 1.0
Metodologia
adequada ao objecto
do trabalho 2.0
Articulação e
domínio do discurso
académico
(expressão escrita
cuidada, 2.0
coerência/coesão
Conteúdo textual)
Análise e discussão Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área 2.0
de estudo
Exploração dos
dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos
e práticos 2.0
Paginação, tipo e
tamanho de letras,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Referȇncias Normas APA 6ᵃ Rigor e coerência
Bibliográficas edição em citações das 4.0
e bibliografia citações/referências
bibliográficas
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Folha de Recomendações
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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................ 1
1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 2
1.1.1. Objectivo Geral................................................................................................................ 2
1.1.2. Objectivos Específicos .................................................................................................... 2
1.2. Metodologia do Trabalho .................................................................................................... 2
2. Empresário .......................................................................................................................... 3
2.1. Conceito de: Empresário ................................................................................................. 3
2.2. Responsabilidade do Empresário Comercial ................................................................... 3
2.2.1. Responsabilidade social do empresário comercial .......................................................... 3
2.2.2. Obrigações especiais dos empresários comerciais .......................................................... 4
3. O Regime da Responsabilidade por Dívidas dos Cônjuges ................................................ 4
3.1. Dívidas que responsabilizam ambos os cônjuges ................................................................ 5
4. Considerações finais ............................................................................................................ 8
5. Referencias Bibliográficas .................................................................................................. 9
1. Introdução
No actual regime dos efeitos do casamento sobre os direitos patrimoniais dos cônjuges,
prevalece o princípio da igualdade de direitos e deveres, a ambos pertencendo a orientação
da vida em comum e a direcção da família. No tocante às dívidas contraídas pelos cônjuges,
aquele primeiro princípio tem como corolário, o disposto de qualquer dos cônjuges tem
legitimidade para contrair dívidas sem o consentimento do outro.
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1.1. Objectivos
O presente trabalho tem como objectivo geral conhecer a responsabilidade dos bens dos cônjuges
por dívidas do empresário comercial.
1.2.Metodologia do Trabalho
Para a realização do presente trabalho de investigação, foi possível com ajuda das consultas de
alguns manuais ou bibliográficas digitais e não digitais, assim como alguns sites da internet e
manual de Legislação Empresarial da UCM ensino a distância. As mesmas obras estão
devidamente citadas no desenvolvimento deste trabalho e destacadas na referência bibliográfica
final.
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2. Empresário
2.1.Conceito de: Empresário
De acordo com o art. 966 “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”.
O empresário individual sempre responderá de forma ilimitada com todo o seu patrimônio
particular para honrar os compromissos com seus credores, uma vez que a firma individual não
ostenta personalidade jurídica independente da de seu titular (FAZZIO, 2006, p. 632).
Com isso, ainda que haja bens alheios ao desenvolvimento da atividade empresarial, esses serão
alcançados para o pagamento dos credores da empresa.
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económica, obrigando-se a preservar o meio ambiente, atender a justa expectativa da
comunidade, quanto à sua participação na expansão do mercado de trabalho e na sua capacidade
de geração de receita tributária, respondendo, solidariamente, com os sócios ou accionistas
controladores e com seus administradores pelo cumprimento integral das suas obrigações sociais,
na hipótese de acção ou omissão culposa ou dolosa (Artigo 14 da CCM).
No actual regime dos efeitos do casamento sobre os direitos patrimoniais dos cônjuges, prevalece
o princípio da igualdade de direitos e deveres, a ambos pertencendo a orientação da vida em
comum e a direcção da família (art. 16 CC). No tocante às dívidas contraídas pelos cônjuges,
aquele primeiro princípio tem como corolário, o disposto no art. 16 º/1 CC: qualquer dos
cônjuges tem legitimidade para contrair dívidas sem o consentimento do outro.
No caso das dívidas contraídas no exercício do comércio pelo cônjuge comerciante, o legislador
inverteu o ónus da prova: de forma implícita, presume que elas foram contraídas pelo
comerciante em proveito comum do casal. E, portanto, estabelece que só não será assim se for
provado – em regra pelo cônjuge do comerciante ou eventualmente por este – que as dívidas não
foram contraídas em proveito comum do casal.
A lei não se basta com o já apontado regime do art. 16 /1-d CC, para a protecção dos interesses
dos credores dos comerciantes, a bem do próprio comércio. Vai mais além, pois o art. 15º CCom,
determina que: “as dívidas comerciais do cônjuge comerciante presumem-se contraídas no
exercício do seu comércio”.
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O art. 15º CCom, apenas se aplica aos casos de dívidas comerciais – isto é, resultante de actos de
comércio de um comerciante casado.
Para afastar este regime é preciso que o cônjuge do comerciante ou mesmo este:
Ilida a presunção do art. 15º CCom, provando que a dívida do comerciante, apesar de ser
comercial, não foi contraída no exercício da actividade comercial daquele;
Ou, em todo o caso, ilida a presunção implícita no art. 16 /1-d CC, provando que a dívida
não foi contraída em proveito comum do casal.
As dívidas previstas na al. a) do n.º 1 do art. 11, responsabilizam ambos os cônjuges qualquer que
seja o regime de bens adoptado, e quer sejam anteriores ou posteriores à celebração do
casamento. É evidente que a dívida contraída antes do casamento deverá tê-lo sido na expectativa
do mesmo. Caso contrário, tratar-se-á de uma dívida conjunta ou solidária, de acordo com as
regras gerais em matéria de obrigações plurais, à qual não será aplicável o regime próprio das
dívidas dos cônjuges. A doutrina desta al. a) não constitui novidade em relação aos regimes de
comunhão, atento o disposto no art. 11 do Código Civil, relativamente à comunhão geral, cujos
princípios se consideravam extensivos ao passivo do casal no regime de comunhão de adquiridos.
Por seu lado, na al. c) do n.º 1 do art. 11. Só cabem as dívidas contraídas na vigência do
matrimónio. Quanto às dívidas anteriores à celebração do casamento, só no regime da comunhão
geral podem ser comunicáveis, desde que contraídas em proveito comum do casal. E
compreende-se o critério da lei. Na comunhão geral são comuns todos os bens que cada um dos
cônjuges leva para o casamento. Justo é, por conseguinte, que as dívidas contraídas por qualquer
deles, em proveito comum do casal, não deixem de responsabilizar ambos, pelo facto de terem
sido contraídas antes do casamento (se se comunicam os bens, também devem comunicar-se as
dívidas anteriores, desde que contraídas em proveito comum). Nos outros regimes de bens, sendo
considerados próprios os bens que cada um leva para o casamento, razoável é que as dívidas
contraídas por só um deles, antes do casamento, ainda que revertendo em proveito comum,
responsabilizem apenas o cônjuge que as assumiu.
No que respeita à alínea d) do nº 1 do mencionado artigo, pode afirmar-se que o mesmo dispõe
que as dívidas contraídas por qualquer dos cônjuges no exercício do comércio são também de
responsabilidade comum.
Este preceito visa, nas palavras de XAVIER, (1980, p.8) a tutela do comércio alargando-se o
âmbito da garantia patrimonial concedida aos credores daqueles que exercem o comércio. Tal
regime completa-se com o disposto no artigo 15 do Código Comercial:” as dívidas comerciais do
cônjuge comerciante presumem-se contraídas no exercício do comércio”.
Além do mais, não haverá comunicabilidade das dívidas se entre os cônjuges vigorar o regime da
separação de bens, estando subjacente a ideia de que os cônjuges são estranhos do ponto de vista
patrimonial. Assim sendo, os riscos e insucessos de um não afetam o património do outro.
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Artigo 11, nº1 al. e) do Código Civil de Moçambique
Como resulta do preceito legal, as dívidas que onerem doações, heranças ou legados quando os
respetivos bens tenham ingressado no património comum (nomeadamente por resultarem dos
cônjuges terem estipulado o regime da comunhão geral ou uma cláusula de comunicabilidade de
certos bens adquiridos a título gratuito), são consideradas dívidas de responsabilidade comum dos
cônjuges, mesmo que o outro cônjuge não tenha dado o seu consentimento à aceitação. Nas
dívidas previstas nesta alínea, cabem não só as obrigações em sentido estrito, como também os
encargos da liberalidade e as obrigações e ónus reais (DIAS, p. 264).
O artigo 12, nº 1 retrata as dívidas que oneram bens comuns. São também da responsabilidade
comum de ambos os cônjuges as dívidas previstas no art. 12.º, nº 1 e 2, in fine. Aí se fixam duas
regras: as dívidas que oneram bens comuns498 responsabilizam ambos os cônjuges; as dívidas
que oneram bens próprios são da exclusiva responsabilidade do cônjuge titular desses bens.
Quanto às primeiras, o regime é o mesmo quer as dívidas sejam anteriores ou posteriores ao
casamento, a fim de evitar que os credores das dívidas anteriores sejam prejudicados nas suas
expectativas, pois contariam, naturalmente, com a responsabilidade dos bens por inteiro, para a
realização do seu crédito, e não apenas com a agressão ao direito a uma quota ideal desses
bens499, dado os bens, próprios no momento da contracção da dívida, passarem a ser bens
comuns em virtude do regime de bens estipulado no casamento.
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4. Considerações finais
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5. Referencias Bibliográficas
FAZZIO JÚNIOR, Waldo (2006). Manual de direito comercial. 7. ed. São Paulo: Atlas.
MARCONI, M. A. e LACATOS, E. M. (2009). Técnicas de pesquisa (5ª Ed.). São Paulo: Editora
Atla
MAMEDE, Gladston (2009). Manual de direito empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas.
XAVIER, VASCO DA GAMA, (1980) ”Responsabilidade dos bens do casal pelas dívidas
comerciais de um dos cônjuges” Separata da RDES, ano XXIV, Outubro- Dezembro, p.8.