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04/04/2023

Prof.a. Isabelle Bastos / Gilsan Oliveira


Medicina Veterinária
CESMAC

INTRODUÇÃO
• Leishmaniose Tegumentar Americana
(cutânea)

• Leishmaniose Visceral Americana


(calazar)

• Zoonose

• OMS

• Brasil
▫ Notificação compulsória

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Complexos: Leishmania brasiliensis


Leishmania mexicana

Subespécies: Leishmania brasiliensis brasiliensis


Leishmania brasiliensis guyanensis
Leishmania brasiliensis panamensis
Leishmania brasiliensis peruviana
Leishmania mexicana mexicana
Leishmania mexicana pifanoi
Leishmania mexicana amazonensis
Leishmania mexicana venezuelensi

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA –


Leishmania brasiliensis braziliensis

HOSPEDEIROS E HABITAT DAS ESPÉCIES


DA LEISHMANIOSE CUTÂNEA

• Hospedeiros vertebrados:

▫ Mamíferos: canídeos, marsupiais, roedores, primatas

▫ Reservatórios: mamíferos, roedores, marsupiais,

canídeos domésticos e silvestres...

▫ Forma AMASTIGOTA – macrófagos no tecido

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HOSPEDEIROS E HABITAT DAS


ESPÉCIES DA LEISHMANIOSE CUTÂNEA

• Hospedeiros invertebrados:
▫ Flebotomíneos: Lutzomyia whitmani, Lu.
intermedia, Lu. wellcomei, Lu. pessoai, Lu.
umbratilis e Lu. flaviscutella

▫ Forma PROMASTIGOTA – tubo digestivo

PATOGENIA DA LTA Lutzomyia


Infecção

RESPOSTA LINFOCITICA E
INFILTRAÇÃO DE CELULAR
MACROFAGOS

CURA ESPONTÂNEA

Evolução da
doença

DOENÇA
CRÔNICA
DOENÇA
AGUDA

MULTIPLICAÇÃO DE DERMATOPATIAS
AMASTIGOTA NOS
HISTIOCITOS

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• Leishmaniose Cutânea - LC
▫ Lesão inicial - Formação de pápula
▫ Lesões disseminadas (não ulceradas)
▫ Leishmaniose Cutânea Difusa - LCD

• Úlcera / Comprometimento de mucosas e


cartilagens (única ou múltiplas)
▫ Leishmaniose Mucocutânea - LMC

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LEISHMANIOSE CANINA

LEISHMANIOSE EQUINA

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LEISHMANIOSE FELINA

Lesão ulcerosa

Crostas, pústulas, despigmentação e eritema no nariz

Lesão nodular Pústulas e crostas do interior do pavilhão auricular


Fonte: http://www2.vetlyon.fr/ens/DPC/parasites/malleish.html Fonte: Rüfenacht et al., 2005

LEISHMANIOSE FELINA

Dermatite ulcerativa periocular Nódulos de diferentes tamanhos nas regiões digitais das patas
Fonte: SOUZA et al., (2005)

Uveíte dentro da câmara anterior dos olhos


Lesões de alopecia, descamação e dermatite
Fonte: Rosa, 2009 Fonte: PENNISI, 2002.

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Complexo: Leishmania donovani

Subespécies: Leishmania (Leishmania) donovani

Leishmania (Leishmania) infantum

Leishmania (Leishmania) chagasi

LEISHMANIOSE VISCERAL – Leishmania


(Leishmania) chagasi = L. (L.) infantum

HOSPEDEIROS E HABITAT DAS


ESPÉCIES DA LEISHMANIOSE VISCERAL
• Hospedeiros vertebrados
▫ Homem, canídeos silvestres e domésticos
– AMASTIGOTAS
 Células do SMF (macrófagos) visceral e cutâneo
 Células de Küpfer no fígado
 Medula óssea
 Linfonodos
 Raramente são encontradas no sangue
circulante
▫ Reservatórios: canídeos silvestres e
domésticos

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HOSPEDEIROS E HABITAT DAS


ESPÉCIES DA LEISHMANIOSE VISCERAL

• Hospedeiros invertebrados

▫ Lu. longipalpis, Lu. cruzi –

PROMASTIGOTAS

 Lúmen do trato digestivo

RESERVATÓRIOS DA LV

Principal
reservatório urbano

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CICLO

SINAIS CLÍNICOS
• Disseminação

Pele Linfonodos
Baço
Fígado Quadro
Medula óssea Clínico

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Resposta imune - Leishmania infantum


SFM CD8

CD4

Th1 Th2

IL3, IL4, IL5, IL6, IL9, IL10


IFN, TNF, IL2, IL3, IL12
PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS
B E PRODUÇÃO DE AC

IMUNIDADE CELULAR REGULAÇÃO


CÉLULA B PREJUDICADA LT

ELIMINAR INFECÇÃO
SINAIS SISTÊMICOS

FORMAÇÃO DE IMUNO COMPLEXOS

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PATOGENIA DA LVC Lutzomyia sp


Infecção

RESPOSTA LINFOCITICA E
INFILTRAÇÃO DE CELULAR
MACROFAGOS

CURA ESPONTÂNEA

Evolução da
doença

DOENÇA
CRÔNICA
DOENÇA
AGUDA

Lutzomyia sp
Infecção

ENVOLVIMENTO SISTEMICO
DOENÇA CRONICA

INFILTRACAO NA
MUCOSA INTESTINAL

FORMACÃO DE
IMUNOCOMPLEXOS

DOENCA DIARREIA
RENAL
DOENÇA

DOENÇA ARTICULAR

OCULAR EMAGRECIMENTO

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Lutzomyia sp
Infecção

FORMACÃO DE
IMUNOCOMPLEXOS

DOENCA
RENAL
DOENÇA
DOENÇA ARTICULAR
OCULAR
ARTRITE
UVEITE
NEFRITE
CERATITE

CONJUNTIVITE

Lutzomyia sp
Infecção

INFILTRAÇÃO DE AMASTIGOTA ONICOGRIFOSE


NO TECIDO UNGEAL

MULTIPLICAÇÃO DE
DERMATOPATIAS
AMASTIGOTA NOS
HISTIOCITOS

Diminuição das proteinas


plasmaticas

Inversão da relação
Gamopatias Albumina X Globulina

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ASPECTOS CLÍNICOS

• Variedade de sinais
Assintomáticos
Oligossintomáticos
Sintomáticos

Cão suspeito:
Onicogrifose
Alopecia +
Úlceras cutâneas
Dois ou mais
sinais clínicos

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ALTERAÇÕES
DERMATOLÓGICAS

LESÕES OCULARES
▫ Blefarite
▫ Conjuntivite
▫ Ceratoconjuntivite
▫ Edema corneal
▫ Glaucoma
▫ Uveíte
 Alopecia periocular

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FORMAS ATÍPICAS
▫ Alterações renais
 Glomerulonefrite proliferativa,
membranoproliferativa difusa
 Nefrite intersticial
 Proteinúria, hematúria, progressiva falha renal,
morte
▫ Alterações respiratórias
 Pneumonia intersticial crônica
▫ Alterações músculo-esqueléticas
 Mioatrofia
▫ Alterações digestivas
 Inflamações granulomatosas
 Enterites hemorrágicas
 Colites crônicas e ulcerativas
 Melena
 Diarréia crônica

ASPECTOS CLÍNICOS
• Alterações cardiovasculares

▫ Miocardite multifocal severa

 Reação inflamatória plasmohistiolinfocitária


 Degeneração e necrose das fibras miocárdicas

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ASPECTOS CLÍNICOS
• Lesões no Sistema Nervoso

▫ Inflamação crônica
▫ Meningite
▫ Meningoencefalite

* Tetraparesia, convulsões, mioclonias, andar em círculos, nistagmo,


tremor de intenção, alterações em nervos cranianos, como estrabismo,
paralisia da mandíbula e ptose labial.

OUTROS SINAIS

▫ Hepatomegalia

▫ Esplenomegalia

▫ Linfadenomegalia

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OUTROS SINAIS
• Onicogrifose

• Emagrecimento

• Epistaxe

ASPECTOS LABORATORIAIS
DESORDENS HEMOSTÁTICAS

Tempo de trombina (TT) e Tempo de tromboplastina parcial ativada


(TTPA) prolongados,
Elevação dos níveis de fibrinogênio e de produtos da degradação da
fibrina
Trombocitopenia
(Kontos e Koutinas, 1993; Moreno, 1999)

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DIAGNÓSTICO
• Clínico
▫ Desafio
▫ Grande variedade e inespecificidade de sinais clínicos
▫ Cães assintomáticos

• Parasitológico

• Sorológico

• Molecular

• Exames complementares

DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO
• Identificação direta
▫ Forma amastigota - tecido animal
▫ Forma promastigota - cultivo e do trato
digestivo de flebótomos infectados
 Meio clássico NNN (Neal, Novy, Nicolle) + meio líquido
Schneider ou LIT (Liver Infusion Triptose)

• Esfregaços
▫ Linfonodos, baço, fígado, nódulos cutâneos
▫ Pele Íntegra / Lesionada
▫ Medula óssea

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DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO
IMUNIDADE CELULAR - LT
Reação Intradérmica de Montenegro (DTH)

IMUNIDADE HUMORAL (Anticorpos) - LV


DPP (triagem)
ELISA (confirmação)
Imunofluorescência Indireta
Testes rápidos imunocromatográficos

DIAGNÓSTICO MOLECULAR

• Reação em Cadeia da
DNA
Polimerase (PCR)

▫ Identificar e ampliar seletivamente


seqüências de DNA do parasito CROMOSSOMO

▫ Sensibilidade e especificidade
próximas a 100%

 Medula óssea, biópsias cutâneas, aspirados de


linfonodos, sangue, cortes histológicos de
tecidos, vetor

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EXAMES COMPLEMENTARES
ASPECTOS LABORATORIAIS
• Anemia normocítica normocrômica arregenerativa
• Leucocitose com neutrofilia
• Leucopenia
• Linfopenia, linfocitose, presença de linfócitos reativos
• Monocitose, monócitos ativados
• Hiperproteinemia
• Hipoalbuminemia
• Hiperglobulinemia
• ALT e FA elevam
• Azotemia
• Proteinúria
• Cilindrúria

TRATAMENTO

Protocolos Experimentais

Avaliação clínica do Paciente


Informação ao Proprietário
Critérios de Tratamento

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Tratamento
- Antimoniais pentavalentes
-N-metil glucamina
-Estibogluconato de sódio

- Alopurinol

- Aminosidina

- Anfotericina B

- Miltefosina

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Terapia de suporte

- Antibióticos de amplo espectro;


- Imunoestimulantes;
- Vitamina C;
- Cetoanálogos e aminoácidos essenciais;
- Fluidoterapia;
- Transfusões sanguíneas.

AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO
• Controle periódico: a cada 4 meses

• Controle de recidivas
▫ Aparecimento de recidivas - média: 5 a 12 meses pós
tratamento;
▫ Casos clínicos de “cura”: 5 a 7 anos sem repetir
tratamento;
▫ % de êxitos: 25 a 30% sem recidivas

• Instaurar um novo ciclo de tratamento


▫ reaparecimento dos sintomas
▫ proteinograma alterado
▫ soroconversão (elevação de dois títulos)

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CONTROLE DO VETOR

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CONTROLE DO RESERVATÓRIO

Vacina disponível
• Primovacinação em cães a partir de 4 meses de idade
• 3 doses da vacina em intervalos de 21 dias por via SC
• Atraso ou antecipação entre as doses da primovacinação de até 7 dias (1
semana) - não é necessário dose adicional
• Caso exceda 7 dias (e no máximo de 4 semanas) – 4ª dose adicional
• Caso atraso em qualquer das doses superior a 4 semanas - reiniciar o
protocolo completo de vacinação (3 doses)
• Revacinação anual - uma dose (1 ano a partir da data da 1ª dose de vacina
administrada na primovacinação)
• Atraso acima de 4 semanas - protocolo completo (3 doses)

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