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Professor Victor Sales Pinheiro - Curso de Introdução Geral à Filosofia

Módulo I. Introdução Aula 7. As figuras do filósofo


(Danilo Marcondes; Irley Franco, A filosofia: o que é? Para que serve?)
0. O que é a filosofia? – quem é o filósofo?
0.1. Etimologia: amante da sabedoria, e não o sábio (sophos, sophistes)
0.2. Modelos morais e intelectuais

1. Crítico: Sócrates
1.1. Questionador das concepções da sociedade (“caverna”)
1.2. Senso comum – senso crítico
1.3. Crivo das opiniões correntes e dos especialistas (Aristóteles: endoxa)
1.4. Dúvida: crítica e crise – abalar as certezas convencionais
1.5. Ironia (Sócrates)
1.6. Incômodo dos “sábios” pela desmoralização intelectual: políticos, oradores, poetas e
técnicos
1.7. Intenção pedagógica e moral: despertar para o essencial, aconselhar, repreender –
romper com a inércia e com a passividade
1.7.1. Thauma (Platão e Aristóteles)
1.7.2. Crise existencial (Kierkegaard, Heidegger)
1.8. Contra o dogmatismo científico, moral, político e religioso
1.9. Modernismo (progressismo) e crítica da tradição
1.9.1. ideias próprias (“originais e brilhantes”)
1.9.2. ideias novas

2. Metafísico: Platão
2.1. Pessoa capaz de se libertar da caverna, por um esforço heroico de disciplina e ascese
2.2. Conhecimento superior das essências eternas e imutáveis (ideias, substâncias)
2.3. Percepção sensível (relativa, subjetiva) e conhecimento inteligível (universal,
objetivo)
2.3.1. Amante dos espetáculos vs. amante da verdade
2.4. Banquete (amor, beleza) e República (justiça)
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2.5. Aristóteles, Plotino, Agostinho, Aquino, Leibniz
3. Cientista: Aristóteles
3.1. Filosofia pertence a um sistema mais amplo, como conhecimento arquitetônico de
todos os ramos do saber
3.1.1. Cada dimensão da realidade exige um tipo de saber: alma vegetativa, sensitiva
e intelectiva
3.1.2. Metafísica como filosofia primeira
3.1.3. Descartes: árvore do conhecimento
3.2. Conhecimento pela experiência (empírico)
3.2.1. Física
3.2.2. Botânica
3.2.3. Zoologia
3.2.4. Direito: constituições
3.3. Filosofia é a ciência das ciências (epistemologia)
3.4. Aquino: As quatro ordens (Finnis)
3.4.1. Natural: ciências que não são afetadas pelo nosso pensamento
3.4.2. Lógica: ciências das leis do pensamento
3.4.3. Ética: deliberação moral e social (política)
3.4.4. Técnica: ordenação da realidade material pela intervenção humana
3.5. Aristóteles: Classificação das Ciências (Metafísica 1025b)
3.5.1. Teórico-contemplativo-especulativa – pura, desinteressada
Subclassificação (abstração crescente)
3.5.1.1. Físicas-naturais (abstração das diferenças individuais, concentrando-se
nas qualidades-propriedades comuns de um conjunto da realidade, como os
vegetais)
3.5.1.2. Lógicas-matemáticas (abstração da qualidade sensível, para
concentrar-se na quantidade; formais porque dispensam a “matéria”
quantificada (5 homens, 3 gatos)
3.5.1.3. Metafísica-ontológica (abstração da qualidade e quantidade, matéria e
forma, concentrando-se no “ser enquanto ser”, que não é nada de
específico)
3.5.2. Prática-normativa
3.5.2.1. Moral (Ética): interessada na ação (“agir” bem, intransitivo, interior)
3.5.2.2. Produtivo: interessada na produção de objetos exteriores

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3.5.2.2.1. Técnico: engenheiro “faz” uma ponte (utilidade)
3.5.2.2.2. Artística: artista “faz” uma escultura (beleza)
4. Político
4.1. Influência intelectual na compreensão do fenômeno político atual
4.1.1. Platão, Apologia de Sócrates
4.1.2. Maquiavel, Príncipe
4.1.3. Rousseau, Contrato social
4.1.4. Marx, Capital
4.2. Interpretação global da sociedade
4.2.1. Platão: República, Leis
4.2.2. Aristóteles: Ética a Nicômaco e Política
4.2.3. Agostinho: Cidade de Deus
4.2.4. Hegel: Fenomenologia do Espírito
4.3. Militância direta (“engajamento”: critica das ideologias de intelectuais progressistas)
4.3.1. Marx-Engels, Manifesto Comunista
4.3.2. Bertrand Russel, Sartre, Foucault
4.4. Conselheiro de governantes: Platão, Aquino e Voltaire
4.5. Iluminismo (“philosophes”) e Revolução Francesa: Rousseau, Voltaire, Diderot,
Montesquieu, Locke e Kant
4.6. Críticas à politização da filosofia
4.6.1. Edmund Burke, Reflexões sobre a revolução na França
4.6.2. J. Benda, A traição dos intelectuais

5. Comentador
5.1. Professor ou escritor (didática): facilitar o conhecimento complexo
5.1.1. Acadêmico (universitário)
5.2. Editor: organizar a obra
5.3. Tradutor hermenêutico: recepção de uma obra em outra língua e contexto
5.3.1. Stephanus (Renascimento)
5.4. Erudito, historiador
5.4.1. Popkin, História do ceticismo de Eramos a Spinoza
5.4.2. Jeager, Paideia
5.4.3. Burckhardt, Renascimento, Constantino
5.4.4. Cassirer, Grécia, Kant, Iluminismo

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5.5. Filósofos (comentário como trabalho preparatório)
5.5.1. Aristóteles, Metafísica
5.5.2. Porfírio
5.5.3. Aquino
5.5.4. Heidegger

6. Mago
6.1. Antiguidade tardia: III-IV d.C.: “doutor em ciências ocultas” (alquimistas)
6.2. Teurgia (Jâmblico, Proclo)
6.3. Magia (Apuleio)
6.4. Alquimia (Synesios, Olimpodoro)
6.5. Astrologia
6.6. Numerologia
6.7. Magos (Nigudui Figulus, Apolônio de Tyane, Máximo de Éfeso)
6.8. Alquimistas (Bolos de Mendès, Zósimo de Panópolis)
6.9. “Herméticos”: Hermes Trimegisto (pitagórico; Egito Antigo)
6.10. Renascimento: Marsílio Ficino, Pico de la Mirandola, Giordano Bruno
(Cabala)
6.10.1. Sabedoria oculta (mística) para além da experiência comum e da razão humana
6.10.2. Poder de controlar e transformar a natureza
6.10.3. Gnosticismo
6.11. Revolução Científica: Descartes, Newton (astrologia e alquimia) - Rosa-cruz
6.12. Referências
6.12.1. Aldous Huxley, A filosofia perene
6.12.2. Titus Buckhardt, Cosmologia e ciência moderna
6.12.3. Wolfgang Smith, A sabedoria da antiga cosmologia (ed. Vide)

7. Sábio: homem cultivado pelas letras


7.1. “Amador”
7.2. Bibliófilo

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