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Anestesia Local

n Guia para a utilização do anestésico local com segurança:


n Sempre que vamos anestesiar um doente devemos perguntar:
n O que vamos fazer?
n Definir tratamento para definir tipo de anestesia
n Quem vamos anestesiar?
n Doente saudável(ASA I) ou com patologias associadas
n Tipo de patologia sistémica apresenta
n Idade
n O que devemos saber?
n Anatomia e neurofisiologia da cabeça e pescoço
n Farmacologia e Farmacocinética dos anestésicos locais
n Técnicas de administração dos anestésicos locais
n Acidentes e complicações
n Como prevenir
n Como resolvê-los
Anestesia Local
n Condução nervosa
Chegada do estimulo nervoso

Despolarização da membrana
Activação dos canais de sódio com entrada
De iões sódio
Despolarização máxima

Inactivação dos canais de sódio


Diminuição da permeabilidade ao sódio
Aumento da permeabilidade ao potássio

Despolarização máxima Activação dos canais de potássio

Repolarização da membrana Bomba de Sódio/Potássio


Canais de sódio em repouso
Territórios de Inervação
Região de Intervenção
n A sensibilidade somática da face e cavidades anexas está
assegurada essencialmente pelos três ramos do nervo
trigémeo(V par)
n A região faringea é inervado pelo VII par craniano
n Os pilares amigdalinos, amigdalas, 1/3 posterior da
língua, véu do palato e parte da faringe é enervado pelo
IX par craniano
V Par Craneano
Nervo Trigémeo
Nervo Nasopalatino:
Sai do gânglio esfenopalatino através do orifício esfenopalatino;
passa á frente e por baixo do tabique nasal até alcançar o canal
incisivo onde se ramifica nos seus ramos terminais:
Inerva:
-Membrana mucosa
-Gengiva da porção anterior do palato duro
Nervo Palatino Maior

Gânglio Esfenopalatino

Canal palatino maior


emerge através do orifício palatino posterior a nível
dos 6º e 7º
Inerva:
-Porção posterior membrana
mucosa Pal. Duro
-Gengiva palatina
Nervo Maxilar
Nervo Zigomático: Penetra na cavidade orbitaria através da fissura
orbitaria inferior, corre ao longo da parede externa da cavidade
orbitaria. Divide-se em dois ramos que penetram o osso para
alcançar a pele sobre o temporal anterior e o ângulo lateral do
olho. Comunica com o nervo lacrimal
Nervo Maxilar
n Nervo Infraorbitário: Ramifica-se depois de sair do
orifício infraorbitário.
Inerva: Todas as estruturas que vão desde o
olho até ao orifício nasal
Nervo mandibular
n Nervo Auriculo-Temporal
n Nervo Bucal: Passa ao longo da face interna do ramo ascendente á
frente do nervo alveolar inferior; cruza o bordo anterior do ramo
ascendente e ramifica-se inervando a gengiva bucal entre o 2º
prémolar e o 2º molar
Nervo alveolar inferior: Passa
ao longo do ramo ascendente
da mandíbula entrando no
orifício mandíbula na zona
da espinha de Spix. Dá
origem ao plexo dentário
inferior inervando os dentes
gengiva da hemi mandíbula
correspondente.
Nervo Mentoniano: Porção terminal do nervo mandibular.
Passa através do orifício mentoniano inerva a gengiva bucal
entre a parte média e o segundo pré molar e o lábio inferior
Ner vo Lingual: Trajecto
semelhante ao alveolar até ao
orifício mandibular. Aqui este
nervo comunica com a corda
do tímpano do nervo facial.
Deste nervo saem ramos que
inervam a gengiva lingual da
zona molar, glândula
Sublingual, gengiva anterior e
soalho da boca. O nervo
penetra posteriormente no
corpo da língua
Anestésicos Locais

n Def.: São farmacos que bloqueiam de forma reversível a geração


e condução de impulsos nos nervos que entram em contacto
localmente.
De modo geral são utilizados para produzir perda de sensação
dolorosa com ou sem perda associada de outras sensações
Anestésicos Locais
Estrutura Química
n Tipo ESTER ( Retirado de mercado)

n Tipo AMIDA
Anestésicos Locais
Os anestésicos locais possuem em comum três partes
distintas:
n Grupo Aminado: Amina secundária ou terciária-
Hidrofiloco
n Anel Aromático-Radical lipofilico
n Ligação ou cadeia intermédia- Amida ou Ester
Alterações da Estrutura
n Todas as alterações levam a alterações do comportamento
farmacológico
n Aumento do tamanho da cadeia intermédia conduz a um
aumento da potência anestésica, toxicidade e capacidade
de desencadear irritação local
n Comprimento dos grupos terminais do azoto da amina
influencia de modo semelhante a potência e toxicidade dos
anestésicos locais
Anestésicos Locais
Amino-Amidas
n Primeiro farmaco utilizado foi a lidocaína que surgiu em
1944
n Características de anestésico tópico
n Mais estável nos meios biológicos
n menos potencial alergénico que os esteres
Anestésicos Locais
n Os anestésicos locais são bases débeis em solução
aquosa que se podem encontrar:
- Forma ionizada Muito hidrossoluvel
Pouco Lipossoluvel
- Forma Não Ionizada Mto Lipossoluvel
Pouco Hidro.
Anestésicos Locais
n O grau de ionização depende do Ph da solução e
do Pka do anestésico
n Ph Maior a fracção não ionizada menor a
ionizada
n Forma não ionizada- Importante para penetrar nas
células
n Forma Ionizada- Importante para a actividade do
anestésico no interior das células
Anestésicos Locais
Sensibilidade diferencial das fibras nervosas aos anestésicos
locais
n Fibras nervosas pequenas são mais susceptíveis ação dos
anestésicos locais
Anestésicos Locais
Efeito do Ph:
n A acidificação do meio aumenta a concentração
relativa da forma ionizada o que lhe diminui a
intensidade da acção
n Diminui a eficácia dos anestésicos locais por
dificuldade de libertação da base
n Importância Clinica
Anestésico Local
Os anestésicos locais são administrados como sais
solúveis geralmente cloridratos forma em que são
inativos, pelo que é indispensável que o sal liberte
a base para que eles possam atuar na fibra nervosa
Anestésico Local
Modo de Ação dos Anestésicos
n Interferem na condução nervosa reduzindo a velocidade do
processo da fase de despolarização do potencial de ação
sem afectar o potencial de repouso
n Redução da permeabilidade em relação ao sódio o que
produz uma diminuição da velocidade do processo da fase
de despolarização que por sua vez impede o potencial de
ação alcance o valor umbral
Anestésico local

Absorção dos anestésicos locais:


n Absorção dos anestésicos locais depende de numerosos
factores:
- Capacidade vasodilatadora do anestésico
- Vascularização da zona onde se injeta o anestésico
- Tipo de tecido: Quantidade de tecido adiposo maior;
maior quantidade de anestésico e mais tempo fica retido
Anestésico Local
Componentes de um anestésico local
n Substância activa anestésica

n Vasoconstritor

n Estabilizadores

n Veículo
Anestésico Local
Vasoconstritores: Permitem uma maior duração de
ação dos agentes anestésicos diminuindo o aporte
sanguínea na zona
Os vasoconstritores são aminas simpaticomiméticas
que produzem uma vasoconstrição
Anestésico Local
Solução Básica
n Isotónica

n Isoiónica

n Isotermica

n Ph

n Esterilidade
Anestesia Local
n Ciclo de um anestésico local
n Injecção local
n Reabsorção sanguínea
n Distribuição tecidular
n Biotransformação
n Excreção
Anestésico Local
Propriedades da solução de importância clinica
n Tempo de inicio de actuação

n Dispersão

n Frequência da analgesia efectiva

n Duração da anestesia pulpar

n Duração dos anestésicos nos tecidos moles


Reabsorção sanguínea
Depende:
n Solubilidade Lipidica

n Fixação ás Proteínas

n Presença de agentes que actuem nos vasos


Anestésico Local

Molécula Fixação Fixação Passagem Velocidade


hepática Renal Placentar Catabol.
Lidocaina ++++++ + 55% Sal +

Mepivacai +++ + 70% Sal ++


na
Prilocaina ++ ++ 90% Sal +++++

Articaina + +++++ O% Sal ++


Anestésico Local
Sistema Anestésico
n Seringa

n Anestubo

n Agulha Descartável
Características do Anestubo
n Capacidade 1,8 ml
n Contem o liquido Anestésico
n Preserva as características farmacológicas do anestésico
n Funciona como parte integrante do sistema durante a
administração do liquido
n Hermético
n Diâmetro Constante
n Vidro neutro ou plástico
n resistente
n Sem arestas
n Área de contacto entre o vidro e a membrana de borracha
reduzida e hermética
Membrana de Borracha Terminal
n Não pode permitir a entrada de ar no anestubo
n Perfurada facilmente pela agulha e estanque ao
ar
Anestésico Local
Capa de Alumínio
n Não fracturar; Maleável

Embolo de Borracha
n Bem adaptado ao tubo de vidro permitindo
contudo uma deslocação interna
Problemas associados ao uso de
anestubos
n Bolha de ar no anestubo
n Anestubos congelados
n Embolo protruido mas sem bolhas de ar
n Solução turva ou com partículas
n Microfissuras ou fracturas no topo do anestubo ou
junto ao alumínio
n Corrosão da capa de alumínio
Agulhas Descartáveis
Anestesia Local
n Preparação do doente
n Posição do doente
n Conforto do doente
Anestesia Local
n Técnicas de anestesia:
n Tópica
n Loco regional
n Infiltrativa:
n Infiltrativa
n Intrapulpar
n Intraligamentar
n Intraóssea
Anestesia Local
n Anestesia tópica
n Pomada
n Pulverizador

n Bolas de algodão
Anestesia Local
n Precauções após a injecção do anestésico
n Nunca devemos deixar o doente só após a injecção
de anestésico local
n Ter em atenção a possibilidade de aparecimento de
reacções alérgicas
Anestesia Local
Anestesia do Maxilar Superior
Anestesia Local
n Lamina óssea fina e porosa permitindo uma melhor difusão
do anestésico
n Dentes e mucosa com inervação palatina em que é
importante a anestesia por palatino
n Ter em atenção o arco zigomático
n Aponeuroses dos músculos peribucais
Anestesia Local
Incisivos e Caninos
Anatomia da zona frontal superior:
Inervada pelos nervos alveolares superiores ramificação do
infraorbitário antes deste emergir pelo orifício infraorbitário.
Inervação dos incisivos, caninos, gengiva bucal e periosteo.
Gengiva palatina, mucosa e periosteo são inervados pelo nervo
nasopalatino que emerge pelo orifício incisivo ou nasopalatino
Freio labial pode interferir com a difusão do
agente anestésico na zona média
Osso maxilar recoberto por uma lamina
delgada e porosa que permite a difusão
facilitada do anestésico
Injecção pouco profunda pode localizar a
ponta da agulha na aponeurose
Anestesia efectuada de modo muito rápido
pode produzir um descolar dos tecidos e
consequente sensação dolorosa dos músculos
labiais fazendo que o anestésico não se
difunda e tenha pouco efeito anestésico
Anestesia Local
n Intervenções cirúrgicas
n Injecção no fundo do vestíbulo
n Injecção na mucosa palatina na zona do orifício
nasopalatino para bloqueio nasopalatino
Injecção no fundo do vestíbulo
Injecção na mucosa palatina na zona do orifício
nasopalatino para bloqueio nasopalatino
Anestesia Local
n Bloqueio nasopalatino
n Punção na papila incisiva directamente
n Após a injecção na prega bucal, insere-se a agulha na papila
interdentária desde o lado bucal
Anestesia Local
n Bloqueio infraorbitário
n Com o indicador palpa-se o centro da margem inferior da
orbita, posteriormente define-se um ponto a aproximadamente
de 1cm da margem orbitaria. O indicador permanece a indicar
esta zona e os outros dedos vão levantar o lábio. Com a outra
mão vamos inserir a agulha e seringa na zona do canino até a
ponta da agulha encontrar a zona indicada pelo indicador.
Fazer sempre aspiração antes de injectar o anestésico
A zona anestesiada fica
compreendida entre os
incisivos central do
lado anestesiado e o
segundo pré-molar do
mesmo lado. Vamos
obter uma analgesia da
gengiva vestibular do
mesmo lado e com a
mesma zona envolvida.
Anestesia Local

Pré-Molares
Região inervada pelo plexo dentário
superior formado pelos ramos
convergentes provenientes dos
nervos dentários superior, posterior
e anterior.

O palato é inervado
principalmente pelo nervo palatino
maior mas podem existir
anastomoses do nervo
nasopalatino na região do primeiro
pré-molar

A presença do nervo dentário superior


médio não e constante
Anestesia Local
n Nesta zona não existem obstáculos á difusão do
anestésico devido a não existirem obstáculos
anatómicos e a lamina dentária apresentar um
espessura reduzida
n Anestesia no fundo do vestíbulo na zona dos dois pré-molares,
que será na zona localizada entre os dois pré-molares se
pretendermos anestesiar os dois pré-molares
n A mucosa palatina destes dois dentes anestesia-se mediante a
punção na zona palatina adjacente a estes dois dentes
A mucosa palatina
destes dois dentes
anestesia-se mediante
a punção na zona
palatina adjacente a
estes
Anestesia Local

Molares
n Anatomia da região molar
n Esta região é inervada pelo
nervo dentário superior posterior que se separa do nervo
infraorbitário antes deste penetrar na orbita. Estes ramos
passam por baixo da tuberosidade maxilar a qual penetra para
inervar os molares superiores, gengiva bucal e periosteo desta
região.
A gengiva da mucosa
palatina e periosteo são
inervadas pelo nervo
palatino maior. Este
nervo provem da fossa
pterigopalatina através do
canal pterigopalatino e
pelo orifício palatino
maior até atingir o
periosteo
n Infiltração na prega bucal do fundo vestíbulo
n Anestesia da mucosa palatina através da punção no orifício
palatino maior
Anestesia Local
n Infiltração Bucal
n Realiza-se por infiltração junto ao dente
n Punção na prega bucal mesialmente em relação á peça dentária em causa.
n Avanço da agulha para cima e para trás apontando para o ápice até se
sentir o contacto com o osso e depois injectar cerca de 1 a 2 ml.
n Nas peças dentárias mais posteriores o donte não deve fazer uma grande
abertura bucal
Anestesia Local
n Bloqueio do nervo palatino maior
n Insere-se a agulha na mucosa molar 0.5 a 1 cm por cima da margem da
gengiva na região do segundo molar
n Injecta-se aproximadamente 0.1 ml de anestésico.
Anestesia Local
n Bloqueio regional(Anestesia na tuberosidade):
n Técnica que apresenta alguns riscos, a ponta da agulha situa-se próxima
do plexo venoso pterigoideu. Risco de hematoma, deposição intra-venosa
de solução.
n Quando se utiliza esta técnica devemos efectuar sempre aspiração prévia
Anestesia Local
n Injecção na Tuberosidade
n Palpar a crista infra-zigomática
n Injectar a distal do segundo molar
n Avançar a agulha próxima á tuberosidade maxilar, para dentro atrás e para
cima aproximadamente 2 cm.
n Fazer aspiração prévia, injectar 1 a 2 ml de solução anestésica
Anestesia Local

Anestesia da mandíbula
Anestesia local

n Osso mandibular mais


compacto que o osso maxilar
n Zona molar e pré-molar com
osso compacto; bloqueio
regional ( mentoniano,
dentário inferior)
n Zona frontal com osso
menos espesso podendo ser
utilizadas técnicas por
infiltração no fundo do
vestíbulo
Anestesia local

Incisivos e Caninos
Anestesia Local
n Anatomia da região
frontal anterior
n Nervo incisivo
n Lamina óssea fina e porosa

Situar a ponta da agulha em contacto


imediato com o osso da região frontal inferior

Aponeuroses dos músculos peribucais


Os caninos podem ser anestesiados por infiltração
ou por bloqueio regional
Tecidos moles da mandíbula do lado vestibular
inervados pelo mentoniano e do lado lingual pelo
nervo sub-lingual
Anestesia Local

Incisivos Caninos
Anestesia Local
n Anestesia por infiltração
vestibular ou por bloqueio
mandibular ou mentoniano
Anestesia Local
n Paciente em posição supina com infiltração da prega
vestibular
n Se encontrarmos resistência durante a injecção estamos
perante a injecção no interior de uma aponeurose de
um músculo peribucal
n Nervo lingual bloqueia-se por infiltração justo da
gengiva aderente
A gengiva lingual e periosteo são
anestesiados por infiltração lingual no
soalho da cavidade bucal próximo da
zona a intervir
Anestesia Local

Pré-Molares
n Anatomia da zona pré-molar:
n Zona mandibular inervada pelo nervo
dentário inferior
n Gengiva bucal inervada pelo nervo
bucal
n Gengiva lingual inervada pelo nervo
sublingual
Anestesia Local
Bloqueio mandibular e/ou mentoniano
Anestesia Local

Molares
Anestesia Local
n Aspectos anatómicos:
n Ápices colocados em zonas cobertos por um osso
espesso e compacto, inervados pelo nervo dentário
inferior
n Nervo lingual inerva a gengiva lingual da região molar
n Nervo bucal inerva a gengiva bucal da região molar
Anestesia local
n Anestesia por bloqueio mandibular
n Metodo directo
n Metodo indirecto
n Técnica de Gow Gates
Anestesia Local
n Bloqueio mandibular
n Método Directo:
n Boca do doente bem aberta para se assegurar uma boa
visibilidade das referências anatómicas, palpa-se a linha obliqua
com o indicador esquerdo. Dirigindo a seringa desde a região
do lado oposto e insere-se a agulha ao nível do dedo indicador
n Nos adultos o ponto de injecção situa-se a cerca de 1cm por
cima das superfícies oclusais dos molares
n Devido ao músculo pterigoideu pede-se ao doente depois de
inserir a agulha para que feche um pouco a boca
Anestesia Local
n Bloqueio Mandibular
n Método directo:

n Avança a agulha em sentido dorsal 1,5 a 2cm ao longo do


lado do ramo mandibular, a agulha deve estar em contacto
com a parte óssea e paralela ao plano oclusal
n Quando a agulha encontra resistência na região média do
ramo retiramos a agulha cerca de 1 a 2mm, faz-se
aspiração e injecta-se 1,5ml de solução
Anestesia Local
n Bloqueio do nervo
lingual:
n O nervo lingual bloqueia-se
mediante a injecção de 0.4 a 0.5
ml de solução na crista
mandibular
n A injecção faz-se em conjunto
com o bloqueio mandibular; ao
retirar a agulha do orifício
mandibular bloqueia-se o nervo
lingual.
Anestesia Local
n Bloqueio do nervo bucal:
n O nervo bucal pode anestesiar-
se por infiltração; a punção faz-
se acima da prega bucal
próximo do terceiro molar
n Após a punção guia-se
horizontalmente por baixo da
mucosa em sentido distal em
direcção ao ramo mandibular
n Injecta-se aproximadamente
0.5ml de anestésico
Anestesia Local
n Bloqueio mandibular
n Método indirecto:
n Palpa-se a linha obliqua, com o
dedo indicador. Nesta técnica
devemos utilizar agulhas de
grande calibre capazes de
resistir á resistência do bordo
externo do músculo
pterigoideu; podemos reduzir
esta resistência instruindo o
paciente para reduzir a abertura
da cavidade oral
Anestesia Local
n Bloqueio mandibular
n Método indirecto:
n A seringa deve manter-se na
posição inicial. Depois de
estabelecer contacto com o
osso a agulha, insere-se a
agulha 1,5cm
aproximadamente em sentido
dorsal ao longo do ramo
ascendente da mandíbula.
n Roda-se a agulha do lado pré-
molar a anestesiar para o lado
oposto. Pode introduzir-se
mais a agulha e quando
obtivermos contacto com o
osso aspiramos e injectamos o
anestésico
Anestesia Local
n Bloqueio mandibular
n Técnica de Gow-Gates
n Zona que vamos “atingir”
com a ponta da agulha é o
condílo da mandíbula por
baixo da zona de inserção
do músculo pterigoideu
lateral. O ponto de punção
é numa posição mais alta
que nas técnicas
anteriores. Vantagem---
Maior numero de
bloqueios com sucesso.
Anestesia Local
n Bloqueio mandibular
n Técnica de Gow-Gates:
n Com esta técnica conseguimos em simultâneo a
anestesia de todos os ramos do nervo mandibular
Anestesia Local
n Variações anatómicas ocasionadas pela idade ou anomalias
n Ausência de molares: Em pacientes com ausência dos pré-molares e
molares, é importante manter a seringa no plano horizontal e utilizar
todos os pontos de referência disponíveis( linha obliqua, prega
pterigomandibular). Ter em atenção a reabsorção óssea que ocorre nestes
doentes.
Anestesia Local
n Variações anatómicas ocasionadas pela idade ou anomalias
n Prognatismo: A localização da espinha Spix encontra-se numa posição
mais elevada. Devemos fazer a punção num ponto de 0.5cm mais elevado
em sentido craniano.
n Anomalias anatómicas: O nervo pode estar desviado ou existir uma
inervação acessória da mandíbula. A inervação do terceiro molar pode
realizar-se a partir do nervo cutâneo do pescoço.
n Anastomoses do nervo: Ocorre habitualmente na zona anterior da
mandíbula, controla-se fazendo uma punção suplementar do lado oposto
da mandíbula.
Anestesia Local
n Insucessos:
n Variação individual
n Injecção intravascular
n Injecção intramuscular
Anestesia Local
n Grávida:
n Duas moléculas proscritas:
n Prilocaína(citanest): Doses elevadas pode originar
metahemoglobinémia materna e fetal; quando o sal
atravessa a barreira placentar em 80 a 90% pode
originar uma anóxia
n Anestésicos com soluções que podem desencadear
reacções similares á oxitocina
Anestesia Local
n Como escolher um anestésico local
n A nível do local de injecção
Anestesia Local
n Lidocaína
n Anestésico local mais utilizado e com mais tempo de utilização em
medicina dentária
n Pode existir em várias concentrações, a mais utilizada é de 2% com
adrenalina na concentração de 1/100000
n No mercado encontramos lidocaína associada ou não á um
vasoconstritor
n O vasoconstritor associado pode ser em concentrações que variam
de 1/50000 a 1/200000
Anestesia Local
n Lidocaína
n Caracteristicas:
n Inicio de acção rápido

n Tempo de anestesia com um período de 2 a 4 horas


n Poucos efeitos tóxicos
Anestesia Local
n Lidocaina
n Dose máxima recomendada para um adulto é de 300mg sem
vasoconstritor e de 500mg com vasoconstritor
n É um anestésico com características de anestésico tópico
n Sinónimos: Lignocaína, xilocaína
Anestesia Local
n Prilocaína
n Anestésico do grupo amida menos potente que a lidocaína mas
tambem apresenta menor potencial tóxico
n Concentração para uso dentário 4%
n Produz um efeito vasodilatador que a lidocaína
n Vasoconstritor associado adrenalina em 1/200000
n Associada a um vasoconstritor duração da anestesia similar á da
lidocaína
n Contra-indicada em casos de metahemoglobinémia
Anestesia Local
n Mepivacaína
n Caracteristicas farmacológicas similares ás da lidocaina
n Anestésico de eleição para ser utilizado sem vasoconstritor, numa
concentração de 3%
n Duração da acção aproximadamente de 90 minutos dependendo
contudo dos tecidos anestesiados
n Pode ser encontrada no mercado associada a vasoconstritor
n Dose tóxica acima das 400mg
Anestesia Local
n Articaína
n Anestésico recente no mercado
n Semi vida plasmática inferior a todos os outros anestésicos locais do
grupo amida
n Comercialmente só existe associado a vasoconstritor demonstrando
uma duração de acção maior que todos os outros anestésicos locais
n Forma comercial disponível é de 4% associado a adrenalina na
concentração de 1/100000 ou 1/200000
Anestesia Local
n Articaína
n Acção sistémica:
n Acção cardiopressora menor da articaína comparativamente
com a lidocaína
n Menor diminuição da contractilidade do miocardio com a
articaína comparada com a lidocaína
n Alterações da pressão arterial menos acentuadas com a articaina
do que as observadas com a lidocaína
n Efeito vasodilatador da articaína sobre o sistema venoso é
menor que o observado com a lidocaína
Anestesia Local
n Articaína
n Passagem placentar:
n O sal de articaína não atravessa a barreira placentar

n A lidocaína atravessa em cerca de 55% da sua concentração a


barreira placentar
n Podem ser contudo isolados alguns metabolitos em
concentrações reduzidas
Anestesia Local
n Articaína
n Não apresenta efeitos teratogénicos
n Apresenta boa tolerância tecidular
n Apresenta uma taxa de excreção elevada maioritariamente pelos
rins
Anestesia local
n Articaína:
n Influência exercida por outros farmacos:
n Num estudo de 10500 pacientes de dentisteria e de 3000 de
cirurgia tratados com articaina não foram observadas
interacções indesejáveis
n Pode existir interacção entre a amina simpaticomimética e
medicação com antidepressivos tricicliquicos ou IMAO.
Anestesia Local
n Articaína
n A articaína aplicada em doses elevadas em animais de
experimentação não provocou alterações da gravidez ou do feto
n O sal de articaína não atravessa a barreira placentar
n A articaína em virtude de apresentar uma degradação
extremamente rápida não apresenta problemas de passagem para o
leite materno
Cirurgia Oral
3º Ano/2º Semestre
Paulo Maia; PhD, DDS
2019/2020

1
Cirurgia Oral
• Regente: Paulo Maia; PhD, DDS
• Assistente: João Carvalho Gomes, MsD, DDS

2
Cirúrgia Oral 2014/2015

PUC

3
Ter conhecimento adequado da anatomia cirúrgica da região oro-facial.
Saber efetuar uma história clínica completa e conhecer os dados semiológicos
mais frequentes relacionados com a Patologia Cirúrgica Oral e Maxilo Facial.
Identificar os diferentes exames imagiológicos utilizados em Cirurgia Oral, bem
como identificar as estruturas anatómicas da região oro-facial nos referidos exames.
Conhecer as diversas técnicas de assepsia e anti-sepsia bem como as suas
indicações.
Estar habilitado para a preparação pré operatória e administração de
conselhos no pós-operatório do doente de Cirurgia Oral.
Dominar os procedimentos básicos utilizados na Técnica Operatória Oral
sabendo nomear e reconhecer o instrumental utilizado. Conhecer os diversos materiais
de encerramento de feridas bem como a sua composição e diversas indicações.
Conhecer a fisiologia da cicatrização de feridas (mucosas, cutâneas e ósseas) e saber
utilizar esses conhecimentos para a execução de atos
cirúrgicos.
Conhecer a bioquímica e a fisiologia dos anestésicos locais. Saber efetuar com
segurança e eficácia as técnicas de anestesia local e loco regional para todas as regiões
intra orais.
Conhecer os princípios gerais da exodôncia nomeadamente o instrumental
utilizado, a técnica cirúrgica para cada um dos dentes e as possíveis complicações.

4
Metodologia de Avaliação
Avaliação continua nas aulas práticas, com classificação em todos os trabalhos
práticos realizados pelos alunos.
Exame final constituído por 50 perguntas de escolha múltipla em que só uma das
opções se encontra correta, mais cinco perguntas de resposta rápida

Nota final obtida a partir da fórmula:


Avaliação prática+ 3x Exame teórico final
4

5
1 - INTRODUÇÃO À CIRURGIA ORAL.
a)Campo e objectivos da Cirurgia Oral

b)Relação da cirurgia com as outras especialidades dentárias.

c)História da Cirurgia Oral.

d)Perspectivas de futuro em Cirurgia Oral.

6
2 - ANATOMIA CIRÚRGICA DA REGIÃO ORO-MAXILO-FACIAL.
a)Osteologia da face.

b)Miologia da face.

c)Vascularização da face.

d)Enervação da face.

e)Glândulas salivares.

f)Articulação temporo-mandibular.

g)Anatomia topográfica da face.

h)Importância cirúrgica das principais estruturas anatómicas da face.

7
3 - O DIAGNÓSTICO EM CIRURGIA ORAL.

a)História clínica.

b)Observação geral e oral.

c)Exames complementares pré operatórios

d)Principais dados semiológicos da região oro-maxilo-facial.

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4 - O ACTO CIRÚRGICO EM CIRURGIA ORAL.

a)Preparação pré operatória.

b)Complicações pré operatórias.

c)Plano operatório.

d)Cuidados gerais pós operatórios.

e)Reabilitação pós operatória.

9
5 - ASSÉPSIA E ANTISSÉPSIA.

a)Assepsia médica e cirúrgica

b)Anti-sepsia

c)Esterilização
1-Processos de esterilização
2-Vantagens e desvantagens dos diferentes processos
de esterilização.
3-Processos de verificação de esterilização.
4-Cuidados a ter com o material esterilizado.
5-Riscos de contaminação no gabinete dentário.

d)Desinfecção

1-Processos de desinfecção.
2-Processos de desinfecção mais usados.

10
6 - PRINCIPIOS GERAIS DE TÉCNICA OPERATÓRIA.
a)O Bloco Operatório.

b)A preparação do cirurgião.

c)O instrumental cirúrgico.

d)Incisão (princípios, técnicas e instrumental).

e)Hemostase (princípios, técnicas e instrumental).

f)Divulsão tecidual (princípios, técnicas e instrumental)

g)Encerramento da ferida cirúrgica:


1-Tipos de encerramento.
2-Tipos de materiais utilizados.
3-Cuidados gerais.

h)Pensos em cirurgia oral.

11
7 - ANESTESIA EM CIRURGIA ORAL.

12
8 – EXODONCIA.
a)Indicações e contra indicações.
-Locais.
-Sistémicas.
b)Preparação da exodôncia.
-Avaliação e preparação psicológica do doente
-História clínica.
-Observação do doente.
-Exames complementar.
-Plano da cirurgia.
c)Técnica operatória.
d)Complicações per-operatórias.
-Fracturas dentárias.
-Lesão dos tecidos duros e moles vizinhos.
-Lesões vasculares e nervosas.
-Outras lesões.
f)Casos especiais de extracção de dentes não inclusos (Odontototomia,
alveolectomia, extracção cirúrgica).
g)Extracções múltiplas com prótese imediata
e)Doente com deficiência motora e/ou mental

13
9 - DOENTE DE RISCO EM CIRURGIA ORAL.

a)Doente com patologia cardio vascular.


b)Doente com patologia respiratória.
c)Doente com patologia imuno alergológica.
d)Doente diabético.
e)Doente com deficiência motora e/ou mental.

14
10-Introdução à Farmacoterapia em Cirurgia Oral

a)Anti inflamatórios não esteroides


b)Anti-inflamatórios esteroides
c)Analgésicos
d)Antibióticos
e)Antisépticos
d)Antimicóticos
e)Normas gerais de prescrição e preenchimento de receituário

15
Bibliografia
• BIBLIOGRAFIA
• Cirurgia Bucal. Cosme Gay Escoda, Leonardo Berini Aytés. Ergon
• Cirurgia Oral e Maxilo Facial Contemporânea. Peterson, L.J.; e
all. Elsevier. 4ª Edição. 2005
• Cirurgia Bucal. M. Donado. Madrid
• Anestesia Odontologica. Leonardo Berini Aytes, Cosme Gay
Escoda
• Manual de Anestesia local en odontologia. Hans Evers, Glenn
Haegerstam. Salvat
• Farmacologia en Clinica Dental. J. Esplugues, E.J. Morcillo, F. de
Andrés-Trelles. J.R. Prous Editores

16
OBJECTIVOS GERAIS DO ENSINO
DA CIRURGIA ORAL
• Possibilitar o diagnóstico e tratamento das
situações mais frequentes da Cirurgia Oral.
• Estimular o aluno a procurar informação em
ciências básicas relacionadas com a cavidade
oral de modo a poder explicar a patologia
cirúrgica oral.
• Ensinar o aluno a efetuar uma auto critica sobre
a sua experiência clínica.
• Criar no aluno a necessidade de uma
atualização continua.

17
OBJECTIVOS GERAIS DO ENSINO
DA CIRURGIA ORAL
• Ajudar o aluno a tornar-se familiar com as
publicações na área da cirurgia oral.
• Ajudar o aluno a saber decidir quais as
situações cirúrgicas que poderá resolver e quais
as que devem ser encaminhadas para um
especialista.
• Dar ao aluno um conhecimento alargado da
Cirurgia Oral de modo a informar quais os
campos desta especialidade.

18
OBJECTIVOS ESPECIFICOS DO
ENSINO DA CIRURGIA ORAL
• Conhecimento adequado da Anatomia Oral e
Maxilo facial.
• Saber efetuar uma história clínica completa
incluindo uma observação de toda a região
cervico facial.
• Conhecer as diversas técnicas de assepsia e
antissépsia.
• Conhecer o tratamento medico pré e pôs
operatório dos doentes submetidos a cirurgia
oral.

19
OBJECTIVOS ESPECIFICOS DO
ENSINO DA CIRURGIA ORAL
• Dominar os conhecimentos básicos de
técnica operatória nomeadamente o
conhecimento de todo o instrumental.
• Conhecer a fisiopatologia da cicatrização
das feridas.
• Conhecer os anestésicos locais mais
utilizados.

20
QUALIDADES PARA PRATICAR A
CIRURGIA ORAL
• Capacidade de autoavaliação:
– Reconhecimento da competência e limitações.
– Capacidade de trabalho em grupo.
– Honestidade de decisão e execução.
• Maturidade de conhecimento e pensamento.
– Capacidade de decisão rápida e correcta.
– Capacidade de julgamento clínico.
• Respeito total pelo tecido vivo:
– Manuseamento cuidadoso.
– Reconstrução atempada dos defeitos provocados.
– Utilização de materiais adequados.
• Respeito total pela vida

21
CIRURGIA ORAL
Especialidade
da Medicina Dentária
Conexão de todas as
Áreas da Medicina Dentária

22
CIRURGIA E DENTISTERIA
• Exodôncia de dentes sem possibilidade
de tratamento.
• Preparação do campo operatório para
restaurações de difícil acesso.
• Extracção de dentes parcialmente
erupcionados e/ou mal posicionados
para profilaxia da carie dentária.

23
CIRURGIA E ENDODONTIA
• Terapêutica cirúrgica de patologia
periapical.
• Selamento retrógrado de canais.

24
CIRURGIA E PERIODONTOLOGIA

• Execução de cirurgia gengival.


• Exodôncia na periodontopatia grave.
• Colheita de enxertos de tecidos moles
ou duros.
• Tratamento das infecções mais graves
de etiologia periodontal.

25
CIRURGIA E ORTODONTIA
• Exodôncia para criação de espaço.
• Exodôncia de dentes inclusos ou extra
numerários.
• Exposição coronária de dentes para
tracção ortodontica.
• Colocação de implantes para
ancoragem.
• Cirurgia ortognática.
26
CIRURGIA E PROSTODONCIA
• Preparação da mucosa oral para a a
construção de próteses removíveis.
• Preparação do osso maxilar e mandibular
para a utilização de próteses removíveis.
• Correcção estética dos tecidos moles e
duros para a utilização de próteses fixas.
• Colocação de implantes com ou sem
enxertos.

27
CIRURGIA E PATOLOGIA ORAL
• Execução de biopsias.
• Excisão total de lesões orais.
• Tratamento da patologia cirúrgica da
patologia das glândulas salivares.
• Tratamento e controlo da dor facial.

28
Cirurgia Oral
• Horário de Atendimento Pedagógico
– Terça-Feira 16-17 Horas
– Terça-Feira 18.30-19.30 horas

• Contacto Mail:
pmaia@egasmoniz.edu.pt

29
Cirurgia Oral

Anatomia Cirurgica da Face e


Cavidade Oral
Paulo Maia, DDS, PhD

1
Cirurgia Oral
Face
• Terço Médio/Inferior:
Osso Maxilar
Malar
Osso Palatino
Esfenoide
Ossos Próprios do Nariz
Mandibula

2
3
MANDIBULA

4
MANDIBULA
• Osso independente
articulado com o crânio.
• Principais acidentes
anatómicos com significado
cirúrgico:
– Sinfise.
– Corpo.
– Canal dentário.
– Orificio mentoniano.
– Apófises genianas.
– Crista obliqua interna
e externa.
– Condilo.

5
SINFISE

6
CORPO MANDIBULAR

7
CORPO MANDIBULAR

8
CORPO MANDIBULAR

9
CANAL DENTÁRIO

10
ORIFICIO MENTONIANO

11
ORIFICIO MENTONIANO

12
APÓFISES GENIANAS

13
14
15
CRISTAS OBLIQUAS INTERNA E
EXTERNA

16
CONDILO

17
ARTICULAÇÃO
TEMPORO MANDIBULAR (ATM)
• Articulação ginglimoartrodial bilateral.

• Movimentos de lateralidade, rotação e translação e


diminutos movimentos de elevação e abaixamento.

18
ARTICULAÇÃO
TEMPORO MANDIBULAR(ATM)

• Superfície articular do condilo.


• Superfície articular do temporal.
• Menisco.
• Tecido retrodiscal.
• Cápsula.
• Ligamento.
• Músculos.

19
A.T.M.

20
MAXILA

21
22
23
24
25
Seio Maxilar
• Forma piramidal.
• Base: face lateral das fossas
nasais.
• Faces: pavimento da órbita e face
i n f r a t e m p o r a l d o m a x i l a r,
processo alveolar do maxilar,
parede posterior do seio maxilar.
• Vértice: apófise zigomática do
osso zigomático.
• Múltiplos septos.

26
O seio maxilar comunica com as fossas nasais ao nível do
meato médio através do ostium maxilar ( 2 a 6 mm de
diâmetro).
Nervo infraorbitário no tecto do seio maxilar e saindo pelo
orificio do canal infraorbitário.
Canais dos nervos alveolares posteriores na parede posterior.
Pavimento do seio 1 a 2mm abaixo do pavimento das fossas
nasais.
Capacidade do seio maxilar no adulto: 30 ml

27
28
Dentes e Seio Maxilar

• PROXIMIDADE AO
SEIO MAXILAR:
2º molar
1º molar
3º molar
2º pré molar
1º pré molar
Canino
29
Irrigação do seio Maxilar

30
Fossa Pterigomaxilar

• Espaço piramidal inferior ao ápice da orbita. Situa-se entre o


processo pterigoide do esfenoide posteriormente e
anteriormente pela face posterior da maxila.
• A parede medial é formada pela lamina prependicular do osso
palatino, o teto incompleto é formado pela asa maior do
esfenoide e o soalho pelo proceso piramidal do osso palatino
• Extremidade superior abre-se para a fissura orbital inferior,
extremidade inferior é fechada com excepção dos orificios
palatinos

31
Fossa Pterigomaxilar
• Comunica:
– Lateralmente com a fossa
infratemporal através da
fossa pterigomaxilar
– Medialmente com a cavidade
nasal através do orificio
esfenopalatino
– Antero superior com a orbita
através da fissura orbital
– Postero superior com a fossa
média do cranio através do
orificio redondo e do canal
pterigoideu.
• Contem o gânglio
esfenopalatino, nervo e artéria
maxilar e o plexo venoso
pterigoideu.

32
FOSSA INFRATEMPORAL

• Limites:
– Lateralmente: ramo da mandibula
– Medialmente: Lamina lateral do processo pterigoide
– Anteriormente: Face posterior da maxila
– Posteriormente: Lâmina timpanica e os processos
mastoide e estiloide do osso temporal
– Superiormente: Superficie inferior da asa maior do
esfenoide

33
Fossa Infratemporal

• Conteúdo:
– Parte inferior do musculo temporal
– Musculos pterigoides lateral e medial
– Artéria Maxilar
– Plexo venoso pterigoide
– Nervos mandibular, alveolar inferior, lingual, bucal corda do
timpano e gânglio optico

34
Músculos

• MASSETER.
• PTERIGOIDEU INTERNO.
• TEMPORAL.
• PTERIGOIDEU EXTERNO.
• BUCCINADOR.
• MÚSCULOS DA MÍMICA

35
Masséter
• Do arco zigomático à
mandíbula.
• Elevador da mandibula,
fechando a boca, as fibras
superficiais contribuem pouco
para a protrusão da mandibula
• Porção interna e porção
superficial.
• Inervação por ramos do
trigémio.
• Interesse cirúrgico:
Hipertrofia.
Contracturas.
Hematomas.

36
Pterigoideu Interno
• Na face interna do
ramo mandibular.
• Da apófise pterigóide
para a mandíbula.
• Inervado por ramos
do trigémio.
• Interesse cirúrgico:
Ligação intima à ATM
• Traumatismo durante
a anestesia troncular
e cirurgia no local.

37
Pterigoideu Externo

• Dois feixes : um superior


e um inferior.
• Da grande asa do
esfenóide e apófise
pterigóide para o colo do
condilo.
• Inervação por ramos do
trigémio.
• Interesse cirúrgico :
Traumatismo durante
anestesias. Contracturas.
Hematomas raros.

38
Temporal
• Da fossa temporal para a
apófise coronóide da
mandíbula.
• Eleva a mandibula
fechando a boca. Fibras
posteriores mais
horizontais são os 1º
retratores da mandibula
• Prolonga-se para o
bucinador através de
algumas fibras.
• Interesse cirúrgico:
Incisão de fibras durante
abordagem do ramo na
porção anterior.
dor.

39
Bucinador

• Desde a face externa


da maxila para a face
externa da mandíbula.
• Dá a consistência
muscular à região
jugal.
• Importância Cirurgica:
– Limite importante de
infecções
odontogénicas.
– Limite importante nos
descolamentos.

40
Músculos da Mímica

• Mímica facial.
• Inervação pelo facial.
• Importância cirúrgica:
– Incisões ao longo
de direcções
correctas.
– Descolamentos
indevidos.

41
Véu do Palato

• Canais incisivos.
• Canais palatinos
anteriores e posteriores.
• Papila palatina ( incisiva).
• Rafe palatina.
• Rugas palatinas.
• Musculos palatinos e
glândulas palatinas.
• Artérias e veias palatinas,
nervos palatinos.
42
Palato

• Implicações cirúrgicas:
. Irrigação sanguínea
abundante
portanto com boa
qualidade para retalhos.
. Cicatrização muito
boa.
. Hemorragias podem
ser abundantes.
. Local de colheita
excelente.

43
Pavimento da Boca
• Mucosa cobrindo todo o
pavimento.
• Gengiva lingual.
• Plica salivaris.
• Orificio do Canal de
Wharton.
• Musculos genihioideus e
genioglossos.
• Músculo e crista
milohioideia.
• Musculos digástricos.
• Nervo lingual.

44
Pavimento da Boca
• IMPLICAÇÕES
CIRURGICAS:
– Localização do nervo
lingual.
– Limites de
descolamento.
– Apófises genianas.
– Orificio de saída dos
canais de Wharton.

45
Língua

• Músculo esquelético
recoberto por
mucosa.
• Músculos intrínsecos
( longitudinais,
transversais e
verticais)
• Músculos extrínsecos
( genioglosso,
genihioideu e
hioglosso)

46
Língua

• Estruturas anatómicas:
– Foramen cego.
– Septo mediano.
– V lingual.
– Freio lingual.
– Papilas filiformes
– Papilas fungiformes
– Papilas circunvaladas
– Papilas foliáceas

47
Língua

• Inervação:
– Nervo facial através
do ramo intermédio da
corda do tímpano
( 2/3 anteriores).
– Nervo glossofaringeo
( 1/3 posterior).

Irrigação:
– Artéria e veia lingual e
ramo profundo lingual

48
LÍNGUA

• Implicações anatómicas:
– Considerações sobre o
tipo de anestesia.
– Considerações sobre o
tipo de incisões.
– Considerações sobre a
hemorragia pós
operatória.
– Considerações sobre a
frenectomia lingual.

49
Artérias e Veias

• Artéria lingual.
• Artéria facial.
• Artéria dentária inferior
( alveolar inferior).
• Artéria bucal.
• Artéria infraorbitária.
• Artéria grande palatina.

50
Artéria Maxilar
• Ramo terminal da artéria carótida externa
– Parte Mandibular
• Artéria Auricular profunda
• Artéria Timpanica anterior
• Artéria meningea média
• Artéria meningea acessória
• Artéria alveolar inferior: Desce para entrar no canal mandibular da
mandibula através do orificio mandibular, irriga a mandibula, denyes
mandibulares, zona do mento e musculo milo hioideu

51
Artéria Maxilar
• Ramo terminal da artéria carótida externa
– Parte Pterigoide
• Artéria masseterica
• Artéria Temporais profundas
• Ramos pterigoides
• Artéria bucal: Segue antero-inferiormente com o nervo bucal para suprir o
corpo adiposo bucal, bucinador e a mucosa oral

52
Artéria Maxilar
• Ramo terminal da artéria carótida externa
– Parte Pterigopalatina
• Artéria alveolar superior posterior
• Artéria infraorbital
• Artéria do canal pterigoideu
• Ramo Faringeo
• Artéria palatina descendente
• Artéria esfeno palatina

53
Artéria Lingual
• Ramo da carótida externa.
Origina-se na face anterior, sobre
o musculo constritor médio da
faringea.
• Dois ramos terminais: artéria
dorsal da língua e artéria lingual
profunda.
• Lesão quando cirurgias da língua.
• Laqueação da artéria com Seda.

54
Artéria Facial
• Ramo da carótida externa
• Estabelece uma curvatura
no rebordo inferior da
mandíbula junto ao rebordo
anterior do masseter.
• Pode ser lesada durante
grandes descolamentos
vestibulares ou durante
drenagens cutâneas de
abcessos.
• A hemorragia exige sempre
laqueação.

55
Artéria Dentária Inferior

• Ramo da maxilar interna.


• Entra na mandíbula pelo orificio
do canal dentário e percorre o
interior do ramo e corpo
mandibular.
• Implicações cirúrgicas:
– Exodoncias.
– Osteotomias,
– Colocação de implantes.
• Normalmente controle da
hemorragia por compressão.

56
Artéria Bucal

• Ramo da artéria maxilar


interna.
• Percorrem toda a zona
posterior e superior da região
jugal e face externa do ramo.
• Implicações cirúrgicas:
– Cirurgia na região jugal.
– Cirurgia de sisos
superiores.
– Retalhos no ramo
ascendente.

57
Artéria Infraorbitária

• Ramo da maxilar interna.


• Percorre o tecto do seio
maxilar saindo pelo orificio
infra orbitário.
• Implicações cirúrgicas:
– Lesão quando se efectuam
retalhos muco periósteos
no vestíbulo anterior.

58
Artéria Palatina

• Ramo da artéria maxilar


interna.
• Entra no véu do palato
subperiósteo pelo orificio
palatino.
• Percorre longitudinalmente
todo o palato.
• Implicações cirúrgicas:
– Lesão quando de grandes
descolamentos muco
periósteos do palato.

59
Inervação dos Maxilares

• Maxila:
– Nervo alveolar superior posterior.
– Nervo infraorbitário.
– Nervo alveolar superior médio.
– Nervo alveolar superior anterior.
– Nervo palatino.
– Nervo naso palatino.

60
61
Nervo Alveolar Sup. Post.
• Nasce na fossa
pterigopalatina e
percorre o espaço
entre a membrana do
seio maxilar e o osso
maxilar.
• Pode ser lesado
durante o sinus lift.
• Anestesia ou
parestesia da região
de molares e mucosa
vestibular.

62
Nervo Infra-
Orbitário
• Nasce do nervo maxilar,
passa no canal infra-
orbitário e sai pelo
orifício do infra-orbitário.
• O orifício fica a 5mm a
10mm do rebordo na
maxila muito
reabsorvida.
• Descolamentos,
enxertos, parafusos ou
implantes no local
podem provocar
alterações sensoriais.
63
Nervo Infra-Orbitário

64
Nervos Palatinos
• Anterior e posterior ao
longo do bordo maxilar.
• Acompanhados pelas
artérias e veias do
mesmo nome.
• Podem ser lesados
quando se efectuam
incisões muito para
palatino sobretudo em
maxilas muito
atrofiadas.

65
Nervo Nasopalatino
• Da fossa
pterigopalatina, ao
longo das fossas
nasais e percorrendo o
canal naso palatino até
a papila incisiva.
• Acompanhado de
artéria e nervo.
• Pode ser lesado
durante incisões em
palatino,
descolamentos e
colocação central de
implantes

66
Inervação dos Maxilares

• Mandíbula:
– Nervo dentário inferior
– Nervo lingual.

67
Nervo Dentário Inferior

• Entra na mandíbula pelo


forâmen mandibular,
percorre este osso e sai
pelo orifício mentoniano.
• Pode dividir-se e percorrer
a mandíbula em vários
canais.
• O orifício mentoniano
pode localizar-se na crista
óssea na mandíbula muito
atrofiada.

68
Orifício do Mentoniano

69
Nervo Lingual
• Percorre a face lingual da
mandíbula na sua zona
posterior e mediana.
• Lesão quando se
executam retalhos nesta
zona.
• Anestesia , parestesia,
perda de paladar e
redução de secreção
salivar.

70
Diagnóstico em Cirurgia Oral

Cirurgia Oral

Paulo Maia; PhD, DDS


1
Meios Auxiliares de Diagnóstico

História Clinica

2
Exames Analíticos
• Estes exames não podem ser analisados de modo
isolado

• Avaliar os resultados dos exames analíticos em


conjugação com todo o conjunto de dados obtidos da
história clinica

3
Exames Analíticos
• Exames hematológicos:
– Resultados úteis para determinar a resposta do
organismo a:

• Resposta geral a infecções bucais


• Afastar a hipótese das lesões bucais terem
como causa patologia sistémica associada

4
Exames Analíticos
• Exames Hematológicos:
– Contagem total de eritrócitos
– Concentração de hemoglobina
– Hematócrito
– Índices eritrocitários
– Contagem de leucócitos

5
Exames analíticos
• Valores normais:
• 2-5 anos: 3.9 a 5.3X 10(12)/ l
• 6-11 anos: 4.0 a 5.2X 10(12)/ l
• 12-17 anos:
– Feminino: 4.1 a 5.1X 10(12)/ l
– Masculino: 4.5 a 5.3X 10(12)/ l
• Adultos:
– Feminino: 4.8X10(12)/ l
– Masculino: 5.5X10(12)/ l

6
Contagem de Eritrócitos
• Diminui na anemia
• Aumento:
– Eritrocitose
– Policitemia
– Diminuição do volume de sangue por Schock ou
Desidratação

7
Concentração de Hemoglobina
• Indica-nos a quantidade de hemoglobina que
contém os glóbulos vermelhos circulantes
• A concentração de hemoglobina permite calcular a
concentração de hemoglobulina corpuscular
média(CHCM) e a hemoglobina corpuscular
média(HCM), utilizada para definir os diferentes
tipos de anemias
• Valores de Hb inferiores a 10g/dl devemos repetir
prova sanguinea e se os valores se confirmarem
encaminha o doente para o médico assistente.
8
Valores normais
• 2-5 anos: 11,5-13,5 g/dl
• 6-11 anos: 11,5-15,5 g/dl
• 12-17 anos:
– Feminino: 12-16 g/dl
– Masculino:13-16 g/dl
• Adultos:
– Mulheres: 12-16 g/dl
– Homens: 14-18 g/dl

9
Hematócrito

• “Percentagem de sangue ocupado pelos eritrócitos”.


Volume de células expresso em percentagem.

10
Indices Eritrocitários
• A valorização da natureza de uma anemia realiza-se
calculando os indices relacionados com o tamanho
dos eritrócitos e o seu conteúdo em hemoglobina.

– Hemoglobina corpuscular média(HCM): conteúdo de


hemoglobina dos eritrócitos
– Concentração de hemoglobina corpuscular
média(CHCM):concentração de hemoglobina nos
eritrocitos
– Volume corpuscular médio(VCM):Volume do eritrocito

11
Contagem de leucócitos
• Contagem de leucócitos
• Contagem diferencial de leucócitos

12
Contagem de leucócitos
• Valores normais:
– 2-5 anos: 5.5- 15.5x 10 9/l
– 6-11 anos: 4.5- 13.5x 10 9/l
– 12-17 anos: 4-11x10 9/l
– Adultos: 4-11x10 9/l

13
Leucócitos
• Aumento: Leucocitose

• Diminuição: Leucopenia

14
Valores de hemorragia
• Exames analiticos completos
• Tempo de hemorragia
• Tempo de protrombina ou tempo de Quick
• Tempo de tromboplastina parcial(TTP)
• Contagem de plaquetas
• INR

15
Tempo de Protrombina
• Esta prova utiliza e mede a via extrínseca da coagulação
• Duas formas de apresentar os resultados:
– Segundos
– Percentagem
• Valores normais:
– 12-15 seg
– 80-100%
• Valores superiores ao triplo do tempo em segundos são
considerados preocupantes, valores de 50-60% são
considerados preocupantes

16
Tempo de tromboplastina parcial
• Esta prova mede e reproduz a via intrínseca da
coagulação
• Valores normais:
– Técnica standard: 68-82 seg.
– Técnica activada: 32-46 seg.

17
INR
• Valor normal: 1

International Normalized Ratio

18
Contagem de plaquetas
• Valor normal:
– 150000-400000/mm
• Podemos ter um aumento- trombocitose
• Podemos ter uma diminuição - trombopenia

19
Trombocitose
• Policitemia vera
• Anemias hemoliticas
• Leucemia mielocitica crónica
• Febre reumática aguda

20
Trombocitopenias
• Purpura trombocitopenica
• Leucemias agudas e crónicas
• Anemia aplásica
• Anemia perniciosa
• Icterícia hemolitica
• Doença de Banti
• Doença de Gaucher
• Endocardite bacteriana
• SIDA

21
BIOQUIMICA

• Glicémia ( 80-120 mg/dl )


• Ureia ( 10-50 mg/dl )
• Creatinina ( 0.5-1.0 mg/dl )
• Colesterol Total ( < 200 mg/dl )

22
Meios Radiológicos em Medicina
Dentária

23
Meios Radiológicos em Medicina Dentária

• Técnicas Convencionais
– Exames intra-orais
– Exames extraorais

• Técnicas “Avançadas”
– Tomografia Computorizada(TC)
– CBCT
– Ressonância Magnética Nuclear(RMN)

24
Exames intra-orais
• Projeção periapical

• Projeção oclusal

• Projeção inter-proximal

25
Exames intra-orais
• Projecção periapical

• Principal objetivo é o de obtermos imagens de zona


especificas do maxilar ou mandíbula

• Quando estamos em zonas com dentes temos de obter


uma imagem dos apexes dos dentes e estruturas
vizinhas

• Na cirurgia tem aplicação limitada

26
Desvantagens
• Não é possivel a
obtenção de Imagens
que englobem grandes
áreas
• São imagens
Bidimensionais
• Não é possível a
obtenção de cortes
seccionais
• Dificuldade na avaliação
de estruturas vizinhas
Vantagens
• Obtenção fácil e rápida
• Baixo custo
• Apresenta imagens com
boa definição e qualidade
• Imagens digitais(RVG)
29
30
31
32
33
34
Exames extraorais
• Radiografia lateral do craneo

• Radiologia dos seios paranasais

• Ortopantomografia

35
36
37
Ortopantomografia
(OPG)

38
Que exame é?
• Técnica radiológica que utiliza os princípios da
laminografia em superfície curva.
• O doente mantém a cabeça estática enquanto a fonte
e o receptor de radiação giram em seu redor.
• Plano oclusal paralelo ao pavimento.
• Bordo inferior da mandíbula centralizado no
suporte para o queixo.
• Plano médio sagital alinhado com a linha central
vertical do suporte.
Qual a técnica?
• O doente mantém a cabeça
estática enquanto a fonte e o
receptor de radiação giram em
seu redor.
• Plano oclusal paralelo ao
pavimento.
• Bordo inferior da mandíbula
centralizado no suporte para o
queixo.
• Plano médio sagital alinhado com
a linha central vertical do
suporte.
• A exposição ao Rx começa atrás
do condilo de um dos lados e
termina no lado oposto.
Vantagens

• Exame dos arcos


dentários e estruturas
vizinhas numa única
toma radiográfica
• Facilidade da técnica
• Baixa dose de
radiação recebida pelo
doente
Desvantagens

• Excessiva sobreposição de
imagens radiográficas de
diferentes graus de
detalhes
• Falta de rigor nas imagens
obtidas
• Aumento da dimensão
com valores
compreendidos entre os 25
a 30%
• Distorção das imagens
obtidas
ESTRUTURAS

• MALAR.

• OSSO
TEMPORAL.

• DENTES.
Estruturas

• MAXILAR
INFERIOR:
– Condilo.
– Chanfradura
sigmoideia.
– Apófise
coronoideia.
– Pilar condiliano.
– Crista temporal.
– Apófises
glemorianas.
– Canal de
dentário.
– Orifício
mentoniano.
Estruturas

• MAXILAR
SUPERIOR:
– Palato duro.
– Canal palatino.
– Seios maxilares.
– Fossas nasais
( septo e
cornetos).
– Bordo da
cavidade
orbitária.
Estruturas Anatómicas

46
47
48
49
50
Erros Técnicos

• Mento inclinado para cima.


• Mento inclinado para baixo.
• Rotação da cabeça.
• Distância alterada da cabeça à cabeça e à
película.
• Presença de corpos radiopacos.
Tomografia Computorizada

52
Tomografía Computorizada

53
Esquema geral
Posicionamento do doente
TC convencional
TC helicoidal
TC Helicoidal
Tomografía Computorizada

61
Cross sec - Sagital

Panorâmica

Axial

62
Panoramico

Trans Axial

Seccional

63
Secções Axiais

10mm

64
Secções transversais oblíquas

65
Secções panorâmicas

66
Reconstrucções 3D

67
68
69
70
71
72
Reconstrucções 3D

73
74
Foramen mentoniano

Reconstrucção transversal oblíqua


75
Canal mandibular

Reconstrucção transversal oblíqua


76
Canal mandibular

77
Processo e crista alveolar

• Atrofia vertical do processo


alveolar

78
Processo e crista alveolar

Cavidade post-extracção

Atrofia buco-lingual

79
80
81
82
83
84
85
86
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89
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100
101
102
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106
107
108
109
110
História Clínica em
Cirurgia Oral

A História Clínica é a
base do diagnóstico

Efectuar Histórias
Clínicas completas é
aprender a
diagnosticar
História Clínica em
Cirurgia Oral
Generalidades

Deixar o doente falar


Evitar interromper o doente para efectuar perguntas
Tomar atenção a todos os dados e não apenas aos dados
biológicos
Utilizar a linguagem do doente
Assegurar a confidencialidade das informações
Definir correctamente o objectivo da consulta
História Clínica em
Cirurgia Oral
Data da execução da História Clínica

Identificação

Motivo da Consulta

Anamnese

História da Doença Actual

História Pregressa Geral

- Revisão de Sistemas

- Antecedentes Pessoais

- Antecedentes Familiares

História Pregressa Oral


História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo

Observação, Palpação, Percussão e Auscultação

Principais Sistemas

Exame Oral

Epicrise

Diagnóstico Provável

Exames Complementares de Diagnóstico

Diagnóstico Definitivo

Plano Terapêutico

Prognóstico
História Clínica em
Cirurgia
Identificação
Oral
Nome

Idade (data de nascimento)

Sexo

Raça

Naturalidade

Morada

Contactos

Profissão

Sistema de Saúde

Nº de Processo
História Clínica em
Cirurgia Oral
Motivo da Consulta
Causa directa da vinda ao
médico ATRAVÉS DAS
PALAVRAS DO DOENTE

Ex: “Doi-me um caxal” sic

Não deduzir o que “deve” ter


preocupado o doente

Separar o que é importante do


que é acessório
História Clínica em
Cirurgia Oral
História da Doença Actual
Data de início, primeiros sintomas, sequência,
evolução

Relação dos sintomas com outros factores

Factores que melhoram o quadro clínico

Factores que agravam o quadro clínico

Tratamentos efectuados anteriormente

Repercussão noutros órgãos e sistemas


História Clínica em
Cirurgia Oral

História Pregressa Geral

Revisão de Sistemas

Antecedentes Pessoais

Antecedentes Familiares
História Clínica em
Cirurgia Oral
Revisão de Sistemas
Patologia Respiratória

Patologia Cardiovascular

Patologia Gastrointestinal

Patologia Renal

Patologia Endocrinológica

Patologia Hematológica

Patologia Dermatológica

Alergias

Patologia Otológica e Oftalmológica

Patologia Reumatológica e Neurológica


História Clínica em
Cirurgia Oral
Antecedentes Pessoais
Parto; Peso ao nascer; Índice Apgar

Desenvolvimento Psíquico e Ponderal

Doenças da Infância

Hábitos Alimentares

Hábitos Tabágicos, Alcoólicos ou


Medicamentosos

Doenças Anteriores

Internamentos, Operações ou Outros Tratamentos


Complexos

Último Exame Médico


História Clínica em
Cirurgia Oral
Antecedentes Familiares
Pesquisa da existência na família de doenças
com manifestações ou implicações orais
Patologia Oncológica
Diabetes
Hipertensão Arterial
Doenças Cárdio Vasculares
História Clínica em
Cirurgia Oral

História Pregressa Oral

Antecedentes Pessoais

Antecedentes Familiares
História Clínica em
Cirurgia Oral
História Pregressa Oral
Frequência de visitas ao dentista

Profilaxia dentária

Experiência com anestesia local

Experiência com exodontias

Terapêutica periodontal

Terapêutica ortodôntica

Próteses existentes

Cirurgias orais anteriores


História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
O exame objectivo é o capitulo da história
clínica em que o clínico pesquisa, observa e
confirma os sinais da doença
O exame objectivo completo é constituído
pela inspecção, palpação, percussão e
auscultação
Na observação oral e maxilo facial estes
quatro passos são utilizados dependendo da
zona a observar
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo Geral

Idade aparente / Idade real


Estado geral de nutrição
Estado geral de consciência
Coloração geral da pele
Posição de repouso e em marcha
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo Geral

Avaliação dos Sinais Vitais


Temperatura

Pulso (frequência, ritmo, características)


Respiração (frequência, ritmo, características)

Tensão arterial
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo Oral e Maxilo-Facial
Crânio
Fácies
Olhos
Nariz
Ouvidos
A. T. M.
Cavidade Oral
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Inspecção
Cabeça e Pescoço

Forma geral, simetria, distribuição do cabelo, ...

Olhos
Simetria, tamanho, reactividade pupilar, ...

Nariz

Septo, mucosa, deformações, ...


História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Palpação
A. T. M.

Crepitação, dor à palpação

PARANASAL

Dor na região sinusal

ORAL

Glândulas salivares, pavimento da boca, lábios, músculos da mastigação

PESCOÇO

Tamanho da tiróide, gânglios


História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo

Percussão

DENTES
Percussão para pesquisa de dor
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo

Auscultação

A. T. M.

Clicks e crepitação
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo da Cavidade Oral
Identificar lesões generalizadas
Identificar lesões localizadas
Avaliar o estado de higiene oral
Avaliar o número de dentes bem como a
presença de cáries e restaurações
Avaliar a relação entre as arcadas dentárias
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo da Cavidade Oral
Ambiente calmo e iluminado
Cadeira confortável
Luvas
Compressas limpas
Espelho, pinça e sonda
Estetoscópio
Fonte de iluminação direccionável
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo da Cavidade Oral
Lábios
Gengiva vestibular e lingual
Mucosa jugal
Dentes
Pavimento da boca
Lingua
Palato
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Labios
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Gengiva Vestibular
e
Lingual
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Gengiva Vestibular
e
Lingual
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo

Mucosa Jugal

Coloração.

Orifício do Canal de Sténon.

Linha de oclusão ou Linha Alba

Leões generalizadas ou focais


História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Mucosa Jugal
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Mucosa Jugal
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Mucosa Jugal
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Mucosa Jugal
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Mucosa Jugal
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Mucosa Jugal
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Trigono Retromolar
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Trigono Retromolar
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Trigono Retromolar
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Dentes
Número
Alterações de cor ou forma
Cáries dentárias
Má posição dentária
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Dentes
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Dentes
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Dentes
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Dentes
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Dentes
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Dentes
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Dentes
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Pavimento Da Boca

Coloração
Papilas das glândulas salivares
Lesões ou tumores
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Pavimento da Boca
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Pavimento da Boca
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Pavimento da Boca
História Clínica em
Cirurgia Oral

Exame Objectivo
Pavimento da Boca
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
Coloração
Volume
Papilas
Hidratação
Mobilidade
Lesões Focais
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua

Dorso Lingual.
Ventre Lingual.
Bordos Linguais.
Base da Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Lingua
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Palato Duro e Mole
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Palato Duro e Mole
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Palato Duro e Mole
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Palato Duro e Mole
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Palato Duro e Mole
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Palato Duro e Mole
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exame Objectivo
Palato Duro e Mole
História Clínica em
Cirurgia Oral
Exames Complementares

Radiológicos

Análises Clínicas

ECG,...
História Clínica em
Cirurgia Oral

Diagnóstico
História Clínica em
Cirurgia Oral

Plano de Tratamento
História Clínica em
Cirurgia Oral

Prognóstico
RADIOLOGIA EM CIRURGIA
ORAL
RADIOLOGIA
• Meio auxiliar de diagnóstico fundamental que
complementa o estudo clínico do doente;
• Confirma H.C. pode revelar novos dados;
• Várias técnicas radiográficas em Medicina
Dentária:
– Intra orais;
– Extra orais.
RADIOLOGIA

ORTOPANTOMOGRAFIA
TOMOGRAFIA AXIAL
COMPUTORIZADA (T.A.C.)
ORTOPANTOMOGRAFIA

- Standard;
- Dentoalveolar;
- Para implantes (menor distorção);
- Hemi-ortopantomografia.
ORTOPANTOMOGRAFIA
ZONAS DE DIAGNÓSTICO?

Nasomaxilar Mandibular A.T.M. Dentoalveolar


NASOMAXILAR

Porção central e superior da radiografia onde é possível visualizar:

1 - Arcos zigomáticos 9 - Órbita


2 - Seios maxilares 10 - Fossas nasais
3 - Fossas pterigomaxilares 11 - Osso malar (nem sempre é
4 - Abertura piriforme visível)
5 - Septo nasal
6 - Cornetos nasais
7 - Palato duro e mole
8 - Espinha nasal anterior
MANDIBULAR

Compreende o ramo e corpo da mandíbula e tecidos que os rodeiam, é


possível visualizar:

1 – Contorno mandibular;
2 – Angulo goníaco;
3 – Chanfradura antegonial/ mandibular;
4 – Sínfise mandibular;
5 – Apófises genianas;
6 – Orificios dos canais mentonianos;
7 - Canais dentários inferiores;
8 - Osso Hióide (apenas visível em algumas OPG).
A.T.M.

Não é um bom meio para avaliar a relação entre o condilo e a cavidade


glenoide contudo pode ser útil para avaliar patologia grosseira da zona, é
possivel visualizar:

1 – Condilos;
2 – Cavidades glenóides;
3 – Apófises coronóides;
4 – Zona da tuberosidade maxilar.
DENTOALVEOLAR

Devemos avaliar arcada superior e inferior:

-Estado e desenvolvimento da dentição; -Anatomia radicular;


- Presença de supranumerários; - Presença de dentes anquilosados;
- Agenésias dentárias; - Caries e restaurações;
- Posição dos dentes não erupcionados; - Desvios da linha média;
- Transposições e posições ectópicas; - Lesões periodontais (avaliação
- Dentes inclusos; grosseira)
- Patologia quistica ou tumoral;
- Malformações dos gérmens dentários;
- Direcção axial dos dentes;
ORTOPANTOMOGRAFIA
- INDICAÇÕES GERAIS-
• Na 1ª consulta;
• Estudo de alterações estruturais maxilofacias
relacionadas com patologias sistémicas ou ósseas;
• Diagnóstico precoce do desenvolvimento
defeituoso das arcadas;
• Medicina Dentária Forense;
• Outras áreas da Medicina Dentária;
• Cirurgia Oral.
INDICAÇÕES EM CIRURGIA ORAL
Esclarecimento da causa ausência de dentes
INDICAÇÕES EM CIRURGIA ORAL
Planeamento exodontias múltiplas
INDICAÇÕES EM CIRURGIA ORAL
Planeamento exodontia dentes inclusos
INDICAÇÕES EM CIRURGIA ORAL
Diagnóstico e planeamento cirúrgico de quistos e tumores
INDICAÇÕES EM CIRURGIA ORAL
Planeamento cirúrgico em implantologia
INDICAÇÕES EM CIRURGIA ORAL
Suspeita doença odontogénica do seio
maxilar
INDICAÇÕES EM CIRURGIA ORAL
Suspeita de fracturas
INDICAÇÕES EM CIRURGIA ORAL

• Suspeita de crescimento intra-ósseo ou


invasivo de tumores (metástases);
• Parestesias nervo mandibular;
• Patologia infecciosa;
• Patologia A.T.M;
• Assimetrias faciais e dos maxilares;
• Feridas pós-exodontia com má cicatrização e
suspeita de osteomielite;
ORTOPANTOMOGRAFIA
- VANTAGENS -
• Maior amplitude de registos numa só placa;
• Elimina sobreposições;
• Possibilita comparação;
• Menor tempo de exposição;
• Baixa dose de radiação;
• Cómodo para o doente;
• Cómodo para o profissional;
• É um estudo indolor, económico e rápido;
• Ideal para planificação terapêutica.
ORTOPANTOMOGRAFIA
- DESVANTAGENS -
• Menor nitidez e perda de detalhe;
• Não é suficiente para exploração dentária;
• Deformação e aumento da imagem (10-25%);
• Não permite medições exactas;
• Má visualização dos seios perinasais e terço
médio da face;
• Aparatologia complicada e dispendiosa.
ORIENTAÇÃO
ESTRUCTURAS ANATÓMICAS
REQUISIÇÃO
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
Paulo Maia, DDS, PhD
TOMOGRAFIA AXIAL
COMPUTORIZADA
T.A.C.

Processamento por
Incidência feixes Raio X computador Imagem
TC convencional

46
TC helicoidal

47
T.A.C. - IMAGENS
Plano longitudinal ou
sagital

Plano Horizontal
ou axial

Plano frontal ou
coronal
Cross sec - Sagital

Panorâmica

Axial

49
Panoramico

Trans Axial

Seccional

50
T.A.C. - VANTAGENS
• Menor distorção;
• Elimina totalmente sobreposições;
• Maior detalhe, melhor resolução;
• Imagens nos 3 planos do espaço;
• Possibilita construção de imagens em 3D;
T.A.C. - IMAGENS
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
Cirurgia e Prótese sobre Implantes 63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
T.A.C. - INDICAÇÕES
• Celulites e abcessos profundos;
• Traumatologia extensa;
• Implantologia;
• Cirurgia de quistos e tumores;
• Cirurgia dentes inclusos.
Principios Gerais da
Técnica Operatória
Paulo Maia; PhD; DDS

1
Encerramento Ferida
Operatória

2
Ferida
“Interrupção continuidade tecido corpóreo, em maior ou
menor extensão, causada qualquer tipo trauma físico,
químico, mecânico ou desencadeada clinicamente
despoletando frentes defesa orgânica para contra ataque”

3
Encerramento Ferida Operatória
Conjunto manobras (manuais e instrumentais), destinadas
unir tecidos separados, restituindo continuidade anatómica e
funcional.

4
Sutura
“Todo o material usado para manter unidas, coaptadas bordos
ferida cirúrgica, permitindo o processo fisiológico de cicatrização.”

5
Vantagens Sutura
• Aproximação e coaptação tecidos incisados
( Hemostasia vasos sanguíneos: ligadura)
• Cicatrização 1ª intenção
• Posicionamento retalho cirúrgico
• Fixação de campos operatórios (procedimentos cirúrgicos)
• Afastamento de tecido do campo cirúrgico

6
Sutura Inadequada
• Má coaptação bordos ferida/ área exposta osso alveolar:
1. Necrose e Perda óssea
2. Dor
3. Atraso cicatricial

7
Normas Boa Sutura
1. Anti-sepsia e assepsia correctas;
2. União tecidos mesma natureza, de acordo com
os diferentes planos;
3. Hemostase adequada;
4. Abolição espaços mortos;
5. Bordos da ferida limpos e sem
anfractuosidades;
6. Ausência de corpos estranhos ou de tecidos
desvitalizados;
7. Utilização suturas e fios adequados, realizados
com técnica apropriada. 8
Fio de Sutura
• Estrutura flexível
• Formato circular
• Ø reduzido
• Essencial sutura/ nós cirúrgicos

9
Fio de Sutura

• Comportamento de corpo estranho

Reacção tecidular

qto maior Ø fio sutura

10
Apresentação Fio Sutura
• Comprimentos padronizados: 8-90 cm.

• Nº zeros informa calibre e força tensão.

• ˃ N° de Zeros < Calibre (+ fino)

< Força Tensão

11
Calibre Fios Sutura

• Derme (pele superficial): 3/0, 2/0, 1/0, e zero;


• Pele e região subcutânea: 2/0 e 3/0;
• Vasos sanguíneos: 4/0 ou 5/0;
• Microcirurgias: 6,7,8,9,10,11,12 zeros.

12
Características Fio Sutura Ideal
• Manter a tensão de estiramento até servir o seu
propósito.
• Não ser electrolítico.
• Não causar reacções alérgicas e não carcinogénico.
• Practicidade de manipulação.
• Segurança na laçada (nó); Não capilar e
monofilamentoso.
• Económico.
• Provocar mínimas reacções teciduais.
• Flexíbilidade, sem elasticidade.
• Atóxicidade e anti- corrosivo.
• Se reabsorvível previsão tempo absorção.
13
FIO SUTURA IDEAL

14
Como escolher…?
1. Fio de sutura adequado de acordo:
• Processo cicatricial.
• Tipo ferida.
• Estrutura atingida.
• Condições locais ferida.
• Propriedades fio sutura.
2. Analisar a necessidade e o procedimento a ser realizado.
3. Bom senso vs experiência cirurgião.

15
Classificação Suturas
• Não Reabsorvíveis: Aqueles que devem ser removidos após
período cicatricial, sofrem degradação perdendo tensão
estiramento 60 dias.
• Reabsorvíveis: Sofrem processo de destruição durante
período cicatrização, retendo força tensão mais 60 dias.

16
17
Classificação Fios Sutura
1. Naturais:
• Reabsorvíveis: Cat gut cirúrgico
• Não Reabsorvíveis: Seda

2. Sintéticos:
• Reabsorvíveis: Ácido poliglicólico (DEXON),
Poliglactina 910 (VYCRIL)
• Não Reabsorvíveis: Nylon, Poliester, Polipropileno e Gore-
Tex.

Monofilamento: Ac. Poliglicólico, polipropileno e Gore-tex. 18


Multifilamento: Poliglactina , seda.
Suturas Reabsorvíveis
Naturais
CAT GUT: Decomposição enzimática.
• Fabricado submucosa intestino carneiro ou serosa intestino boi.
• Simples: resistência 5-7 dias( Cromado: Tratado sais de
cromo,+ resistência enzimas proteolíticas, 9-14 dias.)
• Capilar; multifilamentoso. Deve ser mantido húmido.
• Tratado formaldeído e esterilizado radiação ionizável.
• Não pode ser autoclavado.
• Reacção tecidular.
• Reabsorção irregular
• 50% Força tensão 6ºdia.
• Custo 19
• Embalagens folha metálica.
Suturas Reabsorvíveis Sintéticas
Hidrofóbicas. Hidrólise lenta ( reabsorção macrofagos e dissolução
por hidrólise).

Ácido poliglicólico (DEXON), Poliglactina 910


(VICRYL):
• Força tensão inalterável até 15 dias.
• Tempo absorção prolongado.
• Reacção inflamatória.
• - Rígidos, não abrem nó.
• Mais caros que Cat gut.
20
Reacção histológica tecidular entre
suturas reabsorvíveis

21
Suturas Não Reabsorvíveis
NATURAIS:SEDA:

• Tipo: Filamentos torcidos ou trançados formando cordão. Tratada óleo


vegetal/ silicone ↓capilaridade. (*)
• Côr: Preto, Branco.
• Matéria Prima: Proteína orgânica (fibroína)
Vantagens:
• Boa manipulação, segurança nó. (*)
• Custo
Desvantagens:
• “Efeito de pavio” (atrai bactérias e fluidos ferida),multifilamento.
• Maior reacção tecidular que outras suturas não reabsorvíveis.

SINTÉTICOS: NYLON: situações importante minimizar inflamação ferida


(suturas cutâneas).
22
Suturas Não Reabsorvíveis
METÁLICOS:
• Não reabsorvíveis, mono ou multifilamentados.
• Formados por aço inoxidável.
• Manuseamento complexo…menor reacção inflamatória
local (fio mais inerte)
• Atóxicos ( utilizados com maior frequência Cirurgia
Bucomaxilofacial ).

23
FIOS SUTURA MAIS
UTILIZADOS

• Seda
• Vycril
• Gore-Tex

24
AGULHAS SUTURA

Forma: Ponta, corpo, fundo

25
AGULHAS SUTURA
Forma: Ponta:
Parte activa de penetração tecidos.

• Triangular corte convencional


• Triangular corte invertido
• Cilíndrica
• Cilíndrica ponta romba
• Pontas especiais

26
AGULHAS SUTURA
Forma: Ponta:

• Triangular corte convencional: “2 bordos cortantes opostos e 3º lado


interno curvatura agulha”
• Cavidade oral, nasal, faringe, pele, ligamento, tendão.
• Não são utilizadas em Odontologia ou Implantologia, especialmente áreas
de acesso limitado.

27
28

AGULHA SUTURA CORTE CONVENCIONAL


29

AGULHA SUTURA CORTE CONVENCIONAL


AGULHAS SUTURA
Forma: Ponta:

• Triangular corte invertido: “2 bordos cortantes opostos 3º face externa


curvatura”
• Mucosa oral, nasal, pele, ligamento, fascia (aponevrose).
• Utilizadas: Tecidos resistentes, de difícil penetração.
• Cirurgias periodontais, maxilofaciais e implante.

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AGULHA SUTURA CORTE INVERTIDO


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AGULHA SUTURA CORTE INVERTIDO


AGULHAS SUTURA
Forma: Ponta:

• Cilíndrica: Músculos, gordura subcutânea, nervos, vasos,


aponevroses, miocárdio.
• Com ponta romba para tecidos frágeis.

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AGULHAS DE SUTURA CORTE CÔNICO
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AGULHAS DE SUTURA CORTE CÔNICO


AGULHAS SUTURA
Forma: Corpo:

• Triangular
• Cilíndrico
• Ovalado
• Quadrado

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AGULHAS SUTURA
Forma: Fundo: O que prende o fio de sutura à agulha.

1. Fixo ou verdadeiro (agulha costura)


2. Falso (fio de sutura fixado sob pressão)
3. Atraumático ( fio de sutura inserido )

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CLASSIFICAÇÃO AGULHAS SUTURA
1. TRAUMÁTICAS:
Trauma tecidos maior (diferença Ø entre agulha e fio)

2. ATRAUMÁTICAS:
O fio é pré inserido na agulha tendo a mesma dimensão causando
menor trauma.

38
CLASSIFICAÇÃO AGULHAS SUTURA
EM RELAÇÃO CURVATURA
1. Agulhas Rectas
Não necessitam porta agulhas.
2. Agulhas Semi-rectas

Indicação: olho,
microcirurgia.

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CLASSIFICAÇÃO AGULHAS SUTURA
EM RELAÇÃO CURVATURA
2. Agulhas Semi-rectas

Indicação: aponevroses, duramáter, olho, músculos, miocárdio,


nervos e vasos.

40
CLASSIFICAÇÃO AGULHAS SUTURA
EM RELAÇÃO CURVATURA
2. Agulhas Semi-rectas

Indicação: cavidade oral e nasal, faringe, gordura subcutânea, pele


e músculo.

41
CLASSIFICAÇÃO AGULHAS SUTURA
EM RELAÇÃO CURVATURA
2. Agulhas Semi-rectas

Indicação: cavidade oral e nasal, sistema cardiovascular, pélvis,


tracto genital.

42
INSTRUMENTOS SUTURA
• Pinças/ alicates tecido
• Porta-agulhas
• Agulha sutura corte invertido
• Hemostáticos
• Tesouras curvas
• Tesouras pós-operatórias

43
INSTRUMENTOS SUTURA
• Porta Agulhas

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INSTRUMENTOS SUTURA
• Porta Agulhas

45
INSTRUMENTOS SUTURA
• Porta Agulhas

46
INSTRUMENTOS SUTURA
• Porta-agulhas

47
INSTRUMENTOS SUTURA
• Porta-agulhas

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50
INSTRUMENTOS SUTURA
• Pinças/ alicates tecido

51
INSTRUMENTOS SUTURA
• Pinças/ alicates tecido
QUAL O MENOS TRAUMÁTICO ????

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INSTRUMENTOS SUTURA
• Pinças/ alicates tecido

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Instrumental sutura

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56
INSTRUMENTOS SUTURA
• Hemostáticos:

57
INSTRUMENTOS SUTURA
• Tesouras:

58
Tesoura Iris

59

Tesoura Dean
Tesoura Littauer
Recta

Tesoura Littauer
Curva

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TÉCNICAS SUTURA
Conceitos Básicos
Incisão correcta:
• Perpendicular à superfície.
• Firme, num só traço.
• Conveniente fazer tensão sobre tecidos

61
TÉCNICAS SUTURA
Conceitos Básicos
Sutura retalho : ajuda com pinças.
1º Ponto sutura: ângulo retalho, reposiciona a parte móvel à
fixa ( inversamente :forma imprecisa).

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TÉCNICAS SUTURA
Conceitos Básicos
Coaptação bordos com fio de sutura:

63
TÉCNICAS SUTURA
Conceitos Básicos
Coaptação bordos com fio de sutura:

64
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Ponto simples
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Ponto simples
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Ponto simples
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Ponto em 8
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Ponto em 8
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Ponto em 8
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Ponto Colchoeiro Horizontal ou
Suspensório
Técnica Operatória
Tipos de Sutura
Ponto Colchoeiro Horizontal ou
Suspensório
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Ponto Donati
Técnica Operatória
Tipos de Sutura
Ponto Donati Travado
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Sutura Continua/ Continua Travada
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Sutura Continua/ Continua Travada
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Sutura Continua/ Continua Travada
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Ponto Cruzado
Técnica Operatória

Tipos de Sutura
Ponto Cruzado

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