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HIIT | INFECTOLOGIA I – Antibióticos 1

ANTIBIÓTICOS
Antibióticos na Prática Clínica • Fecalis:
o Ampicilina Sensível.
è Microbiologia Básica: § Bacilos:
o Bactérias podem ser divididas quanto a coloração • Clostridium:
de Gram, sendo Gram-positivas ou Gram- o Tetane = tétano;
negativas; o Botulinum = botulismo;
o Podem também serem divididas conforme o Perfringens = gangrena gasosa;
formato em Cocos e Bacilos: o Difficile = colite pseudomembranosa.
• Lysteria;
o Gram-negativas:
§ Cocos:
• Neisseria.
§ Bacilos:
• Fermentadores:
o As Gram-negativas possuem parede celular mais
o Enterobactérias:
delgada, fazendo com que elas tenham mais
§ Klebsiella;
espaço pariplasmático, onde atuam as enzimas
de resistência, e uma membrana externa espessa § E. Coli;
de Lipopolissacarídeo, que dificulta a entrada de § Enterobacter;
antibióticos que atuam na parede celular e atua § Proteus;
como um antígeno potente, sendo comumente § Morganella;
associado a sepse de Gram-negativos. § Citrobacter;
§ Acromobacter;
§ Serratia.
o Gram-positivas:
§ Staphylos: • Não fermentadores:
o Pseudomonas;
• Aureus:
o Acinetobacter;
o Infecções graves;
o Stenotrophomonas;
o Invasivo;
o Burkholderia.
o Forma biofilme;
o Emboliza;
o MRSA: è Farmacologia Básica:
§ Resistente a oxacilina.
• Coagulase negativos:
o Habitam normalmente a pele;
o Sempre que ver em uma cultura 
questionar se foi contaminação.
§ Strepto:
§ Enterococo:
• Faecium:
o Ampicilina Resistente.

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§ Antibiograma, é o gráfico que mostra a mantém por até 36 horas após –


concentração do antibiótico no paciente, após cefuroxina, cefazolina, cefoxetina;
as tomadas; • 3ª geração G- e G+ - Ceftriaxone
§ Alguns antibióticos têm relação com a linha para meningite, BCP, leptospirose /
do MIC; Ceftazidima para pseudomonas.
§ Alguns têm mais eficiência quando atingem
um pico mais distante do MIC, como os § Carbapenêmicos:
aminoglicosídeos, por isso são feitos em dose • Escalonamento para pacientes graves,
única diária; infecções hospitalares, resistência
§ Alguns não precisam de picos tão altos, basta bacteriana;
que fiquem acima do MIC, como os Beta- • Entrapenem foi o primeiro, é “meio bobo”,
lactâmicos, por isso são melhores usados em mas pode ser feito em HD;
mais de uma dose por dia; • Imipenem diminui muito o limiar
§ Alguns funcionam melhor conforme a área convulsivo;
que formam no gráfico acima do MIC, como • Meropenem = amor.
a vancomicina.

o Outros ATBs, indicações e efeitos colaterais:


o Principais classes de antibióticos beta lactâmicos § Só para Gram +:
§ Penicilinas: • Glicopeptídeos:
• Benzatina: o Vancomicina:
o Não fazem picos muito altos, mas § Nefrotoxicida e síndrome do Homem
mantém o nível alto por muito tempo. Vermelho:
• Cristalina; • Não é alergia (diminuir velocidade de
o Faz nível alto, quebra tudo. infusão).
• Amoxicilina / Ampicilina; o Teicoplamina.
o Enterococo e Lysteria. • Linezolida:
• Penicilinas com inibidores de beta o Plaquetopenia, síndrome
lactamase: serotoninérgica.
o Pegam anaeróbios e G-. • Daptomicina:
o Rabdomiólise e pneumonite
§ Cefalosporinas: eosinofílica.
• 1ª geração funciona para G+, geralmente
de pele – cefalexina; § Só para Gram -:
• 2ª geração, pouco uso, profilaxia cirúrgica • Poliximinas:
para uso em 1 hora antes do procedimento o PoliB é nefrotóxica;
e repete em 4 horas no intraoperatório, o Colistina E não.

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• Tigeciclina: § Ceftriaxone (no Brasil não há problema de


o Abdomem e pele e partes moles. resistência).
• Aminoglicosídeos:
o Nefrotoxicidade, ototoxicidade, o Enterococo:
irreversível. § Faecium: 80% resistente a ampicilina;
§ Fecalis: 20% resistente a ampicilina.
§ Anaeróbios: § Quando não sensível a ampi/piepatzo,
• Boca (BCP aspirativa / otorrino): usar vancomicina.
o Clindamicina.
• Barriga: Bacillus sp: o Um apanhado geral:
o Metronidazol.
§ Miscelânia:
• Bactrim: HIV – alergia (Steven-Johnson),
hiperK e acidose metabólica;
• Quinolonas respi: levo e cipro – aneurisma
Ao, tendinopatia, delirium.

è Gram positivos:
o Staphylos:
§ Fatores de virulência – coagulase positivo:
• Positivo – aureus:
o Enterococo antibiogramas:
o Biofilme;
o Emboliza e gruda;
§ Olho;
§ Válvulas cardíacas;
§ SNC;
§ Espondilodiscite;
§ Abcesso esplênico.
o Resistência – oxacilina (MRSA):
§ Internados > 20 dias, diálise;
§ Dispositivos portocatch;
§ CA-MRSA (clinda, cipro/levo e
bactrim S).
• Negativos:
o Lugdunensis;
o Não lugdunensis:
§ Epidermidis;
§ Hominis.
o Strepto:
§ Pneumococo;
§ Bovis: tumor colorretal;
§ Viridans: endocardite;
§ Agalactiae: pele e faringe;

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o Antibiogramas S. aureus:

• Pneumonias necrotizantes de sociedade.

o Clostridiuns – G+ que precisamos saber:


§ Gram+:
• Glicopeptídeo / penicilinas.
§ Anaeróbios:
• Metronidazol / tazobactam.
§ Botulinum:
• Paralisia flácida;
• Pediatria não recomenda mel a < 2 anos –
risco de ingestão de esporos;
• Imunoglobulina;
• Penicilina G cristalina + metronidazol.

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§ Tetanis: è Gram negativos:


• Paralisia espástica, dura;
• Riso sardônico, opistótono;
• Ferimento sujo, acidente com prego;
• dT / 10 anos;
• Imunoglobulina;
• Penicilina G cristalina + metronidazol.

§ Difficile:
• Diarreia líquida, profusa e incontinente
em paciente com uso de ATB recente
(clindamicina, quinolonas, cefalosporinas
e pipetazol);
• Laboratório inespecífico:
o Leucocitose + IRA pré-renal.
• Laboratório específico:
o Toxinas A e B – Sensibilidade 75%,
quadro clínico impera.
• Tratamento:
o Isolamento de contato, água e sabão +
suspensão / troca do ATB; § Fermentadores de glicose;
o Paciente sem comorbidades, creat < 1,5, § Terapia combinada (ICS);
leuc < 15.000, sem DHE significativos, § Resistência enzimática.
sem complicações:
§ Metronidazol, VO, 8/8 horas.
o Paciente idoso / com comorbidades
descompensadas, creat > 1,5, leuc >
15.000, distensão colônia importante:
o Vancomicina, VO, 6/6 horas.

§ Perfringers:
• Infecções com gás (paciente diabético);
• Infecção de pele e partes moles com
crepitação e dor desproporcional;
• Necrose pancreática infectada;
• Alguma penicilina (pipetazol) +
clindamicina.

§ Não fermentadores de glicose;


§ Monoterapia.

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o BGNs não fermentadores: § Resistência enzimática:


§ Pseudomonas: • AMPC:
• Infecções comunitárias: o Hidroliza cefalosporina de 3ª geração
o DPOC: (ceftriaxone);
§ Levofloxacino. o Cefoxetina R.
o Pé diabético: • ESBL:
§ Ciprofloxacino + clindamicina; o Hidroliza cefalosporina de 3ª geração
§ IBLT: Pipetazo. (ceftriaxone);
• Infecções nosocomiais: o Cefoxetina S.
o PAV. Ventriculite, Vias biliares com • Tratamento padrão: Carbapenêmico.
prótese:
§ Pipetazo, Ceftazidima, Cefepime –
Polimixinas;
o KPCs, as temidas:
§ Carbapenêmicos.
§ Acinetobacter:
• Polimixinas, Tgeciclina, Carbapenêmicos,
Ampi-subactan.
§ Burkolderia e Stenotrophomonas:
• Fibrose cística:
o Bactrim Levofloxacino.

o BGNs fermentadores: § KPC é uma enzima que pode estar presente


§ Enorme família das enterobactérias: em qualquer enterobactéria;
• Klebisiella Pneumoniae; § Somente ertapenem R não é enzimática;
• E. coli; § Tratamento padrão – Torgena / terapia
• Morganella; combinada em ICS;
§ Ceftazadima-avibactam:
• Yersinia;
• Inibidor de beta-lactamase reversível;
• Serratia;
• Uso licenciado: urina e abdomem;
• Proteus (vulgaris) / Providência;
• KPC colistina R / colistina S +
• Acromobacter;
disfunção renal.
• Citrobacter (freundii);
• Enterobacter aerogenes (Klebisiella).

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o Metalo-carbapenemases:

o Candida é colonizante:
§ Secreção Traqueal, Trato Gênito-urinário,
Trato Gastro-Intestinal;
§ Não causa doença pulmonar por aspirado de
secreção traqueal;
§ É comum causar doença em TGU:
• SVD com cândida:
o Troca SVD e recoleta;
§ Torgena + Azetreonam. o Paciente imunossuprimido ou
procedimento urológico:
è Cândidas e Antifúngicos: § Trata.
o Albicans: § TGI:
§ Sensível a Fluconazol (400 mg/dia); • Oral: Nistatina.
§ Casos graves – Equinocandinas. • Esôfago: Fluconazol (200 mg/dia).
o Glabrata: • Abcesso hepático: 6-8 semanas:
§ Sensível dose dependente a Fluconazol (800 o Emboliza igual aureus:
mg/dia); § Olhar Fundo de Olho, ECOTT, TC
§ Casos graves - Equinocandinas / anfotericina. de abdome.
o Krusei:
§ Resistente a Fluconazol;
è Aspergilose:
§ Casos graves – Equinocandina – Anfotericina.
o Neutropenia prolongada (onco-hematológicos):
• Anfotericina tem efeitos colaterais como:
§ Acompanhamento com galactomanana sérica
o IRA hipocalêmica; 2 vezes por semana;
o Cardiotoxicidade; § Profilaxia com posaconazol sol oral
o Hepatotoxicidade. (alternativa: anídula semanal).
o Suspeita clínica de candidemia x Terapia o Tuberculose - bola fúngica:
empírica de candidemia:
o Suspeita clínica de candidemia:
§ Febre persistente, paciente grave, ATB
otimizado, FR presentes;
§ Fluconazol;
o Terapia empírica de candidemia:
§ Leveduras em HMC;
§ Equinocandina.

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• Sangue > 0,5 o Vias biliares:


• LBA > 1,0 § Sem prótese:
• BGNs;
• Anaeróbios;
• Enterococo;
• Pseudomonas;
• Ceftriaxone / ceftazidima + Metronidazol.
§ Com próteses:
o Tratamento: vorico ou isavuconazol: • BGNs;
§ Fluconazol; • Anaeróbios;
§ Posaconazol; • Enterococo;
§ Itraconazol. • Pseudomonas;
è Situações Clínicas para não errar: • Pipetazo / cefepime + metronidazol.
o Pulmão:
§ PAC  Pneumococo, Atípicos  o ICS:
Ceftriaxone + Azitromicina; § Culturas pareadas CVC + periféricas:
§ Bronoaspiração  Pneumococo, Anaeróbios • delT >/= 2 horas.
de boca  Ceftriaxone + Clindamicina; • S. aureus / Candida  sempre retirar
§ PAV  Pseudomonas, Enterobactérias, dispositivo, sempre pesquisar êmbolos:
Tardia: S. aureus  Pipetazo, Cefepime, FO, ECOTT, TC de abdômen:
Ceftazidima. o Aureus: 14 dias;
o Cândida: 14 dias após HMC de
o Pele e partes moles: controle negativo.
§ Celulite e erisipela / CGP: § Staphylo coagulase negativo (requer
• Leve  Cefalexina (impetigo também); confirmação) / outros BGNs:
• Bolhosa  Oxacilina; • 7-10 dias se retirar dispositivo;
• Extensa  Ceftriaxone + oxacilina; • 14 dias se lockterapia.
• Gangrena  Ceftriaxone + clindamicina.
§ Fournier  BGNs + anaeróbios  o Osso:
Ceftriaxone + metronidazil  Pipetazo / § Traumas:
Meroponem; • Aureus  bactrim, levo, linezolida, cipro,
§ Pé DM  Pseudomonas / Aeróbios  clavulim.
Cipro + clinda / Pipetazo / Cefepime + § Pé DM:
metronidazol. • Pseudomonas  cipro, levo ou clavulim +
cipro.
o SNC: § Hemodiálise:
§ Meningite aguda  Pneumococo / • Espondilodiscite por aureus (diferencial:
Meningococo / (em extremos de idade, cobrir TB).
lysteria com ampicilina)  ceftriaxone; § Anemia falciforme:
§ Dispositivos  S. aureus / pseudomonas • Salmonella.
/ enterobactérias  Vancomicina + § Fúngicas:
meroponem;
• Abcesso frio.
§ Abcesso cerebral  Ceftriaxone +
§ Enterococo (UPP): amoxicilina/line;
metronidazol + oxacilina.
§ Salmonella (falciforme): cipro ou levo;

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§ Enterobactérias sem resistência: clavulim /


cipro;
§ Enterobactérias com resistência: erta em HD.

Questões

1) (UFPR – R3CM - 2021) A um paciente com


choque séptico por Pseudomonas aeruginosa
multissensível, internado em unidade de terapia
intensiva, qual dos antibióticos abaixo deve ser
prescrito, e de que forma, visando otimizar a eficácia A conduta mais adequada é:
e diminuir a toxicidade? A- Substituir ceftriaxone por ampicilina.
A- Amicacina endovenosa, com a dose total B- Substituir ceftriaxone por piperacilina-
preferencialmente dividida em 3 infusões diárias, tazobactam.
com intenção de diminuir toxicidade renal. C- Maner ceftriaxone por mais três dias.
B- Polimixina B endovenosa, em infusão contínua, D- Suspender ceftriaxone.
para diminuir risco de toxicidade.
C- Ceftriaxona em dose dobrada, 2 vezes ao dia, 3) (HCUFPR – 202) Qual dos antibióticos abaixo
para otimizar a farmacocinética contra a bactéria apresenta cobertura adequada nas infecções por
em questão. Staphylococcus aureus resistente à oxacilina
D- Piperacilina-tazobactam em infusão estendida (MRSA)?
em 3 a 4 horas, já que o antibiótico age pelo A- Clindamicina no tratamento de infecções
tempo que permanece acima da Concentração comunitárias de pele e partes moles.
Inibitória Mínima (CIM). B- Linezolida no tratamento de sepses por cateter
E- Cefepime em infusão rápida, a cada 8 horas, venoso central.
especialmente por ter um melhor perfil de C- Tigeciclina no tratamento de pé diabético.
segurança, especialmente na população idosa,
D- Cefepime no tratamento de meningite.
com alteração da função renal.
E- Daptomicina no tratamento de pneumonias
nosocomiais.
2) (HCFMUSP - 2021) Mulher de 66 anos,
diabética, está internada na enfermaria para
4) (UERJ – 2020 – dissertativa – R3CM) Jogador
tratamento de pielonefrite aguda com ceftriaxone
de rugby, jovem, sem comorbidades, apresenta
IV há sete dias. Estava afebril há três dias, porém
infecção de pele. O exame bacterioscópico da lesão
apresentou dois picos febris nas últimas 24 horas.
revelou cocos Gram-positivos agrupados em cachos.
Urocultura da admissão: Escherichia coli 106 UFC
O teste da coagulase apresentou resultado positivo;
(sensível a ampicilina, ceftriaxona, piperacilina-
o antibiograma mostrou resistência à oxacilina
tazobactam, meropenem e amicacina). Os exames
e sensibilidade à sulfametoxazol-trimetropima,
complementares são apresentados na tabela:
clindamicina, eritromicina, gentamicina,
ciprofloxacina e vancomicina. O médico assistente
optou por iniciar tratamento com o glicopeptídeo
descrito no antibiograma. Após administração do

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antibiótico, o paciente apresentou hipotensão, 7) (USP – R3CM – 2021) Mulher de 33 anos queixa-
taquicardia e rash cutâneo. Em relação ao caso se de dor ao urinar de início há quatro dias, quando
desse paciente: Cite o provável agente etiológico procurou Pronto-Socorro, coletou exame de urina e
envolvido, o perfil de resistência apresentado, o foi prescrita fenazopiridina, que usou sem apresentar
antibiótico prescrito pelo médico assistente e o efeito melhora. Hoje refere dor em região lombar direita.
colateral da medicação. Nega febre. Sem outras queixas. Antecedente pessoal:
diabetes mellitus tipo 1. Exame clínico: bom estado
5) (IAMSPE – 2019) Paciente I.S.R., 76 anos, sexo geral, corada, hidratada, acioanótica, anictérica. T
feminino, dá entrada na UTI cm diagnóstico = 38ºC, PA = 120 x 80 mmHg, FC = 100 bpm,
de acidente vascular encefálico. Socorristas do FR = 22 ipm. Abdome plano, flácido, doloroso
SAMU relatam que, durante o transporte para o em hipogástrio, Giordano + à direita. A urocultura
hospital, apresentou dois episódios de vômitos. coletada há quatro dias foi positiva para Citrobacter
Após a internação, iniciou terapêutica empírica freundii e o antibiograma é mostrado na tabela.
para pneumonia aspirativa. No 11º dia de
antimicrobianos, iniciou quadro de fezes líquidas,
oito episódios por dia, febre alta, dor abdominal
em cólica e tenesmo retal. Na colonoscopia,
evidenciada a imagem apresentada abaixo. A
principal hipótese diagnóstica é:

A- Norfloxacino.
B- Ceftriaxone.
C- Ciprofloxacico.
D- Meropenem.

A- Enterocolite necrotizante. 8) (UFPR – R3CM – 2021) Mulher de 73 anos,


B- Candidíase intestinal. hipertensa, internada há 12 dias devido a
C- Retocolite ulcerativa. pancreatite aguda. Há três dias apresentou pico
D- Colite pseudomembranosa. febril isolado, sem repercussão hemodinâmica.
E- Íleo infeccioso. Sem alterações ao exame clínico. Foram coletados
exames gerais, hemocultura, urocultura e retirados
6) Ainda sobre a questão anterior (5), o tratamento cateter venoso central e sonda vesical. Evoluiu
de escolha deve ser realizado por meio da afebril, estável, sem outras intercorrências. Urina
administração de: 1:1.000.000 leucócitos e urocultura positiva
A- Metronidazol oral. (Candida krusei > 1.000.000 UFC):
B- Ciprofloxacina oral. A melhor conduta é:
C- Vancomicina intravenosa. A- Anfotericina B.
D- Vancomicina intravenosa associada ao B- Não iniciar antifúngico.
metronidazol oral. C- Anidulafungina.
E- Metronidazol intravenoso. D- Fluconazol.

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9) (HCUFP – 2018) Você é chamado para avaliar um aparente. Foi iniciado cefepime com persistência da
paciente febril, no 15º pós-operatório de colectomia febre. O exame físico mostra paciente emagrecido,
parcial por adenocarcinoma de cólon transverso. sem visceromegalias. O exame laboratorial apresenta:
O paciente apresenta-se discretamente confuso, hemoglobina = 8g/dL, leucócitos 1.000/mm³, com
dispneico, saturando 87% em ar ambiente, com 40% de polimorfonucleares e plaquetas = 30.000/
perfusão periférica lentificada, estase gástrica e mm³. A cultura do sangue e do cateter venoso
diminuição do débito urinário nas últimas 24, horas. central (cvc) mostram crescimento de Candida sp.
O paciente já recebeu um curso de antibioticoterapia Neste caso, as melhores condutas são:
com ceftriaxona e; metronidazol, suspenso há 3 dias, A- Manter CVC e iniciar anfotericina B.
e está recebendo nutrição parenteral total em cateter B- Retirar CVC e iniciar caspofungina.
venoso central em veia subclávia. A respeito do C- Retirar CVC e iniciar voriconazole.
manejo inicial desse paciente, é correto afirmar: D- Manter CVC e iniciar fluconazole.
A- A principal hipótese diagnóstica nesse momento
é sepse decorrente de infecção profunda de
sítio cirúrgico, sendo a prioridade a realização 11) Sobre a infecção fúngica, assinale a alternativa correta.
de tomografia abdominal de emergência para A- Em um paciente com pneumonia comunitária
avaliação de possível foco infeccioso. sob tratamento empírico. com ceftriaxona
B- A principal hipótese diagnóstica nesse momento e azitromicina, mas cujo aspirado traqueal,
é febre relacionada ao cateter venoso central, coletado antes do início dos antibióticos,
sendo indicada a retirada imediata do cateter e demonstrou apenas crescimento de Cândida
envio da ponta para cultura. albicans, deve-se escalonar o tratamento com
fluconazol ou anfotericina B.
C- Tigeciclina é um antibiótico bem indicado
para o manejo inicial desse paciente, visto ter B- O crescimento de cândida nas hemoculturas
cobertura para enterobactérias, Pseudomonas convencionais é muito ruim, necessitando-se,
aeruginosa e gram positivos multirresistentes, na suspeita clínica, de coleta de hemoculturas
possivelmente envolvidos na possibilidade tanto específicas para fungo ou da dosagem de beta-
de infecção de sítio cirúrgico como de infecção D-glucana que apresenta elevada sensibilidade e
relacionada a cateter. especificidade, com poucos falsos positivos.
D- O manejo inicial deve incluir a expansão C- Anfotericina desoxicolato apresenta uma
volêmica, antibioticoterapia precoce, incluindo excelente atividade fungicida, mas seu uso está
cobertura para leveduras do gênero Candida sp. limitado à frequente toxicidade associada com
após a coleta de hemoculturas, com posterior aumento da mortalidade, particularmente pela
retirada do cateter central e investigação de disfunção renal com hiperpotassemia associada,
possível foco infeccioso. exigindo cuidados específicos para evitar ao
máximo reposição de potássio ou medicamentos
E- Exames laboratoriais e de imagem, retirada do
com potássio na fórmula.
cateter venoso central e tratamento suportivo
com oxigênio inalatório e expansão volêmica D- Fluconazol tem excelente atividade contra
são as prioridades nesse momento, até que Cândida albicans e krusei, mas a Cândida
seja possível definir a causa do quadro atual e, Glabrata e tropicalis apresentam resistência
consequentemente, tratamento específico. intrínseca à droga.
E- Surto de aspergilose está associado a
construções e reformas físicas em hospitais;
10) (UERJ – 2022) Homem de 40 anos, com leucemia pacientes neutropênicos e transplantados são
mieloide aguda, em esquema de poliquioterapia, o grupo de maior risco de infecção, embora
evoluindo com neutropenia febril, apresentou imunocompetentes em uso de corticoide
queda do estado geral e ausência de foco infeccioso inalatórios também possam ser afetados.

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12) (HCUFPR – 2021) Neoplasias hematológicas,


transplante de medula óssea ou de órgãos sólidos e
HIV em fase tardia são fatores de risco para infecções
fúngicas invasivas. Diagnóstico e tratamento
adequados são de suma importância na abordagem
desse quadro, e o uso correto de exames laboratoriais
e de imagem é fundamental.
Exame de detecção de galactomanana positivo é útil no
diagnóstico de qual condição?
A- Pneumocistose.
B- Histoplasmose.
C- Criptococose.
D- Aspergilose.
E- Candidíase.

Gabarito

1- D
2- D
3- A
4- S. aureus. Síndrome do homem vermelho.
5- D
6- A
7- D
8- B
9- D
10- C
11- E
12- D

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