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QUAL É O CRITÉRIO

DE ALTA PARA
PACIENTE EM
TRATAMENTO POR
INFECÇÃO
PUERPERAL?
INFECÇÃO
PUERPERAL
VINHETA DE ABERTURA
AGENDA

1. EPIDEMIOLOGIA
2. CONCEITO
3. CAUSAS
4. FATORES DE RISCO
5. PREVENÇÃO
6. ETIOLOGIA
7. PROPEDÊUTICA
8. QUADRO CLÍNICO
9. TRATAMENTO
10.CAI NA PROVA
INFECÇÕES PUERPERAIS

EPIDEMIOLOGIA
3a causa de morte materna no Brasil
0,5-10% dos casos
INFECÇÃO PUERPERAL

CONCEITO
੦ infecção bacteriana do trato genital feminino no
pós-parto recente
MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL

CONCEITO
੦ 38 ºC (temperatura via oral) por 2 dias ou mais
(consecutivos ou não)
੦ 2º ao 10º dia
੦ primeiras 24 horas, somente se > 38,5 ºC

NEM TODA FEBRE É INFECÇÃO,


NEM TODA INFECÇÃO TEM FEBRE
MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL

CAUSAS
Infecções do útero e Infecção puerperal
anexos
Infecções da ferida Morbidade
operatória Febril
Infecções da mama Puerperal

Infecções em outros
sítios (ITU, IVAs)
MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL

CAUSAS
Infecções do útero e Infecção puerperal
anexos
Infecções da ferida Morbidade
operatória Febril
Infecções da mama Puerperal

Infecções em outros
sítios (ITU, IVAs)
#IMPORTANTE

INFECÇÕES PUERPERAIS
FATORES DE RISCO
Cesariana é o principal
੦ pior se bolsa rota e em trabalho
de parto
੦ tempo prolongado de cirurgia
੦ lesão de órgão
੦ ausência de profilaxia antibiótica
no momento adequado
੦ tricotomia com lâmina
INFECÇÕES PUERPERAIS

FATORES DE RISCO RELACIONADOS AO


PARTO

੦ rotura de membranas > 18 horas


੦ toques vaginais repetidos
੦ trabalho de parto prolongado
੦ fórcipe médio
੦ episiotomia
੦ trauma intraparto (laceração de 3º e 4º graus)
੦ dequitação manual da placenta
੦ restos ovulares
੦ hemorragia pós-parto
INFECÇÕES PUERPERAIS

FATORES DE RISCO RELACIONADOS À MÃE


੦ baixo nível socioeconômico
੦ bacteriúria intraparto
੦ desnutrição
੦ obesidade
੦ anemia
੦ diabetes
੦ imunossupressão (AIDS)
੦ pré-natal deficiente
PREVENÇÃO

DEGERMAÇÃO E LIMPEZA VAGINAL E DA


PELE COM AGENTES ANTIMICROBIANOS
ANTES DA CESARIANA

Antibioticoprofilaxia - cefazolina 2 g EV para:


੦ todas as cesarianas (1 hora antes da incisão ou o mais
rápido possível)
੦ lacerações de 3º e 4º graus
੦ parto vaginal operatório
੦ remoção manual da placenta

SE CIRURGIA com mais de 4 horas ou com sangramento


maior que 1,5 L – mais uma dose de cefazolina
INFECÇÕES PUERPERAIS

ETIOLOGIA
੦ polimicrobiana
੦ Streptococcus
੦ Staphylococcus
੦ Enterococcus
੦ E. coli
੦ Klebsiella
੦ Proteus
੦ Peptococcus
੦ etc.
INFECÇÕES PUERPERAIS

ETIOLOGIA
Anaeróbios
Gram positivos Vaginais e gastrintestinais
Gram negativos

INFECÇÃO ENDÓGENA

Se nas primeiras 24 horas


Streptococcus do grupo A ou B,
maior risco de sepse e óbito
INFECÇÕES PUERPERAIS

PROPEDÊUTICA
੦ hemograma
੦ hemoculturas
੦ urocultura
੦ ultrassonografia pélvica
#CAI NA PROVA

ENDOMETRITE
Mais prevalente
Mais comum entre o 4o e 5o dia pós-parto
Febre (38º ou mais)
Útero:
੦ subinvoluído
੦ sensível (doloroso) Tríade de Bumm
੦ amolecido
੦ colo entreaberto
੦ loquiação fétida (piossanguinolenta)
INFECÇÕES PUERPERAIS

ENDOMETRITE
Evolução
੦ parametrite
੦ salpingite
੦ peritonite
੦ abscesso pélvico
੦ fasciite necrotizante
੦ choque séptico
#IMPORTANTE

ENDOMETRITE – TRATAMENTO
੦ antibioticoterapia
੦ imediata
੦ esquema:
• clindamicina 900 mg EV a cada 8 horas
• gentamicina 5 mg/kg EV a cada 24 horas
੦ alternativas: penicilina cristalina ou ampicilina +
gentamicina ou amicacina + metronidazol
(melhor para Enterococcus)
੦ alta se afebril por 48 horas e assintomática
੦ falha terapêutica: persistência de febre após 72
horas
INFECÇÕES PUERPERAIS

SEPSE E CHOQUE SÉPTICO


੦ febre alta
੦ taquicardia
੦ mialgia
PRINCIPAL BACTÉRIA: E. coli
੦ letargia
SE ENFISEMA SUBCUTÂNEO: Clostridium
੦ hipotensão

UTI
DESCOMPLICANDO

੦ infecção puerperal: trato genital em pós-parto


recente
੦ morbidade febril puerperal: 38 ºC ou mais por 2
dias consecutivos ou não (2º ao 10º dia)
੦ principal fator de risco: cesárea
੦ etiologia: polimicrobiana (endógena)
੦ diagnóstico: clínico (febre + tríade de Bumm +
loquiação fétida)
੦ tratamento: internação, coleta de culturas e
antibioticoterapia endovenosa de amplo espectro
੦ persistência: pensar em restos, tromboflebite
pélvica e necessidade de histerectomia
SES-RJ | 2021

No 5º dia pós-cesariana de emergência por sofrimento


fetal agudo, paciente retorna ao hospital referindo febre
e dor pélvica há 24 horas. Ao exame, encontra-se em
regular estado geral, hipocorada +/4+ e hidratada; Tax
= 39 ºC, FC = 92 bpm, FR = 18 irpm, PA = 110x70 mmHg;
abdome flácido e difusamente doloroso à palpação
profunda em andar inferior, sem descompressão
dolorosa; exame especular com saída de lóquios
serossanguinolentos com odor fétido e toque vaginal
com colo fechado, doloroso à mobilização; exames
laboratoriais evidenciam leucocitose de 18.000 com 8%
de bastões. Diante do quadro clínico descrito, o critério
mais importante para a principal hipótese diagnóstica é:
SES-RJ | 2021

a. febre

b. lóquios de odor fétido

c. leucocitose com desvio

d. dor à mobilização uterina


SES-RJ | 2021

a. febre

b. lóquios de odor fétido

c. leucocitose com desvio

d. dor à mobilização uterina


QUAL É O CRITÉRIO DE
ALTA PARA PACIENTE
EM TRATAMENTO POR
INFECÇÃO
PUERPERAL?

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