Você está na página 1de 11

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE BEIRA

Curso:

ESMI- Medio Promoção

Turma: 7

Incidência de casos de sífilis em gestantes atendidas no centro de saúde 1 de maio


Chimoio (Abril a Maio de 2024)

Docente:

Discente:

Albertina Estrovador Jaime Camacho

Verónica Brandão

Luisa Tendenhe

Sarifa Zacarias Sitole

Verónica Brandão

Victoria

Beira, Março de 2024


Índice
1. Introdução..........................................................................................................................xv

1.3. Problematização...............................................................................................................1

1.4. Objectivos............................................................................................................................2

1.4.1. Geral..................................................................................................................................2

1.4.2. Específicos...................................................................................................................2

1.5. Hipótese...........................................................................................................................2

1.6. Metodologia.....................................................................................................................2

1.6.2. Variável........................................................................................................................3

1.6.3. FATORES SOCIOECONÔMICOS.............................................................................3

2. MARCOS TEÓRICOS........................................................................................................4

2.1. Conceito de Sífilis e Sífilis Gestacional...............................................................................4

2.2. Consequências da Sífilis para a gestante e o bebê...............................................................4

2.3. Atuação da Enfermagem no manejo da sífilis.....................................................................5

3. METODOLOGIA................................................................................................................6

3.1. Tipo de pesquisa..................................................................................................................6

3.2. Pesquisa bibliográfica..........................................................................................................6

3.3. Técnicas e Instrumentos de coleta de dados........................................................................6

3.3.1. Entrevista...................................................................................................................6

3.3.2. Questionário..........................................................................................................6

3.3.3. Observação............................................................................................................7

3.4. Universo e amostra..........................................................................................................7

3.5. Amostra............................................................................................................................7

1.1. Bibliografia......................................................................................................................8
1. Introdução
A sífilis é uma infecção sistêmica causada por uma bactéria, Treponema pallidum, de
evolução crônica e curável, exclusiva da raça humana, sendo sua principal forma de
transmissão a sexual, porém pode ser transmitida de mãe para filho durante a gestação
(BRASIL, 2019).

A sífilis pode ser classificada, segundo estágio da doença em sífilis latente, primária,
secundária, ou terciária, sendo os estágios primário e secundário, os que apresentam maior
potencial de transmissão (MARQUES et al., 2018)

A Incidência de casos de sífilis Gestantes centro de saúde 1 de maio Chimoio tem alertado à
autoridade competente para melhor mapeamento, quando a mãe com sífilis transmite a
infecção ao filho durante a gestação, por via vertical ou na hora do parto, ou quando o recém-
nascido entra em contato com as lesões genitais da mãe, a mesma é definida como Sífilis
Gestacional (SG). Tal situação pode trazer consequências como: o abortamento,
prematuridade, manifestações congênitas precoces ou tardias e morte do recém-nascido.
Diante da gravidade da situação a SG se tornou uma doença de notificação compulsória.
1

1.2. Justificativa

A escolha do tema deveu-se ao facto de se ter constatado que na cidade de Chimoio as


mulheres gestantes tem sofrido da Incidência de casos de sífilis. Em Chimoio, .A grande
maioria dos casos são descobertos geralmente quando a doença já se tornou crônica. Pelo fato
desta doença não ser de suma relevância para toda a população e seu aumento quanto aos
números de casos notificados, vimos à necessidade de realizar uma análise de possíveis casos
dentro de 2 meses na cidade de Chimoio.

1.3. Problematização
Caracteriza-se por sífilis congênita precoce, aquela que se manifesta antes dos dois primeiros
anos de vida, e por sífilis congênita tardia, aquela que se manifesta após os dois anos de vida
(AVELLEIRA; BOTTINO, 2006).

A sífilis congênita é uma doença de informações compulsória, consequente da divulgação


hematogênica, do treponema pallidum por via transplacentária da gestante não examinada ou
inapropriadamente tratada para o embrião. As ocorrências demonstram erros principalmente
na atenção prénatal simbolizando um grave problema de saúde púbica. Um diagnóstico
antecipado da infecção materna, são medidas simples para uma análise pertinente para a
prevenção. A transmissão para o embrião pode acontecer em qualquer uma das fase materna,
tornando-se de maior risco período inicial de 70 a 100% ocorrendo transmissão na fase
primária e secundaria e o restante na fase latente e terciaria. A grande parte dos recém-
nascidos são assintomáticos, e os sinais normalmente se apresentam nos 3 primeiros meses de
vida, com isso, é necessário uma triagem sorológica da mãe na maternidade, sendo os
aspectos mais graves como, aborto e óbitos neonatal. Perante esta breve descrição, levanta-se
a seguinte questão:

Que estratégias adoptar para minimizar a incidência de casos de sífilis em gestantes


atendidas no centro de saúde 1 de maio Chimoio?

1.4. Objectivos

1.4.1. Geral
 Analisar a incidência de casos de sífilis em gestantes atendidas no centro de saúde 1 de
maio Chimoio
2

1.4.2. Específicos
 Quantificar os casos de sífilis adquirida no centro de saúde 1 de maio Chimoio,
 Identificar os fatores de risco da incidência de casos de sífilis em gestantes,
 Propor alternativas que possam contribuir para a minimização os riscos da incidência
de casos de sífilis em gestantes atendidas no centro de saúde 1 de maio Chimoio.

1.5. Hipótese
 Se autoridade competente desenvolver um método para identificar precocemente
mulheres grávidas em risco para estas complicações e, assim, prevenir o
desenvolvimento das mesmas
 Talvez autoridade competente não tenha medidas corretas para prevenir o
desenvolvimento das mesmas.

1.6. Metodologia

Partindo do pressuposto de que o método representa a maneira de conduzir o pensamento ou


acções para alcançar um certo objectivo, neste trabalho será realizado um descritivo em
gestantes na Cidade de Chimoio, que participariam de forma voluntária. Este estudo
descritivo será baseado nas questões pessoais respondidas e a permissão do uso das
informações assim descritas no termo, como por exemplo, idade, estado civil, raça, cor, Idade
gestacional do diagnóstico, e toda e quaisquer informações gerais e sociodemográfica para
compor análise do trabalho.

Diante dos acontecimentos será conduzido um estudo bibliográfico, quantitativo para


comparação de incidências entra os anos de 2023 a 2024, comparando os resultados do
boletim epidemiológico de Chimoio

1.6.2. Variável
1.6.3. FATORES SOCIOECONÔMICOS
3

As influências socioeconômicas são consideradas em inúmeros estudos relacionados


às ISTs. As classes sociais principais acometidas por elas são as classes
marginalizadas ou minorias. (GARCIA; BARZOTTO; CASSOL; LOCKS, 2019).
A baixa escolaridade está relacionada ao menor acesso à informação, a um limitado
entendimento da importância dos cuidados com a saúde e às medidas de prevenção da
infecção. Pacientes mais carentes tendem a entrar em um ciclo de recontaminação de
sífilis, sendo a falta e informação a principal causa ou até mesmo pela falta de adesão
ao tratamento pelo próprio parceiro. Além disso, a concentração de renda é um fator
determinante. (GARCIA; BARZOTTO; CASSOL; LOCKS, 2019).
A diferença entre classes sociais distintas é alarmante e contribui para a não adesão
pelas menos favorecidas. Pesquisas demonstram que desigualdades socioeconômicas
de saúde são grandes e persistentes mesmo com melhorias na sociedade e nos serviços
de saúde. Pacientes mais favorecidos economicamente, acometidos pela doença,
podem usar do recurso financeiro para conseguir profissionais, consultas, e exames de
forma mais imediata, enquanto os menos favorecidos, geralmente, dependem do
sistema público, que tende a ser mais lento. (GARCIA; BARZOTTO; CASSOL;
LOCKS, 2019).

2. MARCOS TEÓRICOS
4

2.1. Conceito de Sífilis e Sífilis Gestacional


A Sífilis é uma doença bacteriana, causada pelo Treponema pallidum. É uma doença
infectocontagiosa, sexualmente transmissível, de evolução crônica (BRASIL, 2019a;
MARASCHIN et al., 2019; RAMOS; BONI, 2018).

É dividida em dois estágios: Sífilis recente (primária, secundária e latente recente) e


sífilis tardia (latente tardia e terciária) (BRASIL, 2019a). A sífilis primária caracteriza-se
pelo denominado “cancro duro”, lesão única e indolor no local de entrada da bactéria
como pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais, que se não tratada
pode evoluir para a sífilis secundária (BRASIL, 2019; RAMOS; BONI, 2018)

A sífilis secundária evolui geralmente em dois anos de vida onde apresenta lesões
cutâneas papulosas, principalmente nas regiões das palmas das mãos e nas plantas dos
pés (BOTTURA et al., 2019). Já na sífilis terciária a infecção prejudica pele e mucosas
podendo provocar prejuízos no sistema nervoso (neuro sífilis) e cardiovascular
(RAMOS; BONI, 2018).
Além da transmissão via relação sexual a bactéria pode ser transmitida via transmissão
vertical, ou seja, pela disseminação hematogênica da bactéria no sangue da mãe que
atravessa a placenta infectando o feto, podendo isso acontecer em qualquer estágio da
gestação, recebendo a denominação de Sífilis Gestacional (SG) (RAMOS; BONI, 2018).
Quando o recém-nascido nasce infectado a mesma recebe o nome de sífilis congênita,
que é uma infecção do feto por conta da passagem do treponema pela placenta, e sua
forma mais grave é quando acomete a gestante no primeiro trimestre de gravidez
(SOUZA et al., 2018).

2.2. Consequências da Sífilis para a gestante e o bebê


A sífilis é uma doença grave e se e torna ainda mais quando é diagnosticada em uma
gestante, devido a transmissão vertical (GONÇALVES et al., 2020). A gestante quando
diagnosticada com sífilis pode desenvolver uma série de intercorrências clínicas
decorrentes da sífilis, como por exemplo o aborto, óbito neonatal, neonatal enfermo e
perda fetal tardia (GONÇALVES et al., 2020; PERES; FERREIRA; OLIVEIRA, 2019).

Gestantes diagnosticadas com sífilis que não realizaram tratamento ou que não
receberam o tratamento de forma correta estão propensas a transmitirem a sífilis aos seus
5

conceptos. Tal situação pode desencadear várias consequências para o nascituro,


podendo levar a morte fetal ou neonatal, prematuridade, baixo peso ao nascer ou a
infecção congênita, surdez ou déficit de aprendizagem (HOLANDA et al., 2011;
PERES; FERREIRA; OLIVEIRA, 2019).

2.3. Atuação da Enfermagem no manejo da sífilis


A sífilis congênita é uma doença evitável quando é diagnosticada precocemente e o
tratamento é feito de forma correta. Entretanto, ainda é considerada grave problema de
saúde pública evidenciando assim falhas dos serviços de saúde, principalmente na
promoção da saúde e assistência prestada durante o pré-natal, uma vez que que a
orientação, o diagnóstico e o tratamento da sífilis são medidas simples e eficazes
presentes no acompanhamento da gestante no pré-natal (DAMASCENO et al., 2014;
SÃO PAULO, 2016).
Os profissionais de saúde têm o conhecimento de que o diagnóstico precoce associado
as medidas de prevenção são instrumentos essenciais para o controle, tratamento e
redução de casos. Esses instrumentos podem ser usados durante opré-natal, onde são
realizados os exames de rotina para controle e acompanhamento das gestantes
(GONÇALVES et al., 2020).
As ações de prevenção e controle da sífilis nas gestantes devem estar presentes durante
todo o acompanhamento da gestante no pré-natal. A informação sobre a transmissão
vertical da doença deve ser fortemente abordada por todos os envolvidos na assistência
da gestante, promovendo o conhecimento adequado sobre a doença e facilitando a
adesão ao tratamento e consequentemente diminuindo os casos de sífilis congênita.
Outra ação que deve ser realizada pela equipe é o acompanhamento do parceiro da
gestante com teste positivo para sífilis com o objetivo de eliminar a cadeia de
transmissão da doença e possibilidade de reinfecção. (GONÇALVES et al., 2020). Um
pré-natal insatisfatório leva ao aparecimento de falhas no tratamento da sífilis
gestacional, resultando no aumento do número de casos de sífilis congênita. Portanto o
enfermeiro tem de se atentar as faltas da gestante nas consultas durante todo o pré-natal
(SEGATTO et al., 2015). Desta forma, o pré-natal de uma gestante com sífilis tende a
ser mais criterioso e exige mais atenção.

3. METODOLOGIA
6

Para Lakartos e Marconi (1992), metodologia é a forma ou maneira de usar o pensar para
execução de um determinado assunto ou problema.

3.1. Tipo de pesquisa

Segundo Lakartos e Marconi (1992), a pesquisa descritiva é um método de pesquisa envolve


a observação e a descrição do comportamento, das característica ou das condições de uma
determinada população ou fenómenos sem manipular nenhuma variável.

Tipo de Estudo Trata-se de um estudo descritivo, utilizando como fonte de dados as


notificações de sífilis gestacional no centro de saúde 1 de maio Chimoio (Abril a Maio de
2024).

Ira se realizar estudo de vigilância do tipo seccional, através de uma base de dados da
Vigilância Epidemiológica da cidade do Chimoio, formada por dados dos questionários de
investigação de Incidência de casos de sífilis em gestantes referentes aos casos notificados no
centro de saúde 1 de maio Chimoio (Abril a Maio de 2024), e utilizando o software Microsoft
Excel.

3.2. Pesquisa bibliográfica


Para Gil (2008, p.6), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente em livros e artigos científicos”. A proponente realizou a
presente monografia com a consulta de livros publicados, páginas de Web sites e artigos
científicos que contém conteúdos que abordam a cerca da incidência de casos de sífilis em
gestantes.

3.3. Técnicas e Instrumentos de coleta de dados


As técnicas que a pesquisadora usou para a pesquisa será a entrevista, questionário e
observação. Uma vez que:

3.3.1. Entrevista
Para Lakatos (1999: 40), a entrevista consiste no “contacto entre o pesquisador e o
informante, através da conversação para obtenção de informação pertinente”.

Neste caso a entrevista sera direcionado ao Directora de centro de saúde Chimoio e ao


médico Chafé especialista da ITS para obter informações relacionado com incidência de casos
de sífilis em gestantes.
7

3.3.2. Questionário

Segundo Gil (1999, p.128), pode ser definido “como a técnica de investigação
composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às
pessoas, tendo por objectivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situações vivenciadas”.

Porém, esse instrumento será aplicado directamente aos pacientes gestantes com o
objectivo de obter informações exactas relativamente a respeito da incidência de casos de
sífilis em gestantes e serão feitas por meios de perguntas fechadas e abertas.

3.3.3. Observação
De acordo com Quivy (2003: 162) observação é uma “técnica de colheitas de dados para
conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não
consiste apenas em ver e ouvir, mas também examinar factos ou fenómenos que se desejam estudar”.
Ela é uma técnica que permite o estudo das manifestações comportamentais “ao vivo”, pois é nela
“que o próprio investigador procede directamente as informações sem ouvir de terceiros” (QUIVY e
CAMPENHOUDT, 2003:24).

A observação neste trabalho ira decorrer durante o trabalho de campo.Uma vez que a
observação indireta é a que resulta da observação da paisagem sem se estar no local, nesse momento.

3.4. Universo e amostra

Universo e amostra Segundo GIL (2008, p89), designa-se por universo ao conjunto definido
de elemento que possuem determinadas características. Para o nosso caso, o universo da pesquisa será
de 100, sendo 98 paciente, 1 médicos especialista em ITS e um (1 ) director do centro de saúde 1º
de maio Chimoio , que totalizam 100 da população-alvo.

3.5. Amostra

A amostra é uma parte do universo seleccionado segundo critério que garante sua representatividade
ou subconjunto finito da população.

Portanto, a amostra é constituída por 98 paciente, 1 médicos especialista em ITS e um (1 )


director do centro de saúde 1º de maio Chimoio.
8

1.1. Bibliografia
AVELLEIRA, João Carlos Regazzi; BOTTINO, Giuliana. Sífilis: diagnóstico, tratamento e
controle. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 81, n. 2, p. 111-126, 2006.

DAMASCENO, A. B. . et al. Sífilis na gravidez. Revista HUPE, v. 13, n. 3, p. 88–94, 2014

GRIEBELER, Ana Paula Dhein. A concepção social da sífilis no Brasil: uma releitura sobre o
surgimento e a atualidade. 2009. 71 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em
Saúde Pública) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009

GONÇALVES, M. M. et al. Os Desafios no Tratamento da Sífilis Gestacional. Revista


Multidisciplinar e de Psicologia, v. 14, n. 49, p. 106–113, 2020.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. (2009). Metodologia de Trabalho Científico. 7ª ed. São Paulo:
Editora Atlas.

RAMOS, M. G.; BONI, S. M. Prevalência Da Sífilis Gestacional E Congênita Na População


Do Município De Maringá – Pr. Saúde e Pesquisa, v. 11, n. 3, p. 517, 2018.

SEGATTO, M. J. et al. Evaluation p renatal care in a Brazil ’ s South city. Revista de


Enfermagem da UFPI, v. 4, n. 2, p. 4–10, 2015

SOUZA, L. A. et al. AÇÕES DE ENFERMAGEM PARA PREVENÇÃO DA SÍFILIS


CONGÊNITA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Revista de Iniciação Científica da
LIBERTAS, v. 8, n. 1, p. 108–120, 2018.

Você também pode gostar