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Funcional (FAP)
Ana Clara Rodrigues Ribeiro, Bianca Martins Amato, Caroline Santos
Pereira, Giovana Rodrigues da Silva, Giselle Rodrigues de Souza Lima,
Karina Beatriz de Sousa, Maria Isabel Chaves, Tayná Brandão, Tiago
Souza e Wenderson Almeida.
Sobre a autora:
Giovana Del Prette é psicóloga e atua como terapeuta, professora,
supervisora clínica e pesquisadora. Graduou-se em Psicologia (USP-
2003), fez Mestrado (2006) e Doutorado (2011) em Psicologia Clínica
pela Universidade pela São Paulo (IP-USP). Atualmente faz pós-
doutoramento no Instituto de Psiquiatria da USP-SP. É professora e
supervisora clínica no Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência
(SEPIA), no curso de Terapia Comportamental e Cognitiva da
Residência em Psiquiatria Geral do HC/FMUSP e no Núcleo Paradigma
de Análise do Comportamento (NPAC). Foi vice-presidente da
Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental
(ABPMC-2012), da qual é membro desde 2002.
(Fonte: Currículo Lattes)
QUE É
PSICOTERAPIA
ANALÍTICO-
FUNCIONAL E
COMO ELA É
APLICADA?
→
Psicoterapia da Terceira Geração Psicoterapia Analítico Funcional:
Se destaca por focar no estudo e na intervenção sobre as variáveis da
própria relação terapeuta cliente.
Hayes (2004)
incluiu a FAP como 02 Segunda Onda: Terapia Cognitiva de Aron
Black (a partir de 1970) e pela Terapia
Cognitivo Comportamental (a partir do fim
da terceira onda. 03
Terceira Onda: Constitui a partir da década
de 1990 surgiram propostas como a FAP, a
Terapia de Aceitação e Compromisso, a
Ativação Comportamental e a Terapia
Comportamental Integrativa de Casais.
Outros exemplos.
Há ainda uma última classificação na FAP sobre comportamentos de
relevância clínica: os Clinically Relevant Behavior 3, ou CRB3 (Tsai,
Kohlenberg, Kanter, Kohlenberg, Follette, & Callaghan, 2008).
Carlos apresenta:
- Dificuldade de expor suas opiniões
- Dificuldade de expressar o que pensa e sente em seus relacionamentos
- Falta de controle em relação as suas emoções e o que faz com elas
- Concordância em demasia com os outros
- Comportamento de esquiva de críticas e rupturas nas
relações
QUEIXA INICIAL QUE O LEVOU A TERAPIA: Ansiedade
Regra 1: Consciência
Consiste na premissa de que o terapeuta deve estar atento e consciente ao que
acontece na sessão, e implica várias habilidades do terapeuta, conforme
apresentado:
Como o terapeuta age, pensa e sente pode ser uma amostra representativa
de como outras pessoas também se relacionam com o cliente.
Terapeuta não se sente conectado ao cliente; por vezes sente mais empatia
e envolvimento, mas em outras se sente frio. O que isso tem quer dizer?
Habilidade 3 : Terapeuta utiliza o que foi observado
na formulação da análise funcional
01- “Será que a sessão não produz 02- “Será que a sessão não produz
ansiedade e é um contexto diferente ansiedade e é um contexto diferente
daquele em que ele vive? No que daquele em que ele vive? No que
consiste essa diferença? Ou será que consiste essa diferença? Ou será que
ele se sente ansioso, mas evita ele se sente ansioso, mas evita
demonstrar a ponto de não ser demonstrar a ponto de não ser
perceptível?”. perceptível?”.
Habilidade 4 : Terapeuta verifica se o comportamento do
cliente é um CRB
Nesse sentido, para decidir como aplicar a Regra 2 o terapeuta deve ser gentil
com a relação que está construindo e a empatia poderá ser um bom critério.
Ao tentarmos evocar CRB2, estamos certamente Para lidar com essa esquiva, o terapeuta pode
apresentando ao cliente uma situação difícil de lidar e reapresentar a situação, tentando deixar claro que
essa dificuldade faz parte de seus problemas. se trata de uma audiência não punitiva, por
exemplo, por meio da empatia: “Você pode falar
Quando o terapeuta observa sinais de desconforto e sobre o que está sentindo, mas não precisa se
pergunta a Carlos como ele se sente, este pode se pressionar. É importante entrarmos nos assuntos à
esquivar (CRB1) dizendo, por exemplo: “Ah, nada medida que você se sinta preparado para isso”.
não! Está tudo bem!”.
O terapeuta deve priorizar a relação mesmo que
A Regra 2 implica também bloquear esquivas para isso abra mão do bloqueio e permita esquivas,
classificadas como CRB1. deixando essa intervenção para outras
oportunidades futuras
Atenção: nem toda esquiva é um CRB1
Regra 3: Amor
Diz respeito às consequências dos comportamentos
clinicamente relevantes dos clientes
É necessário que o terapeuta auxilie o cliente para que, ele próprio, elabore
as metas graduais.
O AUTOCONHECIMENTO
DO TERAPEUTA:
SUPERVISÃO E TERAPIA
PESSOAL
“Terapeutas efetivos sempre estarão em contato com suas
próprias experiências emocionais e esta habilidade
representa tanto uma força quanto uma vulnerabilidade”
(Follette, 2000).