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Leitura Fundamental
CONCEPÇÃO DE PRODUTOS:
MVP – PRODUTO MÍNIMO
VIÁVEL, BUSINESS MODEL
CANVAS, PERSONAS
Aimar Martins Lopes
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2019
2
© 2019 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio,
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Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Daniella Fernandes Haruze Manta
Hâmila Samai Franco dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-85-522-1571-4
2019
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
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CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
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CONCEPÇÃO DE PRODUTOS: MVP – PRODUTO MÍNIMO
VIÁVEL, BUSINESS MODEL CANVAS, PERSONAS
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina 5
4
Apresentação da disciplina
5
e incrementos de atributos ao produto. Finalmente, estudaremos
o e-commerce e marketing digital, fundamentos para a divulgação
e realização de negócios na web, veremos como essas ações são
desenvolvidas com o uso das tecnologias da informação e comunicação.
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Viabilidade de um negócio:
criação, desenvolvimento e
lançamento de produtos
Autor: Aimar Martins Lopes
Objetivos
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1. Concepção de produto
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O que um produto deve ter? Vejamos uma lista muito comum que deve
ser atendida por uma organização que deseja colocar um produto no
mercado. Lembre-se, estamos tratando de produto em conjunto com
o serviço. A lista é composta por benefícios ao cliente, características,
design, qualidades, nome, garantia, suporte (atendimento ao cliente),
às vezes treinamento para uso, entrega (formas de chegar ao cliente),
seguro, assistência técnica, preço adequado etc.
Fonte: EnesEvren/iStock.com.
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ASSIMILE
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Figura 2 – Ciclo de vida do produto
Fonte: aeyaey/iStock.com.
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Para aprimorar a competitividade, as organizações têm adotado ações
de redução de custo e tempo para criar e colocar um produto à venda
e atuado no processo de desenvolvimento de produto sistematizado
enxuto (lean), o que pode trazer aumento de competitividade para a
organização (REIS; COSTA; MILAN, 2017).
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12
1.2 Fundamentos do MVP (produto mínimo viável)
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O conceito lean manufacturing também é referenciado por alguns
autores na área de desenvolvimento de software, como Agile
Engineering. Vamos detalhar um pouco mais esses conceitos para
compreender sua importância e contextualizar no MVP.
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Business model generation (modelo de geração de negócios)
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Figura 3 – MVP para um produto
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/169448004715969924/?autologin=true.
Acesso em: 26 jul. 2019.
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1.3 Lean startup (startup enxuta)
Fonte: eternalcreative/iStock.com.
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A startup é uma organização que necessita de uma gestão adequada
para inovação, em um ambiente de incerteza. Afirma, também, que
as organizações deveriam ter cargo de empreendedor. O terceiro
dita que a startup existe para aprender a desenvolver um negócio
sustentável, indo além do produto, do cliente e de ganhar dinheiro.
Essa aprendizagem pode ser validada, frequentemente, por meio de
experimentos. Fazer e medir são requisitos do quarto princípio, em
que o foco é o ciclo de feedback, gerar ideia, construir produto, testar,
colher reação do cliente e aprender. Finalmente, no quinto princípio,
relacionado à gestão, é necessário criar indicador para medir o
progresso, definir marcos e priorização. Ries (2011) chama essa etapa
de contabilidade para inovação.
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TEORIA EM PRÁTICA
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VERIFICAÇÃO DE LEITURA
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II. Desenvolver um produto é uma tarefa fácil,
principalmente se o produto em questão fizer parte
de uma indústria complexa e competitiva, pois assim
terá menos concorrentes.
a. I – II – III.
b. II – III.
c. I – III.
d. Somente a II.
e. I – II.
PORTANTO
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Com base nas asserções supracitadas e na relação
proposta entre elas, é CORRETO afirmar que:
a. As duas afirmações são verdadeiras e a segunda
justifica a primeira.
Referências bibliográficas
ECHEVESTEA, M. E.; RIBEIRO, J. L. Diagnóstico e intervenção em empresas médias:
uma proposta de (re)organização das atividades do processo de desenvolvimento
de produtos. Produção, São Paulo, v. 20, n. 3, p. 378-391, jul./set. 2010.
ENDEAVOR. Guia Prático para o seu MVP – Minimum Viable Product. 7 jan. 2019.
Disponível em: https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/mvp/.
Acesso em: 24 jun. 2019.
JAIPRAKASH B.; KULDIP, S. S. Lean manufacturing: literature review and research
issues. International Journal of Operations & Production Management, v. 34,
n. 7, p. 876-940, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1108/IJOPM-08-2012-0315.
Acesso em: 15 dez. 2019.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. São Paulo: Pearson, 2018.
OSTERWALDER, A. The business model ontology a proposition in a design
science approach. 2004. Tese (Doutorado em Informatique de Gestion) – Ecole
des Hautes Etudes Commerciales de l’Université de Lausanne, Lausanne, 2004.
Disponível em: https://serval.unil.ch/resource/serval:BIB_R_4210.P001/REF.pdf.
Acesso em: 23 jun. 2019.
REIS, Z. C.; COSTA, C. A.; MILAN, G. S. Identificação de fatores antecedentes na
implementação da filosofia lean no processo de desenvolvimento de produtos.
Exacta, [s. l.], v. 15, n. 2, p. 303-321, 2017.
22
22
RIES, E. Minimum Viable Product: a guide. Blog Startup Lessons Learned. 3 ago.
2009. Disponível em: http://www.startuplessonslearned.com/2009/08/minimum-
viable-product-guide.html. Acesso em: 24 jun. 2019.
RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação
contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de
Papel, 2012.
SYNCDEV. A proven methodology to maximize return on risk. 2019. Disponível
em: http://www.syncdev.com/minimum-viable-product/. Acesso em: 24 jun. 2019.
Gabarito
Questão 1 – Resposta B
As afirmações estão INCORRETAS, pois um produto pode estar
relacionado com ideia, criação, desenvolvimento, venda e resultado
de algo. Além da necessidade da sociedade ou do indivíduo, um
produto pode ser concebido pela criação de algo totalmente novo.
O produto pode ser concebido de uma necessidade mal atendida, e
internet é exemplo de serviço, e smartphone, de produto.
Questão 2 – Resposta C
A afirmação II está incorreta, pois desenvolver um produto NÃO
é uma tarefa fácil, principalmente se o produto em questão fizer
parte de uma indústria complexa e competitiva.
Questão 3 – Resposta C
A segunda afirmação não é verdadeira, pois o MVP não gera um
produto inacabado que é disponibilizado ao mercado rapidamente
para testar a satisfação do cliente. O produto deve ser enxuto, mas
suficiente para cumprir o que se propõe e encantar o cliente.
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O conceito fundamental de
produto mínimo viável (MVP)
Autor: Aimar Martins Lopes
Objetivos
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1. Lean startup e o MVP
Segundo Ries (2012), autor do livro The lean startup (“a startup enxuta”),
a ideia do lean startup foi fundamentada com base nas várias ideias da
administração e metodologias de desenvolvimento de produtos, tais
como: método de gestão, teste de hipótese, Design Thinking, Customer
Development, Agile Development e lean manufacturing. O Quadro 2
apresenta essas ideias.
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Fonte: elaborado pelo autor.
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Fonte: adaptado de Ries (2012).
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2. MVP no ciclo de feedback
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Atenção, aqui fica clara a importância dos conceitos do lean startup e
sua integração, pois, para se manter no desenvolvimento do produto,
mostra-se necessário rapidez, processos limpos etc. Justifica, ainda,
o motivo do produto ser o mínimo viável, produzido com pouco
esforço e custo. Perseverar mostra que os resultados são satisfatórios,
as hipóteses sobre o MVP são prováveis e o rumo, bem como as
estratégias, devem ser mantidos para os próximos ciclos.
Segundo Ries (2012), esta é uma grande diferença da startup enxuta: ela
é mais eficaz em gerar capital e percebe rápido o momento de pivotar
ou perseverar. Como consequência, reduz o desperdício de recursos,
principalmente de dinheiro.
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ASSIMILE
Para Patrick O’Malley, o MVP ao qual se pretende
testar tem significados e riscos diferentes. Se ele for
completamente novo ou inovador, o ambiente, nesses
casos, é incerto para empreendedores solitários,
pequenas startups ou organizações já estabelecidas, sejam
elas pequenas ou grandes, e até um órgão governamental.
É por isso que a metodologia lean startup traz benefícios:
o seu método faz com que o indivíduo busque eficiência e
eficácia na aplicação de tempo e recursos nesse ambiente
de incerteza (O’MALLEY, 2018).
2.1 Testar
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crescimento: mesmo sem investimento em marketing, o Facebook teve
uma penetração de mercado alta nos campi universitários – no final
do primeiro mês de lançamento, 75% dos alunos de Harvard estavam
usando a rede social (RIES, 2012).
2.2 Medir
Por que medir um MVP? Ele tem que ser clean (limpo) nos seus
processos. Dessa forma, ele percorre o ciclo de feedback construir-
medir-aprender rapidamente, com pouco esforço e fornece
aprendizado para o empreendedor. Sendo assim, com as informações
obtidas dos ciclos, é possível responder às questões técnicas internas
e testar as hipóteses elencadas.
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entre várias relações possíveis, afirma que não há o que controlar, ou
seja, não há o que medir se não houver planejamento, definição de
objetivo. Resumidamente, planejar é definir objetivo e controlar é medir
e verificar a evolução e o atingimento do objetivo, que é alcançado pelas
atividades provenientes das funções organizar e liderar.
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PARA SABER MAIS
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Sendo assim, as decisões baseadas em dados reais, oriundos da
medição, darão condição melhor para associar o sentimento humano
do fato percebido pelo cliente em relação ao produto. Daí a decisão
de perseverar ou pivotar será melhor sucedida e colocará o MVP no
caminho do sucesso.
Mas quanto tempo se tem para pivotar ou perseverar um MVP até sua
consolidação de sucesso? Não há uma resposta certa para isso, tudo
vai depender do tempo que o produto e/ou a startup têm antes de ser
decretada sua morte. Podemos dizer que esse tempo é o dinheiro que
ela tem para investir dividido pelo seu capital de giro (o que gasta por
mês). O empreendedor pode obter mais investimento ou reduzir os
custos para aumentar o tempo de vida.
A medida correta para saber quanto tempo o MVP ainda tem é saber
quantos pivôs a startup ainda pode realizar nas mudanças fundamentais
na sua estratégia. Medir a pista de decolagem do MVP por pivô e não
por tempo é o ideal, pois quanto mais pivô for capaz de realizar, significa
obter mais aprendizagem com custo e tempo menor – esse é o conceito
fundamental do MVP (RIES, 2012).
Embora a obra que destacou o MVP, The lean startup de Eric Ries, aborde
muito a questão da startup e seu crescimento, todas as organizações
e todos os empreendedores, como afirma o próprio autor, podem
fazer uso do conceito. As grandes corporações têm mais dificuldade de
criar MVP porque possuem muitas regras forjadas, muitos processos
e hierarquia rígida. Traremos para a discussão quatro formas de
crescimento de MVP destacados por Debbie Madden.
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desejam aplicar o lean startup, construir e lançar um MVP rapidamente
e iterar, dinamizar e crescer baseado no feedback do mercado
(MADDEN, 2015).
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4. Crie um MVP realista: o conceito de um MVP se tornou algo
diferente para pessoas diferentes. Debbie sugere escolher o
básico, para pessoas simples, somente para testar o conceito,
incluir somente os recursos necessários para iniciar o projeto.
Quando o processo do MVP dá resultado, a organização inova e
se mantém competitiva. O que não funciona é adotar sugestões
políticas de diferentes áreas. Para os casos de adoção das
ideias e princípios do lean startup por uma grande organização,
o passar do tempo mostrará que a equipe designada para a
inovação passará a agir e se comportar com uma lean startup
real (MADDEN, 2015).
TEORIA EM PRÁTICA
Exemplo de MVP: cada startup ou organização
estabelecida passa por histórias diferentes relacionadas
com várias coisas, dentre elas o desenvolvimento de
produtos. Vamos ver qual é a história do Dropbox.
A organização não produziu nenhum produto antes
de realizar anúncios e veicular vídeo explicativo do
produto. Nos anúncios, eles deixavam a entender que
tudo estava pronto para o lançamento. A estratégia era
testar a hipótese de sincronização de arquivos, saber
como as pessoas valorizavam isso. Antes de construir o
MVP, com infraestrutura de hardware, aplicativos etc.,
eles validaram a ideia. Caso não tivesse sido bem aceita,
falhado, tempo e dinheiro não seriam desperdiçados.
O ciclo de feedback construir-medir-aprender foi
realizado com a ideia de um produto pronto.
O resultado foi que, em uma noite, mais de 70 mil
pessoas deixaram seus e-mails para obter o produto
(KRAWCZYK, 2017).
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Muitos vão dizer que o produto é simples, um software que
recebe download de qualquer lugar etc. Contudo, o serviço
do Dropbox tem feito sucesso e o MVP foi genial.
Sempre aprendemos com as histórias e os casos que lemos
e analisamos. O seu desafio é procurar um caso de MVP,
analisar e entender por que tiveram sucesso ou fracasso.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
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e. O MVP e o lean startup são componentes mínimos de
um produto que o cliente deseja.
a. I – II – III.
b. II – III.
c. I – III.
d. Somente a II.
e. I – II.
PORTANTO
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II. Um pivô significa uma mudança de algo fundamental
da estratégia, podendo ser do modelo de negócios,
produto, modelo de crescimento adotado, segmento
do cliente, plataforma, tecnologia, proposta de valor,
necessidade do cliente etc.
Referências bibliográficas
KRAWCZYK, R. 15+ Examples of successful MVPS. 11 out. 2017. Disponível em:
https://softwarebrothers.co/blog/15-examples-of-successful-mvps/.
Acesso em: 28 jun. 2019.
O’MALLEY, P. The lean startup cycle. 9 jun. 2018. Disponível em: https://
openclassrooms.com/en/courses/4544561-learn-about-lean-startup/4544568-the-
lean-startup-cycle. Acesso em: 28 jun. 2019.
MADDEN, D. 4 tips for launching minimum viable products inside big companies.
Harvard Business Review. 30 set. 2015. Disponível em: https://hbr.org/2015/09/4-
tips-for-launching-minimum-viable-products-inside-big-companies.
Acesso em: 28 jun. 2019.
RIES, E. Minimum viable product: a guide. Blog Startup Lessons Learned. 3 ago.
2009. Disponível em: http://www.startuplessonslearned.com/2009/08/minimum-
viable-product-guide.html. Acesso em: 24 jun. 2019.
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RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação
contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de
Papel, 2012.
Gabarito
Questão 1 – Resposta C
A afirmação está correta, pois os conceitos são: lean startup está
relacionado com a ideia, criação e o lançamento de produto ou
mercado por meio de processos rápidos e crescimento acelerado
tanto para uma startup como para uma organização já estabelecida.
E o MVP é um componente do lean startup, é o método associado
que sustenta o desenvolvimento do MVP (produto mínimo viável).
Questão 2 – Resposta A
Todas as afirmações estão corretas e fazem parte do princípio
lean startup. Inclui-se nesta lista os princípios construir, medir e
aprender e a contabilidade para a inovação.
Questão 3 – Resposta A
As duas afirmações são verdadeiras e a definição de pivotar
está correta.
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Como acelerar o MVP
(produto mínimo viável)
Autor: Aimar Martins Lopes
Objetivos
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1. Acelerando o MVP
Fonte: Bakhtiar_zein/iStock.com.
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Algumas maneiras para manter o crescimento dos MVPs e das startups
sugeridas na obra The lean startup estão relacionadas à escalabilidade
e just-in-time, que consiste em realizar testes de hipóteses com MVP de
baixo investimento para ideação, design, teste, prototipação etc.
Além das técnicas acima, soma-se a abordagem dos 5W2H. Tudo isso
dará musculatura para o crescimento da startup sem que a burocracia
ou morbidade se instale.
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Figura 8 – Processos associados ao crescimento de MVP
44
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ASSIMILE
Todo esse conceito e forma de produção lean, foi concebido com muito
estudo e adoção de métodos que possibilitaram a reestruturação do
trabalho, e ficou conhecido como Sistema Toyota de Produção, que
elevou a organização a ser a maior fabricante de automóvel do mundo
no início do século XXI (DEKIER, 2012).
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A organização SGW Designworks é especialista em produzir produtos
físicos rapidamente e tem em seu portfólio de clientes muitas startups.
A SGW recebeu de um cliente militar o pedido de um sistema de raio X
para detectar explosivos em zonas de guerra e controle de fronteiras,
ou seja, em ambiente rústico. O produto tinha leitor de raio X, painéis
de visualização e estrutura de apoio. O cliente tinha tecnologia para
o leitor e o painel de visualização. Cabia à SGW desenvolver uma
estrutura que pudesse ser utilizada em campo e que coubesse numa
mochila (RIES, 2012).
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Figura 9 – Cronograma do projeto Raio X da SGW
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Quadro 4 – Maneiras de engajar clientes
Para Ries (2012), quanto mais rápido e mais volta dá o ciclo de feedback,
maior a velocidade de crescimento da organização. Para gerir essas
informações, cada motor de crescimento é composto de métricas que
servem para acompanhar os resultados.
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Nesses serviços há que se ter atenção quando um cliente desiste, pois
espera-se uma alta taxa de retenção. Assim, quando um cliente cancela o
serviço, provavelmente ele está insatisfeito e fez a troca pelo concorrente.
Para quem usa esse motor, o monitoramento é essencial (RIES, 2012).
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1.2.3 Motor pago
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50
Claro que a expressão “organização adaptativa” já existia. Os teóricos
da administração afirmam há muito tempo que as organizações são
sistemas sociotécnicos que se adaptam às pressões e modificações do
seu ambiente concorrencial. Quanto maior a capacidade adaptativa,
mais orgânica ela. Do contrário, dizemos que é mecânica, ou seja,
rígida, não se adapta.
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de materiais que estão aguardando em filas ou estoque
intermediário para serem processados; transporte
desnecessário, sem valor acrescentado ao produto;
processamento desnecessário, operações podem ser
eliminadas; estoques desnecessários; movimento de
material, peça, pessoas e máquinas; defeitos, produto
defeituoso significa material residual; mão de obra
desperdiçada, manuseio de materiais defeituosos e
outros (LEITE; VIEIRA, 2013).
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O Quadro 5 ilustra os atributos estruturais.
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TEORIA EM PRÁTICA
Na leitura, foi apresentado o caso da SGW que, no projeto
do raio X, utilizou vários conceitos do lean startup de Eric
Ries: desenvolveu um MVP de acordo com a necessidade do
cliente, com o mínimo de tempo e custo; gerou iteratividade
entre as equipes, desenvolveu protótipos, recolheu
informação da experiência do cliente, testou hipóteses,
produziu rápido com objetividade e realizou a produção do
primeiro lote de 40 equipamentos de raio X completos em
24 dias. Nesse exemplo, a SGW realizou o ciclo de feedback
construir-medir-aprender algumas vezes. Essa ação é
fundamental para um crescimento sustentável.
Solicito a realização de pesquisa sobre outros exemplos de
uso do ciclo de feedback para enriquecer os conhecimentos.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
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d. Isso não é problema para a startup, pois os motores
de crescimento nunca param.
a. I – II – III.
b. II – III.
c. I – III.
d. Somente a II.
e. I – II.
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3. I. A ideia da inovação e do portfólio do conceito de The
lean startup, de Eric Ries, não apregoa que crescimento e
perda da inovação devem estar juntos.
PORTANTO
Referências bibliográficas
DEKIER, L. The origins and evolution of lean management system. Journal of
international Studies, v. 5, n. 1, pp. 46-51, maio 2012.
LEITE, I. R; VIEIRA, G.E. Lean philosophy and its applications in the service industry: a
review of the current knowledge. Prod., São Paulo, v. 25, n. 3, jul./set. 2015.
MADDEN, D. 4 Tips for Launching Minimum Viable Products Inside Big Companies.
Harvard Business Review. 30 set. 2015. Disponível em: https://hbr.org/2015/09/4-
tips-for-launching-minimum-viable-products-inside-big-companies.
Acesso em: 28 jun. 2019.
56
56
RIES, E. Minimum Viable Product: a guide. Blog Startup Lessons Learned. 3 ago.
2009. Disponível em: http://www.startuplessonslearned.com/2009/08/minimum-
viable-product-guide.html. Acesso em: 24 jun. 2019.
RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação
contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de
Papel, 2012.
Gabarito
Questão 1 – Resposta B
A afirmação correta é a B, pois esta é a única frase correta das
alternativas. Para manter o crescimento dos MVPs e das startups,
deve-se manter a escalabilidade just-in-time e, claro, outras práticas.
Questão 2 – Resposta E
A afirmação II está errada, o correto seria: a Toyota foi a
maior inovadora na produção industrial do final do século XX
porque fabricava lotes pequenos, com custo baixo e estoque
tendendo a zero.
Questão 3 – Resposta A
As duas afirmações são verdadeiras e são conceitos afirmados
por Eric Ries.
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Fundamentos do
Business Model Canvas
Autor: Aimar Martins Lopes
Objetivos
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1. Fundamentos do Business Model Generation
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Figura 10 – Business Model Canvas
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Quadro 6 – Os blocos do Business Model Canvas
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1.1 Segmento de clientes
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1.2 Canais
Quanto aos tipos, o canal pode ser próprio ou ser realizado por
parceiros de negócios. Quando a organização trabalha com parceiros,
o canal é caracterizado como indireto – pode ser venda, por atacado ou
varejo, outros armazéns parceiros ou armazém próprios. Este último,
armazém próprio, também é um tipo de canal próprio mantido pela
organização. O canal do tipo próprio faz venda direta pela força de uma
equipe de vendas ou por meio da web.
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Os serviços dos canais também podem ser classificados por fases
(Quadro 7).
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1.4 Fluxos de receita
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Uma ferramenta útil para refletir como uma organização pode criar
e entregar valores associados aos seus produtos foi desenvolvida
pela empresa de consultoria Bain & Company. O conceito foi baseado
na teoria de motivação de Maslow, conhecida como a pirâmide de
necessidades de Maslow. A ferramenta propõe uma estrutura de
valor com quatro camadas: funcionais, emocionais, pessoais e sociais
(ALMQUIST; SENIOR; BLOCH, 2016).
a. Funcionais: são associadas às características do produto que
atendem à necessidade do cliente: redução de tempo, esforço
e dinheiro, redução de risco, organização, integração, conexão,
simplificação, proteção de dinheiro, qualidade, variedade de
informação, amenização de esforço, qualidade, menor estrutura
de custo, variedade, menor aborrecimento e apelo sensorial.
d. Impacto social: são as ações que geram valores que permitem que
o indivíduo ajude a sociedade de tal forma que o indivíduo atinja
sua satisfação, seu desenvolvimento pessoal e sua autonomia
(ALMQUIST; SENIOR; BLOCH, 2016).
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66
ASSIMILE
Uma empresa já estabelecida no mercado consegue impor
um novo modelo de negócio se conseguir compreender a
relação do modelo novo com o atual e direcionar suas ações
com base nessa relação. Os passos para essa imposição
são: primeiro, crie uma proposta de valor robusta para o
cliente; segundo, tenha uma fórmula de lucro que permita
crescimento com base no novo modelo; e terceiro, compare
o novo modelo com o atual para saber se implanta na
organização atual ou numa nova organização.
1.6 Recursos-chaves
1.7 Atividades-chaves
67
Da mesma forma que os recursos-chaves, as atividades-chaves estão
envolvidas na criação e entrega dos valores aos segmentos de clientes e
podem ser de diferentes formas, conforme o modelo de negócios.
1.8 Parceiros-chaves
68
68
Quadro 8 – Tipos de parceiros
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Quadro 9 – Posicionamento de custo e suas características
TEORIA EM PRÁTICA
O Business Model Canvas (BMC) é uma ferramenta para
elaborar modelos de negócios. Ela utiliza um conjunto de
nove blocos para estruturar o modelo de forma simples
e de fácil compreensão, além do que, é possível realizar
modificações e adaptações. Os empreendedores podem
postar o painel BMC em uma parede da organização e
permanentemente realizar análise dos processos, dos
segmentos dos clientes, da proposta de valor, da estrutura
de custo e realizar melhorias buscando sempre a melhor
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estratégia, que dará maior impacto no negócio; quando
essa prática acontece, os negócios tornam-se dinâmicos
e a organização tem, com mais facilidade, vantagens
competitivas sobre os concorrentes.
Os modelos de negócios são muito diferentes, mesmo
em organização com o mesmo ramo de atuação; solicito
a realização de pesquisa de um modelo de negócios para
aprofundar seus conhecimentos.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
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e. O Business Model Canvas (modelo de negócios
Canvas) é uma linguagem compartilhada para
descrever, visualizar, acessar e mudar modelos de
negócios. Isso não é problema, pois a burocracia e a
letargia fazem parte da startup.
a. I – II – III.
b. II – III.
c. I – III.
d. Somente a II.
e. I – II.
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3. I. As propostas de valor são o coração do modelo de
negócios. São elas que vão trazer o engajamento dos
segmentos de clientes e fazer a organização prosperar.
Elas trazem as soluções ou atendem às necessidades
dos segmentos por meio dos produtos e serviços.
PORTANTO
Referências bibliográficas
ALMQUIST, E.; SENIOR, J.; BLOCH, N. The elements of value. Harvard Business
Review, Issue set., p. 46-53, 2016. Disponível em: https://hbr.org/2016/09/the-
elements-of-value. Acesso em: 13 jul. 2019.
AMANULLAH, A. N. A. A.; AZIZ, N. F. A.; HADI, F. N. H. A.; IBRAHIM, J. Model Canvas
(BMC) among the three consulting companies. International Journal of Computer
Science and Information Technology Research, v. 3, n. 2, p. 462-471, abr./jun. 2015.
https://hbrbr.uol.com.br/reinvente-seu-modelo-de-negocios/.
73
SCHERER, F. Os elementos da proposta de valor. Definir a proposta de valor é
fundamental para um projeto inovador de sucesso. Exame, 5 set. 2017. Disponível
em: https://exame.abril.com.br/blog/inovacao-na-pratica/os-elementos-da-
proposta-de-valor/. Acesso em: 13 jul. 2019.
STRATEGYZER. Resources. 2019. Disponível em: https://www.strategyzer.com/
canvas/business-model-canvas. Acesso em: 10 jul. 2019.
Gabarito
Questão 1 – Resposta B
A afirmação está INCORRETA, pois, ao contrário, o BMC é muito
eficiente e eficaz no auxílio das organizações em seus negócios,
ele consegue desenhar e estabelecer relações das operações dos
produtos e entender o modelo de negócio.
Questão 2 – Resposta E
A afirmação III está errada, essa definição se refere aos recursos-
chaves, pois elas são os ativos (recursos) necessários para ofertar e
entregar os produtos e valores para o cliente. As atividades-chaves
são as atividades e os processos que a organização precisa realizar
para entregar o produto e os valores ao cliente.
Questão 3 – Resposta A
As duas afirmações são verdadeiras e a segunda conclui e
complementa a primeira corretamente.
74
74
Fundamentos do Design Thinking
Autor: Aimar Martins Lopes
Objetivos
75
1. Entendendo o Design Thinking
O que significa Design Thinking? Por que ele deve ser usado? Por que as
pessoas estão usando tanto o Design Thinking? Qual a sua importância?
76
76
Figura 11 – Design Thinking
Fonte: angkritth/iStock.com.
77
De uma forma genérica, as fases envolvidas no Design Thinking são
simples: primeiramente, procura-se entender o problema ou a
necessidade; a segunda fase consiste em explorar amplamente um
conjunto de possíveis soluções; na terceira etapa, cria-se um protótipo,
realiza-se o teste e refina-se a solução; e, finalmente, chega-se à
fase de implementação, momento de validação e início de operação.
As competências envolvidas nessas fases ajudam as pessoas a
desenvolver e aplicar a criatividade na solução de problemas do
mundo real. Gera, também, a possibilidade de aprendizado com o
uso do brainstorming criativo, o que não é fácil. É fundamental que
o indivíduo se envolva na modelagem, análise, prototipagem e nos
testes durante as fases, para um aprendizado profundo durante as
iterações (LINKE, 2017).
78
78
Muitos autores do tema Design Thinking pensam que os indivíduos
devem desenvolver a habilidade para atuar como designer, pois essa
competência desenvolve muito a criatividade e muda a forma de
desenvolvimento dos serviços, produtos, processos e até mesmo a
estratégia competitiva. De maneira simples, o método procura soluções
desejáveis para o ser humano com o uso de tecnologia viável, inclusive
economicamente.
79
Um exemplo da aplicação do Design Thinking, descrito por Tim Brown, é
sobre a Shimano: em 2004, a empresa reduziu o crescimento de venda
de componentes de bicicletas de corrida e mountain-bike nos Estados
Unidos. Culturalmente, a organização sempre foi inovadora e estava aí
mais uma oportunidade.
80
80
ASSIMILE
Para David Kelley, fundador da IDEO, o Design Thinking
tem como foco a capacidade humana de ser intuitivo,
reconhecer padrões e construir ideias que sejam
significativas e funcionais na emoção do indivíduo.
Os elementos trabalham numa abordagem iterativa
de teste e adaptação para atender às necessidades do
indivíduo. Ele ainda afirma que o Design Thinking não é
um processo linear, e sim um processo cheio de voltas
para diferentes lugares (KELLEY, 2019).
81
Fonte: adaptado de Brown (2008).
1.2 Inspiração
82
82
• Jornadas.
• Análise de stakeholders.
1.3 Ideação
83
1.3.1 Prototipação
• Storyboards.
• Modelos.
• Construções iterativas.
• Encenações.
1.3.2 Teste
1.3.3 Iteração
84
84
A iteração tem como objetivo melhorar os protótipos e as criações.
A aproximação com o usuário ou cliente traz empatia e permite
observação do engajamento e, em certas ocasiões, gera novos insights.
As iterações também mostram se a solução está no caminho correto.
1.4 Implementação
85
Sendo assim, a equipe pode usar as informações para retroalimentar os
processos do Design Thinking e realizar novas iterações e refinamentos,
destacando o que não funciona e acrescentando novas funcionalidades.
86
86
prévios. A utilização de técnicas do DT é útil e, também, se assemelha
à usada no BMC quando os segmentos de clientes e o ambiente de
negócios é analisado.
87
podem ser aplicadas aos problemas de todos os setores
do negócio, podem ajudar a repensar ofertas de produtos,
adaptar ou aumentar mercados, melhorar a proposta de
valor aos clientes ou inovar (LINKE, 2017).
TEORIA EM PRÁTICA
Metodologia Design Thinking
Na metodologia Design Thinking, apesar de ser composta
de três grandes processos sistematizados, a saber:
inspiração, ideação e implementação, sua prática pode
parecer caótica, pois tem como intenção gerar soluções
criativas e, se possível, inovadoras.
A inspiração procura oportunidade ou um problema; a
ideação busca criação, a construção de protótipo, teste
e refinamento; e a implementação tem o objetivo de
encontrar o mercado de atuação.
Muitos produtos e modelos de negócios foram modificados
com o uso do Design Thinking. Faça uma pesquisa, leia o
artigo indicado pelo professor e apresente um caso em
que o Design Thinking foi utilizado para gerar, modificar um
produto, uma organização, a sociedade ou outro.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. A metodologia Design Thinking é indicada para
soluções criativas e inovadoras. Sobre ela, é CORRETO
afirmar que:
88
88
a. É uma metodologia que envolve a equipe de projeto e
as tecnologias na ideação.
89
a. I – II – III.
b. II – III.
c. I – III.
d. Somente a II.
e. I – II.
PORTANTO
90
90
Referências bibliográficas
Gabarito
Questão 1 – Resposta B
91
Questão 2 – Resposta C
A afirmação II está incorreta, pois o Design Thinking é uma
metodologia formada por processos iterativos que procura
entender o indivíduo, usuário ou cliente, desafiar crenças,
solucionar e redefinir problemas. É formada por três fases:
primeiramente, procura entender o problema ou a necessidade;
segundo, explora amplamente um conjunto de possíveis soluções;
terceiro, cria um protótipo, realiza teste e refina a solução; e,
finalmente, implementa com o uso de ferramentas conhecidas.
Questão 3 – Resposta C
A segunda afirmação não é verdadeira, pois esse é um conceito
do MVP. O Design Thinking é um método que procura soluções
desejáveis para o ser humano, com uso de tecnologia viável,
inclusive economicamente, por meio de um processo de inspiração,
ideação e implementação.
92
92
Conceitos de persona,
perfil de usuário e público-alvo
Autor: Aimar Martins Lopes
Objetivos
93
1. Fundamentos da persona
O que vem a ser uma persona? Qual a sua descrição? Persona é uma
pessoa que, teoricamente, não existe; é um indivíduo fictício que representa
um cliente ou um usuário real ou, também, fictício. Pode também ser um
potencial indivíduo que utiliza ou utilizará um produto ou serviço.
94
94
Esse processo iterativo pode ser comparado com um casal que discute
o desenho de uma casa. Várias versões são apresentadas, detalhes são
discutidos e mudanças realizadas até que, finalmente, a planta está
pronta e representa o perfil, desejo, a necessidade e vontade do casal.
Ter pessoas que gostam muito de um produto, mesmo que seja apenas
uma minoria, é como você pode alcançar o sucesso. Quanto mais
amplo é o alvo, maior é a chance de perdê-lo. Para atingir um nível de
95
satisfação de produto de 50%, deve-se escolher 50% das pessoas e se
esforçar para fazê-los 100% felizes. Contudo, o sucesso pode ser ainda
maior quando se segmenta 10% do mercado e consegue-se 100% de
satisfação. Pode parecer contraintuitivo, mas projetar produtos para
um usuário único é a maneira mais eficaz de satisfazer uma população
grande (COOPER, 2004).
96
96
Tabela 1 – Persona Emilee
97
1.3 Os benefícios de se usarem personas
98
98
Quadro 11 – Benefícios do uso de persona
99
Os negócios, na visão do cliente, ou seja, customer insights, trazem
oportunidades e descobertas completamente novas na perspectiva
das equipes de desenvolvedores de produtos, pessoas de marketing,
empreendedores e todos os outros envolvidos nessa questão.
As organizações, para entenderem o indivíduo e a sociedade,
montam equipes de sociólogos e antropólogos. Com isso, esperam
desenvolver melhores produtos e modelos de negócios.
100
100
1.5 Mapa da empatia
101
O preenchimento do mapa da empatia, seguindo a enumeração da
Figura 14, deve conter:
102
102
A metodologia utilizada por Jung et al. (2017) tem o objetivo de construir
personas automaticamente. Ela é dividida nas seguintes etapas:
103
c. Foto da persona: para atribuir uma foto a uma pessoa,
foram utilizadas fotos comerciais de modelos de diferentes
etnias, sexo e idade. A seleção utilizou diferentes estilos de
figuras para representar profissões, interesses, idade, etnia,
gênero, país etc. Ao final, é atribuída somente uma foto para
cada persona.
ASSIMILE
104
104
TEORIA EM PRÁTICA
Para Nielsen, uma persona não é o mesmo que um
arquétipo (modelo inteligível) ou uma pessoa (indivíduo).
Uma característica especial da descrição de uma persona
é que, quando se olha para ela, não se olha para toda
a pessoa, mas sim para a área de foco ou domínio que
se quer trabalhar como uma lente de aumento, com o
objetivo de destacar as atitudes relevantes e o contexto
específico associado à área de trabalho. Afirma ainda que
o entendimento comum é que a persona é uma descrição
de uma pessoa fictícia que fornece informações sobre seus
desejos, necessidades, influência no design e decisões sobre
os atributos de produtos (NILSEN, 2019).
Com base na leitura do conteúdo e nas informações acima,
solicita-se que realize pesquisa sobre a criação de persona e
apresente um exemplo.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Persona é uma pessoa que, teoricamente, não existe, é
um indivíduo fictício que representa um cliente ou um
usuário real ou fictício, pode também ser um potencial
indivíduo que utiliza ou utilizará um produto ou serviço.
Sobre uma persona, é CORRETO afirmar que:
a. O uso de persona é utilizado somente para produtos
de organização startup.
105
c. Uma persona somente representa um segmento de
indivíduos e o produto relacionado a ele.
a. I – II – III.
b. II – III.
c. I – III.
d. Somente a II.
e. I – II.
106
106
3. I. As organizações utilizam personas para entender
melhor seus usuários ou clientes. As técnicas de
personas têm sido empregadas por designers,
desenvolvedores de software e profissionais de
marketing, entre outros profissionais.
PORTANTO
Referências bibliográficas
COOPER, A.; Inmates are running the asylum: why high-tech products drive us
crazy and how to restore the sanity (2nd Edition). 2004 Disponível em: https://pdfs.
semanticscholar.org/d57c/1eaac3391293a287fa57cc490b32c1299b01.pdf.
Acesso em 26 jul. 2019.
107
CHAPMAN, C. N.; LOVE, E.; MILHAM, R. P.; ELRIF, P.; ALFORD, J. L. Quantitative
evaluation of personas as information. In: PROCEEDINGS OF THE HUMAN
FACTORS AND ERGONOMICS SOCIETY. 52, 2008, Nova York. Anais […]. Nova York,
set. 2008. p. 1.107-1.111. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/
download?doi=10.1.1.614.489&rep=rep1&type=pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.
INTERACTION DESIGN FOUNDATION. Engaging Personas. Interaction Design
Foundation. Disponível em: https://public-media.interaction-design.org/pdf/
Engaging-Personas.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.
JUNG, S.; AHMAD, M.; AN, J.; NIELSEN, L.; KWAK, H.; JANSEN, B. Persona Generation
from aggregated social media data abstract. In: CHI, 2017, Denver, CO, USA. Anais
[...]. Denver: CHI, 6-11 maio 2017. Disponível em: http://www.bernardjjansen.com/
uploads/2/4/1/8/24188166/jansen_personas_chi2017.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.
NIELSEN, L. The encyclopedia of human-computer interaction. 2. ed. Cambridge:
Interaction Design Foundation, 2019. Disponível em: https://www.interaction-design.
org/literature/book/the-encyclopedia-of-human-computer-interaction-2nd-ed/
personas. Acesso em: 10 jul. 2019.
SALMINEN, J.; JANSEN, B. J.; AN, J.; KWAK, H.; JUNG, S. G.; Are personas done:
evaluating the usefulness of personas in the age of online analytics. Persona
Studies, v. 4, n. 2, 2018. Disponível em: http://www.bernardjjansen.com/
uploads/2/4/1/8/24188166/jansen_personas_done.pdf. Acesso em: 25 jul. 2019.
STRATEGYZER. Resources. 2019. Disponível em: https://www.strategyzer.com/
canvas/business-model-canvas. Acesso em: 10 jul. 2019.
XPLANE. Worksheets. 2019. Disponível em: https://www.xplane.com/xplane-
worksheets. Acesso em: 27 jul. 2019.
Gabarito
Questão 1 – Resposta B
A afirmação está CORRETA. Persona é uma pessoa que
teoricamente não existe, é um indivíduo fictício que representa
um cliente ou um usuário real ou fictício, pode também ser
um potencial indivíduo que utiliza ou utilizará um produto ou
serviço. Uma persona apresenta gosto por marcas ou atributos
de produtos, traços de personalidade, necessidades e desejos,
também representa um segmento de indivíduos e o produto
relacionado a ele pode ser um site, uma marca, algo intangível,
um aplicativo, entre outras coisas.
108
108
Questão 2 – Resposta C
A afirmação II está INCORRETA. Uma montadora de veículo
segmenta o mercado, pois, se projetar um carro com característica
para família (pai ou mãe), para sitiantes, pedreiros ou prestadores
de serviço, para transporte e esportivos para pessoas jovens,
provavelmente não teria sucesso.
Questão 3 – Resposta A
As duas afirmações são verdadeiras e a segunda conclui e
esclarece o que uma persona pode representar.
109
E-commerce e marketing digital
Autor: Aimar Martins Lopes
Objetivos
110
110
1. Fundamentos do e-business
No início dos anos 2000, o ambiente digital, tendo como pano de fundo
a internet, passou a ser utilizado para operações comerciais, tanto pelos
indivíduos como pelas organizações.
111
Quadro 12 – Transação de e-commerce
112
112
do produto ou serviço faz a administração e o acompanhamento das
operações. Quanto mais a plataforma de e-commerce estiver próxima da
realidade do negócio, mais chance de sucesso ela terá.
113
• Venda: nessa área, a organização deve ter um ponto de contato
com o cliente no momento de acesso ao site para agilizar a venda
e esclarecer dúvidas, como um chat, por exemplo. As vendas
podem ser feitas pela loja virtual própria ou por um marketplace.
O próximo assunto vai tratar justamente dos modelos de loja virtual que
podem ser adotados.
114
114
o ofertante possui um domínio próprio para onde o cliente é
direcionado no momento da compra. Esse modelo é indicado
para a loja que busca redução de custo, atuar em vários pontos de
contato com o cliente e operação em conjunto.
115
Como a loja virtual está focada no contato com o cliente, o lado da
venda contém uma variada forma de comercialização e presença on-line
para atingir diferentes mercados e perfis de clientes. Isso não significa
que seus modelos ou formatos sejam necessariamente diferentes –
eles se diferem no foco e na forma de abordagem. Vamos conhecer
um pouco dessas abordagens:
a. Os sites transacionais têm os objetivos de permitir a venda on-line
de produtos, orientação, informação e apoio aos clientes. São as
lojas varejistas, bancos etc.
116
116
Com o advento da evolução da tecnologia da informação e comunicação
e sua influência nos negócios, o termo para se relacionar ao marketing
na era digital é o e-marketing ou marketing digital.
O e-marketing deve atuar com canais de mídia digital para cumprir sua
principal função para a organização – trazer resultados financeiros
positivos – e para o cliente – atender às suas necessidades. Podemos
destacar seis tipos de chaves de canais de mídia digital (CHAFFEY et
al., 2006):
117
1. Mecanismo de busca: são mensagens que aparecem nos
mecanismos de busca para o usuário dar clique (PPC – pagamento
por clique) e ir para um site. A técnicas utilizadas são os anúncios
pagos ou links de patrocínio e inserção natural com otimização de
site com o uso do SEO (Search Engine Optimization).
5. E-mail opt-in: esse canal envia e-mail com base em uma lista da
organização ou insere anúncio em e-newsletters próprias e de
terceiros. Trabalha com a ativação e retenção de pessoas na lista
de contatos.
118
118
A Figura 15 ilustra os canais de mídia digital.
ASSIMILE
Opt-in é a lista de clientes que optaram, explicitamente,
por receber um comunicado em seu celular ou e-mail.
O cliente deseja estar na lista e oferece seus dados.
Sua intenção é conhecer os produtos, serviços e a
divulgação que a organização faz.
Opt-out é o desejo do cliente de sair da lista de
comunicação. Por algum motivo, a pessoa desejou
receber informações, mas agora não deseja mais,
então ela deve ter a opção de se descadastrar da lista.
119
O assunto não lhe interessa mais e, para a organização,
não parece ser racional enviar comunicado para quem
não deseja recebê-lo (TWW, 2019).
120
120
amigos de bairro, grupos de assunto em comum etc. As pessoas
retransmitem naturalmente, e de forma gratuita, as comunicações
que recebem e gostam. Para que uma pessoa retransmita a
mensagem, é preciso que ela contenha elementos capazes de
viralizar, ou seja, elementos que despertam a atenção.
121
Figura 16 – Estratégia de marketing digital
122
122
TEORIA EM PRÁTICA
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
123
a. As terminologias significam o envolvimento de
tecnologias digitais na criação de novos modelos de
negócios que envolvam intensamente os modelos dos
mundos físico e digital.
124
124
São verdadeiras as afirmativas:
a. I – II – III.
b. II – III.
c. I – III.
d. Somente a II.
e. I – II.
PORTANTO
125
Referências bibliográficas
ALLEN, B. Social gaming as a marketing strategy. HubSpot, Cambridge, 2019.
Disponível em: https://blog.hubspot.com/agency/social-gaming-as-a-marketing-
strategy. Acesso em: 7 ago. 2019.
CHAFFEY, D.; CHADWICK, F. E.; MAYER, R.; JOHNSTON, K. Internet marketing
strategy, implementation and practice. 3. ed. Harlow: Financial
Times Prentice Hall, 2006. Disponível em: https://books.mec.biz/tmp/
books/5G7BGE3Z6KNWFOHBFCWN.pdf. Acesso em: 5 ago. 2019.
Mobile Marketing Association (MMA). 2019. Disponível em: https://www.mmaglobal.
com. Acesso em: 8 ago. 2019.
NEIPATEL. 14 dicas de marketing mobile que impulsionam leads e vendas. Neipatel.
2019. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/14-dicas-de-marketing-mobile-
que-impulsionam-leads-e-vendas/. Acesso em: 8 ago. 2019.
STANDBERRY, S. What is SEO and how it works for small businesses. Life
Marketing. 9 jul. 2019. Disponível em: https://www.lyfemarketing.com/blog/what-is-
seo-and-how-it-works/. Acesso em: 7 ago. 2019.
TWW. Opt-in e opt-out: tudo que você precisa saber sobre o assunto. TWW. 10 jan.
2019. Disponível em: https://blog.tww.com.br/opt-in-e-opt-out/.
Acesso em: 6 ago. 2019.
Gabarito
Questão 1 – Resposta A
A é a afirmação correta, pois a terminologia digital business (negócio
digital) envolve o e-business e o e-commerce. Estas são conhecidas
e significam o envolvimento de tecnologias digitais na criação
de novos modelos de negócios que envolvam intensamente
os modelos dos mundos físico e digital. Tem como conceito a
convergência de negócios, pessoas, processos, tecnologia entre
outras coisas que intensifica a relação com melhor resultado nos
aspectos de criação de valor, produtividade, eficiência e eficácia.
Questão 2 – Resposta A
Todas as afirmações estão corretas e fazem parte da lista de
transação de e-commerce.
126
126
I. B2C – business to consumer significa transação comercial de
produto ou serviço para o consumidor final. Lojas virtuais –
exemplo: Magazine Luiza.
II. C2C – consumer to consumer significa transação comercial
entre consumidores, conhecida também como P2P (peer to peer).
Exemplo: OLX ou WebMotors.
III. O B2N – business to network significa transação comercial para
um consumidor que pertence a uma rede. Os reflexos da venda
vão para a rede. O consumidor impacta o produto de acordo com
suas reações.
Questão 3 – Resposta A
As duas afirmações são verdadeiras e se complementam.
O marketing digital possui conceitos do marketing tradicional.
Representa um conjunto de ações que uma organização
empreende com lucro para identificar, antever e atender às
necessidades das pessoas. Com o advento da evolução da
tecnologia da informação e comunicação e sua influência nos
negócios, o termo para se relacionar ao marketing na era digital é
e-marketing ou marketing digital.
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